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Pediatria - Internato Tatuapé

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1 Letícia M. Dutra 
PEDIATRIA 
Sumário 
Roteiro de Anamnese e Exame Físico Pediátricos ..................................................................................................................................................... 2 
ANOTAÇÕES EXTRAS ................................................................................................................................................................................................ 11 
Raio X ....................................................................................................................................................................................................................... 13 
HEMOGRAMA EM PEDIATRIA .................................................................................................................................................................................. 15 
PRESCRIÇÃO HOSPITALAR E RECEITUÁRIO MÉDICO ................................................................................................................................................ 16 
FEBRE ....................................................................................................................................................................................................................... 18 
SEPSE ....................................................................................................................................................................................................................... 21 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ............................................................................................................................................................................. 22 
REFLUXO VESICOURETERAL ................................................................................................................................................................................ 25 
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS ...................................................................................................................................................................... 26 
ASMA ....................................................................................................................................................................................................................... 33 
TUBERCULOSE ......................................................................................................................................................................................................... 40 
APENDICITE .............................................................................................................................................................................................................. 41 
DIARREIA.................................................................................................................................................................................................................. 42 
DESIDRATAÇÃO........................................................................................................................................................................................................ 43 
SORO DE MANUTENÇÃO BASAL .............................................................................................................................................................................. 45 
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS ..................................................................................................................................................................................... 46 
ANAFILAXIA.............................................................................................................................................................................................................. 48 
MENINGITE .............................................................................................................................................................................................................. 51 
CRISE CONVULSIVA FEBRIL ...................................................................................................................................................................................... 52 
ALGORITMO DE PCR EM PEDIATRIA ........................................................................................................................................................................ 55 
QUESTÕES................................................................................................................................................................................................................ 58 
 
 
2 Letícia M. Dutra 
Roteiro de Anamnese e Exame Físico Pediátricos 
ANAMNESE 
1- IDENTIFICAÇÃO 
 Nome 
 PESO 
 Data de nascimento e idade (anos e meses) 
 Sexo 
 Cor 
 Procedência 
 Informante: nome, parentesco, grau de 
informação 
2- QUEIXA PRINCIPAL (Qual o problema o trouxe e há 
quanto tempo sente isso?) 
3- HMA 
Verificar sintomas e descrever, ordem cronológica: 
- Início e evolução 
- Localização 
- Qualidade 
- Intensidade 
- Tempo e forma de início; duração e frequência 
- Sequência de aparecimento 
- Fatores agravantes/atenuantes/desencadeantes 
- Sintomas associados: Sinais de desconforto 
associado (ver: 7 sinais da dor) 
Consultas, exames, TTO e medicamentos anteriores 
Indagar sobre o sono e apetite durante a doença atual 
Como está no dia da consulta? 
Ex.: Tosse há 12 dias, evoluindo com febre, no outro dia 
desconforto respiratório, procurou a UBS, inalação e enviado 
para casa com sintomáticos 
4- ISDA: 
 Aspectos gerais (sono, apetite, urina, fezes) 
 COONG: cabeça, olhos, ouvido, nariz e 
garganta 
 Pele (pápulas, manchas, alterações de cor, 
descamações) 
 CV (dispneia ao amamentar, edema, cianose) 
 AR (congestão nasal, coriza, tosse, sibilos, 
roncos, esforço respiratório) 
 AD/ AGU/ALM/SN 
 
5- ANTECEDENTES PESSOAIS 
 HO/NEO – Antecedentes gestacionais (HO: história 
obstétrica e neonatais 
- gestação: pré-natal, intercorrências, uso de 
substâncias não recomendadas, doenças 
- Condições do parto: tipo, duração, 
medicamentos, complicações 
- Condições do RN: nasceu bem? Manobras de 
reanimação? Cuidados especiais? 
 APGAR; PESO, ESTATURA, PC, CLASSIFICAÇÃO 
(Termo e IG) 
 TESTES DE TRIAGEM: pezinho; olhinho; orelhinha; 
coraçãozinho; linguinha 
 COTO UMBILICAL: condições, época de queda e TTO 
Queda: Normal até 3 semanas, se após 3 
semanas imunodeficiência 
 HA 
- Duração do aleitamento exclusivo 
- Desmame precoce? O que usou? 
- Complementação alimentar? Idade? Motivo? 
 AP - Antecedentes pessoais gerais: 
- Doenças: quais, gravidade, idade do diagnostico; 
- Uso de medicações contínuas; vitaminas (A, D, 
sulfato ferroso) 
- Internações previas; 
- Cirurgias previas; 
- Alergias; 
- Fraturas; 
- Traumas 
- Vacinas: perguntar e checar 
Histórico vacinal 
Ao nascer BCG e Hepatite B 
2 meses Pentavalente, VIP, rotavírus, pneumo- 
3 meses Meningocócica C 
4 meses Pentavalente, VIP, rotavírus, pneumo- 
5 meses Meningocócica C 
6 meses: Pentavalente, VIP, influenza 
9 meses Febre amarela 
12 meses Tríplice viral, meningocócica C, pneumo- 
15 meses: VOP, DTP, hepatite A, tetra viral 
4 anos VOP, DTP, varicela 
9-14 anos para 
meninas 
HPV 
11-14 anos para 
meninos 
HPV 
 
9 HISTÓRIA FAMILIAR 
 Composição da família 
 Irmãos (sexo, idade, saúde) 
 Idade, saúde, profissão, grau de instrução, 
tabagismo, etilismo, drogas dos pais 
 GPA da mãe 
 Grupo Sanguíneo e Rh dos pais e criança 
 Doença/óbitos familiares 
 
10 HISTÓRIA SOCIAL 
 Moradia: com quem mora e condições 
 Contato com animais/águas naturais/terra 
 Renda familiar 
 Hábitos de vida
 
3 Letícia M. Dutra 
ROTEIRO DE EXAME FÍSICO PEDIÁTRICO 
1- ANTROPOMETRIA 
PESO: ___________ 
(Média ao nascer 3300g)1º ano: 1º 
trim 
700g/mês 
2º trim: 600g/mês 
3º trim: 500g/mês 
4º trim: 400g/mês 
2º ano: ganha 2,5 kg 
3º - 5º ano: ganha 2 kg 
6º - 10º: ganha 3 kg 
ALTURA: __________ 
(Média ao nascer 50 cm) 
1º semestre: 15 cm 
2º semestre: 10 cm 
2º - 5º ano: 7 cm/ano 
6º - 10º ano: 6 cm/ano 
10º - 12º: 9 cm/ano 
PERÍMETRO CEFÁLICO: 
_______ 
(Média ao nascer 34 – 35 cm) 
Aumenta 2 cm/mês no 1º trim, 1 
cm/mês no 2º trim e 0,5 cm mês no 
2ª semestre. 
PC = (estatura x 0,5) + 10 
PT/PA (pela cicatriz umbilical) 
 
2- DADOS VITAIS: T°, FC, FR, PA 
Sinais Vitais em Crianças 
FC/min 
Idade Frequência em vigília Frequência em sono 
RN a 3 m 85 a 205 80 a 160 
3 m – 2 A 100 a 190 75 a 160 
2 A – 10 A 60 a 140 60 a 90 
> 10 A 60 a 100 50 a 90 
 
FR (respirações/min) 
Idade Frequência 
Lactente ( < 1 A) 30 a 60 
1 - 3 A 24 a 40 
Idade pré-escolar (4 - 5 A) 22 a 34 
Idade escolar (6 – 12 A) 18 a 30 
Adolescente (13 – 18 A) 12 a 16 
 
Definição de Hipotensão por PAS e idade 
Idade PAS (mmHg) 
Neonatos a termo (0 a 28 dias) < 60 
Bebês (1 a 12m) <70 
Crianças de 1 a 10 anos (5º 
percentil de PA) 
<70 + (idade em 2 anos x 
2) 
Crianças > 10 anos < 90 
 
3- ECTOSCOPIA 
ICTERÍCIA 
Fisiológica 
RN a termo pico entre 3º e 5º dia, desaparece até 10º 
dia 
RN pré termo: pico entre 5º e 7º dia desaparece até 14º 
dia 
Patológica Nas primeiras 24-36 horas de vida 
 
- Estado geral 
- Fácies 
- Musculatura 
- Panículo adiposo 
- Pele (coloração, umidade, 
elasticidade, turgor, lesões) 
- Mucosas e Escleras 
- Extremidades (T°, 
perfusão, cianose) 
- Linfonodos 
- Tireoide 
 
4- COONG 
5- PESCOÇO: Inspeção, palpação, ausculta 
6- ACV (aparelho ♥vascular) 
- Inspeção (abaulamento, retrações, cicatrizes, ictus, 
pulso jugular) 
- Palpação (ictus, frêmito, batimentos ectópicos, pulsos) 
- Ausculta 
Localização do ictus 
RN Entre 3º e 4º EIE da LHCE 
Lactente 4º EI na LHCE 
Criança > 7 anos 5º EID da LHCE 
 
7- AR (aparelho respiratório) 
- Inspeção (simetria e forma do tórax, padrão 
respiratório) 
- Palpação (expansibilidade e frêmito) 
- Percussão 
- Ausculta 
 
8- AD 
- Inspeção (forma e simetria, cicatriz umbilical, 
movimentos peristálticos, circulação colateral) 
- Ausculta (Começar pela fossa ilíaca esquerda) 
- Percussão 
- Palpação 
FÍGADO 
0 a 6 m Fígado palpável até 3,5 cm rebordo costal 
direito na LHCD 
6 m a 2 A Até 2 – 3 cm 
2 A a 10 A Até 2 cm 
 
9- AGU: Genitália externa anatômica compatível com sexo 
e idade? __________________ 
MENINOS MENINAS 
Fimose fisiológica Presença de processos 
inflamatórios, dermatites, 
corrimentos 
Localização do orifício uretral Simetria dos grandes lábios 
Processos infecciosos no 
prepúcio ou glande? 
Pilificação ou tumoração 
Presença de testículos na bolsa 
escrotal 
Coloração da mucosa da vulva 
Palpação dos testículos Características do clítóris 
 
