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1 Frequência cardíaca (FC), em repouso: Bebês 100-170 bpm Crianças 2-10 anos 70-120 bpm Crianças > 10 anos e adultos 60-100 bpm Frequência respiratória (FR), em repouso: Bebês 30-40 Fr/Min 1-2 anos 25-30 Fr/Min 2-8 anos 20-25 Fr/Min 8-12 anos 18-20 Fr/Min Adultos 14-18 Fr/Min Classificação da pressão arterial (PA), em adultos: P.A. sistólica e diastólica (mmHg) JNC7 2017 ACC/AHA <120 e <80 P.A. normal P.A. normal 120-129 e <80 Pré-hipertensão P.A. elevada 130-139 ou 80-89 Pré-hipertensão Hipertensão estágio 1 140-159 ou 90-99 Hipertensão estágio 1 Hipertensão estágio 2 ≥160 ou ≥100 Hipertensão estágio 2 Hipertensão estágio 2 Classificação do estado físico segunda a ASA (American Society of Anesthesiologists): ✓ ASA1 – Paciente saudável; ✓ ASA2 – Paciente com doença sistêmica leve; ✓ ASA3 – Paciente com doença sistêmica grave; ✓ ASA4 – Paciente com doença sistêmica grave que é uma ameaça constante à vida; ✓ ASA5 – Paciente moribundo que não se espera que sobreviva sem a cirurgia; ✓ ASA6 – Paciente com morte cerebral cujos órgãos serão removidos para fins de doação. 2 ✓ Nociceptores: terminações nervosas livres sensíveis a diferentes tipos de estímulos (térmico, mecânico e químico) de intensidade nociva. o Etapas da nocicepção: • Transdução: impulso doloroso é recebido pelos nociceptores e transformados em potencial de ação; • Transmissão: impulso é conduzido até coluna posterior da medula espinal; • Modulação: na medula espinal, o impulso é modulado antes de chegar a níveis superiores do sistema nervoso central (SNC); • Percepção: impulso é integrado e percebido como dor. o Despolarização: os estímulos mecânicos, térmicos e químicos intensos induzem a ativação de canais de sódio das membranas dos neurônios sensoriais, permitindo o influxo do íon no neurônio. o Repolarização e hiperpolarização: a despolarização representa a transmissão do impulso, e é seguida pela abertura de canais lentos de potássio, permitindo o efluxo desse íon do neurônio, com o retorno do potencial de membrana a valores negativos. ✓ Os anestésicos locais (AL) são agentes que causam redução da sensibilidade, através do bloqueio reversível da condução nervosa, quando aplicados a uma região circunscrita do corpo, sem perda da consciência. Após sua remoção, há retorno completo e espontâneo da transmissão. o Mecanismo de ação: interação com receptores específicos nos canais de sódio voltagem dependentes, bloqueando os canais e a entrada de sódio após um estímulo. Bloqueiam a condução nas fibras nervosas de pequeno diâmetro mais rapidamente. As fibras motoras são mais resistentes. o Estrutura química: anel aromático + cadeia intermediária (éster ou amida) + grupo amina. • Ésteres: são mais alergênicos, mais instáveis, sofrem rápida hidrólise por esterases no plasma e tecidos, com menor duração do efeito. Estão em desuso na Odontologia, sendo usados apenas como anestésicos tópicos; • Amidas: são mais estáveis, menos alérgenas, sofrem biotransformação hepática, com duração do efeito maior. São as mais usadas atualmente. o Efeitos colaterais e tóxicos gerais (decorrentes geralmente de erro na técnica de injeção): • SNC: maior afinidade para os neurônios inibitórios gera inicialmente sintomas excitatórios (confusão mental, agitação, tremores, convulsão), quando a concentração aumenta também age em neurônios excitatórios gerando sintomas de inibição do SNC (inconsciência, coma, depressão respiratória, morte); • Cardiovascular: depressão miocárdia (reduz força de contração) e vasodilatação, podendo causar queda de P.A.; 3 • Hematológicos: observados com o uso da prilocaína ou mepivacaína em altas doses, podendo converter a hemoglobina em metahemoglobina (menor transporte de O2). o Doses máximas: deve-se sempre minimizar as doses, empregando-se a menor dose clinicamente eficaz. As doses máximas recomendadas pelos autores são sempre menores que as recomendadas pelos fabricantes. • Doses máximas recomendadas pelos autores: Anestésico local Dose máxima (mg/Kg) Máximo absoluto (independente do peso) Lidocaína 2% 4,4 mg 300 mg Mepivacaína 2% ou 3% (SV) 4,4 mg 300 mg Prilocaína 3% 6 mg 400 mg Articaína 4% 7 mg 500 mg Bupivacaína 0,5% 1,3 mg 90 mg • Exemplo de cálculo da dose máxima e número de tubetes para ASA1 (resultado varia de acordo com o anestésico): Lidocaína 2% = 20 mg/mL 2g do sal – 100 mL solução 2000mg – 100 mL ... 20mg/mL 1 tubete = 1,8 mL ... 20mg x 1,8 = 36mg de lidocaína em 1 tubete. Dose máxima da lidocaína 2% = 4,4 mg/Kg Dose máxima para criança de 20Kg: 20x4,4 = 88mg 88 ÷ 36 = 2,4 tubetes Dose máxima para adulto de 60Kg: 60x4,4 = 264 mg 264 ÷ 36 = 7,3 tubetes Dose máxima para adulto de 100Kg: 100x4,4 = 440 mg (porém a dose máxima é de 300mg) 300 ÷ 36 = 8,3 tubetes ✓ Conteúdo das soluções anestésicas (em tubetes de 1,8 mL): o Sal anestésico: deve apresentar baixa toxicidade sistêmica, não ser irritante aos tecidos, não causar lesão permanente às estruturas nervosas, tempo para início da anestesia (latência) deve ser o mais curto possível, duração de ação suficiente para a realização do procedimento cirúrgico – com ação reversível. • Lidocaína: considerada o anestésico padrão na Odontologia. Encontrada em concentração de 2% e associada geralmente à epinefrina, norepinefrina, fenilefrina ou sem vasoconstritor. Possui ação vasodilatadora. Início da ação de 2 a 3 minutos. Quando associada a vasoconstritor, proporciona em torno de 60 minutos de 4 anestesia pulpar e até 180 minutos em tecidos moles. Metabolizada no fígado, eliminada pelos rins. Tempo de meia-vida: 1,6h; • Prilocaína: início de ação por volta de 2 a 4 minutos. Duração de 60 minutos pulpar e 180 minutos em tecidos moles. A concentração odontológica eficaz é de 3 ou 4% e possui menor atividade vasodilatadora. Felipressina como vasoconstritor. Contra-indicada em gestantes. Metabolizada mais rapidamente no fígado e pulmões e eliminada pelos rins. Tempo de meia-vida: 1,6h. Menos tóxica que a lidocaína e mepivacaína, mas em caso de superdosagem pode aumentar níveis de metahemoglobina no sangue (cuidado redobrado com pacientes com deficiência de oxigenação); • Mepivacaína: início de ação por volta de 1,5 a 2 minutos. Duração de 60 minutos pulpar e 2 a 4 horas em tecidos moles. Sofre biotransformação hepática e é eliminada pelos r ins. Tempo de meia- vida: 1,6h. Pouca ação vasodilatadora. Deve ser evitada em gestantes e crianças (risco de metahemoglobina). Concentração é de 2% com vasoconstritor e de 3% sem. Associada a epinefrina, norepinefrina ou levonordefrina; • Articaína: início de ação 1 a 3 minutos. Toxicidade semelhante à lidocaína. Duração média de 180 minutos pulpar. É metabolizada por colinesterases plasmáticas, gerando metabólito