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Comportamento Seguro em Veículos

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AULA 3 – COMPORTAMENTO SEGURO NA
CONDUÇÃO DE VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA
Introdução
Nesta aula, você conhecerá as principais causas de acidentes e os procedimentos adequados
para a realização de manobras como a ultrapassagem. Aprenderá também como evitar o
envolvimento em acidentes ao adotar procedimentos seguros na condução de veículos de
emergência.
3.1. DEFININDO ACIDENTE DE TRÂNSITO
Mas você deve estar se perguntando: a�nal, o que é acidente de trânsito?
Em sua opinião, quais as principais causas dos acidentes de trânsito?
3.2 ACIDENTE EVITÁVEL OU NÃO EVITÁVEL
Caro pro�ssional de segurança pública, a primeira coisa que devemos pensar quando
tratamos sobre acidentes de trânsito é: a�nal, os acidentes são evitáveis ou não evitáveis?
De acordo com as pesquisas realizadas sobre o assunto, con�ra as de�nições dos acidentes
evitáveis e dos acidentes inevitáveis:
Levando-se em consideração que os acidentes de trânsito são o resultado de múltiplos
fatores e que, em quase 90% dos acidentes, o erro humano é o principal motivo (de acordo
com pesquisas na área de acidentologia, os defeitos em veículos respondem por cerca de
quatro por cento das causas principais e os defeitos nas vias por cerca de 6%), �ca claro que
a grande maioria dos acidentes é completamente evitável. Praticamente todos os acidentes
de trânsito são evitáveis. Na maior parte das vezes, só acontecem porque alguém é negligente
Acidente de trânsito é:
Todo acontecimento, casual ou não, tendo como
consequências danos físicos ou materiais, envolvendo
veículos, pessoas e/ou animais nas vias públicas.
Acidentes evitáveis Acidente inevitável
É aquele no qual as pessoas envolvidas tomam todas as medidas de segurança possíveis e o acidente oco
mesmo assim.
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de alguma forma, como, por exemplo, quando alguém dirige em alta velocidade, com os pneus
carecas, sem manter uma distância de segurança, realizando ultrapassagens em faixa
contínua.
Qual a sua opinião a respeito disso? Você concorda comigo que a esmagadora maioria dos
acidentes de trânsito são evitáveis?
A violência dos graves acidentes está presente nas vias urbanas e rurais de todo o país.
Aproximadamente 90% dos acidentes têm como causa a falha humana e, normalmente, ela
recai sobre três aspectos jurídicos que caracterizam a culpabilidade:
Figura 60: Três aspectos jurídicos que caracterizam a culpabilidade
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
O acidente é um evento — de certa forma, intencional —, que pode ser evitado. É causador de
lesões físicas e, muitas vezes, emocionais; no âmbito doméstico ou nos ambientes sociais. O
acidente de trânsito visto como uma violência poderá ajudar na elaboração e na
implementação de políticas públicas que possam prevenir sua ocorrência.
3.3 A IMPORTÂNCIA DE VER E SER VISTO
Como é sabido, nós, seres humanos, possuímos cinco sentidos que possibilitam a nossa
interação com o mundo:
Figura 61: Cinco sentidos
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
Do ponto de vista do trânsito e da condução de veículos, a visão acaba tendo um papel
primordial!
Assim, para transitar com segurança, é necessária a capacidade do condutor para ver o que
está à sua volta, e também é primordial que o seu veículo seja visto pelos demais atores
envolvidos no trânsito. Isso porque, conforme já sabemos, a falta de visibilidade, isto é, a falha
em ver o que está na pista a tempo de tomar as decisões adequadas, é uma das principais
causas de acidentes.
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Vejamos, agora, algumas dicas gerais para aumentar nossa capacidade de vermos e sermos
vistos, assim como alguns aspectos especí�cos para os veículos de emergência.
3.3.1 Aspectos gerais
3.3.2 Aspectos especí�cos para os veículos de emergência
3.4 A importância do comportamento seguro na condução de veículos
especializados
Caro pro�ssional de segurança pública, como você já está ciente a esta altura de nossos
estudos, os veículos de emergência possuem características e regras bem especí�cas para a
sua condução com segurança.