10- LOCOMOTOR 
- Mobilidade 
- Ortolani – Barlow 
- Proporcionalidade dos membros 
- Quantidade de dedos 
11- SN 
- Sucção (apresenta o RN normal) 
- Marcha reflexa (desaparece aos 2 meses) 
- Moro (desaparece 3 – 4 meses) 
- Apoio plantar (desaparece até 4º mês) 
- Preensão plantar e palmar (6 – 8 meses se torna 
voluntária e não reflexa) 
- Sinal de Romberg. Fuga ou asfixia 
1 mês: segue 180° com o olhar 
2 meses: sorri 
4 meses: sustenta a cabeça / ri / 
brinca com as mãos 
6 meses: senta com apoio 
7 meses: transfere objetos / 
primeiras sílabas / prefere a mãe 
10 meses: engatinha / brinca de 
cadê / bate palmas 
12 meses: faz movimento de 
pinça / anda com apoio 
15 meses: anda sem apoio 
2 anos: controle esfincteriano / 
forma frases 
5 anos: coloca e tira a própria 
roupa ***Sono? Brincadeiras 
adequadas? Uso de tecnologia? 
Socialização? 
12- OROSCOPIA: aspecto e cor da mucosa, condição dos 
dentes, língua, palato mole, úvula, amígdalas, secreções 
13- OTOSCOPIA: secreções, cerúmen, traumatismos, corpo 
estranho, membrana timpânica
 
4 Letícia M. Dutra 
DATA: ____/____/______ - 
ANAMNESE PEDIÁTRICA 
IDENTIFICAÇÃO 
NOME: _______________________________________________________________ DATA. NASCIMENTO: ____/____/______ IDADE:_______ 
SEXO: _____________ PESO: ________ Kg COR: __________________ PROCEDÊNCIA: _____________________________________________ 
INFORMANTE: _______________________________________________ GRAU DE PARENTESCO: __________ PROFISSÃO: ________________ 
ENDEREÇO: __________________________________________________________________________________________________________ 
REGISTRO/PRONTUÁRIO: _________________ LEITO: _________________ D. ENTRADA NO HOSPITAL: ___/___/____ D. ENTRADA NA ENFERMARIA: ___/__/___ 
QP: _________________________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
HDA: _______________________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
ISDA: aspectos gerais (sono, apetite, urina, fezes):___________________________________________ ___________________________________ 
COONG: ( ) nega queixas ( ) ___________________________________________________________________________________________ 
PELE: ( ) nega queixas ( ) ______________________________________________________________________________________________ 
CARDIOVASCULAR: ( ) nega queixas ( ) ___________________________________________________________________________________ 
RESPIRATÓRIO: ( ) nega queixas ( ) ______________________________________________________________________________________ 
GASTROINTESTINAL: ( ) nega queixas ( ) __________________________________________________________________________________ 
GENITOURINÁRIO: ( ) nega queixas ( ) ____________________________________________________________________________________ 
MUSCULOESQUELÉTICO: ( ) nega queixas ( ) ______________________________________________________________________________ 
NEUROLÓGICO: ( ) nega queixas ( ) ______________________________________________________________________________________ 
OUTROS: ____________________________________________________________________________________________________________ 
ANTECEDENTES PESSOAIS GERAIS 
- Antecedentes gestacionais HO/NEO 
PRÉ-NATAL: _______________ TIPO DE PARTO: ___________________ TEMPO DA GESTAÇÃO: _______________ GEMELAR: ( ) SIM ( ) NÃO 
PESO AO NASCER: ______________Kg COMPRIMENTO AO NASCER: ___________ PERÍMETRO CEFÁLICO: ___________ APGAR: _____ - _____ 
Medicações e complicações durante o parto: _______________________________________________________________________________ 
NECESSITOU DE ALGUM CUIDADO ESPECIAL AO NASCER? (O², UTI, fototerapia, se sim qual o motivo?) ( ) NÃO ( ) SIM, __________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
Testes de triagem:_____________________________________ coto umbilical: ___________________________________________________ 
GRAVIDEZ FOI DESEJADA? _______________________________________________________________________________________________ 
- Crescimento e desenvolvimento: Sustentação de cabeça: ________ sentou: ________ andou: _______ controle de esfíncter: _____________ 
escolaridade: _____________________________________________________________________ 
- Antecedentes alimentares: 
ALEITAMENTO MATERNO: ( ) NÃO ( )SIM, duração: ______________ OUTROS: _________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
 
5 Letícia M. Dutra 
Imunização: _________________________________________________________________________________________________________ 
- Antecedentes pessoais (internações, alergias, acidentes, fraturas, comorbidades, uso de medicamentos contínuos, vitaminas, hemotransfusão) 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
- Antecedentes familiares (HAS, DM, doenças neuropsiquiátricas; pais, irmãos e avós, hígidos/ óbitos) 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
- HISTÓRIA SOCIAL 
Moradia (com quem mora, condições gerais): _______________________________________________________________________________ 
SANEAMENTO: água encanada: ( ) SIM ( ) NÃO ___________________, esgoto: _________________ eletricidade: ________________________ 
ANIMAIS DOMÉSTICOS: __________________________________________ TABAGISTA: ____________________________________________ 
OUTROS: (religião, hábitos de vida, higiene): ________________________________________________________________________________ 
 
EXAME FÍSICO PEDIÁTRICO 
ANTROPOMETRIA 
PESO: _________________ Kg ALTURA:__________________ PERÍMETRO CEFÁLICO: __________________ 
DADOS VITAIS 
TEMPERATURA: _______°C FC: ______/bpm FR: ________/ irpm PA: _______________ mmHg 
ECTOSCOPIA (estado geral, fácies, musculatura, pele (coloração, umidade, lesões, turgor), tecido adiposo, mucosa e escleras, perfusão, 
linfonodos, edema) 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________ 
Criança tranquila e colaborativa? Criança com postura ativa? Corada, hidratada, eupneica, anictérica, acianótica e afebril, boa 
perfusão, panículo adiposo bem distribuído, fâneros nos seus devidos locais de implantação, sem edemas. 
COONG: 
Cabeça: crânio de consistência e conformação anatômica. Sem abaulamentos ou retrações. Fontanela anterior aberta, medindo 
aproximadamente x centímetros e fontanela posterior fechada sem abaulamentos ou retrações. 
Olhos: pupilas isocoricas fotorreativas. Vias lacrimais e pálpebras de conformações anatômicas. Conjuntivas normocoradas 
Ouvidos: pavilhão auricular de conformações anatômicas e implantação na altura da linha dos olhos. Membranas timpânicas 
Translúcidas, ausência de hiperemia ou secreções. 
Nariz: nariz de conformação anatômica, septo íntegro, ausência de secreções e hiperemia. 
Garganta: conformação anatômica, tonsilas palatinas normocoradas. 
PESCOÇO: Movimentos de rotação, lateralização, flexão e extensão preservados. Ausência de linfonodos palpáveis. 
ACV: Tórax plano e simétrico, sem abaulamentos ou retrações. 
 Ictus cordis não visível em decúbito dorsal e não palpável. Bulhas normorritimicas e normofoneticas em dois tempos. Sem 
frêmitos. Pulsos radiais, braquiais, carotídeos, femorais e pediosos cheios, simétricos e elásticos. 
AR: Tórax Plano e simétrico. Sem abaulamentos ou retrações. 
 Ausculta, sons respiratorios fisiologicos em seus devidos locais de ausculta. 
 Percussão, sons claros pulmonares 
AD: Abdômen plano, simétrico, sem abaulamentos ou retrações. 
 Cicatriz umbilical protrusa. 
 Ausculta, ruídos hidroaéreos presentes. 
 
6 Letícia M. Dutra 
 Percussão, timpanismo predominante. 
 Palpação, abdômen normotenso, não doloroso, com fígado palpável a x centímetros abaixo do rebordo costal direito, 
baço não palpável. 
 Ausência visceromegalias e massas palpáveis. 
 Ânus bem implantado, perfurado, com pregueamento adequado. 
AGU: Genitália externa de conformações adequadas para o sexo e a idade. 
 Meninos: glande não exposta, ambos os testículos palpáveis no saco escrotal, ausência de sangramentos ou secreções, 
boa higienização. 
 Meninas: hímen parcialmente perfurado, ausência de sangramentos ou secreções, boa higienização. 
ALM: Membros simétricos, articulações livres e funcionais, amplitude de movimentos preservada, coluna vertebral de conformação 
anatômica, músculos eutônicos e eutróficos. 
SN: _____________________________________________________________________________________________________ 
OROSCOPIA: ______________________________________________________________________________________________ 
OTOSCOPIA: ______________________________________________________________________________________________ 
 
MEDICAÇÕES EM USO: _____________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS: __________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________________________________ 
NUTRICIONAL: eutrófico 
ALIMENTAR: adequado 
VACINAL: atualizado 
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR: adequado 
PATOLÓGICO: doença diarreica aguda
 
7 Letícia M. Dutra 
EVOLUÇÃO MÉDICA DIÁRIA 
NOME: ________________________________________________ IDADE:______________ 
LEITO: _____________ D. NASCIMENTO: _______________ REGISTRO: ________________ 
DATA: ____/____/______ D. ADM: ____/____/______ DIH: DATA: ____/____/______ 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: ______________________________________________________ 
___________________________________________________________________________ 
 
MEDICAÇÕES EM USO: 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
CONTROLES: 
DIURESE: ( ) SIM ( ) NÃO VOLUME _____ 
EVACUAÇÃO: ( ) SIM ( ) NÃO CONSISTÊNCIA _____ 
TEMPERATURA: ___-___°C VÔMITOS: ( ) SIM ( ) NÃO ____ XS E ASPECTO___________ 
ACEITAÇÃO ALIMENTAR: _______________ 
PAS: _________-__________ mmHg PAD: ______-________ mmHg 
FC: ____________ FR: _______________ PESO: ______________ 
SATURAÇÃO DE O2: _______-____________% ( ) AR AMBIENTE ( ) O2 SUPLEMENTAR 
 
INTERCORRÊNCIAS: 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
EXAME FÍSICO: 
IG: _______________________________________________________________________ 
C/P: _______________________________________________________________________ 
ACV: ______________________________________________________________________ 
AR: ______________________________________________________________________ 
ABDOME: _________________________________________________________________ 
GU: ______________________________________________________________________ 
EXTR: _____________________________________________________________________ 
 
EVOLUÇÃO ENFERMARIA PEDIÁTRICA 
NOME: ______________________________________________ IDADE:_______________ 
LEITO: _______________________ D. NASCIMENTO: _______________________ 
REGISTRO: ________________ 
DATA: ____/____/______ D. ADM: ____/____/______ DIH: DATA: ____/____/______ 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: 
___________________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________________ 
 