inativo e inerte, sendo eliminada rapidamente pelos rins. Por isso, é adequada para idosos e pacientes com disfunção hepática ou renal. Tempo de meia-vida: 1h. Concentração ideal 4%; • Cloridrato de bupivacaína: concentração de 0,5% com ou sem vasoconstritor. Inicia sua ação por volta de 6 a 10 minutos e a anestesia pode persistir de 4 a 9 horas. Metabolizada no fígado, eliminada pelos rins. Tempo de meia-vida: 2,7h. Não é recomendada para menores de 12 anos (pelo risco de mordedura de lábios e língua), gestantes, idosos, hepatopatas, nefropatas. Mais útil para controle da dor pós-operatória apenas nas primeiras horas; • Benzocaína: único anestésico do grupo éster disponível no Brasil, empregado apenas como anestésico tópico. Na concentração de 20% promove anestesia da mucosa superficial após 2 minutos. o Vasoconstritores: possibilita que o sal anestésico permaneça por mais tempo no local da injeção. Em contato com as fibras nervosas,prolonga a duração da anestesia, reduz o risco de toxicidade e ainda produz hemostasia, pela redução do calibre dos vasos, reduzindo o sangramento em procedimentos cirúrgicos. • Epinefrina: é o mais utilizado no mundo. Tem afinidade por receptores alfa 1 dos vasos das redes arteriolar e venosa, promovendo vasoconstrição. Ao ser absorvida, também interage com receptores beta no coração (aumento da força e frequência cardíaca). Pode provocar também dilatação das artérias coronárias e grandes vasos, 5 aumentando o fluxo sanguíneo para o miocárdio. Em pacientes com doenças cardiovasculares a dosagem de epinefrina deve ser reduzida; • Concentrações disponíveis: 1:50000 (1g:50000mL) – maior concentração, provoca isquemia intensa e pode gerar vasodilatação rebote, com perda de sangue após a cirurgia; 1:100000 (1g:100000mL) – mais indicada; 1:200000 (1g:200000mL) – possui menor concentração de epinefrina. • Dose máxima segura: Pacientes saudáveis: 0,2mg por sessão (11 tubetes); Pacientes com doença cardíaca (ASA3 ou 4): 0,04mg por sessão (2 tubetes). • Norepinefrina: não apresenta nenhuma vantagem sobre a epinefrina e a maioria dos relatos de reações adversas a vasoconstritores ocorre com o uso de norepinefrina, como cefaleia intensas, elevação de pressão arterial, necrose e descamação tecidual. Em função disso, seu uso na Odontologia está sendo abolido; • Levonordefrina: possui menor atividade vesopressora e não apresenta nenhuma vantagem sobre a epinefrina; • Concentrações disponíveis: 1g:20000mL 1mg:20mL 0,05mg/mL = 0,09mg/tubete • Dose máxima: 1mg por consulta para qualquer paciente (11 tubetes). • Fenilefrina: vasoconstritor sintético. É um alfa estimulador, com pequena atividade em receptores beta. Na concentração empregada, promove vasoconstrição prolongada. Os efeitos adversos, quando na sobredosagem, também são mais duradouros. Não apresenta vantagem sobre a epinefrina; • Concentrações disponíveis: 1g:2500mL 1mg:2,5mL 0,04mg/mL = 0,720mg/tubete • Dose máxima: 4mg por consulta para pacientes saudáveis (5,5 tubetes); 1,6mg para pacientes ASA3 e 4 (2 tubetes). 6 • Felipressina: por sua semelhança com a ocitocina, pode induzir contrações uterinas, sendo contra indicada para gestantes. Não possui efeitos sobre o miocárdio e influencia pouco a pressão arterial. Presente em soluções em que o sal anestésico é a prilocaína. • Concentrações disponíveis: 0,03UI/mL 0,054UI/tubete • Dose máxima: 0,27UI por consulta para pacientes ASA3 e 4 (5 tubetes). o Preferências especiais: • Gestantes: preferência para lidocaína 2% com epinefrina 1:100000, no máximo 2 tubetes. Evitar prilocaína e mepivacaína (metahemoglobina) e felipressina (contrações); • Diabéticos: preferência para prilocaína 3% com felipressina. Evitar a epinefrina pelo risco de aumento da glicemia; • Idosos e pacientes com disfunção renal ou hepática: articaína é o anestésico ideal; • Crianças: preferência por lidocaína 2% com epinefrina 1:100000. Cuidado para não provocar superdosagem. ✓ Seringa: o Descartáveis: apresentam diversas graduações em mL. Algumas apresentam uma proteção plástica acoplada à agulha para minimizar o risco de acidente perfurocortante. Podem apresentar um bico de união com a agulha que pode ser de pressão. A desvantagem é que não possibilitam refluxo automático, ou seja, caso a agulha atinja um vaso sanguíneo acidentalmente, é necessário tracionar o êmbolo para trás, este movimento é necessário duas mãos e é incômodo para o paciente. Não são utilizadas em técnicas de anestesia intraoral, apenas extra oral; o Carpule: são as mais utilizadas e devem ser esterilizadas na autoclave. Além de possibilitar o refluxo automático, apresenta manuseio mais fácil e menor risco de quebra de tubete de vidro. ✓ Agulha: possibilitam que o anestésico local contido no tubete seja depositado nos tecidos de forma eficiente e prática. Quando se utiliza a agulha várias vezes em um mesmo paciente (3 ou 4), o bisel se torna rombo e promove mais desconforto na 7 penetração. É recomendado, em caso de várias infiltrações, que se troque a agulha. Proibido reencapar a agulha após o uso. o Extra curtas: aproximadamente 10mm, mais usadas em alguns procedimentos pediátricos; o Curtas: em média 25mm, utilizadas para a realização da maioria das técnicas que não exigem grandes profundidades; o Longas: em média 35mm, úteis quando é necessário atingir profundidade maior para deposição do anestésico; o Extra longas: 41mm e são utilizadas para procedimentos mais específicos, como anestesias extra orais. ✓ Tubete: armazena a solução anestésica que será injetada. Cilindros de plástico são mais porosos, dificultando o deslizamento da rolha, possuem menor translucidez para observação de contaminações ou refluxo positivo, porém são mais resistentes a quebra. Os cilindros de vidro são os mais adequados. No interior do cilindro, observa-se uma pequena bolha de gás nitrogênio (2mm), que é inserida na fabricação com objetivo de remover o oxigênio, evitando oxidação. Observar sempre a integridade da rolha e da tampa de alumínio. ✓ Equipamentos acessórios: o Gaze: para secar a mucosa antes da aplicação do anestésico tópico; o Cotonete: para aplicação do anestésico tópico em área restrita; o Anestésico tópico: permite anestesia superficial da mucosa, reduzindo o desconforto na punção; o Pinça hemostática / Porta agulha: pode ajudar a remover agulha em caso de fratura e também a remover a agulha da seringa carpule sem contato manual direto. 