Conforme vimos anteriormente, existem vários tipos de acidentes e de fatores de risco para a
condução. No entanto, um dos fatores mais comuns para a ocorrência de acidentes é não ser
capaz de desviar ou parar seu veículo a tempo de evitar a colisão. Por isso, é importante que
você tome medidas que possam garantir a sua segurança, tais como:
a) Sistema de Iluminação dos Veículos:
b) Use o sistema de sinalização (setas) corretamente:
c) Regulagem dos espelhos retrovisores:
d) Luz certa em caso de neblina:
Conforme já vimos anteriormente, em situação de neblina, a visibilidade pode ser
seriamente comprometida. Nesses casos, a recomendação é diminuir a velocidade,
acender os faróis de luz baixa e, se o seu veículo dispuser, acender os faróis e a lanterna
de neblina. Em caso de neblina, não acenda os faróis de luz alta, pois o facho de luz vai
se re�etir na neblina e vai diminuir, ainda mais, a sua visibilidade.
a) Uso das luzes intermitentes: b) Padronização visual dos veículos:
Em geral, os veículos de emergência apresentam uma caracterização visual distintiva dos veículos “comun
destacando-os dos demais e aumentando sua visibilidade.
a) Manter a distância de segurança:
b) Antecipar a frenagem:
c) Controlar a situação:
d) Prestar atenção redobrada nos cruzamentos:
Embora os veículos de emergência tenham prioridade de passagem nos cruzamentos,
essa manobra deve ser executada com velocidade reduzida e com os devidos cuidados
de segurança. Isso porque, muitas vezes, os automóveis que estão cruzando com o
veículo de emergência não possuem visibilidade para perceber a aproximação dele,
devido a carros, a árvores, a mobiliário urbano ou à própria geometria da via. Além disso,
por conta do barulho do trânsito ou por estarem escutando música em volume alto, os
condutores podem não escutar a sirene. Boa parte dos acidentes que envolvem os
veículos de emergência acontecem, justamente, nos cruzamentos. Todo cuidado é pouco
neste quesito!
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3.5 COMPORTAMENTO SEGURO E COMPORTAMENTO DE
RISCO — DIFERENÇA QUE PODE POUPAR VIDAS.
O trânsito em condições seguras é um direito de todos (CTB – art. 1º, § 2º) (BRASIL, 1997),
cabendo aos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito as medidas que assegurem a efetivação
desse direito.
Veja o que diz o CTB, em seu artigo 1º, inciso 2º:
Mas, além de ser um direito, o comportamento seguro no trânsito também é um dever de
todos os cidadãos usuários das vias terrestres, seja na condição de condutor, de pedestre ou
de passageiro. E VOCÊ, pro�ssional de segurança pública, tem um papel importante nesse
quesito.
Entre as causas que in�uenciam o comportamento de risco no trânsito, temos o ser humano,
as vias e os veículos. Conforme já falamos anteriormente, mais de 90% dos acidentes de
trânsito decorrem da adoção de comportamentos inseguros ou imprudentes por parte dos
condutores de veículos motorizados. Reconhecer estes comportamentos é um passo muito
importante para que se obtenha atitudes prudentes e seguras.
Comportamentos de risco do condutor
Muitas vezes, durante a viagem, o motorista adota comportamentos de risco, geralmente na
intenção de completar sua jornada no menor tempo possível. Na grande maioria das vezes, o
ganho de tempo é ín�mo e isso não chega nem perto de compensar os riscos assumidos.
Entre os diversos comportamentos inadequados adotados pelos condutores dos veículos
motorizados, podemos citar os seguintes:
Muitos acidentes de trânsito acontecem não por incapacidade ou por falta de habilidade dos
condutores, mas como consequências de escolhas e de decisões erradas, que fazem com
que o condutor cometa infrações e dirija de forma imprudente.
Art. 1º, § 2º “O trânsito, em condições seguras, é um direito
de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do
Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito
das respectivas competências, adotar as medidas
destinadas a assegurar esse direito”.
