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Reações Colorimétricas Reações em que se formam produtos coloridos Mede-se a energia radiante transmitida e/ou absorvida na faixa visível do espectro eletromagnético radiante (400 a 680 nm).. Espectrofotometria- Principio da lei de Lambert-Beer, por exemplo Exemplo de exames: Dosagem de Colesterol, Uréia Reações no Ultravioleta Reações que não formam produtos coloridos , mas esses produtos são capazes de absorver energia radiante na faixa ultravioleta do eletromagnético radiante (340 ou 365 nm). Exemplo de exames: Dosagem de LDH, ALT, AST, CK, Uréia no UV. Reações de ponto final reações podem ser colorimétricas ou ultravioleta (UV). Reações que formam um produto cuja concentração chega a um ponto máximo, permanecendo inalterada por um determinado tempo em função da estabilidade do produto É a mais empregada no laboratório devido à sua flexibilidade de aplicação instrumental, pode ser utilizada em metodologias manuais e automatizadas. Sua aplicação em métodos manuais é facilitada pela estabilidade do produto da reação, permitindo ensaiar muitas amostras simultaneamente, com a manutenção da qualidade nos ensaios. Reações cinéticas São reações onde a velocidade da formação do produto é medida durante um intervalo de tempo, que pode ser horas, minutos ou segundos geralmente aplicadas nas dosagens de enzimas, mas podem ser utilizadas para dosagem de analitos, habitualmente ensaiados por reações de ponto final. Faixa ultravioleta do espectro (340 ou 365 nm). Reações de cinética contínua: A velocidade de formação do produto é medida em intervalos de tempo (3 no mínimo). Pode se contínua crescente ou contínua decrescente. Reações cinéticas de tempo fixo: A velocidade de formação do produto é medida após um tempo fixo para sua leitura. São semelhantes às Reações de Ponto Final, ou seja, a velocidade de formação do produto é medida após um tempo fixo, em que a reação enzimática é interrompida, adicionando um reagente próprio Reações cinéticas de 2 tempos: Podem ser utilizadas para diminuir o tempo de reação, reduzir a influência de interferentes (creatinina) ou estender a linearidade do sistema analítico (uréia UV). Utilizam a fase inicial da reação com uma leitura aos 30 segundos, como branco, e outra leitura aos 90 segundos. Utiliza-se então a variação da absorbância correspondente a um minuto para calcular a concentração do analito. A escolha da diferença mais adequada irá depender da melhor linearidade, da eliminação de interferentes ou da melhor sensibilidade Espectrofotometria Método amplamente utilizado para a determinação da concentração de compostos cromogeneros presentes em uma solução, por meio da transmissão ou absorção de luz Turbidimetria Análise quantitativa de soluções coloidais ou de suspensões, baseado na medição da absorção de luz. Medidas realizadas em qualquer espectrofotômetro padrão ou fotômetro de filtro, entretanto, as medidas são restritas a um determinado ângulo, geralmente em 90°. Mede a diminuição da luz, em outras palavras, a turbidimetria mede o quanto a solução absorve da luz e o quanto ela deixa passar. Nefelometria Medida da luz dispersada por partículas em solução dispersão proporcional ao nº e tamanho das partículas Na nefelometria, as reações de precipitação (em soluções diluídas) produzem aumento da reflexão da luz, que pode ser diretamente medida pela dispersão da luz incidente. Vantagem sobre a turbidimentria maior precisão Quimioluminescência Tipo de reação química, que ao se processar gera energia luminosa. O composto químico Luminol, é um dos representantes mais conhecidos da quimioluminescência. Laboratorialmente, hormônios, drogas e microorganismos podem ser identificados. Tais métodos utilizam-se de anticorpos ligados a um marcador luminescente (cromógeno) que pode ser o próprio luminol ou mais modernamente derivados de acridina, sistema avidina-biotina Imunoensaios Interação da substância de interesse com anticorpos monoclonais específicos. Marcadores tumorais Monitoramento drogas terapêuticas e de abuso Hormônios Métodos Imunoenzimáticos: Consiste num anticorpo conjugado a uma enzima capaz de modificar um cromógeno, através da reação com seu substrato específico, gerando colorações diferentes de acordo com o cromógeno. Eletroforese Técnica utilizada para separar componentes de uma mistura iônica que migram num ponto elétrico. Os íons migram em direção ao pólo de sinal oposto na relação de intensidade de sua carga e do gradiente de voltagem. A carga elétrica de uma biomolécula depende do pH do meio e deve ser estabilizada por tampões. Na eletroforese todas as partículas migram na mesma direção e se repelem mutuamente. As estruturas e propriedades permanecem intactas, permitindo a separação das várias frações Eletroforese de Proteínas As proteínas são macromoléculas compostas por aminoácidos, com ligações covalentes entre si, podem ser polares ou apolares, de acordo com o pH, devido à distribuição elétrica resultante das ligações covalentes ou iônicas de seus grupos estruturais. Existe, atualmente, elevado número de proteínas identificadas no soro, que diferem entre si estruturalmente e participam em vários processos fisiológicos. A eletroforese protéica separa as globulinas da albumina e arranja as proteínas maiores do soro em padrões que podem ser altamente específicos para algumas doenças. As frações separadas são visibilizadas a partir de corante sensível a proteínas. Os resultados devem ser sempre expressos sob forma percentual e de concentração das diversas frações e em forma gráfica. : Pré-albumina Albumina 1 globulina 2 globulina globulina globulina Eletroforese em gel de agarose: agarose é utilizada como gel para a eletroforese. A agarose é um polissacarídeo, e forma uma rede que segura as moléculas durante a migração. Dependendo da concentração de agarose, têm-se uma diferença no http://pt.wikipedia.org/wiki/Agarose http://pt.wikipedia.org/wiki/Agarose http://pt.wikipedia.org/wiki/Polissacar%C3%ADdeo http://pt.wikipedia.org/wiki/Concentra%C3%A7%C3%A3o gradiente de separação. Um detalhe importante é a colocação do pente no gel durante o endurecimento. O pente cria poços que serão utilizados para a colocação das amostras. Eletroforese em gel de poliacrilamida: poliacrilamida é uma mistura de dois polímeros, acrilamida e bisacrilamida. A acrilamida é uma molécula linear, enquanto que a bisacrilamida é em forma de "T". Misturando essas duas moléculas, temos a formação de uma "rede". Diferentes relações entre as concentrações dessa moléculas permitem a criação de diferentes gradientes de separação. Eletroforese desnaturante Normalmente feita em gel de agarose, inclui um agente desnaturante (normalmente uréia), que ajuda a tornar a separação melhor entre moléculas que apresentam diferenciação em suas estruturas secundárias Eletrofrese capilar Funciona como a eletroforese normal, porém o gel e a amostra estão dentro de um capilar, e a amostra é detectada automaticamente por um detector. Isso possibilita a automação do processo. Essa é a eletroforese atualmente utilizada em sequenciadores de DNA LIPIDOGRAMA ou Perfil Lipídico Verificam a quantidade de LDL, HDL,VLDL, Triglicerídeos e colesterol Diagnóstico Laboratorial do paciente diabético Diabetes: Síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e / ou incapacidade da insulina de exercer seusefeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas Relacionado a diminuição de insulina Possibilidade do desenvolvimento da obesidade porque a glicose que “sobra” é armazenada como triglicerídeos. essa obesidade diminui a afinidade dos