8 Técnica de injeção atraumática: 1- Use uma agulha pontiaguda esterilizada; 2- Verifique o fluxo da solução anestésica local; 3- Determine se vai aquecer o cartucho anestésico ou a seringa; 4- Posicione o paciente; 5- Seque o tecido; 6- Aplique um antisséptico tópico (opcional); 7- Aplique um anestésico tópico; 8- Comunique-se com o paciente; 9- Estabeleça um apoio firme para as mãos; 10- Torne o tecido esticado; 11- Mantenha a seringa fora da linha de visão do paciente; 12- Introduza a agulha na mucosa; 13- Observe o paciente e comunique-se com ele; 14- Injete algumas gotas da solução anestésica local (opcional); 15- Faça a agulha avançar lentamente até o alvo; 16- Deposite várias gotas de anestésico local antes de tocar o periósteo; 17- Aspire 2 vezes; 18- Deposite lentamente a solução anestésica local; 19- Comunique-se com o paciente; 20- Retire lentamente a seringa. Cubra a agulha e descarte-a. 21- Observe o paciente após a injeção; 22- Registre a injeção na ficha do paciente. (posicionamento para ter um apoio firme para as mãos) 9 ✓ Técnicas anestésicas maxilares: o Anestesia terminal profunda infiltrativa supraperiosteal : é a mais utilizada para dentes superiores. Consiste em se puncionar a mucosa, fazendo com que a ponta da agulha penetre até a região submucosa, junto ao periósteo, mas sem atingi-lo ou penetrá-lo. • Indicação: anestesia de qualquer dente maxilar; • Ponto de punção: fundo de saco adjacente ao elemento; • Penetração da agulha: inserção da agulha curta e paralela ao longo eixo do dente; até que sua ponta esteja próxima ao ápice do elemento; bisel voltado para o osso; • Depósito da solução: próximo ao ápice do elemento; 0,6 a 0,9 mL. 10 o Anestesia por bloqueio regional: o anestésico é depositado próximo ao tronco nervoso principal, geralmente distante do local da intervenção operatória. Geralmente provoca anestesia de uma área maior. • Indicação: quando se deseja anestesiar mais de dois dentes na mesma hemiacarda, ao invés de fazer três infiltrativas supraperiósteas; casos de inflamações e infecções ou quandose deseja anestesiar áreas de osso muito compacto, como na mandíbula. • Bloqueio do nervo alveolar superior posterior (bloqueio da tuberosidade baixa): eficaz para anestesiar polpas de terceiro, segundo e primeiro molar, além de tecido vestibular. Como a raiz mesiovestibular do primeiro molar é inervada pelo alveolar superior médio, torna-se então necessário uma segunda injeção supraperiosteal para que ela seja anestesiada mais efetivamente. o O C.D. deve se posicionar na posição 10h (para bloqueio do NAS esquerdo) e na posição 8h (para bloqueio do NAS direito); o Agulha curta calibre 27; área de introdução da agulha é a prega mucovestibular acima do segundo molar superior; bisel da agulha voltado para a superfície óssea; introduz-se a agulha avançando lentamente para cima, para dentro e para trás em um só movimento, formando um ângulo de 45º com o plano oclusal; o Pontos de referência: tuberosidade e processo zigomático da maxila; o Sinais e sintomas: o paciente tem dificuldades em relatar sintomas de anestesia local, a eficácia é aferida por meio de ausência de dor durante o tratamento. • Bloqueio do nervo alveolar superior médio: indicado principalmente quando o bloqueio do nervo infraorbitário não produzir anestesia pulpar distal ao canino superior. O bloqueio pode ser feito na parede da maxila, acima do ápice do segundo pré-molar, semelhante a uma anestesia supraperióstea. Tem utilidade clínica limitada, pelo fato de que o nervo alveolar superior médio está presente em 30% da população. 11 o Posição 10h para lado direito e 8-9h para o esquerdo; o Agulha curta; introduzir a agulha até que a mesma alcance o ápice do segundo pré-molar superior; o Sinais e sintomas: parestesia do lábio superior e ausência de dor durante o tratamento. • Bloqueio do nervo alveolar superior anterior : para procedimentos que envolvem dentes anteriores maxilares. Também pode ser anestesiado na técnica do bloqueio do nervo infraorbitário. o Posiçao 10h para lados direito e esquerdo; o Agulha curta; área de punção na prega mucojugal acima do canino superior; o Podem ser bloqueados infiltrando-se lateralmente à abertura piriforme, na altura do ápice canino, além da possibilidade de anestesia supraperióstea da região. As fibras desse ramo podem cruzar o plano mediano, então deve-se anestesiar também o lado oposto, para anestesiar o incisivo central; o Sinais e sintomas: parestesia do lábio superior e ausência de dor durante a manipulação da região de incisivos e caninos superiores. • Bloqueio do nervo infraorbitário: produz anestesia pulpar e dos tecidos moles bucais, desde o incisivo central superior até os pré- molares, em cerca de 72% dos pacientes. Técnica intra e extra bucal, sendo a última pouco utilizada na Odontologia por ser mais dolorosa e traumática para o paciente. Indicado para casos de infecções localizadas na região maxilar como forma de um bloqueio mais distante e quando as injeções supraperiosteais locais forem ineficazes devido a um osso cortical extremamente denso; o Profissional na posição 10h e paciente na cadeira de forma que seu plano oclusal forme um ângulo de 45º com o chão; agulha longa calibre 27; as vias de penetração mais utilizadas são a área de primeiro pré-molar e o incisivo central superior; manter pressão firme com o dedo sobre o local da injeção de forma a aumentar a difusão da solução anestésica para o forame infraorbital por 1 a 2 minutos; o Para localização do forame infraorbital existem algumas técnicas conhecidas. O paciente deve estar olhando para frente, palpar a região do rebordo infraorbital. Uma linha reta imaginária é traçada verticalmente, passando pelo centro pupilar, forame infraorbital, pré- molares e forame mentoniano. Quando o rebordo infraorbital é palpado pode-se observar uma saliência, que corresponde a sutura maxilozigomática; deslizando o indicador aproximadamente 1 cm para baixo, comprimindo suavemente os tecidos, observaremos uma depressão rasa, onde está localizado o forame infraorbital; o Sinais e sintomas: paciente relata anestesia, mediante a sensação de dormência de lábio superior, pálpebra inferior e asa do nariz. • Bloqueio do nervo palatino maior: indicado para procedimentos cirúrgicos, periodontais ou que necessitem manipulação palatina, como colocação de grampos para isolamento absoluto, adaptação da matriz subgengival, etc. As 12 injeções na região palatina são procedimentos traumáticos para muitos pacientes. o Posição 7-8h para o lado direito e 11h para o esquerdo; o Agulha curta calibre 27; bisel orientado em direção aos tecidos palatinos; compressão do local com cotonete antes, durante e depois da injeção; o Sinais e sintomas: sensação de torpor na região do palato, porém para avaliação objetiva do sucesso anestésico é necessária manipulação local. Observa-se durante a injeção ligeira isquemia do local. • Bloqueio do nervo nasopalatino (bloqueio do nervo esfenopalatino): pode ser bloqueado ao emergir do forame incisivo. Indicado para exodontias, restaurações subgengivais, inserção