MEDICAÇÕES EM USO:________________________________________________________ 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
CONTROLES: DIURESE: ( ) SIM ( ) NÃO VOLUME _____ 
EVACUAÇÃO: ( ) SIM ( ) NÃO CONSISTÊNCIA _____ 
TEMPERATURA: ___-___°C VÔMITOS: ( ) SIM ( ) NÃO ___ XS E ASPECTO ________ 
ACEITAÇÃO ALIMENTAR: __________________________________________________ 
PAS: _________-__________ mmHg PAD: ______-________ mmHg 
FC: ____________ FR: _______________ PESO: ______________ 
SATURAÇÃO DE O2: ________-____________% ( ) AR AMBIENTE ( ) O2 SUPLEMENTAR 
EVOLUÇÃO/ INTERCORRÊNCIAS: 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
EXAME FÍSICO: 
ESTADO GERAL: _____________________________________________________________ 
HIDRATAÇÃO: _______________________________________________________________ 
CRÂNIO: ___________________________________________________________________ 
OLHOS: ____________________________________________________________________ 
CONDUTA: conforme discutido com Dra (a): _________________________ horário: ______ 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
INTERCORRENCIAS DURANTE O PLANTÃO E EVOLUÇÃO NOTURNA: 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
8 Letícia M. Dutra 
 
 
9 Letícia M. Dutra 
 
 
 
10 Letícia M. Dutra 
 
 
11 Letícia M. Dutra 
ANOTAÇÕES EXTRAS 
IDADE GESTACIONAL PESO AO NASCER ADEQUAÇÃO PESO X IDADE 
GESTACIONAL 
 Prematuro: < 37 s 
(Pré-temo tardio 34 s – 36s 6d) 
 A termo: 37 – 41s e 6d 
 Pós-termo:> 42 s 
 Baixo peso ao nascer: 1.500 – 2.499 g 
 Muito baixo peso ao nascer: 1.000 – 1.499 g 
 Extremo baixo peso ao nascer: < 1.000 g 
 
 Pequeno para IG (PIG): p <10 
 Adequado para IG (AIG): p 10 - 90 
 Grande para IG (GIG): p >90 
 
 
ICTERÍCIA NEONATAL 
Icterícia fisiológica Fatores para icterícia: baixo peso, prematuro, não mamar, incompatibilidade AB-O 
Quando Pensar que 
Não é Fisiológica? 
1ªs 24-36 horas de vida; acúmulo de bilirrubina > 5 mg/dl nas 24h; níveis elevados de bilirrubina; icterícia 
persistente; aumento na bilirrubina direta; presença de outras alterações clínicas. 
Icterícias 
Relacionadas à 
Amamentação 
- Icterícia do aleitamento materno: mais precoce; má alimentação com perda ponderal excessiva e aumento da 
circulação êntero-hepática. 
 
- Icterícia do leite materno: mais tardia (2ª semana de vida). Fator no leite humano que “prolonga” a icterícia 
fisiológica. Se bilirrubina muito elevada, suspender temporariamente a amamentação. 
Icterícia Precoce 
→ Investigar doença hemolítica. 
Anemia hemolítica por incompatibilidade materno-fetal: 
 Incomp. Rh → mãe Rh negativo com Coombs indireto positivo / RN Rh positivo com Coombs direto positivo. 
 Incomp. ABO → mãe O (mais comum) / RN A ou B com Coombs direto positivo ou negativo e esferócitos no 
sangue periférico. 
Icterícia por 
Aumento da BD 
→ Investigar atresia de vias biliares: icterícia, colúria, acolia. RN em BEG. Diagnóstico urgente para realização de 
portoenterostomia (Kasai). 
 
PADRÃO RESPIRATÓRIO 
<2 A Respiração abdominal 
3 A Torácica 
3º ao 7º A Torácica e abdominal 
>7A Semelhante ao adulto 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS SONS PLEUROPULMONARES 
Sons normais 
 Som traqueal 
 Som brônquico 
 Murmúrio vesicular 
 Som broncovesicular 
Sons anormais 
 Descontínuos: estertores finos e 
grossos 
 Contínuos: roncos, sibilos e estridor 
 Sopros 
 Atrito pleural 
Sons vocais 
 Broncofonia, 
 Egofonia 
 Pectorilóquia fônica e 
afônica. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS SONS PLEUROPULMONARES 
SONS RESPIRATÓRIOS NORMAIS 
 SOM TRAQUEAL: audível na região de projeção da traqueia, no pescoço e região esternal. Origina-se da passagem de ar da fenda glótica e 
na própria traqueia. 
Há componente inspiratório – composto por ruído soproso, um pouco rude – e expiratório – ruído forte e prolongado que ocorre após curto 
intervalo silencioso. 
 SOM BRÔNQUICO: som traqueal audível na zona de projeção dos brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades 
do esterno. 
Assemelha-se ao som traqueal, diferenciando-se dele apenas por ter componente expiratório menos intenso. 
 SOM BRONCOVESICULAR: somam-se características do som brônquico com murmúrio vesicular. Desse modo, intensidade e duração da 
inspiração e expiração são de igual magnitude, ambas um pouco mais forte que murmúrio vesicular, mas sem alcançar a intensidade do som 
brônquico. 
Em condições normais, é auscultado na região esternal superior, interescapulovertebral superior e no nível da 3ª e 4ª vértebras dorsais. Em 
outras regiões, indica condensação pulmonar, atelectasia por compressão ou presença de caverna, ou seja, mesmas condições que originam 
som brônquico. Para que surja esse som é necessário que na área lesionada haja alvéolos mais ou menos normais capazes de originar o som 
vesicular. 
 MURMÚRIO VESICULAR: os ruídos respiratórios ouvidos na maior parte do tórax são causados pela turbulência do ar circulante ao chocar-
se contra as saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes, tais como bronquíolos ou alvéolos, ou 
vice-versa. O componente inspiratório é mais intenso, mais duradouro e de tonalidade mais alta em relação ao componente expiratório que, 
por sua vez, é mais fraco, de duração mais curta e tonalidade mais baixa. Não há intervalo silencioso entre inspiração e expiração, como no 
som traqueal. Ao comparar-se o murmúrio vesicular com o som brônquico, nota-se que o murmúrio vesicular é mais fraco e suave. Ausculta-
se o murmúrio vesicular em quase todo o tórax, com exceção nas regiões de sons brônquicos e broncovesicular. Entretanto, é mais forte na 
parte anterossuperior, axilas e regiões infraescapulares. Sofre variações em sua intensidade na dependência da amplitude dos movimentos 
respiratórios e da espessura da parede torácica,sendo mais débil nas pessoas musculosas ou obesas. 
 A diminuição do murmúrio vesicular pode resultar de presença de ar (pneumotórax), líquido (derrame pleural) e tecido sólido na cavidade 
pleural (espessamento pleural); enfisema pulmonar, dor torácica que impeça ou diminua a movimentação torácica, obstrução das vias aéreas 
superiores (espasmo ou edema de glote, obstrução da traqueia), oclusão parcial ou total de brônquios ou bronquíolos. 
Pode haver alteração do murmúrio vesicular chamada prolongamento da fase expiratória, que, em condições normais, é mais curta e suave 
que fase inspiratória. Esse prolongamento aparece na asma brônquica em crise e na DPOC avançada, traduzindo dificuldade de saída de ar. 
Som Local de Ausculta Inspiração Expiração 
Som traqueal Áreas de projeção da traqueia +++ ++++ 
Som brônquico Áreas de projeção dos brônquios principais +++ +++ 
Som broncovesicular Região esternal superior e interescapulo-vertebral superior ++ ++ 
Murmúrio vesicular Periferia dos pulmões +++ ++ 
 
 
12 Letícia M. Dutra 
SONS OU RUÍDOS ANORMAIS 
DESCONTÍNUOS: ESTERTORES são ruídos audíveis na inspiração ou expiração, superpondo-se aos sons respiratórios normais. Podem 
ser crepitantes (finos) ou subcrepitantes (grossos). 
 
 Os ESTERTORES FINOS OU CREPITANTES ocorrem no final da inspiração e têm frequência alta, isto é, são agudos. Curta duração. Não se 
modificam com a tosse. Podem ser comparados ao ruído produzido pelo atrito dos fios de cabelo. Auscultados principalmente nas zonas 
pulmonares influenciadas pela força da gravidade quando originados por congestão pulmonar. Estertores finos são produzidos pela abertura 
sequencial das vias respiratórios anteriormente fechadas, devido à pressão exercida pela presença de líquido ou exsudato no parênquima 
pulmonar – isso explica a presença de estertores finos na pneumonia e congestão pulmonar da IVE – ou por alteração no tecido de suporte 
das paredes brônquicas – doenças intersticiais pulmonares. 
 
 Os ESTERTORES GROSSOS, BOLHOSOS OU SUBCREPITANTES (barulho do fundo do mar/bolhas) têm frequência menor e maior duração 
que os finos. Podem desaparecer com tosse e são audíveis em todo o tórax. São audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração. 
Surgem por causa da abertura e fechamento de vias respiratórias contendo secreção viscosa e espessa, bem como pelo afrouxamento da 
estrutura de suporte das paredes brônquicas. Comuns na bronquite crônica e bronquiectasias. 
Tipos 
Fase do ciclo 
respiratório 
Efeito da 
tosse 
Efeito da posição do paciente Áreas em que predominam 
Estertores 
crepitantes 
Final da inspiração 
Não se 
alteram 
Se causa inflamatória, não se modificam. 
Caso sejam 2ªrios à congestão pulmonar, 
podem aumentar ou reduzirem-se 
Bases se originados por congestão 
pulmonar. Variam se a causa for 
inflamatória (lobos superiores na TB) 
Estertores 
subcrepitantes 
Início da inspiração e 
toda expiração 
Podem 
desaparecer 
Não se modificam Todas as áreas do tórax 
 
CONTÍNUOS: Roncos, sibilos e estridor. 
 Os RONCOS são constituídos por sons graves, portanto de baixa frequência e os SIBILOS por sons agudos (miado de gato), portanto, alta 
frequência. Originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento desses ductos, seja por 
espasmo, edema da parede ou secreção aderida a ela, como ocorre na asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e obstruções localizadas. 
Embora apareçam na inspiração e expiração, predominam nessa. Surgem e desaparecem em curto período. Os sibilos também se originam 
de vibrações das paredes bronquiolares e de seu conteúdo gasoso, aparecendo na inspiração e na expiração. 
Em geral são múltiplos e disseminados por todo o tórax, quando provocados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica, como 
acontece na asma e bronquite. Quando bem localizados, indicam semiobstrução por neoplasia ou CE. 
 
