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Resumo Bioquímica Clínica


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SUMÁRIO 
Coleta de Material Biológico (Sangue e Urina)...............................1 
I. Coleta de Sangue........................................................................1 
II. Sistema de Coleta com Vácuo..................................................2 
III. Coleta de Urina...........................................................................2 
Fotometria ou Fotocolorimetria...................................................2 
I. Medida da Transmitância e Absorbância................................3 
II. Lei de Beer-Lambert..................................................................3 
Perfil Bioquímico Pancreático.......................................................4 
I. Amilase........................................................................................4 
II. Lipase...........................................................................................4 
III. Glicose.........................................................................................5 
Perfil Bioquímico Renal................................................................5 
I. Uréia............................................................................................5 
II. Creatinina...................................................................................6 
III. Ácido Úrico..................................................................................7 
Perfil Bioquímico Hepático...........................................................7 
I. Bilirrubinas..................................................................................7 
II. Transaminase Glutâmica Piruvica (TGP)/(ALT) .....................8 
III. Fosfatase Alcalina......................................................................8 
IV. Gama-Glutamiltranferase (y-GT)............................................9 
Perfil Bioquímico Lipídico.............................................................9 
I. Colesterol Total..........................................................................9 
II. Triglicérides..............................................................................10 
Perfil Bioquímico Cardíaco.........................................................10 
I. Creatinoquinase (CK)...............................................................10 
II. Lactato Desidrogenase (LD)....................................................11 
III. Transimase Glutâmica Oxaloacética (TGO)/(AST)...............11 
Perfil Bioquímico das Enfermidades Ósseas.................................12 
I. Cálcio.........................................................................................12 
II. Fósforo.......................................................................................12 
Referências................................................................................12 
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COLETA DE 
MATERIAL 
BIOLÓGICO 
(SANGUE E 
URINA) 
Considera-se material biológico 
(amostra), líquidos, secreções, 
fragmentos de tecidos obtidos do corpo 
humano e que possam ser analisados, 
sendo o sangue o mais utilizado. As 
amostras destinadas à análise devem 
ser obtidas e preservadas com o maior 
cuidado possível, garantindo assim, a 
exatidão dos resultados. 
 
COLETA DE SANGUE 
Do ponto de vista da sua constituição, 
o sangue é considerado como um 
sistema complexo e relativamente 
constante, constituído de elementos 
sólidos (células sanguíneas), substância 
líquida (soro ou plasma) e elementos 
gasosos (O2 e CO2). 
O procedimento de sua obtenção é 
conhecido como punção venosa, 
venipunção ou flebotomia. O sangue 
geralmente é obtido por três processos 
diferentes: 
➢ Punção venosa – As veias são 
tubos nos quais o sangue circula, 
da periferia para o centro do 
sistema circulatório, que é o 
coração. As veias podem ser 
classificadas em: veias de 
grande, médio e pequeno calibre, 
e vênulas. De acordo com a sua 
localização, as veias podem ser 
superficiais ou profundas. São 
as veias superficiais que se 
fazem normalmente à coleta de 
sangue 
 
➢ Punção arterial – É o sangue 
oxigenado pelos pulmões e 
bombeado pelo coração para 
todos os tecidos. Utilizado para 
análise dos gases sanguíneos 
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➢ Punção de pele – É uma mistura 
de sangue das arteríolas, veias 
e capilares. É, portanto, uma 
mistura de sangue arterial e 
venoso. É realizado, em 
pacientes pediátricos, quando o 
volume a ser coletado é menor 
que o obtido através de tubos a 
vácuo convencionais. 
 
SISTEMA DE COLETA COM VÁCUO 
Muitos tubos de coleta com vácuo 
contém aditivos ou anticoagulantes 
utilizados para coletar amostras para 
diferentes análises. A cor da tampa do 
tubo de coleta é codificado para definir 
se existe algum aditivo ou 
anticoagulante ou não. 
As cores usadas em geral são: 
➢ Tampa vermelha (ou amarela) 
– Sem anticoagulante é 
utilizado na coleta de sangue 
para a obtenção de soro para 
bioquímica e sorologia. 
 
➢ Tampa roxa (ou rosa) – 
Adicionado de anticoagulante 
EDTA sódico ou potássico. 
Obtém-se sangue total para 
hematologia. 
 
