Buscar

Semiologia Médica e Anamnese

Prévia do material em texto

SEMIOLOGIA MÉDICA I
ANAMNESE
Objetivos: obter relação médico-paciente adequada; conhecer as dimensões do espaço diagnóstico; auxiliar a interpretação de exames; avaliar resposta a tratamentos pregressos e contribuir para o tratamento
· Relação médico-paciente: 
· Dimensões do espaço diagnóstico: identificação dos sintomas, sentimentos, atitudes e disposição de espírito, conflitos psicológicos e padrões habituais de defesa, comportamento perante médicos, atitudes perante outros componentes do sistema de saúde. 
· Efeitos terapêuticos: participar dos pensamentos e sentimentos do paciente, tornar-se receptivo às mensagens verbais e não verbais, temores conscientes e inconscientes (reais ou imaginários), entender os receios e sofrimentos, palavras e atitudes demonstrativas de interesse, contribuir para o alívio efetivo. 
As limitações desse objetivo dependem de três limitações:
· Limitações do paciente: deficiência de fonação e audição, diferenças de linguagem, estado de consciência, distúrbios mentais, crianças (falta de objetividade), deficiência de memória e observação, concepção errônea sobre sua moléstia, simulação (rejeição à doença), sensibilidade individual (dor, dispneia, etc), falta de confiança na medicina.
· Participação do informante: podem ter muito valor quando o paciente não pode fornecer detalhes, podem favorecer para minimizar ou valorizar a sintomatologia (carência, despreocupação, inibição, etc.). De preferência, a anamnese deve ser obtida diretamente do paciente e os dados complementares, em um outro momento, de informantes
· Participação do médico: auxiliar e orientar o paciente, avaliar se as informações são fidedignas e coerentes, estabelecer um grau de relação satisfatório. Não há normas fixas, mas há princípios que são básicos para se atingir os objetivos principais.
O processo da anamnese é um ato criativo compartilhado pelo paciente e pelo médico. Desde o inicio, o médico principia a gerar hipóteses e a testa-las, mantendo essa atitude no decurso de todo o processo.
As intervenções na anamnese destinadas a testar ou a produzir hipóteses diagnósticas requerem experiencia e conhecimento medico sobre as manifestações clinicas e aspectos biopsicossociais das moléstias.
O médico não deve se preocupar unicamente em extrair elementos diagnósticos, pois o paciente é uma pessoa que além da dor padece de sofrimentos de natureza emocional que requerem apoio e compreensão
Componentes:
· Apresentação e identificação
· Nome
· Sexo
· Idade
· Raça
· Estado civil
· Profissão
· Naturalidade e procedência
· Queixa principal
É definida como a manifestação imediata da moléstia que faz com que o paciente procure o atendimento médico. Deve ser registrada de modo acurado e breve, com uma ou poucas palavras, de preferência, com as próprias expressões utilizadas pelo paciente
· História da moléstia atual
Deve ser um relato claro e em ordem cronológica dos problemas que levaram o paciente a procurar o auxilio médico. O paciente informa e o médico organiza, devendo-se constar o modo como os problemas do paciente começaram, como se desenvolveram, os sintomas que apareceram e os tratamentos feitos. 
· História pregressa
Acontecimentos prévios importantes para o diagnóstico e o tratamento da moléstia atual e para o médico ter uma visão global de seu paciente. Inclui doenças previas, traumatismos, cirurgias, internações prévias, alergias, imunizações e medicações em uso.
· História familiar
Estado de saúde ou causa de morte dos avós, pais, tios, irmãos e filhos e a idade que tinham quando morreram. Pesquisar especialmente sobre doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, câncer e tuberculose.
· História psicossocial
Fatores sociais
Fatores psicológicos
· Revisão de sistemas (anamnese especial)
Última parte da clínica, consiste numa serie de perguntas sobre sintomas específicos, ligados aos diversos aparelhos, sistemas e regiões do corpo.

Mais conteúdos dessa disciplina