de matriz subgengival, grampos, etc. o Posição 9-10h; o Agulha curta calibre 27, sendo introduzida lateralmente à papila incisiva em um ângulo de aproximadamente 45º com a linha média; o Ponto de referência: observar a papila incisiva que recobre o forame incisivo. o Sinais e sintomas: sensação de torpor na região anterior do palato pelo paciente e ausência de sensibilidade dolorosa durante o tratamento. o Anestesia troncular: • Bloqueio do nervo maxilar: método eficaz para se obter anestesia profunda de todo hemi maxila. Indicada em procedimentos que envolvam manipulação de todo o quadrante maxilar, cirurgias extensas, quando uma infecção ou inflamação impeçam a realização de um bloqueio nos ramos terminais maxilares ou como auxílio diagnóstico de neuralgia do trigêmeo. Pode ser realizada por via intra - oral ou extra-oral. o Áreas anestesiadas: região temporal anterior e zigomática, pálpebra inferior, asa do nariz, lábio superior, dentes superiores, osso alveolar e mucosas adjacentes, palato duro e mole, tonsila, parte da faringe e septo e soalho nasal; o Agulha 25 ou 27G longa; área da punctura na prega mucovestibular acima da face distal do segundo molar superior; o Ponto de referência: tuberosidade e processo zigomático da maxila. o Volume recomendados de anestésicos locais para as principais técnicas maxilares: 13 Técnica Volume (mL) Supraperióstea 0,6 Alveolar superior posterior 0,9-1,8 Alveolar superior médio 0,9-1,2 Alveolar superior anterior 0,9-1,2 Infraorbitário 0,9-1,2 Palatino maior 0,45-0,6 Nasopalatino 0,45 (máximo) Infiltração no palato 0,2-0,3 ✓ Técnicas anestésicas mandibulares: o Bloqueio do nervo alveolar inferior (técnica anestésica pterigomandibular): indicado para procedimentos em múltiplos dentes mandibulares, situação em que é necessária anestesia de tecidos moles bucais e linguais. Contra indicado em casos de infecção ou inflamação aguda na área (rara). • Áreas anestesiadas: todos os dentes mandibulares do hemiarco até a linha média e corpo da mandíbula e porção inferior do ramo mandibular (nervo alveolar inferior), mucosa vestibular anterior ao primeiro molar inferior (nervo mentoniano), dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual); • Desvantagens: taxas de sucesso em torno de 80%, a anestesia de amplas áreas, do lábio e língua pode ser perigosa para alguns pacientes como crianças, pelo risco de auto mutilação; • Técnica direta de bloqueio do nervo alveolar inferior: o Serão anestesiados o nervo alveolar inferior e o nervo lingual; o Posição 8h para lado direito e 10h para o esquerdo; o Pontos de reparo anatômico: incisura coronóide, rafe pterigomandibular,e plano oclusal dos dentes posteriores mandibulares; 14 o Com o dedo indicador ou polegar de mão esquerda, palpa-se a incisura coronóide e afasta-se os tecidos, para facilitar a injeção; Traça-se uma linha imaginária da ponta do dedo até a rafe pterigomandibular; O ponto de introdução da agulha situa-se a três quartos de distância anteroposterior da incisura até a rafe, geralmente a 1cm acima do plano oclusal; 15 o Usar agulha longa calibre 25 ou 27G; Ao tocar o osso, recuar 1mm e injetar 1mL da solução para anestesiar o nervo alveolar inferior; Depois, recuar 1/3 da agulha e injetar mais 0,5mL da solução para anestesiar o nervo lingual; o Sinais e sintomas: dormência no lábio inferior e na borda lateral da língua do lado anestesiado, ausência de dor durante o procedimento; o Sempre verificar o refluxo, pois a taxa de refluxos positivos é maior nessa técnica: 10 a 15%. • Técnica indireta (de três posições): o Permite anestesiar o nervo bucal, lingual e alveolar inferior; o Ponto de punção: depressão entre a linha oblíqua externa e ligamento pterigomandibular 1cm acima do plano oclusal; o Região anestesiada: dentes da hemiarcada abordada, mucosa vestibular e lingual, língua, assoalho bucal, comissura labial, podendo estender até o lábio inferior e mucosa jugal; o ¼ de tubete no primeiro tempo, ¼ no segundo e ½ no terceiro tempo; o Agulha longa; o Primeira posição: agulha penetra inicialmente no mesmo ponto de punção da técnica direta (a ¾ da distância anteroposterior entre o ramo anterior da mandíbula e a rafe pterigomandibular, a 1cm acima do plano oclusal). Penetrar com agulha aproximadamente 5mm, atingindo o nervo bucal. Depositar aproximadamente 0,5mL da solução anestésica, lentamente; o Segunda posição: inserir mais 5mm da agulha e injetar mais 0,5mL da solução, bloqueando o nervo lingual; 16 o Terceira posição: retiramos a agulha de forma a deixar apenas a ponta no interior dos tecidos. Girar o conjunto até a região do segundo pré-molar do lado oposto. Reintroduzir a agulha até tocar levemente o osso e recuar 1mm. Depositar 1mL da solução lentamente. Será anestesiado o nervo alveolar inferior. o Bloqueio do nervo bucal: • A agulha será introduzida na mucosa vestibular do dente molar inferior mais distal do arco (geralmente segundo ou terceiro molar); • Pontos de reparo: molares inferiores e prega muco jugal; • Injetar 0,3mL do anestésico após o refluxo; o Bloqueio do nervo lingual: • Introduzir a agulha no mesmo local da técnica direta do alveolar inferior na profundidade de aproximadamente 10mm, realizar o refluxo e injetar 0,5 a 1mL da solução; o Bloqueio dos nervos mentoniano e incisivos : utilizados em intervenções entre primeiro pré-molar e incisivo central; • Ponto de punção: fundo de saco entre pré-molares; • Região anestesiada: dentes entre primeiro pré-molar e incisivo central, mucosas vestibular, lábio inferior e mento; • Depositar cerca de 0,5 a 1mL do tubete entre os ápices dos elementos após refluxo; • Introdução da agulha e a injeção da solução deve ser feita de cima para baixo, de trás para frente e de fora para dentro, em um único movimento; • Agulha curta calibre 25 ou 27G. Introduzir na prega muco jugal na direção dos pré-molares inferiores. Afastar o lábio e localizar o forame mentoniano (palpar a região da prega mucojugal e pressionar contra o corpo da mandíbula, a área do forma apresenta-se irregular e ligeiramente côncava na mesma linha da pupila). 