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INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 1 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 2 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 3 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 4 2. A CIÊNCIA .................................................................................................... 7 3. METODOLOGIA CIENTÍFICA ..................................................................... 11 4. O MÉTODO E A PESQUISA ....................................................................... 26 5. O USO DAS TIC NA PESQUISA CIENTÍFICA ................................... 49 6. O PLÁGIO E COMO EVITÁ-LO .................................................................. 76 7. DICAS PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO. ............................ 85 8. REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS .............................. 86 http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 3 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 APRESENTAÇÃO Caro aluno(a), Visando oferecer suporte para a elaboração do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), exigido pela Instituição, para a conclusão do seu curso de Pós-graduação Lato sensu, elaboramos esta obra, contemplando a disciplina Metodologia Científica, haja vista, ser este um tema de grande preocupação, por parte dos nossos alunos, na finalização do seu curso. Trata-se de uma disciplina constante da grade curricular de todos os cursos de Especialização do Instituto INE , tendo como objetivo a orientação da pesquisa e elaboração do seu TCC (Artigo Científico). Dentro da temática abordada alguns conceitos de trabalhos científicos, aqui apresentados, têm como objetivo atender às necessidades do entendimento e da produção cientifica sobre o trabalho que você deve elaborar. Desejamos que você produza o seu trabalho de pesquisa que resultará no seu Artigo Científico (TCC) de acordo com as orientações contidas neste documento. O Instituto INE espera ainda, tornar a sua vida mais tranquila com relação à pesquisa científica. Dessa forma, você poderá dedicar-se com tempo e atitude assertiva àquilo que lhe é mais importante: sua formação pessoal e intelectual de forma crítica e prazerosa. COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA INE http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 4 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 1. INTRODUÇÃO A disciplina Metodologia Científica introduzida em sua grade curricular de estudos, faz-se necessária, no intuito de atender às exigências legais do MEC, para elaboração de um Trabalho de Conclusão de Curso de cunho Científico para a conclusão de cursos de Pós-graduação Lato sensu. Em sendo, o objetivo dessa disciplina é, portanto, oportunizar a você, aluno do Instituto IBE/FACEL, o desenvolvimento de uma atitude científica desejosa e inerente ao processo de construção do conhecimento e do fazer científico e a instrumentalização teórico-metodológica da pesquisa, visando a sua introdução na prática dos cursos de Especialização, através da pesquisa científica. Com este intuito, não pretendemos esgotar o tema acerca da Metodologia Científica e sim, oferecermos subsídios para que você consiga elaborar seu trabalho, da melhor forma possível. Para tanto, selecionamos algumas questões que consideramos relevantes para esse fim e organizamos uma sequência de informações úteis para a confecção do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Objetivando concretizar essa proposta, nos valemos de um precioso elenco de autores da área com vasto material bibliográfico relativo ao tema. As normas e técnicas contidas nessa obra, baseiam-se nas mais recentes normas e padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)1 e em bibliografias de especialistas na área de Metodologia Científica2. Inicialmente, trataremos do conceito de Ciência na contemporaneidade e a sua flexibilidade em relação a alguns aspectos antes considerados indesejáveis, em função do excesso pragmático e do isolamento disciplinar e, nesse sentido, faremos uma pequena incursão pelo universo científico, posto que, fazer ciência, é buscar soluções para problemas da sociedade, colocando- se a serviço da humanidade. 1 Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujas normas também estão nas referências. 2 Vide referências. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 5 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Nesse sentido, Demo (2001) afirma que a pesquisa deve ser a razão da existência da academia e que, nessa perspectiva, formamos estudantes cidadãos e não somente técnicos que “encontram na competência reconstrutiva de conhecimento seu perfil decisivo” tendo dois desafios, que são: “fazer o conhecimento progredir, mas, mormente, de o humanizar”. (p. 02). E é nessa linha traçada por Demo (2001) que confeccionamos este material, partindo da busca pela construção do conceito de Ciência, bem como, das atitudes científicas para fazê-la, sob o olhar de Lakatos e Marconi (2009) quando afirmam que “a ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade” (p. 23), corroboradas pela afirmação de Sagan (1996, p. 12) quando esse diz que: “a Ciência está longe de ser um instrumento perfeito de conhecimento. É apenas o melhor que temos" (Grifo da autora). Em seguida, faremos uma análise acerca do conceito de Metodologia Científica e sua aplicabilidade acadêmica, bem como, o que vem a ser o Conhecimento e seus variados tipos, ressaltando o Conhecimento Científico, posto ser este o conhecimento que deverá ser utilizado, para a produção e pesquisa acadêmica, que você irá empreender neste curso. Na sequência relataremos os métodos científicos existentes e que devem ser utilizados para se fazer ciência; a pesquisa e seus conceitos; os tipos de pesquisas e como utilizá-las, dando ênfase à pesquisa bibliográfica por entendermos ser esta a mais aplicável em uma pós-graduação desse tipo devido à escassez de tempo e de condições didáticas e metodológicas para se realizar outros tipos de pesquisas. Dessa forma, o que se pretende é identificar a coerência do questionamento crítico e criativo. Trata-se de conjugar crítica e autocrítica dentro do princípio metodológico, isto é, o questionamento sistematizado apresenta a discussão como critério principal da cientificidade, pois, segundo Habermas, uma “verdade é uma pretensão de validade” (apud DEMO, 1996, p. 22) e, sendo assim, “a história das ciências revela não um a priori, mas o que foi produzido em determinado momento histórico com toda a relatividade do processo de conhecimento” (MINAYO, 1994, p. 12). http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 6 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Falaremos ainda, sobre os métodos de pesquisa e os variados trabalhos científicos, dando ênfase ao Artigo Científico, por ser este a exigência da instituição para o seu TCC. Ao final elencamos várias orientações metodológicas no que tange a utilização da informática e da Internet na pesquisa cientifica, bem como, abordaremos a questão plágio e como evitá-lo. http://www.institutoine.com.br/INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 7 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 2. A CIÊNCIA Falar da Ciência não é fácil. A questão mais difícil de ser respondida é a que se relaciona com a sua definição. Porém, tentaremos defini-la, sob a tutela de diversos autores e cientistas. Partindo de Freire-Maia (1998), o mesmo afirma que raramente os filósofos da ciência se propõem a definir ciência, relacionando três motivos para essa recusa, a saber: • o primeiro reside no fato de toda definição ser incompleta (sempre há algo que foi excluído ou algo que poderia ter sido incluído); • o segundo, na própria complexidade do tema; • e o terceiro, justamente na falta de acordo entre as definições (FREIRE-MAIA, 1998, p. 24). Diante desse impasse, o autor sugere colocar "de lado" as fundamentações epistemológicas procedendo a uma "tosca" definição de ciência que privilegiaria um "conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis, modelos etc., visando ao conhecimento de uma parcela da realidade", através de uma "metodologia especial", a saber: a metodologia científica (p. 24). Dentre os analistas do tema, Merton (1979) relata a quase unanimidade acerca da ideia de que a ciência "é um vocábulo enganosamente amplo, que designa grande diversidade de coisas diversas, embora relacionadas entre si" (p. 38). Não obstante, Roqueplo (1979) afirma que, "falar do significado da ciência levanta imediatamente numerosas questões, umas relativas à palavra ciência e outras relativas à palavra significado" (p. 140). Já há outros autores, como Morais (1988), que definem a ciência como sendo "mais do que uma instituição, é uma atividade. Podemos mesmo dizer que a 'ciência' é um conceito abstrato." E continua dizendo que o que se conhece "concretamente" são os cientistas e o resultado de seus trabalhos. "O http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 8 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 cientista contemporâneo sabe bem que nada há de definitivo e indiscutível que tenha sido assentado por homens" (p. 24). A ciência é extremamente abrangente e complexa não se reduzindo, somente, a experimentos. O experimento científico é fundamental para o desenvolvimento das ciências da natureza, especialmente através de seus desdobramentos disciplinares nas últimas décadas do século XX. Porém, as chamadas ciências humanas e sociais não partilham desse mesmo cientificismo, pois, anterior à práxis científica estão a idéia, o pensamento, a filosofia da ciência e o "conhecimento do conhecimento", que trazem à tona as discussões em torno dos paradigmas, da moral, da epistemologia, da ética, da política, enfim, características relacionadas e inter-relacionadas ao desenvolvimento do conhecimento e da pesquisa. Dentro da temática relativa à pesquisa científica, Whitehead (1946) lembra que a filosofia é a mais "eficaz pesquisa intelectual", afirmando que ela é a responsável pela construção de "catedrais antes que os trabalhadores tenham removido uma pedra, e as destrói antes que os elementos tenham esboroado as suas arcadas", posto que, existe sempre um pensamento que precede a prática. Esse processo não é necessariamente imediato, pois, conforme o mesmo autor, a "filosofia trabalha devagar. Os pensamentos dormem longo tempo; quase imediatamente depois a humanidade sente que se incorporou a si mesma em instituições" (WHITEHEAD, 1946, p. 7-8). Não obstante, Chauí (1996), tenta, pelo determinismo, descrever por completo os "fenômenos naturais e humanos, oferecendo a definição dos seres e as leis necessárias de suas relações" e afirma que “a ciência opera com o provável, isto é, com o possível submetido a cálculos" (p. 22). Nessa mesma linha, Chrétien (1994) destaca a necessidade que a sociedade tem, de acreditar e criar mitos para entender e relacionar-se no cotidiano, isto porque, para "fundamentar sua identidade e justificar suas prescrições, valores e relações entre seus membros" (p. 13). Nesse sentido, o mito pode ser entendido e aceito, como necessidade, para a construção no imaginário popular daquilo que não se pode ter e, em sendo, Chrétien (1994) ressalta que: http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 9 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 o mito geralmente põe em cena deuses e heróis, demiurgos das origens, que lançam as bases da nova ordem. Ele retraça sua epopéia lendária que fixa, no imaginário coletivo, os signos e modelos que postulam os procedimentos comuns de significado e comunicação. (CHRÉTIEN, 1994, p. 13). Ora, se assim, de acordo com o autor, o mito pode determinar os "ritos, as regras do jogo social e os paradigmas sobre os quais se modulam os comportamentos" (CHRÉTIEN, 1994, p.13), a partir da crise da razão, do século XX, Chauí (1996) afirma que "os humanos reencontraram um meio para repor aquilo que a teoria havia substituído ao nascer: os mitos, os fundamentalismos religiosos. Mitologias e religiões ocupam hoje o lugar vazio deixado pela razão" (p.22). Nesse ínterim, se a ciência resolve modificar esse sistema tentando, de certa forma, assumir seu lugar no imaginário coletivo, pois os "deuses e taumaturgos não mais fazem sucesso na era das ciências e técnicas", provavelmente, ocorrerão brechas e a "sociedade não pode funcionar se nela ficam vagos os lugares do poder simbólico" (CHRÉTIEN, 1994, p. 13), pensamento corroborado por Morin (1999a), quando este demonstra seu pensamento acerca do mito no século XX. Ele relata que, este, tomou a forma da Razão, a ideologia camuflou-se de ciência, a Salvação tomou forma política garantindo-se certificada pelas Leis da História." Além do mais, é nesse século que o "[...] messianismo e niilismo se combatem, entrechocam-se e produzem-se um ao outro, a crise de um operando a ressurreição do outro. (MORIN, 1999a, p. 15- 16). No século XXI, vemos uma tentativa de restauração a partir do próprio pensamento, ao que se chamou de revoluções científicas que, para Morin (2002), foram as responsáveis pela preparação da "reforma do pensamento". E destaca duas: a primeira está relacionada à física quântica, que, trouxe o "esboroamento de toda idéia de que haveria uma unidade simples na base do universo", pôs em dúvida o sentido dogmático em torno do determinismo, http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 10 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 introduzindo o conceito de incerteza no meio científico. A segunda revolução está relacionada ao princípio não reducionista para o pensamento científico que de acordo com o mesmo autor, “há uma ressurreição das entidades globais, como o cosmo, a natureza, o homem". (MORIN, 2002, p. 89-90). E é nessa perspectiva da ciência revolucionária que, Lakatos e Marconi (2009), a definem por “um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza” (p. 77). Junior (1988) a conceitua como “um conjunto de proposições (teorias) coerentes, sem contradições internas, com encadeamento racional, despida de valorações e subjetividade” (p. 23). Para Dencker (1998) a ciência “caracteriza-se como uma forma especial de conhecimento da realidade empírica” e mais a frente afirmam ser “um conhecimento racional. Metódico, sistemático, capaz de ser submetido à verificação e que passa por um processo de reflexão” (p. 65). Diante do exposto, caracterizaremos a ciência de acordo com sua finalidade: distinguir características, leis e princípios comuns que controlam os eventos; sua função: aperfeiçoar e ampliar a relação do homem com a realidade através doconhecimento e; seu objeto formal: olhar das diversas ciências sobre um mesmo objeto material: aquilo que se pretende conhecer. E para construir esse conhecimento, vamos à a Metodologia Científica. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 11 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 3. METODOLOGIA CIENTÍFICA Para se fazer Ciência e construir o conhecimento, é preciso Método. Para se aplicar o Método, desenvolveu-se a Metodologia Científica que: é o estudo sistemático e lógico dos métodos empregados nas ciências e sua relação com as teorias científicas. Em geral, o método científico compreende um conjunto de dados iniciais e um sistema de operações ordenadas adequado para a formulação de conclusões, de acordo com certos objetivos predeterminados. Ou seja, é um conjunto de regras básicas que a Ciência (em todas as suas formas) desenvolve, à fim de coletar evidências, passíveis de observação e empíricas, de forma racional e lógica, objetivando a obtençaõ, organização, sistematização, correção e produção do conhecimento. Essa produção do conhecimento é marcada pela busca de evidências que comprovem hipóteses formuladas, como enfrentamento da complexidade do mundo real, visando detectar-lhe as estruturas invisíveis através dos métodos. A Ciência somente progride com os métodos, posto que, por eles, ela encontra os próprios erros, que não são descobertos ao acaso, mas por meio da busca sistemática de melhores explicações para os fenômenos naturais e sociais. Não obstante, embora os procedimentos variem de uma área da ciência para outra, é possível determinar certos elementos que diferenciam o método científico de outros métodos. Como? De inicio, os pesquisadores propõem hipóteses para explicar certos fenômenos e então, desenvolvem pesquisas e experimentos que confirmam ou refutam essas hipóteses. Se confirmadas, as hipóteses podem gerar teorias. Nesse interim, o cientista precisa ser imparcial na interpretação dos resultados, pois, o processo precisa ser objetivo. Além disso, o procedimento precisa ser documentado, tanto no que diz respeito aos dados como aos procedimentos, para que outros cientistas possam analisar e reproduzir o procedimento. Esta documentação deve obedecer a uma série de padrões para ser aceito pela comunidade científica. Esses padrões constam nas Normas Brasileiras (NBR) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 12 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 3.1-Objetivos da Metodologia Científica A Ciência tem como principio tornar o homem mais próximo dos fenômenos naturais e humanos através da compreensão e do domínio dos mecanismos que regem tais fenômenos. Essa aproximação não exige formulações prévias de nenhum tipo, pois os estímulos externos chegam ao homem por meio dos sentidos e o acúmulo de experiências sensoriais e intelectuais já permite um certo grau de conhecimento empírico em cada homem. Não obstante, a assimilação desordenada de percepções pode gerar lapsos de interpretação e captação errada ou insuficiente das informações recebidas. Por conta disso, a Ciência estabelece regras que auxiliam na classificação, registro e interpretação dos dados percebidos, o que permite e garante temporalmente, a economia de tempo e um sistema de transmissão do saber entre as gerações, de forma racional. Nesse sentido, o emprego da Metodologia Científica objetiva, pois, solucionar as questões relativas à classificação de dados, orientando as pesquisas futuras e facilitando o treinamento de Especialistas. Não há como negar que, toda metodologia se impregna de uma filosofia própria incutida nas conclusões a que conduz. Porém, a Histórica demonstra que a rigidez nos postulados metodológicos, limita, mais do que favorece, o desenvolvimento de novas idéias e descobertas. Por essa razão, as últimas tendências metodológicas observam como princípios fundamentais a flexibilidade e o espírito aberto à evolução do pensamento humano. Mas, para entender esse caminho histórico, devemos fazer uma pequena viagem às origens do Método científico. Para tanto, vamos à Grécia clássica, com o nascimento da dialética, que se apresentava como método de pesquisa e busca da verdade por meio da formulação adequada de perguntas e respostas. Nessa perspectiva dialética, a primeira pergunta está relacionada à definição do tema ou do diálogo. Obtida essa resposta, faz-se a segunda http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 13 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 pergunta com base no conteúdo da primeira resposta e assim por diante, até chegar à (esperada) verdade. Podemos dizer, então que, a dialética foi uma precursora da lógica. Nesse caminho da Antiguidade Clássica até a Contemporaneidade, podemos perceber que os métodos gregos não sofreram grandes modificações no Ocidente até o século XVII, quando o saber científico acumulado exigiu uma revisão da metodologia. Estamos falando do Renascimento e de suas idéias humanísticas, que compreendiam o homem como ser criador e investigador do cosmo. Daí, a necessidade de um novo método. Eis que surge o método hipotético-dedutivo utilizado pela primeira vez, por Galileu que estabeleceu um novo método para a ciência natural, combinando o uso da linguagem matemática na construção das teorias com o recurso aos experimentos que permitem comprovar empiricamente as hipóteses científicas. Contemporaneamente a Galileu, Francis Bacon defendeu o método indutivo na ciência experimental, afirmando que as leis gerais que regem os fenômenos particulares podem ser estabelecidas a partir da observação e repetição das regularidades dos fenômenos particulares, ou seja, é possível estudar um grupo através do estudo de alguns indivíduos desse grupo enão o todo. Esse é o princípio das pesquisas como as do IBOPE. Essa estrutura metodológica da ciência moderna, baseada na comprovação dos fenômenos, por meio de leis de inspiração matemática, imutáveis no tempo, sofreu um forte baque com as doutrinas evolucionistas do século XIX e das teorias relativista e quântica, no início do século passado. Posto que, de acordo com essas interpretações, toda a ciência está condicionada pela realidade que a envolve e o tempo/espaço constituem entidades inter- relacionadas, porém, variáveis em função do meio. Mas, se a Ciência refere-se a qualquer conhecimento, seria certo dizer que tudo é Ciência? Etimologicamente, ciência vem do verbo “saber”. Já no sentido estrito, ela se opõe a opinião, a superstição. Simplesmente quer dizer que ela explica algo através da observação. Em sendo, a distinção entre matérias científicas e não-científicas foi tratada no século XX, entre outros, pelo filósofo Karl Popper, que estabeleceu a noção de falsificabilidade como critério dedutivo de validação das teorias http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 14 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 científicas. Segundo esse princípio, o pesquisador busca descobrir uma exceção ao postulado que deseja demonstrar. A ausência de evidência que contrarie o postulado converte-se em prova de sua validade. De acordo com Popper, disciplinas como a astrologia, a metafísica, o materialismo histórico e a psicanálise não são ciências do ponto de vista empírico, já que não podem ser submetidas ao princípio da falsificabilidade na construção do conhecimento. Mais adiante aprofundaremos nos conceitos de conhecimento, mas vamos entender rapidamente a diferença entre conhecimento popular e conhecimento científico. O conhecimento popular também denominado de senso comumse diferencia do conhecimento científico não pela veracidade ou natureza do objeto conhecido, mas pela forma, pelo modo, pelo método e pelos instrumentos para chegar ao conhecimento. Marconi e Lakatos (2004) nos oferecem um exemplo bem prático: saber que uma determinada planta precisa de uma quantidade “X” de água e que se não a receber de forma natural, deve ser irrigada, pode ser um conhecimento verdadeiro e comprovável, mas, nem por isso, científico. Para que esse conhecimento ocorra é necessário ir além: conhecer a natureza dos vegetais, sua composição, seu ciclo de desenvolvimento e as particularidades que distinguem uma espécie da outra. Esse exemplo nos leva a crer que: 1 – A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade; 2 – Um objeto ou fenômeno como uma planta ou uma comunidade ou ainda as relações entre chefes e subordinados pode ser matéria de observação tanto para o cientista quanto para o homem comum. O que diferencia é a forma de observação e análise, bem como, os métodos utilizados. De modo geral, o método dedutivo parte-se do geral para chegar ao particular. O método indutivo, ao contrário, constrói modelos e leis a partir de casos particulares, pelo uso de mecanismos lógicos de generalização. O método analítico decompõe o objeto para formular problemas mais simples, ou seja, parte do complexo e mais geral para chegar ao simples e particular. O método sintético já é oposto a esse: reúne aspectos particulares indo do simples ao complexo. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 15 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Outros métodos são: a definição rigorosa do objeto de estudo; os sistemas de classificação, com divisões e subdivisões; os instrumentos de medida e os sistemas de unidades; a variabilidade das condições que interferem sobre os fenômenos estudados na construção do conhecimento científico. Porém, como já dissemos, existem variados tipos de conhecimento. 3.2-Os Tipos de Conhecimento Existem ainda outros dois tipos de conhecimento, além do científico e do popular ou empírico, que são o conhecimento filosófico e religioso. Todos eles explicados em detalhes na maioria dos livros que tem como objetivo discorrer sobre a Metodologia Científica (Marconi e Lakatos; Cervo, Bervian e Silva; Mattar e outros) utilizados como referência para esta apostila. Antes de explicarmos cada um deles, o quadro abaixo sistematiza as suas características. Conhecimento Popular Conhecimento Científico Conhecimento Filosófico Conhecimento Religioso (Teológico) Valorativo Reflexivo Assistemático Verificável Falível Inexato Real (factual) Contingente Sistemático Verificável Falível Aproximadamente exato Valorativo Racional Sistemático Não verificável Infalível Exato Valorativo Inspiracional Sistemático Não verificável Infalível Exato Fonte: Trujillo (1974) O conhecimento popular3 ou empírico é aquele adquirido pela própria pessoa na sua relação com o meio ambiente ou com o meio social, obtido por meio de interação contínua na forma de ensaios e tentativas que resultam em erros e em acertos. Do ponto de vista da utilização de métodos e técnicas científicas, esse tipo de conhecimento - mesmo quando consolidado como convicção, como cultura ou como tradição - é ametódico e assistemático. 