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Orientação em supervisão escolar e orientação educacional Silde 1 Objetivos A escola como organização de trabalho e lugar de ensino-aprendizagem · Conhecendo a unidade escolar. · A pesquisa como instrumento de conhecimento da escola. · Unidades escolares como organizações aprendentes: aspectos culturais e organizacionais. · Sistemas de ensino e escolas particulares. · Sistema federal de ensino. · Sistema estadual de ensino. · Diretoria regional de ensino no sistema estadual de ensino. · Sistema municipal de ensino. A escola como organização de trabalho e lugar de ensino-aprendizagem Instituição educacional · Compreendida a partir de um ponto de vista amplo, leva à compreensão dos fenômenos educativos em toda a sua complexidade: humana, técnica ou científica. · O mundo contemporâneo tem passado por transformações diversas: econômicas, políticas, sociais e culturais. Transformações · Avanços tecnológicos. · Reestruturação do sistema de produção. · Desenvolvimento da compreensão do papel do Estado. · Globalização. · A escola, instituição social, tem sido inquirida de qual seria seu papel frente a essas transformações. Trajetória das ideias Escolas · Centradas nos alunos segundo uma abordagem individual, ou seja, como máquinas de aprendizagem. · Preocupadas com a racionalização e a eficácia do ensino. · Hoje em dia lugares de interação social, dotadas de cultura e caracterizadas por valores, crenças e ideologias Formas de gestão centrada na escola segundo Libâneo (2004) Na perspectiva do ideário neoliberal · Colocar a escola como centro das políticas significa liberar boa parte das responsabilidades do Estado, seguindo a lógica do mercado, deixando às comunidades e às escolas a iniciativa de planejar, organizar e avaliar os serviços educacionais. Na perspectiva sociocrítica · A escola é vista como espaço educativo, uma comunidade de aprendizagem construída por seus atores. A gestão e a organização da escola são: · entendidas como práticas educativas; · transmitem valores, atitudes, modos de agir, influenciando as aprendizagens de professores e alunos. A escola como organização de trabalho e lugar de ensino-aprendizagem · Unidade escolar, organização social inserida em um contexto. · Adquire características que se refletem em seu cotidiano. · Sua prática realiza-se em condições historicamente delineadas, de modo que o atendimento das necessidades e interesses diversos ocorra. Conhecendo a unidade escolar · A escola, organização social, é o lugar em que se concretiza o objetivo do sistema escolar, ou seja, o atendimento dos alunos nas relações de ensino e aprendizagem. · Segundo Militão Silva há três modos de encarar a escola que poderão produzir formas diferenciadas para a abordagem das questões concretas e que levarão a soluções também diferentes. Abordagens –três modos · Centrado na sala de aula: quando o ponto central da realidade escolar encontra-se na própria sala de aula, local em que se dá a chave para mudanças, a relação professor-aluno. · Pautado nas formas de organização da sociedade: nessa abordagem, as mudanças na escola somente ocorrerão quando já estiverem concretizadas na sociedade como um todo. As ações de professores e alunos são reflexos do contexto social em que a escola está inserida. · Nível intermediário: não se detém apenas na sala de aula nem apenas no contexto social. Para que se entenda o funcionamento da escola é necessário compreender a unidade escolar como uma organização social. Escola espaço de interação entre sujeitos: · sujeitos que ensinam e sujeitos que aprendem, · isto é, espaço no qual sujeitos · estabelecem relações com o saber. É constituída da convivência e da realização de trabalho, uma construção social: “Leva a pôr ênfase na ação dos indivíduos, nos seus interesses, nas suas estratégias, nos seus sistemas de ação concreta Unidade escolar –dimensões · Em que concepção de mundo acreditamos? · Que homem queremos formar? · Quem é o aluno de hoje? · Em que realidade o aluno com quem trabalhamos está inserido? · Que currículo poderá contribuir para a formação do aluno de hoje? Qual metodologia utilizar? Que tipo de avaliação realizar? · Dimensões filosófica, social, política e pedagógica permeiam o trabalho do pedagogo. Dimensões filosófica, social, política e pedagógica · Dimensão filosófica: concepção de mundo, visão de homem, valores e conhecimentos relacionados à formação integral do indivíduo. · Dimensão política: protagonismo –promoção de situações e atividades que permitam a tomada de decisões e a vivência da consequência dos atos praticados. · Dimensão social: conhecer e interpretar a realidade socioeconômica e psicológica do aluno e da comunidade. · Dimensão pedagógica: currículo, metodologia, modo de avaliação. Caracterizar o funcionamento de uma organização escolar como fruto de: um compromisso entre a estrutura formal e as interações entre grupos com interesses distintos. Identificar sua abrangência sob três grandes áreas: a)estrutura física da escola; b)estrutura administrativa da escola; c)estrutura social da escola. Perez Gomez “A escola –e o sistema educativo em seu conjunto –pode ser considerada como uma instância de mediação cultural entre os significados, sentimentos e as condutas da comunidade social e o desenvolvimento humano das novas gerações.” O pedagogo e sua função · O profissional deve buscar meios emancipatórios para atingir seus objetivos, assumir compromissos com o momento social e histórico e contribuir para a formação de homens críticos, conscientes e participativos na sociedade. · O pedagogo deve auxiliar a busca de soluções pedagógicas e metodológicas, visto que é na escola que o aluno aprende a conviver com o outro, a aceitar a diversidade cultural, a conviver com dificuldades e contradições, a trabalhar o diálogo. A pesquisa como instrumento de conhecimento da escola · O pedagogo, ao atuar em supervisão escolar/coordenação pedagógica e orientação educacional, deve observar, formular questões ou hipóteses, selecionar dados para elaborar seu plano de trabalho, daí a importância da pesquisa. · Assim, parafraseando André, cabe ao pedagogo planejar e orientar o processo de ensino do professor e de aprendizagem do aluno e, junto com ambos, avaliar os resultados alcançados no decorrer do processo e ao seu final. · O pedagogo (supervisor escolar e orientador educacional) tem papel importante no planejamento, no acompanhamento e na avaliação das atividades realizadas na escola. Caberá ao profissional: · coordenar todo o processo; · dar os estímulos iniciais; · orientar docentes na busca de fontes, escolha de métodos para seleção de informações; · propor modos de sistematizar, interpretar e relatar os dados. · A pesquisa possibilita um processo significativo de construção da prática da supervisão escolar e orientação educacional e, para tal, o profissional deverá desenvolver habilidades como: · observação; · formulação de questões; · seleção de dados e instrumental para coleta de dados; · interpretação de dados e elaboração de relatórios. · É fundamental que o profissional assuma papel investigador, por meio de diálogo e partilha de saberes e experiências, pois, deste modo, haverá a interação necessária para a definição de temas e problemas de interesse comum, bem como a busca de alternativas para equacionamento do