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UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO COMERCIAL PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR V PAULO ALVES DE OLIVEIRA REGENTE FEIJÓ Thaisa Cristina Amabile Manganaro – RA 2357188 Regente Feijó – SP RESUMO No mercado altamente competitivo, as empresas buscam constantemente maneiras de se destacar e conquistar uma maior participação. Isso exige esforços significativos para tanto manter os clientes existentes quanto atrair novos, enquanto se esforçam para compreender plenamente suas necessidades. Nesse contexto, uma pesquisa foi conduzida na empresa Paulo Alves de Oliveira Regente Feijó, com foco em áreas essenciais como gerenciamento e técnicas de vendas, matemática financeira e sistemas de informação em comércio e serviços. A análise desses aspectos permitiu observar os processos de gerenciamento de vendas e suas estratégias, além de realizar projeções financeiras para orientar planos futuros. Em seguida, foram examinados os sistemas de informação da empresa, visando entender como são utilizados no contexto do comércio e serviços. O objetivo principal foi aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos na prática, utilizando pesquisa e coleta de dados para analisar a empresa Paulo Alves de Oliveira Regente Feijó. Os resultados destacaram como esses conceitos são implementados na empresa, proporcionando insights valiosos para melhorar suas operações e competitividade. Palavras-chaves: clientes, vendas, financeiro, sistema de informação, necessidades. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................4 2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................5 2.1 Gerenciamento e Técnicas de Vendas..............................................................6 2.1.1 Gerência de vendas............................................................................................6 2.1.2 Planejamento de vendas....................................................................................8 2.1.3 Desenvolvimento de forças de vendas..............................................................9 2.2 Matemática Financeira......................................................................................11 2.2.1 Porcentagem.....................................................................................................11 2.2.2 Taxas de juros..................................................................................................11 2.2.3 Regimes de capitalização................................................................................12 2.3 Sistemas de Informação em Comércio e Serviços.......................................14 2.3.1 Gestão do conhecimento.................................................................................14 2.3.2 Sistemas de informações empresariais...........................................................14 3 ESTUDO DE CASO..............................................................................................16 3.1 Descrição da Organização..................................................................................16 3.2 Gerenciamento e Técnicas de Vendas...............................................................17 3.3 Matemática Financeira........................................................................................18 3.4 Sistemas de Informação em Comércio e Serviços.............................................18 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................20 REFERÊNCIAS........................................................................................................21 4 1. INTRODUÇÃO No Brasil, o setor de comércio varejista de pequeno porte enfrenta diversos obstáculos para manter suas operações. A competição é acirrada, especialmente devido à influência das grandes empresas, que adotam políticas de preços baixos e serviços diferenciados. Como resultado, os lucros desses varejistas são fortemente impactados. Muitas dessas empresas têm origem familiar e frequentemente carecem de colaboradores qualificados. Eles têm dificuldade em estabelecer rotinas ou processos estruturados para identificar oportunidades de melhoria e avaliar sua lucratividade. Diante desses desafios, juntamente com os altos custos e resistências às mudanças organizacionais, a informatização torna-se essencial. A gestão da informação, aliada à tecnologia, é fundamental para permanecer competitivo nesse mercado. A empresa analisada neste projeto multidisciplinar é a Paulo