 
➢ Tampa azul – Adicionado de 
anticoagulante citrato de sódio 
para obtenção de plasma para 
provas de coagulação 
 
➢ Tampa cinza – Adicionado de 
oxalato de potássio (inibe a 
glicólise) para a obtenção de 
plasma para a determinação de 
glicose. 
 
➢ Tampa verde – Adicionado de 
heparina para a obtenção de 
plasma para testes bioquímicos 
 
COLETA DE URINA 
O laboratório deve fornecer as 
instruções escritas e/ou verbais para o 
preparo do paciente e para a coleta do 
material. 
A coleta de urina deve ser realizada 
preferencialmente no laboratório. A 
urina de jato médio é o material de 
escolha para realizar o exame de urina 
(urina tipo 1), exceto quando for 
necessária a coleta com o auxilio do 
coletor auto-aderente. 
 
FOTOMETRIA OU 
FOTOCOLORIMETR
IA 
Grande parte dos métodos utilizados 
em bioquímica clínica estão baseados na 
medida quantitativa da absorção da 
luz pelas soluções. A concentração na 
solução de substância absorvente é 
proporcional à quantidade de luz 
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absorvida. Estas medidas são 
efetuadas por instrumentos 
fotocolorímetros ou 
espectrofotômetros. 
 
MEDIDA DA TRANSMITÂNCIA 
E ABSORBÂNCIA 
A transmitância e a absorbância das 
soluções coloridas são medida por meio 
de instrumentos denominados 
espectrofotômetros (fotômetros). 
Estes instrumentos empregam como 
fonte luminosa uma lâmpada 
incandescente produtora de luz branca. 
Potencialmente, pode-se empregar 
qualquer comprimento de onda da 
região visível. Para a resolução da luz 
num determinado comprimento de onda 
desejado, são utilizados 
monocromadores que consistem de 
filtros interferentes ou de absorção 
(fotômetros de filtro), prismas ou 
retículos de difração 
(espectrofotômetros). 
A luz atravessa uma solução colorida 
presente em uma cubeta; parte é 
absorvida(esta absorção depende da 
intensidade da cor da solução) . A luz 
transmitida ( detectada por uma 
fotocélula ) tem intensidade menor que 
a luz incidente. A fotocélula converte a 
energia elétrica, emitindo um sinal que 
pode ser lido na escala de um 
galvanômetro, em percentagem de 
transmitância (luz transmitida) ou em 
absorbância (luz absorvida). 
 
LEI DE BEER-LAMBERT 
A lei de Beer-Lambert (ou 
simplesmente Lei de Beer ) afirma que 
a concentração de uma substância é 
diretamente proporcional à quantidade 
de luz absorvia ou inversamenteproporcional ao logaritmo da luz 
transmitida. 
Na prática laboratorial, a aplicação 
quantitativa da lei de Beer é realizada 
pelo emprego de espectrômetros, onde são 
lidas as absorbâncias de uma solução teste 
e uma solução padrão de concentração 
conhecida ( após submetida a reações 
apropriadas) e aplicada a seguinte relação: 
Obs: Esta relação só é aplicada quando 
a reação colorimétrica segue a Lei de 
Beer 
 
 
 
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PERFIL 
BIOQUÍMICO 
PANCREÁTICO 
AMILASE 
A amilase é uma enzima da classe das 
hidrolases que normalmente atua 
extracelularmente para clivar o amido 
e glicogênio ingeridos na dieta. O amido 
é a forma de armazenamento para a 
glicose nos vegetais. A estrutura do 
glicogênio é similar ao do amido, com 
maior número de ramificações. A 
amilase catalisa a hidrólise das ligações 
1-4 do amido e glicogênio liberando 
maltose. 
A amilase sérica é secretada, 
fundamentalmente, pelas glândulas 
salivares (forma S) e células acinares 
do pâncreas (forma P). É secretada no 
trato intestinal por meio do ducto 
pancreático. As glândulas salivares 
secretam a amilase que inicia a 
hidrólise do amido presente nos 
alimentos na boca e esôfago. Esta ação 
é desativada pelo conteúdo ácido do 
estômago. No intestino, a ação da 
amilase pancreática é favorecida pelo 
meio alcalino presente no duodeno. 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO : A determinação 
no soro é útil no diagnóstico de 
pancreatites e parotidites. Aumentos 
são vistos também em infarto ou 
perfuração intestinal, peritonite, 
gravidez ectópica, apendicite, doenças 
das vias biliares, cetoacidose diabética, 
alguns tumores pulmonares ou 
ovarianos, traumas, queimaduras. Na 
insuficiência renal há aumentos, mas 
raramente chegando a níveis 3 vezes 
superiores ao normal 
 
