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Caderneta Anestesiologia e Terapêutica Completo

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1 
 
Frequência cardíaca (FC), em repouso: 
Bebês 100-170 bpm 
Crianças 2-10 anos 70-120 bpm 
Crianças > 10 anos e 
adultos 
60-100 bpm 
 
Frequência respiratória (FR), em repouso: 
Bebês 30-40 Fr/Min 
1-2 anos 25-30 Fr/Min 
2-8 anos 20-25 Fr/Min 
8-12 anos 18-20 Fr/Min 
Adultos 14-18 Fr/Min 
 
 
 
Classificação da pressão arterial (PA), em adultos: 
P.A. sistólica e diastólica 
(mmHg) 
JNC7 2017 ACC/AHA 
<120 e <80 P.A. normal P.A. normal 
120-129 e <80 Pré-hipertensão P.A. elevada 
130-139 ou 80-89 Pré-hipertensão Hipertensão estágio 1 
140-159 ou 90-99 Hipertensão estágio 1 Hipertensão estágio 2 
≥160 ou ≥100 Hipertensão estágio 2 Hipertensão estágio 2 
 
 
 
Classificação do estado físico segunda a ASA (American Society of Anesthesiologists): 
✓ ASA1 – Paciente saudável; 
✓ ASA2 – Paciente com doença sistêmica leve; 
✓ ASA3 – Paciente com doença sistêmica grave; 
✓ ASA4 – Paciente com doença sistêmica grave que é uma ameaça constante à vida; 
✓ ASA5 – Paciente moribundo que não se espera que sobreviva sem a cirurgia; 
✓ ASA6 – Paciente com morte cerebral cujos órgãos serão removidos para fins de 
doação. 
 
 
 
 
 
2 
 
✓ Nociceptores: terminações nervosas livres sensíveis a diferentes tipos de 
estímulos (térmico, mecânico e químico) de intensidade nociva. 
o Etapas da nocicepção: 
• Transdução: impulso doloroso é recebido pelos nociceptores e 
transformados em potencial de ação; 
• Transmissão: impulso é conduzido até coluna posterior da medula 
espinal; 
• Modulação: na medula espinal, o impulso é modulado antes de chegar a 
níveis superiores do sistema nervoso central (SNC); 
• Percepção: impulso é integrado e percebido como dor. 
 
o Despolarização: os estímulos mecânicos, térmicos e químicos intensos 
induzem a ativação de canais de sódio das membranas dos neurônios 
sensoriais, permitindo o influxo do íon no neurônio. 
o Repolarização e hiperpolarização: a despolarização representa a 
transmissão do impulso, e é seguida pela abertura de canais lentos de 
potássio, permitindo o efluxo desse íon do neurônio, com o retorno do 
potencial de membrana a valores negativos. 
 
✓ Os anestésicos locais (AL) são agentes que causam redução da sensibilidade, 
através do bloqueio reversível da condução nervosa, quando aplicados a uma 
região circunscrita do corpo, sem perda da consciência. Após sua remoção, há 
retorno completo e espontâneo da transmissão. 
o Mecanismo de ação: interação com receptores específicos nos canais de 
sódio voltagem dependentes, bloqueando os canais e a entrada de sódio 
após um estímulo. Bloqueiam a condução nas fibras nervosas de pequeno 
diâmetro mais rapidamente. As fibras motoras são mais resistentes. 
o Estrutura química: anel aromático + cadeia intermediária (éster ou amida) + 
grupo amina. 
• Ésteres: são mais alergênicos, mais instáveis, sofrem rápida hidrólise 
por esterases no plasma e tecidos, com menor duração do efeito. 
Estão em desuso na Odontologia, sendo usados apenas como 
anestésicos tópicos; 
• Amidas: são mais estáveis, menos alérgenas, sofrem biotransformação 
hepática, com duração do efeito maior. São as mais usadas 
atualmente. 
o Efeitos colaterais e tóxicos gerais (decorrentes geralmente de erro na 
técnica de injeção): 
• SNC: maior afinidade para os neurônios inibitórios gera inicialmente 
sintomas excitatórios (confusão mental, agitação, tremores, 
convulsão), quando a concentração aumenta também age em 
 
neurônios excitatórios gerando sintomas de inibição do SNC 
(inconsciência, coma, depressão respiratória, morte); 
• Cardiovascular: depressão miocárdia (reduz força de contração) e 
vasodilatação, podendo causar queda de P.A.; 
 
 
3 
 
• Hematológicos: observados com o uso da prilocaína ou mepivacaína 
em altas doses, podendo converter a hemoglobina em 
metahemoglobina (menor transporte de O2). 
o Doses máximas: deve-se sempre minimizar as doses, empregando-se a 
menor dose clinicamente eficaz. As doses máximas recomendadas pelos 
autores são sempre menores que as recomendadas pelos fabricantes. 
• Doses máximas recomendadas pelos autores: 
 
Anestésico local Dose máxima (mg/Kg) Máximo absoluto (independente 
do peso) 
Lidocaína 2% 4,4 mg 300 mg 
Mepivacaína 2% ou 3% 
(SV) 
4,4 mg 300 mg 
Prilocaína 3% 6 mg 400 mg 
Articaína 4% 7 mg 500 mg 
Bupivacaína 0,5% 1,3 mg 90 mg 
 
• Exemplo de cálculo da dose máxima e número de tubetes para ASA1 
(resultado varia de acordo com o anestésico): 
Lidocaína 2% = 20 mg/mL 
2g do sal – 100 mL solução 
2000mg – 100 mL ... 20mg/mL 
1 tubete = 1,8 mL ... 20mg x 1,8 = 36mg de lidocaína em 1 tubete. 
Dose máxima da lidocaína 2% = 4,4 mg/Kg 
 Dose máxima para criança de 20Kg: 
20x4,4 = 88mg 88 ÷ 36 = 2,4 tubetes 
 Dose máxima para adulto de 60Kg: 
60x4,4 = 264 mg 264 ÷ 36 = 7,3 tubetes 
 Dose máxima para adulto de 100Kg: 
100x4,4 = 440 mg (porém a dose máxima é de 300mg) 300 ÷ 36 = 8,3 tubetes 
 
 
✓ Conteúdo das soluções anestésicas (em tubetes de 1,8 mL): 
o Sal anestésico: deve apresentar baixa toxicidade sistêmica, não ser irritante 
aos tecidos, não causar lesão permanente às estruturas nervosas, tempo 
para início da anestesia (latência) deve ser o mais curto possível, duração de 
ação suficiente para a realização do procedimento cirúrgico – com ação 
reversível. 
• Lidocaína: considerada o anestésico padrão na Odontologia. 
Encontrada em concentração de 2% e associada geralmente à 
 
 
epinefrina, norepinefrina, fenilefrina ou sem vasoconstritor. Possui 
ação vasodilatadora. Início da ação de 2 a 3 minutos. Quando 
associada a vasoconstritor, proporciona em torno de 60 minutos de 
 
