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Podcast 
Disciplina: Assessoria executiva 
Título do tema: Técnicas de assessoramento 
Autoria: Regis Garcia 
Leitura crítica: Eduardo Edilson Gonçalves dos Santos 
 
Abertura: 
Olá, aluno! No podcast de hoje vamos falar sobre um caso envolvendo a 
aplicação das técnicas de gestão das informações nas organizações, que nem 
sempre gera o resultado esperado. 
Aliás, o que precisamos fazer para evitar que nossas interferências nas 
organizações – ao invés de positivas – geram mais problemas? 
Vamos conhecer a empresa BullAbelha Indústria e Comércio de soluções em 
apicultura? Trata-se de uma companhia fundada na década de 1980 e que 
trabalha com insumos e equipamentos relacionados à indústria do mel, mas 
que atende o ciclo produtivo desde sua origem. 
Ela produz e comercializa também os caixotes e presta assistência aos 
apicultores que ela atende. Estes, por sua vez, comercializam sua produção 
para a própria empresa. Legal, não é? 
Ocorre que a BullAbelha resolveu contratar um assessor para lhe ajudar no 
processo de gestão, principalmente no tocante à gestão informacional, já que a 
empresa contava com softwares ultrapassados e desconectados entre si para 
gerir sua operação. Informações comerciais não se comunicavam com as 
financeiras que, por sua vez, não se comunicavam com as contábeis. 
Cada área tinha seus próprios softwares, quando tinham. Alguns controles 
ainda eram feitos utilizando planilhas eletrônicas e – acreditem – alguns 
utilizando anotações manuais. 
Como é possível observar, o assessor teria muito trabalho pela frente, não é 
verdade? Mas, não é essa a função da assessoria? O assessor executivo 
enquanto profissional não é um elemento transformador e promotor de 
mudanças no contexto em que atua? 
Sob esta perspectiva está tudo certo, não está? De um lado a demanda 
(complexa é claro) e do outro o profissional para satisfazê-la. 
Mas nem tudo ocorreu como previsto, e este é nosso ponto de reflexão. Por 
quê? Onde houve o problema que pretendemos destacar neste podcast? 
Depois de alguns meses de trabalho vejam a realidade observada na 
BullAbelha: 
Algumas informações se perderam e não estão no banco de dados do novo 
sistema implantado e sugerido pela assessoria. 
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As pessoas estão perdidas em suas funções, não sabem mais como controlar 
informações básicas, como, por exemplo, quem atenderam na semana 
passada para saber se precisam entrar em contato para oferecer novos 
insumos. 
A contabilidade está atrasada em seis meses. O financeiro já não concilia os 
extratos bancários há quatro meses. 
Bem, vamos parar por aqui, pois outros vários problemas ocorreram e a 
diretoria da empresa já não tem mais nem o controle básico que tinham antes 
do processo de implantação do novo sistema. 
Enfim, a empresa está um caos... 
Deixando de lado questões que poderiam ser feitas, como: 
Será que o assessor contratado estava preparado para um desafio tão 
complexo? Ou; 
Será que ele tinha as competências e habilidades técnicas necessárias para 
promover a transformação no seu contexto de trabalho? 
Vamos a um ponto específico: o primeiro passo de um processo de assessoria 
envolve necessariamente conhecer profundamente a organização e, conhecer 
o contexto no qual a assessoria será aplicada. 
Certamente o problema desta infrutífera assessoria iniciou quando estes dois 
pontos não foram atendidos. O desconhecimento da organização gerou uma 
ruptura entre o que já funcionava e o que se pretendia fazer funcionar. Isso é 
suicídio..., pois não se pode abandonar os processos que até então funcionam 
– mesmo que precariamente – para implantar novas formas de se fazê-los. 
Neste caso, é preciso sinergia entre o passado e o presente para se garantir o 
futuro desejado. Abandonar totalmente o passado fez com que todos ficassem 
perdidos na empresa: já não fazem o que sabiam fazer e também não sabem o 
que precisam ainda aprender. 
Nosso tempo aqui se esgotou, mas qual é a mensagem que gostaria de deixar 
para vocês? Antes de iniciarem um processo de assessoria, busquem primeiro 
conhecer profundamente a atividade de seu assessorado, estudem a estrutura 
organizacional dele, e, principalmente, não cause uma ruptura brusca entre o 
que está funcionando com o que você pretende implantar. 
Lembre-se do que dissemos: é preciso sinergia entre o passado e o presente 
para se garantir o futuro desejado. 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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