 O ESTRIDOR é um som produzido pela semiobstrução da laringe ou traqueia, o que pode ser provocado por difteria, laringites agudas, CA 
de laringe e estenose de traqueia. Quando a respiração é calma e pouco profunda, sua intensidade é pequena. Entretanto, na hiperpneia, o 
aumento do fluxo de ar intensifica esse som. 
 SOPROS: em certas regiões torácicas (C7 no dorso, traqueia e região interescapular), percebe-se sopro brando, mais longo na expiração que 
inspiração. Nesses casos é normal. Porém, quando o pulmão perde sua textura normal, como na pneumonias bacterianas, grandes cavernas 
e pneumotórax hipertensivo ocorrem, respectivamente sopro tubário, cavitário e anfórico. 
 ATRITO PLEURAL: em condições normais, os folhetos parietal e visceral deslizam um sobre o outro, durante movimentos respiratórios, sem 
produzir qualquer ruído. Na pleurite, estão recobertas de exsudato e produzem ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, com 
frequência comparado ao ranger de couro atritado. 
SONS VOCAIS (AUSCULTA DA VOZ) 
Para terminar o EF, ausculta-se a voz nitidamente pronunciada e a voz cochichada. Para isso, o paciente pronúncia “33” enquanto faz a 
ausculta comparando regiões homólogas, semelhante ao exame de FTV. 
 
Os sons produzidos pela voz e ouvidos na parede torácica são ressonância vocal. Normalmente, são sons incompreensíveis, isto é, não 
distinguem sílabas que formam as palavras. Porque o parênquima pulmonar normal absorve muitos componentes sonoros. Porém, quando 
está consolidado (pneumonia, infarto pulmonar) a transmissão é facilitada. A ressonância vocal é mais intensa nas regiões onde se ausculta 
respiração broncovesicular. Costuma ser mais forte em homens do que em mulheres e crianças. 
 
O aumento da ressonância é chamado BRONCOFONIA e ocorre quando há condensação pulmonar – RI, neoplasia ou peri-cavitária. Na 
atelectasia, espessamento pleural e nos derrames, ocorre diminuição da ressonância vocal. 
 
Os resultados coincidem com a manobra do FTV, porque as vibrações são facilmente percebidas no tórax pelo tato (FTV) e orelha (ausculta). 
Por isso, a ausculta da voz é pouco usada. 
 
 Quando se ouve com nitidez a voz falada, chama-se PECTORILÓQUIA FÔNICA. 
 Com a voz cochichada, PECTORILÓQUIA AFÔNICA. 
 BRONCOFONIA é quando se ausculta a voz sem nitidez. 
 EGOFONIA é forma especial de broncofonia, broncofonia de qualidade nasalada e metálica, comparada ao balido de cabra. Aparece na 
parte superior dos derrames pleurais e nas condensações pulmonares. 
Na ausculta da voz, a ressonância vocal pode estar aumentada, diminuída ou normal. 
 
 
 
 
 
 
13 Letícia M. Dutra 
SIBILO (Causas de obstrução de saída de ar) 
o Internas: Muco, edema, musculatura (broncoconstricção), inflamação, corpo estranho 
o Externas: tumor, gânglio de TB, linfonodo 
Linha do tempo da SIBILÂNCIA 
< 2 A 3 – 5 anos >5 A 
 1ª crise de sibilo: Bronquiolite (VSR) 
 
 2ª – 3ª crise de sibilo: Lactente sibilante 
- Após 3 m pode usar broncodilatador (teste 
terapêutico) e já tem receptor. 
- acalmar a mãe 
Medicações: 
Broncodilatador: Salbutamol (aerolin®) 
Corticoide: Solumedrol (EV) 
 
Alta: Salbutamol + Predinisolona (VO) 
- Medicamento contínuo para melhorar a 
crise  Corticoide inalatório: Beclometasona 
(Clenil®) – Atua em VA alta e pulmão, menos 
efeitos colaterais sistêmicos 
 Crises de sibilo: Pré-escolar 
sibilante 
 
- Pré-escolar sibilante 
Recorrente: 
Se chia > 3 vezes ao mês: 
Beclometasona (Clenil®) 
 
- Pré-escolar sibilante 
Intermitente: só chia no 
inverno (só fazer Aerolin se 
crise) 
 > 3 crises de sibilo: ASMA 
 
ÍNDICE PREDITIVO DE ASMA – IPA 
Crianças de risco: > 2 – 3 A, > 4 episódios de sibilância 
no último ano (pelo menos 1 episódio diagnosticado 
por médico) + 
1 critério maior OU 2 critérios menores 
 Pais com ASMA 
 Dermatite atópica 
(MD) 
 Sensibilização 
para aeroalérgenos 
 Eosinofilia periférica (>4%) 
 Sibilância sem IVAS 
 Sensibilização para 
alérgenos alimentares 
 Rinite alérgica 
 
 
 Tempo para indicaçãode Lavagem: 5 a 7 dias sem evacuar 
 Aleitamento exclusivo: pode ficar até 10 dias sem evacuar 
 Aleitamento mixto: pode ficar até 5 dias sem evacuar 
 1º se faz Rx ou USG para confirmar se não é cirugico 
 Lavagem com glicerina ou soro 
 Se fecaloma pétreo = cirurgico 
 RN se faz estimulo anal: cotonete, glicerina, xilocaína (Não utiliza óleo mineral pelo risco de bronco-aspiração, o corpo não 
reabsorve, e não é possível retirar = Bronquite  pneumonia) 
 Indicar água, dieta laxativa 
 
Raio X 
RX para visualizar ♥ e pulmão: PA (póstero-anterior) e perfil 
 PA: pct de frente para a placa, o raio entra pelas costas e 
sai pela frente. (Quanto mais perto da placa, melhor fica a 
imagem (igual a sombra)) 
 
 AP (antero-posterior) 
- Na criança geralmente fazem AP (com a criança deitada na 
placa de barriga para cima – facilita a execução do exame) 
 - Como identificar que é AP? No Rx AP a COLUNA é 
visualizada; pois o pct encostou a vétebra na maca/placa. 
 
 
Como descrever o RX? 
1º qual parte do corpo (Tórax, abdômen) 
2º incidência 
3º avaliar de fora para dentro: tecido adiposo  parte óssea 
(fratura, vertebras coladas)  contar espaços intercostais. 
- Obs.: geralmente o RX está “rodado” pq a criança não para 
quieta. 
4º Avaliar: Seio cardio-frênico e seio costo-frênico 
 Livre 
 Borrado: sinal indireto de derrame ( fazer USG) 
5º Medir o ♥ 
 Adulto 1/3 do lado direito e 2/3 do lado esquerdo 
 Criança: traçar uma linha imaginária entre o maior 
diametro do ♥ e esse tamanho tem que caber 
dentro de um hemitórax. 
 
 
 
 
 
 
 
14 Letícia M. Dutra 
Analise dos RX 
 RX de tórax 
 AP (vizualisação da coluna) 
 Presença de tecido adiposo, 8 espaços intercostais 
 Seio cardio-frênico e seio costo-frênico livres 
 Tamanho do ♥ normal 
 
- Pct que engoliu moeda: 
 Se moeda até estomago = internação + endoscopia (pq a 
passagem do estomago  intestino é pequena, com chance de 
ficar parada no locar e fazer abdome agudo 
 Se passou o intestino = vai sair nas fezes, pode ir para casa, e 
orientar a mãe a usar um coador de café durante as evacuações 
para encontar a moeda, se não encontrar em 2 dias  voltar 
para fazer RX. 
 
 Rx de abdome, onde é possível 
vizualiar que a moeda “virada” 
 
 Se pilha ou bateria: sempre 
TIRAR!!! 
- Se até o estomago: EDA 
- Se depois do estomago: laparo 
 Rx de tórax, incidência AP, 8 
espaços intercostais, sem fraturas, 
TA, ♥ de tamanho normal 
 Imagem opacificada (branca) em 
ápice D do pulmão 
- Broncoaspiração (se for por 
comida, só é visualizada no Rx 
após 6 hs – devido o processo 
inflamatório) 
- Pneumonia aspirativa 
 Rx de tórax, AP, 8 EI, seio cardio e costo frênico sem alterações 
 Imagem que está opacificada é o TIMO. (sinal da vela) 
 
 RX de tórax, AP, 8 EI, ♥ tamanho normal 
- Atelectasia em apice D (“V”) (obstrução por muco ou corpo 
estranho) – complicação comum na Bronquiolite. 
- Retificação de arcos costais (Bronquiolite) – pq o ar entra, mas 
a saida é prejudicada, e ao acumular ar, a caixa torácica vai 
“abrindo” – hiperinsuflação 
 
 A incidência PERFIL auxilia a fechar o diagnóstico 
 AP: retificação de arcocostal, ♥ borrado 
 PERFIL: ATELECTASIA (TTO: fluidificante e fisioterapia para 
“tirar o catarro”) 
- Também é possível identificado que o pct “chia” e está mal 
tratado evidenciado pelo espaço/AR entre ESTERNO E ♥. 
 
- PAC (tosse + febre, com ou sem dispneia), estertor (fino) 
Obs.: Broncopneumonia (alastrada) X Pneumonia (focada) 
 RX: Broncopneumonia atípico - micoplasma (difusa e 
bilateral); apresenta muitas bolinhas pretas  (processo de 
inflamação com ar) 
- TTO: claritromicina 
 
 Broncopneumonia atípica (avançada) 
- Coração perde as margens (coração felpudo) 
 
 
 
15 Letícia M. Dutra 
HEMOGRAMA EM PEDIATRIA
 
HEMATÓCRITO (Ht) 
 
 
 35 a 40% de sangue total 
- Na desidratação: hematócrito está  
 Após a hidratação o hematócrito estará  devido ao 
aumento do plasma (Ht diluído) 
HEMOGLOBINA (Hb) 
Valor de normalidade depende da idade da criança: 
 RN: Hb 15,0 – 16 g/dL 
 < 3 m o BB tem uma anemia fisiológica (pq antes a mãe estava 
“passando Fe para ele” – período até iniciar a sua própria podução 
de Hb) Hb 7 – 8 g/dL 
 > 3m: Hb > 11 g/dL 
 Suplementação de Fe: 3m até 2ª 
 Por esse motivo a suplementação de Fe é feita após os 3 m 
(1mg/kg/dia), mas no BB prematuro a introdução de Fe é feita a 
partir do 1º mês a depender do peso e semana gestacional ao 
nascer. 
 