 
4 
 
anestesia pulpar e até 180 minutos em tecidos moles. Metabolizada no 
fígado, eliminada pelos rins. Tempo de meia-vida: 1,6h; 
• Prilocaína: início de ação por volta de 2 a 4 minutos. Duração de 60 
minutos pulpar e 180 minutos em tecidos moles. A concentração 
odontológica eficaz é de 3 ou 4% e possui menor atividade 
vasodilatadora. Felipressina como vasoconstritor. Contra-indicada em 
gestantes. Metabolizada mais rapidamente no fígado e pulmões e 
eliminada pelos rins. Tempo de meia-vida: 1,6h. Menos tóxica que a 
lidocaína e mepivacaína, mas em caso de superdosagem pode 
aumentar níveis de metahemoglobina no sangue (cuidado redobrado 
com pacientes com deficiência de oxigenação); 
• Mepivacaína: início de ação por volta de 1,5 a 2 minutos. Duração de 
60 minutos pulpar e 2 a 4 horas em tecidos moles. Sofre 
biotransformação hepática e é eliminada pelos r ins. Tempo de meia-
vida: 1,6h. Pouca ação vasodilatadora. Deve ser evitada em gestantes 
e crianças (risco de metahemoglobina). Concentração é de 2% com 
vasoconstritor e de 3% sem. Associada a epinefrina, norepinefrina ou 
levonordefrina; 
• Articaína: início de ação 1 a 3 minutos. Toxicidade semelhante à 
lidocaína. Duração média de 180 minutos pulpar. É metabolizada por 
colinesterases plasmáticas, gerando metabólito inativo e inerte, sendo 
eliminada rapidamente pelos rins. Por isso, é adequada para idosos e 
pacientes com disfunção hepática ou renal. Tempo de meia-vida: 1h. 
Concentração ideal 4%; 
• Cloridrato de bupivacaína: concentração de 0,5% com ou sem 
vasoconstritor. Inicia sua ação por volta de 6 a 10 minutos e a 
anestesia pode persistir de 4 a 9 horas. Metabolizada no fígado, 
eliminada pelos rins. Tempo de meia-vida: 2,7h. Não é recomendada 
para menores de 12 anos (pelo risco de mordedura de lábios e língua), 
gestantes, idosos, hepatopatas, nefropatas. Mais útil para controle da 
dor pós-operatória apenas nas primeiras horas; 
• Benzocaína: único anestésico do grupo éster disponível no Brasil, 
empregado apenas como anestésico tópico. Na concentração de 20% 
promove anestesia da mucosa superficial após 2 minutos. 
o Vasoconstritores: possibilita que o sal anestésico permaneça por mais 
tempo no local da injeção. Em contato com as fibras nervosas,prolonga a 
duração da anestesia, reduz o risco de toxicidade e ainda produz 
hemostasia, pela redução do calibre dos vasos, reduzindo o sangramento em 
procedimentos cirúrgicos. 
• Epinefrina: é o mais utilizado no mundo. Tem afinidade por receptores 
alfa 1 dos vasos das redes arteriolar e venosa, promovendo 
vasoconstrição. Ao ser absorvida, também interage com receptores 
 
 
beta no coração (aumento da força e frequência cardíaca). Pode 
provocar também dilatação das artérias coronárias e grandes vasos, 
 
 
5 
 
aumentando o fluxo sanguíneo para o miocárdio. Em pacientes com 
doenças cardiovasculares a dosagem de epinefrina deve ser reduzida; 
• Concentrações disponíveis: 
1:50000 (1g:50000mL) – maior concentração, provoca isquemia intensa e pode gerar 
vasodilatação rebote, com perda de sangue após a cirurgia; 
1:100000 (1g:100000mL) – mais indicada; 
1:200000 (1g:200000mL) – possui menor concentração de epinefrina. 
 
• Dose máxima segura: 
Pacientes saudáveis: 0,2mg por sessão (11 tubetes); 
Pacientes com doença cardíaca (ASA3 ou 4): 0,04mg por sessão (2 tubetes). 
• Norepinefrina: não apresenta nenhuma vantagem sobre a epinefrina e 
a maioria dos relatos de reações adversas a vasoconstritores ocorre 
com o uso de norepinefrina, como cefaleia intensas, elevação de 
pressão arterial, necrose e descamação tecidual. Em função disso, seu 
uso na Odontologia está sendo abolido; 
• Levonordefrina: possui menor atividade vesopressora e não 
apresenta nenhuma vantagem sobre a epinefrina; 
• Concentrações disponíveis: 
1g:20000mL 
1mg:20mL 
0,05mg/mL = 0,09mg/tubete 
• Dose máxima: 
1mg por consulta para qualquer paciente (11 tubetes). 
 
• Fenilefrina: vasoconstritor sintético. É um alfa estimulador, com 
pequena atividade em receptores beta. Na concentração empregada, 
promove vasoconstrição prolongada. Os efeitos adversos, quando na 
sobredosagem, também são mais duradouros. Não apresenta 
vantagem sobre a epinefrina; 
• Concentrações disponíveis: 
1g:2500mL 
1mg:2,5mL 
0,04mg/mL = 0,720mg/tubete 
• Dose máxima: 
4mg por consulta para pacientes saudáveis (5,5 tubetes); 
1,6mg para pacientes ASA3 e 4 (2 tubetes). 
 
 
 
 
6 
 
• Felipressina: por sua semelhança com a ocitocina, pode induzir 
contrações uterinas, sendo contra indicada para gestantes. Não possui 
efeitos sobre o miocárdio e influencia pouco a pressão arterial. 
Presente em soluções em que o sal anestésico é a prilocaína. 
• Concentrações disponíveis: 
0,03UI/mL 
0,054UI/tubete 
• Dose máxima: 
0,27UI por consulta para pacientes ASA3 e 4 (5 tubetes). 
o Preferências especiais: 
• Gestantes: preferência para lidocaína 2% com epinefrina 1:100000, no 
máximo 2 tubetes. Evitar prilocaína e mepivacaína (metahemoglobina) 
e felipressina (contrações); 
• Diabéticos: preferência para prilocaína 3% com felipressina. Evitar a 
epinefrina pelo risco de aumento da glicemia; 
• Idosos e pacientes com disfunção renal ou hepática: articaína é o 
anestésico ideal; 
• Crianças: preferência por lidocaína 2% com epinefrina 1:100000. 
Cuidado para não provocar superdosagem. 
 
 
 
 
✓ Seringa: 
o Descartáveis: apresentam diversas graduações em mL. Algumas apresentam 
uma proteção plástica acoplada à agulha para minimizar o risco de acidente 
perfurocortante. Podem apresentar um bico de união com a agulha que pode 
ser de pressão. A desvantagem é que não possibilitam refluxo automático, ou 
seja, caso a agulha atinja um vaso sanguíneo acidentalmente, é necessário 
tracionar o êmbolo para trás, este movimento é necessário duas mãos e é 
incômodo para o paciente. Não são utilizadas em técnicas de anestesia 
intraoral, apenas extra oral; 
o Carpule: são as mais utilizadas e devem ser esterilizadas na autoclave. Além 
de possibilitar o refluxo automático, apresenta manuseio mais fácil e menor 
risco de quebra de tubete de vidro. 
✓ Agulha: possibilitam que o anestésico local contido no tubete seja depositado nos 
tecidos de forma eficiente e prática. Quando se utiliza a agulha várias vezes em um 
mesmo paciente (3 ou 4), o bisel se torna rombo e promove mais desconforto na 
 
 
 
 
 
7 
 
penetração. É recomendado, em caso de várias infiltrações, que se troque a 
agulha. Proibido reencapar a agulha após o uso. 
o Extra curtas: aproximadamente 10mm, mais usadas em alguns 
procedimentos pediátricos; 
o Curtas: em média 25mm, utilizadas para a realização da maioria das técnicas 
que não exigem grandes profundidades; 
o Longas: em média 35mm, úteis quando é necessário atingir profundidade 
maior para deposição do anestésico; 
o Extra longas: 41mm e são utilizadas para procedimentos mais específicos, 
como anestesias extra orais. 
 
 
 
✓ Tubete: armazena a solução anestésica que será injetada. Cilindros de plástico 
são mais porosos, dificultando o deslizamento da rolha, possuem menor 
translucidez para observação de contaminações ou refluxo positivo, porém são 
mais resistentes a quebra. Os cilindros de vidro são os mais adequados. No interior 
do cilindro, observa-se uma pequena bolha de gás nitrogênio (2mm), que é inserida 
na fabricação com objetivo de remover o oxigênio, evitando oxidação. Observar 
sempre a integridade da rolha e da tampa de alumínio. 
✓ Equipamentos acessórios: 
o Gaze: para secar a mucosa antes da aplicação do anestésico tópico; 
o Cotonete: para aplicação do anestésico tópico em área restrita; 
o Anestésico tópico: permite anestesia superficial da mucosa, reduzindo o 
desconforto na punção; 
o Pinça hemostática / Porta agulha: pode ajudar a remover agulha em caso de 
fratura e também a remover a agulha da seringa carpule sem contato manual 
direto. 
 