problema. Características organizacionais e cultura escolar O funcionamento de uma escola é fruto de um compromisso entre: · a estrutura formal e · as interações entre grupos com interesses distintos. Abrange três grandes áreas: a) estrutura física da escola; b) estrutura administrativa da escola; c) estrutura social da escola. Cultura organizacional · Cultura organizacional está associada à ideia de que as organizações indicam interações sociais entre as pessoas e que podem ser influenciadas em seu modo de agir, conforme os fatores sociais, culturais e econômicos que as permeiam. · Cultura instituída: normas legais, estrutura definida pelos órgãosoficiais, rotinas, grade curricular, horários etc. · Cultura instituinte: aquela que os membros da escola criam e recriam em relações e vivência cotidiana. Tendências organizacionais –conhecimento da escola · Atualmente, as tendências organizacionais apontam para uma gestão educacional que se caracteriza fundamentalmente por reconhecer a necessidade da participação dos atores que fazem parte, direta ou indiretamente, da organização escolar. · Para isso, é preciso conhecer bem os objetivos e o funcionamento de uma unidade escolar, suas condições sociais, organizacionais, administrativas e pedagógico-didáticas. Saberes e competências desenvolvimento profissional O desenvolvimento profissional de cada um dos envolvidos, sejam professores, diretor, supervisor, orientador, requer certos saberes e competências, entre os quais: · elaboração e execução do planejamento escolar: projeto pedagógico-curricular, planos de ensino, planos de aula; · organização e distribuição do espaço físico, qualidade e adequação dos equipamentos da escola e das demais condições materiais e didáticas; · estrutura organizacional e normas regimentais e disciplinares; · habilidades de participação e intervenção em reuniões de professores, conselhos de classe, encontros e em outras ações de formação continuada no trabalho; · atitudes necessárias à participação solidária e responsável na gestão da escola, como cooperação, solidariedade, responsabilidade, respeito mútuo, diálogo; · habilidades para obter informações em várias fontes, inclusive nos meios de comunicação e informática; · elaboração e desenvolvimento de projetos de investigação; · princípios e práticas de avaliação institucional e avaliação da aprendizagem dos alunos; · noções sobre funcionamento da educação e controles contábeis, assim como formas de participação na utilização e controle dos recursos financeiros recebidos pela escola Sistemas de ensino público e escolas particulares LDBEN 9.394/1996: Define competências e responsabilidades para cada ente federado (União, estados, Distrito Federal e municípios) com relação à oferta da educação em seus diferentes níveis e modalidades. Organiza, em regime de colaboração, seus respectivos sistemas de ensino Sistemas de ensino público Competência dos municípios: atuar prioritariamente na educação infantil e no ensino fundamental. Cabe aos estados: assegurar o ensino fundamental e oferecer prioritariamente o ensino médio. Sistemas de ensino público e escolas particulares Distrito Federal: deverá desenvolver as competências referentes aos estados e municípios, ou seja, oferecer toda a educação básica. União: cabe a organização do sistema de educação superior e o apoio técnico e financeiro aos demais entes federados. Sistema de ensino O sistema de ensino é um sistema aberto que tem por objetivo proporcionar educação, especialmente no aspecto escolarização. Tende a ser considerado como conjunto de escolas das redes (compreende uma rede de escolas e sua estrutura de sustentação). Embora o sistema escolar se estruture em um conjunto de organizações de ensino, as escolas não perdem sua especificidade de estabelecimentos pautados em normativas regulamentadoras. Sistema de ensino –composição O sistema de ensino é composto de três partes: · Instituições de ensino. · Órgãos de administração (ministérios, secretarias, departamentos ou órgãos equivalentes). · Conselho de educação. Sistema de ensino (DIAS, 2004): O sistema de ensino compreende: Uma rede de escolas (subsistema que se dedica à atividade-fim do sistema) e tem duas dimensões: a) a)Dimensão vertical –graus de ensino. b) b)Dimensão horizontal –modalidades de ensino. Estrutura de sustentação: estrutura administrativa do sistema de ensino. A estrutura de sustentação apresenta: Elementos não materiais: normas, metodologias de ensino, conteúdo (currículos e programas). Entidades mantenedoras: escolas mantidas pelo poder público; escolas particulares –leigas ou confessionais; entidades mistas –autarquias. Administração: organismos que têm por finalidade a gestão do sistema de ensino. Sistema federal de ensino · Este sistema diz respeito às instituições, aos órgãos, às leis e às normas que são de responsabilidade da União. · Tem a responsabilidade pela manutenção das instituições federais por meio do Ministério da Educação. · Supervisiona e inspeciona as diversas instituições de ensino superior particulares. · A normatização do sistema é realizada pelo Conselho Nacional de Educação, que é um órgão colegiado. Sistema estadual de ensino · Escolas estaduais e particulares de educação básica e escolas técnicas. · Tem a função de disciplinar e controlar a educação particular (fundamental e média, educação de jovens e adultos e cursos livres fora do âmbito escolar). · Essa função é exercida pela Secretaria Estadual de Educação. · Conselho Estadual de Educação: tem função normativa, deliberativa, consultiva e fiscalizadora da rede oficial e particular. · Sistema municipal de ensino · Unidades escolares municipais. · Órgão administrativo da Secretaria Municipal de Educação. · Instituições de ensino particulares de educação infantil. · Conselho Municipal de Educação que, em conformidade com a legislação educacional estadual e federal, exerce função normativa, deliberativa, consultiva e fiscalizadora da rede municipal de ensino e das escolas particulares de educação infantil. Sistema de ensino e escolas particulares A LDBEN 9.394/1996 Em seu art. 20 estabelece que as instituições privadas de ensino e Sistemas de Ensino Público e Escolas Particulares enquadrar-se-ão nas seguintes categorias: I.Particularesem sentido estrito, assim entendidas as que são instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não apresentem as características das demais categorias. Sistema de ensino e escolas particulares II.Comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de pais, professores e alunos, que incluam em sua entidade mantenedora representantes da comunidade. (Redação dada pela Lei 11.183, de 2005)Sistema de ensino e escolas particulares III.Confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação confessional e ideologia específicas e ao disposto no inciso anterior. IV.Filantrópicas, na forma da lei. Sistema educacional · O modelo econômico neoliberalista estabelecido no Brasil e as transformações que ocorrem mundialmente em nível tecnológico, informacional, mudanças nos processos de produção e organização do trabalho, atingem o sistema educacional, exigindo adequações aos interesses de mercado e investimentos na formação de profissionais mais preparados para tais modificações. · A escola de hoje não pode limitar-se a passar informação sobre as matérias, a transmitir o conhecimento do