Alves de Oliveira Regente Feijó, que atua no comércio varejista de materiais de construção. Ao longo de três décadas de atividade, ela conseguiu manter uma posição de destaque no mercado, oferecendo uma ampla gama de produtos de alta qualidade para atender às necessidades dos clientes. A empresa está em constante crescimento, visando atender às demandas dos consumidores e otimizar seus serviços para reduzir o tempo de espera dos clientes. A estrutura organizacional da matriz, localizada em Regente Feijó, no centro da cidade, inclui uma equipe de 30 colaboradores, com 3% possuindo ensino superior e 97% ensino médio completo. No estudo realizado na Paulo Alves de Oliveira Regente Feijó, foram abordadas disciplinas como gerenciamento e técnicas de vendas, matemática financeira e sistemas de informação no comércio e serviços, visando melhorar os processos e a competitividade da empresa. 5 2. REFERENCIAL TEÓRICO Para conduzir um estudo sobre as disciplinas abordadas neste trabalho, é essencial possuir um conhecimento teórico sólido sobre cada uma delas. O referencial teórico foi organizado em três principais tópicos: gerenciamento e técnicas de vendas, matemática financeira e sistemas de informação em comércio e serviços. No atual ambiente competitivo, marcado por mudanças constantes e demandas crescentes dos clientes, a gestão e as técnicas de vendas estão se tornando cada vez mais interligadas ao marketing e à logística. Conforme Christopher (2007), reconhece-se cada vez mais o poder do serviço ao cliente como uma forma potencial de diferenciação. A matemática financeira tem historicamente uma forte ligação com o comércio, sendo frequentemente referida como matemática comercial e financeira. Autores como Humberto Grande destacam a importância do comércio na história da civilização, chegando a afirmar que o comércio é o "sangue da economia". O termo sistemas de informação, embora amplo, é crucial em um contexto onde a informação desempenha um papel fundamental. Laudon e Laudon (2004) definem sistemas de informação como conjuntos de componentes inter-relacionados que coletam, processam, armazenam e distribuem informações para apoiar a tomada de decisões organizacionais. Esses sistemas também auxiliam na análise de problemas, na visualização de assuntos complexos e na criação de novos produtos. 6 2.1 Gerenciamento e Técnicas de Vendas 2.1.1 Gerência de vendas Dentro da gestão de vendas, é essencial abordar os conceitos de tecnologia da informação que podem servir como ferramentas de controle e contribuir para aprimorar a qualidade dentro da empresa. Este tópico oferece uma oportunidade para discutir não apenas a organização do setor de vendas, mas também as melhorias que podem ser implementadas nesse contexto. A tecnologia da informação desempenha um papel crucial na gestão de vendas, fornecendo recursos que facilitama organização, monitoramento e análise das atividades de vendas. Por exemplo, sistemas de gestão de relacionamento com o cliente (CRM) permitem que a empresa acompanhe o histórico de interações com os clientes, identifique oportunidades de vendas adicionais e melhore o atendimento ao cliente. Além disso, ferramentas de automação de vendas podem simplificar processos como a geração de propostas, o acompanhamento de leads e o gerenciamento de pipelines de vendas. Isso não apenas aumenta a eficiência do departamento de vendas, mas também ajuda a garantir que nenhum lead seja negligenciado. Outras tecnologias, como análise de dados e inteligência artificial, oferecem insights valiosos sobre o desempenho das vendas, padrões de compra dos clientes e tendências de mercado. Essas informações podem ser utilizadas para ajustar estratégias de vendas, personalizar abordagens para diferentes segmentos de clientes e prever demandas futuras. Ao explorar a relação entre gestão de vendas e tecnologia da informação, é possível identificar oportunidades para otimizar processos, aumentar a eficiência e melhorar a qualidade do serviço oferecido pela empresa aos seus clientes. Essa integração eficaz entre TI e vendas pode resultar em vantagens competitivas significativas no mercado. No que diz respeito à falta de segurança, as informações dos clientes devem ser protegidas, pois eles 7 precisam ter a segurança de que haverá sigilo. Os clientes que realizam suas compras pela internet não querem ter problemas com dados pessoais. Se isso acontecer, e o cliente identificar que foi via site de comércio eletrônico, o fato poderá ser noticiado nas redes sociais e o site sofrerá