 
 
 
8 
 
 Técnica de injeção atraumática:
1- Use uma agulha pontiaguda 
esterilizada; 
2- Verifique o fluxo da solução 
anestésica local; 
3- Determine se vai aquecer o 
cartucho anestésico ou a 
seringa; 
4- Posicione o paciente; 
5- Seque o tecido; 
6- Aplique um antisséptico 
tópico (opcional); 
7- Aplique um anestésico 
tópico; 
8- Comunique-se com o 
paciente; 
9- Estabeleça um apoio firme 
para as mãos; 
10- Torne o tecido 
esticado; 
11- Mantenha a seringa 
fora da linha de visão do 
paciente; 
12- Introduza a agulha na 
mucosa; 
13- Observe o paciente e 
comunique-se com ele; 
14- Injete algumas gotas 
da solução anestésica local 
(opcional); 
15- Faça a agulha avançar 
lentamente até o alvo; 
16- Deposite várias gotas 
de anestésico local antes de 
tocar o periósteo; 
17- Aspire 2 vezes; 
18- Deposite lentamente a 
solução anestésica local; 
19- Comunique-se com o 
paciente; 
20- Retire lentamente a 
seringa. Cubra a agulha e 
descarte-a. 
21- Observe o paciente 
após a injeção; 
22- Registre a injeção na 
ficha do paciente. 
 
 
(posicionamento para ter um apoio firme para as mãos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
✓ Técnicas anestésicas maxilares: 
 
o Anestesia terminal profunda infiltrativa supraperiosteal : é a mais 
utilizada para dentes superiores. Consiste em se puncionar a mucosa, 
fazendo com que a ponta da agulha penetre até a região submucosa, junto 
ao periósteo, mas sem atingi-lo ou penetrá-lo. 
• Indicação: anestesia de qualquer dente maxilar; 
• Ponto de punção: fundo de saco adjacente ao elemento; 
• Penetração da agulha: inserção da agulha curta e paralela ao longo 
eixo do dente; até que sua ponta esteja próxima ao ápice do elemento; 
bisel voltado para o osso; 
• Depósito da solução: próximo ao ápice do elemento; 0,6 a 0,9 mL. 
 
 
 
 
 
10 
 
 
o Anestesia por bloqueio regional: o anestésico é depositado próximo ao 
tronco nervoso principal, geralmente distante do local da intervenção 
operatória. Geralmente provoca anestesia de uma área maior. 
• Indicação: quando se deseja anestesiar mais de dois dentes na mesma 
hemiacarda, ao invés de fazer três infiltrativas supraperiósteas; casos 
de inflamações e infecções ou quandose deseja anestesiar áreas de 
osso muito compacto, como na mandíbula. 
• Bloqueio do nervo alveolar superior posterior (bloqueio da 
tuberosidade baixa): eficaz para anestesiar polpas de terceiro, 
segundo e primeiro molar, além de tecido vestibular. Como a raiz 
mesiovestibular do primeiro molar é inervada pelo alveolar superior 
médio, torna-se então necessário uma segunda injeção supraperiosteal 
para que ela seja anestesiada mais efetivamente. 
o O C.D. deve se posicionar na posição 10h (para bloqueio do 
NAS esquerdo) e na posição 8h (para bloqueio do NAS direito); 
 
 
 
 
o Agulha curta calibre 27; área de introdução da agulha é a prega 
mucovestibular acima do segundo molar superior; bisel da 
agulha voltado para a superfície óssea; introduz-se a agulha 
avançando lentamente para cima, para dentro e para trás em um 
só movimento, formando um ângulo de 45º com o plano oclusal; 
o Pontos de referência: tuberosidade e processo zigomático da 
maxila; 
o Sinais e sintomas: o paciente tem dificuldades em relatar 
sintomas de anestesia local, a eficácia é aferida por meio de 
ausência de dor durante o tratamento. 
• Bloqueio do nervo alveolar superior médio: indicado principalmente 
quando o bloqueio do nervo infraorbitário não produzir anestesia 
pulpar distal ao canino superior. O bloqueio pode ser feito na parede 
da maxila, acima do ápice do segundo pré-molar, semelhante a uma 
anestesia supraperióstea. Tem utilidade clínica limitada, pelo fato de 
que o nervo alveolar superior médio está presente em 30% da 
população. 
 
 
11 
 
o Posição 10h para lado direito e 8-9h para o esquerdo; 
o Agulha curta; introduzir a agulha até que a mesma alcance o 
ápice do segundo pré-molar superior; 
o Sinais e sintomas: parestesia do lábio superior e ausência de 
dor durante o tratamento. 
• Bloqueio do nervo alveolar superior anterior : para procedimentos 
que envolvem dentes anteriores maxilares. Também pode ser 
anestesiado na técnica do bloqueio do nervo infraorbitário. 
o Posiçao 10h para lados direito e esquerdo; 
o Agulha curta; área de punção na prega mucojugal acima do 
canino superior; 
o Podem ser bloqueados infiltrando-se lateralmente à abertura 
piriforme, na altura do ápice canino, além da possibilidade de 
anestesia supraperióstea da região. As fibras desse ramo podem 
cruzar o plano mediano, então deve-se anestesiar também o 
lado oposto, para anestesiar o incisivo central; 
o Sinais e sintomas: parestesia do lábio superior e ausência de 
dor durante a manipulação da região de incisivos e caninos 
superiores. 
• Bloqueio do nervo infraorbitário: produz anestesia pulpar e dos 
tecidos moles bucais, desde o incisivo central superior até os pré-
molares, em cerca de 72% dos pacientes. Técnica intra e extra bucal, 
sendo a última pouco utilizada na Odontologia por ser mais dolorosa e 
traumática para o paciente. Indicado para casos de infecções 
localizadas na região maxilar como forma de um bloqueio mais 
distante e quando as injeções supraperiosteais locais forem ineficazes 
devido a um osso cortical extremamente denso; 
o Profissional na posição 10h e paciente na cadeira de forma que 
seu plano oclusal forme um ângulo de 45º com o chão; agulha 
longa calibre 27; as vias de penetração mais utilizadas são a 
área de primeiro pré-molar e o incisivo central superior; manter 
pressão firme com o dedo sobre o local da injeção de forma a 
aumentar a difusão da solução anestésica para o forame 
infraorbital por 1 a 2 minutos; 
o Para localização do forame infraorbital existem algumas técnicas 
conhecidas. O paciente deve estar olhando para frente, palpar a região 
do rebordo infraorbital. Uma linha reta imaginária é traçada 
verticalmente, passando pelo centro pupilar, forame infraorbital, pré-
molares e forame mentoniano. Quando o rebordo infraorbital é palpado 
pode-se observar uma saliência, que corresponde a sutura 
maxilozigomática; deslizando o indicador aproximadamente 1 cm para 
baixo, comprimindo suavemente os tecidos, observaremos uma 
depressão rasa, onde está localizado o forame infraorbital; 
o Sinais e sintomas: paciente relata anestesia, mediante a sensação de 
dormência de lábio superior, pálpebra inferior e asa do nariz. 
• Bloqueio do nervo palatino maior: indicado para procedimentos cirúrgicos, 
periodontais ou que necessitem manipulação palatina, como colocação de 
grampos para isolamento absoluto, adaptação da matriz subgengival, etc. As 
 