livro didático. · Na escola, por meio dos conhecimentos e pelo desenvolvimento das competências cognitivas, torna-se possível analisar e criticar a informação. · A gestão educacional deve trazer em seu bojo ideias dinâmicas e integralizadoras das dimensões sociais e políticas, não sendo possível, de certa forma, admitir princípios orientadores pautados em uma administração de cunho legalista, burocrático e centralizador. · É necessária uma proposta de acordo com perspectivas formativas, socializadoras, comunicativas e participativas, em consonância com uma visão democrática de sociedade. · Torna-se necessário que a unidade escolar, seja ela pública ou privada, proporcione a capacidade de articular a recepção e a interpretação da informação com a capacidade de produção de informações, considerando, desse modo, o aluno como sujeito de seu próprio conhecimento. Escola e construção da democracia social e política Libâneo (2004) propõe cinco objetivos: · Promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais dos alunos (processos mentais,estratégias de aprendizagem, competências do pensar, pensamento crítico) por meio dos conteúdos escolares. · Promover as condições para o fortalecimento da subjetividade e da identidade cultural dos alunos, incluindo o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade, da imaginação. · Preparar para o trabalho e para a sociedade tecnológica e comunicacional, implicando preparação tecnológica (saber tomar decisões, fazer análises globalizantes, interpretar informações de toda natureza, ter atitude de pesquisa, saber trabalhar junto, etc.). · Formar para a cidadania crítica, isto é, formar um cidadão trabalhador, capaz de interferir criticamente na realidade para transformá-la e não apenas formar para integrar o mercado de trabalho. · Desenvolver a formação para valores éticos, isto é, formação de qualidades morais, traços de caráter, atitudes, convicções humanistas e humanitárias. Sistema de ensino Escola: projeto pedagógico projeto de gestão escolar · Os sistemas de ensino e as escolas devem prestar mais atenção à qualidade cognitiva das aprendizagens, colocada como foco primordial do projeto pedagógico e de gestão escolar. A escola e sua função social Escola –instituição social Objetivo –propiciar o desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos. Como? –por meio da aprendizagem dos conteúdos (conhecimentos, habilidades, procedimentos, atitudes e valores) de maneira contextualizada. Para quê? –para tornar seus alunos cidadãos participativos na sociedade em que vivem A escola: ensina; promove a identidade cultural do aluno, inserindo-o no mundo em que vive e oferece instrumentos para a compreensão da realidade local, garante a aprendizagem de certas habilidades e conteúdos necessários para a vida em sociedade e possibilita a vivência em diferentes papéis, facilitando a integração dos alunos no contexto maior. A escola e sua função social –perspectivas de ação pedagógica · Devemos inferir que a educação de qualidade é aquela mediante a qual a escola promove para todos o domínio dos conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e afetivas indispensáveis ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos. A escola e sua função social –ação pedagógica e planejamento De acordo com Penin e Vieira (2002): faz-se necessário que a escola repense sua organização, sua gestão, seus processos formadores. Por isso, ter clara a função social da escola é imprescindível para a realização de uma prática pedagógica competente e socialmente comprometida. Ideias-força para o desenvolvimento da escola como organização aprendente e perspectivas de ação pedagógica: · o desenvolvimento da escola acontece na interação ativa da instituição com o meio envolvente; · a escola é constituída por pessoas, profissionais, também eles em desenvolvimento pessoal e profissional; · as escolas organizadas estruturam-se em subsistemas articulados; · Ideias-força para o desenvolvimento da escola como organização aprendente e perspectivas de ação pedagógica: · o desenvolvimento da escola acontece na interação ativa da instituição com o meio envolvente; · a escola é constituída por pessoas, profissionais, também eles em desenvolvimento pessoal e profissional; as escolas organizadas estruturam-se em subsistemas articulados; · Importante ressaltar que a escola, ao assumir a qualidade social, está atenta ao desenvolvimento do ser social em todas as suas dimensões: na econômica (inserção no mundo do trabalho); na cultural (apropriação, desenvolvimento e sistematização da cultura popular e da cultura universal); na política (emancipação do cidadão). · A escola, assim, para cumprir sua função social, precisa levar em conta as práticas existentes em nossa sociedade, considerando também as relações diretas e indiretas dessas práticas com a realidade específica da comunidade local a que presta seus serviços. · Há necessidade de uma ação racional, estruturada e coordenada, com objetivos e estratégias, formas de controle e de avaliação. · Não se pode pensar em função social da escola pensando-se educação inclusiva com políticas educacionais excludentes. · É de grande importância o estabelecimento, pelo poder público, de uma política educacional clara, com objetivos definidos e que garanta o atendimento escolar de qualidade a toda a população, bem como serem abertos canais de participação das escolas e da população na definição ou reorientação dessa política. Slide 2 Planejamento educacional · A escola é o lugar central do processo educativo, local em que se dá a formação da cidadania (entendida como exercício pleno pautado na democracia, por parte da sociedade, de seus direitos e deveres) e a mudança na unidade escolar, ou seja, lugar onde se concretiza o esforço de ensino-aprendizagem. · Pensar em planejar a educação a partir da cidadania ativa é parte da reflexão sobre como realizar e organizar as atividades no âmbito escolar e educacional. · Realizar os diversos planos e planejamentos educacional e escolar, organizando a educação, significa exercer uma atividade intencional e científica. · Assim, planejar é um processo que visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios que apontem para sua superação. Planejar é: levantar a situação atual; estabelecer o que se deseja mudar; organizar a ação futura. Para se obter: maior eficiência; maior exatidão e determinação; maiores e melhores resultados; maximização dos esforços e dos gastos. Prática planejada –ação do pedagogo · Construir e estabelecer a relevância do seu trabalho. · Garantir a natureza específica da prática do profissional pedagogo. · Estabelecer uma imagem positiva. · Dar à prática profissional um caráter sistemático e contínuo. · Demonstrar a importância e a relevância do pedagogo para o desenvolvimento da prática pedagógica da escola como um todo. · Planejar é analisar e traçar objetivos sobre a realidade e sua transformação. Planejar o que? Como? Para quem? · Identificação da situação inicial (problema). · Caracterização da situação. · Estabelecimento dos objetivos. · Verificação de mudanças –resultados –melhorias que se pretendem atingir. · Metodologia, instrumentos, recursos. · Atividades. · Cronograma. Funções do planejamento · Esboça situação futura a partir da atual. · Prevê: o que, como, onde, quando e por que se quer realizar. · Garante: objetividade, operacionalidade, funcionalidade, exequibilidade, produtividade e continuidade da ação. Planejamento educacional Tipos e níveis (PADILHA, 2002) · Global ou de conjunto: Para todo o sistema. · Setorial: Graus do sistema escolar. · Regional: Por divisões geográficas. · Local: Por escola. Planejamento educacional como processo · Técnico: Utiliza metodologia de análise, previsão, programação e avaliação. · Político: Permite a tomada de decisão. · Administrativo: Coordena as atividades administrativas. · Sistêmico ou estratégico: Tem visão total do sistema (recursos e oportunidades). · Tático (ligado ao estratégico): Abrange todos os projetos. Planejamento educacional Prazos e método · Prazo: Curto, médio e longo. Método. · Demanda: Tem base nas demandas individuais da educação. · Mão de obra: Tem base nas necessidades de mercado. · Custo e benefício: Tem base nos recursos disponíveis. Planejamento educacional Enfoque · Sociológico: ênfase nos valores culturais e políticos. Tem visão interdisciplinar. · Desenvolvimentista: ênfase para atingir objetivos econômicos e sociais. · Comportamental: resgate da dimensão humana, ênfase psicológica. · Jurídico: práticas normativas e legalistas. · Tecnocrático: predomínio dos quadros técnicos. · Organizar e planejar as atividades no âmbito escolar e educacional significa compreender as relações institucionais, interpessoais e profissionais que ocorrem na escola, ampliando e avaliando a participação dos diferentes segmentos em sua administração e gestão. · O planejamento organiza, sistematiza, disciplina a liberdade: em nível individual e coletivo. Ele dá os paradigmas para o exercícioda prática pedagógica. · O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação, processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir do resultado das avaliações. · Realizar os diversos planos e planejamentos educacionais e escolares significa exercer uma atividade engajada, comprometida e intencional. · O planejamento é uma ação inerente ao ser humano em suas atividades diárias. · O planejamento escolar constitui uma forma de ação que busca organizar coletivamente os espaços educativos em organizações escolares e não escolares. O pedagogo –seu papel no planejamento educacional · Ao pedagogo, na função de supervisão escolar, coordenação pedagógica e orientação educacional, cabe a sistematização e a integração do trabalho no conjunto, caminhando na linha da interdisciplinaridade. · Logo, a ação do pedagogo no planejamento educacional tem papel importante no processo de ensino e aprendizagem. Planejamento educacional Objetivos gerais · Estabelecer condições necessárias à eficiência do sistema educacional. · Conciliar e aperfeiçoar a eficiência interna e externa do sistema educacional. · Alcançar maior coerência nos objetivos específicos e nos meios mais adequados para atingi-los. O pedagogo deverá centrar sua atenção em: questões centrais no processo, verificar o que os alunos já sabem, o que deve ser ensinado, o modo como ensinar, quando e onde ensinar. Planejamento: tipos e níveis e suas relações Qual o significado do verbete planejamento? · Planejamento: ato ou efeito de planejar. Trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados. · Planejar: fazer plano de...; traçar, projetar, fazer o planejamento de... Planejamento é um processo contínuo e sistematizado de previsão de necessidades, de reflexão e análise crítica para tomada de decisão. Como processo é permanente... Visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios para sua superação, levando em conta os contextos e os pressupostos filosóficos, culturais, econômicos e políticos de quem planeja e com quem se planeja. Já o produto desse planejamento, o plano, é provisório.Para que o planejamento e os planos sejam efetivamente instrumentos para ação, devem: · ser um guia de orientação; · apresentar uma ordem sequencial; · ter objetividade; · ter coerência; · apresentar flexibilidade. Planejamento educacional: significa a elaboração de um projeto contínuo que engloba uma série de operações interdependes, [...] com determinação de objetivos e de recursos disponíveis, a análise das consequências que advirão das diversas atuações, a determinação de metas a atingir em prazos bem definidos e o desenvolvimento dos meios mais eficazes para implantação da política escolhida.” Planejamento de sistema de educação: Aquele que se refere às políticas educacionais em níveis nacional, estadual e municipal. Planejamento escolar ou projeto educativo: Aquele que pode ser concebido como processo que envolve a prática docente no cotidiano escolar, fruto do exercício contínuo da ação-reflexão-ação. Planejamento escolar –funções · Diagnóstico e análise da realidade da escola: Busca de informações reais e atualizadas que permitam identificar as dificuldades existentes, causas que as originam, em relação aos resultados obtidos até então. · Definição de objetivos e metas: compatibilizando a política e as diretrizes do sistema escolar com as intenções, as expectativas e as decisões da equipe da escola. · Determinação de atividades e tarefas a serem desenvolvidas em função de prioridades postas pelas condições concretas e compatibilização com os recursos disponíveis (elementos humanos e recursos materiais e financeiros). · Avaliação dos processos e dos resultados previstos no projeto, tendo em vista a análise crítica e profunda do trabalho realizado e a reordenação de rumos. Planejamento curricular: Aquele que define e expressa a filosofia de ação da escola, seus objetivos e toda a dinâmica escolar, os quais estão fundamentados na filosofia da educação nacional, sendo a partir dele planejada e elaborada toda a ação escolar de modo sistemático e global. Tem a função de ir formando, progressivamente ou por meio das instâncias que o decidem e moldam, o currículo em diferentes etapas, fases. Gimeno Sacristán (1998) Envolve os fundamentos das áreas que serão estudadas, a proposta metodológica escolhida e a forma como se dará a avaliação. Planejamento de ensino-aprendizagem: É o processo que envolve a atuação concreta da prática do professor no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo todas as suas ações e situações. Aquele que diz respeito ao aspecto didático e é subdividido em plano de curso, plano de ensino e plano de aula. Plano de curso: É a organização do conjunto de matérias que vão ser ensinadas e desenvolvidas durante o período de duração de um curso/ano/série. Esse plano serve para sistematizar a proposta de trabalho do professor. Plano de ensino: É o plano de disciplinas, de unidades e experiências propostas pela escola, professores, alunos ou pela comunidade, é específico e concreto. Plano de aula: É o plano mais próximo da prática do professor e da sala de aula. Refere-se totalmente ao aspecto didático. O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e tem um caráter bastante específico. Síntese do planejamento Objetivos: Competências, Habilidades. Conteúdo programático. Estratégia de trabalho. Avaliação. Projeto pedagógico Proposta pedagógica Planejamento escolar deve ser pautado na legislação que rege a educação nacional vigente, destacando-se: a garantia da função social da escola; a gestão democrática; a construção participativa da proposta pedagógica. · A equipe gestora da escola, como articuladora, coordenadora e