VI VIIVIII
Aproveitar os últimos segundos antes do fechamento do semáforo,
acelerando o veículo de modo a forçar a passagem no cruzamento;
esse comportamento pode provocar acidentes muito graves e deve
ser evitado.
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3.6 COMO ULTRAPASSAR E SER ULTRAPASSADO
3.6.1 Ultrapassagem, uma manobra arriscada
Quando você se desloca em um veículo de emergência (ambulância, viaturas de socorro e
salvamento, viatura policial, viatura de �scalização de trânsito), por ruas, avenidas e rodovias
de pista simples, necessita, em muitos momentos, realizar uma manobra arriscada: a
ultrapassagem.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) nos traz a seguinte de�nição:
A ultrapassagem é uma manobra perigosa, pois, por alguns instantes, o veículo adentra a faixa
de trânsito dos veículos que transitam em sentido contrário e, caso ocorra algum erro de
cálculo por parte do condutor que realiza a ultrapassagem, pode ocorrer uma colisão frontal,
um acidente que muitas vezes gera vítimas fatais.
A urgência da ocorrência, o som agudo da sirene, o estresse do motorista e, dependendo da
velocidade, uma redução signi�cativa da visão periférica são fatores que podem alterar o
senso crítico do agente que conduz o veículo.
Importante
Caro pro�ssional de segurança pública, é importante que
você avalie as suas atitudes de modo a perceber se, na
sua condução, você adota comportamentos de risco ou
comportamentos seguros. Devemos ter autocrítica e estar
sempre avaliando o nosso comportamento. Lembre-se: o
primeiro e principal interessado na sua segurança é
VOCÊ! Além disso, sua família e seus companheiros de
trabalho agradecem a sua prudência.
“ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro
veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor
velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair
e retornar à faixa de origem” (Anexo I) (BRASIL, 1997, n.p.).
IMPORTANTE:
Visão periférica: observe o desenho e entenda o que
ocorre com a visão periférica quando você se desloca em
alta velocidade. Quanto mais veloz você estiver, mais seu
campo de visão se reduz, entrando num efeito túnel
(visão de túnel) e deixando de captar, por exemplo, a
presença de ciclistas e de pedestres que trafegam pelas
margens da via.
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Figura 62: Visão periférica x velocidade
Fonte: do conteudista.
Etapas para uma ultrapassagem segura
Para que a manobra de ultrapassagem ocorra com segurança, você deve seguir as seguintes
etapas:
3.6.3 Como ser ultrapassado
Em condições normais de operação de um veículo de emergência, especialmente quando as
viaturas policiais estão realizando atividades de ronda e de patrulhamento, em velocidade
moderada, poderá ocorrer que outros veículos que seguem atrás queiram ultrapassar a
viatura.
Quanto maior for a velocidade, menor será o campo de
visão do condutor, trazendo, como consequência, sérios
riscos à segurança.
VIII IX X
Retorne à velocidade normal (se for o caso), assim que tiver
completado a ultrapassagem.
As normas que regem o comportamento adequado dos
condutores de veículos que realizam a manobra de
ultrapassagem estão dispostas no art. 29, inciso IX, X e XI
do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
As viaturas de polícia quando em atividades de
patrulhamento ou policiamento ostensivo deverão, de uma
forma geral, adotar uma baixa velocidade. Por este motivo,
Saiba mais:
Saiba mais:
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Nesses casos, o condutor de veículo de emergência, ao perceber que outro veículo que o
segue deseja ultrapassá-lo, deve deslocar-se para a faixa da direita (sem acelerar a marcha),
caso esteja circulando pela faixa de rolamento da esquerda.
Se o veículo de emergência estiver nas demais faixas (que não aquela da esquerda) ou estiver
transitando em rodovias de pista simples, ele deve manter-se na faixa que está circulando,
sem acelerar a marcha.
Nunca acelere enquanto está sendo ultrapassado, especialmente em rodovias de pista
simples e duplo sentido de circulação, pois isso prolonga o tempo que o outro veículo �ca no
sentido contrário, aumentando o risco para ambos.