3 Cervo, Bervian e Silva (2007) ressaltam que ele é erroneamente chamado de vulgar ou senso comum. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 16 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Para empiristas como Locke, Hume, Condillac e outros, esse conhecimento é advindo da experiência e suficiente para se conhecer a verdade dos fatos. Ele pode ser popular, filosófico ou religioso (SOUZA; FIALHO; OTANI, 2007). A pessoa comum, que não precisa operacionalizar métodos e técnicas científicas para a construção de seu conhecimento, tem, entretanto, conhecimento do mundo material exterior em que se acha inserida e de um certo número de pessoas, seus semelhantes, com as quais convive. Vê essas pessoas no momento presente, lembra-se delas, prevê o que poderão fazer e ser no futuro. Tem consciência de si mesma, de suas ideias, tendências e sentimentos. Cada qual se serve da experiência do outro ora ensinando, ora aprendendo, em um intenso processo de interação humana e social. Pela vivência coletiva, os conhecimentos são transmitidos de uma pessoa a outra e de uma geração a outra. Pelo conhecimento empírico, a pessoa percebe entes, objetos, fatos e fenômenos e sua ordem aparente, tem explicações concernentes à razão de ser das coisas e das pessoas. Esse conhecimento é constituído de interações, de experiências vivenciadas pela pessoa em seu cotidiano e de investigações pessoais feitas ao sabor das circunstâncias da vida; é sorvido dos outros e das tradições da coletividade ou, ainda, tirado de uma religião positiva (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007). Mattar (2008) ressalta que o conhecimento popular não tem a característica da confiabilidade que marca o conhecimento científico, já que não segue uma metodologia científica, além de não ter seus resultados divulgados nem sobmetidos a julgamento. O conhecimento filosófico distingue-se do conhecimento científico pelo objeto de investigação e pelo método. O objeto das ciências são os dados próximos, imediatos, perceptíveis pelos sentidos ou por instrumentos, pois, sendo de ordem material e física, são suscetíveis de experimentação. O objeto da filosofia é constituído de realidades mediatas, imperceptíveis aos sentidos e que, por serem de ordem suprassensíveis, ultrapassam a experiência. A ordem natural do procedimento é, sem dúvida, partir dos dados materiais e sensíveis (ciência) para se elevar aos dados de ordem metafísica, não sensíveis, razão http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 17 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 última da existência dos entes em geral (filosofia). Parte-se do concreto material para o concreto supramaterial, do particular ao universal (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007). Na acepção clássica, a filosofia era considerada a ciência das coisas por suas causas supremas. Um dos maiores patrimônios da Filosofia, sem dúvida, é sua própria história: iniciando-se com os pré-socráticos, na Grécia Antiga, a Filosofia nasce como um tipo de saber que procura diferenciar-se dos mitos, da retórica, dos sofistas, das tragédias e dos poetas, e, a partir de então, se estabelece por século como um espaço de liberdade de pensamento, desafiando a lei de que o conhecimento pode tornar-se ultrapassado ou superado com o tempo, com novas experiências ou com o surgimento de novos instrumentos de observação. Ao contrário, Platão e Aristóteles, por exemplo, continuam fazendo parte dos nomes mais importantes da Filosofia, dialogando em nível de igualdade com os filósofos contemporâneos, não obstante os milhares de anos que nos separam dos gregos, e permanecendo nossos mestres, fontes de inspiração e aprendizado (MATTAR, 2008). Modernamente, prefere-se falar em filosofar. O filosofar é um interrogar, é um contínuo questionar a si mesmo e à realidade. A filosofia não é algo feito, acabado. É uma busca constante de sentido, de justificação, de possibilidades, de interpretação a respeito de tudo aquilo que envolve o ser humano e sobre o próprio ser em sua existência concreta. Filosofar é interrogar. A interrogação parte da curiosidade, que é inata. Ela é constantemente renovada, pois surge quando um fenômeno nos revela alguma coisa de um objeto e ao mesmo tempo nos sugere o oculto, o mistério. Este impulsiona o ser humano a buscar o desvelamento do mistério. Vê-se,assim, que a interrogação somente nasce do mistério, que é o oculto enquanto sugerido. Jaspers (apud HUISMAN; VERGEZ,1967, p. 8), em sua Introdução à filosofia, coloca a essência da filosofia na procura do saber e não em sua posse. A filosofia trai a si mesma e se degenera quando é posta em fórmulas. A tarefa fundamental da filosofia consiste na reflexão. A experiência fornece uma multiplicidade de impressões e opiniões; adquirem-se conhecimentos científicos e técnicos nas mais variadas áreas; têm-se as mais diversas http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 18 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 aspirações e preocupações. A filosofia procura refletir sobre esse saber, interroga-se sobre ele, problematiza-o. Filosofar é interrogar principalmente sobre fatos e problemas que cercam o ser humano concreto em seu contexto histórico. Esse contexto muda no decorrer do tempo, o que explica o deslocamento dos temas de reflexão filosófica. É claro que alguns temas perpassam a história, como a própria humanidade. Qual o sentido da existência do ser humano e da vida? Existe ou não existe o absoluto? Há liberdade? Entretanto, o campo de reflexão ampliou- se muito em nossos dias. Hoje, os filósofos, além das interrogações metafísicas tradicionais, formulam novas questões: a humanidade será dominada pela técnica? A máquina substituirá o ser humano? Também poderão o homem e a mulher ser produzidos em série em tubos de ensaio? As conquistas espaciais comprovam o poder ilimitado da espécie humana? O progresso técnico é um benefício para a humanidade? Quando chegará a vez do combate à fome e à miséria? O que é valor, hoje? (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007). A Filosofia é a ciência-mãe da qual foram, pouco a pouco, separando-se formas de pensar e métodos que mais tarde se especializaram e se tornaram independentes, e que hoje consideramos ciências. Mas, mesmo hoje, essas diferenças que separariam o conhecimento filosófico dos outros campos de conhecimento não são sempre claras. Para Souza, Fialho e Otani (2007) o conhecimento filosófico se caracteriza pelo esforço da razão em questionar os problemas humanos. Reflete a crença de um grupo de pessoas que são os filósofos. A postura destes é especulativa diante dos fenômenos gerando conceitos subjetivos. Eles dão sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência. Enfim, a filosofia procura compreender a realidade em seu contexto mais universal. Não há soluções definitivas para um grande número de questões. Entretanto, a filosofia habilita o ser humano a fazer uso de suas faculdades para ver melhor o sentido da vida concreta (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007). http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 19 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 O conhecimento religioso ou teológico apoia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural e que, por esse motivo, são consideradas infalíveis e indiscutíveis. O que funda o conhecimento religioso é a fé. Não é preciso ver para crer e devemos crer mesmo que as evidências apontem para o contrário do que a religião nos ensina. As “verdades” religiosas estão registradas em livros sagrado ou são reveladas pelos deuses (ou outros seres espirituais) por meio de alguns iluminados, santos ou profetas. Essas verdades são em geral tidas como definitivas e não permitem revisão mediante a reflexão ou a experiência. Nesse sentido, podemos classificar sob esse título os conhecimentos ditos místicos ou espirituais (MATTAR, 2008). Duas são as atitudes que se podem tomar diante do mistério. A primeira é tentar penetrar nele com o esforço pessoal da inteligência. Mediante a reflexão e o auxílio de instrumentos, procura-se obter um procedimento que seja científico ou filosófico. A segunda atitude consiste em aceitar explicações de alguém que já tenha desvendado o mistério e implica sempre uma atitude de fé diante de um conhecimento revelado. Esse conhecimento revelado ocorre quando há algo oculto ou um mistério, alguém que o manifesta e alguém que pretende conhecê-lo. Entende- se por mistério tudo o que é oculto, o que provoca a curiosidade e leva à busca. O mistério é o oculto enquanto sugerido. Pode estar ligado a dados da natureza, da vida futura, da existência do absoluto, para mencionar apenas alguns exemplos. Aquele que manifesta o oculto é o revelador, que pode ser o próprio homem ou Deus. Aquele que recebe a manifestação tem fé humana se o revelador for um homem ou uma mulher e tem fé teológica se Deus for o revelador. A fé teológica sempre está ligada a uma pessoa que testemunha Deus diante de outras pessoas. Para que isso aconteça, é necessário que tal pessoa que conhece a Deus e que vive o mistério divino o revele a outra. Afirmar, por exemplo, que tal pessoa é o Cristo equivale a explicitar um conhecimento teológico. O conhecimento revelado - relativo a Deus - e aceito pela fé teológica constitui o conhecimento teológico. Este, por sua vez, é o conjunto de verdades http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 20 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 ao qual as pessoas chegaram não com o auxílio de sua inteligência, mas mediante a aceitação dos dados da revelação divina. Vale-se de modo especial do argumento de autoridade. São os conhecimentos adquiridos nos livros sagrados e aceitos racionalmente pelas pessoas, depois de terem passado pela crítica histórica mais exigente. O conteúdo da revelação, feita a crítica dos fatos ali narrados e comprovados pelos sinais que a acompanham, reveste-se de autenticidade e de verdade. Essas verdades passam a ser consideradas como fidedignas e por isso são aceitas. Isso é feito com base na lei suprema da inteligência: aceitar a verdade, venha de onde vier, contanto que seja legitimamente adquirida (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007). O conhecimento científico ultrapassa os limites do conhecimento empírico na medida em que procura evidenciar, além do próprio fenômeno, as causas e a lógica de sua ocorrência. O conhecimento científico, assim como o filosófico, é racional, mas tem a pretensão de ser sistemático e de revelar aspectos da realidade. As noções de experiência e verificação são essenciais nas ciências; o conhecimento científico deve ser justificado e é sempre passível de revisão, desde que se possa provar sua inexatidão. Entretanto, não devemos esquecer que a Matemática, por exemplo, é considerada por muitos uma ciência, apesar de grande parte de seus conhecimentos não se referir diretamente à realidade e não poderem ser por ela provados ou refutados. O ciclo do conhecimento científico (especialmente o das ciências empíricas) inclui a observação, a produção de teorias para explicar essa observação, o teste dessas teorias e seu aperfeiçoamento. Há nas ciências, um movimento circular, que parte da observação da realidade para a abstração teórica. Agora que já falamos dos tipos de conhecimento podemos falar da ciência não em sua acepção lato sensu4 (simplesmente significando conhecimento), mas em seu sentido stricto sensu5 que busca demonstrar as causas que constituem e determinam o conhecimento. 4 Expressão latina que significa Sentido Amplo. No caso dos cursos de Pós-graduação, os cursos de especialização lato sensu tendem a focar na aplicabilidade prática de um conceito. 5 Expressão também de origem latina que significa Sentido Restrito. Em nível de Pós-graduação leva o aluno ao título de Mestre ou Doutor. Nos cursos reconhecidos pelo MEC e classificados pela CAPES, o Mestrado e na sequência Doutorado tem duração média de 3 anos cada, com foco na academia e ênfase nas atividadesde pesquisa e extensão. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 21 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 As ciências possuem: a) Um objetivo ou finalidade – preocupação em distinguir a característica comum ou as leis gerais que regem determinados eventos. b) Uma função – aperfeiçoamento, por meio do crescente acervo de conhecimentos, da relação do homem com seu mundo. c) Objetos que podem ser material (aquilo que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar) ou formal (o enfoque especial, em face das diversas ciências que possuem o mesmo objeto material. Devido à complexidade do universo e a diversidade de fenômenos que nele se manifestam, aliadas à necessidade do homem de estudá-los para entendê-los e explicá-los, levaram ao surgimento de diversos ramos de estudo e ciências específicas. A classificação pode ser pela complexidade, conteúdo, objeto ou tema. Marconi e Lakatos (2004) oferecem várias classificações, mas ressaltam ser mais pertinente a classificação de Bunge (1974) o qual divide as ciências em formais e factuais: São cursos que exigem sobremaneira do candidato. Àqueles que pretendem seguir carreira acadêmica em Universidades renomadas, tem-se exigido Doutorado e dedicação exclusiva. A seleção é rigorosa, criteriosa, passando por análise de currículo, entrevista e projetos de pesquisa que venham a contribuir com o desenvolvimento do país. A CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – é uma agência de fomento à pesquisa brasileira. Ela avalia trienalmente os cursos de Pós-graduação do Brasil. É a única entidade que pode determinar na prática o fechamento ou descredenciamento de cursos com notas baixas ou deficientes, o que acontece através do Qualis. O Qualis é o sistema de avaliação de periódicos mantido pela CAPES, classifica os veículos de divulgação da produção intelectual dos programas quanto à circulação local, nacional ou internacional e qualidade (conceitos A, B, C) por área de avaliação. OBS – Sugerimos uma leitura atenta das notas de rodapé 2 e 3, pois elas oferecem informações importantes, sobre a rotina de produção de pesquisa fora da academia – os professores universitários e pesquisadores se reportam sempre a essa expressão “academia” quando falam do seu ambiente de trabalho e, por conseguinte, ambiente de produção científica. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 22 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 FORMAIS Lógica Matemática CIÊNCIAS FACTUAIS Naturais Sociais Física Química Biologia e outras Antropologia cultural Direito Economia Política Psicologia social Sociologia Interessa-nos discorrer sobre as 17 características do conhecimento científico no âmbito das ciências factuais, a saber: http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 23 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 1. Racional porque é constituído por conceitos, juízos e raciocínios e não por sensações, imagens, modelos de conduta, etc. Ele permite que as ideias que o compõem possam combinar-se segundo um conjunto de regras lógicas, com a finalidade de produzir novas ideias e essas ideias se organizam em novos sistemas. 2. Objetivo à medida que procura concordar com seu objeto - isto é, buscar alcançar a verdade factual por intermédio dos meios de observação, investigação e experimentação existentes; e à medida que verifica a adequação das ideias (hipóteses) aos fatos - recorrendo, para tal, à observação e à experimentação, atividades que são controláveis e, até certo ponto, reproduzíveis. 3. Factual porque parte dos fatos, pode interferir neles, mas sempre volta para eles. Capta ou recolhe os fatos, da mesma forma que se produzem ou se apresentam na natureza ou na sociedade, segundo quadros conceituais ou esquemas de referência. Por fim, utiliza como matéria-prima da ciência, os "dados empíricos" - isto é, enunciados factuais confirmados, obtidos com a ajuda de teorias, quadros conceituais e que realimentam a teoria. 4. Transcendente aos fatos, ou seja, descarta fatos, produz novos fatos e os explica - ao contrário do conhecimento vulgar ou popular, que apenas registra a aparência dos fatos e se atém a ela, limitando-se, frequentemente, a um fato isolado sem esforçar-se em correlacioná-lo com outros ou explicá- lo, a investigação científica não se limita aos fatos observados: tem como função explicá-las, descobrir suas relações com outros fatos e expressar essas relações; em outras palavras, trata de conhecer a realidade além de suas aparências. Seleciona os fatos considerados relevantes, controla-os e, sempre que possível, os reproduz - pode, inclusive, criar coisas novas: compostos químicos, novas variedades de Vírus ou bactérias, de vegetais e, inclusive, de animais. O conhecimento científico não se contenta em descrever as experiências, mas sintetiza-as e compara-as com o que já se conhece sobre outros fatos - descobre, assim, suas correlações com outros níveis e estruturas da realidade, tratando de explicá-las por meio de hipóteses. A comprovação da veracidade das hipóteses as transforma em enunciados de leis gerais e sistemas de hipóteses (teoria). Por último leva o http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 24 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 conhecimento além dos fatos observados, inferindo o que pode haver por trás deles. 5. Analítico porque ao abordar um fato, processo, situação ou fenômeno, decompõe o todo em suas partes componentes - (não necessariamente a menor parte que a divisão permite), com o propósito de descobrir os elementos constitutivos da totalidade, assim como as interligações que explicam sua integração em função do contexto global. O procedimento científico de “análise” conduz à “síntese”- se a investigação inicia-se decompondo seus objetos com a finalidade de descobrir o “mecanismo” interno responsável pelos fenômenos observados, segue-se o exame da interdependência das partes e, numa etapa final, a “síntese”, isto é, a reconstrução do todo em termos de suas partes inter-relacionadas. Assim, se o processo de análise leva à decomposição do todo em seus elementos ou componentes, o de síntese procede à recomposição “das consequências aos princípios, do produto ao produtor, dos efeitos às causas ou, ainda, por simples correlacionamento” (TRUJILLO, 1974, p.15). O processo de análise e a subsequente síntese são “a única maneira conhecida de descobrir, como se constituem, transformam e desaparecem determinados fenômenos, em seu todo” (Bunge, 1974, p. 20). Por este motivo, a ciência rechaça a síntese obtida sem a prévia realização da análise. 6. Claro e preciso – o conhecimento científico ao contrário do popular, precisa que o cientista se esforce ao máximo para ser exato e claro. O problema deve ser formulado com clareza, partir de noções simples, que ao longo do estudo, complicam, modificam e, se necessário, repelem-se. 7. Comunicável – sua linguagem deve poder informar a todos os seres humanos que tenham sido instruídos para entendê-la; deve ser formulada de tal forma que todos investigadores possam verificar seus dados e hipóteses e deve ser considerado propriedade de toda humanidade. 8. Verificável – deve ser aceito como válido quando passa pela prova da experiência ou da demonstração. Só após sua comprovação torna-se válido. 9. Dependente de investigação metódica – uma vez que é planejado, ou seja, o cientista não age por acaso, ele planeja seu trabalho,sabe o que procura e como deve proceder para encontrar o que almeja. É evidente que http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 25 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 esse planejamento não exclui, totalmente, o imprevisto ou o acaso; entretanto, prevendo sua possibilidade, o cientista trata de aproveitar a interferência do acaso, quando este ocorre ou é deliberadamente provocado, com a finalidade de submetê-lo a controle; baseia-se em conhecimento anterior, particularmente em hipóteses já confirmadas, em leis e princípios já estabelecidos - dessa forma, o conhecimento científico não resulta das investigações isoladas de um cientista, mas do trabalho de inúmeros investigadores; obedece a um método preestabelecido, que determina, no processo de investigação, a aplicação de normas e técnicas, em etapas claramente definidas - essas normas e técnicas podem ser continuamente aperfeiçoadas. 10. Acumulativo - seu desenvolvimento é uma consequência de um contínuo selecionar de conhecimentos significativos e operacionais. Novos conhecimentos podem substituir os antigos, quando estes se revelam disfuncionais ou ultrapassados. O aparecimento de novos conhecimentos em seu processo de adição aos já existentes, pode ter como resultado a criação ou apreensão de novas situações, condições ou realidades. 11. Falível - não é definitivo, absoluto ou final - a própria racionalidade da ciência permite que, além da acumulação gradual de resultados, o progresso científico também se efetue por “revoluções”. 12. Geral - em decorrência de situar os fatos singulares em modelos gerais, os enunciados particulares em esquemas amplos, procurar, na variedade e unicidade, a uniformidade e a generalidade e a descoberta de leis ou princípios gerais permite a elaboração de modelos ou sistemas mais amplos. 13. Explicativo - em virtude de ter corno finalidade explicar os fatos em termos de leis e as leis em termos de princípios, além de inquirir como são as coisas, intenta responder ao porquê. 14. Preditivo – baseia-se na investigação dos fatos, assim como no acúmulo das experiências, levando a ciência a atuar no plano do previsível. Fundamentando-se em leis já estabelecidas e em informações fidedignas sobre o estado ou o relacionamento das coisas, seres ou fenômenos, pode, pela indução probabilística, prever ocorrências. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 26 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 15. Aberto – o conhecimento científico não conhece barreiras que, a priori, limitem o conhecimento - a ciência não dispõe de axiomas evidentes: até os princípios mais gerais e seguros constituem postulados que podem ser mudados ou corrigidos; a Ciência não é um sistema dogmático e cerrado, mas controvertido e aberto - isto é, constitui um sistema aberto porque é falível e, em consequência, capaz de progredir: quando surge uma nova situação, na qual as leis existentes revelam-se inadequadas, a Ciência propõe-se a realizar novas investigações, cujos resultados induzirão à correção ou, até a total substituição das leis incompatíveis; dependendo dos instrumentos de investigação disponíveis e dos conhecimentos acumulados. Até certo ponto está ligado às circunstâncias de sua época. 16. Útil – O conhecimento científico é útil em decorrência de sua objetividade e experimentação que lhe conferem um conhecimento adequado das coisas e em decorrência de manter uma conexão com a tecnologia (MARCONI e LAKATOS, 2004). 17. Sistemático - é constituído por um sistema de ideias, logicamente correlacionadas - o inter-relacionamento das ideias, que compõem o corpo de uma teoria, pode qualificar-se de orgânico. Contém um sistema de referência, que são modelos fundamentais de definições construídas sobre a base de conceitos e que se inter-relacionam de modo ordenado e completo, seguindo uma diretriz lógica; teorias e hipóteses; fontes de informações; quadros que explicam as propriedades relacionais. Ou seja: é metódica. Portanto, para estudá-la é necessário: MÉTODO. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 27 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 4. O MÉTODO E A PESQUISA Vivemos tempos, nunca dantes vistos. A realidade transformou-se enormemente, provocando alterações nos mais variados campos da vida humana. Padrões políticos, econômicos, sociais e culturais da sociedade, cunhados ao longo da história da humanidade e vistos como verdades absolutas são agora postos na berlinda da dúvida, o que leva a crer que a humanidade renunciou às certezas garantidas por séculos de tradição, passando a adotar a insegurança das mudanças constantes, com enfoque diferenciado na construção do conhecimento. Esse é o perfil humano da pós- modernidade. Inserida neste contexto, a ciência e seus conceitos comumente aceitos passaram a examinar as posições das metodologias convencionais, principalmente o papel social da mesma, vista por muitos como uma forma de http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 28 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 intensificar a exploração do capital ou mais um instrumento de manutenção do status quo. Em sendo, a nossa pretensão é tentar dialogar sobre as dificuldades enfrentadas pelos pesquisadores sociais que procuram a metodologia adequada para dar conta ou para confirmar suas suspeitas a respeito de um determinado problema. Nessa luta incansável pelo método seguro para a investigação científica, observam-se as tensões e contradições do modelo racional adotado pela ciência moderna a partir do século XVI. Daí, a questão: como produzir conhecimento através da utilização de um pensamento objetivo e crítico sem o recurso das construções mecânicas, bem amarradas e terrivelmente lógicas, em um tempo de grandes contradições paradigmáticas e de perda da confiança epistemológica nas ciências? Conforme Pooli (1998), “a pesquisa social não é uma „sala confortável‟, e é possível trabalhar sem estar em paz com seu objeto de trabalho, e essa deve ser a férrea necessidade das investigações sobre a organização os homens e das mulheres”. (p. 99). Porém e, apesar destas questões que nos rodeiam, a feitura da ciência e do conhecimento se faz necessária, tendo em vista os objetivos das Especializações: demonstrar o conhecimento adquirido, mas, também, aquele produzido pelo pretendente ao título. Para tanto, utiliza-se do método. Nesse sentido, o que vem a ser o Método? 