LIPASE 
 A lipase é uma enzima altamente 
específica que catalisa a hidrólise dos 
ésteres de glicerol de ácidos graxos de 
cadeia longa (triglicerídeos) em 
presença de sais biliares e um cofator 
chamado colipase. As ligações éster, nos 
átomos de carbono 1 e 3 são 
preferencialmente rompidas, 
produzindo dois mol de ácidos graxos de 
cadeia longa e um mol de 2-
acilmonoglicerídio por mol de 
triglicerídeo hidrolisado. A lipase é 
sintetizada pelas células acinares do 
pâncreas, também é encontrada na 
mucosa intestinal, leucócitos, células do 
tecido adiposo, língua e leite. 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO: Está elevada em 
casos de pancreatite de qualquer 
etiologia. A lipase e a amilase são 
exames complementares no diagnóstico 
de pancreatite, uma vez que a amilase 
se eleva mais precocemente, enquanto 
a lipase permanece elevada por mais 
tempo. A lipase é específica do 
pâncreas, não estando elevada em 
casos de parotidite simples. 
 
 
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GLICOSE 
A glicose é um carboidrato simples, 
(monossacarídeo), é fornecedora de 
energia e é produzida pelas plantas 
(fotossíntese), acumulando em suas 
ligações à energia solar. Ingerido pelo 
homem, sofrem combustão e liberam 
energia armazenada que é transferida 
para a síntese de ATP, ou seja, é fonte 
imediata ou de reserva de energia para 
realização de trabalhos celulares, 
atendendo às células nas suas múltiplas 
necessidades energéticas (contração 
muscular, estímulo nervoso, síntese de 
macromoléculas, transporte de 
substâncias através de membranas 
entre outras) 
A glicose é perfeitamente solúvel na 
corrente sanguínea, onde é 
transportada em concentrações bem 
controladas (glicemia). 
O seu metabolismo celular compreende 
várias vias metabólicas, a saber: 
❖ Glicólise aeróbica e anaeróbica, 
glicogênese, glicogenólise, via 
das pentoses e gliconeogênese. 
MATERIAL PARA COLETA: Plasma 
fluoretado 
INTERPRETAÇÃO: O tese é útil no 
diagnóstico das hiper e hipoglicemias. 
Para o diagnóstico de diabetes Mellitus 
é necessário valor igual ou superior a 
126mg/dl (2 amostras em jejum 
coletadas em dias diferentes). Em 
gestantes, valores superiores a 
105mg/dl já são suspeitos, merecendo 
maior investigação. O diagnóstico de 
hipoglicemia se estabelece com valores 
abaixo de 50mg/dl no adulto e 40mg/dl 
no recém nascido. 
Exames relacionados: curva glicêmica 
(TTG), glicemia pós-prandial, 
glicosúria 
PERFIL 
BIOQUÍMICO 
RENAL 
URÉIA 
Os aminoácidos provenientes do 
catabolismo protéico são desaminados 
com a produção de amônia. Como esse 
composto é potencialmente tóxico, é 
convertido em uréia ( NH2-CO-NH2) 
no fígado associado ao CO2. A uréia 
constitui 45% do nitrogênio não 
protéico no sangue. Após a síntese 
hepática, a uréia é transportada pelo 
plasma até os rins, onde é filtrada 
pelos glomérulos. A uréia é excretada 
na urina, embora 40-70% seja 
reabsorvido por difusão passiva pelos 
túbulos. Um quarto da uréia é 
metabolizada no intestino para formar 
amônia e CO2 pela ação da microbiota 
normal. Essa amônia é reabsorvida e 
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levada ao fígado onde é reconvertida 
em uréia. 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO: Classicamente 
utilizada como parâmetro de avaliação 
da função renal, vem aos poucos sendo 
substituída pela dosagem de creatinina 
para essa finalidade. A uréia sofre, 
mais que a creatinina, influência do 
catabolismo protéico, aumentando com 
as dietas hiperprotéicas, uso de 
esteróides, infecções, traumas, 
hemorragias digestivas. Sua 
depuração renal também sofre, mais 
que a da creatinina, variações com o 
fluxo urinário, diminuindo nos estados de 
oligúria. No entanto, o encontro dos 
níveis séricos elevados de uréia ainda 
levantam em primeiro lugar a hipótese 
de insuficiência renal, devendo o 
paciente ser investigado neste sentido. 
A relação uréia/creatinina (no soro) 
pode ser bom indicador do ritmo de 
catabolismo protéico. 
 