receptores de insulina Hiperglicemia crônica é caracterizada com distúrbios do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas Glicemia: concentração da glicose no sangue Produção de insulina no pâncreas pelas células Beta Classificação do diabetes http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADmero http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Acrilamida&action=edit http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bisacrilamida&action=edit http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Desnaturante&action=edit http://pt.wikipedia.org/wiki/Ur%C3%A9ia http://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culas http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Estruturas_secund%C3%A1rias&action=edit http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sequenciadores_de_DNA&action=edit Diabetes Gestacional: Relacionado ao aumento da resistência periférica à insulina. A placenta produz hormônios hiperglicemiantes Enzimas placentárias degradam a insulina, com consequente aumento compensatório na produção de insulina e na resistência à insulina, podendo evoluir com disfunção das células β. Presença dos hormônios diabetogênicos: progesterona, cortisol, prolactina e lactogênio placentário. O valor de corte da glicemia em jejum durante a gestação difere do considerado normal para não gestantes, sendo < 92 mg/dL em qualquer fase da gestação. Glicemia 2 horas após sobrecarga com 75g de glicose é o teste oral de tolerância a glicose (TOTG) ou curva glicêmica Sinais e sintomas do diabetes Polidipsia Poliúria Prurido Perda de peso Polifagia Visão embaçada Infecções repetidas na pele e mucosa Difícil cicatrização Fadiga(cansaço inexplicável) Dores nas pernas(má circulação) Exames Laboratoriais Glicemia em jejum Teste tolerância a glicose Glicemia pós prandial Hemoglobina glicada Hemoglicoteste(HGT) Frutosamina EAS Métodos enzimáticos Empregam enzimas como reativos e são os mais utilizados atualmente em razão da grande especificidade pela glicose. Medem a glicose verdadeira e não os compostos redutores. São simples e rápidos de executar, além de necessitar pequenos volumes de amostra. Sistemas enzimáticos mais empregados são: glicose oxidase, hexoquinase e glicose desidrogenase. Hexoquinase Glicose Oxidase Critérios laboratoriais para diagnóstico de normoglicemia, pré-diabetes e DM2 Glicemia de jejum: 8 hs de jejum Recomenda-se plasma com fluoreto Separação do plasma em 60 min 2 amostras colhidas em dias diferentes com resultado igual ou acima de 126mg/dl Glicemia pós-prandial (GPP) Teste de triagem; Coleta em jejum e 2 horas pós- refeição; Ingestão de carboidratos sem restrição (3 dias); Valor em 2 horas não deve passar 40% do jejum; MÁX – 140 mg/dL TOTG simplificado Maior controle do resultado; Coleta em jejum → o paciente recebe uma sobrecarga oral de glicose pura (dextrosol), correspondente a seu peso criança: 1,75g / kg de peso (máximo de 75g); Coleta 2 horas pós-sobrecarga; Valor em 2 horas não deve passar 40% do jejum. Gestantes – 50g de dextrosol / coleta em 1 hora Curvas Glicêmicas Avaliação da ação pancreática; Coleta em jejum → sobrecarga de dextrosol coleta de soro e urina em 30 min, 1,2 e 3 horas; Deve ser iniciado antes das 9:00 e o paciente fica descansando. Não deve ser realizado em pacientes diabéticos ou com glicosúria em jejum Interpretações da Curva Glicêmica Critério do NDDG (National Diabetes Data Group) – Critérios de Wilkerson modificado Avaliação gráfica; Glicemia ≥ 200 mg/dL em 2 horas → DM; Glicemia 2 horas entre 140 e 200 mg/dL → tolerância à glicose diminuída; Verifica alterações no limiar renal de excreção ou de absorção intestinal da glicose. Hemoglobina Glicada (HbA1c) Ligação não-enzimática da hemoglobina com glicose glicose se liga ao grupo amino terminal (resíduo de valina) de uma ou de ambas as cadeias beta da HbA (formando a HbA1C) aumenta nas hiperglicemias – reflete glicemia média de 60 a 90 dias anteriores; Avaliação do DM 1 e 2 Não serve para monitoramento do diabetes gestacional Valor indicado – 4 a 6 % da Hb total. Frutosamina: Estrutura formada pela interação de glicose com amino grupos do aminoácido lisina presente na albumina e teoricamente representa a maioria das proteínas glicosiladas circulantes. A determinação da frutosamina dá uma idéia da média das glicemias nas últimas duas a três semanas, sendo um parâmetro de controle metabólico do paciente diabético, especialmente de gestantes diabéticas. Os valores normais de referência são 205 a 285 micromol/L Microalbuminúria Comprometimento renal. Aparece antes da manifestação clínica da proteinúria Detectável pelos métodos tradicionais Tem se mostrado um marcador preditivo do aumento de falência renal e mortalidade precoce dos pacientes diabéticos, em muitos e diferentes estudos detalhados e rigorosos. Incidência de nefropatia diabética 30% para pacientes com diabetes mellitus Tipo I e varia entre 25% e 60% entre pacientes com diabetes mellitus Tipo II. Complicações Crônicas Microangiopatia- Nefropatia e Retinopatia. Neuropatia- lesão em nervos periféricos e disfunção autonômica ( cardiovascular, gastrintestinal e geniturinário) Macroangiopatia (coronárias, artérias cerebrais, carótidas e periféricas, principalmente de membros inferiores)-Infarto do miocárdio e acidentes vasculares Pé diabético Infecções Função Pancreática Atividade exócrina Produção e secreção de enzimas digestivas Enzimas pancreáticas: amilase (digestão do amido), lipase (lipídeos) e tripsina (proteínas) Atividade endócrina Síntese e secreção de hormônios Grupo de células diferenciadas Ilhotas de Langerhans Para avaliação da função pancreática: Dosagem das enzimas: Amilase e Lipase Amilase : Havendo uma lesão das células acinares como na pancreatite, ou ocorrendo uma obstrução no fluxo do ducto pancreático como no carcinoma pancreático, a amilase fluirá para o sistema linfático intrapancreático e peritoneo e, por drenagem, atingirá os vasos sanguíneos em concentração elevada. Diagnóstico Laboratorial – Amilase A amilase alcançará um aumento anormal dentro de 12 a 24 horas após o início da doença, sendo rapidamente clareada pelos rins, atingindo os níveis normais em 48 a 72 horas. Nos casos de pancreatite persistente, obstrução dos ductos pancreáticos e pseudocisto pancreático, os níveis de amilase no soro estarão persistentemente aumentados. Função Renal A cada minuto os rins recebem cerca de 1.200 a 1.500 ml de sangue (os quais são filtrados pelos glomérulos) e geram 180 ml/minuto de um fluido praticamente livre de células e proteínas ( urina) 2l média de produção de urina Os túbulos proximal e distal, a alça de Henle e o ducto coletor se encarregam de reabsorver e secretar íons e outras substâncias, garantindo o equilíbrio homeostático Regulado por uma série de hormônios, destacando-se o sistema renina- angiotensina-aldosterona e o hormônio antidiurético (ADH) Uréia Plasmática 90% excretado pelos rins, restante é eliminado pelo TGI e pela pele Apesar de ser filtrada livremente peloglomérulo, não ser reabsorvida nem secretada ativamente, a uréia é um fraco preditor da TFG, pois 40%-70% retornam para o plasma por um processo de difusão passiva. Outras interferências: a dieta (hiperprotéica), a taxa de produção hepática, hidratação do paciente e presença de sangramento intestinal. Principal metabólito nitrogenado derivado da degradação de proteínas A principal utilidade clínica da uréia está na determinação em conjunto com a creatinina. A razão uréia sérica/creatinina sérica pode indicar estados patológicos diferentes. Nível plasmático aumenta mais precocemente que a creatinina Índice preditivo da insuficiência renal (IR) sintomática Metodologia laboratorial: métodos enzimáticos Creatinina Plasmática A creatinina é um produto residual da creatina.