# Doença hipertensiva específica da gestação, tabagismo ou anormalidades 
vasculares. 
*Má nutrição materna (anemia, desnutrição, obesidade, baixo consumo de 
alimentos-fonte de ferro). 
** Na ausência de informação precisa, o clampeamento precoce e a 
necessidade de atendimento imediato podem ser consideradas se Apgar 1 
min ≤ 5. 
*** Perda sanguínea materna (sangramento uterino disfuncional ou perda 
sanguínea secundária a doenças); 
SH: Síndrome Hemorrágica; DPP: Descolamento Prematuro de Placenta; CU: 
Cordão Umbilical. 
Quadro 1. Recomendação de suplementação medicamentosa 
profilática de ferro em lactentes SEM fator de risco. 
Situação Recomendação 
RN a termo, peso adequado para a 
idade gestacional, em aleitamento 
materno exclusivo até o 6º mês 
1 mg de ferro elementar/kg/dia, 
iniciando aos 180 dias de vida até 
o 24º mês de vida 
 
Quadro 2. Recomendação de suplementação medicamentosa profilática de ferro 
em lactentes COM fator de risco 
Situação Recomendação 
RN a termo, peso adequado para 
a idade gestacional, em 
aleitamento materno exclusivo 
até o 6º mês 
1 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando 
aos 90 dias de vida até o 24º mês de vida 
 
RN a termo, peso adequado para 
a idade gestacional, 
independentemente do tipo de 
alimentação 
1 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando 
aos 90 dias de vida até o 24º mês de vida 
RN a termo com peso inferior a 
2.500 g. 
2 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando 
com 30 dias de vida, durante um ano. Após 
este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano 
RN prematuros com peso 
superior a 1.500 g 
2 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando 
com 30 dias de vida, durante um ano. Após 
este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano 
RN prematuros com peso entre 
1.500 e 1.000 g 
3 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando 
com 30 dias de vida, durante um ano. Após 
este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano 
RN prematuros com peso inferior 
a 1.000 g 
4 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando 
com 30 dias de vida, durante um ano. Após 
este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano 
RN prematuros que receberam 
mais de 100 mL de concentrado 
de hemácias durante a internação 
Devem ser avaliados individualmente pois 
podem não necessitar de suplementação de 
ferro com 30 dias de vida, mas sim 
posteriormente 
 
RDW 
O RDW é particularmente útil no diagnóstico diferencial das 
anemias por deficiência na síntese da hemoglobina. 
- ex.: anemia + RDW  + cor morena = anemia falciforme 
LEUCOGRAMA 
Sempre ver o valor numérico total, na criança: 5 – 15 mil/mm³ 
- Sempre falar qual é o predomínio celular! 
 NEUTRÓFILOS/ segmentados ( bacteriana) 
 BASÓFILOS 
- Bastões: 0 (sempre zero!!!) 
- Metamielócito 
- Mielócito 
 MONÓCITO 
 EOSINÓFILOS: ( alergia ou parasitose) 
 LINFÓCITOS ( viral) 
 
 Ausência de clínica infecciosa na criança, porém com a presença 
de mielócito no sangue  pensar em LEUCEMIA. 
 Na doença viral os Linfócitos estarão aumentados, mas não pode 
ter monócitos e nem linfócitos atípicos. 
 Linfócitos atípicos: Rotavírus, Covid (60% de atipia), 
Mononucleose, Bordatella Pertusis (coqueluche), TB. 
PLAQUETOGRAMA 
- Valor de normalidade: 150.000 a 450.000/mm³. 
Dengue:  plaquetas (plaquetopenia) 
 < 50 mil = internação 
 50 – 150 mil = avaliar a presença de sinal de sangramento e dor 
abdominal (se presente = internação) 
. 
 
16 Letícia M. Dutra 
PRESCRIÇÃO HOSPITALAR E RECEITUÁRIO MÉDICO 
Estrutura geral da PRESCRIÇÃO MÉDICA 
A- Segurançado paciente (identificação incluindo nome e 
registro na Instituição ou documento, data e hora em que a 
prescrição foi feita) 
B- Esquema terapeutico/ Hieraquia a ser seguida: DEVO: Dieta, 
Endovenoso, Via Oral, Outras vias e cuidados 
DIETA 
Via de 
administação 
Enteral: associada ou não ao uso de sonda 
nasogástrica ou nasoentérica) 
Parenteral (EV) 
Apresentação Líquida, branda, pastosa ou geral 
Composição 
Em situações de: diabéticos, hipertensos, ou 
intolerância à lactose 
Fracionamento 
nº de refeições apresentadas, como por 
exemplo, a ênfase no lanche noturno em 
diabéticos 
 
DDVI - detalhar a posologia da medicação 
Droga Dose Via de administração Intervalo 
 
C- Segurança do profissional (assinatura e identificação do 
médico responsável) 
 
1- Dieta (Dieta laxativa, dieta para diabético, jejum) 
2- Soro (de manutenção para reposição) 
3- Medicações EV (antibiótico, corticoide, sintomáticos) 
4- Medicações IM, VO, inalatório, retal 
 
Características a serem observadas para cada item da prescrição 
DROGA 
Nome do medicamento: 
• É preferível prescrever o nome genérico da medicação. 
• Cuidado com nomes parecidos ao prescrever no computador. 
Apresentação: 
• Descrever qual a unidade da medicação prescrita e quanto há do 
medicamento nessa unidade. 
Ex: uma ampola de cloreto de sódio 20% - 10 ml por ampola ou 
enalapril 10mg/comprimido. 
DOSE 
Quantidade: 
• Determinar a quantidade a ser administrada do medicamento. 
Ex: 1 comprimido (10 mg) de enalapril de 12 em 12 horas. 
VIA DE ADMINISTRAÇÃO 
Via de administração: 
• Especificar a via de administração – endovenosa, por via oral, 
subcutânea, aerossol, etc. 
Cuidados especiais na administração: 
• Especificar cuidados que possam interferir com o efeito da 
medicação, como por ex. a velocidade na aplicação de adenosina 
endovenosa em taquicardias supraventriculares. 
• Evitar misturas de substâncias em soros que precipitem quando 
interagem entre si. 
INTERVALO 
Intervalo entre as doses 
• Determinar o intervalo entre as doses dos medicamentos. É 
importante conhecer se há horários padronizados de aplicação de 
medicação pela equipe de enfermagem para facilitar o trabalho. 
• Tome cuidado ao prescrever várias medicações para que elas 
sejam aplicadas conjuntamente se possível. Por exemplo, se 
prescrever duas medicações, uma com intervalo de 8/8horas e outra 
com intervalos de 12/12 horas, veja se é possível conciliar pelo 
menos um dos horários (dar os dois medicamentos no primeiro 
horário da manhã) para facilitar o trabalho. Isso não terá impacto 
apenas no trabalho da enfermagem, mas também na aderência do 
paciente após a alta hospitalar. 
Quando iniciar a primeira dose 
• As instituições têm diferentes horários para quando a Prescrição 
começa a valer. Por exemplo, para medicações feitas no período da 
manhã, as instituições estabelecem que a Prescrição começará a 
valer a partir das 16h00, por exemplo. Se houver necessidade de se 
aplicar algum medicamento de imediato, isso deve ser explicitado, 
para que a medicação seja providenciada antes do horário de 
validade da Prescrição. 
Doses com intervalos maiores do que um dia 
• O exemplo clássico é a correção de antibióticos para a função 
renal. Isso ocasiona que medicamentos como a vancomicina sejam 
administrados a cada 3 dias, por exemplo. Para não se esquecer de 
prescrever esses medicamentos, o médico inclui esse item todos os 
dias na Prescrição. Isso induz ao erro, mesmo que faça a observação 
de que a medicação só deve ser aplicada a cada 3 dias. 
Prescrição hospitalar 
1º identificação do pct (nome, IDADE, dia de internação, 
data e hora vigente da prescrição) 
2º PESO (> 40 Kg = dose de adulto) 
Prescrição: 
1º  DIETA: 
 Jejum (tempo/objetivo – para procedimento), 
 Pausa alimentar (pós-operatório, admitido com 
vômito, desconforto respiratório), dieta quando bem 
acordado. 
 DGI - Dieta geral para idade 
 Dieta para patologia ou dieta de uso habitual (liquida, 
pastosa) 
 Amamentação/ Leite materno 
 Fórmula infantil: volume e intervalo 
Ex.: Formula infantil de partida (até 6m) 60 ml – 3 em 
3 horas via oral 
 
2º  HIDRATAÇÃO endovenosa: (ml) 
 Soro de manutenção (Componentes, apresentação, 
infusão e intervalos): suprir a oferta hídrica e 
eletrolítica necessária em 24 horas 
- Ex; Soro glicosado 5%, NaCl 20%, KCl 19,1% 
- Ex. SORO - 500 ml [EV] 8 em 8 horas 
 Soro de expansão: Aporte volêmica (expandir): etapa 
única (correr em 30 min, aberto): RL, SF 
 OH (oferta hídrica) todo o volume que o paciente vai receber 
Ex. OH de X ml nas 24 horas 
 
 
17 Letícia M. Dutra 
3º  MEDICAÇÃO: (mg/Kg/dia) 
NOME APRESENTAÇÃO 
([ ] da solução) 
DOSE 
(mg/Kg/dia) 
VIA INTERVALO 
 
NOME APRESENTAÇÃO DOSE (mg/Kg/dia) VIA INTERVALO 
Predinisolona EV e VO 
Exemplo VO: sibilância 
ou asma 
VO: 3 mg/ml 
Dose asma: 1 
mg/kg – 12 em 12 
horas 
Se 10 kg: receber 
10 mg  5 mg de 
12 em 12 horas 
 