CREATININA 
A creatinina é produzida como 
resultado da desidratação não-
enzimática da creatina muscular. A 
creatina, por sua vez, é sintetizada no 
fígado, rim e pâncreas e é 
transportada para as células 
musculares e cérebro, onde é fosforilada 
a creatina-fosfato (substância que 
atua como reservatório de energia). 
Tanto a creatina-fosfato como a 
creatina, em condições fisiológicas, 
espontaneamente perdem o ácido 
fosfórico ou água, respectivamente, 
para formar seu anidrido, a creatinina. 
A creatinina livre não é reutilizada no 
metabolismo corporal e assim funciona 
somente como um produto dos resíduos 
de creatina. A creatinina difunde do 
músculo para o plasma de onde é 
removida quase inteiramente e em 
velocidade relativamente constante 
por filtração glomerular. Em presença 
de teores marcadamente elevados de 
creatinina no plasma, parte da mesma 
é também excretada pelos túbulos 
renais. 
 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO: Exame útil na 
avaliação da função renal. Aumenta na 
medida em que diminui o ritmo de 
filtração glomerular. Diminui com o 
aumento da filtração. De forma 
grosseira, porém, clinicamente útil, 
pode-se imaginar que reduções de 
filtração glomerular de 50% 
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correspondem a uma duplicação do nível 
sérico de creatinina. Sofre menos 
influência da dieta do que a uréia e , 
neste aspecto, é melhor índice de função 
renal do que esta última. 
 
ÁCIDO ÚRICO 
O ácido úrico é o produto final do 
catabolismo das purinas (adenina e 
guanina) nos seres humanos. É 
formado, principalmente no fígado, a 
partir da xantina pela ação da enzima 
xantina oxidase. Quase todo ácido úrico 
no plasma está na forma de urato 
monossódico. 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO:A determinação é 
útil no diagnóstico das hiperuricemias, 
como as encontrada na gota (é uma 
desordem clínica caracterizada por 
deposição de cristais de uratos 
monossódicos insolúveis nas juntas das 
extremidades), na calculose e 
nefropatia úricas, na insuficiência renal, 
em neoplasias, leucemias, linfomas, 
mielomas; diminui sob efeito de drogas 
como alopurinol, asperina em altas 
doses e vitamina C ( altas doses). 
 
PERFIL 
BIOQUÍMICO 
HEPÁTICO 
BILIRRUBINAS 
Após 120 dias de vida média, os 
glóbulos vermelhos “envelhecem” pelo 
esgotamento das enzimas 
eritrocitárias. Sendo uma célula 
anucleada não renova o seu estoque de 
enzimas e, portanto, o metabolismo da 
glicose diminui com redução na formação 
de ATP. Há, em conseqüência, 
modificação da membrana e o glóbulo 
vermelho é retido pelos macrófagos do 
sistema retículo endotelial (baço, 
fígado e medula óssea) onde é 
destruído. O ferro retorna ao plasma e 
se liga à transferrina. A globulina é 
degradada em seus aminoácidos 
componentes para posterior 
reutilização. A protoporfirina IX é 
clivada para formar biliverdina que, por 
sua vez é reduzida à bilirrubina, um 
tetrapirrol insolúvel em água. Outros 
20-25% da bilirrubina são 
provenientes de precursores dos 
eritrócitos destruídos na medula óssea 
(eritropoiese não efetiva), do heme 
presente na mioglobina, nos citocromos 
e na catalase. Em adultos, 250-350mg 
de bilirrubina são produzidos 
diariamente. A bilirrubina indireta (não 
conjugada) é apolar e insolúvel em água 
e é transportada pelo fígado via 
corrente sanguínea ligada à albumina. 
A bilirrubina direta (conjugada) é polar 
produzida no fígado conjugada ao ácido 
glicurônico. 
 