implementadora dos princípios democráticos referendados pela Constituição Federal de 1988 e pela LDBEN n. 9394/96, deve organizar o planejamento escolar em um processo de ação participativa dos diferentes segmentos da comunidade escolar e seu entorno na construção documental da proposta pedagógica e do projeto político-pedagógico. A proposta pedagógica é o documento guia para a elaboração de todos os outros documentos escolares como: · regimento escolar; · plano escolar; · plano de gestão; · plano de curso; · plano de ensino; · plano de aula; O que é o projeto político-pedagógico? É um documento teórico-prático que pressupõe relações de interdependência e reciprocidade entre os dois polos, elaborado coletivamente pelos sujeitos da escola e que aglutina os fundamentos políticos e filosóficos em que a comunidade acredita e os quais deseja praticar; que define os valores humanitários, princípios e comportamentos. Projeto pedagógico Função: organizar o trabalho da unidade escolar, perscrutar caminhos para que os objetivos sejam delineados e realizados em um processo coletivo. Sua construção requer uma análise minuciosa das questões a serem consideradas em todos os prismas da gestão: aspectos administrativos; aspectos pedagógicos; aspectos financeiros. · Ação intencional definida coletivamente que expressa as atividades pedagógicas e que leva ao alcance dos objetivos educacionais propostos. · O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. E, por isso, todo projeto pedagógico da escola é também um projeto político, por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. Projeto pedagógico Características · ser processo participativo de decisões; · preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições; · explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo à participaçãode todos no projeto comum e coletivo; · conter opções explícitas na direção de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade específica; · explicitar o compromisso com a formação do cidadão; · nascer da própria realidade, tendo como suporte a explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem; · ser exequível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação; · explicitar o compromisso com a formação do cidadão; · nascer da própria realidade, tendo como suporte a explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem; · ser exequível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação; Planejamento do projeto político-pedagógico – 3 etapas 1ª etapa –marco referencial: Retrato das dimensões pedagógica, administrativa, social e financeira. 2ª etapa –conhecimento da realidade: Retrato das dimensões da própria escola. 3ª etapa –proposta de ação: O projeto político-pedagógico é importante para o processo de gestão educacional por ser um norteador das ações da organização e da educação, deve estar articulado ao compromisso sociopolítico e aos interesses reais e coletivos do grupo. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) É um processo gerencial de planejamento estratégico de trabalho para definição de diretrizes, objetivos e metas estabelecidas pela Unidade Escolar Pilares de sustentação: · visão sistêmica da educação; · territorialidade, desenvolvimento; · regime de colaboração; · responsabilização; · mobilização social. Objetivos: Responder ao desafio de reduzir desigualdades sociais e regionais na educação, por meio de uma estratégia de ação que contemple as dimensões: educacional e territorial. Fortalecer a autonomia da gestão escolar a partir de um diagnóstico dos desafios de cada unidade educacional. Definir um plano de gestão para melhoria dos seus resultados, tendo como foco principal a aprendizagem dos alunos. Princípios de fundamentação: · Liderança efetiva do diretor. · Trabalho em equipe. · Decisões com base em fatos e dados. · Capacitação da equipe para trabalhar com a metodologia. · Suporte técnico da Secretaria. · Transferência de recursos financeiros para as escolas Finalidade: diagnosticar problemas, metas e planos de ação para as escolas das redes públicas de educação básica. Sua execução será realizada por meio de processos gerenciais de: · autoavaliação da escola; · definição de sua visão estratégica; · elaboração de plano de ação. O PDE é uma ferramenta gerencial utilizada com o propósito de auxiliar a escola a realizar melhor o seu trabalho: · focalizar sua energia; · assegurar que sua equipe esteja trabalhando para atingir os mesmos objetivos; · avaliar e adequar sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança. Visão estratégica: · a escola identifica os valores que defende; · a sua visão de futuro ou o perfil de sucesso que deseja alcançar no futuro; sua missão, que constitui a sua razão de ser; · seus objetivos estratégicos. Plano de suporte estratégico: · A escola define, a partir de seus objetivos estratégicos, o conjunto de estratégias, metas e planos de ação que transformarão a visão estratégica em realidade. Coordenação e elaboração: · Coordenadas pela liderança da escola (equipe composta de diretor, assistente de direção, coordenação/supervisão escolar e orientador educacional) e elaboradas de maneira participativa pela comunidade escolar. Características das metas: · estarem relacionadas claramente a um problema que se quer resolver, identificado na análise situacional; · atender às necessidades/expectativas dos beneficiários, principalmente o aluno; · serem específicas, ou seja, sem ambiguidade; · serem mensuráveis, isto é, serem quantificáveis; · serem realistas, isto é, estar na esfera de possibilidades da escola, em termos humanos e materiais; · terem um responsável; · terem um prazo de execução. Etapas de elaboração · Preparação. · Análise situacional. · Coleta de dados. · Elaboração do plano de gestão. · Implementação dos planos de gestão. · Acompanhamento e controle. Critérios para eficácia escolar Ensino e aprendizagem: principal processo da escola, diz respeito à aquisição de conhecimentos e habilidades por parte dos alunos, por meio da proposta pedagógica, planejamento, metodologia utilizada, estratégias de ensino, práticas educacionais, avaliação da aprendizagem, material didático e pedagógico em quantidade e qualidade suficientes. Clima escolar: liderança, compromisso, motivação, ordem, disciplina, segurança e atmosfera geral da escola. Pais e comunidade: participação e cooperação institucional dos pais e da comunidade na escola, contribuição dos pais e de outros parceiros no sucesso acadêmico dos alunos, no melhor desempenho da escola. Gestão de pessoas: excelência da equipe para o desempenho das funções, profissionais habilitados e capacitados. Gestão de processos: clara compreensão da missão da escola, objetivos claros e amplamente definidos, planejamento estratégico, método gerencial definido, gerenciamento da rotina, trabalho em equipe, informações gerenciais organizadas, existência de indicadores e de avaliação da gestão. Infraestrutura: condições materiais de funcionamento (instalações e equipamentos) para que o processo de ensino e aprendizagem ocorra de maneira adequada. Resultados: desempenho geral da escola: taxas de promoção, retenção, abandono, evasão, distorção idade-série, satisfação dos alunos, pais, colaboradores e sociedade, indicadores de melhoria das práticas da gestão, cumprimento das metas estabelecidas. PDE interativo · Ferramenta de apoio