 
Ordem: 
1- EV 
2- Inalatórias 
3- IM 
4- VO 
5- Retal 
Dentro das EV: 1ª ATB  via – horário – data que foi iniciado 
 D0: não completou as primeiras 24 horas 
 D1: quando a medicação completou as primeiras 24 horas 
Dentro das inalatórias: dispositivo inalatório (nº de puff e 
intervalo) 
 (PUFF – Salbutamol 4 puffs de 4 em 4 horas) 
Salbutamol 100 mg/puff 
- Até 5 anos prescreve com espaçador e máscara para 
evitar a perda da medicação 
- 1 Puff a cada 3 kg 
Dentro das VO: depende da condição/patologia do pct 
4º  CUIDADOS ESPECÍFICOS para a patologia/ 
PROCEDIMENTOS: 
 Ex. limpeza da ferida inalatória 
 Cuidados com dreno, cateter, sonda 
 OXIGENOTERAPIA: 
 Tipo de dispositivo: cateter nasal, máscara de 
Venturi, cânula 
 Quantidade de litros 
 GLICEMIA CAPILAR 
 Controle de sinais vitais (padrão 6 em 6 horas) 
 Controle de PA, restrição no leito, repouso absoluto, 
decúbito elevado, fisioterapia 
5º  CCG: CUIDADOS CLÍNICOS GERAIS 
 Banho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECEITUÁRIO 
- IDENTIFICAÇÃO 
- Via 
- Uso interno ou externo 
- “Dar por boca” 
1) Amoxacilina (250 mg/5 ml) ______________ nº de frascos 
Dar 3,5 ml por boca de 8 em 8 horas por 7 dias 
Regra de 3: 
250 𝑚𝑔
𝑋 𝑚𝑔
 × 
5 𝑚𝑙
1 𝑚𝑙
  𝑥 =
250 𝑚𝑔
5 𝑚𝑙
= 50 𝑚𝑔 
Resposta: 1 ml = 50 mg 
 Apresentação da Amoxacilina: 250 mg/5 ml 
 Dose convencional da Amoxacilina: 50 mg/kg/dia 
 Posologia 8/8 horas ( = 3 vezes ao dia) 
- Se 10 kg  50 mg x 10 Kg = 500 mg/dia 
-Calcular posologia por dose = 
500 𝑚𝑔
3
= 166 𝑚𝑔 
Regra de 3: 
250 𝑚𝑔
166 𝑚𝑔
 × 
5 𝑚𝑙
𝑋 𝑚𝑙
 
 
 𝑥 =
5 𝑚𝑙 ×166 𝑚𝑔
250 𝑚𝑙
=
830
250 𝑚𝑙
= 3,32 𝑚𝑙 
 
Resposta: 166 mg = 3,32 ml  arredondar para 3,5 ml 
Outra opção: 
𝑑𝑜𝑠𝑒 ×𝑝𝑒𝑠𝑜 ×𝑚𝑙
𝑚𝑔
=
𝑥 𝑚𝑙/𝑑𝑖𝑎
𝑛𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑚𝑎𝑑𝑎𝑠/𝑑𝑖𝑎
 
50 ×10 ×5
250
 = 10 mg/dia ÷ 3 = 3,3 𝑚𝑔 𝑎 𝑐𝑎𝑑𝑎 8 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 
 
 
 
Como saber se a dose está correta? 
Ex.: Oxacilina (500 mg/ml) 1.700 mg (EV) 6 em 6 horas 
Apresentação: 500 mg/ml 
Peso: 33 kg 
Dose: Crianças: 100 a 200 mg/kg/dia, de 6/6 h dose 
máxima: 12 g/dia. 
1- 1.700 mg x 4 = 6.800 mg/dia 
2- 6.800 mg/dia ÷ PESO (33 kg) = 206 mg/kg/dia 
 
 
 
 
 
 
.
 
 
18 Letícia M. Dutra 
FEBRE 
Febre: contato com pirógenos, quadros alérgicos e 
inflamatórios, processos tumorais  entram em 
contato por via hematogênica  atingem o centro 
termorregulador (hipotálamo), que produz PGL =  
a T ° 
Obs.: se a T° com um banho fresco, não é febre! 
Hipotermia < 35° Febre 37,8° a 39,5° 
Normal 36° a 37,5° 
Febre alta 39,5° a 
41° 
Hipertermia > 41° 
 
Lembrar: Variações de Tº durante o dia, o lactente 
chega a variar 1°C durante o dia. 
Condições fisiológica de  de T°: atividade física, 
stress, roupa, final do dia, banho, alimentação. 
  de T° por: radiação, evaporação, contato 
Clínica: prostração, irritação, choro, gemente, ↑ 
FC, ↑ FR, hiperemia (ouvido, garganta). 
 O ideal é não examinar o pct em vigênciade febre, 
devido as alterações, por isso 1º  a T° para depois 
poder examinar 
Se quadro infeccioso: Hiperemia  bacteremia 
(pálido)  rendilhado  sepse 
 
TTO  antitérmico 
Dipirona 
10 – 15 
mg/Kg/dose 
Novalgina ® 
- 1 ml = 20 gotas 
Dose EV: 0,05 ml (Máx. 
2ml/dose) 
Dipirona liquida: 1 gota/kg 
Dipirona solução/xarope: 
𝑝𝑒𝑠𝑜
3
 
Ex.: 
18 𝑘𝑔
3
= 6 𝑚𝑙 
Ibuprofeno 
5 mg/Kg/dose 
 
Apresentação em gotas: 
 50 mg: (2 gotas/kg) 
 100 mg (Alivium ®): 1 
gota/kg 
 200 mg: ½ gota/Kg 
Paracetamol 
10 – 15 
mg/Kg/dose 
 
1 gota/kg 
Xarope: 
𝑝𝑒𝑠𝑜
3
 Ex.: 
18 𝑘𝑔
3
=
6 𝑚𝑙 
 Quando medicar?  com 38°C 
 As drogas começam a fazer efeito a partir de 40 
min 
 Banho fresco “ajuda” 
 Uso de álcool está contra-indicado, pode ser 
feita a compressa de álcool sob supervisão 
Tempo entre as drogas: 
 Drogas iguais: tempo de 6 horas 
 Drogas diferentes: ideal 3 horas (intervalo 
min. 2 horas) 
FOI – FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA 
 Febre > 7 dias com exame físico 0 e história 0 
Febre inexplicável que persiste por > 1 semana em 
uma criança justifica investigações preliminares, pois 
a febre de infecções virais geralmente desaparece 
dentro desse período de tempo. Portanto, as séries de 
casos mais recentes de FOI pediátrica requerem 
persistência da febre por apenas 1 ou 2 semanas com 
investigações preliminares negativas, e as 
investigações necessárias variaram de acordo com o 
estudo. 
 
Etiologia 
- Bacteriana: Bartonella, brucelose, febre tifóide, 
tuberculose, infecções por riquetsias (são parasitas de 
artrópodes como piolhos, pulgas e carrapatos) e 
abscessos 
- Etiologias virais: EBV. Ao analisar síndromes 
infecciosas, a pneumonia era muito mais comum em 
países em desenvolvimento, presumivelmente 
porque o diagnóstico pode ser atrasado devido ao 
acesso precário à oximetria ou à radiografia de tórax. 
 
Um estudo recente da Grécia demonstrou que 
mais de 85% dos adultos com FOI tinham 
infecção se tivessem 2 dos seguintes: 
ferritina 
sérica 
Eosinófilos Ptn C reativa 
<500 ug/L < 40/mm >60 mg/L 
Na Ped a FOI, possui um diagnóstico diferencial 
extenso. 
 
Diagnóstico: hemograma completo, Hemocultura, 
urina, Rx tórax, sorologia para EBV, teste cutâneo 
para TB. Outras investigações para íons de infecção, 
como a leishmaniose, devem ser consideradas em 
regiões endêmicas. Outros testes sugeridos para a 
avaliação inicial incluem, eletroforese de proteínas 
séricas, exame de esfregaço de sangue, velocidade de 
hemossedimentação, fator reumatoide, anticorpos 
antinucleares e anticorpos antirreptolis em O seguido 
de exame de medula óssea se nenhum diagnóstico 
tiver sido feito, também pode ser realizado perfil 
metabólico abrangente, incluindo ácido úrico e 
lactato desidrogenase e imunoglobulinas séricas. 
 
Dada a grande variedade de possíveis etiologias, 
antibióticos empíricos devem ser evitado a menos 
que haja um alto índice de suspeita de um infeção 
bacteriana grave não tratada. 
FSSL - FEBRE SEM SINAIS LOCALIZATÓRIOS 
 Febre de até 7 dias com exame físico 0 e história 0 
A FSSL é a febre com duração menor que uma semana, sem outros sinais ao exame 
físico. Esta condição se constitui em um dilema clínico, especialmente em <3 anos, 
pelo maior risco de infecção bacteriana grave (bacteremia oculta). A infecção 
bacteriana grave é aquela que acarreta em risco de morbidade ou mortalidade 
caso ocorra atraso no seu diagnóstico. Inclui quadros como: infecção urinária, 
pneumonia, bacteremia oculta e meningite. 
 Sinais de alerta da febre 
 Criança < 2 meses (se febre = 
internação (min 7 dias) – sem 
vacinação, devido ao sistema imune 
em formação  risco de 
bacteremia oculta) 
- Questionar a mãe da febre, 
confirmada? É febre mesmo? se 
medicou? 
- Exames: Hemograma, PCR, urina, 
Rx de tórax, hemocultura, líquor; 
- Iniciar ATB (amplo espectro que 
atravessa a BHE) mesmo antes do 
resultado 
 < 1m: ampicilina 
 > 1m: ceftriaxona (dose: 100 
mg/kg/dia) 
- Se Hemocultura +, TTO conforme o 
agente 
- Se Hemocultura –, manter 
internação com Ceftriaxona pelo 
menos 7 dias 
 
 3m até 3 A: avaliar o passado – 
pré-natal complicado e/ou 
prematura e/ou internação ao 
nascer e/ou doença crônica e/ou 
não imunizado 
 Se não tem passado  
voltar em 48 horas 
 Com passado ou febre > 39° 
solicitar exames: 
- Hemograma: se viral ou 
bacteriana e a condição 
dessa doença 
- Urina: principal causa de 
infecção (ITU) é a infecção 
bacteriana mais comum nas 
crianças com FSSL, 
principalmente nas 
meninas, foi a IBG mais 
encontrada. 
 
Ex. amigadalite faz febre alta 
 Se a febre continuar (após 7 dias) pedir sorologia: Citomegalovirus, mononucleose, ... se 
após 12 dias de febre e: sorologias negativas, exame 0, história 0, hemograma e urina normal 
 pensar em: leucemia e linfoma (solicitar mielograma) 
 
Crianças com FSSL de 3 a 36 meses de idade que não têm IU e que não 
receberam vacinas conjugadas para pneumococo, ou que possuem 
imunização incompleta (2 doses ou menos), devem seguir a seguinte 
orientação: 
 Coleta de hemograma nas crianças com temperatura > 39 ºC com 
introdução de antibioticoterapia empírica quando o nº total de leucócitos 
for > 15.000/mm3 e radiografia torácica quando o número de leucócitos 
for > 20.000/mm3. 
 