Quanto antes o veículo que ultrapassa o veículo de emergência conseguir completar a
manobra com segurança, tanto melhor para todos os envolvidos.
Fatores de risco em ultrapassagens
Além das etapas para realizar a ultrapassagem, você precisa levar em consideração diversos
fatores que podem in�uenciar nessa manobra, como, por exemplo:
Veja o que diz o CTB, em seu artigo 203, inciso III:
recomendamos que estes deslocamentos sejam feitos pela
faixa mais à direita da via quando esta comportar mais de
uma faixa de rolamento.
As normas que regem o comportamento adequado dos
condutores de veículos que estão sendo ultrapassados
estão dispostas no art. 30 do Código de Trânsito Brasileiro.
III IV V
Dimensões e velocidade do veículo a ser ultrapassado.
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo:
§ 3º - nas pontes, viadutos ou túneis;
Infração- gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes).
Saiba mais:
DIREÇÃO DEFENSIVA
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3.7 PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO
3.8 COMO EVITAR ACIDENTES COM OUTROS VEÍCULOS —
TIPOS DE ACIDENTES E COMO EVITÁ-LOS
No desempenho da atividade de condução de veículos de emergência, os riscos de ser
envolvido em acidentes de trânsito aumentam exponencialmente. Para que você possa
reduzir esses riscos, além da atenção redobrada, deve utilizar técnicas de condução
operacional defensivas.
3.8.1 Colisão Frontal
Esse acidente ocorre quando os dois veículos se chocam frontalmente. Trata-se de um
acidente muito perigoso, pois os vetores de velocidades são somados, gerando, não raras
vezes, graves danos aos ocupantes dos veículos, geralmente resultando em morte.
Normalmente, ela ocorre em rodovias de pista simples como resultado de ultrapassagens mal
calculadas ou realizadas em locais proibidos e/ou sem visibilidade.
Figura 63: Colisão frontal
Fonte: https://www.metropoles.com
Para evitar a colisão frontal, você deve:
III IV V
Desrespeito à sinalização.
II III IV
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https://www.metropoles.com/distrito-federal/transito-df/batida-frontal-entre-carro-e-viatura-da-pm-deixa-dois-mortos-no-df
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Existem muitos pro�ssionais de segurança pública, em especial os policiais, que têm receio
de usar o cinto de segurança por temer que, em caso de situações de confronto com
criminosos armados, o cinto de segurança possa interferir na mobilidade e no desembarque
dos ocupantes da viatura. No entanto, embora em situações excepcionais isso possa ser
verdade, nas condições normais de trabalho, o risco de se envolver em um acidente de
trânsito é muitas vezes maior do que o risco de ser surpreendido por um ataque repentino.
Além do mais, o uso do colete balístico pode dar ao pro�ssional uma segunda chance de
reação, ao passo que a não utilização do cinto, em caso de acidentes, impede qualquer tipo de
reação. Se você tiver alguma dúvida, consulte a doutrina de abordagem e patrulhamento da
sua corporação.
Assista ao vídeo:
E re�ita sobre a sua decisão pelo uso ou não do cinto de segurança.
Reduzir a velocidade e desviar para o acostamento.
IMPORTANTE
Em caso de colisão, o uso do cinto de segurança por todos
os ocupantes aumenta em até seis vezes a chance de
sobrevivência. Você, como todos os seres humanos,
possui um corpo frágil que sofrerá sérias lesões ou irá a
óbito em caso de acidente. Então, se você deseja voltar
para casa em segurança, o uso do cinto aumenta essa
probabilidade.
Semana Nacional de Trânsito | Cinto de segurançaSemana Nacional de Trânsito | Cinto de segurança
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https://www.youtube.com/watch?v=KhUJqpAKCHo
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3.8.2 Colisão Traseira
De acordo com a análise de boletins de acidentes de trânsito, uma das principais causas
desse tipo de acidente é motivada por condutores que têm o hábito de dirigir muito próximos
aos veículos da frente (“colado”); e, porisso, nem sempre é possível avisá-los da manobra que
se pretende fazer, principalmente nas emergências. Outros motivos são a falta de consciência
dos condutores em sinalizar suas manobras de conversão e paradas repentinas.