17 o Bloqueio troncular de Gow-Gates: bloqueia todo o tronco do nervo mandibular, com altas taxas de sucesso e menor taxa de aspiração positiva (2%). • Região anestesiada: todos os dentes mandibulares até a linha média, mucosa em toda região vestibular do hemiarco, 2/3 anteriores da língua e soalho da boca, corpo da mandíbula e porção inferior do ramo, pele sobre o zigoma, região temporal e parte posterior da região jugal; • Agulha longa 25 ou 27G. Paciente deitado e profissional à frente e ao lado direito; • 1- Traçar uma linha imaginária da comissura labial até a incisura intertrago; • 2- Colocar o dedo na incisura coronóide, retraindo os tecidos. Visualizar os pontos de referência: cúspide palatina do segundo molar superior. A introdução da agulha fica imediatamente distal ao segundo molar maxilar. Secar mucosa e aplicar anestésico tópico; • 3- O corpo da seringa deve estar direcionado para o ângulo da boca, sobre os pré-molares, do lado oposto ao que será anestesiado, alinhado no mesmo plano imaginário traçado no início; • 4- Introduzir a agulha nos tecidos distais ao segundo molar superior, na altura da face mesial da cúspide palatina; agulha avança até encostar no osso (25mm), retrair 1mm e injetar 1,8mL do anestésico. Pedir que o paciente mantenha a boca aberta por 2 minutos após injeção para facilitar a difusão da solução. 18 o Técnica de Vazirani-Akinosi: usada em casos nos quais o paciente não consegue abrir a boca. São anestesiados os nervos alveolar inferior, mentoniano e incisivo, lingual e milohióideo. • Agulha longa calibre 25 ou 27; • Coloca-se o dedo indicador sobre a incisura coronóide, afastando tecidos moles lateralmente; Agulha será introduzida nos tecidos moles sobre a borda medial do ramo mandibular adjacente à tuberosidade maxilar, na prega mucogengival correspondente ao terceiro molar superior; • O corpo da seringa é posicionado paralelamente ao plano oclusal maxilar; Orientar a agulha posteriormente e ligeiramente para o lado, de forma a avançar tangenciando o processo alveolar maxilar posterior, paralela ao plano de oclusão maxilar. Bisel voltado para a linha média; • Avançar com a agulha em torno de 25mm e injetar fazendo refluxo 1,5mL do tubete. o Anestesia terminal pronfunda infiltrativa intrapulpar: visa depositar o anestésico diretamente na polpa dentária. Indicada como complementar durante procedimento endodônticos, principalmente biopulpectomias. • Agulha curta 27G, inserir na polpa (de preferência dentro dos canais radiculares); • Injetar pequeno volume de anestésico, sob pressão. Pode provocar dor aguda durante a injeção; • Nessa técnica, pode ser necessário promover uma dobra na agulha para facilitar o acesso à câmara pulpar e canais radiculares. Apesar de reduzir a resistência da agulha e aumentar risco de fraturas, nessa técnica isso não representa grande problema já que a injeção é diretamente no dente, sem penetração em tecidos moles. 19 o Anestesia terminal profunda infiltrativa intra-óssea: pouco utilizada, em complementação a outras, e pode provocar fratura da agulha, dor e desconforto pós anestésico. Penetra-se inicialmente no tecido ósseo com uma broca; Introduz a agulha e deposita o agente anestésico no osso modular (esponjoso) entre as corticais ósseas. o Anestesia terminal profunda infiltrativa intraseptal : realizado no septo de dois dentes contíguos. É uma variação da anestesia intra óssea. Utilizada pouco, mais nas cirurgias periodontais. Pressionar delicadamente agulha 25G no osso esponjoso intraseptal. Anestesia alvéolo, pericemento e nervo apical. É necessário que a membrana mucosa já esteja anestesiada. o Anestesia terminal profunda infiltrativa intraligamentar : Consiste em injetar- se no ligamento alvéolo-dental, introduzindo a agulha sob a borda livre da gengiva no lado mesial do dente. Os resultados práticos nem sempre são satisfatórios, e são obtidos às custas de fortes dores ao paciente. Indicado para pacientes hemofílicos, 20 como complementação de técnica anestesiológica. Consiste na introdução da agulha sob a borda livre da gengiva no lado mesial do dente. ✓ As complicações provenientes da anestesia podem ser locais (ocorrem no pontoda injeção ou em área vizinha) ou podem ser sistêmicas (distantes do local da injeção). o Complicações locais: • Fratura de agulha: ocorre no ponto de menor resistência, na junção entre a agulha e o canhão de plástico. Por isso, indica-se o uso de agulhas longas em injeções que exijam penetração profunda (>18mm) nos tecidos moles. Maior frequência na anestesia por bloqueio regional dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal, devido a movimentos bruscos tanto do paciente quanto do C.D. o O que fazer: impedir que o paciente feche a boca. Caso apareça parte da agulha fraturada, é fácil retirá-la com uma pinça hemostática. Caso a agulha desapareça dentro do tecido, deve-se informar o paciente e encaminhá-lo para realizar acompanhamento por imagens (radiografia e tomografia). Após controle radiográfico e optação pela remoção da agulha, esta deve ser realizada em ambiente hospitalar por um cirurgião buco maxilo facial sob anestesia geral para evitar movimentação do paciente; o Prevenção: evitar usar agulhas curtas para bloqueio do nervo alveolar inferior; evitar usar agulhas calibre 30, principalmente para bloqueio do alveolar inferior; não encurvar agulhas ao inseri-las em tecidos moles; não inserir agulha em tecido mole até o canhão; ter cuidado extra ao inserir agulhas em crianças ou pessoas com fobias mais graves, pelo risco de movimentos bruscos. • Dor e ardência: pode ser evitada usando agulhas com bisel adequado, facilitando a penetração nos tecidos, além da técnica anestésica correta. Deve-se sempre utilizar anestésico tópico antes da punção e em anestesias no palato, utilizar técnicas atraumáticas. A ardência pode ser reduzida pela administração da solução anestésica de forma lenta e constante. • Hematoma e equimose: causados por lesão provocada pela agulha na parede do vaso, gerando acúmulo de sangue no interior dos tecidos, nos 21 espaços intrateciduais. A complexicidade depende dos vasos atingidos. As áreas mais comuns de ocorrência são tuberosidades maxilar, região pterigomandibular, região infraorbital e mentoniana. o O que fazer: aplicar pressão localizada para controlar sangramento com compressa de gelo e avisar o paciente, apesar de que não oferece risco e desaparece espontaneamente em uma ou duas semanas. • Paralisia: ocorre quando há o bloqueio de terminações nervosas motoras. Maior incidência na realização das anestesias por bloqueio regional dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal, quando a agulha longa alcança a glândula parótida, bloqueando o nervo facial unilateralmente. Impede o paciente de piscar, sorrir ou movimentar a boca. o O que fazer: manter a calma e tranquilizar o paciente, pois o efeito passará assim que o efeito anestésico acabar em algumas horas (variando de acordo com o anestésico utilizado). Deve-se remover lentes de contato, se tiver, e registrar o incidente na ficha do paciente. Reagendar a consulta para outro momento. • Trismo: espasmo prolongado dos músculos da mandíbula, restringindo a abertura da boca. As causas mais comuns são trauma em músculos ou vasos sanguíneos associado à injeção. Na maioria dos casos, se manifesta de 1 a 6 dias pós tratamento e é de intensidade leve. o Prevenção: usar sempre