 
19 Letícia M. Dutra 
RN ou < 30 dias Em Lactentes de 1 – 3 m 3 m a 3 A 
● Etiologia: bactérias: Streptococcus agalactiae (grupo 
B), E. coli, Listeria monocytogenes; 
vírus: herpes simples, enterovírus. 
 
● O risco de um neonato clinicamente bem e com febre 
ter uma bacteremia é de 7%. 
 
● Caso suspeite-se de que a temperatura corporal esteja 
elevada pelo excesso de roupas ou por aquecimento do 
ambiente, recomenda-se que o neonato seja 
descoberto, medindo-se a T° após 30 minutos. Uma vez 
confirmada a febre, o neonato, em função da 
imaturidade do seu sistema imune e inespecificidade dos 
sinais clínicos nesta faixa etária, a conduta é: 
 
 Internação em unidade hospitalar; 
 
 Realização de exames complementares: hemograma, 
hemocultura, urinocultura e avaliação do liquor (glicose, 
proteínas, células, coloração pelo Gram, cultura para 
bactérias, PCR para herpes simples e enterovírus). 
Cultura de fezes e radiografia de tórax podem 
complementar a investigação; 
 
 Início de antibioticoterapia empírica: ampicilina + 
gentamicina ou ampicilina + cefotaxima. 
 
Acrescentar aciclovir ao esquema se houver história de 
herpes genital na mãe, se o lactente apresentar 
pleocitose no liquor, crises convulsivas, hipotensão ou 
elevação das transaminases. 
● Etiologia: nesta faixa etária a grande maioria das infecções são 
virais. Dentre as bactérias, as mais frequentes são: Escherichia coli 
(principal), seguida do Streptococcus agalactiae (grupo B) e 
Staphylococcus aureus. 
Outros agentes incluem: Listerina monocytogenes, Salmonella 
enteritidis, Neisseria meningitidis, S. pneumoniae e H. influenzae. 
 
● Síndromes clínicas: a principal infecção bacteriana deste período é 
a pielonefrite (principalmente provocada por E. coli), mais prevalente 
em meninos não circuncidados e naqueles lactentes com anomalias 
do trato urinário. Outras localizações incluem: otite média, 
pneumonia, onfalite, mastite, e infecções de pele/subcutâneo. 
 
● Conduta: 
  Se o lactente não tem o aspecto comprometido, deve ter seu risco 
de infecção bacteriana grave determinado: o risco pode ser baixo ou 
alto. 
 As crianças de baixo risco são apenas acompanhadas 
diariamente, 
 As de alto risco devem ser hospitalizadas, realizar culturas 
de sangue e liquor e receber antibioticoterapia empírica. 
Esta estratificação pode ser feita com base em diversos critérios, 
sendo um deles o critério de Rochester. Este critério considera que a 
criança de baixo risco tem as seguintes características: 
Critérios de Rochester para avaliação de risco de infecção bacteriana em 
lactentes jovens febris 
Critérios de baixo risco para infecção bacteriana grave 
Critérios clínicos Critérios laboratoriaisPreviamente saudável Contagem de leucócitos entre 5.000 e 
15.000/mm³ 
Nascido a termo sem 
complicações durante 
hospitalização no berçário 
Contagem absoluta de neutrófilos jovens < 
1.500/mm³ 
Sem aparência tóxica e sem 
evidência de infecção bacteriana 
ao exame físico 
Microscopia sedimento urinário com 
contagem < 10 leucócitos/campo 
Sem doença crônica Microscopia de fezes com contagem < 5 
leucócitos/campo nas crianças com diarreia 
 
● Etiologia: nesta faixa etária a grande maioria das 
infecções são virais. As bactérias mais comuns desta faixa 
etária são: S. pneumoniae, N. meningitidis e Salmonella. 
 
● Fatores de risco para bacteremia oculta: temperatura 
≥ 39ºC, leucometria ≥ 15.000 céls/mm³, neutrofilia, 
bastonemia (aumento de bastões), elevação da proteína 
C-reativa e da velocidade de hemossedimentação. 
 
● Conduta: 
 Se “tóxica”: internação + exames 
 
 Temperatura entre 38ºC e 39ºC e bom estado geral: 
 Não colher exames complementares nem iniciar 
antibióticos empíricos, pois provavelmente se trata de 
infecção viral benigna; 
 Garantir aos pais a observação domiciliar e retornar se 
T° > 39ºC ou aparecerem sinais de piora. 
 
T° > 39ºC e bom estado geral: Avaliar a caderneta de 
imunizações; 
❯ Se recebeu vacinas contra pneumococo e hemófilos: 
colher urina (nitrito, esterase, EAS e cultura) para todas 
as meninas, meninos < 6 meses, meninos não 
circuncidados e crianças com ITU de repetição 
❯ Se não recebeu vacinas contra pneumococo e 
hemófilos, e tem uma leucometria > 15.000 céls/mm³: 
iniciar antibiótico empírico. 
 
● É importante salientar que há mais de uma 
possibilidade de acompanhamento, especialmente nas 
crianças com >3m. 
. 
 
 
 
 
 
20 Letícia M. Dutra 
SÍNDROME NEFRÍTICA SÍNDROME NEFRÓTICA 
Está intimamente relacionada com a glomerulonefrite pós estreptocócica. 
 o AC que combate o estreptococo acaba formando imunocomplexos, os quais grudam na 
membrana basal e a alteram. Desta forma, o corpo passa a atacar a membrana basal com 
produção de C3 (complemento) e com infiltração de agentes imunológicos e interleucinas. 
- A inflamação do néfron, então, permite a passagem de sangue acarretando na hematúria. 
 
Características 
 Hematúria glomerular (cilindros hemáticos e dismorfismo) 
 HAS por hipervolemia 
 Edema (não gravitacional e não tão evidente) 
  de C3 
 Ramps (depósito de imunocomplexo na membrana basal) 
 
Quadro clínico 
 Início abrupto dos sintomas inespecíficos 
 + comum em crianças > 3 anos 
 Hematúria (muitas vezes macroscópica) 
 Edema 
 
Diagnóstico 
 Clínico e laboratorial: 
 Confirmação de infecção estreptocócica (Strep Test, cultura...) 
 Descartar outras etiologias (Lúpus, hepatites virais e HIV) 
 Exames gerais: uréia, creat, hemograma, eletrólitos 
 Indicações de biópsia: 
> 3 dias de aligoanúria 
 > 4 sem de HAS, Hematúria, Proteinúria ou Azotemia 
 >8 sem de queda do C3 
*Na maior parte das vezes, A glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica aguda 
(GNPE) resulta numa biópsia com glomerulonefrite difusa aguda (por neutrófilos, se fosse 
por linfócitos, seria crônica). 
Tratamento 
 Repouso, restrição hídrica, dieta hipossódica 
 Diurético 
 Não faz captopril 
Acontece por conta de uma fusão dos podócitos e, então, ocorre a passagem de Albumina, 
ApoB, ATIII e IgG pela perda da capacidade de filtração renal . 
 2 – 7 A 
 
Características 
● Proteinúria nefrótica importante (50mg/kg/dia) 
● Hipoalbuminemia (<2,5mg/dL) 
● Passagem de líquido para o 3º espaço: edema gravitacional é mais pronunciado 
● Hiperlipidemia 
 
*Urina de amostra isolada: Proteinúria/Creatinúria > a 2,0. 
 
Quadro Clínico 
● Início insidioso 
● Urina espumosa 
● edema gravitacional 
● ganho ponderal (por edema ou ascite) 
● A criança pode apresentar-se no exame com as complicações: a principal complicação são 
as infecções por conta da perda de IgG na urina (pneumonias, peritonite bacteriana 
(Pneumococo), ITU...) e também pode ocorrer eventos tromboembólicos 
 
Diagnóstico 
● Clínico e Laboratorial 
Ocorre pela tríade: edema + proteinúria nefrótica + hipoalbuminemia 
Podendo estar associados a: hiperlipidemia e hipogamaglobulinemia 
 
➔ Indicações de biópsia: 
● Se, além da tríade a criança apresentar quaisquer sintomas de síndrome nefrítica 
 Se < 1ano 
 Se>10anos 
 Se for resistente ao corticoide ou corticodependente 
*80% dos resultados da biópsia: Lesão Histológica Mínima 
 
Tratamento 
Corticoterapia: Prednisolona/Prednisona - 60mg/m2 
 
 
 
 
21 Letícia M. Dutra 
SEPSE 
 Caracteriza-se pela presença de 2 ou + 
sinais de SIRS, sendo um deles 
hipertermia/hipotermia e/ou alteração de 
leucócitos, concomitantemente à presença 
de quadro infeccioso confirmado ou 
suspeito. 
 (SIRS): presença de pelo menos 2 dos 
seguintes critérios, sendo que um deles deve 
ser alteração da T° ou do nº de leucócitos. 
 Alteração de temperatura corporal - 
hipertermia ou hipotermia. 
 Taquicardia – FC inapropriada para 
idade na ausência de estímulos 
externos ou bradicardia para criança 
<1 A; 
 Taquipneia – FR inapropriada para 
idade OU necessidade de ventilação 
mecânica para um processo agudo não 
relacionado à doença neuromuscular 
de base ou necessidade de anestesia 
geral. 
 Alteração de leucócitos – leucocitose 
ou leucopenia não secundárias à 
quimioterapia, ou presença de formas 
jovens de neutrófilos no sangue 
periférico. 
Choque séptico na pediatria: definido como 
sepse e disfunção cardiovascular. 
Entretanto, para fins práticos, a 
hipoperfusão não responsiva a volume 
caracteriza choque séptico. 
 Lembrar: em pediatria, a hipotensão é um 
sinal tardio de descompensação e sua 
presença não é necessária para caracterizar 
o choque. 
Pacote de 1 hora: 
1-MOV: Monitorização + O2 + Acesso Venoso 
2- O kit sepse é composto por exames que 
confirmam possíveis disfunções orgânicas: 
gasometria e lactato arterial, hemograma 
completo, creatinina, bilirrubina, coagulograma, 
hemoculturas e culturas de sítios suspeitos. 
3- Antibioticoterapia empírica de amplo 
espectro endovenosa visando o foco sob 
suspeita, dentro da 1ª hora da identificação da 
sepse; 
4- Pacientes com sinais e sintomas de 
hipoperfusão tecidual (principalmente com TEC 
lentificado e/ou alteração nível de consciência), 
independente da ocorrência de hipotensão, têm 
indicação de ressuscitação hemodinâmica (fase 
de expansão) 
 Choque Frio: sinais de hipovolemia (pele 
fria e úmida, pulso fino e filiforme) - Choque 
séptico FRIO s/ resposta a administração de 
volume = ADRENALINA 
 Choque quente: Sinais de inflamação, 
toxemia e vasodilatação (extremidades 
ruborizadas, pulsos amplos, tempo de 
enchimento instantâneo) – Choque séptico 
QUENTE s/ resposta a administração de volume = 
NORADRENALINA 
 
 
 
 
 
22 Letícia M. Dutra 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO 
A ITU é caracterizada pela fixação e multiplicação de um 
patógeno em algum ponto das vias urinárias. Tal processo 
pode acometer todo o trato urinário ou permanecer restrito 
a uma região. A confirmação diagnóstica é estabelecida pela 
identificação de crescimento bacteriano significativo em 
amostra de urina obtida de modo adequado. 
Classificação de acordo com a localização: 
● ITU alta: infecção do parênquima renal (pielonefrite); 
● ITU baixa: infecção vesical (cistite). 
 