( por isso é importante considerar a massa muscular do paciente) A transformação de creatina em creatinina acontece no tecido muscular 1%-2% da creatina livre se converte espontânea e irreversivelmente em creatinina todos os dias quantidade de creatinina produzida é dependente da massa muscular e não apresenta grandes variações diárias A creatinina é filtrada livremente no glomérulo. O clearance da creatinina continua sendo um dos marcadores mais usados na avaliação da função renal. Creatinina plasmática também é uma excelente medida para avaliar a função renal No entanto, os valores não ultrapassam os valores de referência até que 50 a 70% da função renal esteja comprometida. Níveis plasmáticos acompanham a severidade da patologia Provas de Função Glomerular Provas de Depuração (Clearance) É a medida da velocidade de remoção de uma substância do sangue durante a sua passagem pelos rins. Depende da concentração plasmática da substância e da taxa de filtração glomerular Melhor método para estimar a presença de lesão glomerular Provas: Depuração da creatinina, Depuração da uréia Prova de Depuração da Creatinina Considerar que a síntese e a excreção relacionam-se com a massa muscular Tem que ter peso e altura do paciente Boa correlação com a taxa de filtração glomerular (TFG) Fornece uma melhor estimativa da TFG quando comparada a uréia Necessidade de obter a urina em tempo cronometrado e sem perda (urina incompleta resultado final diminuído) Ácido Úrico ( diagnostico de gota) Principal produto do catabolismo dos nucleosídeos purínicos, adenosina e guanosina Maior parte da excreção urinária – degradação de ácidos nucléicos endógenos Pacientes com artrite gotosa e deposição tecidual de uratos 75 excretado na urina, restante secretado no trato gastrointestinal – degradado a alantoína por bactérias intestinais Significado Clínico Hiperuricemia ( aumento doa ácido úrico no sangue) = homem = concentração no plasma ou soro acima de 7,0 mg/dL; mulher = 6,0 mg/dL gota – urato mossódico precipita, depósitos responsáveis pela sintomatologia clínica artrite gotosa = cristais de uratos ao redor das articulações – resposta inflamatória intensa doença renal associada = nefropatia gotosa, deposição intratubular de cristais de urato hipouricemia = menor que 0,2 mg/dL Albuminúria e Proteinúria Nas doenças renais, as lesões glomerulares e tubulares, causam aumento da filtração das proteínas plasmáticas e redução da reabsorção das mesmas. A concentração de albumina sérica juntamente com a presença de proteínas na urina são indicadores de alteração na função renal. A pesquisa de proteinúria de um modo geral e, em especial, de microalbuminúria traz muita informação e é um marcador precoce de lesão renal, como, por exemplo, em fases incipientes de nefropatia diabética Tem sido recomendada a dosagem da creatinina na mesma amostra, e o resultado, nesse caso, é expresso pela relação proteína/creatinina ou albumina/creatinina Em indivíduos saudáveis é possível detectar uma quantidade de até 150 mg de proteína em 24 h. Proteínas de peso molecular inferior a 60 kDa são filtradas livremente pelos glomérulos e logo reabsorvidas nos túbulos proximais. Eritrócitos Dismórficos (Dismorfismo eritrocitário): Presença de hemácias dismórficas na urina sugerem deformação do arcabouço celular dos eritrócitos na passagem pela membrana glomerular lesada. Cistatina C: Proteína inibidora da proteinase da cisteína Sintetizada por todas as células nucleadas do corpo. Livremente filtrada pelos glomérulos Níveis sanguíneos não são significativamente afetados pelo sexo, idade, raça e massa muscular geral Considerada um bom marcador para a estimativa da função glomerular em pacientes no início da IRA ( insuficiência renal aguda) , em que a creatinina sérica poderia subestimar a verdadeira função renal. Equações para Avaliação da TFG Equação de Cockcroft-Gault: Não foi padronizada para uma área de superfície corporal de 1,73m2 e por isso foi criado o fator de correção 0,85 para mulheres e o seu resultado é expresso em mL/min. É uma equação que superestima a TFG, porque não considera a secreção tubular da creatinina, o aumento do peso em pessoas obesas e a sobrecarga de fluidos. Considera a redução na excreção de creatinina urinária relacionada à idade, mas não a relaciona com a excreção relativamente menor de creatinina em função da obesidade (substituição da massa muscular por tecido adiposo) Equação MDRD (Modification of Diet in Renal Disease) O desenvolvimento da equação MDRD foi baseado no clearance de iotalamato-I 125, considerado padrão ouro, portanto, ela estima a TFG (em mL/min/1,73m2 ) e não a depuração de creatinina Exame de Urina Tipo I Urinálise EAS( elementos atípicos do sedimento urinário) : sedimentoscopia Constituído de 3 partes: Análise física, Análise química, Sedimentoscopia urinária Analise física e química : forma manual com a fita reagente de urina A primeira urina da manhã é a mais usada (urina mais concentrada) , mas não é obrigatório. A urina pode ser coletada em qualquer período do dia Exame pode ser realizado a qualquer momento, não há necessidade de jejum do paciente Vitamina C interferente da determinação da glicose sanguínea Exame que integra os marcadores bioquímicos da função renal ,mas pode dar outras informações Bilirrubina – função hepática Pacientes diabéticos tendem a produzir corpos cetonicos Glicose na urina – DM ( aparece quando está maior que 160-180mg/dL) Proteína indica doenças renais Sangue – infecção urinaria ou cálculo renal Nitrito – presença de bacterias Leucócitos – infecção bacteriana , processo inflamatório Exame Físico da Urina COR: Indivíduos normais varia de amarelo -citrino a amarelo âmbar fraco, segundo a concentração dos pigmentos urocrômicos e, em menor medida, da urobilina, uroeritrina, uroporfirinas, riboflavinas, ( dá a cor característica ) etc. Aspecto: Urina normal e recentemente emitida é límpida. Nas urinas alcalinas Opacidade por precipitação de fosfatos amorfos – ocasionalmente carbonatos – na forma de névoa branca. Adição de algumas gotas de ácido acético dissolve os fosfatos e os carbonatos. A turvação comumente é causada por leucócitos, hemácias, células epiteliais ou bactérias. Leucócitos formam precipitados semelhantes aos provocados pelos fosfatos mas não se dissolvem pela adição de ácido acético. Bacteriúria produz opalescência uniforme que não é removida pela acidificação. Espermatozóides e líquido prostático causam turvação quepode ser clarificada por acidificação ou aquecimento. A urina ácida normal Opaca devido à precipitação de uratos amorfos, cristais de oxalato de cálcio ou de ácido úrico. Turvação provocada pelos uratos pode ser dissolvida por aquecimento da urina a 60 0C. Muitas vezes, o aspecto da urina ácida lembra pó de tijolo, provocado pelo acúmulo de pigmento róseo de uroeritrina na superfície dos cristais. Odor: Fraco, aromático de origem desconhecida Contaminação bacteriana - amoniacal Densidade: Densidades de 1.015 a 1.025 - período de 24 horas. Para uma amostra de urina ao acaso - pode variar de 1.002 a 1.030. Medição Refratômetro Pouco usado hoje Afetado por quantidades moderadas de proteína, glicose Fitas reagentes Volume: Normal = 1200 – 1500 mL/dia Poliúria = > 2000 mL/dia Oligúria = < 500 mL/dia Anúria = completa supressão da formação da urina Exame Químico da Urina pH: Reflete a capacidade do rim em manter a concentração normal dos íons hidrogênio no liquido