Observação: como você estudará no próximo módulo, esse tipo de acidente pode causar
grave lesão no pescoço (coluna cervical) dos ocupantes do veículo colidido por trás,
ocasionada pelo movimento do “efeito chicote”.
Quando possível, uma providência a ser tomada dentro das técnicas defensivas é “livrar-se” do
condutor que o segue a curta distância, incentivando-o a ultrapassá-lo, facilitando a
ultrapassagem com a redução da velocidade e/ou com o deslocamento ao acostamento, ou
até mesmo com a parada em tal faixa.
Figura 64: Colisão traseira
Fonte: https://portalespigao.com.br
Atitudes para evitar colisão traseira:
3.9 O ACIDENTE DE DIFÍCIL IDENTIFICAÇÃO DA CAUSA
(COLISÃO MISTERIOSA):
É chamado de acidente de difícil identi�cação da causa ou de Colisão Misteriosa o acidente
de trânsito que envolve apenas um veículo e que apresenta di�culdade para se de�nir a causa
provável. Os principais elementos causadores são:
1. Fique alerta:
2. Domine a situação:
3. Mantenha a distância:
4. Comece a parar mais cedo:
5. Saiba o que fazer:
6. Sinalize suas intenções:
7. Pare suave e gradativamente:
Muitos condutores, ao passarem do local onde iriam parar, pisam repentinamente no
freio, sem lembrar que existem outros veículos deslocando-se no mesmo sentido.
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https://portalespigao.com.br/corolla-atinge-traseira-de-viatura-da-prf-na-br-364-em-porto-velho/
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Estude a seguir cada um deles!
3.10 COMO EVITAR ACIDENTES COM PEDESTRES E OUTROS
INTEGRANTES DO TRÂNSITO (MOTOCICLISTAS, CICLISTAS,
CARROCEIROS, ESQUEITISTAS)
3.10.1 Atropelamento de pedestres
Os impactos das colisões de veículos com pedestres são responsáveis por muitas mortes
anualmente. A diferença de peso e de resistência que há entre uma pessoa e um veículo
provoca um encontro bem desigual, resultando, na maioria dos casos, em ferimentos graves.
Como o comportamento do pedestre pode ser imprevisível, a melhor regra para evitar
atropelamentos é ser cuidadoso, concedendo-lhe o direito de passagem. Um número
considerável de pessoas atropeladas estavam alcoolizadas no momento do acidente.
Quase todos os adultos atropelados são pessoas que não sabem dirigir, portanto, não têm
noção da distância de parada ou desconhecem seus deveres como parte do trânsito no
tocante à legislação. O CTB, em seu artigo 254, prevê algumas situações que consistem em
IV V VI
Estado físico e mental.
Pista de rolamento
Condições climáticas
Correntes aerodinâmicas
Veículo
O outro condutor
O estado físico e mental
Tanto as drogas ilícitas como as lícitas (medicamentos) podem ser fatais para o
condutor, principalmente se ingeridas com bebidas alcoólicas. Essas drogas afetam o
comportamento do condutor, chegando, em algumas ocasiões, a provocar diversos
efeitos como desmaios, sono, euforia, confusão mental, desvirtuamento sensorial, perda
do equilíbrio, psicoses e delírios.
IMPORTANTE!
Como pro�ssional consciente, você deve evitar a automedicação e sempre perguntar ao
seu médico quais os efeitos colaterais da medicação prescrita, principalmente para o
desempenho de atividades de condução de veículos. Uma atenção especial deve ser
prestada em relação aos medicamentos da classe dos benzodiazepínicos (rivotril,
diazepam etc.), pois eles são medicamentos depressores do sistema nervoso central e,
dependendo da dosagem, podem ser piores do que o álcool para a condução de veículos.
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infrações de trânsito para o pedestre, como permanecer ou andar nas pistas de rolamento ou
atravessar fora da faixa. No entanto, a falta de regulamentação deste artigo compromete a
sua aplicabilidade.