 
12 
 
 
 
injeções na região palatina são procedimentos traumáticos para muitos 
pacientes. 
o Posição 7-8h para o lado direito e 11h para o esquerdo; 
o Agulha curta calibre 27; bisel orientado em direção aos tecidos 
palatinos; compressão do local com cotonete antes, durante e depois 
da injeção; 
o Sinais e sintomas: sensação de torpor na região do palato, porém para 
avaliação objetiva do sucesso anestésico é necessária manipulação 
local. Observa-se durante a injeção ligeira isquemia do local. 
• Bloqueio do nervo nasopalatino (bloqueio do nervo esfenopalatino): pode 
ser bloqueado ao emergir do forame incisivo. Indicado para exodontias, 
restaurações subgengivais, inserção de matriz subgengival, grampos, etc. 
o Posição 9-10h; 
o Agulha curta calibre 27, sendo introduzida lateralmente à papila 
incisiva em um ângulo de aproximadamente 45º com a linha 
média; 
o Ponto de referência: observar a papila incisiva que recobre o 
forame incisivo. 
o Sinais e sintomas: sensação de torpor na região anterior do 
palato pelo paciente e ausência de sensibilidade dolorosa 
durante o tratamento. 
o Anestesia troncular: 
• Bloqueio do nervo maxilar: método eficaz para se obter anestesia 
profunda de todo hemi maxila. Indicada em procedimentos que 
envolvam manipulação de todo o quadrante maxilar, cirurgias 
extensas, quando uma infecção ou inflamação impeçam a realização 
de um bloqueio nos ramos terminais maxilares ou como auxílio 
diagnóstico de neuralgia do trigêmeo. Pode ser realizada por via intra -
oral ou extra-oral. 
o Áreas anestesiadas: região temporal anterior e zigomática, 
pálpebra inferior, asa do nariz, lábio superior, dentes superiores, 
osso alveolar e mucosas adjacentes, palato duro e mole, tonsila, 
parte da faringe e septo e soalho nasal; 
o Agulha 25 ou 27G longa; área da punctura na prega 
mucovestibular acima da face distal do segundo molar superior; 
o Ponto de referência: tuberosidade e processo zigomático da 
maxila. 
o Volume recomendados de anestésicos locais para as principais técnicas 
maxilares: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
Técnica Volume (mL) 
Supraperióstea 0,6 
Alveolar superior posterior 0,9-1,8 
Alveolar superior médio 0,9-1,2 
Alveolar superior anterior 0,9-1,2 
Infraorbitário 0,9-1,2 
Palatino maior 0,45-0,6 
Nasopalatino 0,45 (máximo) 
Infiltração no palato 0,2-0,3 
 
✓ Técnicas anestésicas mandibulares: 
 
o Bloqueio do nervo alveolar inferior (técnica anestésica pterigomandibular): 
indicado para procedimentos em múltiplos dentes mandibulares, situação em 
que é necessária anestesia de tecidos moles bucais e linguais. Contra 
indicado em casos de infecção ou inflamação aguda na área (rara). 
• Áreas anestesiadas: todos os dentes mandibulares do hemiarco até a 
linha média e corpo da mandíbula e porção inferior do ramo 
mandibular (nervo alveolar inferior), mucosa vestibular anterior ao 
primeiro molar inferior (nervo mentoniano), dois terços anteriores da 
língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual); 
• Desvantagens: taxas de sucesso em torno de 80%, a anestesia de 
amplas áreas, do lábio e língua pode ser perigosa para alguns 
pacientes como crianças, pelo risco de auto mutilação; 
• Técnica direta de bloqueio do nervo alveolar inferior: 
o Serão anestesiados o nervo alveolar inferior e o nervo lingual; 
o Posição 8h para lado direito e 10h para o esquerdo; 
o Pontos de reparo anatômico: incisura coronóide, rafe 
pterigomandibular,e plano oclusal dos dentes posteriores 
mandibulares; 
 
 
14 
 
 
 
 
o Com o dedo indicador ou polegar de mão esquerda, palpa-se a 
incisura coronóide e afasta-se os tecidos, para facilitar a injeção; 
Traça-se uma linha imaginária da ponta do dedo até a rafe 
pterigomandibular; O ponto de introdução da agulha situa-se a 
três quartos de distância anteroposterior da incisura até a rafe, 
geralmente a 1cm acima do plano oclusal; 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
o Usar agulha longa calibre 25 ou 27G; Ao tocar o osso, recuar 
1mm e injetar 1mL da solução para anestesiar o nervo alveolar 
inferior; Depois, recuar 1/3 da agulha e injetar mais 0,5mL da 
solução para anestesiar o nervo lingual; 
o Sinais e sintomas: dormência no lábio inferior e na borda lateral 
da língua do lado anestesiado, ausência de dor durante o 
procedimento; 
o Sempre verificar o refluxo, pois a taxa de refluxos positivos é 
maior nessa técnica: 10 a 15%. 
• Técnica indireta (de três posições): 
o Permite anestesiar o nervo bucal, lingual e alveolar inferior; 
o Ponto de punção: depressão entre a linha oblíqua externa e 
ligamento pterigomandibular 1cm acima do plano oclusal; 
o Região anestesiada: dentes da hemiarcada abordada, mucosa 
vestibular e lingual, língua, assoalho bucal, comissura labial, 
podendo estender até o lábio inferior e mucosa jugal; 
o ¼ de tubete no primeiro tempo, ¼ no segundo e ½ no terceiro 
tempo; 
o Agulha longa; 
o Primeira posição: agulha penetra inicialmente no mesmo ponto 
de punção da técnica direta (a ¾ da distância anteroposterior 
entre o ramo anterior da mandíbula e a rafe pterigomandibular, a 
1cm acima do plano oclusal). Penetrar com agulha 
aproximadamente 5mm, atingindo o nervo bucal. Depositar 
aproximadamente 0,5mL da solução anestésica, lentamente; 
 
o Segunda posição: inserir mais 5mm da agulha e injetar mais 
0,5mL da solução, bloqueando o nervo lingual; 
 
 
 
16 
 
o Terceira posição: retiramos a agulha de forma a deixar apenas a 
ponta no interior dos tecidos. Girar o conjunto até a região do 
segundo pré-molar do lado oposto. Reintroduzir a agulha até 
tocar levemente o osso e recuar 1mm. Depositar 1mL da solução 
lentamente. Será anestesiado o nervo alveolar inferior. 
 
o Bloqueio do nervo bucal: 
• A agulha será introduzida na mucosa vestibular do dente molar inferior 
mais distal do arco (geralmente segundo ou terceiro molar); 
• Pontos de reparo: molares inferiores e prega muco jugal; 
• Injetar 0,3mL do anestésico após o refluxo; 
o Bloqueio do nervo lingual: 
• Introduzir a agulha no mesmo local da técnica direta do alveolar 
inferior na profundidade de aproximadamente 10mm, realizar o refluxo 
e injetar 0,5 a 1mL da solução; 
o Bloqueio dos nervos mentoniano e incisivos : utilizados em intervenções 
entre primeiro pré-molar e incisivo central; 
• Ponto de punção: fundo de saco entre pré-molares; 
• Região anestesiada: dentes entre primeiro pré-molar e incisivo central, 
mucosas vestibular, lábio inferior e mento; 
• Depositar cerca de 0,5 a 1mL do tubete entre os ápices dos elementos 
após refluxo; 
• Introdução da agulha e a injeção da solução deve ser feita de cima 
para baixo, de trás para frente e de fora para dentro, em um único 
movimento; 
• Agulha curta calibre 25 ou 27G. Introduzir na prega muco jugal na 
direção dos pré-molares inferiores. Afastar o lábio e localizar o forame 
mentoniano (palpar a região da prega mucojugal e pressionar contra o 
corpo da mandíbula, a área do forma apresenta-se irregular e 
ligeiramente côncava na mesma linha da pupila). 
 