reputação negativa. (Andrade e Silva; 2017 p 104). É fundamental ressaltar a importância de apresentar melhorias para o contexto da gestão de vendas, incluindo propostas relacionadas à utilização de softwares relevantes para o controle das vendas. Esse aspecto ganha ainda mais relevância no caso da empresa em questão, dada sua presença em um mercado amplo e promissor. Para compreender profundamente o comportamento da empresa e dos consumidores no mercado, e para obter informações precisas sobre a demanda, é crucial implementar um controle rigoroso. Nesse sentido, é essencial considerar a implementação de softwares específicos de gestão de vendas que possam atender às necessidades da empresa. Por exemplo, um sistema de CRM (Customer Relationship Management) pode ser fundamental para acompanhar o histórico de interações com os clientes, gerenciar leads, identificar oportunidades de vendas e aprimorar o atendimento ao cliente. Além disso, a utilização de softwares de análise de dados pode fornecer insights valiosos sobre padrões de compra dos clientes, tendências de mercado e desempenho das vendas. Isso permite ajustar estratégias de vendas de forma mais precisa e eficaz, direcionando os esforços para onde há maior potencial de retorno. Outra sugestão seria investir em softwares de automação de processos de vendas, que podem agilizar tarefas como geração de propostas, acompanhamento de pedidos e gerenciamento de estoque. Isso não apenas aumentaria a eficiência do departamento de vendas, mas também garantiria uma melhor gestão dos recursos da empresa. Em resumo, ao propor melhorias para a gestão de vendas, é essencial considerar a implementação de softwares adequados às necessidades da empresa, que possam proporcionar um controle mais eficiente e preciso das 8 atividades de vendas, contribuindo para o sucesso e o crescimento sustentável do negócio. 2.1.2 Planejamento de vendas Segundo Aurélio Buarque de Holanda (1986, p. 1343): Planejamento – S.m. 1. Ato ou efeito de planejar. 2. Trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados; planificação: o planejamento de um livro, de uma comemoração. 3. Bras. Elaboração, por etapas, com bases técnicas (especialmente no campo socioeconômico) de planos e programas com objetivos definidos; planificação. Quando discutimos o planejamento de vendas, torna-se imperativo estabelecer uma organização abrangente que leve em consideração diversos elementos essenciais. Isso inclui uma análise detalhada das características do produto ou serviço oferecido, uma segmentação de mercado eficaz, uma compreensão profunda da concorrência e uma avaliação das expectativas e necessidades dos clientes. Ao iniciar o processo de planejamento de vendas, é fundamental examinar minuciosamente as características distintivas do produto ou serviço em questão. Isso envolve entender suas principais características, benefícios e diferenciais em relação aos concorrentes. Essa análise ajuda a definir o posicionamento do produto no mercado e a desenvolver estratégias de venda mais eficazes. Além disso, a segmentação de mercado desempenha um papel crucial no planejamento de vendas, pois permite identificar e direcionar os esforços de marketing para grupos específicos de consumidores com necessidades e preferências semelhantes. Isso ajuda a adaptar as mensagens de vendas e os canais de distribuição para maximizar o impacto e eficácia das campanhas. A compreensão da concorrência também é essencial para o sucesso do planejamento de vendas. Isso envolve uma análise detalhada dos concorrentes diretos e indiretos, incluindo seus produtos, estratégias de preços, canais de distribuição e posicionamento de mercado. Essas informações permitem 9 identificar oportunidades e ameaças no mercado, bem como desenvolver estratégias competitivas para se destacar no mercado. Por fim, as expectativas e necessidades dos clientes devem ser cuidadosamente consideradas durante o planejamento de vendas. Isso envolve coletar feedback dos clientes, realizar pesquisas de mercado e monitorar as tendências do setor para entender melhor o que os consumidores estão procurando. Com base nessa compreensão, as estratégias de vendas podem ser ajustadas e personalizadas para atender às demandas do mercado de forma mais eficaz. Em resumo, um planejamento de vendas eficaz requer uma abordagem organizada e abrangente que leve em consideração as características do produto, a segmentação de mercado, a concorrência e as expectativas do cliente. Ao seguir um plano rigoroso e bem estruturado, as empresas podem alcançar resultados precisos e significativos em suas atividades de vendas. 