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MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO: A determinação é 
útil na avaliação de hepatopatias e 
quadros hemolíticos. Em contra 
particular indicação na icterícia ( 
pigmentação amarela da pele, 
resultante do acúmulo de bilirrubinas) 
do recém nascido. Além da 
eritroblastose fetal, outras causa de 
icterícia incluem: obstrução das vias 
biliares, hepatite, cirrose. 
 
 
TRANSAMINASE GLUTÂMICA 
PIRUVICA (TGP ou ALT) 
A enzima TGP (ALT) catalisa a 
transferência reversível dos grupos 
amino de um aminoácido para o alfa-
cetoglutarato, formando cetoácido e 
ácido glutâmico. Essas reações 
requerem piridoxal fosfato como 
coenzima: 
 ALANINA + ALFA-
CETOGLUTARATO↔ 
PIRUVATO + ÁCIDO 
GLUTÂMICO 
A reação catalisada pela transaminase 
exerce papel central na degradação e 
excreção de aminoácidos. 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO: O teste é útil na 
avaliação de hepatopatias é 
recomendado como teste de 
rastreamento de hepatites. Aumento 
de TGP podem, ocasionalmente, ser 
vistos em doenças extra-hepáticas, 
como miopatias. Mas outras enzimas 
como CK, DHL, TGO podem definir o 
estado da miopatia. A TGP é menos 
sensível que a TGO para a avaliação de 
hepatopatia alcoólica. 
 
FOSFATASE ALCALINA 
A fosfatase alcalina (FA) pertence a 
um grupo de enzimas relativamente 
inespecíficas, que catalisam a hidrólise 
de vários fosfomonoésteres em pH 
alcalino. O pH ótimo de reação in vitro 
está ao redor de 10, mas depende da 
natureza e concentração do substrato 
empregado. 
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A fosfatase alcalina está amplamente 
distribuída nos tecidos humanos, 
notadamente na mucosa intestinal, 
fígado (canalículos biliares), túbulos 
renais, baço, ossos (osteoblastos), 
leucócitos e placenta. A forma 
predominante no soro ema adultos 
normais origina-se , principalmente, do 
fígado e esqueleto. Apesar da exata 
função metabólica da enzima ser 
desconhecida, parece estar associada 
com o transporte lipidico no intestino e 
com o processo de calcificação óssea. 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO: A determinação 
da fosfatase alcalina é útil na avaliação 
e seguimento de hepatopatias, 
processos colestáticos em geral e no 
diagnóstico e seguimento de processos 
ósseos que resultam em aumento de 
sua atividade. 
 
GAMA-GLUTAMILTRANSFERASE 
(γ-GT) 
A gama-GT catalisa a transferência 
de um grupo gama-glutamil de um 
peptídeo para outro peptídeo ou para 
um aminoácido produzindo aminoácidos 
gama-glutamil e cistenil-glicina. Está 
envolvida no transporte de aminoácidos 
e peptídeos através das membranas 
celulares. A gama-GT é encontrada no 
fígado, vias biliares, rim, intestino, 
próstata, pâncreas, pulmões, cérebro e 
coração. 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO: O teste é útil na 
avaliação das hepatopatias agudas e 
crônicas, estando a atividade 
enzimática elevada nos quadros de 
colestase intra ou extra-hepáticas. Os 
níveis de gama-GT também se elevam 
na doença hepática alcoólica aguda ou 
crônica e nas neoplasias hepáticas. 
 