 
 
17 
 
 
 
 
o Bloqueio troncular de Gow-Gates: bloqueia todo o tronco do nervo 
mandibular, com altas taxas de sucesso e menor taxa de aspiração positiva 
(2%). 
• Região anestesiada: todos os dentes mandibulares até a linha média, 
mucosa em toda região vestibular do hemiarco, 2/3 anteriores da 
língua e soalho da boca, corpo da mandíbula e porção inferior do 
ramo, pele sobre o zigoma, região temporal e parte posterior da região 
jugal; 
• Agulha longa 25 ou 27G. Paciente deitado e profissional à frente e ao 
lado direito; 
• 1- Traçar uma linha imaginária da comissura labial até a incisura 
intertrago; 
• 2- Colocar o dedo na incisura coronóide, retraindo os tecidos. 
Visualizar os pontos de referência: cúspide palatina do segundo molar 
superior. A introdução da agulha fica imediatamente distal ao segundo 
molar maxilar. Secar mucosa e aplicar anestésico tópico; 
• 3- O corpo da seringa deve estar direcionado para o ângulo da boca, 
sobre os pré-molares, do lado oposto ao que será anestesiado, 
alinhado no mesmo plano imaginário traçado no início; 
• 4- Introduzir a agulha nos tecidos distais ao segundo molar superior, 
na altura da face mesial da cúspide palatina; agulha avança até 
encostar no osso (25mm), retrair 1mm e injetar 1,8mL do anestésico. 
Pedir que o paciente mantenha a boca aberta por 2 minutos após 
injeção para facilitar a difusão da solução. 
 
 
 
18 
 
 
 
o Técnica de Vazirani-Akinosi: usada em casos nos quais o paciente não 
consegue abrir a boca. São anestesiados os nervos alveolar inferior, 
mentoniano e incisivo, lingual e milohióideo. 
• Agulha longa calibre 25 ou 27; 
• Coloca-se o dedo indicador sobre a incisura coronóide, afastando 
tecidos moles lateralmente; Agulha será introduzida nos tecidos moles 
sobre a borda medial do ramo mandibular adjacente à tuberosidade 
maxilar, na prega mucogengival correspondente ao terceiro molar 
superior; 
• O corpo da seringa é posicionado paralelamente ao plano oclusal 
maxilar; Orientar a agulha posteriormente e ligeiramente para o lado, 
de forma a avançar tangenciando o processo alveolar maxilar 
posterior, paralela ao plano de oclusão maxilar. Bisel voltado para a 
linha média; 
• Avançar com a agulha em torno de 25mm e injetar fazendo refluxo 
1,5mL do tubete. 
 
o Anestesia terminal pronfunda infiltrativa intrapulpar: visa depositar o 
anestésico diretamente na polpa dentária. Indicada como complementar 
durante procedimento endodônticos, principalmente biopulpectomias. 
• Agulha curta 27G, inserir na polpa (de preferência dentro dos canais 
radiculares); 
• Injetar pequeno volume de anestésico, sob pressão. Pode provocar dor 
aguda durante a injeção; 
• Nessa técnica, pode ser necessário promover uma dobra na agulha 
para facilitar o acesso à câmara pulpar e canais radiculares. Apesar de 
reduzir a resistência da agulha e aumentar risco de fraturas, nessa 
técnica isso não representa grande problema já que a injeção é 
diretamente no dente, sem penetração em tecidos moles. 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
o Anestesia terminal profunda infiltrativa intra-óssea: pouco utilizada, em 
complementação a outras, e pode provocar fratura da agulha, dor e 
desconforto pós anestésico. Penetra-se inicialmente no tecido ósseo com 
uma broca; Introduz a agulha e deposita o agente anestésico no osso 
modular (esponjoso) entre as corticais ósseas. 
 
o Anestesia terminal profunda infiltrativa intraseptal : realizado no septo de 
dois dentes contíguos. É uma variação da anestesia intra óssea. Utilizada 
pouco, mais nas cirurgias periodontais. Pressionar delicadamente agulha 
25G no osso esponjoso intraseptal. Anestesia alvéolo, pericemento e nervo 
apical. É necessário que a membrana mucosa já esteja anestesiada. 
 
o Anestesia terminal profunda infiltrativa intraligamentar : Consiste em injetar-
se no ligamento alvéolo-dental, introduzindo a agulha sob a borda livre da gengiva no 
lado mesial do dente. Os resultados práticos nem sempre são satisfatórios, e são 
obtidos às custas de fortes dores ao paciente. Indicado para pacientes hemofílicos, 
 
 
20 
 
 
 
como complementação de técnica anestesiológica. Consiste na introdução da agulha 
sob a borda livre da gengiva no lado mesial do dente. 
 
 
 
 
✓ As complicações provenientes da anestesia podem ser locais (ocorrem no pontoda injeção 
ou em área vizinha) ou podem ser sistêmicas (distantes do local da injeção). 
o Complicações locais: 
• Fratura de agulha: ocorre no ponto de menor resistência, na junção entre a 
agulha e o canhão de plástico. Por isso, indica-se o uso de agulhas longas 
em injeções que exijam penetração profunda (>18mm) nos tecidos moles. 
Maior frequência na anestesia por bloqueio regional dos nervos alveolar 
inferior, lingual e bucal, devido a movimentos bruscos tanto do paciente 
quanto do C.D. 
o O que fazer: impedir que o paciente feche a boca. Caso apareça parte 
da agulha fraturada, é fácil retirá-la com uma pinça hemostática. Caso 
a agulha desapareça dentro do tecido, deve-se informar o paciente e 
encaminhá-lo para realizar acompanhamento por imagens (radiografia 
e tomografia). Após controle radiográfico e optação pela remoção da 
agulha, esta deve ser realizada em ambiente hospitalar por um 
cirurgião buco maxilo facial sob anestesia geral para evitar 
movimentação do paciente; 
o Prevenção: evitar usar agulhas curtas para bloqueio do nervo alveolar 
inferior; evitar usar agulhas calibre 30, principalmente para bloqueio do 
alveolar inferior; não encurvar agulhas ao inseri-las em tecidos moles; 
não inserir agulha em tecido mole até o canhão; ter cuidado extra ao 
inserir agulhas em crianças ou pessoas com fobias mais graves, pelo 
risco de movimentos bruscos. 
• Dor e ardência: pode ser evitada usando agulhas com bisel adequado, 
facilitando a penetração nos tecidos, além da técnica anestésica correta. 
Deve-se sempre utilizar anestésico tópico antes da punção e em anestesias 
no palato, utilizar técnicas atraumáticas. A ardência pode ser reduzida pela 
administração da solução anestésica de forma lenta e constante. 
• Hematoma e equimose: causados por lesão provocada pela agulha na 
parede do vaso, gerando acúmulo de sangue no interior dos tecidos, nos 
 