à gestão escolar. · Concebido a partir da metodologia de planejamento estratégico utilizado pelo PDE Escola. · É autoinstrucional. · Todas as escolas públicas podem utilizar o PDE interativo. Slide 3 Objetivos Orientação educacional e supervisão escolar na contemporaneidade · Orientação educacional: a prática cotidiana. · Orientação educacional em relação à direção da escola. · Orientação educacional em relação aos funcionários da escola e ao corpo docente. · Orientação educacional: relacionamento família-escola / escola-comunidade · Orientação educacional e o trabalho com os alunos. · Orientação educacional: relação escola-saúde. · Orientação educacional e relações interpessoais. · Orientação para o trabalho e a qualidade de vida. · Orientação educacional e lazer. · Orientação para a escolha profissional e a vida do trabalho. · Ação supervisora e orientação educacional: a prática. · Professor-coordenador e suas atividades no processo educacional. · Ação supervisora e orientação educacional na contemporaneidade. · Supervisão escolar e orientação educacional: os espaços de atuação coletiva. · Evasão, repetência e fracasso na escola: inclusão e o papel do pedagogo. · Organizando o serviço. · Orientação educacional e supervisão escolar. Orientação educacional: a prática cotidiana O orientador educacional em suas funções deve comprometer-se com: · a realidade dos alunos; · a prática educativa individual e coletiva; · a discussão coletiva do projeto da escola em articulação com as ações diárias Orientação educacional: a prática cotidiana áreas de atuação · Orientação escolar. · Relação família-escola. · Relação escola-comunidade. · Acompanhamento escolar e saúde. · Relações humanas. · Lazer do educando. · Orientação vocacional e para o trabalho. · Acompanhamento pós-escolar. Orientação educacional: a prática “[...] um estabelecimento de ensino não é apenas uma unidade pedagógica [...]” · Envolve questões administrativas, sociais e sua forma deve estar em permanente reorganização. O orientador educacional atua com diversos segmentos do contexto escolar e tem sua atuação diretamente ligada às questões como: avaliação, evasão e repetência, disciplina, cidadania, valores humanos, problemas de aprendizagem, entre outros. · O orientador educacional deve estar comprometido coma transformação e assumir o papel de mediador do processo educativo, olhar a realidade do aluno e da comunidade em que a escola está inserida, visando propostas diferenciadas para o pleno desenvolvimento do alunado Com relação à direção, o orientador educacional colabora: participando da tomada de decisões; auxiliando na organização de classes e horários; propondo assuntos de interesse educacional. Com relação aos funcionários: reflete coletivamente sobre o acompanhamento dos alunos; realiza reuniões de estudo sobre temáticas relevantes para o trabalho desenvolvido. O orientador educacional pode auxiliar o corpo docente quando: · acompanha o rendimento escolar e orienta para que o aluno atinja os objetivos das atividades, sugere formas diferenciadas de tarefas; · verifica as queixas apontadas pelo professor em relação aos alunos quanto à dificuldade de aprendizagem, problemas de saúde, encaminhando para diagnóstico e tratamento, se necessário; · colabora na busca de soluções pedagógicas e metodológicas. Orientação educacional: a prática –relação família-escola e comunidade · Ouvir e identificar valores e modos de conceber a vida que a família do aluno tem. · Acolher a família para construção de um elo de confiança e parceria. · Conversar com a família para orientação quando necessário. · Incentivar a participação no Conselho de Escola e na Associação de Pais e Mestres. · Propor parcerias com a comunidade. Orientação educacional –trabalho com os alunos Objetivos · Auxiliar os alunos no seu desenvolvimento e na sua formação humana. · Instrumentalizar o discente na organização eficiente do trabalho escolar. · Realizar sessões de estudo. · Fazer a mediação entre o aluno e aspectos do processo de ensino e aprendizagem. · Estimular o protagonismo juvenil. · Orientar para profissões. · Estabelecer vínculo com alunos. Orientação educacional –relação escola-saúde · Entender que seu aluno é um ser integral, constituído de aspectos físicos, psicológicos, mentais, emocionais, entre outros. · Ao verificar questões relacionadas à aprendizagem, encaminhar aos setores competentes para avaliação. · Acompanhar o desenvolvimento do aluno, trabalhando em parceria com profissionais de várias áreas. Orientação educacional –relações interpessoais · Articular as relações interpessoais na escola. · Saber ouvir, ver a totalidade e as partes e falar. · Incentivar a reflexão sobre as atitudes de todos, oferecendo, com os demais membros da equipe, espaços de diálogo e atuação coletiva. · Acreditar que é possível viver, conviver e aprender com as diferenças nas mais diversas situações. Orientação para o trabalho e qualidade de vida · Qualidade de vida significa viver bem, viver de modo equilibrado em todas as áreas (social, afetiva, profissional, saúde, entre outras). · Entender qualidade de vida e trabalho como um programa que visa a facilitar e satisfazer as necessidades do trabalhador ao desenvolver suas atividades na organização. Orientação educacional e o lazer · Despertar discussões e reflexões sobre as peculiaridades e diferenças entre o lazer positivo e negativo em grupos. · Esclarecer o que é prejudicial à sua qualidade de vida e o que favorece a qualidade de vida. Orientar quanto a práticas do tempo livre. · Ajudar os alunos a alcançar uma qualidade de vida desejável por meio da ampliação e promoção de valores, atitudes, conhecimentos e aptidões de lazer através do desenvolvimento pleno. Orientação para a escolha profissional e a vida do trabalho · Auxiliar no conhecimento de várias profissões, despertar os interesses do aluno por meio do autoconhecimento. · O trabalho humano objetiva satisfazer as necessidades do homem. · O mundo da educação e do trabalho vem exigindo reformulações e transformações. · A relação escola-trabalho-formação do trabalhador no âmbito das relações sociais na escola e na produção faz ver a educação como prática social e cultural. · O orientador educacional deve lançar mão do trabalho de grupos de orientação coletiva, formados espontaneamente ou em classe. Proposta de trabalho: · escutar o aluno; · identificar os interesses do aluno; · refletir coletivamente alternativas e possibilidades; · palestras com profissionais de diversas áreas; · orientar posturas do jovem no mercado de trabalho. Orientação educacional e supervisão escolar –ações · Orientações aos docentes quanto às atividades desenvolvidas. · Realizar sessões de estudo. · Realizar sessões de orientação profissional. · Propor realização de atividades de protagonismo juvenil. · Propor atividades diferenciadas para sanar dificuldades em pequenos grupos, Ação supervisora A ideia de supervisão teve sua origem na indústria, visando à melhoria em qualidade e quantidade na produção, ou seja, o modelo de supervisão escolar teve sua origem relacionada ao modo de produção capitalista, que objetivava a racionalização do trabalho, visando o aumento da produtividade. Supervisão escolar conceito: Processo que tem por objetivo prestar ajuda técnica no planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades educacionais