agulha afiada, estéril, técnica asséptica, atraumática, utilizando os mínimos volumes eficazes de solução anestésica, obedecendo as técnicas apropriadas com conhecimento da anatomia da região; o O que fazer: prescrever terapia de calor (compressas de toalha quente e úmida na região por 15 minutos várias vezes ao dia), analgésicos, relaxantes musculares. Indicar fisioterapia (movimentos de abertura, fechamento, lateralidade por 5 minutos de 4/4hrs). Geralmente, há melhora em até 72 horas. Caso não se resolva em até 7 dias, deve ser encaminhado ao cirurgião buco maxilo facial para avaliação. • Parestesia: apresenta-se como os sintomas persistentes de anestesia, com duração bem maior que a esperada. É uma insensibilidade da área anestesiada anteriormente, devido a um trauma dos nervos sensitivos da região. Ocorre principalmente em procedimentos cirúrgicos orais e implantes dentários mandibulares. Mais frequente durante anestesia do nervo alveolar inferior e lingual, além de situações em que a agulha penetra em forames. Muitas vezes, não há prevenção ou tratamento conhecido e eficaz. O tempo de parestesia é proporcional à extensão da lesão e à capacidade de regeneração do nervo. A maioria dos casos se resolve em 8 semanas, sem tratamento. o O que fazer: informar o paciente sobre o ocorrido, orientá-lo sobre os sintomas e cuidados necessários (cuidado para não morder a região, etc.). Registrar na ficha clínica. Observar por até 2 meses e considerar a necessidade de encaminhamento para avaliação com cirurgião buco maxilo facial. • Lesão de tecidos moles por trauma de mordida: ocorre, principalmente, quando se faz o bloqueio regional em criança, e esta, por não apresentar dor, mordisca a bochecha lábios e língua. 22 o O que fazer: orientar os pais para não permitir que a criança fique mordendo a mucosa após a anestesia e mesma orientação caso o paciente for adulto. Pode-se prescrever analgésico se necessário; o Prevenção: deve-se considerar o tempo do procedimento para escolha da solução anestésica, sendo que a bupivacaína, que provoca efeito superior a 8 horas, é contra indicada em procedimentos de curta duração e em crianças. o Complicações sistêmicas: • Lipotímia e síncope (síndrome Vaso-Vagal): lipotimia é a perda de força muscular, porém geralmente sem perda de consciência, com integral conservação das funções respiratória e cardíaca. Pode ter origem psicogênica, relacionada a alto grau de ansiedade e medo do paciente, ou por súbita modificação da posição deitada para a vertical, ou por toda circunstância análoga, susceptível de alterar a circulação, com queda de pressão arterial e redução do fluxo sanguíneo cerebral, por reflexos cardiovasculares. A lipotimia usualmente é gradativa e não é grave, regredindo quando se interrompe o tratamento e se tranquiliza o paciente. Pode evoluir para síncope (desmaio) e normalmente regride em instantes. o O que fazer: interromper o tratamento, reclinar a cadeira de modo que o paciente fique deitado com os pés elevados, tranquilizando-o. Caso não se resolva em 2 minutos, acionar o socorro médico; o Prevenção: na anamnese, detectar histórias pregressas de desmaios e o grau de ansiedade para o tratamento odontológico. • Superdosagem ou dose tóxica: geralmente ocorre por alguma displicência do profissional ou por deficiência hepáticas ou renais do paciente que dificultem a eliminação do fármaco. Podem ser causadas, geralmente, por injeção intra vasal do anestésico e injeção de dose superior à máxima recomendada. As reações podem ser leves (apreensão, fala confusa, suores, inquietação, distúrbios visuais ou auditivos, aumento da frequência cardíaca, aumento da P.A. etc.), iniciando geralmente 5 a 10 minutos após a injeção. As reações graves podem se iniciar após 1 minuto da injeção de grande quantidade de anestésica, geralmente intravascular, podem observar perda de consciência, convulsões e depressão cardiorrespiratória. o Prevenção: realização do refluxo antes da injeção e injeção lenta da solução, além de conhecimento prévio das doses máximas; o O que fazer: posicionar o paciente deitado com os pés elevados, monitorar os sinais vitais, mantendo vias aéreas. Observar o paciente que deve deixar o consultório, preferencialmente, acompanhado. Se necessário, acionar socorro médico e registrar o incidente na ficha clínica. o Volumes recomendados de anestésico local para injeções intraorais (em crianças, te bastante cuidado para não ultrapassar as doses máximas, de acordo com o peso. Geralmente observa-se a administração de no máximo 2 tubetes): 23 • Reações alérgicas: o metilparabeno (conservante em algumas soluções anestésicas)pode provocar reações em algumas pessoas. Pode ocorrer com mais frequência alergia ao bissulfito de sódio (antioxidantes presentes em tubetes com vasoconstritores) e alergia ao anestésico tópico (geralmente, reações mais locais). Pode manifestar por reações cutâneas (coceira, eritema, pápulas, conjuntivite, rinite), gastrointestinais (cólicas abdominais, náuseas, vômitos, diarreia), respiratórios (tosse, broncoespasmo, dispneia, cianose mucosas, edema laringe), cardiovasculares (palidez, palpitações, taquicardia, hipotensão, inconsciência, parada cardíaca). o Prevenção: durante anamnese, pesquisar história pregressa de alergias, desde rinites, dermatites, até quadros graves de anafilaxia a alimentos, medicamentos e outras substâncias. Pacientes que relatam reações alérgicas prévias em anestesias, devem ser encaminhados ao médico especialista para pesquisa e laudo detalhado por escrito sobre sua sensibilidade aos componentes da solução anestésica. Em casos de real contra indicação, mas necessidade de tratamento urgente, este deve ser realizado em ambiente hospitalar, avaliando possibilidade de anestesia geral; o O que fazer: o tratamento das reações que se manifestam lentamente (mais de 60 minutos após exposição), menos graves, pode basear-se na administração de fármaco anti-histamínico por via oral, observar o paciente e encaminhá-lo ao médico. Nas manifestações de início rápido, mais graves (apesar de raras em procedimentos odontológicos), acionar imediatamente a emergência médica e encaminhar para o hospital, onde será instituído o tratamento necessário. Técnica Adulto (mL) Criança (mL) Supraperióstea 0,6 0,3 Alveolar inferior 1,5 0,9 Mandibular Gow Gates 1,8 0,9 Mentual ou incisivo 0,6 0,45 Alveolar superior posterior 0,9 0,45 Infraorbital 0,9 0,45 Palatino maior 0,45 0,2 Nasopalatino 0,2 0,2 Maxilar 1,8 0,9 24 ✓ Propriedades ideais de um fármaco: efetividade, segurança, seletividade, reversibilidade, fácil administração, interações mínimas e ausência de reações adversas. ✓ ✓ Prescrever utilizando o nome genérico (princípio ativo) do medicamento. No SUS isso é