 
21 
 
 
 
espaços intrateciduais. A complexicidade depende dos vasos atingidos. As 
áreas mais comuns de ocorrência são tuberosidades maxilar, região 
pterigomandibular, região infraorbital e mentoniana. 
o O que fazer: aplicar pressão localizada para controlar sangramento 
com compressa de gelo e avisar o paciente, apesar de que não 
oferece risco e desaparece espontaneamente em uma ou duas 
semanas. 
• Paralisia: ocorre quando há o bloqueio de terminações nervosas motoras. 
Maior incidência na realização das anestesias por bloqueio regional dos 
nervos alveolar inferior, lingual e bucal, quando a agulha longa alcança a 
glândula parótida, bloqueando o nervo facial unilateralmente. Impede o 
paciente de piscar, sorrir ou movimentar a boca. 
o O que fazer: manter a calma e tranquilizar o paciente, pois o efeito 
passará assim que o efeito anestésico acabar em algumas horas 
(variando de acordo com o anestésico utilizado). Deve-se remover 
lentes de contato, se tiver, e registrar o incidente na ficha do paciente. 
Reagendar a consulta para outro momento. 
• Trismo: espasmo prolongado dos músculos da mandíbula, restringindo a 
abertura da boca. As causas mais comuns são trauma em músculos ou 
vasos sanguíneos associado à injeção. Na maioria dos casos, se manifesta 
de 1 a 6 dias pós tratamento e é de intensidade leve. 
o Prevenção: usar sempre agulha afiada, estéril, técnica asséptica, 
atraumática, utilizando os mínimos volumes eficazes de solução 
anestésica, obedecendo as técnicas apropriadas com conhecimento 
da anatomia da região; 
o O que fazer: prescrever terapia de calor (compressas de toalha quente 
e úmida na região por 15 minutos várias vezes ao dia), analgésicos, 
relaxantes musculares. Indicar fisioterapia (movimentos de abertura, 
fechamento, lateralidade por 5 minutos de 4/4hrs). Geralmente, há 
melhora em até 72 horas. Caso não se resolva em até 7 dias, deve ser 
encaminhado ao cirurgião buco maxilo facial para avaliação. 
• Parestesia: apresenta-se como os sintomas persistentes de anestesia, com 
duração bem maior que a esperada. É uma insensibilidade da área 
anestesiada anteriormente, devido a um trauma dos nervos sensitivos da 
região. Ocorre principalmente em procedimentos cirúrgicos orais e implantes 
dentários mandibulares. Mais frequente durante anestesia do nervo alveolar 
inferior e lingual, além de situações em que a agulha penetra em forames. 
Muitas vezes, não há prevenção ou tratamento conhecido e eficaz. O tempo 
de parestesia é proporcional à extensão da lesão e à capacidade de 
regeneração do nervo. A maioria dos casos se resolve em 8 semanas, sem 
tratamento. 
o O que fazer: informar o paciente sobre o ocorrido, orientá-lo sobre os 
sintomas e cuidados necessários (cuidado para não morder a região, 
etc.). Registrar na ficha clínica. Observar por até 2 meses e considerar 
a necessidade de encaminhamento para avaliação com cirurgião buco 
maxilo facial. 
• Lesão de tecidos moles por trauma de mordida: ocorre, principalmente, 
quando se faz o bloqueio regional em criança, e esta, por não apresentar dor, 
mordisca a bochecha lábios e língua. 
 
 
22 
 
 
 
o O que fazer: orientar os pais para não permitir que a criança fique 
mordendo a mucosa após a anestesia e mesma orientação caso o 
paciente for adulto. Pode-se prescrever analgésico se necessário; 
o Prevenção: deve-se considerar o tempo do procedimento para escolha 
da solução anestésica, sendo que a bupivacaína, que provoca efeito 
superior a 8 horas, é contra indicada em procedimentos de curta 
duração e em crianças. 
o Complicações sistêmicas: 
• Lipotímia e síncope (síndrome Vaso-Vagal): lipotimia é a perda de força 
muscular, porém geralmente sem perda de consciência, com integral 
conservação das funções respiratória e cardíaca. Pode ter origem 
psicogênica, relacionada a alto grau de ansiedade e medo do paciente, ou 
por súbita modificação da posição deitada para a vertical, ou por toda 
circunstância análoga, susceptível de alterar a circulação, com queda de 
pressão arterial e redução do fluxo sanguíneo cerebral, por reflexos 
cardiovasculares. A lipotimia usualmente é gradativa e não é grave, 
regredindo quando se interrompe o tratamento e se tranquiliza o paciente. 
Pode evoluir para síncope (desmaio) e normalmente regride em instantes. 
o O que fazer: interromper o tratamento, reclinar a cadeira de modo que 
o paciente fique deitado com os pés elevados, tranquilizando-o. Caso 
não se resolva em 2 minutos, acionar o socorro médico; 
o Prevenção: na anamnese, detectar histórias pregressas de desmaios e 
o grau de ansiedade para o tratamento odontológico. 
• Superdosagem ou dose tóxica: geralmente ocorre por alguma displicência 
do profissional ou por deficiência hepáticas ou renais do paciente que 
dificultem a eliminação do fármaco. Podem ser causadas, geralmente, por 
injeção intra vasal do anestésico e injeção de dose superior à máxima 
recomendada. As reações podem ser leves (apreensão, fala confusa, suores, 
inquietação, distúrbios visuais ou auditivos, aumento da frequência cardíaca, 
aumento da P.A. etc.), iniciando geralmente 5 a 10 minutos após a injeção. 
As reações graves podem se iniciar após 1 minuto da injeção de grande 
quantidade de anestésica, geralmente intravascular, podem observar perda 
de consciência, convulsões e depressão cardiorrespiratória. 
o Prevenção: realização do refluxo antes da injeção e injeção lenta da 
solução, além de conhecimento prévio das doses máximas; 
o O que fazer: posicionar o paciente deitado com os pés elevados, 
monitorar os sinais vitais, mantendo vias aéreas. Observar o paciente 
que deve deixar o consultório, preferencialmente, acompanhado. Se 
necessário, acionar socorro médico e registrar o incidente na ficha 
clínica. 
o Volumes recomendados de anestésico local para injeções intraorais 
(em crianças, te bastante cuidado para não ultrapassar as doses 
máximas, de acordo com o peso. Geralmente observa-se a 
administração de no máximo 2 tubetes): 
 
 
23 
 
 
 
• Reações alérgicas: o metilparabeno (conservante em algumas 
soluções anestésicas)pode provocar reações em algumas pessoas. 
Pode ocorrer com mais frequência alergia ao bissulfito de sódio 
(antioxidantes presentes em tubetes com vasoconstritores) e alergia ao 
anestésico tópico (geralmente, reações mais locais). Pode manifestar 
por reações cutâneas (coceira, eritema, pápulas, conjuntivite, rinite), 
gastrointestinais (cólicas abdominais, náuseas, vômitos, diarreia), 
respiratórios (tosse, broncoespasmo, dispneia, cianose mucosas, 
edema laringe), cardiovasculares (palidez, palpitações, taquicardia, 
hipotensão, inconsciência, parada cardíaca). 
o Prevenção: durante anamnese, pesquisar história pregressa de 
alergias, desde rinites, dermatites, até quadros graves de 
anafilaxia a alimentos, medicamentos e outras substâncias. 
Pacientes que relatam reações alérgicas prévias em anestesias, 
devem ser encaminhados ao médico especialista para pesquisa 
e laudo detalhado por escrito sobre sua sensibilidade aos 
componentes da solução anestésica. Em casos de real contra 
indicação, mas necessidade de tratamento urgente, este deve 
ser realizado em ambiente hospitalar, avaliando possibilidade de 
anestesia geral; 
o O que fazer: o tratamento das reações que se manifestam 
lentamente (mais de 60 minutos após exposição), menos graves, 
pode basear-se na administração de fármaco anti-histamínico 
por via oral, observar o paciente e encaminhá-lo ao médico. Nas 
manifestações de início rápido, mais graves (apesar de raras em 
procedimentos odontológicos), acionar imediatamente a 
emergência médica e encaminhar para o hospital, onde será 
instituído o tratamento necessário. 
 