4.1. Método Buscamos a resposta em diversos autores: Souza, Fialho e Otani (2007) o definem como técnicas e instrumentos que determinam o modo sistematizado da forma de proceder num processo de pesquisa. Já para Trujillo (1974) método é a forma de proceder ao longo de um caminho. Em sendo, pode-se concluir que na ciência, os métodos constituem os instrumentos básicos de ordenação do processo de pesquisa, ou seja, traçam de modo ordenado a forma de proceder do cientista, ao longo de um percurso, para alcançar um objetivo. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 29 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 É bem verdade que ao longo da história da humanidade, esses métodos vêm sofrendo transformações. Na Antiguidade Clássica, período contemporâneo dos grandes filósofos Pitágoras, Sócrates e Platão, bastava a palavra do mestre para que fosse aceito um teorema como verdadeiro. Porém e a partir da Idade Moderna, com o advento do Renascimento, presenciamos o pioneirismo de Galileu Galilei, passando por Francis Bacon, Rene Descartes, Isaac Newton, além de outros tantos pensadores, natransformação do método científico e a busca pela confirmação dos dados e hipóteses. Assim, chegamos às técnicas atuais para validação de nossos pressupostos a respeito dos acontecimentos que nos cercam. Embora cada um dos pioneiros acima tenha traçado os seus passos, achamos por bem exemplificar com Galileu, posto ser este, o precursor da ciência moderna e das técnicas de pesquisa a partir de métodos, ou seja, do uso da Metodologia Científica, no fazer da ciência e na construção do conhecimento. Os seus principais passos foram: 1. Observação dos Fenômenos 2. Análise das Partes, Estabelecendo Relações Quantitativas 3. Indução de Hipóteses 4. Verificação das Hipóteses – Experimento 5. Generalização dos Resultados 6. Confirmação das Hipóteses 7. Estabelecimento de Leis Gerais Método científico é, portanto, o conjunto de processos ou operações mentais que se deve empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Conforme Gil (1995), Marconi e Lakatos (2008) , os métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético- dedutivo, dialético e fenomenológico. Podem-se classificar os métodos de acordo com diferentes critérios. Historicamente, no entanto, percebem-se duas grandes vertentes, que são respectivamente o método dedutivo e o método indutivo. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 30 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Todo homem é mortal. (premissa maior) Pedro é homem. (premissa menor) Logo, Pedro é mortal. (conclusão) Outros métodos existentes são o hipotético-dedutivo, o dialético, o fenomenológico e alguns métodos específicos das Ciências Sociais (histórico, comparativo, monográfico, estatístico, tipológico, funcionalista e estruturalista). 4.1.1-Método Dedutivo: O Método Dedutivo, proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz, pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma conclusão. Usa o silogismo da construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar uma terceira logicamente decorrente das duas primeiras, denominada de conclusão (GIL, 1995; LAKATOS,MARCONI, 1993). O clássico exemplo de raciocínio dedutivo é: O método dedutivo é típico das ciências exatas: “É um processo sistemático de investigação, o qual envolve uma série de passos sequenciais, a saber: identificação de um problema, formulação de uma hipótese, estudos pilotos, obtenção de dados, teste de hipóteses, generalização e replicação” (HENDRICK, VERCRUYSSEN,1989 apud SOUZA; FIALHO; OTANI, 2007, p. 25). Observar e explicar o que se observa são os objetivos principais de qualquer ciência. Observar consiste, antes de tudo, na verificação empírica de um fenômeno, na busca por uma definição operacional que permita uma observação controlada, seguida por uma generalização estatística. Existem, pelo menos, quatro abordagens principais utilizadas na pesquisa científica: correlações, histórico de casos, estudos de campo e experimental. Correlações são empregadas para estabelecer relações que permitam predições ou grupamentos de elementos homogêneos. Histórico de casos, unido à correlação, é útil para estabelecer a causalidade das relações. Estudos http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 31 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Antônio é mortal. João é mortal. Carlos é mortal. Ora, Antônio, João ... e Carlos são homens. Logo, (todos) os homens são mortais. de campo consistem em se observarem eventos ocorrendo em um meio ambiente natural e diferem da abordagem experimental onde, para se ter controle sobre as variáveis, trabalha-se em um meio ambiente artificial. Experimentos exploratórios, confirmatórios e estudos-piloto são conduzidos para formular hipóteses, confirmá-Ias/ refutá-Ias ou reforçá-Ias, respectivamente. Demonstrações diferem-se de experimentos por não exigirem a manipulação de variáveis. Estudos quase-experimentais combinam trabalho de campo e de laboratório. 4.1.2-Método Indutivo: O Método Indutivo foi proposto pelos empiristas: Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Consideram que o conhecimento é fundamentado na experiência, não levando em conta princípios preestabelecidos. No raciocínio indutivo, a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. As constatações particulares levam à elaboração de generalizações (GIL, 1995; MARCONI; LAKATOS, 2004). Um clássico exemplo de raciocínio indutivo: O ponto de partida do método indutivo não são os princípios, mas a observação dos fatos e dos fenômenos, da realidade objetiva. Por outro lado, o seu ponto de chegada é a elaboração de modelos que regem o comportamento dos fatos e dos fenômenos observados. Na verdade, a indução não é um raciocínio único, mas um conjunto de procedimentos, uns empíricos, outros lógicos, outros, ainda, intuitivos. Aqui temos a indução formal e a indução científica. A indução formal ou completa, estabelecida por Aristóteles, não leva a novos conhecimentos, mas substitui por um termo geral uma série de termos singulares. Assim, ela não induz à compreensão de um determinado fenômeno a partir somente de alguns casos, mas de todos os casos observados. De fato, a lei que rege o ponto de http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 32 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 chegada para a elaboração de um modelo, expressa realmente a totalidade do comportamento dos fatos e fenômenos observados. A indução científica ou incompleta, estabelecida por Galileu e aperfeiçoada por Francis Bacon, fundamenta-se na causa ou na lei que rege os fenômenos ou fatos observados em um número significativo de casos (um ou mais), mas não em todos os casos. Nesse sentido, a lei não exprime a totalidade, mas expressa uma parte dos fenômenos. Assim, a partir da observação de um ou mais fatos particulares, pode-se induzir para todos os fatos semelhantes. Por meio de um raciocínio dedutivo, parte-se de premissas que julgamos verdadeiras, sobre as quais aplicamos regras fornecidas por alguma lógica, para concluir ou negar determinada proposição. No raciocínio indutivo busca-se alguma generalização ou abstração capaz de descrever um conjunto de dados. Pelo raciocínio analógico são estabelecidas relações de correspondência entre elementos de dois sistemas distintos. Os problemas que enfrentamos em nosso dia-a-dia são resolvidos pela combinação desses diferentes tipos de raciocínio. Raciocinar envolve, tipicamente, considerar evidências relativas a uma hipótese ou conclusão. Simplificando, pode-se dizer que o ato de raciocinar consiste em gerar ou calcular um argumento. A lógica formal distingue dois tipos de argumentos: • Argumentos dedutivos: é necessário, dado que as premissas sejam verdadeiras, que a conclusão seja verdadeira; • Argumentos indutivos: dado que as premissas sejam verdadeiras, é provável que a conclusão também o seja. Em realidade, o pesquisador vê-se diante de uma infinidade de métodos e de variantes aos mesmos. 4.1.3-Método Hipotético-dedutivo: Proposto por Popper, este método consiste na adoção da seguinte linha de raciocínio: quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema. Para tentar explicar as dificuldades expressas no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIADO TRABALHO CIENTÍFICO 33 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 consequências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar falsas as consequências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo se procura a todo custo confirmar a hipótese, no método hipotético- dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-Ia (GIL, 1995, p.30). 4.1.4-Método dialético: Fundamenta-se na dialética proposta por Hegel, na qual as contradições se transcendem dando origem a novas contradições que passam a requerer solução. É um método de interpretação dinâmica e totalizante da realidade. Considera que os fatos não podem ser considerados fora de um contexto social, político, econômico, etc. Muito aplicado em pesquisa qualitativa (SOUZA, FIALHO, OTANI, 2007). 4.1.5- Outros métodos: O método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje, pois as instituições alcançaram sua forma atual por meio de alterações de suas partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada época. O método comparativo empregado por Tylor, considera o estudo das semelhanças e diferenças entre diversos tipos de grupos, sociedades ou povos. Contribui na compreensão do comportamento humano. Ele realiza comparações com a finalidade de verificar similitudes e explicar divergências. É usado tanto para comparar grupos no presente como no passado, ou entre os existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimento. Esse método permite analisar o dado concreto, deduzindo do mesmo os elementos constantes, abstratos e gerais. Constitui numa verdadeira experimentação direta. Empregado em estudos de largo alcance (desenvolvimento da sociedade capitalista), e de setores concretos (comparação de tipos específicos de eleições), assim como estudos qualitativos (diferentes formas de governo) e quantitativos (taxa de http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 34 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 escolarização de países em desenvolvimento e subdesenvolvimento) (MARCONI E LAKATOS, 2004). O método monográfico foi criado por Le Play que o empregou para estudar famílias operárias na Europa. Parte do princípio de que qualquer caso que se estude em profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros ou até de todos os casos semelhantes. Esse método consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações. O método estatístico foi planejado por Quetelet. Os processos estatísticos permitem obter de conjuntos complexos, representações simples e constatar se essas verificações simplificadas têm relação entre si. Assim, o método estatístico significa redução de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos etc. a termos quantitativos e a manipulação estatística, que permite comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado. O papel do método estatístico é, antes de tudo, fornecer urna descrição quantitativa da sociedade, considerada como um todo organizado. Por exemplo, definem-se e delimitam-se as classes sociais, especificando as características dos membros dessas classes e, após, mede-se sua importância ou variação, ou qualquer outro atributo quantificável que contribua para seu melhor entendimento. No entanto, a estatística pode ser considerada mais do que apenas um meio de descrição racional; é, também, um método de experimentação e prova, pois é método de análise. O método tipológico habitualmente empregado por Max Weber, apresenta semelhanças com o método comparativo. Ao comparar fenômenos sociais complexos, o pesquisador cria tipos ou modelos ideais, construídos a partir da análise de aspectos essenciais do fenômeno. A característica principal do tipo ideal é não existir na realidade, mas servir de modelo para a análise e compreensão de casos concretos, realmente existentes. Weber, através da classificação e comparação de diversos tipos de cidades, determinou as características essenciais da cidade; da mesma maneira, pesquisou as diferentes formas de capitalismo para estabelecer a caracterização ideal do http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 35 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 capitalismo moderno; e, partindo do exame dos tipos de organização, apresentou o tipo ideal de organização burocrática. O método funcionalista utilizado por Malinowski, é a rigor, mais um método de interpretação do que de investigação. Levando-se em consideração que a sociedade é formada por partes componentes, diferenciadas, inter- relacionadas e interdependentes, satisfazendo cada uma das funções essenciais da vida social, e que as partes são mais bem entendidas compreendendo-se as funções que desempenham no todo, o método funcionalista estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas unidades, Isto e, como um sistema organizado de atividades (MARCONI E LAKATOS, 2004). Desenvolvido por Lévi-Strauss, o método estruturalista parte da investigação de um fenômeno concreto, eleva-se, a seguir, ao nível abstrato, por intermédio da constituição de um modelo que representa o objeto de estudo, retornando, por fim, ao concreto, dessa vez como uma realidade estruturada e relacionada com a experiência do sujeito social. Ele considera que uma linguagem abstrata deve ser indispensável para assegurar a possibilidade de comparar experiências, à primeira vista, irredutíveis que, se assim permanecessem, nada poderiam ensinar, em outras palavras, não poderiam ser estudadas (MARCONI E LAKATOS, 2004). Como vimos, a Metodologia Científica trata de método e ciência. A atividade preponderante da metodologia é a pesquisa. O conhecimento humano caracteriza-se pela relação estabelecida entre o sujeito e o objeto, podendo-se dizer que essa é uma relação de apropriação. Desse modo, a metodologia resulta de um conjunto de procedimentos a serem utilizados pelo indivíduo na obtenção do conhecimento. É a aplicação do método, por meio de processos e técnicas, que garante a legitimidade do saber obtido. A busca da necessidade humana de conhecer leva o homem a pesquisar. Uma pesquisa é um processo de construção do conhecimento que tem como meta principal gerar novos conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento preexistente. Basicamente, é um processo de http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 36 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 aprendizagem tanto do indivíduo que a realiza quanto da sociedade na qual esta se desenvolve. Lembre-se: Curiosidade intelectual + entusiasmo + independência + capacidade de trabalho e ambição acadêmica ou profissional + paciência e muita determinação são requisitos básicos para se tornar um pesquisador, em tempo integral ou somente para realização de um único projeto. De todo modo, todos os trabalhos científicos podem adotar uma estrutura comum. Apesar de os trabalhos tratarem de temas diferentes e, com distintos propósitos, poderem variar materialmente, é possível a coincidência sequencial comum. Segundo Salvador (1982) a composição de um trabalho científico pode ser expressa da seguinte forma: antecipar o que se vai transmitir; transmitir o que se havia proposto e; declarar o que se transmitiu. Essa sequência compreende a introdução, o desenvolvimento do trabalho e a conclusão. Então, o que vem a ser pesquisa? 4.2-Pesquisa A pesquisa pode ser então definida como um procedimento racionale sistemático que tem como objetivo procurar respostas aos problemas propostos. Portanto, a pesquisa científica desenvolve-se mediante utilização dos conhecimentos disponíveis, métodos, técnicas e outros procedimentos científicos, que vão desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação dos resultados. Santos (2000) classifica as pesquisas em dois níveis: acadêmico e de ponta. O primeiro tipo é de caráter pedagógico, que visa despertar o espírito de busca intelectual autônoma. Realizada no âmbito da academia (universidade, faculdade ou outra instituição de ensino superior) conduzida por professores universitários, alunos de graduação e pós-graduação. O resultado mais importante não é o conhecimento de respostas salvadoras para a humanidade, mas sim a aquisição do espírito e método para a indagação intencional. As http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 37 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 pesquisas de ponta são desenvolvidas por pesquisadores experientes e consiste na pesquisa direcionada a lidar com a problematização, a solução e as necessidades que ainda permanecem, seja porque simplesmente não foram respondidas ou adequadamente trabalhadas. A pesquisa de ponta é tentativa de negação / superação científica e existencial. Existem várias outras classificações para os tipos de pesquisa não havendo um único esquema classificatório. Vamos apresentar a classificação das pesquisas quanto aos objetivos específicos, ao lineamento e à natureza e na sequência, as principais técnicas de coleta e análise dos dados. Para tanto, buscamos respaldo em vários autores e no quadro abaixo agrupamos os pensamentos de Gil (1995); Araújo e Oliveira (1997); Malhotra (2001); Yin (2001); Marconi e Lakatos (2004); Vergara (2005); Cervo, Bervian e Silva (2007); Souza, Fialho e Otani (2007); Moreira e Caleffe (2008)6. Classificação quanto ao: Tipo de pesquisa Técnica de: Objetivo Delineamento Natureza Coleta de dados Análise de dados Exploratória Documental Qualitativa Entrevista Qualitativa Descritiva Bibliográfica Quantitativa Questionário quantitativa Explicativa Levantamento Experimental Ex-post facto Quali- quantitativa Observação Documentação indireta 6 Observe a ordem de colocação dos autores… por data e alfabética. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 38 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Estudo de campo Estudo de corte Estudo de caso Pesquisa ação Pesquisa participante Bibliográfica 4.2.1-Classificação das pesquisas quanto ao objetivo específico Quanto aos objetivos específicos, as pesquisas científicas podem ser classificadas em três modalidades: exploratória, descritiva e explicativa. Cada uma trata o problema de maneira peculiar. A pesquisa exploratória tem “como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema” (GIL, 1995, p. 45). A descritiva adota “como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno” (GIL, 1995, p. 46). Já a pesquisa explicativa tem “como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos” (GIL, 1995, p. 46). A pesquisa exploratória foca na maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a facilitar a construção de hipóteses. Esse tipo de pesquisa tem como principal objetivo o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições, novas idéias. A pesquisa exploratória é extremamente flexível, de modo que quaisquer aspectos relativos ao fato estudado têm importância. Grande parte das pesquisas do tipo envolve levantamento bibliográfico, documental e entrevista ou questionário envolvendo pessoas que tiveram alguma experiência com o problema. Geralmente são de natureza qualitativa. A pesquisa descritiva objetiva a descrição de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Esse tipo de estudo tem como característica mais significativa a utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. Segundo Malhotra (2001, p. 108), a pesquisa descritiva “tem como http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 39 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 principal objetivo a descrição de algo”, um evento, um fenômeno ou um fato. Os termos descritiva, descrição e descrever referem-se ao fato de esse tipo de pesquisa apoiar-se na estatística descritiva para realizar as descrições da população (mediante amostra probabilística) ou do fenômeno, ou relacionar variáveis. Assim, a pesquisa descritiva pura tem natureza quantitativa, mas pode ser quantitativa e qualitativa ao mesmo tempo, se representar descrição de amostra não-probabilística. A pesquisa explicativa procura aprofundar o conhecimento da realidade, explicando a razão e o porquê das coisas. Tem como objetivo principal a identificação dos motivos que determinaram a ocorrência de um fenômeno ou contribuíram para tanto. Esse tipo de pesquisa é, na maioria das vezes, uma continuação da pesquisa exploratória ou da pesquisa descritiva. 4.2.2-Classificação das pesquisas quanto ao delineamento O delineamento da pesquisa corresponde ao seu planejamento numa dimensão mais ampla; ou seja, nesse momento o investigador estabelece os meios técnicos da investigação. O elemento mais importante para a adequada identificação de um delineamento é o procedimento utilizado na coleta de dados. A classificação das pesquisas quanto ao delineamento pode compreender diversos tipos, sendo os mais conhecidos: a pesquisa documental, a pesquisa bibliográfica, o levantamento, a pesquisa experimental, a pesquisa ex-post-facto, o estudo de caso e a pesquisa-ação. Vale destacar que na proporção em que a pesquisa científica avança, novas formas de delineamento tendem a surgir. A principal característica da pesquisa documental está relacionada com a sua fonte, a qual restringe-se a documentos escritos ou não-escritos, sempre de fontes primárias. Qualquer estudo científico supõe e requer uma prévia pesquisa bibliográfica, seja para sua necessária fundamentação teórica, ou mesmo para justificar seus limites e para os próprios resultados. Cervo; Bervian; Silva (2007, p. 48) afirmam que a pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência. Como trabalho científico original, constitui a pesquisa propriamente dita na área http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 40 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 das Ciências Humanas. Como resumo de assunto, constitui geralmente o primeiro passo de qualquer pesquisa científica. É por meio da pesquisa bibliográfica que o pesquisador faz contato direto com tudo o que foi publicado, dito, filmado ou de alguma outra forma registrado sobre determinado tema, inclusive através de conferências seguidas de debates. A pesquisa bibliográfica muito se assemelha com a pesquisa documental. Alguns detalhes, porém, ajudam a evidenciar as sutis diferenças entre os dois tipos: a) as fontes de dados da pesquisa documental são sempre primárias, algumas delas compiladas no momento do fato, outras algum tempo depois, e que não foram tratadas com o foco específico para o tema em estudo; b) a pesquisa bibliográfica, sempre utilizando fontes secundárias, compreende as obras já editadas abordando o tema em estudo; c) os objetivos da pesquisa bibliográfica geralmente são muito amplos, sendo, assim, indicada para gerar maior visão sobre o problema ou torná-lo mais específico; enquanto isso, os objetivosda pesquisa documental são específicos, quase sempre visando à obtenção dos dados em resposta a determinado problema. Os dados obtidos de livros, revistas científicas, teses, relatórios científicos, cuja autoria é conhecida, não se confundem com documentos, isto é, dados primários, que propiciam o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, possibilitando conclusões inovadoras, por meio da análise de seu conteúdo. A pesquisa através do levantamento tem como característica principal a coleta de informações diretamente das pessoas, para se conhecer o comportamento de determinado grupamento. Essas informações são captadas por meio de instrumentos que possibilitam a realização de análise quantitativa, cujas conclusões podem ser projetadas para um universo mais amplo. Por utilizar técnicas estatísticas para definir as amostras e o universo da pesquisa, o levantamento apresenta algumas vantagens. Segundo Araújo e Oliveira (1997) melhora o conhecimento direto da realidade; oferece maior economia e http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 41 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 rapidez; e possibilita, por meio da quantificação das variáveis, o uso de correlações e outros procedimentos estatísticos. Para estes mesmos autores, a pesquisa experimental “consiste em determinar o objeto de estudo, selecionar variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto”. Esse tipo de pesquisa caracteriza-se por manipular de forma direta as variáveis relacionadas ao objeto de estudo. Com a manipulação das variáveis através da criação de situações de controle, ou seja, manipulando-se as variáveis independentes e observando-se o que acontece com as dependentes, pode-se averiguar a relação de causa e efeito de determinado fenômeno. A pesquisa ex-post-facto procura assemelhar-se ao máximo com a pesquisa experimental, sendo que a principal diferença reside na manipulação das variáveis independentes. Com efeito, enquanto na pesquisa experimental as variáveis são controladas, na ex-post-facto não há controle sobre as variáveis. Segundo Yin (2001), o estudo de caso é a pesquisa preferida quando predominam questões dos tipos “como?” e “por quê?”, ou quando o pesquisador detém pouco controle sobre os eventos e ainda quando o foco se concentra em fenômenos da vida real. Yin (2001) afirma também que o estudo de caso é um modo de pesquisa empírica que investiga fenômenos contemporâneos em seu ambiente real, quando os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidos; quando há mais variáveis de interesse do que pontos de dados; quando se baseia em várias fontes de evidências; e quando há proposições teóricas para conduzir a coleta e a análise dos dados. A pesquisa-ação surgiu no final dos anos 1940, com a publicação do artigo Action research and minority problems, de Kurt Lewin. Segundo Vergara (2005), a pesquisa-ação tem como objetivo resolver problemas por meio de ações definidas por pesquisadores e sujeitos envolvidos com a situação investigada. Alguns confundem esse método com consultoria, sendo que a http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 42 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 principal diferença entre as duas abordagens é que a pesquisa-ação procura elaborar e desenvolver conhecimento teórico. 