PERFIL 
BIOQUÍMICO 
LIPÍDICO 
COLESTEROL TOTAL 
O colesterol é o esterol componente das 
membranas celulares de mamíferos e 
precursor de três classes de compostos 
biologicamente ativos, os hormônios 
esteróides, ácidos biliares e vitamina D. 
É transportado no sangue 
principalmente pelas lipoproteínas de 
densidade baixa (LDL). Os distúrbios 
no metabolismo do colesterol exercem 
papel importante na etiologia da 
doença arterial coronária. 
O colesterol é derivado co ciclopentano 
peridro fenantreno e contém 27 
átomos de carbono. 
 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO: Exame útil na 
avaliação de risco de aterosclerose. É 
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aumentado na hipercolesterolemia 
primária e em síndrome nefrótica, 
hipotireoidismo, diabetes Mellitus, 
cirrose biliar primária. Níveis baixos 
podem ser visto na desnutrição, 
hipertireoidismo. O uso mais freqüente 
é na variação de risco de doença 
coronariana, onde habitualmente níveis 
elevados se associam com maior risco de 
aterosclerose. 
Exames relacionados: LDL-colesterol, 
HDL-colesterol 
✓ LDL-colesterol é uma 
lipoproteína de baixa densidade 
transportadora do colesterol e a 
sua determinação é útil na 
avaliação do risco de doença 
coronariana. A relação entre 
doença aterosclerótica 
coronariana em níveis de LDL-
colesterol é significativa e 
direta. 
 
✓ HDL-colesterol é um exame útil 
na avaliação de risco de doença 
aterosclerótica, esta fração é 
tida como protetora de 
desenvolvimento de 
arterosclerose. 
 
 
 
 
TRIGLICÉRIDES 
Os triglicerídeos (triacilgliceróis) são 
sintetizados no fígado e intestino e são 
as formas mais importantes de 
armazenamento e transporte de ácidos 
graxos. Constituem as principais 
frações dos quilomícrons, das VLDL e 
pequena parte (<10%) das LDL 
presentes no plasma sanguíneo. Os 
mono e diglicerídios são encontrados em 
quantidades relativamente pequenas 
como intermediários metabólicos na 
biossíntese e degradação dos lipídeos 
contendo glicerol. Cerca de 90% das 
gorduras ingeridas na dieta são 
triglicerídeos formados por ácidos 
graxos saturados e insaturados. 
Alguns ácidos graxos poliinsaturados 
(ácidos linolénico, linolêico e 
araquidônico) não são sintetizados no 
organismo e devem ser supridos na 
dieta. 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO: O teste é útil na 
avaliação do metabolismo lipídico. Os 
triglicérides constituem um dos 
componentes lipídicos das lipoproteínas 
séricas juntamente com o colesterol e 
fosfolípides. Sua elevação denota 
dislipidemia primária ou secundária a 
diabetes Mellitus, síndrome 
nefrótica,uremia, obstruções biliares. 
 PERFIL 
BIOQUÍMICO 
CARDÍACO 
CREATINOQUINASE (CK) 
 
 A enzima creatinoquinase (CK) 
catalisa a fosforilação reversível da 
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creatina pela adenosina trifosfato 
(ATP) com a formação de creatina 
fosfato. A CK está associada com a 
geração de ATP nos sistemas 
contráteis ou de transporte. A função 
fisiológica predominante da enzima 
ocorre nas células musculares, onde 
está envolvida no armazenamento de 
creatina fosfato (composto rico em 
energia). Cada ciclo de contração 
muscular promove o consumo de ATP 
com formação de ADP. A CK está 
amplamente distribuída nos tecidos, 
com atividades mais elevadas no 
músculo esquelético (CK-MM), cérebro 
(CK-BB) e no tecido cardíaco (CK-MB). 
 
O miocárdio contém expressivas 
atividades de CK-MB. A elevação da 
atividade plasmática da CK-MB ( igual 
ou maiores que 6% da CK) é o indicador 
mais específico de lesão miocárdica ( 
98-100% dos casos), particularmente, 
de infarto agudo do miocárdio. A CK-MB 
começa a elevar-se em 4 –8 horas a 
partir da dor precordial, atingindo o 
máximo 12-24 horas, retornando ao 
normal em 40-72 horas. 
 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
 
INTERPRETAÇÃO: O teste é útil no 
diagnóstico do infarto do miocárdio (CK 
e CK-MB) e no diagnóstico e segmento 
de miopatias (CK). 
 