2.1.3 Desenvolvimento de forças de vendas Conforme Kotler (2003), o gerenciamento da força de vendas é um processo que engloba análise, planejamento, implementação e controle das atividades realizadas pelos vendedores da empresa. Segundo o autor, esse processo abrange não apenas a definição da estrutura e estratégia da equipe de vendas, mas também a seleção, treinamento, remuneração, supervisão e avaliação dos vendedores. Para Kotler (2003), a empresa tem a liberdade de adotar diversas abordagens na elaboração da estrutura da força de vendas. Isso pode envolver decisões importantes sobre como os vendedores serão organizados e quais serão suas responsabilidades, se devem trabalhar de forma independente ou em equipe, e qual será a abordagem de vendas adotada, entre outras considerações. Em resumo, o gerenciamento da força de vendas, conforme descrito por Kotler (2003), é um processo complexo que demanda análise cuidadosa e planejamento estratégico. Ao entender as necessidades do mercado e as características da empresa, é possível desenvolver uma estratégia eficaz para a gestão dos vendedores, visando alcançar os objetivos de vendas da 10 organização. 11 2.2 Matemática Financeira 2.2.1 Porcentagem Castro Filho e Carraher (1994) conduziram um estudo que investigou a compreensão do conceito de porcentagem entrealunos do 7º ano e do 1º ano do Ensino Médio. O estudo envolveu testes com problemas relacionados a quantidades em dinheiro ou números, utilizando valores de porcentagens múltiplos e não-múltiplos de 10% e 5%. Os resultados indicaram que os problemas que envolviam quantidades e valores de porcentagens múltiplos de 5% e 10% foram resolvidos com mais facilidade pelos alunos. No entanto, os alunos enfrentaram maior dificuldade em determinar qual magnitude (quantidade ou número) correspondia ao todo (100%) e à parte (diferente de 100%), especialmente quando os valores das porcentagens ultrapassavam 100%. Por outro lado, Damm (1998) realizou uma análise dos problemas de proporção-porcentagem que compunham a avaliação do Programa de Matemática na França, nas séries equivalentes à 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental no Brasil, respectivamente. Essa análise foi motivada pela necessidade de explorar a literatura sobre proporção-porcentagem como objeto matemático de pesquisa. Diante dessas investigações, é possível perceber a importância de compreender a proporção-porcentagem como um conceito matemático complexo e relevante para o ensino e aprendizagem. Esses estudos destacam os desafios enfrentados pelos alunos ao lidar com problemas que envolvem porcentagens, bem como a necessidade de abordagens pedagógicas eficazes para desenvolver essa compreensão de forma mais profunda e significativa. 2.2.2 Taxa de juros Em resposta à história de inflação alta e crônica do país, o governo brasileiro implementou, em junho de 1994, um programa de estabilização com o intuito de reduzir e estabilizar a inflação. As contribuições de Pigou (1941) e Patinkin (1965) destacaram que a queda dos preços aumenta a riqueza das famílias, o que, por sua vez, leva à expansão da demanda privada. Ambos 12 observaram que os saldos monetários reais são parte da riqueza dos indivíduos, e quando os preços caem, esses saldos aumentam, levando as famílias a se sentirem mais ricas e, consequentemente, aumentarem o consumo. Logo após a implementação do Plano Real, dados do Banco Central demonstraram um aumento do consumo em todas as categorias de produtos, especialmente nos bens de consumo duráveis. Esse aumento foi impulsionado pela significativa expansão do crédito pessoal, pela eliminação da ilusão monetária e pelo incremento salarial. Um estudo conduzido por Mattoso e Baltar (1997) revelou que o aumento do salário-mínimo, combinado com a rápida redução da inflação e o aquecimento da atividade econômica, resultou em um crescimento de 30% no rendimento entre 1994 e 1996. Contudo, o governo, preocupado com o aumento do consumo e com o risco de uma explosão da demanda agregada que poderia desestabilizar a economia e reiniciar o ciclo inflacionário, adotou uma política monetária restritiva, aumentando as taxas de juros. Essa medida foi tomada para conter o excesso de demanda e evitar pressões inflacionárias, garantindo a estabilidade econômica alcançada com o Plano Real. 2.2.3 Regimes de capitalização Diante da história de inflação alta e crônica do país, o governo brasileiro implementou, em