extracelular. Para conservar um pH constante no sangue (ao redor de 7,4), o glomérulo excreta vários ácidos produzidos pela atividade metabólica. Estes ácidos são excretados principalmente com o sódio. Nas células tubulares os íons hidrogênio são trocados pelo sódio e a urina torna-se ácida. Os íons hidrogênio são também excretados como íons amônio. Normal – 4,5 a 8,0 Níveis abaixo ou acima destes valores não são fisiologicamente possíveis. Pouca importância diagnóstica Proteína: A maioria das proteínas não são filtradas pelo rim, por isso, em situações normais, não devem estar presentes na urina. Aumento da taxa de filtração glomerular (TFG) – aumento da excreção de proteína - aumento da excreção de albumina Proteinúria – presença de proteína na urina Urina espumosa (espuma clara) Determinação Fita reagente Detecção - > 20-30 mg/100 mL Dosagem semi-quantitativa Leitura subjetiva Glicose: Toda a glicose que é filtrada nos rins é reabsorvida (por transporte ativo nos túbulos proximais) de volta para o sangue pelo túbulos renais. A presença de glicose na urina sem que o indivíduo tenha diabetes costuma ser um sinal de doença nos túbulos renais. Limiar renal – 165-200 mg/100 mL > 200 mg/100mL – filtração glomerular - glicosúria Significado clínico – Diabetes Detecção Fita reagente Acetona e ácido diacético (corpos cetônicos): Distúrbios no metabolismo dos carboidratos e lipídios, provoca o aumento na concentração sangüínea (cetonemia) com a conseqüente excreção urinária (cetonúria) Ácido beta-hidroxibutírico (ABHB) (78%), ácido diacético (ADA) (20%) e acetona (2%) Metabolismo incompleto das gorduras Diabetes Detecção :Fita reagente e Reação com nitroprussiato ou nitroferricianeto Hemoglobina: Presença de hemoglobina na urina – hemoglobinúria Significado clínico: Hemólise intravascular Microrganismos – Malária Hemólise oxidativa devido a drogas (naftaleno, sulfonamidas, nitrofurantoína Imuno-mediadores – transfusões incompatíveis, auto-Ac Hemácia: Presença de hemácia - hematúria Infecções do trato urinário, cálculo renal, tumor do trato urinário, rim policísistico e glomerulonefrite pós- estreptocócica. Detecção: As hemácias intactas na urina se hemolisam ao entrar em contato com a área reagente. A hemoglobina liberada atua sobre o reativo produzindo pontos verdes dispersos ou concentrados sobre o fundo amarelo. Bilirrubina: Obstrução do trato biliar Extra hepática – obstrução do ducto comum Intra hepática – cirrose, hepatite viral A grande destruição de hemácias não produz bilirrubinúria, pois a bilirrubina sérica está presente na forma não- conjugada e, assim, não pode ser excretada pelos rins. Urina - tonalidade escura –cor preta Detecção : Prova da espuma, Espuma amarela após agitação,Fita reagente Urobilinogênio: Pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina. Formado no intestino a partir da redução da bilirrubina pelas bactérias intestinais. Bilirrubina conjugada (colesterol, sais biliares, fosfolípideos) + bactérias intestinais = urobilinogênio Excretado nas fezes = urobilinas Pequena quantidade – absorvida no cólon – metabolizado no fígado – reexcretado na bile e parte na urina (dá cor a urina normal) Aumentado na hepatite viral, cirrose, drogas ou substâncias tóxicas, febre, anemias hemolíticas Detecção: Fita reagente Nitrito: Diagnóstico precoce de bacteriúria significativa e assintomática Infecções bacterianas Escherichia coli, Enterobacter, Citrobacter, Klebsiella e espécies de Proteus contêm enzimas que reduzem o nitrato da urina a nitrito Detecção : Fita reagente Leucócito: Esterases leucocitárias - grânulos azurófilo ou primários – neutrófilos Infecção do trato urinário Detecção : Fita reagente Sedimentoscopia Urinária Exame microscópico da Urina: Sedimento da urina centrifugada 10 mL – tubo cônico - centrifugar por 5 a 10 minutos a 1.500 rpm Elementos de maior significado clínico Leucócitos, hemácias e cilíndros Elementos de menor significado Leveduras, cristais ou células epiteliais Hemácias: Se originam do sistema vascular. Número aumentado representa rompimento da integridade da barreira vascular, por injúria ou doença, na membrana glomerular ou no trato genitourinário. Presença de cálculos, glomerulonefrite aguda, tumor, hiperplasia prostática benigna, infecção vesical ou uretral, infecção das vias urinárias inferiores (cistite, uretrite e prostatite) Normal = 0 a 2 / campo de maior aumento (40x) Origem glomerular – Hemácias dismórficas Leucócitos: Os leucócitos podem entrar na urina através de qualquer ponto ao longo do trato urinário ou através de secreções genitais. Leucocitúria Piúria – acompanha proteinúria Infecções das vias urinárias (presença de bactérias), cistite,pielonefrite, prostatite e uretrite; tumores; glomerulonefrite; lúpus eritematoso Normal = 0 a 5/campo de maior aumento Células epiteliais: Comumente encontradas no sedimento urinário – descamação de células velhas - pouco significado clínico Em número e formas anormais = indicam distúrbio renal Possível contaminação por secreções vaginais - + de 10 células/campo de menor aumento (10x) Melhor amostra - Jato médio Células Epiteliais Transicionais: Células Epiteliais Pavimentosas mais comuns) Células Tubulares Renais ( mais preocupantes) Cilindros: São os únicos elementos encontrados no sedimento urinário que são exclusivos do rim Ótimos marcadores da função renal Conglomerados protéicos – adquirem forma nos túbulos renais Formação nos túbulos distais e coletores Condição: acidificação da urina e concentração de proteínas (principal – Tamm-Horsfall – secretada pelas células tubulares renais) Presença - cilindrúria Fatores de formação pH – dissolvem-se em meio alcalino Concentração – dissolvem-se em meio diluído Proteinúria – favorece a formação de cilíndros Estase – favorece a precipitação de proteínas nos túbulos Cilindros Hialinos Cilindro Granuloso Cilindro Céreo Cilindro Hemático Cilindro leucocitário Cilindro epitelial Cristais Urina alcalina Urina ácida Cristais e cilindros não são contados, são apenas citados Uratos amorfos: pouco significado clínico Urina acida com cristais – uratos amorfos Urina alcalina – fosfato amorfo Ácido úrico Urina acida Oxalato de cálcio Urina ácida , forma mais comum decristal com apresentação de envelope de carta , relacionada a cálculos renais , quando em grande quantidade Fosfato de amônia-magnésio – tampa de caixão Alcalina e pouco significado clinico Presença de bactérias que metabolizam ureia Cistina- lembra um anel aromático Alterações metabolicos com reabsorção de cistina Tirosina e Bilirrubina ( aspectos semelhantes) erros metabólicos e transtornos hepáticos Leucina Colesterol : alterações do perfil lipídico – aprecem vidro quebrados Pode aparecer na síndrome nefrotica Fosfato de cálcio- lembra uma agulha e relacionados a cálculos renais Biurato de amônia- bacterias que metabolizam a ureia Sulfa- lembra um leque Leveduras – podem está isoladas ou em agrupamentos Parasitas e espermatozoides (não relata espermatozoides no homem) Em criança não relata , mas aciona o conselho tutelar Bactérias Função hepática Testes da Função Hepática Triagem de anormalidades na função hepática Documentar uma anormalidade Identificar o tipo e o local da lesão Prognosticar e acompanhar os pacientes com doença hepática Baseiam-se em medidas de substâncias liberadas do dano tissular, como as enzimas endógenas ou análise de substâncias metabolizadas ou produzidas pelo fígado (bilirrubina, albumina e fatores da coagulação) Informam sobre a presença e gravidade da lesão hepatobiliar ou diminuição da função hepática Enzimas liberadas na lesão hepatocelular e na lesão do epitélio