 
 
 
 
Técnica Adulto (mL) Criança (mL) 
Supraperióstea 0,6 0,3 
Alveolar inferior 1,5 0,9 
Mandibular Gow Gates 1,8 0,9 
Mentual ou incisivo 0,6 0,45 
Alveolar superior posterior 0,9 0,45 
Infraorbital 0,9 0,45 
Palatino maior 0,45 0,2 
Nasopalatino 0,2 0,2 
Maxilar 1,8 0,9 
 
 
24 
 
 
✓ Propriedades ideais de um fármaco: efetividade, segurança, seletividade, 
reversibilidade, fácil administração, interações mínimas e ausência de reações 
adversas. 
✓ 
 
 
✓ Prescrever utilizando o nome genérico (princípio ativo) do medicamento. No SUS 
isso é obrigatório. 
✓ Como prescrever receita: 
o Receita comum: escrita à tinta; Letra legível, sem rasuras; Nome completo e 
endereço do paciente; Via de administração, nome do medicamento, dose, 
posologia, orientações; Identificação do profissional, endereço, número de 
inscrição no Conselho profissional, data, assinatura do profissional. 
o Receita de controle especial: 
• Utilizada na prescrição de substâncias sujeitas a controle especial, que 
em sua maioria, modificam as funções nervosas superiores; 
• Na Odontologia: antiinflamatórios seletivos para COX 2 e 
antimicrobianos, ansiolíticos benzodiazepínicos, preparações à base 
de codeína e tramadol; 
 
 
 
 
 
25 
 
• 
 
 
✓ AINEs (antiinflamatórios não-esteroidais): analgésicos, antipiréticos e 
antiinflamatórios. Diminuem o edema, a hiperemia, febre e dor. 
o São ácidos fracos, bem absorvidos por via oral; Metabolismo se dá pelo 
fígado e eliminação pelos rins; Se acumulam nos tecidos inflamados; 
o Efeitos indesejados comuns: distúrbios gastrointestinais, reações 
cutâneas, efeitos renais adversos, bloqueio da agregação plaquetária; 
o Sacilatos (ácido acetilsalicílico): aspirina, melhoral, doril. 
• Predomínio dos efeitos analgésicos e antipiréticos. Fraca atividade 
antiinflamatória (apenas em doses altas); 
• Efeitos terapêuticos: antipirese, analgesia, artrite reumatóide, profilaxia 
de doença cardioembólica; 
• Efeitos indesejados: distúrbios gastrointestinais, salicismo, 
hipersensibilidade cutânea, síndrome de Reye, alterações metabólicas. 
Contra indicado em casos de dengue; 
• Geralmente não é muito usado na Odontologia pelo risco de aumentar 
o tempo de sangramento. 
o Derivados pirazolônicos: dipirona, novalgina. 
 
 
 
 
 
26 
 
• Predomínio dos efeitos analgésicos e antipiréticos. Fraca atividade 
antiinflamatória; 
• Útil para modular a dor já estabelecida após o estímulo álgico; 
• Efeitos indesejados: toxicidade gastrointestinal, reações cutâneas, 
discrasias sanguíneas; 
• Uso em adultos e adolescentes acima de 15 anos: 
Expectativa de dor leve a moderada após procedimento odontológico: 
comprimidos 500 mg – 6/6 hrs por 24 a 48 hrs. 
Expectativa de dor moderada após procedimentos mais invasivos: 
1 g de dipirona logo após o término do procedimento + doses de 
manutenção de 500 mg de 6/6 hrs por até 48 hrs. 
Dipirona em gotas: cada 20 gotas contêm 500 mg. 
o Derivados do P-aminofenol: paracetamol, tylenol. 
• Apresenta vantagem sob aspirina por não ser considerado irritante 
para o trato gastrointestinal; 
• Não exceder 4 g por dia; 
• Efeitos indesejados: reações cutâneas, náuseas e vômitos; 
• Uso em adultos: 
Expectativa de dor leve a moderada após procedimento odontológico: 
comprimidos 500 ou 750 mg – 6/6 hrs por 24 a 48 hrs. 
Expectativa de dor moderada após procedimentos mais invasivos: 
750 mg logo após o término do procedimento + doses de manutenção 
de 500 mg de 6/6 hrs por até 48 hrs. 
o Ibuprofeno: ácido propiônico. 
• Efeitos analgésico, antipirético e antiinflamatório significativos; 
• Uso em adultos: 
400 a 600 mg de 6/6 hrs. 
o Diclofenaco: ácido acético. 
• Efeitos analgésico, antipirético e antiinflamatório bastante 
significativos; 
• Uso em adultos: 
Diclofenaco sódico (Voltaren) / Diclofenaco potássico (Cataflan) 
comprimidos 50 mg – 8/8 hrs por até 72 hrs. 
o Cetorolaco: 
• Potente ação analgésica. Usado para tratamento a curto prazo da dor 
aguda de moderada a severa; 
• Uso em adultos: 
10 a 20 mg em dose única ou de 8/8 hrs (sem exceder 60 mg/dia) por 
até 72 hrs. 
o Nimesulida: 
• Efeitos analgésico, antipirético e antiinflamatório significativos; 
• Bastante indicado na Odontologia. Apresenta menores efeitos 
gastrointestinais adversos e não exerce efeitos tóxicos 
cardiovasculares graves; 
 
 
 
 
 
27 
 
• Uso em adultos: 
Comprimidos 100 mg 2 vezes ao dia por até 72 hrs. 
✓ AINEs – inibidores altamente seletivos da COX 2. 
o Produzidos para solucionar os efeitos adversos dos AINEs; 
o Na Odontologia, podem ser indicados principalmente nos casos em que 
há contra-indicação ao uso de AINEs convencionais (como em casos de 
gastrite e úlcera graves), porém apenas em pacientes sem nenhuma 
alteração cardiovascular; 
o Uso em adultos: 
Celecoxib: cápsulas 100 a 200 mg – 1 a 2 vezes/dia por até 72 hrs. 
Etoricoxib: comprimidos 60 a 120 mg – 1 a 2 vezes/dia por até 72 hrs. 
✓ AIES (glicocorticóides): antiinflamatórios mais eficazes disponíveis, suplantando os 
AINEs quanto ao bloqueio do edema. 
o Efeitos farmacológicos: efeitos metabólicos e sistêmicos, efeitos no 
feedback negativo na hipófise e hipotálamo, efeitos antiinflamatórios e 
imunossupressores; 
o Só devem ser indicados em doenças ou manifestações definidamente 
responsivas a eles; Só devem ser utilizados após tentativos com 
medicamentos de menor risco; Emprega-se as menores doses eficazes, 
pelo menor tempo possível; Descontinuação de tratamento prolongado 
deve ser lenta e gradual, a fim de permitir reativação funcional 
progressiva do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal; 
o Na Odontologia, a utilização é por curto prazo, geralmente com uso preemptivo, 
1 h antes de procedimento em que há maior expectativa de edema e dor intensa, 
como exodontias múltiplas de dentes retidos, implantes, cirurgias maiores, etc; 
✓ Tratamento de aftas: acetonida de triancinolona (Omcilon A orabase). 
Tubo de 10 mg, aplicar pequena quantidade sobre a lesão duas vezes ao dia – após 
refeições e ao deitar. 
✓ Analgésicos opioides: Para tratar dores moderadas, que não responderam bem a outros 
analgésicos, ou em casos de intolerância a AINEs, pode utilizar associação entre 
analgésicos opioides leves (codeína ou tramadol) associado a analgésicosnão opioides, 
por no máximo 72 h. 
 
 
 
✓ Fármacos utilizados na prevenção e tratamento de infecções em Odontologia: 
o Antibióticos: 
• Bloqueiam a síntese de parede celular: betalactâmicos. 
o Penicilina: compostos naturais (pouco usados na Odontologia) 
ou semissintéticos. Estas últimas são obtidas acrescentando 
precursores específicos no meio onde crescem os fungos 
produtores das penicilinas naturais, gerando amoxicilina e 
ampicilina. 
 