3.10.2 Como evitar acidentes com motociclistas
Cada vez mais, aumenta a quantidade de motocicletas em circulação em nosso trânsito. Um
dos motivos que levam a isso é a precariedade do transporte público; além disso, os preços
desses veículos são mais baixos que os dos automóveis, e o consumo de combustível
também é mais econômico.
Ocorre que, ao mesmo tempo em que aumenta a quantidade de motocicletas e de outros
ciclos motorizados (motonetas, ciclomotores, triciclos motorizados etc.), também aumenta, a
cada ano, a quantidade de acidentes envolvendo esses tipos de veículos. Em geral, esses
acidentes têm, ao menos, um ferido: o próprio motociclista. Isso decorre da fragilidade
estrutural de tais veículos, que não possuem a proteção fornecida pelo habitáculo da cabine
de um automóvel ou de uma camioneta, por exemplo.
Por esse motivo, a recomendação é ter bastante cuidado com a aproximação de motocicletas;
pois, por vezes, seus condutores fazem manobras imprevisíveis. E, nos grandes centros
urbanos, um cuidado especial deve ser dispensado à questão dos “corredores”, que se
formam entre os carros, nos congestionamentos. Não é incomum que os motociclistas
transitem em alta velocidade neles, sem cuidados com a distância de segurança.
Veja o que diz o CTB, em seu artigo 29, inciso II:
E quando o pro�ssional de segurança pública é o motociclista?
Não é incomum que policiais, agentes de trânsito, bombeiros e socorristas sejam
motociclistas. Muitos procuram utilizar-se de motocicletas para deslocar-se ao trabalho
devido ao custo mais baixo na aquisição e ao menor consumo de combustível de tais
veículos.
Além disso, como vimos no Módulo 1, além da utilização para �ns pessoais, a motocicleta
também pode ser um veículo de emergência. Vários órgãos de segurança pública utilizam-se
das motocicletas para o policiamento/patrulhamento urbano ou rodoviário, em razão de sua
Importante
Como condutor defensivo, você deve dedicar atenção
especial às crianças, pessoas idosas e aos de�cientes
físicos, pois estes grupos são mais suscetíveis de
envolverem-se em acidentes.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas
à circulação obedecerá às seguintes normas:
§ 2º - Respeitadas as normas de circulação e conduta
estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela
segurança dos menores, os motorizados pelos não
motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
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versatilidade e facilidade de deslocamento.
Figura 65: Para re�etir
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
Vamos colocar aqui algumas dicas e conselhos que estão longe de esgotar o assunto:
Assista ao vídeo:
“6 dicas de pilotagem defensiva”, para aprender mais algumas dicas de como conduzir sua
motocicleta de maneira defensiva.
3.10.3 Como evitar acidentes com ciclistas, carroceiros e esqueitistas:
Ciclistas
a) Ponto cego:
b) Distância de segurança:
c) Farol aceso:
d) Buzina:
e) Correntes Aerodinâmicas:
f) Capacete e roupa adequada:
g) Manutenção adequada do veículo:
Apreste muita atenção à manutenção da sua motocicleta (ou daquela fornecida pela sua
corporação para o seu trabalho); mantenha as revisões em dia e não corra riscos.
Procure sempre um mecânico de con�ança ou o revendedor autorizado da marca.
Consertos mal feitos e peças de má qualidade são o barato que pode sair (bem) caro.
6 DICAS DE PILOTAGEM DEFENSIVA #motocicletas #obrasilemduasrodas #br6 DICAS DE PILOTAGEM DEFENSIVA #motocicletas #obrasilemduasrodas #br……
DIREÇÃO DEFENSIVA
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https://www.youtube.com/watch?v=QlglLdJYp1s
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Uma parcela cada vez maior da população vem optando pelo uso da bicicleta no trânsito, não
apenas para as �nalidades de lazer, mas também para os seus deslocamentos cotidianos
para trabalhar, para estudar etc.