4.2.3-Classificação das pesquisas quanto à natureza Quanto à natureza, as pesquisas científicas podem ser classificadas em três modalidades: a qualitativa, a quantitativa e a quanti-quali. A pesquisa qualitativa se dedica à compreensão dos significados dos eventos, sem a necessidade de apoiar-se em informações estatísticas. Desde a década de 1970, a pesquisa qualitativa vem assumindo certo grau de importância no campo das ciências sociais. Esse tipo de pesquisa adota a fenomenologia como base científica para moldar a compreensão da pesquisa, respondendo a questões dos tipos “o quê?”, “por quê?” e “como?”. Geralmente, a pesquisa qualitativa analisa pequenas amostras não necessariamente representativas da população, procurando entender as coisas, em vez de mensurá-las. A pesquisa qualitativa é considerada essencialmente de campo, porquanto nas ciências sociais a maioria dos estudos está relacionada a fenômenos de grupos ou sociedades, razão pela qual o investigador deve atuar onde se desenvolve o objeto de estudo. Araújo e Oliveira sintetizam a pesquisa qualitativa como um estudo que (1997, p. 11) [...] se desenvolve numa situação natural, é rico em dados descritivos, obtidos no contato direto do pesquisador com a situação estudada, enfatiza mais o processo do que o produto, se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes, tem um plano aberto e flexível e focaliza a realidade de forma complexa e contextualizada. Na pesquisa quantitativa, a base científica vem do Positivismo, que durante muito tempo foi sinônimo de Ciência, considerada como investigação objetiva que se baseava em variáveis mensuráveis e proposições prováveis. A pesquisa quantitativa surgiu sob a influência do Positivismo, segundo o qual o pesquisador não deve envolver-se com o objeto da pesquisa, além de pregar a utilização de procedimentos rigorosamente empíricos, visando ao http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 43 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 máximo de objetividade possível no estudo realizado. Sendo assim, a neutralidade do pesquisador constitui um ponto muito importante para o estudo. Pode-se definir a pesquisa quantitativa como aquela voltada para a mensuração de segmentos do mercado e das informações qualitativas preexistentes ou levantadas pela pesquisa qualitativa. Segundo Malhotra (2001, p. 155), “a pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplicar alguma forma de análise estatística”. Na maioria das vezes, esse tipo de pesquisa deve suceder a pesquisa qualitativa, já que esta última ajuda a contextualizar e a entender o fenômeno. A pesquisa quanti-quali, como o próprio nome sugere, representa a combinação das duas citadas modalidades, utilizando em parte do trabalho a visão positivista, e em outra parte a visão fenomenológica, aproveitando-se o que há de melhor em cada uma delas (ARAÚJO; OLIVEIRA, 1997). A pesquisa quanti-quali compreende a utilização de ambas as naturezas, quantitativa e qualitativa, numa pesquisa científica. Estudos de natureza quanti- quali têm como base tanto o positivismo como a fenomenologia. 4.2.4-Técnicas de coleta de dados Toda pesquisa, em especial a pesquisa descritiva, deve ser bem planejada se quiser oferecer resultados úteis e fidedignos. Esse planejamento envolve também a tarefa de coleta de dados, que corresponde a uma fase intermediária da pesquisa descritiva. A coleta de dados ocorre após a escolha e delimitação do tema, a revisão bibliográfica, a definição dos objetivos, a formulação do problema e das hipóteses ou pressupostos e a identificação das variáveis. A coleta de dados, tarefa importante na pesquisa, envolve diversos passos, como a determinação da população a ser estudada, a elaboração do instrumento de coleta, a programação da coleta e também o tipo de dados e de coleta. Há diversas formas de coleta de dados, todas com suas vantagens e desvantagens. Na decisão do uso de uma forma ou de outra, o pesquisador levará em conta a que menos desvantagens oferecer, respeitados os objetivos da pesquisa. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 44 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Nessa fase podem ser empregadas diferentes técnicas, sendo maisutilizados a entrevista, o questionário e a observação, quando aplicadas a pessoas, e a documentação indireta documental e a documentação indireta bibliográfica, quando não aplicadas a indivíduos. Na aplicação da entrevista e do formulário, o informante conta com a presença do pesquisador ou seu auxiliar, que registra as informações. O questionário sem a presença do investigador, é preenchido pela pessoa que fornece as informações. Além do instrumento usado, o tipo de pergunta, que pode ser fechada por um número limitado de opções ou aberta, sem restrições, determina a maior ou menor exatidão dos dados e o grau de dificuldade na tabulação e análise das informações. Esses aspectos e a disponibilidade de tempo e de recursos devem ser levados em consideração ao ser fixado o instrumento de coleta de dados. Somente depois de ter sido definido o objetivo da pesquisa e depois de levantadas as hipóteses e as variáveis, o pesquisador vai elaborar as questões do instrumento de coleta de dados. A preocupação básica ao elaborar as perguntas deve ser, além da validade, a finalidade e a relação das questões com o objetivo da pesquisa. As perguntas, em maior ou menor número, devem sempre colher informações a respeito das variáveis e das hipóteses do trabalho. Em geral, as questões alheias aos objetivos da pesquisa não se justificam. Cervo; Bervian; Silva (2007) elencam alguns passos básicos que devem ser observados na elaboração das perguntas: • Identificar os dados ou as variáveis sobre os quais serão feitas as questões; • Selecionar o tipo de pergunta a ser utilizado diante das vantagens e desvantagens de cada tipo, com vistas ao tempo a ser consumido para obter os dados e a maneira de tabulá-los e analisá-los; • Elaborar uma ou mais perguntas referentes a cada dado a ser levantado; • Analisar as questões elaboradas quanto a clareza da redação, classificação e sua real necessidade; http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 45 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 • Codificar as questões para a posterior tabulação e análise com a inclusão dos códigos no próprio instrumento; • Elaborar instruções claras e precisas para o preenchimento do instrumento; • Submeter as questões a outros técnicos para sanar possíveis deficiências; • Revisar o instrumento para dar ordem e sequência para as questões; • Submeter o instrumento a um pré-teste para detectar possíveis reformulações ou correções, antes de sua aplicação. Outros instrumentos usados em pesquisas descritivas, como a entrevista e a observação, embora não percorram rigorosamente os passos descritos, devem cercar-se das devidas precauções para evitar prejuízos à pesquisa decorrentes de falhas na coleta de dados. A entrevista não é uma simples conversa. É uma conversa orientada para um objetivo definido: recolher, por meio do interrogatório do informante, dados para a pesquisa. A entrevista tornou-se, nos últimos anos, um instrumento do qual se servem constantemente os pesquisadores em ciências sociais e psicológicas. Eles recorrem à entrevista sempre que têm necessidade de obter dados que não podem ser encontrados em registros e fontes documentais e que podem ser fornecidos por certas pessoas. Esses dados serão utilizados tanto para o estudo de fatos como de casos ou de opiniões. Devem-se adotar os seguintes critérios para o preparo e a realização da entrevista: • Planejar a entrevista, delineando cuidadosamente o objetivo a ser alcançado; • Obter, sempre que possível, algum conhecimento prévio acerca do entrevistado; • Marcar com antecedência o local e o horário da entrevista; qualquer transtorno poderá comprometer os resultados da pesquisa; • Criar condições, isto é, uma situação discreta, para a entrevista, pois será mais fácil obter informações espontâneas e confidenciais de uma pessoa isolada do que de uma pessoa acompanhada ou em grupo; http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 46 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 • Escolher o entrevistado de acordo com a sua familiaridade ou autoridade em relação ao assunto escolhido; • Fazer uma lista das questões, destacando as mais importantes; • Assegurar um número suficiente de entrevistados, o que dependerá da viabilidade da informação a ser obtida. O entrevistado deve ser sempre previamente informado do motivo da entrevista e de sua escolha. O entrevistador deve obter e manter a confiança do entrevistado, evitando ser inoportuno, não interrompendo outras atividades de seu interesse nem o entrevistando quando estiver irritado, fatigado ou impaciente. Convém dispor-se a ouvir mais do que falar. O que interessa é o que o informante tem a dizer. Deve-se dar o tempo necessário para que o entrevistado discorra satisfatoriamente sobre o assunto (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007) O entrevistador deve controlar a entrevista, reconduzindo, se necessário, o entrevistado ao objeto da entrevista. Deve-se evitar perguntas diretas que precipitariam as informações, deixando-as incompletas. É conveniente apresentar primeiramente as perguntas que tenham menores probabilidades de provocar recusa ou produzir qualquer forma de negativismo, uma após outra, a fim de não confundir o entrevistado. Sempre que possível, conferir as respostas, mantendo-se alerta a eventuais contradições. Finalmente, o entrevistador não deve confiar demasiadamente em sua memória. Deve anotar, cuidadosamente, os dados, registrando-os sumariamente durante a entrevista e completando suas anotações logo em seguida ou o mais breve possível. Deve registrar também aqueles dados fornecidos após a entrevista, quando considerados de importância. Quando se há de recorrer à entrevista? Recorre-se à entrevista quando não houve fontes mais seguras para as informações desejadas ou quando se quiser completar dados extraídos de outras fontes. A entrevista possibilita registrar, além disso, observações sobre a aparência, o comportamento e as atitudes do entrevistado. Daí sua vantagem sobre o questionário. Deve-se evitar recorrer à entrevista para obter dados de valor incerto ou para obter informações precisas, cuja validade dependeria de pesquisas ou de observações controladas, tais como datas, relações numéricas etc. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 47 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 O questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir com mais exatidão o que se deseja. Em geral, a palavra questionário refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche. Assim, qualquer pessoa que preencheu um pedido de trabalho teve a experiência de responder a um questionário. Ele contém um conjunto de questões, todas logicamente relacionadas com um problema central. O questionário poderá ser enviado pelo correio, entregue ao respondente ou aplicado por elementos preparados e selecionados. Nesse caso, pode ser aplicado simultaneamente a um maior número de indivíduos (MINAYO; DESLANDES, 2009). Todo questionário deve ter natureza impessoal para assegurar uniformidade na avaliação de uma situação para outra. Possui a vantagem de os respondentes se sentirem mais confiantes, dado o anonimato, o que possibilita coletar informações e respostas mais reais (o que pode não acontecer na entrevista). Deve, ainda, ser limitado em sua extensão e finalidade. É necessário estabelecer, com critério, as questões mais importantes a serem propostas e que interessam ser conhecidas, de acordo com os objetivos. Devem ser propostas perguntas que conduzam facilmente às respostas de forma a não insinuarem outras colocações. Se o questionário for respondido na ausênciado investigador, deverá ser acompanhado de instruções minuciosas e específicas. O uso de perguntas abertas permite obter respostas livres. Exemplo: Do que você mais gosta na cidade? Já as perguntas fechadas permitem obter respostas mais precisas. Exemplo: Seu nível de escolaridade é: ( ) ensino fundamental ( ) graduação ( ) ensino médio ( ) pós-graduação As perguntas fechadas são padronizadas, de fácil aplicação, simples de codificar e analisar. As perguntas abertas, destinadas à obtenção de respostas livres, embora possibilitem recolher dados ou informações mais ricas e variadas, são codificadas e analisadas com mais dificuldade. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 48 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 O formulário é uma lista informal, catálogo ou inventário, destinado à coleta de dados resultantes quer de observações quer de interrogações, e seu preenchimento é feito pelo próprio investigador. Entre as vantagens que o formulário apresenta, podemos destacar a assistência direta do investigador, a possibilidade de comportar perguntas mais complexas e a garantia da uniformidade na interpretação dos dados e dos critérios pelos quais são fornecidos. O formulário pode ser aplicado a grupos heterogêneos, inclusive a analfabetos, o que não ocorre com o questionário. A observação tem como o principal objetivo a obtenção de informações por meio dos órgãos dos sentidos do investigador durante sua permanência in loco ao ensejo da ocorrência de determinados aspectos da realidade. A observação não consiste tão somente em ver ou ouvir, mas também em analisar o fato ou fenômeno. O investigador pode identificar e obter provas a respeito de objetivos de que até então não tinha consciência, exercendo importante papel no aspecto da descoberta, ponto inicial para a investigação social. Os procedimentos para coleta de dados descritos, conforme mencionado anteriormente aplicam-se quando coletados diretamente de pessoas. Entretanto, segundo Gil (1995), não são os indivíduos as únicas fontes de dados. Registros em papel, como arquivos públicos e privados, dados estatísticos, etc., são importantes fontes de informações, que serão colhidas mediante documentação indireta. A coleta de dados baseada na documentação indireta consiste na leitura e análise de materiais produzidos por terceiros, que podem apresentar-se sob forma de textos, jornais, gravuras, fotografias e filmes, entre outras (MARCONI; LAKATOS, 2004). A documentação indireta documental trata especificamente da coleta de informações de fontes primárias, tais como documentos de arquivos públicos e privados, cartas, contratos, diários e autobiografias. Essa técnica é bastante utilizada em pesquisas puramente teóricas e naquelas em que o delineamento principal é o estudo de caso, pois pesquisas com esse tipo de delineamento exige, na maioria dos casos, a coleta de documentos para análise. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 49 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 A documentação indireta bibliográfica trata especificamente de recolher informações de fontes secundárias, tais como relatórios de pesquisa baseada em trabalho de campo, estudos históricos recorrendo aos documentos originais e pesquisas utilizando correspondências de terceiros, entre outras. Trata-se de técnica bastante empregada em pesquisas nas quais o delineamento principal é o estudo de caso e em pesquisas puramente teóricas. 4.2.5-Técnicas de análise de dados qualitativa Dentre as técnicas de análise de dados qualitativa, destacam-se a análise de conteúdo e a análise de discurso. A análise de conteúdo é utilizada no tratamento de dados que visa identificar o que vem sendo dito acerca de determinado tema (VERGARA, 2005). Ela compreende um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitem a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) dessas mensagens. As principais fontes da análise de conteúdo são materiais jornalísticos e documentos institucionais. A análise de discurso é definida por Vergara (2005) como um método que pretende não somente apreender como uma mensagem é transmitida, mas também explorar o seu sentido. A análise de discurso avalia quem enviou a mensagem, quem recebeu a mensagem e qual o contexto em que está inserida. Uma das condições indispensáveis para que a análise de discurso seja efetivada com clareza é a transcrição de entrevistas e discursos na íntegra, sem cortes, correções ou interpretações iniciais. 4.2.6-Técnicas de análise de dados quantitativa Muitas são as ferramentas estatísticas voltadas para análise de dados, dentre elas as frequências, médias, modas, medianas e testes de significância. A análise de regressão e a análise discriminante são duas técnicas de análise de dados quantitativa adotadas com frequência nas áreas de http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 50 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Administração e Contabilidade. Malhotra (2001, p. 459) ensina que a análise de regressão é um “processo estatístico para analisar relações associativas entre uma variável dependente métrica e uma ou mais variáveis independentes”. Essa técnica tem como principal objetivo verificar o grau e a natureza de associação entre as variáveis. Como vimos, a pesquisa possui os mais variados caminhos para atender ao seu objetivo, é recheada de variáveis, de possibilidades, cabendo ao pesquisador descobrir qual deles seguir. Evidentemente que nossa pretensão não foi a de esgotar aqui todo o conhecimento oferecido pela Metodologia Científica, tentamos, apenas, compilar e organizar o que consideramos mais importante para aqueles se enveredarão pelos caminhos da pesquisa. E, na Era da Informação, não poderíamos deixar de falar das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e sua utilização como ferramenta de pesquisa. 5. O USO DAS TIC NA PESQUISA CIENTÍFICA http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 51 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Em apenas uma geração a humanidade vive transformações equivalentes a muitos séculos. Pode-se afirmar que vive um momento histórico especial, com uma presença generalizada dos meios eletrônicos de comunicação e informação permitidos pelas novas Tecnologias de Informação e comunicação (TIC): surgimento e evolução da Internet, da TV Interativa, dos computadores de última geração e muito mais velozes, do avanço dos celulares como verdadeiros minicomputadores, fazendo do desenvolvimento dessas tecnologias algo quase que incontrolável. A busca de um novo ou novos paradigmas é, portanto, resultado da insuficiência constatada. Essa busca de novos paradigmas por parte de inúmeros pensadores encontra muitas denominações, tais como: nova era, era da consciência, holismo, transdisciplinaridade, complexidade. É a busca de um novo pensar (D‟AMBRÓSIO, 2003, p. 56). Contemporaneamente, novos valores vão surgindo, colocando a modernidade em seu limite histórico. Uma nova ciência começa a ser criada, baseada em um outro logos, não mais operativo, mas que tem na globalidade, na interatividade e na integridade seus focos e vetores mais fundamentais. E é neste contexto que o sistema educacional encontra e tem razão de ser dentro da perspectiva de seus processos metodológicos e se justificativa levando em conta, em seus processos didático-pedagógicos, a natureza e asespecificidades deste mundo de comunicação e informação. Porém, observa-se os novos recursos da comunicação e informação, destacado aqui o vídeo e a TV, sendo incorporados a partir de uma perspectiva instrumental, como apenas mais um recurso didático-pedagógico. Não se pode pensar que a pura e simples incorporação destes recursos na educação seja uma garantia, de que se está fazendo uma nova educação, uma nova escola, para o futuro. Muito pelo contrário, vê-se que esta incorporação está se dando, basicamente, como ferramentas instrumentais, com uma pura e simples introdução de novos elementos considerados mais modernos como computadores portáteis e projetores, porém, continuando as velhas práticas educativas. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 52 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Porém Moran afirma que, “ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos”. (2008, p. 29). Atualmente, em meio ao crescimento e desenvolvimento exponencial das TIC e a tentativa de sua absorção pela educação, faz-se necessário o estudo desse fenômeno, suas conseqüências e sua expansão pelo mundo e, em especial, no Brasil, por ser este um país de dimensões continentais e que convive com uma histórica má distribuição de renda, geradora de desníveis de toda ordem, tornando a Educação de qualidade um artigo de luxo, raro e caro, restrito a um percentual mínimo da população mais abastada, haja vista que, as TIC já estão sendo utilizadas por esta parcela da população brasileira. Em sendo, Castells confirma o fato, advertindo que, “as elites aprendem fazendo e com isso modificam as aplicações da tecnologia, enquanto a maior parte das pessoas aprende usando e, assim permanecendo dentro dos limites do pacote da tecnologia”. (2007, p.55). A EAD se expande naquele percentual da população do país excluída do processo educativo tradicional e que, principalmente, reside longe dos grandes centros. Sendo assim, a EAD apoiada pelas TIC, resulta em um processo de inclusão social de dimensões ainda por desvendar, possibilitando uma revolução na oferta de oportunidades. Sobre essa oferta de oportunidades de acesso à Educação e também, à Educação continuada, István Mészáros (2001), professor emérito da Universidade de Sussex (Reino Unido), palestrante da 24ª Reunião anual de pós-graduação da ANPED, afirmou e defendeu ser, a educação continuada, um paradigma a ser perseguido nestes novos tempos de globalização e TIC no ensino. A esse respeito, Assmann (2005) afirma que, os paradigmas não existem apenas para explicar o mundo, mas para organizá-lo mediante o uso do poder [...] Além de humanamente necessários, historicamente relativos e naturalmente seletivos, os paradigmas tendem a territorializar-se. (p. 92-93). http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 53 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Ainda, naquele discurso Mészáros ressalta que: "Não podemos confinar a educação a um número determinado de horas ou de anos de estudo. A educação é a transformação das pessoas ao longo da vida". Mais adiante, ele diz considerar essencial a participação ativa do docente no processo de atualização do ensino. "O próprio educador precisa ser educado", afirma, defendendo a educação pública de qualidade como solução para os problemas do ensino. "A maioria das pessoas depende disso no mundo, pois poucos podem pagar pela escola". (MÉSZÁROS, 2001, s/p). Primo, ressaltando este enfoque da ampliação do acesso à educação daqueles outrora excluídos, afirma que: É fundamental que, passada a névoa do deslumbre pela nova tecnologia, discuta-se não apenas as ferramentas que a informática oferece mas que se pense os métodos e as práticas educacionais. A Web pode ser um suporte tanto para cursos construtivistas quanto para treinamentos comportamentalistas. De fato, as ferramentas disponíveis para a construção de páginas para a Internet oferecem recursos fantásticos para atividades dirigidas e testes de múltipla escolha. Muitas das linguagens de programação utilizadas para a implementação de sites e ambientes automatizam processos que permitem maior controle dos alunos pelo professor. (2008, s/p). E ainda evidencia que, tecnologias como essas entusiasmam um grande número de professores, porém atualizam com novos matizes práticas fundamentadas no behaviorismo. (...) Travestidos pelo slogan da interatividade, treinamentos por atividades dirigidas deslumbram alunos e professores que se satisfazem em apontar e clicar páginas rigidamente determinadas. (...) De outra forma, a prática de ensino à distância que pode de fato ser revolucionária é justamente aquela que diminui as distâncias através da interação. (PRIMO, 2008, s/p). http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 54 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Pode-se perceber, então, que a interatividade proposta pelas TIC, mesmo que de forma distorcida ou diferenciada do conceito de Primo, torna o aluno mais interessado nessa ferramenta por sentir-se sujeito do processo que ganhou impulso com o advento da telemática na década de 1980, consolidando- se ao final da década posterior, devido à disseminação e popularização da Internet. Outro autor que discute essa questão da interatividade é Lévy. Ele admite que, o termo “interatividade” em geral ressalta a participação ativa do beneficiário de uma transação de informação. De fato, seria mostrar que o receptor de informação, a menos que esteja morto, nunca é passivo. Mesmo sentado na frente de uma televisão sem controle remoto, o destinatário decodifica, interpreta, participa, mobiliza seu sistema nervoso de muitas maneiras, e sempre de forma diferente de seu vizinho (2006, p. 79). O posicionamento desse autor corrobora com a nossa afirmação de que somente a possibilidade de interação já estimula o aluno a interagir com o conteúdo disponibilizado, proporcionando a construção do conhecimento. Porém, Belloni (2005) vê diferentes significados para a interatividade. Segundo ela, De um lado a potencialidade técnica oferecida por determinado meio (por exemplo CD-ROM de consulta, hipertextos em geral, ou jogos informatizados), e, de outro, a atividade humana, do usuário, de agir sobre a máquina e de receber em troca uma 'retroação' da máquina sobre ele. (2001, p. 58). De qualquer forma, os resultados dessa utilização são benéficos para o que de fato se espera, a saber, o ensino e o aprendizado do aluno, com qualidade e eficiência. Para Paulo Freire, o “saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (2006, http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 55 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 p.49). Sendo assim, a EAD surge como uma modalidade que permite o cumprimento dessa função de ensinar a todos, para além da sala de aula regular. Esse fato possibilita a autonomia daqueles indivíduos que, até o advento da expansão dessa modalidade, seriam excluídos desse processo e, consequentemente, permaneceriam excluídos da sociedade e de seus benefícios. Porém, Lopes e Carrão (2009) advertem que os desafios são muitos e as soluções para otimizar e atender a esses fatores convergem, cada vez mais, para a premissa de se ter “uma gestão profissional com foco na excelência acadêmica e organizacional”, na ótica de Polak, Munhoz e Duarte, (2008, p. 06). Nessa perspectiva da EAD, a utilização das TIC perpassa pelo uso, até mesmo, deforma obrigatória (vide normas de formatação e estrutura da ABNT), de todas as ferramentas que elas oferecem, em especial o computador e a Internet. Nesse sentido, autores como José Manoel Moran (2011, in, http://www.usp.br) e Eduardo Galhardo (2011, in, http://www.assis.unesp.br/egalhard/PesqInt1.htm), oferecem diversas orientações de como utilizar esses mecanismos, principalmente a Internet, para a realização de pesquisas de toda ordem, que, no nosso caso, trata-se, especificamente da pesquisa bibliográfica ou revisional. A seguir, demonstraremos estas informações e orientações, porém, outras podem ser obtidas na mesma rede mundial de computadores (a Internet ou net). 