biliar Níveis séricos de enzimas citosólicas, mitocondriais e associadas à membrana se mostram aumentados Grau de elevação depende da doença Avaliação da doença hepática está associada à determinação dos níveis séricos das enzimas: Lesão hepatocelular: Alanina amino transferase (ALT) (TGP) Aspartato aminotransferase (AST) (TGO) Lesão de epitélio biliar: Fosfatase alcalina (FAL) Gama-glutamiltransferase (GGT) Alanina amino transferase (ALT/TGP) A alanina aminotransferase (ALT) ou transaminase glutâmico-pirúvica (GPT/TGP) é uma enzima encontrada predominantemente no fígado, em concentração moderada nos rins e em menores quantidades no coração e nos músculos esqueléticos. Na célula hepática, a ALT localiza-se no citoplasma (90%) e na mitocôndria (10%). Qualquer lesão (injúria) tissular ou doença afetando o parênquima hepático liberará uma maior quantidade da enzima para a corrente sanguínea, elevando os níveis séricos da ALT. Em geral, as causas mais comuns de elevação dos valores de ALT no sangue ocorrem por disfunção hepática. Desta maneira, a ALT além de ser sensível é também bastante específica para o diagnóstico de doença hepatocelular. Como marcador hepatocelular, apresenta valores alterados em patologias que cursam com necrose do hepatócito, como hepatites virais, mononucleose, citomegalovirose e hepatites medicamentosas. Entretanto, é um marcador menos sensível que a AST para hepatopatias alcoólicas, cirrose ativa, obstruções extra- hepáticas e lesões metastáticas no fígado. Aspartato aminotransferase (AST/TGO) Aspartato aminotransferase (AST) ou transaminase glutâmico-oxalacética (GOT/TGO) é uma enzima encontrada em concentração muito alta no músculo cardíaco, no fígado, músculos esqueléticos e em menor concentração nos rins e pâncreas. Nas células hepáticas, a AST localiza- se no citoplasma (40%) e na mitocôndria (60%). Qualquer lesão tissular ou doença afetando o parênquima hepático liberará uma maior quantidade da enzima para a corrente sanguínea, elevando os níveis séricos da AST. Na hepatite viral aguda, os níveis de AST encontram-se quase sempre elevados em mais de 10 vezes o limite superior da faixa de referência e em alguns casos ultrapassam a 20 vezes esse limite superior de normalidade. Entretanto, dentro de uma a duas semanas, os valores de AST diminuem bastante podendo cair para a faixa normal ou apresentar ligeiro aumento. Na hepatite alcoólica, AST sobe 2 vezes mais que ALT, 8 e 4 vezes acima do valor de referência, respectivamente. É a única condição em que AST se eleva mais que ALT. O que é importante quando consideramos as aminotransferases AST e ALT? São enzimas localizadas no citoplasma e nas mitocôndrias dos hepatócitos. Os níveis séricos das aminotransferases se elevam em doenças que cursam com lesão de hepatócitos. AST/ALT sobe quando temos lesão de hepatócitos. E, em geral, quanto mais agudo e mais agressivo é o acometimento hepático maior será essa elevação. Na hepatite viral aguda, na qual ocorre lesão massiva de hepatócitos, os níveis de AST/ALT ultrapassam 25 vezes o valor de referência, atingindo mais de 1000U/L. Na insuficiência hepática aguda por intoxicação medicamentosa temos níveis igualmente elevados. Esteatohepatite não-alcoólica, que é uma condição de lesão hepatocelular causada pela infiltração gordurosa do fígado, AST e ALT sobem por volta de 4 vezes acima do valor de referência, em torno de 160 a 200 U/L. Hepatite crônica ou mesmo cirrose hepática, a elevação das aminotransferases é discreta. Na doença crônica a lesão hepatocelular é insidiosa e gradual, diferentemente dos quadros agudos, nos quais a lesão é intensa Quanto mais aguda e mais agressiva é a lesão hepática maior será a elevação das aminotransferases. Fosfatase alcalina (ALP) Possui 5 isoformas ( isoenzimas) a fração 1 voltada para o fígado , a 2 está para os ossos FA+ GT : se a Gt estives aumentada e a FA também estiver aumentada – indica transtorno no fígado Se tiver FA aumentada e GT estiver normal – indica transtorno do osso Enzima canalicular, encontrada em vários tecidos, com maiores concentrações no fígado, no epitélio do trato biliar e no osso. A fosfatase alcalina apresenta várias isoenzimas. A determinação laboratorial da fosfatase alcalina (ALP) se aplica muito bem para o diagnóstico de doenças do fígado (ALP1) e dos ossos (ALP2). No fígado, a ALP é secretada pelos hepatócitos (células de Kupffer) e pelas células da mucosa do trato biliar. Geralmente, qualquer hepatopatia ativa pode aumentar os valores da ALP, mas as maiores elevações nos níveis da enzima ocorrem nos casos de obstrução do trato biliar. A fosfatase alcalina estará muito aumentada nas obstruções biliares intra ou extra-hepáticas e também na cirrose. Nos casos de tumores hepáticos, hepatites e drogas hepatotóxicas as elevações da enzima são menores. Gama-glutamiltransferase (GGT) A GGT é uma enzima localizada predominantemente nos hepatócitos, em menor concentração nos rins e, em concentração bem menor no epitélio do trato biliar, no intestino, coração, pâncreas, baço e cérebro. As doenças hepáticas ativas compreendem as causas mais comuns de elevação da GGT. A determinação da GGT é empregada no diagnóstico das doenças hepáticas e é muito específica para indicar uma colestase. Nesses quadros clínicos, os níveis de GGT acompanham os da fosfatase alcalina (ALP) fígado GGT não se eleva nas doenças ósseas como a fosfatase alcalina O papel principal da GGT é complementar a interpretação da Fosfatase Alcalina (ALP) Um paciente apresentando GGT normal com ALP alta indica uma doença óssea, enquanto uma GGT alta com ALP alto indica uma doença hepática. Indicador de dano hepatobiliar Níveis elevados = todas as formas de doença hepática Mais elevada = obstrução biliar intra e extra-hepática Colinesterase (CHE) A Colinesterase é a enzima responsável pela hidrólise da acetilcolina. A colinesterase pode sofrer alterações com diminuição da sua concentração basal em pessoas que sãoexpostas constantemente a inseticidas organofosforados (inibidores da enzima). OBS: A CHE sérica diminui inicialmente após a exposição e aumenta logo após cessada a exposição. Valores diminuídos de CHE são encontrados nas doenças hepáticas crônicas, devido à diminuição da síntese enzimática do fígado. Na hepatite aguda e na hepatite crônica de longa duração há uma diminuição de 30 a 40% da atividade enzimática. Na cirrose avançada e no carcinoma hepático, a diminuição da síntese enzimática atinge valores de 50 a 70%. Por essa razão, a CHE é considerada uma enzima indicadora de síntese hepática. Marcadores laboratoriais de Icterícia Bilirrubina e frações A bilirrubina é uma molécula tetrapirrólica linear Pigmento amarelo Insolúvel em água e solúvel em solventes polares Metabólitos no soro – 4 frações: Bilirrubina não-conjugada (alfa) Bilirrubina monoconjugada (beta) Bilirrubina diconjugada (gama) Bilirrubina ligada à proteína (delta) Bilirrubina direta = bilirrubina conjugada = formas mono e diconjugada (formas beta, gama e delta) Bilirrubina indireta = bilirrubina não- conjugada (bilirrubina alfa) Bioquímica das bilirrubinas: Produzida do catabolismo do heme (85%) Pigmento amarelo-alaranjado produzido a partir da protoporfirina IX Produção diária = 250 -300 mg Transportada para o fígado ligada à albumina – captada pelos hepatócitos (transporte ativo) – conjugada com ácido glicurônico – bilirrubina monoglicuronídeo e diglicuronídeo – excreção na bile – intestino delgado proximal – hidrólise dos glicuronídeos – produção do pigmento não- conjugado – ação da flora bacteriana – estercobilinogênio e urobilinogênio (incolores) - reabsorção intestinal Maior parte do urobilinogênio reabsorvido é captado pelo fígado e reexcretado na bile, 2 a 5% é excretado na urina Intestino distal – oxidação do urobilinogênio = pigmentos biliares estercobilina, mesobilina e urobilina (castanhos alaranjados = principais pigmentos das fezes) Hiperbilirrubinemia não-conjugada : O aumento da bilirrubina indireta acontece por aumento da produção (hemólise), comprometimen to do transporte plasmático até o fígado por deficiência de albumina, comprometimento na captação pela membrana do hepatócito ou incapacidade de conjugação. A) Por superprodução de bilirrubina Ocorre na destruição excessiva de hemácias (hemólise). A quantidade de bilirrubina não- conjugada excede a capacidade do fígado de removê-la. B) Por decréscimo da conjugação. 