Importância 
 + frequentes na infância e em lactentes 
 Tendência a recorrência (30%) 
 Podem desenvolver sequelas por comprometimento do 
parênquima renal: HAS, DRC; 
 
Mecanismos: 
- Principal: via ascendente (bactéria chega a bexiga – ITU 
baixa), podendo migrar para o parênquima e fazer uma 
pielonefrite (ITU alta) 
- Via hematogênica (RN): canal de parto, processo perinatal, 
amamentação falha. 
Mecanismo de defesa para ITU: esvaziamento vesical regular 
Fatores de risco 
Refluxo vesicoureteral (risco para pielonefrite) 
Sexo feminino (3%): Uretra <, uroepitélio que facilitaa 
adesão bacteriana 
Sexo masculino: Ausência de circuncisão, Válvula de 
uretra posterior* 
Obstrução urinária/ estase vesical: VÁLVULA DE URETRA 
POSTERIOR (membrana na uretra prostática que impõe 
resistência ao esvaziamento vesical), clínica: 
- Hidronefrose fetal bilateral, 
-Distensão vesical (Identificado no exame de imagem, e no 
exame físico com o globo vesical palpável) conduta: ao 
nascer, colocar sonda para promover a descompressão – 
geralmente não identificável! 
- Jato urinário fraco 
TTO: cirúrgico (ablação da membrana) 
Disfunção vesical (alteração no esvaziamento vesical) 
- Esvaziamento incompleto 
- Incoordenação no esvaziamento (fluxo turbilhonado) 
Constipação intestinal (causa alteração mecânica no 
esvaziamento vesical) 
Uropatia obstrutiva. 
Instrumentação uretral. 
Fontes de irritação externa (como o uso de roupas 
apertadas ou oxiuríase). 
Anomalias anatômicas (adesão de lábios). 
Bexiga neurogênica, Atividade sexual, gravidez 
 
Quando avaliamos uma criança com febre, os seguintes dados 
aumentam o risco de tratar-se de uma ITU. 
● Sexo feminino: etnia branca, idade inferior a 12 meses, 
temperatura ≥ 39°C, febre >2 dias, ausência de outros sinais. 
● Sexo masculino: etnia não negra, temperatura ≥ 39°C, febre 
> 24 horas, ausência de outros sinais de infecção. 
 
A proporção de acometimento varia entre os sexos e idades. 
- 1º pico (6m - 1 A): meninos (anomalias) 
- 2º pico (2 - 3 A): meninas (controle esfincteriano) 
- 3º pico (adolescência): meninas (atividade sexual) 
 
ETIOLOGIA 
Bactérias Gram – (enterobactérias): Escherichia coli, Klebsiella, 
Proteus, Pseudomonas e Enterobacter spp. 
Bactérias Gram + (menos frequente, ocorre por contaminação) 
Enterococcus spp. e Staphylococcus saprophyticus. 
Micro-organismos: Lactobacillus spp., Corynebacterium spp., 
Staphylococcus spp. Coagulase negativo e Streptococcus α 
hemolítico. 
Virus: Adenovírus 11 e 21 
 
● A E. coli é responsável por 75-90% de todos os quadros de ITU 
no sexo feminino. As cepas isoladas em crianças com quadros 
de ITU febril apresentam fatores de virulência que explicam 
está frequência tão elevada. Na superfície destas bactérias, 
identificamos a presença de fímbrias ou pili, que facilitam a 
ascensão ao trato urinário por mecanismo de contracorrente, 
ao permitirem a adesão ao epitélio da bexiga e do trato urinário 
superior; 
● As bactérias do gênero Proteus podem causar infecção em 
cerca de 30% dos meninos e o prepúcio de meninos não 
circuncisados funciona como um reservatório para estes 
germes. Alguns levantamentos indicam que, nos meninos 
maiores de um ano, a frequência das infecções por Proteus é 
semelhante à frequência das causadas por E.coli. Uma outra 
particularidade deste agente é a associação com a formação de 
cálculos de estruvita (fosfato de amônio magnesiano). Isto é 
uma consequência do desdobramento da ureia e maior 
formação de amônia, levando à alcalinização da urina, que 
favorece a formação dos cálculos; 
● As infecções por Pseudomonas são menos comuns e devem 
ser consideradas, principalmente, quando há história de 
hospitalização recente, episódio prévio de ITU ou uso recente 
de antimicrobianos, manipulação do TGU. 
 
● Os adenovírus tipos 11 e 21 podem levar ao desenvolvimento 
de um quadro de cistite hemorrágica aguda – hematúria 
macroscópica – (que também pode ser causado pela E. coli). É 
um quadro mais comum no sexo masculino e costuma ser 
autolimitado. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
As manifestações clínicas da infecção urinária são heterogêneas, variam de acordo com a localização 
do processo inflamatório (cistite × pielonefrite) e de acordo com a faixa etária (quanto menor for a 
criança, mais inespecíficos serão os sinais e sintomas identificados). 
 
CISTITE, as crianças maiores (em especial as >5 anos) podem apresentar urgência urinária, aumento 
da frequência, estrangúria ou disúria. A dor abdominal ou suprapúbica também pode ser referida, bem 
como a descrição de urina fétida e turva. A incontinência urinária ou enurese em crianças que já 
tinham o controle esfincteriano pode ser uma manifestação de ITU. 
 
PIELONEFRITE: com ou sem sintomas de cistite, podem cursar com calafrios, FEBRE e queixas de dor 
lombar. Algumas manifestações gastrointestinais podem estar associadas, em especial os vômitos. 
Além disso, as manifestações que indicam o acometimento do TGU inferior podem ou não ser 
evidentes. 
 
Nos RN são descritas manifestações bem inespecíficas, como dificuldades alimentares, irritabilidade, 
icterícia e perda ponderal. RN e lactentes com pielonefrite, podem apresentar apenas febre sem 
outros sinais de localização (FSSL). É aceito que os quadros de cistite, isoladamente, não levem ao 
desenvolvimento de febre. 
 
Durante o exame físico, cabe destacar alguns cuidados: a PA deve ser avaliada (crianças que 
desenvolvem repetidos episódios com DRC podem ter hipertensão); a avaliação do crescimento é 
fundamental, pois alterações no crescimento podem indicar doença crônica subjacente; e a palpação 
abdominal sempre deve ser cuidadosa, bem como a inspeção perineal (permite a identificação de 
lesões, vulvovaginites ou sinéquia de pequenos lábios). Não se esqueça, ainda, de avaliar a região 
lombar, pois alterações nesta região podem indicar malformações subjacentes da medula que também 
são fatores de risco. 
 
DIAGNÓSTICO 
Difícil diagnóstico na ped, manifestações inespecíficas, por isso a confirmação diagnóstica é feita pela 
demonstração qualitativa e quantitativa de bactérias na urina  URINOCULTURA é obrigatória para 
a confirmação do diagnóstico. 
 
 URINOCULTURA com bacteriúria significativa. A interpretação dos resultados deve ser feita de 
forma criteriosa e de acordo com o método de coleta. 
Os resultados falso-negativos podem estar relacionados com: pH urinário < 5, diluição urinária (DU < 
1.003), presença de agentes bacteriostáticos na genitália, uso de antimicrobianos, micções frequentes, 
obstrução total do ureter do lado do rim afetado, bactérias de difícil crescimento. Já os resultados 
falso-positivos podem ser observados quando: a coleta é inadequada, há demora no processamento 
da urina, há contaminação vaginal ou balanoprepucial durante a coleta. 
- Obs.: fazer URINOCULTURA antes de realizar a uretrocistografia miccional 
Obs.: nem todo crescimento bacteriano indica uma ITU que deve ser tratada. Algumas crianças 
apresentam uma condição denominada BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA (crescimento de bactérias, 
sem inflamação). O quadro se caracteriza pela presença de 3 urinoculturas consecutivas com 
bacteriúria significativa em um período de 3 dias a 2 semanas, podendo ser transitória ou persistente, 
e é mais comum no sexo feminino. O TTO não é recomendado, salvo em gestantes e indivíduos que 
serão submetidos a alguns procedimentos urológicos. 
 
BACTERIOSCOPIA: uma gota de urina não centrifugada é colocada em lâmina e corada pelo método 
de Gram. O achado de 1 ou + bactérias por este método se correlaciona fortemente com bacteriúria 
significativa na urinocultura. 
 
23 Letícia M. Dutra 
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DE URINOCULTURA SEGUNDO O TRATADO 
DE PEDIATRIA – SBP (4ª EDIÇÃO – 2017). UFC (unidade formadora de colônia) 
Punção suprapúbica 
Qualquer crescimento 
bacteriano 
(Exceto 2 a 3 × 10³ 
UFC/ml de estáfilococo 
coagulase negativo): 
ITU. 
Método invasivo, porém seguro, principalmente 
quando guiado por USG. 
É indicada em quando a coleta por via natural suscita 
dúvidas (diarreia aguda, dermatite perineal, 
vulvovaginites e balanopostites); 
 
Cateterismo vesical 
1.000 e 50.000 UFC/ml 
de um patógeno 
urinário único: ITU. 
Método bastante empregado em crianças com idade 
entre 2 e 24 meses sem controle esfincteriano 
Jato médio 
 
> 100 mil UFC/ml de um patógeno urinário único: ITU 
Saco coletor 
Negativa > 100.000 
 
Usado para o EAS; 
Higiene apropriada 
Adesivo deve estar bem adaptado ao contorno da 
genitália. 
O saco deve ser trocado a cada 30 min, até que a 
amostra de urina seja

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