em nível de sistema ou de unidade escolar, tendo em vista o resultado das ações pedagógicas, o melhor desempenho e o aprimoramento permanente do pessoal envolvido na situação ensino e aprendizagem. · Decorre do sistema social, econômico e político e está intimamente relacionada a todos os determinantes que configuram a realidade brasileira ou por eles condicionada. · Ao Supervisor Escolar/Coordenador Pedagógico cabe a articulação e a mediação entre as políticas públicas e as propostas pedagógicas das escolas. Ação supervisora: dois âmbitos Supervisão pedagógica: em nível de unidade escolar (coordenação pedagógica). Supervisão de ensino: fazendo a mediação entre a escola e o sistema central. · A coordenação pedagógica é a articuladora do Projeto Pedagógico da instituição no campo pedagógico, organizando a reflexão, a participação e os meios para a sua concretização, de tal forma que a escola possa cumprir sua tarefa de propiciar que todos alunos aprendam e se desenvolvam como seres humanos plenos. Atuando na escola: Articulando, acompanhando e orientando as atividades educativas dos segmentos da comunidade escolar (supervisão escolar exercendo o papel de coordenação pedagógica). Atuando no âmbito interescolar do sistema de ensino público (municipal, estadual) e privado de algum setor (por exemplo, Sesi, Senai) em suas modalidades e níveis de ensino, articulando, acompanhando, orientando ou assessorando as unidades escolares integrantes dos órgãos gestores da educação e as comunidades atendidas pelas escolas em que realiza sua ação supervisora. · Na ação supervisora deve ser observado o desenvolvimento qualitativo da organização escolar e dos que nela realizam seu trabalho de estudar, ensinar ou apoiar a função educativa por meio de aprendizagens individuais e coletivas, incluindo a formação de novos agentes. · Daí a importância do conhecimento da realidade escolar, visto que conhecer a escola mais de perto significa colocar uma lente de aumento na dinâmica das relações e interações que constituem seu dia a dia. Ação supervisora –âmbito sistema Competências necessárias O supervisor deve atuar em uma relação de parceria e companheirismo, articular e ser elemento de apoio à formulação das propostas pedagógicas das escolas, orientando, acompanhando e avaliando a sua execução. Competências necessárias: · conhecimento de legislação, funcionamento e organização da educação escolar e qualidade do ensino; · capacidade de relacionar teorias e normas legais a situações particulares e reais; · identificar impactos das medidas educacionais e melhoria do ensino. · Competências de gestão. · Compreensão e valorização do trabalho coletivo. · Tolerância às divergências pessoais. · Capacidade de articular, interpretar e mediar ações. · Competências básicas. · Clareza de comunicação. · Empenho na socialização de informações e conhecimentos. · Interesse na atualização pessoal e produçãode conhecimentos. · Visto que a escola sofre influências sociais, econômicas, ideológicas dos momentos históricos, isso pode gerar um não atendimento às demandas na prática pedagógica. · Assim, é fundamental na supervisão escolar, nos dois âmbitos de atuação, que o supervisor tenha conhecimento teórico e capacidade de relacionar e monitorar conhecimentos teórico-práticos. Também é necessário saber planejar, gerenciar, ensinar, documentar e pesquisar. Ação supervisora Dimensões Articuladora: Preocupação em articular ações de formação e capacitação. Transformadora; Preocupação com o estabelecimento de pautas para reuniões em que haja reflexão sobre as ações do cotidiano escolar e suas necessidades reais e possíveis revisões do percurso. Formadora: Preocupação com a organização da ação formativa em reuniões de trabalho. · O papel do supervisor escolar se constitui na somatória de esforços e ações desencadeadas com o sentido de promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem. · A supervisão escolar precisa analisar as propostas de renovação, buscando sentido para sua realidade escolar, com base nas condições concretas, promover necessárias articulações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do desenvolvimento de relações democráticas. Ação supervisora e escola participativa O supervisor escolar em sua ação na escola participativa deve visar: · o provimento de condições, meios e todos os recursos para o funcionamento da escola e da sala de aula; · o envolvimento das pessoas no trabalho e · garantir a realização da aprendizagem de todos. Supervisão escolar Ação supervisora e orientação educacional na contemporaneidade · A melhoria da qualidade do ensino que aposta na apropriação do conhecimento tem sido o enfoque das políticas educacionais com vistas à organização do ensino e a práticas pedagógicas eficazes para atingir a instrumentalização dos que vão atuar na realidade social que se mostra cada vez mais diversificada. Vetores de qualidade para análise na ação do pedagogo · Função do projeto: a qualidade do projeto está ligada ao custo e às condições materiais e funcionais. · Produto ou resultado do processo: refere-se à obtenção efetiva dos objetivos propostos e a sua permanência nos efeitos da aprendizagem. · Processo ou função por meio do qual se desenvolvem os resultados: refere-se aos procedimentos por meio dos quais se desenvolve a intervenção, qual metodologia é utilizada para as situações de aprendizagem. · Desenvolvimento organizacional como processo diferenciado: refere-se às intervenções que objetivam o aperfeiçoamento institucional Organização do sistema educacional ou da escola: características para gerenciamento Para o gerenciamento pautado na qualidade: · foco centrado nos seus alunos; · todos os seus objetivos claros, bem definidos e compartilhados por todos; · todos os seus processos documentados e otimizados; · todos os funcionários e setores conhecendo suas atribuições e capacitados para executar suas tarefas; · ampla participação de todos no processo; · preocupação com a inovação e a mudança. Supervisão escolar e orientação educacional atuação coletiva Conselhos de escola: Conferem transparência às ações da direção, permitem a distribuição de tarefas sem descaracterizar o trabalho do corpo diretivo da escola. Conselho de classe: É significativo se possibilitar a análise do desempenho da própria escola, de forma conjunta e cooperativa, pelos que integram a organização escolar. Reunião de pais ou responsáveis: Espaço que se tem para explicar a importância e a validade do trabalho que é feito na escola. Reunião de formação com professor: Deve ser utilizada para discussão e estudo de textos, troca de experiências e diálogos. Outras reuniões com funcionários. Ação do pedagogo –inclusão · Uma análise das relações entre inclusão, dificuldades, queixas e expectativas supõe: observação, avaliação ou diagnóstico contínuo dos diferentes fatores constituintes da questão, o que implica: intervenções, redirecionamentos ou redefinições que favoreçam aos objetivos buscados individualmente ou institucionalmente. No contexto escolar, a inclusão de alunos com deficiência e altas habilidades / superdotação depende de variados fatores: · plano de ensino com projetos específicos; · adequações metodológicas (LIBRAS, Braille); · especialmente da quebra de estereótipos e preconceitos · A necessidade de construir um sistema educacional de qualidade para