A grande questão, aqui, é que o sistema viário brasileiro foi concebido, em sua maioria, para
acomodar apenas os veículos motorizados. Esse paradigma tem sido reescrito em algumas
cidades que estão investindo em infraestrutura cicloviária, tais como Fortaleza/CE, Santos/SP
e Riode Janeiro/RJ, as quais vêm se destacando pelos espaços cada vez maiores e mais
adequados para a circulação de ciclistas; mas essas cidades, no Brasil, infelizmente, ainda
são as exceções, não a regra.
Sendo assim, para um bom convívio dos veículos motorizados com os ciclistas e para
minimizar o risco de acidentes, recomendamos as seguintes dicas:
Figura 66: Ciclistas
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
Carroças
Quanto às carroças e aos demais veículos de tração animal, a norma de trânsito diz que eles
devem ser conduzidos pela faixa mais à direita da pista de rolamento, junto à guia da calçada
(meio-�o) ou pelo acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles destinada.
Devemos ter cuidado quando nos aproximamos deles; pois, em geral, eles desenvolvem uma
velocidade muito abaixo da desenvolvida pelos veículos motorizados.
Veja o que diz o CTB, em seu artigo 52:
III IV V VI
Tenha cuidado e preste atenção especial ao mudar de
faixa, ao sair de prédios ou de estacionamentos e ao
abrir portas de carros. O uso dos espelhos
retrovisores é essencial para perceber a aproximação
dos ciclistas; e
DIREÇÃO DEFENSIVA
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Figura 67: Carroça
Fonte: https://www.jornalterceiravia.com.br
Esqueitistas e patinadores
Em determinados locais, o condutor de veículo de emergência pode se deparar com
esqueitistas, patinadores ou com outros usuários de brinquedos e/ou de acessórios
esportivos nas vias públicas. Apesar de o CTB ser omisso em relação a eles, as normas de
direção defensiva ensinam que eles devem ser considerados como pedestres (e, portanto,
deveriam transitar na calçada ou passeio); então, devemos aplicar as mesmas regras de
segurança que devemos ter com relação aos pedestres.
O que deve ser levado em conta é que os esqueitistas e patinadores podem ser bem rápidos
em algumas ocasiões, especialmente em declives, o que demanda atenção e cuidado
redobrados.
Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela
direita da pista, junto à guia da calçada (meio-�o) ou
acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles
destinada, devendo seus condutores obedecer, no que
couber, às normas de circulação previstas neste Código e
às que vierem a ser �xadas pelo órgão ou entidade com
circunscrição sobre a via.
DIREÇÃO DEFENSIVA
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https://www.jornalterceiravia.com.br/2019/07/22/lei-nao-e-cumprida-e-carrocas-circulam-livremente-pelas-ruas-de-campos/
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Figura 68: Squeitista e patinador
Fonte: canva.com; SCD/EaD/Segen.
3.10.4 Como evitar o atropelamento de animais
Em todos os anos, morrem muitos condutores em consequência de acidentes com animais.
Fique atento e dirija com muito cuidado em regiões de fazendas ou em campos abertos,
principalmente à noite, pois podem surgir animais na pista. Os animais, diante do frio
proporcionado pela noite, procuram o asfalto ou as adjacências dele neste período, já que se
trata de um local que absorveu calor durante o dia.
Mais uma vez, �que atento à sinalização vertical de advertência, pois ela pode vir a indicar
locais onde há um grande risco de acidentes envolvendo animais domésticos ou selvagens.
Figura 69: Sinalização Vertical de Advertência indicando risco de acidentes com animais
Fonte: Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro - Resolução do Contran nº 160/2004; SCD/EaD/Segen.
Figura 70: Atropelamento de animal
Fonte: https://www.didigalvao.com.br
IMPORTANTE:
Assim que você perceber animais na via, quaisquer que
sejam seus tamanhos, reduza a velocidade até que os
tenha ultrapassado. Se possível, auxilie na retirada deles;
caso contrário, informe ao órgão competente, pois
compete à Autoridade de trânsito ou seus agentes o
recolhimento de animais da via, conforme o Artigo 269
do CTB.
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https://www.didigalvao.com.br/acidente-veiculo-bate-em-vaca-na-br-116-na-altura-do-km-47-em-salgueiro/
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