 
 
 
 
28 
 
• A amoxicilina é melhor absorvida por via oral, mesmo após 
alimentação, possui meia vida maior. A ampicilina é prescrita na 
impossibilidade de administração oral e possui meia vida mais 
curta reduzindo a adesão do paciente. 
• Efeitos adversos: dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. 
o Cefalosporina: menos sensíveis à ação das betalactamases. 
• Efeitos adversos: altas doses por tempo prolongado pode 
provocar colite pesudomembranosa. 
• Bloqueiam a síntese de proteínas: tetraciclinas, macrolídeos, azalídeos, 
lincosaminas. 
o Impedem o crescimento e a reprodução bacteriana, sendo 
considerados bacteriostáticos. 
o Tetraciclinas: não são muito usadas na Odontologia. 
• Efeitos adversos: distúrbios gastrintestinais, anorexia, náuseas, 
vômitos, diarreia, ulcerações da boca e região perianal, 
manchas marrons e hipoplasia do esmalte. Em altas doses por 
tempo prolongado pode podem ser hepatotóxicos e 
nefrotóxicos. 
• Não podem ser usados durante gravidez e infância. 
o Macrolídeos: apresentam ótima absorção e biodisponibilidade após 
administração oral, além de toxicidade baixa. 
o Azalídeos: possui vida plasmática maior, alcança altas 
concentrações nos tecidos infectados. 
o Lincosaminas: bem absorvida por via oral, presente em altas 
concentrações em sítios infectados. A reação adversa mais frequente 
é a diarreia e a complicação mais importante é a colite 
pseudomembranosa, caracterizada por diarreia com sangue. 
• Atuam na síntese de ácidos nucleicos: metronidazol. 
o O medicamento interrompe a síntese de DNA da bactéria, 
atuando como bactericida. 
o Efeitos adversos: gosto metálico na boca, dor estomacal, náuseas, 
vômitos. Pode potencializar o efeito de anticoagulantes. Não deve ser 
usado com álcool. 
• Quando prescrever antibióticos na Odontologia? 
o Tratamento de infecções: uso terapêutico; 
o Prevenção de infecções: uso profilático; 
• Possibilidades de uso: administrar por via oral, preferencialmente 1 h 
antes ou 2 h após refeições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
Penicilinas Primeira escolha para tratamento de infecções 
bucais bacterianas. Penicilina V, Amoxicilina e 
Ampicilina são efetivas contra cocos aeróbios 
gram positivos e bacilos anaeróbios gram 
negativos. 
Amoxicilina Primeira escolha entre as Penicilinas. Possui 
melhor absorção oral, tempo de meia vida 
maior, bem tolerada. 
Cefalosporinas Não são primeira escolha, possui maior 
espectro que penicilinas, mas que não 
coincidem com as bactérias predominantes 
nas infecções bucais. Mais utilizadas para 
infecções mais graves. 
Metronidazol Muito eficazes contra bacilos anaeróbios gram 
negativos, em infecções agudas como 
pericoronarite, abscessos periapicais, GUNA, 
periodontites agressivas, associado à 
Amoxicilina. 
Associação de amoxicilina com ácido 
clavulânico 
Deve-se reservar para infecções que não 
respondem bem às penicilinas isoladas ou 
quando se identificar bactérias produtoras de 
betalactamases por cultura. 
Clindamicina Geralmente usada para tratamento de 
infecções mais avançadas. Deve-se usar de 
forma criteriosa pois atualmente é o fármaco 
de primeira escolha para tratamento ou 
profilaxia de infecções em pacientes alérgicos 
à penicilina. 
Claritromicina e azitromicina Mais eficazes no tratamento de abscessos 
periapicais agudos. Também são alternativas 
para tratamento de pacientes alérgicos à 
penicilina. 
Tetraciclina Antibiótico de largo espectro, mas há espécies 
resistentes. Doxiciclina é útil para tratamento 
de periodontites agressivas ou crônicas. Não 
deve ser utilizada na gravidez e período de 
crescimento e desenvolvimento de dentes. 
 
o Recomenda-se iniciar com uma dose de ataque (geralmente o dobro 
da dose de manutenção), para atingir concentrações eficazes no 
sangue rapidamente. O tratamento pode ter duração variável, 
geralmente em torno de 7 dias. 
Antiobiótico Doses de manutenção Intervalo usual 
Amoxicilina 500 8 
Metronidazol 250 ou 400 8 
Amoxicilina + Clavulanato K 500 + 125 8 
Clindamicina 300 8 
Claritromicina 500 12 
 
 
30 
 
Azitromicina 500 24 (3 dias) 
 
o Antivirais: 
• Herpes: a estomatite herpética primária afeta geralmente crianças de 1-6 
anos, produz manifestações bucais nos lábios, gengivas, língua, mucosa, 
com vesículas e feridas doloridas, febre, perda de apetite, dificuldade de 
deglutição. 
o Herpes labial recorrente: não há cura, mas pode-se reduzir os 
sintomas e a duração com uso de medicamentos administrados no 
início das manifestações. Aciclovir é um agente antiviral que bloqueia 
a síntese da enzima DNA polimerase, impedindo a duplicação viral. 
o Aciclovir creme dermatológico 5 % – aplicar 5 vezes ao dia por 5 dias 
Aciclovir comprimidos 200 mg – administrar, por via oral, 5 vezes ao 
dia por 5 dias. 
o Antifúngicos: 
• Candidoses bucais: infecções fúngicas que afetam a mucosa bucal, 
geralmente oportunista, com variadas características clínicas. O Candida 
albicans é o agente etiológico mais comum. 
o Fatores predisponentes: uso de próteses, redução do fluxo salivar, 
idade avançada, distúrbios metabólicos, imunossupressão, tratamento 
com antibiótico de largo espectro. 
o Tratamento: Remoção da causa, higienização da boca, higienização 
da prótese; 
Nistatina – suspensão oral 100000UI/ml – frasco com 50 ml – uso 
tópico. Bochechar com 5 ml 4 vezes/dia por 14 dias. Reter a solução 
na boca por 2 minutos. Pode deglutir 
Cetoconazol – comprimidos 200 mg – uso oral – 1 comprimido/dia por 
7-14 dias 
Miconazol – gel em bisnaga de 40 g – uso tópico - aplicar sobre a 
prótese 4 vezes/dia por 7-14 dias 
 
✓ Método farmacológico para controle da ansiedade pela provocação da sedação 
mínima.
✓ Estados de sedação:
o Profunda: é uma depressão da consciência induzida por medicamentos, o 
paciente não responde a comandos verbais, mas responde a estímulos 
dolorosos. A ventilação espontânea pode estar comprometida e necessitar 
assistência para manutenção das vias aéreas permeáveis. Deve ser realizado 
por médico habilitado. 
 
 
 
 
 
31 
 
o Moderada: é um estado de depressão da consciência no qual o paciente 
responde a comandos verbais isolados ou associados a estímulos táteis. 
Geralmente a função cardiovascular e a ventilação espontânea são adequadas. 
Sujeita a variações. 
o Mínima: é uma discreta depressão do nível de consciência, produzida por 
medicamentos, que não afeta a habilidade do paciente respirar de forma 
automática e independente e de responder de maneira apropriada à estimulação 
física e a comandos verbais. As funções cognitivas e de coordenação motora 
encontram-se discretamente afetadas, sem provocar alterações respiratórias e 
cardiovasculares significativas, geralmente. 
• Benzodiazepínicos: são os ansiolíticos mais empregados na Odontologia 
para se obter sedação mínima por via oral, devido à sua grande eficácia, 
relativa seletividade de efeitos, baixa toxicidade e pouca capacidade de 
produzirem dependência. Também podem ser utilizados no controle de 
convulsões causadas por sobredosagem de anestésicos locais, 
prémedicação nas anestesias gerais, relaxantes musculares, em estados de 
náuseas ou vômitos e no tratamento adjuvante da depressão. 
o Diazepam: Tensil, Triazolam: Halcion, Lorazepam: Lorium, Lorax, 
Nitrazepam: Sonebom, Sonetrat, Midazolam: Dormonid, Alprazolam: 
Frontal, Clonazepam: Rivotril. 
o Efeitos colaterais: sonolência, efeitos paradoxais (contrário do que se 
esperava), amnésiaanterógrada, redução da pressão arterial e 
frequência respiratória, alucinações. 
o Uso: via oral, com uso de um comprimido uma hora antes do 
procedimento e, quando necessário, um comprimido na noite anterior.

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