junho de 1994, um programa de estabilização com o objetivo de reduzir e estabilizar a inflação. As contribuições de Pigou (1941) e Patinkin (1965) destacaram que a queda dos preços aumenta a riqueza das famílias, o que, por sua vez, leva à expansão da demanda privada. Ambos os economistas observaram que os saldos monetários reais são parte da riqueza dos indivíduos. Assim, quando os preços caem, os saldos monetários reais aumentam, fazendo com que as famílias se sintam mais ricas e, consequentemente, aumentem o consumo. Dados publicados pelo Banco Central indicaram que logo após a implementação do Plano Real, o consumo aumentou em todas as categorias de produtos, especialmente nos bens de consumo duráveis. Esse aumento no consumo foi resultado da significativa expansão do crédito pessoal, da eliminação da ilusão monetária e do aumento dos salários. Um estudo conduzido 13 por Mattoso e Baltar (1997) revelou que o aumento do salário-mínimo, logo no início do Plano Real, combinado com a rápida queda da inflação e o aquecimento das atividades econômicas, resultou em um crescimento de 30% no rendimento entre 1994 e 1996. Preocupado com o aumento do consumo e o risco de uma explosão da demanda agregada que poderia desestabilizar a economia e levar ao retorno da inflação, o governo adotou uma política monetária restritiva, aumentando as taxas de juros. Essa medida foi implementada para conter o excesso de demanda e evitar pressões inflacionárias, garantindo a estabilidade econômica alcançada com o Plano Real. 14 2.3 Sistemas de informação em Comércio e Serviços 2.3.1 Gestão do conhecimento A discussão sobre a possibilidade de gerenciar o conhecimento é comum e muitas vezes gera questionamentos sobre a natureza do conhecimento e sua gestão. Evitando prolongar a discussão para manter o foco no tema, é importante destacar a abordagem adotada nesta pesquisa, que se baseia na teoria da estruturação de Giddens (1993). De acordo com essa teoria, a ação é resultante das interações entre os atores e é por meio dessas interações que o sentido emerge. Assim, cabe aos sujeitos, de forma coletiva, gerir suas próprias construções, uma vez que a cooperação implica operar em conjunto em um universo construído intersubjetivamente. Nesse contexto, o conhecimento é visto como uma faculdade humana, não algo que pode ser controlado, exceto pelo próprio indivíduo. Portanto, uma expressão mais adequada seria "organizações com foco no conhecimento" ou "ver a gestão sob a perspectiva do conhecimento". Dessa forma, a gestão do conhecimento seria o esforço conjunto de pessoas que interagem para criar valor a partir dos ativos intangíveis. 2.3.2 Sistemas de informações empresariais No atual cenário de competição acirrada entre empresas em diversos setores, a busca pelo sucesso e pela consolidação no mercado demanda o uso de ferramentas que otimizem o gerenciamento das informações disponíveis nas bases de dados. Isso permite que gestores e executivos tomem decisões fundamentadas em informações atualizadas e precisas, reduzindo o tempo de resposta em situações onde rapidez e precisão são essenciais. Nesse contexto, uma das ferramentas amplamente utilizadas são os sistemas de informações gerenciais (SIG) (EICHSTAEDT; DEGENHARDT, 2012). Conforme destacado por Oliveira (2008), os SIG são indispensáveis em empresas que operam com sistemas informatizados, uma vez que os dados, por si só, não são suficientes para embasar decisões. Eles precisam ser 15 processados e transformados em informações úteis, sendo essa a função dos sistemas de informações empresariais, que convertem dados em informações relevantes para a alta administração. Os SIG têm como objetivo auxiliar a organização a atingir suas metas, fornecendo detalhes sobre as operações regulares da empresa e possibilitando o controle, organização e planejamento de suas ações com maior eficiência e eficácia (STAIR; REYNOLDS, 2002). Além disso, os SIG, também conhecidos como sistemas táticos, estão voltados para as atividades da gerência de médio escalão, concentrando-se na síntese de dados e na geração de relatórios (TURBAN, 2004). Essas ferramentas desempenham um papel fundamental na gestão estratégica das organizações, permitindo uma visão abrangente e integrada das operações, o que facilita a tomada de decisões embasadas em dados concretos e análises precisas. 