1) Icterícia fisiológica do recém-nascido: O motivo é que a glicuronil-transferase (a enzima de conjugação) está ainda “imatura”. A icterícia fisiológica não está presente ao nascimento porque a placenta retira a bilirrubina fetal e a transfere ao sangue materno. 2) Processo hemolítico associado, p. ex. Eritroblastose Fetal (DHRN): Nível de bilirribina não-conjugada pode atingir 20 mg/dL ou mais. Como a barreira hemoencefálica no RN a termo e no prematuro, é ainda imatura, a bilirrubina pode atravessá-la e passar ao tecido nervoso, onde é tóxica, causando morte de neurônios. O tecido fica impregnado de bilirrubina, tomando cor amarela. A doença recebe o nome de kernicterus (kern em alemão significa núcleo) e causa crises convulsivas, sendo fatal ou deixando graves seqüelas. Hiperbilirrubinemia conjugada Quando a hiperbilirrubinemia ocorre às custas de bilirrubina direta, o problema está na excreção da bile. Algo está obstruindo essa passagem. Pode ser que seja uma obstrução intra-hepática, por conta de hepatite ou cirrose, por exemplo, ou extra-hepática como uma coledocolitíase, neoplasia de vias biliares A) Icterícia hepática (hepatite e cirrose) Em uma hepatite por virus há lesão dos hepatócitos, envolvendo as três fases do metabolismo da bilirrubina. Em conseqüência, grande quantidade de bilirrubina conjugada entra no sangue. A bilirrubina não-conjugada também aumenta devido à redução da captação e da conjugação. Nas cirroses há desorganização da arquitetura do lóbulo hepático, com dificuldade na excreção de bile e compressão de ductos biliares intra- hepáticos. B) Icterícia pós-hepática (Síndromes colestáticas). As principais causas são cálculos biliares a nível do canal colédoco e tumores que comprimem as vias biliares extrahepáticas, como o carcinoma da cabeça do pâncreas. Provocam hiperbilirrubinemia predominantemente conjugada, bilirrubinúria e fezes descoradas (acólicas). Urina escura ( bilirrubina na urina) e fezes brancas ( fezes acolicas) Urobilinogênio Produto de redução formado pela ação de bactérias sobre a bilirrubina conjugada no trato gastrintestinal. Maior parte do urobilinogênio é excretada nas fezes. Pequena parte é reabsorvida através da via êntero- hepática e reexcretrada na bile e na urina. O aumento do urobilinogênio na urina indica a presença de processos hemolíticos, disfunção hepática ou porfirinúria Distúrbios do metabolismo do urobilinogênio: Excreção biliar de bilirrubina diminuída = redução na formação de urobilinogênio Obstrução biliar completa: Excreção de urobilinogênio na urina e nas fezes diminui = fezes esbranquiçadas ou em “massa de vidraceiro” Papel do fígado na síntese de proteínas: Fígado = principal sede de síntese de proteínas plasmáticas (albumina, antitripsina, fibrinogênio, ceruloplasmina, haptoglobina, transferrina, colinesterase e proteínas da coagulação) Inflamação ou lesão = aumento na síntese de proteínas de fase aguda (haptoglobina, C3, proteína C reativa, ceruloplasmina, antitripsina) Padrão das alterações depende: Tipo Gravidade Duração da lesão ou doença hepática Os exames mais solicitados quando estamos investigando a função hepática são a albumina sérica e o tempo de protrombina (TP). Albumina A albumina é a proteína plasmática mais abundante de nosso plasma e sua síntese é exclusivamente hepática. Hipoalbuminemia : Consequência da síntese hepática diminuída Outras proteínas plasmáticas : Proteínas da coagulação Síntese de proteínas fibrinolíticas (plasminogênio e alfa 2 antiplasmina) e anticoagulantes (antitrombina III) Doença hepática parenquimatosa (redução da síntese proteíca) ou doença obstrutiva (redução da absorção intestinal de vit K) = distúrbios no mecanismo da coagulação – sangramento Tempo de protrombina (PT): avalia os fatores VII, X, V, II (que é também chamado de protrombina) e fibrinogênio. Esses fatores compõem a via extrínseca da coagulação e são sintetizados pelo fígado – anormal nas doenças hepáticas. Perfil lipídico Lipidograma Principais classes de lipídeos Ácidos Graxos Triglicerídeos Fosfolipídios Esteróides (Colesterol) Frações do colesterol – HDL, LDL, VLDL TRANSPORTE DE LIPÍDEOS NO SANGUE Como os lipídeos são moléculas extremamente apolares, pouco solúveis em água, para serem transportados na corrente sanguínea, é necessário que estejam associados à proteínas, formando as lipoproteínas plasmáticas. 5 lipoproteinas : quilomicrons ( carrega a maior quantidade de triglicerídeos (da dieta) – menor densidade), HDL( lipoproteína de alta densidade maior aporte), LDL( lipoproteína de baixa densidade – aporte proteico maior – carrega maior concentração de colesterol) , IDL , VLDL( proteína de densidade baixa- transportar triglicerídeos produzidos endogenamente ) Lipoproteína (a) [Lp(a)] É semelhante a LDL( potencial aterogênico) , contém uma glicoproteína adicional, denominada apolipoproteína (a) [apo(a)], acoplada à apo B-100. Não transporta lipídios Poder extremamente aterogênico, uma vez que possui uma função de retardo na degradação dos coágulos sangüíneos. A associação entre níveis elevados de Lp(a) e risco aumentado de doença cardiovascular (DCV)/doença arterial coronariana (DAC) é forte e específica, e indica que níveis elevados de Lp(a), assim como de LDL, se correlacionam causalmente a DCV e DAC precoce. Lp(a) não tem nenhuma função no transporte de lipídeos Apoproteína Apo A1 A apo A-1 é o principal componente da HDL Vários estudos epidemiológicos e clínicos revelaram associação entre os baixos níveis plasmáticos de HDL e de apo A-1 e o aumento do risco de infarto agudo do miocárdio. A HDL atua na proteção contra infarto agudo do miocárdio, pela sua participação: no transporte reverso do colesterol mecanismos antioxidante, antiinflamatório, proteção endotelial e diminuição das partículas de adesão ao endotélio, entre outros. Apo B ( B100) A apo B é a maior apolipoproteína contida nos quilomícrons, nas VLDL, IDL e LDL. Apo B atua também realizando a ligação entre a LDL e o receptor celular de LDL, mediando processos celulares de degradação da LDL. Mais de 90% das partículas que contêm apo B100 são as partículas de LDL. Essa relação é mantida nos pacientes que apresentam hipertrigliceridemia. Ao avaliar o significado da medida da apo B, pode-se apreciar sua importância e a vantagem sobre o LDL-colesterol como preditor de doença cardiovascular. Classificação das Dislipidemias Bases fisiopatológicas das dislipidemias primárias Constituem um grupo de enfermidades, nas quais os teores de lipoproteínas plasmáticas são manifestações primárias da enfermidade. Doença hereditária cuja alteração lipídica constitui o seu fenótipo. Classificação fenotípica (Fredrickson) Baseada nos padrões de lipoprotei ́nas associados a concentrações elevadas de colesterol e/ou TG, não sendo considerado o HDL-c. Tem por base a separação eletroforética e/ou por