obrigatório. ✓ Como prescrever receita: o Receita comum: escrita à tinta; Letra legível, sem rasuras; Nome completo e endereço do paciente; Via de administração, nome do medicamento, dose, posologia, orientações; Identificação do profissional, endereço, número de inscrição no Conselho profissional, data, assinatura do profissional. o Receita de controle especial: • Utilizada na prescrição de substâncias sujeitas a controle especial, que em sua maioria, modificam as funções nervosas superiores; • Na Odontologia: antiinflamatórios seletivos para COX 2 e antimicrobianos, ansiolíticos benzodiazepínicos, preparações à base de codeína e tramadol; 25 • ✓ AINEs (antiinflamatórios não-esteroidais): analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios. Diminuem o edema, a hiperemia, febre e dor. o São ácidos fracos, bem absorvidos por via oral; Metabolismo se dá pelo fígado e eliminação pelos rins; Se acumulam nos tecidos inflamados; o Efeitos indesejados comuns: distúrbios gastrointestinais, reações cutâneas, efeitos renais adversos, bloqueio da agregação plaquetária; o Sacilatos (ácido acetilsalicílico): aspirina, melhoral, doril. • Predomínio dos efeitos analgésicos e antipiréticos. Fraca atividade antiinflamatória (apenas em doses altas); • Efeitos terapêuticos: antipirese, analgesia, artrite reumatóide, profilaxia de doença cardioembólica; • Efeitos indesejados: distúrbios gastrointestinais, salicismo, hipersensibilidade cutânea, síndrome de Reye, alterações metabólicas. Contra indicado em casos de dengue; • Geralmente não é muito usado na Odontologia pelo risco de aumentar o tempo de sangramento. o Derivados pirazolônicos: dipirona, novalgina. 26 • Predomínio dos efeitos analgésicos e antipiréticos. Fraca atividade antiinflamatória; • Útil para modular a dor já estabelecida após o estímulo álgico; • Efeitos indesejados: toxicidade gastrointestinal, reações cutâneas, discrasias sanguíneas; • Uso em adultos e adolescentes acima de 15 anos: Expectativa de dor leve a moderada após procedimento odontológico: comprimidos 500 mg – 6/6 hrs por 24 a 48 hrs. Expectativa de dor moderada após procedimentos mais invasivos: 1 g de dipirona logo após o término do procedimento + doses de manutenção de 500 mg de 6/6 hrs por até 48 hrs. Dipirona em gotas: cada 20 gotas contêm 500 mg. o Derivados do P-aminofenol: paracetamol, tylenol. • Apresenta vantagem sob aspirina por não ser considerado irritante para o trato gastrointestinal; • Não exceder 4 g por dia; • Efeitos indesejados: reações cutâneas, náuseas e vômitos; • Uso em adultos: Expectativa de dor leve a moderada após procedimento odontológico: comprimidos 500 ou 750 mg – 6/6 hrs por 24 a 48 hrs. Expectativa de dor moderada após procedimentos mais invasivos: 750 mg logo após o término do procedimento + doses de manutenção de 500 mg de 6/6 hrs por até 48 hrs. o Ibuprofeno: ácido propiônico. • Efeitos analgésico, antipirético e antiinflamatório significativos; • Uso em adultos: 400 a 600 mg de 6/6 hrs. o Diclofenaco: ácido acético. • Efeitos analgésico, antipirético e antiinflamatório bastante significativos; • Uso em adultos: Diclofenaco sódico (Voltaren) / Diclofenaco potássico (Cataflan) comprimidos 50 mg – 8/8 hrs por até 72 hrs. o Cetorolaco: • Potente ação analgésica. Usado para tratamento a curto prazo da dor aguda de moderada a severa; • Uso em adultos: 10 a 20 mg em dose única ou de 8/8 hrs (sem exceder 60 mg/dia) por até 72 hrs. o Nimesulida: • Efeitos analgésico, antipirético e antiinflamatório significativos; • Bastante indicado na Odontologia. Apresenta menores efeitos gastrointestinais adversos e não exerce efeitos tóxicos cardiovasculares graves; 27 • Uso em adultos: Comprimidos 100 mg 2 vezes ao dia por até 72 hrs. ✓ AINEs – inibidores altamente seletivos da COX 2. o Produzidos para solucionar os efeitos adversos dos AINEs; o Na Odontologia, podem ser indicados principalmente nos casos em que há contra-indicação ao uso de AINEs convencionais (como em casos de gastrite e úlcera graves), porém apenas em pacientes sem nenhuma alteração cardiovascular; o Uso em adultos: Celecoxib: cápsulas 100 a 200 mg – 1 a 2 vezes/dia por até 72 hrs. Etoricoxib: comprimidos 60 a 120 mg – 1 a 2 vezes/dia por até 72 hrs. ✓ AIES (glicocorticóides): antiinflamatórios mais eficazes disponíveis, suplantando os AINEs quanto ao bloqueio do edema. o Efeitos farmacológicos: efeitos metabólicos e sistêmicos, efeitos no feedback negativo na hipófise e hipotálamo, efeitos antiinflamatórios e imunossupressores; o Só devem ser indicados em doenças ou manifestações definidamente responsivas a eles; Só devem ser utilizados após tentativos com medicamentos de menor risco; Emprega-se as menores doses eficazes, pelo menor tempo possível; Descontinuação de tratamento prolongado deve ser lenta e gradual, a fim de permitir reativação funcional progressiva do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal; o Na Odontologia, a utilização é por curto prazo, geralmente com uso preemptivo, 1 h antes de procedimento em que há maior expectativa de edema e dor intensa, como exodontias múltiplas de dentes retidos, implantes, cirurgias maiores, etc; ✓ Tratamento de aftas: acetonida de triancinolona (Omcilon A orabase). Tubo de 10 mg, aplicar pequena quantidade sobre a lesão duas vezes ao dia – após refeições e ao deitar. ✓ Analgésicos opioides: Para tratar dores moderadas, que não responderam bem a outros analgésicos, ou em casos de intolerância a AINEs, pode utilizar associação entre analgésicos opioides leves (codeína ou tramadol) associado a analgésicosnão opioides, por no máximo 72 h. ✓ Fármacos utilizados na prevenção e tratamento de infecções em Odontologia: o Antibióticos: • Bloqueiam a síntese de parede celular: betalactâmicos. o Penicilina: compostos naturais (pouco usados na Odontologia) ou semissintéticos. Estas últimas são obtidas acrescentando precursores específicos no meio onde crescem os fungos produtores das penicilinas naturais, gerando amoxicilina e ampicilina. 