5.1-Pesquisando na Internet Diversos sites e autores consideram dois aspectos na utilização da Internet como ferramenta associada à Pesquisa: • a busca de documentos (páginas, figuras, textos e animações), ou seja, como encontrar os endereços nessa grande Rede; http://www.institutoine.com.br/ http://www.usp.br/ http://www.assis.unesp.br/egalhard/PesqInt1.htm INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 56 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 • a utilização dos recursos institucionais disponíveis online para revisão bibliográfica, ou seja, quais os endereços e principais fontes para a pesquisa bibliográfica. 5.1.1-Buscando documentos na Internet Quase a totalidade das Universidades, em todo o mundo, estão conectadas à Internet e disponibilizam muito material através de suas páginas institucionais, o mesmo ocorrendo com Institutos de Pesquisa, Organizações Não-Governamentais etc..... Portanto, podemos aproveitarmos esses recursos e, para tanto, devemos utilizar ferramentas e métodos especiais de busca pois, a questão principal é: como obter os endereços de páginas que contenham o assunto (referenciado, atualizado) que procuramos? Para localizar tais informações sobre temas específicos, ou para obter os endereços de universidades, bibliotecas, enciclopédias, centros de pesquisa e outros, devemos usar os serviços de busca. Inicialmente foram sendo disponibilizados endereços de páginas, com um sistema de busca em seus bancos de dados, contendo informações sobre endereços e conteúdos de páginas. Este tipo de serviço é disponibilizado nos endereços ou páginas de Busca, como por exemplo: • Cadê (http://www.cade.com.br) • Bookmarks (http://www.bookmarks.com.br) • RadarUOL (http://www.radaruol.com.br) • Surf (http://www.surf.com.br) • Zeek! (http://www.zeek.com.br) • AltaVista (http://www.altavista.com) • Yahoo (http://www.yahoo.com) • Lycos (http://www.lycos.com) • Infoseek (http://www.infoseek.com) • HotBot (http://www.hotbot.com) • WebCrawler (http://www.webcrawler.com) • Excite (http://www.excite.com) http://www.institutoine.com.br/ http://www.cade.com.br/ http://www.bookmarks.com.br/ http://www.radaruol.com.br/ http://www.surf.com.br/ http://www.zeek.com.br/ http://www.altavista.com/ http://www.yahoo.com/ http://www.lycos.com/ http://www.infoseek.com/ http://www.hotbot.com/ http://www.webcrawler.com/ http://www.excite.com/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 57 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 • AOLNetFind (http://www.aolnetfind.com) Devemos gravar os endereços de busca nos favoritos e ao pesquisarmos um tema devemos utilizar os vários serviços de busca. Essas buscas devem ser estendidas a todos os recursos da Internet inclusive Newsgroups e Web, que podem fornecer emails de pesquisadores da área procurada. Como indicação, Galhardo (2011) considera o Altavista como um dos melhores serviços de busca da rede, além de ter um dos maiores bancos de dados. Entre os principais recursos deste site, temos: a) A página principal com as opções de busca: (1) simples; (2) avançada; (3) de imagens; (4) de arquivos de som; (5) de vídeos e; (6) através de diretórios da Web (por assuntos). b) A página com o sistema de ajuda http://doc.altavista.com/help/search/adv_help.shtml, permite a você verificar os dados relacionados a este site de busca e aprender as diferenças entre os diversos sistemas de busca existentes no alta vista. http://www.institutoine.com.br/ http://www.aolnetfind.com/ http://www.altavista.com.br/ http://doc.altavista.com/help/search/adv_help.shtml http://doc.altavista.com/help/search/adv_help.shtml http://doc.altavista.com/help/search/adv_help.shtml INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 58 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 c) A página com o tutorial sobre o modo avançado de busca http://doc.altavista.com/adv_search/ast_i_index.shtml, permite que você aprenda a utilizar expressões Booleanas (termo derivado da álgebra de Boole (matemático e lógico nascido na Inglaterra no sec. XIX), que envolve a aplicação das operações da teoria dos conjuntos e da lógica a dois ou mais conjuntos e proposições). http://www.institutoine.com.br/ http://doc.altavista.com/adv_search/ast_i_index.shtml http://doc.altavista.com/adv_search/ast_i_index.shtml INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 59 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 d) A página com o diretório "SCIENCE" http://dir.altavista.com/Science.shtml, proporciona a você um campo de inserção de palavras-chave dentro do grupo escolhido e os tópicos. Por exemplo, vamos realizar a busca de documentos em Inglês no período de 31/12/99 a 13/04/00 que contenham as palavras Human, Genetics e Behavior, cabe aqui inserir uma tabela do Tutorial de busca avançada sobre as expressões lógicas: Finds documents containing all of the specified words or phrases. Peanut AND butter finds documents with both the word peanut and the word butter. Finds documents containing at least one of the specified words or phrases. Peanut OR butter finds documents containing either peanut or butter. The found documents could contain both items, but not necessarily. Excludes documents containing the specified word or phrase. Peanut AND NOT butter finds documents with peanut but not containing butter. NOT must be used with another operator, like AND. AltaVista does not accept 'peanut NOT butter'; instead, specify peanut AND NOT butter. OR AND AND NOT http://www.institutoine.com.br/ http://dir.altavista.com/Science.shtml INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 60 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 NEAR Finds documents containing both specified words or phrases within 10 words of each other. Peanut NEAR butter would find documents with peanut butter, but probably not any other kind of butter. ( ) Use parentheses to group complex Boolean phrases. For example, (peanut AND butter) AND (jelly OR jam) finds documents with the words 'peanut butter and jelly' or 'peanut butter and jam' or both. anchor:text Finds pages that contain the specified word or phrase in the text of a hyperlink. anchor:"Click here to visit garden.com" would find pages with "Click here to visit garden.com" as a link. applet:class Finds pages that contain a specified Java applet. Use applet:morph to find pages using applets called morph. domain:domainname Finds pages within the specified domain. Use domain:uk to find pages from the United Kingdom, or use domain:com to find pages from commercial sites. host:hostname Finds pages on a specific computer. The search host:www.shopping.com would find pages on the Shopping.com computer, and host:dilbert.unitedmedia.com would find pages on the computer called dilbert at unitedmedia.com. image:filename Finds pages with images having a specific filename. Use image:beaches to find pages with images called beaches. link:URLtextFinds pages with a link to a page with the specified URL text. Use link:www.myway.com to find all pages linking to myway.com. text:text Finds pages that contain the specified text in any part of the page other than an image tag, link, or URL. The search text:graduation would find all pages with the term graduation in them. title:text Finds pages that contain the specified word or phrase in the page title (which appears in the title bar of most browsers). The search title:sunset would find pages with sunset in the title. url:text Finds pages with a specific word or phrase in the URL. Use url:myway.com to find all pages on all http://www.institutoine.com.br/ http://www.shopping.com/ http://www.myway.com/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 61 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 servers that have the word myway in the host name, path, or filename--the complete URL, in other words. Esta é a página de solicitação de busca. Esta busca obteve 1484 páginas que contêm as três palavras (uma dica: para não ter que ir clicando em um resultado e depois voltar para a página de busca, escolher outra visitar e voltar, clique com o outro botão do mouse sobre o link desejado e opte por abri-lo em uma nova janela, com isso você poderá abrir vários resultados ao mesmo tempo). Veja na figura abaixo que também é possível acionar uma tradução (TRANSLATE) de uma referida página. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 62 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Na figura abaixo está o quadro de Tradução, você pode também utilizá-lo em outros endereços da Internet ou até copiar e colar um texto, escolher o Idioma e traduzi-lo. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 63 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Na figura abaixo está a página principal do site de busca Cadê, que também apresenta uma boa estrutura de pesquisas (http://www.cade.com.br/info.htm). Dados obtidos na página (http://www.twics.com/~takakuwa/search/searc2.html) indicam cerca de 1.005 sistemas de busca. Conforme, galhardo (2011), os apresentados acima podem ser considerados os principais, porém a melhor forma de realizar pesquisas na Internet é através de sistemas de meta busca, ou seja, um sistema que procura suas palavras-chave em vários sistemas de busca ao mesmo tempo. Na página http://www.amdahl.com/internet/meta-index.html podemos verificar a lista de sites de Busca existentes. Faça algumas pesquisas utilizando esse site. Sistema Miner (http://miner.bol.com.br/uol.html) O sistema miner tem um portal de acesso a vários tipos de metabusca (veja figura abaixo), das quais destacamos o de documentos, o de livros (muito útil para economizar, analisando o preço de um determinado livro em várias livrarias) e o de software. http://www.institutoine.com.br/ http://www.cade.com.br/info.htm http://www.twics.com/~takakuwa/search/searc2.html) http://www.twics.com/~takakuwa/search/searc2.html) http://www.amdahl.com/internet/meta-index.html http://miner.bol.com.br/uol.html INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 64 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Após clicar no link METAMINER mostrado na figura anterior, aparecerá o formulário de busca (figura abaixo) onde é possível utilizar as palavras-chave do assunto que se procura e escolher entre as opções oferecidas (qualquer palavra, todas as palavras, ou Esta frase), e também quais serviços de busca serão acionados. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 65 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Navegando pelo site, chega-se à página dos resultados da busca, onde são apresentadas a quantidade de respostas de cada sistema verificado e, a seguir a lista dos resultados dispostos em grupos de 10. No final da página tem um índice de páginas de resultados. Este sistema foi lançado ela UFMG e, de início, apresentava todos os resultados da busca em uma única página, sem propagandas. Hoje, o mesmo afiliou-se ao Brasil online (Grupo Abril) e, por conta disso, deixou de ser eficiente, tornando-se demorado (devido às propagandas, na opinião de GALHARDO, 2011). http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 66 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Existem, também, softwares que são instalados em nossos computadores e estes realizam a denominada metabusca de documentos. O mais simples e fácil de ser instalado e que apresenta bons resultados é o WebFerret (que pode ser obtido gratuitamente no site (http://www.ferretsoft.com/netferret/index.html). Outro software de busca é o BullsEye (http://www.intelliseek.com) nele, há um tutorial de uso do sistema que pode ser acessado na página principal O software é pequeno, porém após executá-lo você deve conectar-se a Internet para que complete a instalação dos diversos pacotes (cerca de 9 MB) e após a instalação disponibiliza um atalho na área de trabalho do windows e na barra de menus do navegador (Internet Explorer por exemplo). Abaixo está a figura com o resultado de uma busca realizada pelo BullsEye: http://www.institutoine.com.br/ http://www.webferret.com/ http://www.intelliseek.com/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 67 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Temos também, o Copernic 2000. O arquivo de download tem 2,4 Mb e pode ser obtido em (http://www.copernic.com/download/index.html). Abaixo está a figura com o resultado de três buscas, repare nas categorias de Busca: The Web; Grupos de Discussão (Newsgroups); Endereços de E-mail; Compra de Livros; de Hardware e Software. Veja também os recursos disponibilizados na barra de menus e de atalhos. Não deixe de visitar o endereço http://www.copernic.com/quicktour para fazer um tour rápido sobre os recursos do Copernic 2000. Cabe ressaltar que o Copernic 2000 é muito mais que um software de busca avançada na rede, pois possui browser associado e se acionar o botão Browse, ele cria uma http://www.institutoine.com.br/ http://www.copernic.com/download/index.html http://www.copernic.com/quicktour INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 68 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 PÁGINA com os endereços e resumos de conteúdo com uma série de botões bastante eficientes na análise destes documentos da Internet. Além destes, existe o Google. Mas, esse, todos conhecem e não vemos necessidade de falar sobre ele. A única referência necessária, é que se utilize o Google acadêmico. Para tanto, entre no site. Na página principal, clique em mais, no menu e, logo em seguida clique em muito mais. Uma página se abrirá e nela, o primeiro link à esquerda será o Google acadêmico. Entre, digite a palavra-chave ou frase e navegue. 5.2-Pesquisa Bibliográfica ou Revisão de Literatura O Instituto IB/FACEL sugere que você confeccione uma TCC onde a abordagem seja bibliografia, para tanto, oferecemos algumas ferramentas de apoio a essa construção. Também pode ser denominada de “referencial teórico”, “fundamentação teórica” ou “quadro teórico de referência” é a parte em que se explicitam a(s) teoria(s) que embasa(m) a pesquisa. Consiste, pois na explicitação das teorias e conceitos que ajudarão na compreensão do objeto da pesquisa em questão. No caso do Artigo que deve ser apresentado como TCC para obtenção do título de Especialista, para o referido Instituto, far-se-á, somente a revisão. A revisão bibliográfica não significa elencar resenhas ousínteses de obras, mas na elaboração de um texto pelo aluno, no qual se articulam as proposições teóricas das fontes de referência. Para tanto, escolha um tema de sua preferência, desde que privilegie a sua área do conhecimento em questão e faça a pesquisa bibliográfica. A pesquisa ou revisão bibliográfica, na visão de Luna (1998), visa determinar o “estado da arte” do campo do conhecimento. Ou seja, é realizada para compreender e descrever o estado atual do conhecimento produzido em uma área de pesquisa ou tema. Pode também ser feita para situar o problema dentro de um quadro de referência teórico ou com o objetivo de fazer a revisão da pesquisa empírica – principalmente dos aspectos metodológicos - sobre o http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 69 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 tema em questão, ou ainda para elaborar uma revisão sobre a evolução histórica dos conceitos sobre uma determinada teoria. Portanto, a opção por uma linha de revisão bibliográfica depende do tipo de pesquisa que está sendo feita e do problema em questão. Nesse sentido, a escolha do seu tema deverá atender a esse pré- requisito. Ainda conforme Luna (1998, p.80-85), este modelo de pesquisa pode ter a finalidade de descrever o estado atual de uma dada área de pesquisa; circunscrever um dado problema dentro de um quadro de referência teórico; explicar como um problema em questão vem sendo pesquisado empiricamente - especialmente sob o ponto de vista metodológico - e/ou recuperar a evolução de um conceito, uma área ou um tema inserindo essa evolução dentro das teorias. Em suma, a revisão bibliográfica é o estudo do que já foi escrito sobre o assunto e sobre o arcabouço teórico que fundamenta a realização da pesquisa. Como diz Castro (1977, p. 69), o curso de pós-graduação pressupõe a realização de um “esforço de análise e síntese, isto é, entender o legado do conhecimento e, em seguida, elaborar sobre ele, trabalhar de maneira original e inovadora esta herança”. É nesta perspectiva que se coloca a revisão da literatura: entender e explicitar o legado do conhecimento disponível, para depois elaborar uma contribuição nova. Nesse sentido, a Internet disponibiliza uma série de opções de sites que facilitam as revisões bibliográficas, fundamentais para o desenvolvimento da Pesquisa Básica. No endereço www.cgb.unesp.br estão disponíveis links para diversos Abstracts, agrupados em três categorias: as bases de dados Compendex; Current Contents e as bases da SilverPlatter por intermédio do ERL (Electronic Reference Library). O acesso online a bases de dados proporciona maior rapidez nas pesquisas, maior atualização e abrangência nas informações. http://www.institutoine.com.br/ http://eduardogalhardo.sites.uol.com.br/www.cgb.unesp.br INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 70 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Na figura a seguir, onde está representada a página de Links do site da Coordenadoria Geral de Bibliotecas da UNESP (CGB), estão listados recursos indispensáveis para a pesquisa bibliográfica e revisional. Entre as referidas opções, veremos com maior detalhe o SciELO. 5.2.1-como utilizar o Scielo Para a confecção de um Artigo Científico de revisão, requisito para a obtenção do seu certificado de pós-graduação lato sensu, pelo Instituto IBE/FACEL, parte-se da escolha do tema, seguida de uma pesquisa. Essa pesquisa se dá a partir de autores da área e suas mais recentes publicações sobre o tema escolhido. Para tanto, faz-se uma busca por artigos científicos da área, em sites especializados, para a sua redação, não havendo a necessidade de leitura de obras extensas e não atuais. O suporte bibliográfico se faz necessário porque toda informação fornecida no Artigo deverá ser retirada de outras obras já publicadas anteriormente. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 71 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Lembre-se, porém, que os artigos, dissertações, monografias, livros e teses que devem ser consultados, deverão ter sido publicados em revistas científicas. Sendo assim, as consultas em revistas de ampla circulação (compradas em bancas) não são permitidas, mesmo se ela estiver relatando resultados de estudos publicados como artigos científicos sobre aquele assunto. Revistas como: Veja, Isto é, Época, etc., são meios de comunicação jornalísticos e não científicos. O material científico é publicado em revistas que circulam apenas no meio acadêmico (Instituições de Ensino Superior). Essas revistas são denominadas: periódicos. Cada periódico têm sua circulação própria, isto é, alguns são publicados impressos mensalmente, outros trimestralmente e assim por diante. Alguns periódicos também podem ser encontrados facilmente na Internet e os artigos neles contidos estão disponíveis para consulta e/ou download. Os principais sites de buscas por esse material são, entre outros: Scielo: www.scielo.org Periódicos Capes: www.periodicos.capes.gov.br Bireme: www.bireme.br PubMed: www.pubmed.com.br A seguir, temos um exemplo de busca por artigos no site do SciELO. Lembrando que em todos os sites, embora eles sejam diferentes, o método de busca não difere muito. Deve-se ter em mente o assunto e as palavras-chave que o levarão à procura pelo referencial teórico do seu trabalho. Para tanto, siga os passos descritos a seguir: Para iniciar sua pesquisa, digite o site do SciELO no campo endereço da internet e, depois de aberta a página, observe os principais pontos de pesquisa: por artigos; por periódicos e periódicos por assunto (marcações em círculo). http://www.institutoine.com.br/ http://www.scielo.org/ http://www.periodicos.capes.gov.br/ http://www.bireme.br/ http://www.pubmed.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 72 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Ao optar pela pesquisa por artigos, no campo método (indicado abaixo), escolha se a busca será feita por palavra-chave, por palavras próximas à forma que você escreveu, pelo site Google Acadêmico ou por relevância das palavras. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 73 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Em seguida, deve-se escolher onde será feita a procura e quais as palavras-chave deverão ser procuradas, de acordo com assunto do seu TCC (não utilizar “e”, “ou”, “de”, “a”, pois ele procurará por estas palavras também). Clicar em pesquisar. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 74 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Lembre-se de que as palavras-chave dirigirão a pesquisa, portanto, escolha-as com atenção. Várias podem ser testadas. Quanto mais próximas ao tema escolhido, mais refinada será sua busca. Por exemplo, se o tema escolhido for relacionado à degradação ambiental na cidade de Ipatinga, as palavras-chave poderiam ser: degradação; ambiental; Minas Gerais. Ou algo mais detalhado. Se nada aparecer, tente outras palavras. Em seguida, abrir-se-á uma nova página com os resultados da pesquisa para aquelas palavras que você forneceu. Observe o número de referências às palavras fornecidas e o número de páginas em que elas se encontram (indicado abaixo). http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 75 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Em seguida, você encontrará a lista com os títulos dos artigos encontrados, onde constam: nome dos autores (Sobrenome, nome), título, nome do periódico, ano de publicação,volume, número, páginas e número de indexação. Logo abaixo, têm-se as opções de visualização do resumo do artigo em português/inglês e do artigo na íntegra, em português. Avalie os títulos e leia o resumo primeiro, para ver se vale à pena ler todo o artigo. Ao abrir o resumo, tem-se o nome dos autores bem evidente, no início da página (indicado abaixo). No final, tem-se, ainda, a opção de obter o arquivo do artigo em PDF, que é um tipo de arquivo compactado e, por isso, mais leve. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 76 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 5.2.2-Busca por um Título já definifo Caso queira, você pode fazer download e salvá-lo em seu computador. Caso você já possua a referência de um artigo e quer achá-lo em um periódico, deve-se procurar na lista de periódicos, digitando-se o nome ou procurando na lista, por ordem alfabética ou assunto. Em seguida, é só procurar pelo autor, ano de publicação, volume e/ou número. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 77 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 É preciso ressaltar que você deve apenas consultar as bases de dados e os artigos, sendo proibida a cópia de trechos, sem a devida indicação do nome do autor do texto original (ver na apostila tipos de citação) e/ou o texto na íntegra. Tais atitudes podem ser facilmente verificadas por nossos sistemas de busca de plágios, o que acarretará a recusa do seu TCC, bem como, as possíveis punições educacionais. Portanto, evite o plágio. Como? Veja a seguir. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 78 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 6. O PLÁGIO E COMO EVITÁ-LO De acordo com o dicionário Aurélio (2008), plágio, é "assinar ou apresentar como sua, obra artística ou científica de outrem". Etmologicamente, a origem da palavra serve como ilustradora cabal desse conceito que ela carrega, posto que, vem do grego (através do latim) 'plagios', cujo significado seria 'obliquo‟, 'trapaceiro'. Não obstante, não é apenas esse conceito que a palavra transporta. Pode-se dizer em uma versão moderna que, plagiar é uma atitude de quem não acredita em seu potencial, tampouco pretende contribuir para a sua própria formação acadêmica e profissional, posto que, perde a oportunidade de enriquecer seu conhecimento e seu currículo. Isso demonstra a total incompetência e incapacidade de fazer a sua própria obra. Nesse sentido, cabe aqui um acréscimo, haja vista, que o plágio revela desonestidade intelectual por ser ilegal, mesmo quando autorizado. Sendo assim, mesmo quando não vai parar nos tribunais, plagiar é uma atitude condenável. Mas, parece que isso não é evidente para todos, haja vista a sua incidência recorrente. Outras definições são encontradas no Merriam-Webster Online Dictionary, onde plagiar é: roubar e repassar (as idéias ou palavras de outro) como suas; usar (a produção de outro) sem creditar a fonte; cometer roubo literário; apresentar como nova e original uma idéia ou produto derivada de uma fonte existente (2009). Portanto, podemos considerar que plagiar, é: ➢ Não informar a fonte de uma citação; ➢ Não colocar a citação entre aspas, quando menores que 4 linhas; ➢ Assinar trabalho de outra pessoa como se fosse seu; ➢ Não dar crédito a quem de direito ao copiar as palavras ou idéias de alguém; ➢ Copiar a estrutura da sentença (frase), mudando as palavras, sem dar crédito ao autor original; ➢ Fazer um ajuntamento de parágrafos de diversas autorias, criando um outro texto e assinando como texto original, tendo créditos ou não; http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 79 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 ➢ Apresentar como seu um trabalho que contem tantas palavras ou idéias de uma fonte que se torne a maior parte desse trabalho, dando crédito ou não. Porém, temos casos clássicos de plágios denominados: ✓ o plágio direto, quando se copia de uma fonte integral, palavra por palavra não indicando que é uma citação e sem fazer nenhuma referência ao autor; ✓ o empréstimo, quando se toma emprestado o trabalho de outro estudante, sem a devida indicação do verdadeiro autor, tornando-se um plágio direto; ✓ o mosaico, quando se utiliza um texto do outra autoria, mudando algumas palavras dos parágrafos originais, podendo ser classificados como paráfrases, portanto, sem apontar o autor original e sem dar-lhe os devidos créditos; ✓ a bricolagem, quando se utiliza de vários trechos de diversos textos de autores diferentes, fazendo-se uma „costura‟ deste trechos, criando-se assim, um outro texto composto de partes destes. 6.1- o plágio e a Internet Como vimos na Unidade anterior, a Internet é uma excelente ferramenta de pesquisa. Porém, o seu uso indevido, torna-se uma arma criminosa, quando se lança mão do copia e cola. No entanto, esta não devia ser a forma mais usual de se utilizar dessa ferramenta, que sem sombra de dúvidas, facilita a pesquisa acadêmica quando se faz o uso correto da mesma: como uma grande biblioteca. Nela há uma fonte quase inesgotável de pesquisas para a elaboração de trabalhos científicos, o que traz grandes vantagens, tais como: a facilidade e rapidez de acesso a conteúdos especializados, os espaços de comunicação e interação que permitem discussões sobre diversos assuntos, etc.; porem, alguns problemas vem junto, tais como: falta de objetivos definidos para a pesquisa; sobrecarga de informação; facilidade de dispersão; ausência de análise crítica http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 80 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 dos conteúdos acessados; confusão em relação à propriedade intelectual; cópias; plágio. O principal benefício obtido com a publicação dos resultados de uma pesquisa - e, sem dúvida, mais honroso e louvável - é o progresso da ciência. Ela é construída passo-a-passo, sendo cada passo alicerçado e impulsionado pelas pesquisas de outros. As vantagens para o autor passam pelo reconhecimento de seu esforço intelectual, estabelecimento e sedimentação de sua reputação de pesquisador por meio de acreditação pública, garantia de continuidade de seus projetos, prestígio e obtenção de posições acadêmicas hierarquicamente superiores. O não cumprimento dos critérios de redação própria fere um dos princípios básicos da ciência que é a transparência, colocando em jogo toda a credibilidade da pesquisa. Segundo Huth (1986, p. 104), "o abuso na autoria raramente interfere com a eficiência da ciência ou reduz suas fontes, porém, corrói a ética e a honestidade". É possível admitir que alguns alunos plagiam devido a falta de orientações quanto à redação, tendo, portanto, dificuldade de redigir textos coerentes e corretos do ponto de vista da língua e da gramática. Sendo assim, recorrem ao uso de cópias de outros autores, de forma completa ou em partes. Outros até tiveram orientações satisfatórias e uma boa base em redação, contudo, por outros motivos como falta de tempo e a comodidade oferecida pela Internet, recorrem ao expediente do plágio. No entanto, para realizar um trabalho acadêmico é essencial que se utilize da Metodologia Científica oferecida nesta apostila que, conforme Bravos, “prima- se por iniciar os jovens no trabalho científico reflexivo, ordenado e crítico, familiarizando-os, ao mesmo tempo, com as técnicas do trabalho intelectual e da preparação de relatórios científicos”. (BRAVOS, 2006. p 6). Para piorar o quadro de desonestidade acadêmica, pode-se, constatar, em uma rápida pesquisa na Internet,a infinidade de sites que oferecem trabalhos acadêmicos prontos, que fica difícil resistir à tentação. Portanto, se pegar trabalhos na Internet é tão fácil e barato, por que não o fazer? Por diversos motivos, entre eles: http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 81 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 1. Aprendizado: com a utilização da cópia e do uso do plágio os alunos não terão a oportunidade de pesquisar e de construir o conhecimento esperado; 2. Integridade: com as facilidades proporcionadas pela Internet, a ética é testada a todo o momento; 3. Ética: plagiar é roubar e, em sendo, deve-se refutar essa atitude através de ações que inibam o ato; 4. Expulsão: grande parte das instituições de ensino expulsa alunos e professores que acorrem nesse crime; 5. Facilidade de se descobrir e provar um plágio pela mesma ferramenta, muitas vezes utilizada para fazê-lo: a Internet; 6. Atestado de incompetência e fracasso: se ao invés de aprender a pensar por conta própria e a expressar suas próprias ideias claramente por escrito você meramente aprender a achar coisas na Internet e modificá-las para seu próprio uso, isso provavelmente será tudo o que você aprenderá; 7. Prejuízo financeiro: ao ser descoberto e punido perde-se o tempo e o dinheiro investido nessa empreitada; 8. Reprovação: a maior parte das instituições de ensino puni com a reprovação aos estudantes que plagiam; 9. Qualidade: ao copiar você coloca em xeque a perspectiva de que a qualidade do seu trabalho possa se limitar à qualidade do que está na Internet; 10. Punição: plagiar é crime passível de punição e diversos sites tem ouvidoria e sistemas para detectar e punir crimes dessa natureza, sendo que qualquer cidadão poderá denunciar esta prática. Veja: No Código Penal, no artigo 184, o plágio configura o crime de violação dos direitos do autor. O plagiário pode ser condenado a pena de detenção de três meses a um ano, ou multa. Caso a violação consista “em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, (...) sem autorização expressa do autor, (...) ou de quem os represente”, a pena será de “dois a quatro anos de reclusão, e multa”. Na lei de direitos autorais (9.610/1998), que regulamenta a matéria, é estabelecido que “ninguém pode reproduzir obra que não pertença ao domínio http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 82 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 público, a pretexto de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor” (artigo 33). No artigo 7 da mesma lei são definidas as obras intelectuais protegidas pela lei (os textos de obras literárias, artísticas ou científicas, obras dramáticas, composições musicais etc.) e no artigo 22 diz que os direitos morais e patrimoniais sobre a obra criada pertencem ao autor. No livro “O que você precisa saber sobre direitos autorais” de Henrique Gandelman (2004), direito autoral “é a proteção jurídica das formas de expressão originais e criativas, tanto de idéias como de conhecimento e sentimentos humanos” (p. 24). E, em tempos de globalização, além das normas internas, o país passou a fazer parte de cinco tratados internacionais que garantem e protegem a propriedade intelectual: Convenção Universal; Convenção de Genebra; Convenção de Berna; e Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio (TRIP). Diante de todas essas questões legais, faz-se urgente evitar o plágio. Mas como? 6.2-Evitando o plágio É possível evitar o plágio, para tanto, faça sempre uma síntese do que você leu, conhecida como Leitura Sintópica, pois, sua originalidade resultará dessa síntese da bibliografia consultada. Além disso, quando precisar consultar outras fontes bibliográficas, dê a si próprio tempo suficiente para digerir a pesquisa. Se você está trabalhando diretamente do livro fonte, você pode começar a fazer um plágio mosaico. Se você escrever uma primeira versão sem usar o material da fonte, e, então, consultar novamente a fonte e incorporar as citações que você precisa e indicar seus empréstimos, você poderá perceber que produziu um texto mais original. A originalidade resulta da síntese do que você leu. Algumas ferramentas podem ser utilizadas para que não se cometam pequenos plágios não intencionais, tais como: http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 83 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 a) Ficha literária: sempre que você ler algum livro, artigo ou quaisquer outros documentos, anote os dados necessários para as devidas referências (Autor. Título. Edição. Local: editora, ano); b) Anotações: tome notas cuidadosamente durante a pesquisa, incluindo referências bibliográficas completas. Isso irá assegurar que você possa facilmente fazer referência à fonte quando estiver preparando a versão final. c) Parênteses: transforme num hábito colocar entre parêntesis referências para todas as fontes de onde você fez empréstimos em cada versão que você escreve. Isso irá lhe poupar tempo porque você não terá que revisitar os textos referidos quando estiver preparando a versão final. d) Tempo: reserve um tempo hábil e necessário para pesquisar, escrever e revisar o seu trabalho. Inicie a pesquisa suficientemente cedo para determinar se seu tópico é trabalhável. Estudantes que apresentam um trabalho sobre um tópico diferente do proposto ou daquele sobre o qual fizeram trabalhos preliminares são frequentemente suspeitos de plágio. Quando você não consegue encontrar o material que precisa e não tem tempo suficiente para começar um novo tópico, plagiar é uma grande tentação. e) Confiança: acredite no seu potencial e trabalhe arduamente. Até mesmo os melhores escritores, às vezes, não têm consciência de suas boas ideias e acham que não têm nada a dizer quando na verdade seus escritos dizem muito. Ideias originais resultam de se trabalhar estreitamente com ideias de outros, não de flashes de inspiração; f) Rotina: não se faz ciência sem uma rotina de trabalho e pesquisa; g) Normas Técnicas: contar sempre com um guia de documentação (manual do TCC) com as regras de como redigir referências bibliográficas; h) Ajuda: no Instituto IBE/FACEL a professora, autora dessa apostila é a responsável pela Metodologia Científica, mas, também, em auxiliá-lo na feitura do seu trabalho, estando ao seu dispor, diariamente, via email ou telefone. Procure-nos para as devidas orientações, sempre que precisar. Outras dicas para não se cair em tentação podem ser encontradas no livro de Umberto Eco (2007) “Como se faz uma tese em ciências humanas”. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 84 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Nele o autor oferece ótimas dicas para não se copiar por erro ou ignorância (excluindo a má-fé). Siga as recomendações desse livro onde o professor italiano relaciona diversos exemplos bastante claros de uma “falsa paráfrase”, uma “paráfrase honesta”, e uma “paráfrase textual que evite o plágio”. Diante do exposto, a palavra mágica é ética. A Academia de Ciência não precisaria se preocupar com o plágio se os profissionais cumprissem o código de ética. De nada adianta incluir a Ética como disciplina dos currículos acadêmicos, se os intelectuais e universitários são os primeiros a rasgá-la ao se esconderem atrás de textos de outros autores. Não fosse a Ética um valor tão escasso, a Internet poderia ser a grande diferença de quem tem o privilégio de viver na Era da Informação: fonte quase inesgotável de auxílio para facilitar, agilizar e melhorar a pesquisa no mundo acadêmico.Na faculdade, aprender a usar fontes bibliográficas é uma das coisas mais importantes. Usando corretamente as fontes e indicando claramente seus débitos para com essas fontes, seus escritos ganham clareza, autoridade e precisão. Uma discussão com uma pessoa bem informada e atenta nos ajuda a construir pensamentos coerentes e originais. Usar fontes bibliográficas num texto é um meio de desenvolver tais discussões e produzir ciência de fato. Escritores que plagiam deixam de ter respeito e de participar de uma comunidade intelectual. Se eles são profissionais, terão a prática da sua profissão barrada ou seu trabalho pode não ser levado a sério. Se eles são estudantes, carregarão o peso e a culpa de ter plagiado, juntamente com um rótulo de plagiador. Professores suspeitarão de seus trabalhos e não se disporão a apoiá-los em seus esforços futuros e nem quererão trabalhar com eles. Academicamente falando, plagiar é um dos maiores erros que alguém pode fazer. É necessário que se aprenda a expressar as suas ideias com a devida clareza e honestidade, caso contrário, será preocupante a perspectiva de que a qualidade e idoneidade do seu trabalho possa se limitar à qualidade e idoneidade do que está na Internet. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 85 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Porém, faz-se necessário todo o cuidado na elaboração de um texto científico, conquanto existe um ponto onde uma ideia tomada emprestado de alguém se torna, após longa reflexão, sua própria. Sendo assim, uma vez que você seja escrupuloso na indicação do material citado e dos empréstimos imediatos feitos em paráfrases, você não será suspeito ou acusado de plágio. Outrossim o Instituto IBE/FACEL dispõe de ferramentas que possibilitam a realização de buscas e captura de possíveis cópias em seu trabalho, portanto, não vale o risco. E para esclarece ainda mais essa questão, segue uma lista de conceitos necessários para o bom andamento do trabalho. 6.3-Conceitos Bricolagem: ajuntamento de trechos, frases e parágrafos de diversas autorias, formando um outro texto. Alguns autores consideram que este é um modelo de pesquisa, porém, a comunidade científica refuta o mesmo e, caso o autor de alguns desses trechos queira, poderá processar o escritor do mesmo por plágio. Paráfrase: o autor do texto reescreve, com suas palavras, algo que sua fonte disse. O objetivo de se parafrasear, ao invés de citar, é escrever ou reescrever o assunto numa linguagem que o público leitor irá compreender ou identificar mais facilmente. Por exemplo: artigos em revistas populares de ciência, tais como, a Superinteressante, frequentemente parafraseiam artigos de periódicos científicos. Essa é uma atividade intelectual importante, pois, demonstra que se compreende aquilo que se leu e se é capaz de trabalhar com aquele material. Conquanto, uma paráfrase deve ser, impreterivelmente, referenciada, posto que, em não sendo, será um caso de plágio tanto quanto uma cópia integral sem referência da fonte. Quando se diz algo com suas próprias palavras não quer dizer que esse algo é seu. Resumo: parecido com a paráfrase, o resumo de uma fonte é feito com as próprias palavras de outrem, mas é de outra fonte, ou seja, obrigatoriamente deve ser referendado, ou acorrerá em plágio. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 86 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Referência vaga ou incorreta: deve-se indicar, claramente, onde um empréstimo começa e termina. Para tanto, utiliza-se as aspas para destacar o que é do autor e o que é da fonte. Algumas vezes, o escritor de um texto faz referência a uma fonte uma vez, e o leitor presume que as sentenças anteriores ou parágrafos tenham sido parafraseados quando na verdade a maior parte do texto é uma paráfrase desta única fonte. O escritor do texto falhou na indicação clara dos seus empréstimos às suas fontes. Paráfrases e resumos devem ter seus limites indicados por referências (no começo com o nome do autor, no fim com referência entre parêntesis). O escritor deve sempre indicar quando uma paráfrase, resumo ou citação começa, termina ou é interrompida. Citação: copiar, integralmente, ou seja, palavra por palavra, um texto, frase ou palavra que alguém disse, escreveu ou criou. Em um texto, uma citação deve ser indicada e ressaltada por aspas no início e no fim da citação ou, quando a citação é longa, a mesma deve ser colocada em um parágrafo separado por dois espaços antes e depois do texto principal, em fonte com tamanho menor e recuado à direita 4,0 cm. A fonte da citação (autor, data e página) precisa, ainda, ser referenciada, seja no próprio texto (em chamada anterior ou posterior a ela) ou em nota de rodapé. Referência: referendar é identificar a fonte de uma citação, paráfrase ou resumo. A prática de referenciar em textos acadêmicos e profissionais requerem o nome do autor, o título do livro ou periódico em que ele apareceu, a data da publicação da obra e o número da página em nota de rodapé. Porém, os textos acadêmicos e profissionais exigem uma referência completa, dentro do texto (autor, data e página) e uma entrada bibliográfica em nota de rodapé ou completa numa lista de Trabalhos Referenciados (Referências). Plágio mosaico: esse é o tipo de plágio mais comum. O Escritor não faz uma cópia da fonte diretamente, mas muda umas poucas palavras em cada sentença, sem dar crédito ao autor original. Esses parágrafos ou sentenças não são citações, mas estão tão próximas de sê-las que eles deveriam ter sido citados ou, se eles foram modificados o bastante para serem classificados como paráfrases, deveria ter sido feita a referência à fonte. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 87 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 Plágio direto: copiar, integralmente, uma frase, parágrafo ou mesmo um conceito, de uma fonte sem indicar que é uma citação e sem fazer referência ao autor. Tomar emprestado o trabalho de outros estudantes: este é um plágio direto consentido. Não há nada de errado em se tomar informações ou recorrer a ajuda de terceiros. O que não pode é não se produzir o próprio conhecimento. Plágio integral: tomar de outro autor um texto completo e assiná-lo como sendo de sua autoria. Plágio parcial: tomar emprestado de outro autor, partes de um texto e incluí- las em um texto seu, sem as devidas citações e referências. 7. DICAS PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO Guardem algumas palavras de Marisa Costa (2002) úteis para jovens pesquisadores: 1. Pesquisar é uma aventura, seja um bom detetive e esteja atento a suas intuições! 2. Achados e resultados de pesquisa são parciais e provisórios. Não tenha a pretensão de contar a verdade total e definitiva. 3. Pesquisar é um processo de criação e não de mera constatação. A originalidade da pesquisa está na originalidade do olhar. 4. O mundo não é de um único jeito. Desconfie de todos os discursos que se pretendem representativos da “realidade objetiva”. A realidade assume as mais diversas formas, tantas quantas nossos discursos sobre ela forem capazes de compor. 5. O novo não é necessariamente melhor do que o velho. Não deixe o mito do progresso perturbar sua pesquisa. 6. O mundo continua mudando. Não cristalize seu pensamento. Ponha suas ideias em discussão, dialogue, critique, exponha-se. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 88 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 8. REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ALVES, Maria Bernardete Martins; ARRUDA, Susana Margaret de. Como elaborar um Artigo Científico.Disponível em: <read.adm.ufrgs.br/enviar_artigo/ArtigoCientifico.pdf.> Acesso em: 2 fev. 2011. ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. 2. ed. São Paulo : Loyola, 2000. ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Estudo de caso em Pesquisa e Avaliação Educacional. Brasília: Liber Livro Editora, 2005. 68 p. (Série Pesquisa: vol. 13). ARAÚJO, Aneide Oliveira; OLIVEIRA, Marcelle Colares. Tipos de pesquisa. Trabalho de conclusão da disciplina Metodologia de Pesquisa Aplicada a Contabilidade - Departamento de Controladoria e Contabilidade da USP. São Paulo, 1997. Mimeografado. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. . NBR 6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro, 2002. 7. A neutralidade da pesquisa é uma quimera. Pergunte-se permanentemente a quem interessa o que você está pesquisando. 8. Ciência e ética são indissociáveis. Lembre sempre de que não se pode fazer qualquer coisa em nome da ciência. 9. Pesquisar é uma atividade que exige reflexão, rigor, método e ousadia. Lembre sempre que nem toda a atividade intelectual é científica. 10. Pesquisar é uma tarefa social. Divulgue sua pesquisa e procure conhecer as dos outros. 11. A verdade ou as verdades são deste mundo. Lembre-se sempre que a humildade é uma virtude e não transforme seu saber em autoridade. 12. Os resultados de sua pesquisa são importantes. Seja um pesquisador engajado. http://www.institutoine.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 89 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 . NBR 6024: Informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003. . NBR 6028: resumos. Rio de Janeiro, 1990. . NBR 6027: elementos prétextuais. Rio de Janeiro, 2003. . NBR 10520: informação e documentação: citação em documentos. Rio de Janeiro, 2002. . NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2005. BACHELARD, Gaston. A filosofia do não: filosofia do novo espírito científico. Lisboa: Editorial Presença, 1991. BARBA, Clarides Henrich de. Orientações Básicas na Elaboração do Artigo Científico. Disponível em: <www.unir.br/html/pesquisa/Pibic/Elaboracao20de20Artigo20Cientifico2006.doc .> Acesso em: 2 fev. 2011. BARROS, Aidil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. 