16 3 Estudo de Caso 3.1 Descrição da organização A Paulo Alves de Oliveira Regente Feijó é uma empresa de renome no segmento de materiais de construção,acumulando três décadas de atuação no mercado. Durante esse período, conseguiu se destacar graças ao seu forte potencial competitivo e ao compromisso inabalável com a satisfação dos clientes. Essa dedicação incansável resultou na fidelização dos clientes existentes, na conquista de novos mercados e na expansão contínua dos negócios da empresa. Especializada no varejo de materiais de construção, a Paulo Alves de Oliveira Regente Feijó oferece uma ampla variedade de produtos e serviços, todos caracterizados pela alta qualidade e pelo compromisso com a excelência. Seu portfólio abrange desde materiais básicos até itens de acabamento, abrangendo todas as necessidades dos clientes que buscam construir ou reformar seus imóveis. Com 1 filial estrategicamente localizada em Regente Feijó aos bairros mais distante do centro onde fica a matriz, a empresa é reconhecida como uma organização de grande médio-grande porte, sendo sua principal atividade a distribuição de produtos para clientes finais. Os consumidores da Paulo Alves de Oliveira Regente Feijó são predominantemente residentes da cidade de Regente Feijó e cidades vizinhas, em busca de produtos confiáveis e de qualidade para seus projetos de construção ou reforma. Na Paulo Alves de Oliveira Regente Feijó, esses clientes encontram não apenas os produtos de que necessitam, mas também um atendimento personalizado e dedicado, visando sempre superar suas expectativas e garantir sua plena satisfação. Entre os produtos comercializados pela empresa, destacam-se itens essenciais como cimento, argamassa, telhas, tijolos, pisos, ferro, portas e janelas. Essa ampla variedade de produtos, aliada à busca constante por melhorias e à atenção aos detalhes, contribui significativamente para a consolidação da Paulo Alves de Oliveira Regente Feijó como uma referência de excelência no mercado de materiais de construção. 17 Figura 1 – Reinauguração da matriz 3.2 Gerenciamento e técnica de vendas Na empresa Paulo Alves de Oliveira Regente Feijó, o sistema de controle utilizado é baseado no estoque, uma prática comum em empresas de todos os portes e segmentos. Segundo Ballou (2006), estoques compreendem uma variedade de materiais, desde matérias-primas até produtos acabados, distribuídos ao longo dos canais logísticos da empresa. Esses estoques são essenciais, representando em média metade do patrimônio da organização, tornando crucial o planejamento e a administração eficaz para minimizar custos (PAOLESCHI, 2013). O controle do estoque é fundamental para a organização dos recursos materiais relacionados à produção. Conforme Bezerra (2011) destaca, é essencial manter um equilíbrio no nível de estoque, evitando excessos ou escassez, o que influencia diretamente no desempenho de todos os setores da empresa. Um estoque bem gerenciado facilita a conclusão das vendas dentro do prazo estabelecido pela área comercial, permitindo o cumprimento das metas e contribuindo para o aumento dos lucros e a saúde financeira da organização. 18 Como ressalta o autor, um estoque maior implica em maiores custos operacionais (BEZERRA, 2011). 3.3 Matemática financeira A presença da matemática no ambiente empresarial é ampla e diversificada, desempenhando um papel fundamental na resolução de problemas e no aprimoramento de diversas funções. Desde aspectos simples, como descontos em produtos anunciados em folders e tabloides, até questões mais complexas, como cálculos envolvidos em comissões pagas aos vendedores, a matemática está intrinsecamente ligada às operações diárias da empresa. Um exemplo claro dessa integração são os balanços e relatórios contábeis, nos quais a matemática é essencial para calcular margens de contribuição, valor presente líquido de projetos e diversas outras métricas financeiras. Além disso, em empresas como a Paulo Alves de Oliveira Regente Feijó, que possui uma equipe de 30 colaboradores responsáveis por lidar com questões tributárias, a matemática se torna ainda mais presente e crucial. Em resumo, a matemática permeia quase todas as atividades do dia a dia empresarial, desempenhando um papel essencial na tomada de decisões, na análise de dados e na resolução de problemas. Sua importância é ainda mais evidente em um ambiente empresarial dinâmico e competitivo, onde a capacidade de lidar eficientemente com cálculos e números pode ser determinante para o sucesso da organização. 