todos impõe uma atuação diferenciada daqueles que atuam no campo da educação, principalmente uma educação inclusiva. · A sociedade e a organização social escolar devem promover o processo de educação inclusiva. Cabe ao pedagogo: envolvimento, apropriação da legislação vigente, comprometimento e aprofundamento sobre questões pertinentes à inclusão. A visão do pedagogo requer uma percepção do sistema escolar como um todo unificado. · O pedagogo deve ter sua atenção voltada para a remoção das barreiras que existem na escola quando se trata do acolhimento ao aluno com deficiência e altas habilidades / superdotação. · É fundamental ao supervisor escolar, em âmbito de sistema ou em âmbito local, ter liderança proativa, na qual suas estratégias serão pluralistas e focadas no desenvolvimento do processo de aprendizagem de todos os alunos, até porque aprender o que se ensina na escola é necessidade ou exigência de todos. No plano de ação do pedagogo, precisam constar assuntos como: Acessibilidade: observar a acessibilidade física (se as tecnologias assistivas, a sinalética, a circulação e a segurança estão de acordo com a legislação pertinente). Organização da escola: verificar horários, instalações, serviços de apoio, biblioteca e outros aspectos que possam constituir-se em empecilhos e barreiras para o aluno com dificuldades. Estimular a qualificação profissional: propor programa de formação em serviço que propicie aos professores conhecimento aprofundado sobre a educação inclusiva; observar a pertinência dos serviços de apoio e parcerias. · Diante da perspectiva da inclusão ter sucesso, as escolas devem ser comunidades conscientes, de modo que possam ajudar os professores e os alunos a serem transformados de uma coleção de ‘eus’ em um ‘nós’ coletivo, proporcionando-lhes, assim, um sentido singular da identidade, de pertencer ao grupo e à comunidade. · Sem este sentido de comunidade, o esforço para atingir a inclusão torna-se muito difícil e a ação supervisora, por certo, inócua. Evasão, repetência e fracasso na escola · As questões de evasão, repetência e fracasso na escola têm como foco central os aspectos políticos, estruturais e funcionais do sistema de ensino, há no interior da escola uma “mistura” de práticas e teorias educativas que ora culpabilizam a escola e o professor e ora responsabilizam o aluno e sua família. Cabe ao pedagogo garantir ao aluno possibilidade de permanência na escola, com aprendizado significativo e, para isso, irá: · investigar práticas educativas adequadas; · discutir mecanismos para superar as questões; · garantir o encaminhamento de alunos que necessitam de atendimento específico; · verificar como está sendo realizado o processo avaliativo. O pedagogo e sua função Entre as temáticas a serem incluídas pelo pedagogo em seu plano de ação no que se refere à inclusão, deverão estar presentes ações que verifiquem a acessibilidade, estimulem a utilização das tecnologias assistivas, bem como programas de formação de professores e reflexão sobre o processo de ensino e aprendizagem e avaliação. Organizando o serviço · É importante ter informações e documentações de interesse do pedagogo nos serviços de Supervisão Escolar, Coordenação Pedagógica e Orientação Educacional. · Dados sigilosos. · Dados informativos abertos de alunos, ex-alunos, professores, funcionários e técnicos. · Também é importante manter informações de profissionais de interesse para o desenvolvimento do trabalho O arquivo · Manter, no setor, pastas com modelos de instrumentos (questionários e fichas),textos, informações úteis. · Manter material sigiloso e informações coletadas em pastas, fichários ou arquivo. · Correspondência recebida, expedida. · Material informativo, de divulgação. · Resultados de pesquisa. · Planejamentos. · Avaliação. · Relação de alunado, telefones úteis. · Legislação. · Prontuário: ficha informativa, questionários, informes, ficha médica, registro de entrevistas, regimento escolar e normas da escola. · Livros, textos, revistas relacionadas à temática educacional. Técnicas de orientação individual e de orientação em grupo Observação Meio direto de estudar os fenômenos tais como se apresentam, possibilita o registro de dados. Pode ser sistemática ou assistemática (ocasional). Questionários: Coleta de informações por meio de perguntas a respeito de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos, possibilita a investigação da conduta e do comportamento do aluno. Entrevista: É uma conversa, um diálogo estabelecido entre duas pessoas para que haja ajuda ao outro ou resolução de problema que esteja a afligir. Tipos Investigação: procura reunir dados para elaboração de diagnóstico. Diagnóstica: recolhe dados que caracterizem atitudes, opiniões e outros. Aconselhamento: propõe-se a conduzir alguém à escolha adequada a respeito de uma situação Autobiografia: Técnica destinada a possibilitar um melhor conhecimento do aluno por meio do relato de sua própria vida. Espontânea: não é estabelecido nenhum roteiro. Dirigida: elaborada por meio de roteiro fornecido ao aluno. Do futuro: projeção para o futuro. Projeção para daqui a alguns anos: consiste no estabelecimento de um prazo para o futuro e de como o aluno se vê lá. Anedotário: Coleta de amostras de comportamento do aluno, registro de um fato ou acontecimento inusitado que envolva o aluno, anotações sobre composições do aluno, cadernos, desenhos e trabalhos significativos. Estudo de caso: Visa ao estudo individualizado e minucioso a respeito de um aluno, grupo de alunos ou classe. Permite obter o quadro mais completo possível do aluno, abrangendo histórico do crescimento com êxitos e fracassos. Pressupõe uma pesquisa de caráter teórico, passando-se à uma investigação sobre determinada situação, a fim de se atingir resultados eficientes Sociometria: Ajuda a mostrar a posição do aluno dentro de seu grupo. Objetivos: observar a estrutura social de relacionamento de uma classe; perceber alunos com possíveis desajustes com relação ao grupo; melhorar as relações entre alunos, alunos e professores e da classe como grupo. Visitas: Prestam-se para realizar observações por parte do supervisor e professores, bem como melhorar o relacionamento entre os participantes. As visitas podem ser programadas pelo supervisor, podem ser solicitadas ou mesmo ocasionais. Quanto à realização de uma visita, é interessante observar: Chegada do profissional 1.Dar uma palavra de cumprimento e explicativa sobre a visita. 2.No caso de visita à classe –sentar-se atrás da turma para não tomar o lugar do professor. Atitudes 1.Evitar reações negativas expressas por tensões, desgostos ou surpresas. 2.Evitar tomar notas acintosamente na ocasião em que observar algum ponto vulnerável. Duração 1.Determinada pelo objetivo que se tem para visita. 2.Suficiente para a observação de uma atividade ou de uma parte desta, de acordo com os objetivos. Discussão de filmes · Filmes podem ser utilizados para se promover discussões entre todos os segmentos da escola. · A seleção dos filmes dependerá dos objetivos a serem atingidos. · É interessante que haja um roteiro de observação dos aspectos a serem analisados. · Projetos de formação em serviço de intervenção são interessantes às ações do pedagogo, pois exigem o recurso sistemático da investigação pela necessidade de uma constante articulação teoria-prática. image1.png image2.png