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O que ele representa? Para que ele me serve? Acreditamos que estes questionamentos tenham sido esclarecidos no módulo 1 referente a apostila de Metodologia Científica, mas vamos relembrar que, além de ser uma exigência em todos os cursos de graduação e de pós-graduação, o objetivo do Trabalho de Conclusão de Curso é levar o aluno a uma vivência, digamos, prática e também, uma maneira de avaliar se ele adquiriu as noções básicas que envolvem um trabalho científico. Assim, constitui-se finalidade deste material orientar os alunos na redação e formatação do seu trabalho de conclusão de curso. Procuramos estabelecer de forma sintética, os principais cuidados ao longo da redação do seu trabalho científico. Mas concordamos com Rizatto Nunes (2003) quando ressalta que a elaboração de um trabalho monográfico de estudo e pesquisa, antes de ser uma imposição legal, é uma opção didática. É uma das maneiras de ensinar e avaliar um aluno, levá-lo a aprofundar seu conhecimento de uma determinada matéria o que simultaneamente, permite-lhe, em uma tarefa isolada, aprofundar seu aprendizado no assunto tratado. Podemos dizer que é uma das formas mais modernas de avaliação, porque é o próprio aluno que aprende trabalhando, sendo útil para demonstrar que o dogma (professor ensina, aluno aprende) já não é mais aceitável. O professor orienta, media, auxilia o aluno, mas é este que realiza seu aprendizado. Na graduação existe a possibilidade, dependendo da área (Ciências Humanas, Biológicas, Saúde, Exatas, dentre outras) da escolha por um artigo científico, uma monografia ou mesmo um memorial. A partir da pós-graduação temos a dissertação de mestrado ou a tese de doutorado. Segundo a ABNT (2004, p. 32) a NBR 14.724 define: • Dissertação como documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando a obtenção do titulo de mestre. • Tese: Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialização em questão. É feito sob a orientação de um orientador (doutor) e visa a obtenção do titulo de doutor, ou similar. • Trabalhos acadêmicos ou similares (trabalho de conclusão de curso – TCC, trabalho de graduação interdisciplinar – TGI e outros): Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador. De todo modo, o trabalho tem por objeto um único assunto ou tema e regras a serem seguidas quando de sua redação, regras estas que veremos a partir desse ponto. Optamos pela redação de um artigo científico acreditando que para este nível de especialização ele consegue abarcar todos os itens necessários desde desenvolver um método de pesquisa até aplicar as normas e regras e ser avaliado. O artigo científico apresenta de maneira clara e concisa os resultados de uma pesquisa e leva a vantagem de poder ser publicado em algum periódico científico. Cada periódico possui as suas regras, portanto, se optar por publicá- lo, é preciso observar atentamente essas regras, caso contrário ele não seria aprovado. Eis aqui mais uma vez a importância de seguir as regras. As normas existem para servirem de base ou medida para realização de alguma coisa. É uma regra, um padrão, uma lei. Há uma diferença básica entre norma e padrão: Norma – é uma orientação expressa que deve ser acatada. Padrão - é uma orientação expressa que pode ser acatada. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 O artigo científico é uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento (ABNT, NBR 6024, 2003). Ele é uma produção mais profunda do que um ensaio e mais superficial do que uma monografia. Normalmente é publicado em revistas ou periódicos especializados, com normas editoraispróprias, às quais o autor se submete. Possibilita ao leitor uma rápida tomada sobre o assunto, abordando o resultado de uma pesquisa teórica ou de campo. Andrade e Lima (2007) colocam de maneira bem clara as razões para se publicar um artigo: • Divulgação científica - A publicação de um artigo científico ou técnico é uma forma de transmitir à comunidade técnico-científica o conhecimento de novas descobertas, e o desenvolvimento de novos materiais, técnicas e métodos de análise nas diversas áreas da ciência. • Aumentar o prestígio do autor - Pesquisadores com um grande volume de publicações desfrutam do reconhecimento técnico dentro da comunidade científica, alcançam melhores colocações no mercado de trabalho, e divulgam o nome da instituição a qual estão vinculados. • Apresentação do seu trabalho - Muitas instituições de ensino e/ou pesquisa, e várias empresas comerciais frequentemente requerem que os seus profissionais apresentem o progresso de seu trabalho e/ou estudo através da publicação de artigos técnico-científicos. • Aumentar o prestígio da sua instituição ou empresa - Instituições ou empresas que publicam constantemente usufruem do reconhecimento técnico de seu nome, o que ajuda a atrair maiores investimentos e ganhos para esta organização. • Se posicionar no mercado de trabalho - O conhecido ditado em inglês “Publish or perish”, ou seja, “Publique ou pereça”, provavelmente nunca foi tão relevante como nos dias de hoje. Redigir um artigo técnico lhe trará uma boa experiência profissional, e contribuirá para enriquecer o http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 seu currículo, aumentando assim suas chances de obter uma melhor colocação no mercado de trabalho. O artigo científico pode ser: • Original ou de divulgação – apresenta temas ou abordagens originais, podendo ser relatos de caso, ou análise de dados colhidos em pesquisa de campo; • Revisão – analisa e discute trabalhos já publicados, através de revisões bibliográficas ou de revisão de literatura (BRASILEIRO e SANTOS, 2007, p. 43). O trabalho acadêmico implica em análise, reflexão crítica, síntese e aprofundamento de ideias a partir da formulação de um problema. Sua apresentação deve ser feita de forma adequada e estruturada de acordo com as normas técnicas comuns. Nesse sentido, cada faculdade tem a liberdade de padronizar suas produções e por isso, existe a disciplina Orientação de TCC. A partir de uma compilação, ela facilita o acesso dos alunos às normas vigentes, oferecendo exemplos práticos das várias formas de registro bibliográfico. Lembre-se que este é um trabalho de conclusão de curso, portanto, será avaliado em relação às regras de formatação, redação (coesão, coerência e ortografia – já observando as novas regras ortográficas), se o assunto é pertinente a sua área de especialização e se o artigo é um trabalho seu! O que quer dizer o friso acima? Nem todas as pessoas conhecem uma expressão que tem sido muito comentada na atualidade: PLÁGIO! Segundo o dicionário Aurélio, plágio significa “Assinar ou apresentar como seu (obra artística ou científica de outrem)”. A origem etimológica da palavra ilustra o conceito que ela carrega: vem do grego (através do latim) plagios, que significa trapaceiro (...) (FERREIRA, 2004). Pois bem, plágio nada mais é do que pegar uma obra de outro autor e assiná-la como se fosse sua. Esta situação tem acontecido corriqueiramente. As pessoas copiam trechos de trabalhos de outras pessoas, não colocam o nome do autor e pronto, ai está um plágio. É uma situação que precisa de atenção, primeiro porque o artigo deve nascer de um questionamento pessoal http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 e então, pesquisa-se sobre o assunto em várias fontes e constrói o seu pensamento, segundo porque existe uma lei que protege os direitos autorais das pessoas: a lei 9.610/98 que pode ser facilmente encontrada no site: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/L9610.htm. Pedimos que fiquem atentos, pois, esta lei é séria e pode trazer consequências negativas para uma pessoa que comete o plágio. Segundo Santos (2000), no processo de comunicação da escrita, os textos em geral são divididos em três grandes grupos produzidos por diferentes técnicas de redação: literários, oficiais e comerciais e, científicos. O texto científico deve ter a preocupação central com a correção, a exatidão e a autenticidade dos dados e dos raciocínios desenvolvidos no desenvolvimento do trabalho, projeto ou interpretação de uma obra. Os formatos e denominações variam de acordo com as suas intenções em exigências acadêmicas. De acordo com Souza, Fialho e Otani (2007, p. 50) “uma dificuldade normalmente que alunos apresentam, seja, em nível de graduação ou de pós- graduação, é saber ou determinar para que servem ou quais as finalidades e estruturas organizacionais dos diferentes trabalhos acadêmicos e trabalhos que apresentam resultados parciais ou finais de pesquisa científica”. Segundo Bakhtin (2002, p. 279), os gêneros são padrões relativamente estáveis de texto, do ponto de vista temático, composicional e estilístico, que se constituem historicamente pelo trabalho linguístico dos sujeitos nas diferentes esferas da atividade humana, para cumprir determinadas finalidades em determinadas circunstâncias. A fase de redação do texto de um trabalho didático ou científico consiste na expressão literária do raciocínio desenvolvido no trabalho de pesquisa, guiando-se pelas exigências de uma construção lógica. Recomenda-se que a montagem do trabalho seja realizada por meio de uma redação preliminar de rascunho para que, posteriormente, através de uma revisão detalhada, seja elaborado o texto final (SEVERINO, 2002). Na redação do texto científico existem algumas regras que têm como propósito auxiliar no trabalho de registrar o processo de elaboração de trabalhos didáticos, científicos e relatórios de pesquisa, não é garantia de uma boa redação, mas podem ajudar significativamente (VIEIRA, 2000). http://www.ineead.com.br/ http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/L9610.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/L9610.htm INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA Assim sendo, planejar as etapas do processo de registro escrito do trabalho de pesquisa pode contribuir para a qualidade do texto final, dessa forma, recomenda-se observar neste processo de redação, as seguintes etapas: a) Elaborar um plano de trabalho Estruture o assunto em capítulos e seções. Faça uma lista do que deve ser abordado em cada seção e inicie o processo da escrita. b) Escrever de forma impessoal Ler a literatura científica de sua área e observar a impessoalidade dos textos. Recomenda-se a utilização de linguagem científica na terceira pessoa do singular, apesar de alguns autores considerarem a primeira pessoa do singular ou do plural. c) Evite exageros de linguagem Prefira, sempre que possível, uma linguagem objetiva e simples, sem exagerar em termos desnecessários e de difícil interpretação ou fora de uso corrente. d) Estruture a escrita basicamente com substantivos e verbos Evite adjetivações desnecessárias que possam provocar a falta de coerência do texto. Utilize os adjetivos apenas quando forem necessários. e) Utilize frases curtas Tente, na comunicação científica, escrever frases curtas, que sejam simples e diretas. f) Observe o tempo verbal Ao relatar fatos científicos ou descrever WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521Vale ressaltar que... / em função disso... / a partir dessa reflexão, pode-se dizer que... / é importante ressaltar que... / com base em (autor) podemos buscar trabalhos publicados, utilize o presente do indicativo, como, por exemplo, “A adubação hidrogenada é essencial”. Quando o pesquisador explica o que fez ou o que obteve, use o passado, como, por exemplo, “os dados foram obtidos”. Como recomendação: • Utilize o verbo no presente na Introdução e na Revisão da Literatura; • Use o verbo no passado em Materiais e Métodos e nos Resultados; • Na Discussão, podem ser usados os dois tempos verbais, quando couberem. Segundo Gil (1995), o estilo do texto científico deve ser impessoal, objetivo, claro, preciso, coerente, conciso e simples, facilitando a leitura e interpretação dos seus possíveis leitores. Embora haja controvérsias, quando da redação de um artigo científico, não devemos escrever na primeira pessoa do singular ou plural (eu acho isso, eu observei aquilo, nós acreditamos que), ou seja, ele deve ser escrito com impessoalidade (acredita-se que, observa-se que). Abaixo sugerimos uma lista de verbos para fazer menção aos autores: ...afirma que... ...enfatiza que... ...comenta que... ...salienta que... ...aponta que... ...ressalta que... ...identifica... ...considera que... ...sustenta que... ...assevera que... ...considera que... ...defende que... ...argumenta que... ...entende que... Dicas de expressão de articulação: http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Reescreva o texto, corrigindo eventuais discrepâncias da linguagem, além dos erros ortográficos e gramaticais e elabore, assim, a redação definitiva. Os aspectos gráficos da apresentação e organização da escrita e paginação serão abordados mais adiante. Toda linguagem apresenta uma sintática, uma semântica e uma pragmática. A sintaxe da linguagem científica são os dicionários e as gramáticas que são aceitas dentro dos meios acadêmicos. Certas palavras como “muitos”, “excepcional”, “maravilhoso” e outras hipérboles não são bem vistas. Souza, Fialho e Otani (2007) filosofam... “porque a escrita nos rodeia por todos os lados, sua verdadeira natureza nos escapa”. Eles comparam duas escolas mostrando que realmente não podemos dizer: a escrita é isso, a escrita veio disso, mas sim que a escrita é para repassar algo a alguém. Para a escola linguística de André Martinet, a escrita é fundamentalmente um sistema de sons articulados que se coloca em seguida, e somente em seguida, sobre um suporte: papel (ou fita magnética); Para a escola linguística de Jacques Derrida, a escrita é fundamentalmente um sistema de traços, que se pode em seguida, e somente em seguida, pronunciar oralmente se assim se desejar. A escrita é um encontro. É a superposição paradoxal de uma linguagem fonética (discurso), o verbo-sequencial que dispara neurônios do lado esquerdo do cérebro e de uma linguagem de traços (documento), um texto escrito, que ativa ainda o visual espacial, o lado direito do cérebro. A escrita não é nem totalmente uma linguagem de traços, nem totalmente uma anotação falsa. É um e outro (SOUZA, FIALHO e OTANI, 2007). caminhos... / daí a necessidade de... / dessa perspectiva... / pode-se inferir, com base em (autor) que... / tais afirmações vêm de encontro ao que .... / os estudos desses autores vêm ao encontro dos anseios desse trabalho... http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 UNIDADE II - O PROJETO DE PESQUISA Embora não seja exigido, o projeto de pesquisa é importante e diríamos ser o eixo norteador de qualquer trabalho científico. A partir dele são planejadas as técnicas e procedimentos indispensáveis para a pesquisa propriamente dita que irá se materializar no artigo científico. Neste curso não há obrigatoriedade de elaborar um projeto de pesquisa, somente o artigo, mas sendo ele um eixo norteador, é importante conhecer em detalhes. A escolha do tema é o primeiro passo, e sinceramente, não é fácil, ao contrário, pela variedade de temas e questionamentos que nos surgem no pensamento, ele se torna difícil. Como dizem Cervo, Bervian e Silva (2007) para muitos pesquisadores, a decisão final é precedida por momentos de verdadeira angústia, mormente quando se trata de pesquisas decisivas para a carreira profissional. A primeira dificuldade com que o aluno se depara é a escolha do tema que irá pautar o desenvolvimento do seu projeto. “Afinal, de que devo falar? Será que tenho condições de abordar um tema assim tão complexo? Onde irei encontrar informações sobre esse assunto? Haverá tempo para abordar este tema? E a pesquisa, onde encontrar o material necessário para a sua realização?” Essas são somente algumas de suas dúvidas. A nossa tendência é quase sempre a de escolher, num momento inicial, um tema amplo e genérico, sem que tenhamos consciência disso. Porém é preciso encontrar, dentro desse tema genérico, ou relacionado a ele, um assunto mais específico e pontual. É, neste exato momento, que se faz necessário o auxílio do professor-orientador, pois nossa percepção parece, quase sempre, indicar que a delimitação já tenha atingido o limite. Para haver seleção, é preciso critério de seleção, os quais tem a função de servir de guia metodológico, orientando o estudante em direção ao assunto prioritário. O tema de uma pesquisa é qualquer assunto que necessite melhores definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre ele. A primeira escolha deve ser feita com relação a um campo delimitado, dentro da respectiva ciência de que trata o trabalho científico. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 A questão da pesquisa pode ser do tipo intelectual, baseada no desejo de conhecer ou compreender algo ou prática, baseada no desejo de conhecer para realizar algo melhor ou de maneira mais eficiente. Historicamente observamos que a pesquisa científica tanto se interessou pelo conhecimento em si mesmo quanto pelo conhecimento aplicado aos interesses práticos. 2.1 - Escolha do Tema Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa. Abaixo estão relacionadas algumas questões que devem ser levadas em consideração nesta escolha: 2.1.1 - Fatores internos - Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal: para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e sofrimento. - Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa: na escolha do tema temos que levar em consideração a quantidade de atividades que teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos que cumprir no nosso cotidiano, não relacionado à pesquisa. - O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido: é preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para não entrar num assunto fora de sua área. Se minha área é a de ciências humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta área. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 2.1.2 - Fatores Externos - A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais: na escolha do tema devemos tomar cuidado para não executarmos um trabalho que não interessará a ninguém.Se o trabalho merece ser feito que ele tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em geral. - O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho: quando a instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho. - Material de consulta e dados necessários ao pesquisador: um outro problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo maior para a realização do trabalho. Este problema não impede a realização da pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado. Uma dica: evite escolher temas sobre os quais já existem estudos exaustivos, pois a quantidade de assuntos novos à espera de pesquisadores torna injustificável a duplicação de estudos. Além de escolher o tema é preciso delimitá-lo, ou seja, selecionar um tópico ou parte a ser focalizada e para tanto, é possível fixar circunstâncias de tempo e espaço. Além disso, o pesquisador pode usar de tratamentos psicológico, sociológico, histórico, filosófico, estatístico, dentre outros. Na sequência dos passos para elaborar um projeto de pesquisa, encontramos autores que colocam a metodologia antecedendo a revisão de literatura (referencial teórico, levantamento bibliográfico ou fundamentação teórica) e vice-versa. Optamos pela revisão de literatura antes da explicação do tipo de metodologia utilizada, pois independente dela, uma revisão de literatura é de suma importância. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 2.2 - Levantamento ou Revisão de Literatura A revisão de literatura busca identificar e localizar os textos escritos sobre o tema ou que tratem do assunto. A fundamentação teórica dá credibilidade ao trabalho de pesquisa. As fontes devem ser relevantes (livros, periódicos, revistas, artigos de eventos científicos e internet) e acessíveis. 2.2.1 - Sugestões para o Levantamento de Literatura 2.2.1.1 – Locais de coletas: determine com antecedência que bibliotecas, agências governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser procurados, ou endereços online na internet. 2.2.1.2 – Registro de documentos: esteja preparado para copiar os documentos, seja através de impressão, fotografias ou outro meio qualquer. 2.2.1.3 – Organização: separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua pesquisa e monte pastas. O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis: a - Nível geral do tema a ser tratado: relação de todas as obras ou documentos sobre o assunto. b - Nível específico a ser tratado: relação somente das obras ou documentos que contenham dados referentes à especificidade do tema a ser tratado. 2.3 – O Problema O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso, criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. Não há regras para se criar um Problema, mas alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 É uma questão que envolve intrinsecamente uma dificuldade teórica ou prática, para a qual se deve encontrar uma solução. A primeira etapa da pesquisa é a formulação do problema, que pode ser na forma de formulação de perguntas. Enquanto o tema permanecer apenas no nível do discurso, não se terá iniciado a investigação propriamente dita. O tema escolhido deve ser questionado, portanto, pela mente do pesquisador, que deve transformá-la em problema de pesquisa (CERVO, BERVIAN, SILVA, 2007). O problema deve expressar uma relação entre duas ou mais variáveis. Ele é fruto de uma revisão de literatura e da reflexão pessoal. Isso quer dizer que o sujeito deve ter um conhecimento prévio sobre o tema, e claro, uma imaginação criadora, a qual é a responsável pelo progresso das ciências. Exemplo: Tema: A educação da mulher: a perpetuação da injustiça. Problema: A mulher é tratada com submissão pela sociedade? Tendo um problema é preciso supor algumas hipóteses. Hipótese consiste em supor conhecida a verdade ou explicação que se busca. Ela é uma resposta e explicação provisória, relaciona duas ou mais variáveis do problema levantado. Deve ser testável e responder ao problema. 2.4 – A Hipótese Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao Problema levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré-solução para o Problema levantado. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a Hipótese (ou suposição) levantada. Exemplo: (em relação ao Problema definido acima) Hipótese: A sociedade patriarcal, representada pela força masculina, exclui as mulheres dos processos decisórios. 2.5 - Justificativa A Justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 efetivado. Portanto, é preciso convencer o leitor e o corretor de que o trabalho de pesquisa é importante e deve ser realizado. O tema escolhido pelo pesquisador e a hipótese levantada são de suma importância, para a sociedade ou para alguns indivíduos, portanto, deve ser comprovada. Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da Justificativa, de não se tentar justificar a Hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento. Portanto, deve-se primar pela clareza e concisão, redigindo-a em texto sem tópicos. Atente-se para a: • Delimitação: área específica do conhecimento; espaço geográfico de abrangência da pesquisa; período estabelecido para sua realização. • Relevância: contribuição do projeto para subsidiar o conhecimento científico já existente e a sociedade de modo geral ou específico. • Viabilidade: financeira, material (recursos) e temporal. 2.6 - Objetivos Delimitado o tema, precisamos definir os objetivos da pesquisa. Quanto a natureza os objetivos podem ser intrínsecos, quando se referem ao problema que se quer resolver, ou extrínsecos, como trabalho final de curso, resolução de problemas pessoais, produção de algo original. Ainda podem ser divididos em objetivos gerais e específicos. A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim. Alguns autores separam os Objetivos em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos, mas não há regra a ser cumprida quanto a isto e outros autores consideram desnecessário dividir os Objetivos em categorias. Um macete para se definir os Objetivos é colocá-los começando com o verbo no infinitivo: esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar aquilo; permitir aquilo outro, demonstrar alguma coisa etc. a) Objetivos gerais:procura-se determinar, com clareza e objetividade, o propósito do estudante com a realização da pesquisa. Deve-se estar atento ao http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 fato de que, em pesquisa bibliográfica em nível de graduação, os propósitos são essencialmente acadêmicos, como mapear, identificar, levantar, diagnosticar ou historiar determinado assunto específico (ou traçar o perfil dele) dentro de um tema. No âmbito de uma pesquisa bibliográfica, por exemplo, não queira o estudante se propor a resolver o problema em si, mas apenas levantar as informações necessárias para melhor compreendê-lo. b) Objetivos específicos: definir os objetivos específicos significa aprofundar as intenções expressas nos objetivos gerais. Com que propósito o estudante se propõe a mapear, identificar, levantar, diagnosticar ou historiar determinado assunto específico (ou traçar o perfil dele) dentro de um tema? Ele pode querer mostrar novas relações para o mesmo problema, identificar novos aspectos ou mesmo utilizar os conhecimentos adquiridos com a pesquisa para instrumentalizar sua prática profissional ou intervir em determinada realidade em que ocorre o problema. Na definição dos objetivos, deve-se utilizar uma linguagem clara e direta como: O objetivo desta pesquisa é ...”. 