ultracentrifugação das frações lipoproteicas, distinguindo-se seis tipos. Muito pouco utilizada. Classificação Laboratorial das Dislipidemias a) Hipercolesterolemia isolada Elevação isolada do LDL-C (≥ 160 mg/dL). b) Hipertrigliceridemia isolada Elevação isolada dos TG (≥150 ( jejum) mg/dL ou > 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum), que reflete o aumento do volume de partículas ricas em TG como VLDL, IDL e quilomícrons. c) Hiperlipidemia mista Valores aumentados de ambos LDL-C (≥ 160 mg/dL) e TG (≥150 mg/dL ou > 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum) d) HDL-C baixo Redução do HDL-C (homens <40 mg/dL e mulheres <50 mg/dL) isolada ou em associação com aumento de LDL-C ou de TG. Hipertrigliceridemia (HTG) e Pancreatite Aguda (PA) Hipertrigliceridemia (HTG) é a terceira causa mais comum de PA, contribuindo 1% a 38% de todos os casos de PA e até 56% dos casos de pancreatite gestacional A patogênese não é clara Hidrólise de triglicerídeos pela lipase em ácidos graxos livres, podem danificar as células pancreáticas acinares ou endotélio capilar. Dentro das lipoproteínas, os quilomicrons seriam os principais responsáveis pelo desenvolvimento de PA induzida por hipertrigliceridemia A hiperlipoproteinemia tipo I, IV e V está associada com HTG grave e predisposição para PA Exames laboratoriais: Triglicerídeos superiores 1000 mg/dL e aumento de amilase e lipase Diagnóstico Laboratorial Perfil lipídico é composto: Pelas medições de colesterol total (CT), triglicérides (TG), HDL-colesterol (HDL-C) e, quando possível, o LDL- colesterol (LDL-C) Fórmula de Friedewald: LDL-C = CT – HDL-C – TG/5 (válida se TG <400mg/dL). VLDL = TG/5 LDL-c: também pode ser avaliado por metodologia direta. A utilização do não HDL-c também serve como parâmetro para avaliação das dislipidemias, que pode ser obtido subtraindo o valor de HDL-c do valor de CT (não HDL-c = CT - HDL-c). Este parâmetro pode ser utilizado na avaliação dos pacientes dislipide ̂micos, principalmente naqueles com concentrações de triglicerídeos superiores a 400 mg/dL Índice de Castelli Quanto maior o nível de LDL e menor de HDL, maior será o risco de desenvolvimento de Doença Aterosclerótica. Tal risco pode ser quantificado através dos Índices de Castelli: Índice de Castelli I = colesterol total / HDL; Índice de Castelli II = LDL /HDL. O risco de doença cardiovascular estará aumentado quando: Índice de Castelli I: for maior que 4,4 e Índice de Castelli II: maior que 2,9. Biomarcadores Inflamatórios Biomarcadores inflamato ́rios propostos para estratificação do risco cardiovascular: Moléculas de adesão: ICAM-1 e VCAM-1, E-selectina e P-selectina; Citocinas: Interleucina 6 − IL-6 e Fator de Necrose Tumoral alfa – TNF-α; Protei ́nas de fase aguda: proteina C- reativa, fibrinoge ̂nio e amiloide se ́rica A a Protei ́na C-Reativa de Alta Sensibilidade (PCR-us) parece contribuir para a identificaça ̃o de indivi ́duos sob risco de desenvolvimento de DCV Xantoma eruptivo – pápulas de gordura Função Tireoidiana Aspectos Gerais e Anatomia Dois lóbulos conectados por uma faixa fina de tecido, o istmo Cada lobo – 2,0 a 2,5 cm de espessura e 4,0 cm de comprimento Folículos são as unidades secretoras Produção dos Hormônios Tireoidianos As células do epitélio folicular possuem dois pólos e portanto duas membranas membrana apical (voltada para o lúmen folicular ou 'colóide') Membrana basal (voltada para o interstício e capilares). síntese hormonal ocorrem em torno da membrana apical. Onde se encontra a enzima determinante de todo processo: a peroxidase tireoidiana (TPO), ou tireoperoxidase, localizada em suas microvilosidades. Toda vez que entra um sódio na célula entra um iodo em conjunto (suplementação do sal ) Existem dois hormônios tireoideanos: o T4 (tetraiodotironina ou tiroxina) e o T3 (triiodotironina). formados pela iodação de resíduos de tirosina de uma glicoproteína chamada tireoglobulina. sintetizada na própria célula tireóide, sendo em seguida secretada e armazenada no lúmen folicular ('colóide') Iodo, sob a forma do íon iodeto, é captado pela célula tireóide através do carreador Na/I da membrana basal Peroxidase tireoidiana atua catalisando três importantes reações: 1- Oxidação do iodo: combinando o iodeto com o peróxido de oxigênio (H 2 O 2 ); 2- Iodação dos resíduos de tirosina da tireoglobulina, formando as Iodotirosinas MIT = monoiodotirosina DIT = diiodotirosina 3- Acoplamento das Ioidotirosinas. formando os hormônios tireoideanos (Iodotironinas): T3 (triiodotironina) = MIT + DIT T4 (tetraiodotironina ou tiroxina) = DIT + DIT 4 – desiodação do T4 – para formação do T3 T3 e T4 são liberados através da proteólise da tireoglobulina. Tiredoide produz muito mais T4 do que T3 , porem o T3 é o hormanio que possui uma função maior , organismo precisa mais do T3 Hormônios Tireoidianos Armazenados e secretados pelas células foliculares tireiodianas Tiroxina (3,5,3´, 5´- L-tetraiodotironina) = T4 Triiodotironina (3,5,3´-L- triiodotironina) = T3 Monoiodotirosina (MIT) – precursor de T3 Diiodotirosina (DIT) – precursor de T4 T3 e T4 A tireóide produz e libera muito mais T4 do que T3, numa proporção de 20:1. 85% da produção de T3 – resultado da desiodação periférica de T4 e não secreção direta pela glândula tireóide T3 é 5x mais potente nos sistemas biológicos do que T4 Regulação:A produção de hormônios tireoideanos é regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-tireóide. Os neurônios hipotalâmicos sintetizam e liberam um peptídeo de três aminoácidos denominado TRH (hormônio liberador de tireotrofina). liberado na circulação porta hipofisária, que irriga as células da adenohipófise, entre elas as células (tireotrofos) que produzem e secretam o hormônio TSH (tireotrofina). o TRH estimula a liberação e síntese do TSH TSH se liga a seu receptor de membrana (TSH-R) na célula folicular Estímulo à síntese de hormônio tireoideano: aumenta a produção da enzima peroxidase (TPO), bem como a tireoglobulina e o carreador Na/I. Estímulo à liberação de hormônio tireoideano: aumenta a reabsorção do colóide contendo a tireoglobulina iodada, bem como a atividade lisossômica, e consequentemente maior a taxa de hormônio liberado e secretado A glândula tireóide secreta os hormônios T3 e T4. O T4 penetra nos neurônios hipotalâmicos e nos tireotrofos, convertendo-se em T3. O T3 tem a capacidade de inibir a liberação hipotalâmica de TRH e a secreção hipofisária de TSH - retroalimentação negativa Se a produção de T3 e T4 diminui por algum motivo, a produção aumentada de TRH e TSH estimula a secreção de T3 e T4; Se a produção hormonal tireoideana aumenta, a liberação reduzida de TRH e TSH reduz a secreção de T3 e T4 Distúrbios tireoidianos Primários (de origem na própria glândula tireóide) Secundários (de origem hipofisária) ou Terciários (de origem hipotalâmica). Dosagem do TSH diferencia o distúrbio primário do secundário/terciário. TSH sempre varia de forma inversa aos níveis plasmáticos de hormônios tireoideanos, devido ao feedback negativo Provas laboratoriais Esquema proposto para o diagnóstico do hipertireoidismo e hipotireoidismo Dosar o T 4 Livre (FT 4 ) ou determinar o Índice de Tiroxina Livre (ITL) juntamente com a dosagem do TSH Sensível, TSH Ultrassensível, TSH de 2 ª , de 3 ª ou de 4 ª geração. Hipertireoidismo Na suspeita de HIPERTIREOIDISMO( aumento de T3 e/ou T4) , deve-se solicitar: T4 livre, T3 total e TSH Lembre-se que o TSH pode ser o único exame alterado (suprimido) nas fases iniciais e que alguns pacientes apresentam um T4 livre normal com um T3 total elevado Disfunção Tireoidiana Hipertireoidismo: Doença de Graves (bócio tóxico difuso), tireoidite: Nível sérico de TSH é baixo e elevação do T4 livre Se TSH baixo e T4 livre normal – dosar T3 (elevado) Hipotireoidismo Na suspeita de HIPOTIREOIDISMO( baixo teor de T3 e T4) , deve-se solicitar: T4 livre, TSH Lembre-se que o TSH pode ser o único exame alterado (aumentado) nas fases iniciais e que o T3 não é necessário, pois pode encontrar-se normal, mesmo quando o T4 livre já está baixo. Disfunção Tireoidiana Hipotireoidismo Tireoidite de Hashimoto incapaz de produzir quantidades normais de T3 eT4 Bócio – pode ou não estar presente Diminuição de T3 e T4 - aumento dos níveis de TSH (detecção precoce de insuficiência tireoidiana) Hipotireoidismo secundário – resulta de doenças hipofisárias ou hipotalâmicas que produzem uma deficiência de TSH, TRH ou ambos Concentrações séricas de T3 eT4 são baixas, TSH é baixo ou normal Provas laboratoriais Determinação da tireoglobulina (Tg) Funciona como um pró-hormônio na síntese intratireoidiana de T3 e T4 Bom índice para detecção de carcinoma medular da tireóide, hipotireoidismo congênito Tg estará elevada Provas laboratoriais Determinação de anticorpos antitireoidianos Anticorpos anti-tireóide (anti-Tg e anti- TPO) em títulos elevados no soro de um paciente indica a atividade de um processo auto-imune. A pesquisa desses anticorpos é bastante importante para elucidação do diagnóstico da tireoidite auto- imune ou de Hashimoto (condição de hipotireoidismo). Acs contra receptor de Tireotropina (a-receptor de TSH = TRAB) anticorpo característico da doença de Graves Igs que se ligam às membranas das células tireoidianas no local de ligação do receptor de TSH ou próximo dele Importante no acompanhamento de pacientes portadores dessa doença e também no diagnóstico etiológico diferencial de hipertireoidismo. Provas Laboratoriais: Dosagem de Calcitonina : É um teste muito útil para o diagnóstico e o acompanhamento de pacientes com carcinoma medular da tireóide com origem nas células parafoliculares Marcadores Bioquímicos do Infarto Agudo do Miocárdio Principais doenças cardiovasculares que podem acometer tanto homens, como mulheres são: infarto agudo do miocárdio (IAM), angina, insuficiência cardíaca congestiva (ICC), Fatores de risco: hipertensão arterial, tabagismo, obesidade, sedentarismo e histórico familiar. É possível detectar de 2 a 72 horas após um indivíduo sofrer infarto, os chamados marcadores cardíacos. Nem todos os marcadores são específicos, podendo também estar alterados na presença de outras patologias, sendo necessária a avaliação clínica do paciente e exames complementares Marcadores Bioquímicos de lesão Miocárdica Creatinoquinase – CK ( fração total ) – 3 isoformas Creatinoquinase fração MB – CK-MB ( marcador mais especifico , comparado com o ck ) Troponina T Troponina I Mioglobina( mais precoce – aumenta primeiro ) ( vai embora mais rápido ) Marcadores mais antigos: Lactato desidrogenase – LDH Transaminase glutâmicooxalacética (TGO ou AST) Creatinoquinase (CK) Está amplamente distribuída nos tecidos, com atividades mais elevadas no músculo esquelético, cérebro, e tecido cardíaco. CK aumenta depois de atividades de alto rendimento Quantidades menores são encontradas no rim, diafragma, placenta, bexiga, útero, pulmão, baço e pâncreas. Três formas moleculares: CK-BB, encontrada predominantemente no cérebro, raramente presente no sangue; CK-MM, predominante no músculo esquelético; CK-MB, presente em quantidades consideráveis no miocárdio, sendo um indicador específico da lesão miocárdica (98-100% dos casos) CK Total A concentração de CK se eleva 4-8 h após o início da dor precordial. Atinge picos dentro de 12-14 h. Retorna ao normal em 3-4 dias. CK-MB Marcador mais específico que CK Total para lesão do miocárdio. A concentração de CK-MB começa a se elevar de 3 a 8 horas a partir da dor precordial, atingindo o pico em 24 horas e normalizando em 48-72 horas. Amostras sanguíneas coletadas em intervalos de 3 a 4 horas num período de 12 a 16 horas podem ser necessárias para confirmar o diagnóstico precoce do infarto agudo do miocárdio. No infarto agudo do miocárdio, nas seis horas após o início dos sintomas, os valores são superiores ao valor máximo de referência. Elevações de CK-MB após exercícios podem levar 4-5 dias para voltarem aos níveis normais. O tempo para que os níveis de CK- Total e de CK-MB retornem aos normal servem para a diferenciação entre lesão esquelética e miocárdica CK-MB: Métodos de medição Atividade enzimática: teste clássico, onde a quantidade da enzima é medida através do consumo de substratos. CK-massa – Imunológico: utilizados anticorpos monoclonais, que medem a massa de enzima existente na amostra Mioglobina Heme-proteína presente no músculo esquelético e cardíaco, mas não no sangue. Se liga ao oxigênio mais fortemente do que a hemoglobina e funciona como um reservatório de oxigênio nos tecidos, liberando O 2 à medida que o tecidoentra em hipóxia. Durante o infarto agudo do miocárdio ocorre liberação da mioglobina na circulação. Permite a identificação do re- infarto, aumenta a cada vez que o paciente enfartar. Os outros marcadores não vão apresentar novos picos como a mioglobina Concentrações elevadas de mioglobina no infarto agudo do miocárdio são observadas em torno de 2 horas após o início da dor precordial, atingindo o pico em 12 horas, retornando ao normal em 24 horas. Grande valor preditivo negativo( indivíduos que possuem mioglobina normal não está enfartando mas se aumentar está enfartando) (100%) quando dosada entre 3 e 6 h após início da sintomatologia. Valor alterado nas primeiras horas do início dos sintomas não determina definitivamente IAM Troponinas O complexo troponina é composto por três proteínas: troponina T – TnTc- (subunidade ligada à miosina – tropomiosina), troponina I – TnIc- (subunidade inibidora da actina) e troponina C (subunidade ligada ao cálcio e reguladora da contração). As isoformas mais usadas para o diagnóstico do IAM são a troponina T e a troponina I. Troponinas T e I No infarto agudo do miocárdio, a elevação dos níveis das troponinas T e I ocorrem entre 4–6 horas após a dor precordial, atingindo um pico de 12–18 horas e retornando ao normal cerca de 7 dias, depois do infarto. A troponina tem maior especificidade para lesão miocárdica que a CK-MB e habilidade em detectar pequenas quantidades de lesão miocárdicas. Troponina I Sensibilidade absoluta para detectar IAM. Dosagens múltiplas atingem 100% de sensibilidade. Padrão ouro para IAM Pacientes com troponinas elevadas e CK-MB normal são sugestivos de “micro-infartos” Desidrogenase láctica ou Lactato Desidrogenase (LDH): Está amplamente distribuída no miocárdio, fígado, músculo esquelético, rim e eritrócitos, resultando assim em baixa especificidade 5 isoformas LDH: Os valores da desidrogenase láctica se elevam quando há infarto agudo do miocárdio aumentando de 8-12 horas após o infarto, atingindo o pico máximo entre 24-48 horas, permanecendo aumentados por 7 a 12 dias. LDH 1 e2 – melhores para identificação de enfarto LD1 – isoenzima mais encontrada no coração. AST/TGO (Aspartato aminotransferase/transaminase glutâmica oxalacética) É amplamente distribuída no miocárdio, fígado, músculo esquelético, com pequenas quantidades nos rins, pâncreas, baço, cérebro, pulmões e eritrócitos. Não é específica para o tecido cardíaco Tem sua concentração aumentada de 6 a 8 horas após o infarto, atingindo o pico em 18-24 horas, retornando aos níveis normais em 4 ou 5 dias. Os valores do pico máximo são de 5 a 10 vezes maiores que o limite superior de referência.
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