28 • A amoxicilina é melhor absorvida por via oral, mesmo após alimentação, possui meia vida maior. A ampicilina é prescrita na impossibilidade de administração oral e possui meia vida mais curta reduzindo a adesão do paciente. • Efeitos adversos: dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. o Cefalosporina: menos sensíveis à ação das betalactamases. • Efeitos adversos: altas doses por tempo prolongado pode provocar colite pesudomembranosa. • Bloqueiam a síntese de proteínas: tetraciclinas, macrolídeos, azalídeos, lincosaminas. o Impedem o crescimento e a reprodução bacteriana, sendo considerados bacteriostáticos. o Tetraciclinas: não são muito usadas na Odontologia. • Efeitos adversos: distúrbios gastrintestinais, anorexia, náuseas, vômitos, diarreia, ulcerações da boca e região perianal, manchas marrons e hipoplasia do esmalte. Em altas doses por tempo prolongado pode podem ser hepatotóxicos e nefrotóxicos. • Não podem ser usados durante gravidez e infância. o Macrolídeos: apresentam ótima absorção e biodisponibilidade após administração oral, além de toxicidade baixa. o Azalídeos: possui vida plasmática maior, alcança altas concentrações nos tecidos infectados. o Lincosaminas: bem absorvida por via oral, presente em altas concentrações em sítios infectados. A reação adversa mais frequente é a diarreia e a complicação mais importante é a colite pseudomembranosa, caracterizada por diarreia com sangue. • Atuam na síntese de ácidos nucleicos: metronidazol. o O medicamento interrompe a síntese de DNA da bactéria, atuando como bactericida. o Efeitos adversos: gosto metálico na boca, dor estomacal, náuseas, vômitos. Pode potencializar o efeito de anticoagulantes. Não deve ser usado com álcool. • Quando prescrever antibióticos na Odontologia? o Tratamento de infecções: uso terapêutico; o Prevenção de infecções: uso profilático; • Possibilidades de uso: administrar por via oral, preferencialmente 1 h antes ou 2 h após refeições. 29 Penicilinas Primeira escolha para tratamento de infecções bucais bacterianas. Penicilina V, Amoxicilina e Ampicilina são efetivas contra cocos aeróbios gram positivos e bacilos anaeróbios gram negativos. Amoxicilina Primeira escolha entre as Penicilinas. Possui melhor absorção oral, tempo de meia vida maior, bem tolerada. Cefalosporinas Não são primeira escolha, possui maior espectro que penicilinas, mas que não coincidem com as bactérias predominantes nas infecções bucais. Mais utilizadas para infecções mais graves. Metronidazol Muito eficazes contra bacilos anaeróbios gram negativos, em infecções agudas como pericoronarite, abscessos periapicais, GUNA, periodontites agressivas, associado à Amoxicilina. Associação de amoxicilina com ácido clavulânico Deve-se reservar para infecções que não respondem bem às penicilinas isoladas ou quando se identificar bactérias produtoras de betalactamases por cultura. Clindamicina Geralmente usada para tratamento de infecções mais avançadas. Deve-se usar de forma criteriosa pois atualmente é o fármaco de primeira escolha para tratamento ou profilaxia de infecções em pacientes alérgicos à penicilina. Claritromicina e azitromicina Mais eficazes no tratamento de abscessos periapicais agudos. Também são alternativas para tratamento de pacientes alérgicos à penicilina. Tetraciclina Antibiótico de largo espectro, mas há espécies resistentes. Doxiciclina é útil para tratamento de periodontites agressivas ou crônicas. Não deve ser utilizada na gravidez e período de crescimento e desenvolvimento de dentes. o Recomenda-se iniciar com uma dose de ataque (geralmente o dobro da dose de manutenção), para atingir concentrações eficazes no sangue rapidamente. O tratamento pode ter duração variável, geralmente em torno de 7 dias. Antiobiótico Doses de manutenção Intervalo usual Amoxicilina 500 8 Metronidazol 250 ou 400 8 Amoxicilina + Clavulanato K 500 + 125 8 Clindamicina 300 8 Claritromicina 500 12 30 Azitromicina 500 24 (3 dias) o Antivirais: • Herpes: a estomatite herpética primária afeta geralmente crianças de 1-6 anos, produz manifestações bucais nos lábios, gengivas, língua, mucosa, com vesículas e feridas doloridas, febre, perda de apetite, dificuldade de deglutição. o Herpes labial recorrente: não há cura, mas pode-se reduzir os sintomas e a duração com uso de medicamentos administrados no início das manifestações. Aciclovir é um agente antiviral que bloqueia a síntese da enzima DNA polimerase, impedindo a duplicação viral. o Aciclovir creme dermatológico 5 % – aplicar 5 vezes ao dia por 5 dias Aciclovir comprimidos 200 mg – administrar, por via oral, 5 vezes ao dia por 5 dias. o Antifúngicos: • Candidoses bucais: infecções fúngicas que afetam a mucosa bucal, geralmente oportunista, com variadas características clínicas. O Candida albicans é o agente etiológico mais comum. o Fatores predisponentes: uso de próteses, redução do fluxo salivar, idade avançada, distúrbios metabólicos, imunossupressão, tratamento com antibiótico de largo espectro. o Tratamento: Remoção da causa, higienização da boca, higienização da prótese; Nistatina – suspensão oral 100000UI/ml – frasco com 50 ml – uso tópico. Bochechar com 5 ml 4 vezes/dia por 14 dias. Reter a solução na boca por 2 minutos. Pode deglutir Cetoconazol – comprimidos 200 mg – uso oral – 1 comprimido/dia por 7-14 dias Miconazol – gel em bisnaga de 40 g – uso tópico - aplicar sobre a prótese 4 vezes/dia por 7-14 dias ✓ Método farmacológico para controle da ansiedade pela provocação da sedação mínima. ✓ Estados de sedação: o Profunda: é uma depressão da consciência induzida por medicamentos, o paciente não responde a comandos verbais, mas responde a estímulos dolorosos. A ventilação espontânea pode estar comprometida e necessitar assistência para manutenção das vias aéreas permeáveis. Deve ser realizado por médico habilitado. 31 o Moderada: é um estado de depressão da consciência no qual o paciente responde a comandos verbais isolados ou associados a estímulos táteis. Geralmente a função cardiovascular e a ventilação espontânea são adequadas. Sujeita a variações. o Mínima: é uma discreta depressão do nível de consciência, produzida por medicamentos, que não afeta a habilidade do paciente respirar de forma automática e independente e de responder de maneira apropriada à estimulação física e a comandos verbais. As funções cognitivas e de coordenação motora encontram-se discretamente afetadas, sem provocar alterações respiratórias e cardiovasculares significativas, geralmente. • Benzodiazepínicos: são os ansiolíticos mais empregados na Odontologia para se obter sedação mínima por via oral, devido à sua grande eficácia, relativa seletividade de efeitos, baixa toxicidade e pouca capacidade de produzirem dependência. Também podem ser utilizados no controle de convulsões causadas por sobredosagem de anestésicos locais, prémedicação nas anestesias gerais, relaxantes musculares, em estados de náuseas ou vômitos e no tratamento adjuvante da depressão. o Diazepam: Tensil, Triazolam: Halcion, Lorazepam: Lorium, Lorax, Nitrazepam: Sonebom, Sonetrat, Midazolam: Dormonid, Alprazolam: Frontal, Clonazepam: Rivotril. o Efeitos colaterais: sonolência, efeitos paradoxais (contrário do que se esperava), amnésiaanterógrada, redução da pressão arterial e frequência respiratória, alucinações. o Uso: via oral, com uso de um comprimido uma hora antes do procedimento e, quando necessário, um comprimido na noite anterior.
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