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Bibliografia PORTO&PORTO, Semiologia Médica - 8ª edição Apostila de Propedêutica – Edição 2: anamnese, exame clínico e promoção à saúde - FMUSP Clínica Médica, HCFMUSP, Volume 1, 2ª edição. “A medicina me escolheu” Introdução O que é a Semiologia e qual é a sua importância? A clínica é SOBERANA! Porém, o médico precisa aprender a usá-la. Conselho de amigo: estudem FARMACOLOGIA e SEMIOLOGIA. O Método Clínico A conduta médica durante a consulta deve abranger quatro componentes principais: o científico, o ético, o humano e a boa relação médico-paciente (Porto). Método Clínico Anamnese Exame Físico A importância do Prontuário Médico “O prontuário do paciente é o documento único constituído de um conjunto de informações registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e assistência prestada a ele, de caráter legal, sigiloso e cientifico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao individuo”. - CFM, n30/02 de 10/07/02 Anamnese “Trazer de volta à mente todos os fatores relacionados à doença do paciente”. Contribui em 75% do diagnóstico. Parte mais importante da consulta. Relação Médico-Paciente. Atenção! Construção da Relação Médico-Paciente Cumprimente o paciente perguntando o nome dele e dizendo-lhe o seu. Demonstre interesse no que o paciente tem a dizer. Cuidado com expressões faciais e falas tendenciosas. Lembre-se: o paciente NÃO tem obrigação de entender termos médicos ou possuir conhecimentos científicos, por mais “básico” que sejam. O médico precisa ser CLARO e OBJETIVO. Não deixe o seu julgamento interferir! A sua opinião pessoal não deve interferir na sua conduta! Componentes da Anamnese Identificação. Motivo da Consulta ou Queixa Principal (QP). História da Doença Atual. Interrogatório Sintomatológico. Antecedentes Pessoais e Familiares. Hábitos de Vida. Condições Socioeconômicas e Culturais. Interrogatório sobre os Diversos Aparelhos. Hipóteses diagnósticas. A identificação Nome completo. Idade. Sexo/Gênero. Cor/Etnia (classificação IBGE: branco, pardo, preto). Estado Civil. Profissão e local de trabalho. Procedência e Residência. Nome da mãe e do acompanhante/ responsável. Religião. Motivo da Consulta NAS PALAVRAS DO PACIENTE. É o motivo que levou o paciente a procurar o médico/ hospital. Observação: nunca aceitar as palavras do paciente como diagnóstico. Definir diagnóstico é responsabilidade médica. IDENTIFICAÇÃO DE UM SINTOMA PRINCIPAL História da Doença Atual É o registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a procurar assistência médica. Inclui o interrogatório sintomatológico. Dicas: Normalmente, o motivo da consulta é o sintoma-guia para a condução da história. Verifique se a sua história tem início, meio e fim. Apure a evolução, exames e tratamentos realizados em relação à doença atual. História da Doença Atual Exemplo: o motivo da consulta é “dor de cabeça” Paciente refere estar há 2 dias com cefaleia na região frontal. A mesma, iniciou subitamente e teve piora progressiva. Foi feito o uso de analgésico pelo paciente, porém sem melhora. Relata sinusitopatia de base e nega febre e náuseas. EM ALGUNS CASOS, É BOM PERGUNTAR E REGISTRAR SINTOMAS “DE BASE” QUE O PACIENTE NÃO REFERE, COMO FEBRE, NÁUSEAS E VÔMITO. História da Doença Atual Semiologia da dor: Mnemotécnica: ALICIA FREDUSA Aparição: “desde quando você sente isso?” Localização: “onde está a dor?” Irradiação: “ela irradia para outras regiões?” Caráter: “como é a dor?” Intensidade: “de 1 a 10, quanto dói?” Agravantes ou Atenuantes: “existem momentos em que a dor está maior ou menor?” FREquência: “de quanto em quanto tempo essa dor aparece?” DUração: “quanto tempo a dor dura?” Sintomas Associados: “existe algum outro sintoma associado?” 17 Antecedentes Pessoais Doenças Crônicas: Diabetes, HAS, Dislipidemia, Asma, Bronquite? Realizou cirurgias? Se sim, quais? Alergias. Histórico psiquiátrico: algum diagnóstico prévio de ansiedade, depressão etc. Histórico de vacinação. Sexo feminino: histórico obstétrico. Medicamentos em uso. Antecedentes Familiares Fatores de risco de ordem genética. Principalmente em parentes de primeiro grau. Importante: doenças cardiovasculares, Diabetes, Dislipidemia, HAS, CA, TBC. Perguntar causa de morte caso o parente tenha falecido. Hábitos de Vida Tabagismo: registrar a carga tabágica (qtd de maços fumados no dia x número de anos de tabagismo). Etilismo: quantidade, e há quanto tempo? Questionário CAGE. Sedentarismo. Alimentação. Uso de drogas ilícitas. Padrão de sono. Vida sexual. Condições socioeconômicas e culturais Situação financeira. Situação domiciliar. Fontes de apoio social. Aspectos emocionais e familiares. Interrogatório sobre os diversos aparelhos (ISDA) Hipóteses diagnósticas O que, possivelmente, o seu paciente tem? Conduta Orientações dadas ao paciente. Alterações na medicação. Encaminhamentos para outros serviços. Exames solicitados. Anamnese de consulta retorno Diagnósticos prévios. Medicamentos em uso. Evolução. Exames complementares.
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