 
 
LACTATO DESIDROGENASE (LD) 
 
A lactato desidrogenase (LD) é uma 
enzima da classe das oxidorredutases 
que catalisa a oxidação reversível do 
lactato a piruvato, em presença da 
coenzima NAD+ que atua como doador 
ou aceptor de hidrogênio. 
 LACTATO + NAD+ ↔ 
PIRUVATO + NADH+ + H+ 
A LD está presente no citoplasma de 
todas as células do organismo. Sendo 
rica no miocárdio, fígado, músculo 
esquelético, rim e eritrócitos. 
 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
 
INTERPRETAÇÃO: Valores elevados 
são encontrados em neoplasias, doenças 
cardio-respiratórias, anemias 
hemolíticas e megaloblásticas. No 
infarto agudo do miocárdio, 
aumentos são notados de 8-12 horas 
após o infarto, atingindo o pico máximo 
entre 24-48 horas; esses valores 
permanecem elevados por 7 a 12 dias. 
Aumentos são observados também no 
infarto pulmonar. 
 
 
 
TRANSAMINASE GLUTÂMICA 
OXALOACÉTICA ( TGO OU AST ) 
 
A enzima TGO (AST) catalisa a 
transferência reversível dos grupos 
amino de um aminoácido para o alfa-
cetoglutarato, formando cetoácido e 
ácido glutâmico. Essas reações 
requerem piridoxal fosfato como 
coenzima: 
ASPARTATO + ALFA-CETOGLUTARATO↔ 
OXALOACETATO + ÁCIDO GLUTÂMICO 
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A reação catalisada pela transaminase 
exerce papel central na degradação e 
excreção de aminoácidos. 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO: O teste é útil 
sobretudo na avaliação de 
hepatopatias, infarto do miocárdio e 
miopatias. No infarto do miocárdio há o 
aumento de TGO em 6 a 8 horas após 
a dor precordial, atingindo o pico em 18-
24 horas, retornando aos níveis 
normais de 4 ou 5 dias. 
PERFIL 
BIOQUÍMICO DAS 
ENFERMIDADES 
ÓSSEAS 
CÁLCIO 
O cálcio está presente em três 
compartimentos principais: esqueleto, 
tecidos moles e líquido extra-celular. O 
indivíduo com 70 Kg tem, 
aproximadamente, 1,2 Kg de cálcio no 
corpo que está armazenado na forma 
de hidroxiapatita ( 99% do total) no 
esqueleto. No líquidos intra e extra-
celulares estão presentes menos de 
1%. 
Parte do cálcio ingerido é absorvido por 
um processo ativo, principalmente no 
duodeno e é favorecidos em pH ácidos, 
com a presença do hormônio 
paratormônio (PTH) e a vitamina D. 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO: Exame útil no 
diagnóstico e segmento de distúrbios do 
metabolismo de cálcio e fósforo, 
incluindo doenças ósseas, nefrológicas e 
neoplásicas. Valores elevados são 
encontrados no hiperparatireoidismo, 
neoplasias com envolvimento ósseo. 
Valores diminuídos são encontrados no 
hipoparatiroidismo, déficit da vitamina 
D, insuficiência renal crônica e 
pancreatite crônica. 
 
FÓSFORO 
O organismo de um adulto contém 500-
600 g de fósforo, assim distribuídos: 
esqueleto ( 80 – 90% do total), intra-
celular ( 10 –20 % do total) 
principalmente sobre a forma de ATP e 
extra-celular ( menor que 0,1% do 
total). 
MATERIAL PARA COLETA: Soro 
INTERPRETAÇÃO: O teste é útil 
para o diagnóstico das 
hiperfosfatemias: mieloma múltiplo, 
metástases ósseas , insuficiência renal 
crônica , hipoparatireoidismo e das 
hipofosfatemias: hiperparatiroidismo, 
alcoolismo agudo e deficiência da 
vitamina D. 
 
 
Referências 
FERREIRA, Carlos Parada. Bioquímica 
Básica. 8 ed. São Paulo : Editora MNP. 
2008 
MOTA. V.T. Bioquímica Clínica para o 
laboratório . 4 ed. Porto Alegre: 
Editora Médica Missau 
MOURA,Roberto de Almeida & WADA, 
Carlos S. & PURCHIO, Adhemar & 
ALMEIDA Therezinha V. Técnicas de 
Laboratório. 3 ed. São Paulo: Editora 
Atheneu 
 
 
 
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