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Atividade dissertativa módulo III - Direito aplicado a saúde

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Falsos atestados médicos são vendidos no Centro de SP e usados para 
furar a fila da vacinação. 
Comercialização de atestados e declarações por até R$ 400 para pessoas que 
fingem ter comorbidades acontece à luz do dia. G1 negociou compra para 
reportagem, mas documento falso não foi usado. 
 
Atualmente é comum que pacientes procurem os serviços de saúde para 
obterem atestados médicos, visando o afastamento das atividades laborais, 
muita das vezes os pacientes não estão com nenhuma doença ou comorbidade 
mais simulam algum sintoma para se obter esse atestado. A Resolução CFM 
1658/02 determina que o “atestado médico é parte integrante do 
ato médico, sendo seu fornecimento direito inalienável do paciente, não podendo 
importar em qualquer majoração de honorários”. Ou seja, o profissional não pode 
cobrar pela emissão do atestado. 
Em muito dos casos assim como traz a notícia em questão algumas 
pessoas procuram por um atestado fácil, e rápido sem precisar passar por toda 
triagem e atendimento devido que um hospital solicita, os médicos por sua vez 
se aproveitam de situações como essa para ganhar dinheiro emitindo esses 
atestados cobrando um valor que pode chegar até R$ 400,00 reais. 
 
Irregularidades cometidas pelos profissionais 
 
O Conselho Federal de Medicina, no uso das atribuições conferidas pela Lei n.º 
3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 
19 de julho de 1958, é considerando que é vedado ao médico atestar falsamente 
sanidade ou atestar sem o exame direto do paciente. Considerando que o 
profissional que faltar com a verdade nos atos médicos atestados, causando 
prejuízos às empresas, ao governo ou a terceiros, está sujeito às penas da lei. 
 
Consequências a que estão sujeitos nas esferas civil, penal e 
administrativa. 
 
Civil: 
A Resolução CFM nº 1.658/02, que normatiza a emissão de atestado médico, 
estabelece: 
“Art. 1º O atestado médico é parte integrante do ato médico, sendo seu 
fornecimento direito inalienável do paciente, não podendo importar em 
qualquer majoração de honorários. 
 
Administrativa: 
Na responsabilidade administrativa, o dano repercute na reputação da 
profissão médica e da instituição que a representa. Os aspectos correcionais 
ou corretivos estão a cargo dos Conselhos de Medicina, federal e estaduais, os 
aspectos funcionais, derivados da má conduta do servidor público, competem 
à Administração Pública, em seus vários níveis união, estados e municípios. As 
sanções são correcionais ou administrativas, numa escala que vai da simples 
censura ou advertência reservada até a demissão a bem do serviço público e 
à proibição do exercício da profissão. 
 
Penal: 
O crime de falsidade de atestado médico. É um delito previsto no Capítulo III, 
Da Falsidade Documental, mais especificamente no art. 302, que possui a 
seguinte redação: 
Falsidade de atestado médico 
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: 
Pena - detenção, de um mês a um ano. 
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também 
multa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referencias: 
https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2002/1658 
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-responsabilidade-administrativa-e-
penal-do-medico-pela-emissao-de-atestado-falso/154576427 
https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2002/1658
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-responsabilidade-administrativa-e-penal-do-medico-pela-emissao-de-atestado-falso/154576427
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-responsabilidade-administrativa-e-penal-do-medico-pela-emissao-de-atestado-falso/154576427