3.4 Sistemas de informação em comércio e serviços Com o surgimento da pandemia de Covid-19, houve um aumento significativo na adesão às plataformas digitais, impulsionando o comércio virtual e a necessidade de implementar o home office e o e-commerce. Esse movimento foi motivado pelo isolamento social, que tornou essas formas de comércio essenciais para evitar aglomerações e, consequentemente, a propagação do vírus. Mesmo empresas que ainda não haviam investido no comércio virtual 19 passaram a perceber a importância de adotar essa modalidade para não perderem suas vendas. Oliveira (2008) destaca os benefícios dos Sistemas de Informações em Comércio e Serviços (SICS) para as empresas, incluindo a melhoria no acesso às informações, maior precisão nos relatórios, aprimoramento na operacionalização dos serviços, agilidade nas tomadas de decisões, melhor estrutura organizacional devido ao fluxo de informações e maior capacidade de adaptação a imprevistos. Porto e Bandeira (2006) reforçam que os SICS proporcionam ganhos de vantagem competitiva às organizações, permitindo o acesso rápido e preciso a informações relevantes e contribuindo para melhorias significativas na tomada de decisões. Esse destaque enfatiza a importância dos sistemas de informação como ferramentas essenciais para o sucesso e a sustentabilidade das empresas, especialmente em um contexto marcado por mudanças rápidas e imprevisíveis, como o que vivenciamos durante a pandemia de Covid-19. 20 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Observa-se que a empresa demonstra uma estrutura robusta, que tem sido fundamental para o desenvolvimento contínuo de suas atividades e sua constante competitividade no mercado. Esse posicionamento tem possibilitado a conquista de novos clientes, ao mesmo tempo em que fortalece a fidelização à marca. Assim, é evidente um caminho promissor para a empresa, destacando- se especialmente o relacionamento sólido estabelecido com os clientes. A empresa se destaca no cenário de vendas ao priorizar a qualidade do atendimento ao cliente, o que se reflete no empenho dos vendedores em expandir suas habilidades e em proporcionar experiências de compra positivas. Esse compromisso com a excelência no atendimento tem sido um diferencial competitivo importante, contribuindo para o sucesso da organização. Além disso, o projeto em questão proporcionou uma discussão embasada teoricamente, que não apenas promoveu o desenvolvimento pessoal e acadêmico, mas também enriqueceu o conhecimento por meio de uma abordagem que combinou pesquisa de campo e revisão bibliográfica de forma produtiva. A criatividade emerge como um elemento essencial, demandando um desenvolvimento contínuo. As organizações enfrentam constantemente desafios que exigem soluções inovadoras, e os gestores valorizam colaboradores capazes de propor mudanças e resolver problemas de maneira criativa. Nesse sentido, as implicações gerenciais desta pesquisa apontam para a necessidade de explorar as oportunidades identificadas, especialmente nas áreas de força de vendas, matemática financeira e sistemas de informação em comércio e serviços. É essencial que as ações gerenciais se concentrem em alavancar esses recursos para impulsionar efetivamente os resultados da empresa. Algumas iniciativas já estão em andamento e começam a demonstrarresultados tangíveis. Assim, é fundamental que a empresa mantenha um foco contínuo na inovação e na busca por soluções que agreguem valor ao seu negócio e aos seus clientes. 21 REFERÊNCIAS ANDRADE, Marta Cleia Ferreira de. O COMÉRCIO ELETRÔNICO (E- COMMERCE): UM ESTUDO COM CONSUMIDORES. 2017. Disponível em: file:///C:/Users/Sandra/Downloads/Dialnet-OComercioEletronicoEcommerce- 6049990%20(1).pdf. Acesso em: 16 abr. 2022. DICKER, LEONARDO, Percepção de valor em sistemas de informação orientados para o pequeno e médio varejo brasileiro, Curso de Mestrado em Administração, da Faculdade de Ciências Empresariais da Universidade Fumec. Disponível em:www.fumec.br/anexos/cursos/mestrado/.../leonardo_dicker.pd. Acesso em: 16 abril. 2022 GORDON, Judith R.; GORDON, Steven R. Sistemas de informação: uma abordagem gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 2006. MAXWELL. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC Rio. Disponível em: http://www.maxwell.lambda.ele.puc- rio.br/5143/5143_4.PDF. Acesso em: 16 abril.2022. OLIVEIRA, Jayr Figueiredo. Sistemas de informação: um enfoque gerencial inserido no texto empresarial e tecnológico. 4 ed. São Paulo: Érica, 2000. http://www.fumec.br/anexos/cursos/mestrado/.../leonardo_dicker.pd http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/5143/5143_4.PDF http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/5143/5143_4.PDF