2.7 - Metodologia A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no caminho do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, das técnicas utilizadas (questionário, entrevista, etc.), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. Ou seja, é o conjunto de métodos e técnicas usados na realização da pesquisa. Há duas abordagens de pesquisa, que podem ser feitas ao mesmo tempo ou separadamente: • Qualitativa: aborda o objeto de pesquisa sem a preocupação de enumerar ou medir os dados coletados. Há a obtenção de dados descritivos mediante contato direto e interativo do pesquisador com a situação que é objeto de estudo. O pesquisador procura entender os fenômenos segundo a perspectiva dos participantes da situação http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 estudada e a partir daí vai elaborando sua interpretação dos fenômenos estudados. • Quantitativa: realizada para medir ou quantificar dados coletados. Faz uso de técnicas estatísticas. É a dimensão mensurável da realidade. Método: caminho a ser seguido na pesquisa. De acordo com Ruiz (1985, p.131) é “o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação dos fatos ou na procura da verdade”. Em uma pesquisa existem métodos de abordagem e métodos de procedimento. • Abordagem: concepções teóricas usadas pelo pesquisador. Ex.: psicanálise, antropologia, fenomenologia, estruturalista. • Procedimentos: relaciona-se à maneira específica pela qual o objeto será trabalhado durante o processo de pesquisa. São eles: histórico, estatístico, comparativo, observação, monográfico, econométrico e experimental. Os métodos de pesquisa e sua definição dependem do objeto e do tipo da pesquisa. Os tipos mais comuns de pesquisa são: de campo, bibliográfica (somente com leituras), descritiva, experimental. Caso o pesquisado faça opção por uma pesquisa de campo, precisará coletar dados. Consiste em juntar as informações necessárias ao desenvolvimento dos raciocínios previstos nos objetivos do projeto de investigação científica. Na prática, a coleta de dados que é parte essencial da pesquisa trata de pôr em andamento os procedimentos planejados para os objetivos do trabalho de pesquisa, obedecendo ao cronograma estabelecido pelo pesquisador. Os instrumentos mais comuns usados nas pesquisas são questionários, formulários, entrevistas, levantamento documental, observacional (participante ou não participante), estatísticas. Também devem ser indicados na Metodologia as amostragens (população a ser pesquisada), o local, os elementos relevantes, o planejamento do experimento, os materiais a serem utilizados,a análise dos dados, enfim, tudo aquilo que detalhe o trabalho a ser percorrido para concretizar a pesquisa. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Porém o Instituto IBE/FACEL sugere que se faça, somente, pesquisas revisionais. Sugerimos uma pré-leitura que chamamos de informativa para certificar- se que existem informações sobre o tema que procura. Essa leitura de reconhecimento dará uma visão global ao pesquisador. Examine sumários, referências bibliográficas, capítulos introdutórios e finais. Localizadas estas primeiras informações, selecione os textos que estão mais de acordo com os propósitos do seu trabalho, fixando o que realmente interessa. Selecionado o material faça agora leituras críticas ou reflexivas, buscando saber o que o autor afirma sobre o assunto. O pesquisador deve estar livre de preconceitos para refletir, deliberar conscientemente. Não pense que é fácil! Muitas vezes levam-se semanas de leitura para chegar a cinco minutos de síntese, mas essa síntese por si só é altamente gratificante! 2.8 - Cronograma Em um projeto de pesquisa, um cronograma é fundamental, pois orienta temporalmente as atividades a serem desenvolvidas. Ele estabelece as metas de realização do projeto, pois se trata de um instrumento que situa os procedimentos e os objetivos no tempo, prevendo períodos de desenvolvimento para cada etapa (SOUZA, FIALHO E OTANI, 2007). Segundo Gil (1995) o cronograma pode ser apresentado em forma de ilustração, denominado gráfico de Gantt, em cujas linhas do quadro especificam- se as atividades ou etapas do estudo e nas colunas, o tempo estabelecido para a conclusão de cada uma das atividades ou etapas do trabalho, permite a interação imediata das partes com o todo, oferecendo o dimensionamento comparativo entre as etapas, conforme modelo abaixo. Exemplo: ATIVIDADES / PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 Levantamento de literatura X http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 2 Montagem do Projeto X 3 Coleta de dados X X X 4 Tratamento dos dados X X X X 5 Elaboração do Relatório Final X X X 6 Revisão do texto X 7 Entrega do trabalho X 2.9 - Recursos Normalmente as monografias, as dissertações e as teses acadêmicas não necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos só serão incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição financiadora de Projetos de Pesquisa. 2.10 - Anexos Este item também só é incluído caso haja necessidade de juntar ao Projeto algum documento que venha dar algum tipo de esclarecimento ao texto. A inclusão, ou não, fica a critério do autor da pesquisa e de acordo com a necessidade latente, portanto, sugere-se um cuidado na sua utilização ou não. 2.11 - Referências È a indicação das obras e outras fontes (documentos, arquivos antigos, sites) usadas para a elaboração do projeto e necessárias à pesquisa. Devem ser indicadas em ordem alfabética e de acordo com as normas técnicas (as normas mais aceitas são as estabelecidas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas). Há diferenças entre referências, referências bibliográficas e bibliografia. Referências: indica as obras que foram citadas no trabalho em questão. Pode indicar diferentes tipos de obras, como livros, periódicos ou documentos, sejammanuscritos, impressos ou em meio eletrônico (digitalizadas). http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Referências bibliográficas: quando o trabalho apresentar somente citações de obras publicadas em papel. Bibliografia: indica todas as leituras feitas pelo pesquisador durante o processo de pesquisa, em papel. As referências dos documentos consultados para a elaboração do Projeto é um item obrigatório. Nela normalmente constam os documentos e qualquer fonte de informação consultados no Levantamento de Literatura. Exemplos para elaboração das Referências, segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT para elaboração das Referências serão esclarecidas e exemplificadas mais adiante. 2.12 - Glossário São as palavras de uso restrito ao trabalho de pesquisa ou pouco conhecidas pelo virtual leitor, acompanhadas de definição. Também não é um item obrigatório. Sua inclusão fica a critério do autor da pesquisa, caso haja necessidade de explicar termos que possam gerar equívocos de interpretação por parte do leitor. 2.13 - Esquema do Trabalho Concluído o Projeto, o pesquisador elaborará um Esquema do Trabalho que é uma espécie de esboço daquilo que ele pretende inserir no seu Relatório Final da pesquisa, ou seja, na escrita do Artigo. O Esquema do Trabalho guia o pesquisador na elaboração do texto final. Por se tratar de um esboço este Esquema pode ser totalmente alterado durante o desenvolvimento do trabalho. Depois de concluída a pesquisa, este Esquema irá se tornar o Sumário do trabalho final. (Lembrando que no Artigo, não se inclui sumário). Exemplo: Título: Educação da Mulher: a perpetuação da injustiça 1 - INTRODUÇÃO 2 - HISTÓRICO DO PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE 3 - O PODER DA RELIGIÃO 3.1 - O mito de Lilith/Eva http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 3.2 - O mito da Virgem Maria 4 - O PROCESSO DE EDUCAÇÃO 5 - O PAPEL DA MULHER NA FAMÍLIA 5.1 - A questão da maternidade 5.2 - Direitos e deveres 5.3 - A moral da família 5.4 - Casamento: um bom negócio 5.5 - A violência 6 - UM CAPÍTULO MASCULINO 7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 UNIDADE III - COMO PESQUISAR NA INTERNET Pesquisar na Internet não é tão fácil quanto parece. Não é por acaso que existem livros inteiros que se dedicam a explicar como fazer pesquisas avançadas nos sites de busca mais utilizados, como o google ou yahoo! Antes de tudo é preciso saber o que se procura. Portanto, você deve considerar, a principio, o seguinte: a informação que eu procuro está disponível gratuitamente? Será que não é melhor pesquisar tradicionalmente, em enciclopédias ou bibliotecas? Deve procurar em sites específicos do assunto que desejo, ou usar sites de busca? Quais são as palavras-chave que devo utilizar para descrever o tema que procuro? Nesse sentido, as palavras-chave devem ser muito bem escolhidas, porque a estratégia de pesquisa na Internet é a diferença entre encontrar o que procura e ficar buscando horas e, nada.... Para tanto, a primeira opção é utilizar os vários sites de busca, listados em seu Módulo de Metodologia Científica (reveja-o). Porém, sem dúvidas, o mais utilizado é o google. Neste caso, você deve optar pelo Google acadêmico. Todavia, não é somente entrar no primeiro site da lista que o Google oferece. Também é necessário pesquisar entre os sites listados, passar uma olhadela rápida e, somente então, abrir e salvar o assunto e o endereço. Para tanto, opte pelos sites de Instituições de ensino, organizações e órgãos oficiais. 3.1-As dificuldades da pesquisa online Mas será que pesquisar, atualmente, é algo tão fácil e cômodo assim? Bem, não devemos pensar de maneira tão extrema e preconceituosa, pois, antes da popularização da Internet e dos computadores caseiros, os alunos, por exemplo, corriam para as enciclopédias, copiavam à mão ou à máquina de escrever os mesmos verbetes e ilustravam seus trabalhos com as mesmas figuras adesivas, adquiridas em papelarias. Os professores recebiam pilhas de trabalhos semelhantes, (muitas vezes diferenciadas pelos nomes dos alunos) e insistiam para que os alunos consultassem outras fontes e colocassem algum http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 comentário, ou análise, mais pessoal no texto. Nada muito diferente do que vemos hoje, não? Com tanta oferta de informações e fontes na internet, é preciso saber distinguir o que pode ser mais adequado para nós. Não há sites ou fontes 100% perfeitos ou 100% ruins. Um site pode ser muito bom para estudantes de ensino médio, mas pode ser insuficiente para pós-graduandos. É preciso prestar atenção a diversos detalhes da fonte (credibilidade do site, informações atualizadas, etc.) e na necessidade e perfil do internauta. Pesquisar na Internet não é tão fácil como se imagina, pois, no meio de tantos resultados obtidos nos sites de busca, é preciso ter habilidades de pesquisa que podem ser aprendidas e treinadas a qualquer momento de nossas vidas. Não importa se somos jovens ou idosos, estudantes ou trabalhadores: nunca é cedo ou tarde demais para aprender a buscar as informações - de modo seguro, responsável e preciso. No blog do Acessa São Paulo, por exemplo, há muitas dicas para uma navegação segura. Algumas dicas, relacionamos abaixo. Então, vamos lá: ➢ Navegar é Preciso - Experiências anteriores com a Internet ajudam na hora de selecionar a melhor informação. Quanto mais você navega, maior é a possibilidade de aprender a reconhecer os sites mais confiáveis e os caminhos mais seguros na Web. ➢ Tenha Foco - Perder tempo ao distrair-se na Internet é bem fácil. Afinal são tantas coisas interessantes que encontramos, mesmo sem querer... Por exemplo: se você precisar pesquisar sobre folclore brasileiro, não vá a páginas sobre cultura celta; ➢ Não só de Google vive o Homem - O Google realmente é o site de busca mais popular no mundo, mas existem outros que podem ser uma opção a ele. Além dos buscadores, existem outras formas de se obter informações na Internet: através de sites e portais especializados; de blogs sobre o assunto que procura; de fóruns e comunidades sobre o tema; através das diversas redes sociais existentes; etc. ➢ À Primeira Vista - Quando você visualiza a primeira página de resultados de um site de busca, é possível reconhecer de cara o que lhe pode ser útil ou não (sem ter que abrir os sites). Olhe para as primeiras palavras que acompanham cada resultado. Se as primeiras descrições http://www.ineead.com.br/ http://blog.acessasp.sp.gov.br/index.php?&amp%3Bblogid=8 INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 lhe interessarem, vá direto a esses links. Preste atenção, também, nas extensões e domínios dos endereços dos sites, que podem dizer muito sobre o grau de credibilidade das fontes e sobre as características das informações apresentadas. o Por exemplo: sites ".com" são geralmente comerciais (não necessariamente de vendas, mas que representam sites de empresas ou instituições privadas); sites ".edu" são de instituições de ensino (muito utilizado nos EUA); sites ".org" referem-se a organizações sem fins lucrativos; e sites ".gov" referem-se a sites de órgãos governamentais. Há mais domínios específicos, mas os mais utilizados são estes que foram citados; ➢ Cerque seu Alvo - Evite ser muito genérico nas suas buscas. Ou seja: se procura por informações gerais sobre"medicina legal", não coloque apenas o termo "medicina" (você terá milhares de resultados com todo o tipo de medicina: medicina veterinária, medicina ortomolecular, etc.) e muito menos somente o "legal" (você corre o risco de encontrar, também, o site do programa televisivo Domingo Legal). Quanto mais termos você colocar, menos resultados virão. Mas procure não colocar palavras desnecessárias, que não têm significado por si mesmas e só trarão resultados sem consistência (como advérbios e preposições); ➢ Ligue o Desconfiômetro - Não acredite piamente em tudo o que você vê na Internet. Habitue-se a ser crítico. Não se trata apenas dos famosos emails correntes alarmistas ou das lendas propagadas na Web. Muitas vezes você encontrará informações desencontradas e a comparação entre as fontes e o poder de análise sobre elas é essencial. Então, consulte no mínimo uns três sites para que se tenha uma base. Mas acima de tudo, tenha clara a ideia de que nada é totalmente imparcial neste mundo. Até mesmo livros, enciclopédias e sites de grandes instituições carregam os pontos de vista e a "filosofia" dos seus responsáveis; o Realmente, às vezes fica difícil avaliar a exatidão das informações apresentadas. Portanto, algumas perguntas podem ajudar nessa hora. Por exemplo: a informação tem base comprovada e consagrada ou é baseada em uma opinião http://www.ineead.com.br/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_dom%C3%ADnios_de_Internet http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_dom%C3%ADnios_de_Internet INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 particular? Ela é apresentada por pessoas, empresas ou instituições que têm sólida reputação em suas áreas de atuação? Já foi citada em outras fontes? Quais as intenções e objetivos das fontes? Em que contexto a informação é fornecida (se está ligada a algum tipo de publicidade, tem caráter educativo, etc.)? Está relacionada às questões ideológicas, morais, religiosas, éticas, comerciais ou pessoais de alguma forma? É atual (preste atenção à data de publicação)?; ➢ Imagem não é Tudo - Nem sempre um site bonito visualmente tem as melhores informações ou as organiza do melhor modo. Pode ser uma recomendação mais indicada para as crianças (que se impressionam com a aparência), mas muitos sites pretensamente voltados para adultos pecam por serem muito poluídos, confusos, com animações, imagens e banners que demoram para carregar e que são plenamente dispensáveis, e que, além disso, dificultam a localização dos conteúdos para seus usuários e não possuem acessibilidade (onde as pessoas com deficiência física ou intelectual têm dificuldade para navegar); ➢ Dê Créditos para quem é de Direito - Se você pesquisou e citou, dados ou informações de uma determinada fonte, deixe claro que foi ela a autora do que você registrou. Verifique se há alguma menção a direitos autorais (copyright) e certifique-se se há alguma restrição de uso. Cuidado com o plágio. Lembre-se PLÁGIO É CRIME! 3.2-Melhorando a Busca Existem algumas ações que podem lhe ajudar na hora de realizar a pesquisa através dos sites de busca, como a utilização de determinados sinais e termos que, colocados junto às palavras desejadas no campo da busca, acabam refinando mais a pesquisa. São eles: ✓ ASPAS (" ") - Lembra-se do exemplo anterior da pesquisa sobre medicina legal? O que fazer para que o buscador não traga diversos conteúdos que não tenham a ver com este assunto? Coloque aspas entre os termos: "medicina legal". Isso indica que você quer pesquisar http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 por determinada frase exata, ou seja, exatamente do modo colocado entre aspas; ✓ Operadores booleanos: Muitos sistemas suportam o uso de operadores booleanos AND, OR e NOT para melhor especificar a busca. São colocados entre os termos procurados. Funciona assim: o AND (pode ser E ou +) - Medicina AND Legal. Indica que você quer resultados que contenham as palavras "medicina" e "legal" na mesma página. Note que usar o operador é diferente de usar as aspas, pois se neste último os resultados aparecem com as palavras exatamente como estão escritas dentro das aspas (e juntas); usando o AND, você vê páginas que contém as palavras buscadas, mas não necessariamente juntas. Observação: no Google basta digitar todos os termos desejados, separados apenas por espaços, pois o operador AND já está incluído automaticamente em seu campo de busca. o NOT (pode ser NÃO ou -) - Medicina AND Legal NOT Revista. Significa que você quer páginas que contenham as palavras "medicina" e "legal", mas não quer nada que tenha a palavra "revista". Provavelmente, o buscador não mostrará nenhuma revista de medicina legal ou alguma referência à essa palavra. Observação: no Google utiliza-se o sinal de -. É preciso dar um espaço entre os primeiros termos e o sinal booleano. Ex.: Medicina -legal ("qualquer" medicina, com exceção da palavra "legal"). o OR (pode ser OU ou |) - Medicina OR Legal. Nesse caso, indica que você quer tanto páginas que contenham a somente a palavra "medicina", quanto àquelas que contenham a palavra "legal" e, ainda, todas as páginas que apresentarem as duas palavras juntas (assim como no caso do AND). Como você pode notar, há três sinais possíveis para cada um dos operadores. Os sistemas de busca acabam optando por um deles, por isso é bom sempre dar uma olhada nas orientações de pesquisa disponíveis nos sites de busca. ❖ INTITLE - Use esta palavra (vem do inglês, e quer dizer "dar título"), seguido do sinal de dois pontos (:), quando quiser que os resultados http://www.ineead.com.br/ http://www.quatrocantos.com/tec_web/sist_busca/16BOOL.HTM http://www.quatrocantos.com/tec_web/sist_busca/16BOOL.HTM http://www.quatrocantos.com/tec_web/sist_busca/16BOOL.HTM INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 mostrem páginas com títulos determinados. Por exemplo: intitle:básico (sem espaços entre eles), vai recuperar somente os sites que apresentarem a palavra "básico" em seus títulos. ❖ FILETYPE - Além dos conteúdos encontrados nas páginas dos sites, há muita informação disponível em arquivos de texto e imagens. Caso queira pesquisar documentos sobre medicina no formato PDF, digite no campo de busca "medicina filetype:pdf". ❖ SITE - É possível especificar um site para que a busca seja feita. Digitando "medicina site:sp.gov.br", retornará páginas com o termo "medicina" que se encontram dentro de qualquer site com o endereço "sp.gov.br". ❖ DEFINE - Além de usar os dicionários, há uma outra maneira de encontrar conceitos e definições de nomes e palavras. Se você digitar "define" seguido do sinal de dois pontos(:), mais o termo pretendido, aparecerão definições sobre ele e os respectivos links das fontes destes. Por exemplo: digitando "define: otorrinolaringologista", você terá como resultado: • A otorrinolaringologia (ORL) é considerada uma das mais completas especialidades médicas do mundo, com características clínicas e cirúrgicas. Seu campo de atuação envolve as doenças do ouvido, do nariz e seios paranasais, faringe e laringe. Link: pt.wikipedia.org/wiki/Otorrinolaringologista. • Médico otorrinolaringologista; Profissional que se ocupa das doenças do ouvido, nariz e garganta. Link: pt.wiktionary.org/wiki/otorrinolaringologista. Como já dissemos, existem outros meios para realizar uma pesquisa além dos sites de busca, como bases de dados especializadas em diversas áreas, enciclopédias digitais e redes sociais temáticas. Há uma infinidade de recursos gratuitos na Web. A seguir, listamos alguns que foram utilizados para a montagem desse material. Visite-os: Links: • Asbuscas via Internet (Revista Nova Escola) http://www.ineead.com.br/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Otorrinolaringologista http://pt.wikipedia.org/wiki/Otorrinolaringologista http://pt.wiktionary.org/wiki/otorrinolaringologista http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/buscas-via-internet-466998.shtml INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 • Como fazer uma boa busca na Internet • Como funciona o Google • Como funcionam os mecanismos de busca da Internet • Dez dicas para poupar tempo ao fazer buscas na web • Mini Curso para busca de informações na Internet (EAD do Centro de Computação da Unicamp) • Outros buscadores além do Google • Principais diferenças entre Google, Yahoo! Search e Exalead Sistemas de Busca • Baidu - Líder no mercado de buscadores na China • Bing - Sistema de busca da Microsoft • ChaCha - Busca via celular • Cuil • DogPile • Duck Duck Go • Face Search - Entre com um nome e busque imagens de rostos conhecidos • IconLook - Busca por ícones e imagens pequenas • Kartoo - Metabuscador com visual diferente • Spezify - Busca em diferentes sites e redes sociais • Lista de sistemas de busca 3.3-Algumas dicas para pesquisar na Internet Estas informações se aplicam ao Windows Internet Explorer 7 e ao Windows Internet Explorer 8. A Internet contém uma vasta coleção de informações, mas encontrar o que se procura pode ser um desafio. Veja aqui algumas dicas que ajudam a pesquisar na Web de maneira mais eficiente, de acordo com o site do Google e da Microsoft (2011). http://www.ineead.com.br/ http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/como-fazer-boa-busca-internet-423567.shtml http://informatica.hsw.uol.com.br/google.htm http://informatica.hsw.uol.com.br/mecanismos-de-busca-da-internet.htm http://tecnologia.terra.com.br/interna/0%2C%2COI1987108-EI4804%2C00.html http://www.ead.unicamp.br/minicurso/bw/index.html http://www.ead.unicamp.br/minicurso/bw/index.html http://www.ead.unicamp.br/minicurso/bw/index.html http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0%2C%2CEMI78125-15201%2C00-OUTROS%2BBUSCADORES%2BALEM%2BDO%2BGOOGLE.html http://www.lib.berkeley.edu/TeachingLib/Guides/Internet/SearchEngines.html http://www.baidu.com/ http://www.bing.com/ http://www.chacha.com/ http://www.cuil.com/ http://www.dogpile.com/ http://duckduckgo.com/ http://www.facesaerch.com/ http://www.facesaerch.com/ http://www.facesaerch.com/ http://www.iconlook.com/ http://www.kartoo.com/ http://www.spezify.com/ http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_search_engines INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 3.3.1-Utilizar a caixa Pesquisa Na caixa de pesquisa do Internet Explorer, digite uma senha ou frase e pressione ENTER (ou pressione ALT+ENTER para exibir os resultados da pesquisa na nova guia). Caixa de pesquisa do Internet Explorer Dica: Pressione Ctrl+E para ir para a caixa de pesquisa sem usar o mouse. 3.3.2-Usar a Barra de endereços Na Barra de endereços do Internet Explorer, digite Localizar, Ir ou ? seguido por uma palavra-chave, nome de site ou frase e, em seguida, pressione ENTER. Se desejar exibir os resultados da pesquisa em uma nova guia, pressione ALT+ENTER após digitar a frase. 3.3.3-Usar mais de um provedor de pesquisa Se você não localizar o que está procurando com um provedor de pesquisa específico, tente usar outro provedor. Você pode usar a caixa de pesquisa do Internet Explorer para adicionar outros provedores de pesquisa e alternar entre eles para aprimorar os resultados da pesquisa. No Internet Explorer 8, você pode alterar rapidamente o provedor de pesquisa que usará, clicando no ícone do provedor abaixo da caixa de pesquisa. No Internet Explorer 7, clique na seta para baixo, próxima à caixa de pesquisa, e escolha um provedor. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Para saber como usar os diferentes provedores de pesquisas, instalar novos ou alterar o provedor que o Internet Explorer utiliza como padrão, consulte Alterar ou escolher um provedor de pesquisa no Internet Explorer. 3.3.4-Pesquisar com mais eficiência A seguir, algumas sugestões para aprimorar os resultados das pesquisas. Ao pesquisar usando a barra de endereços, primeiro digite Localizar, Ir ou ?. : ➢ Usar palavras específicas em vez de categorias genéricas. Por exemplo, em vez de procurar cachorros, procure uma raça específica de cachorro. ➢ Usar aspas para procurar frases específicas. Coloque os termos entre aspas para limitar os resultados da pesquisa às páginas da Web que contêm exatamente a frase especificada. Sem as aspas, os resultados incluirão qualquer página que contenha as palavras usadas, sem levar em consideração a ordem em que aparecem. ➢ Usar o sinal de subtração (-) antes de uma palavra-chave para que o provedor de pesquisa exclua as páginas que contém esse termo. Use um sinal de subtração para recuperar as páginas da Web que não incluam a palavra. É importante não incluir espaços entre os sinais e os termos pesquisados (por exemplo, -Bogart em vez de - Bogart). ➢ Elimine palavras comuns, como "um", "meu" ou "o", a menos que esteja procurando um título específico. Se a palavra for parte do que você está procurando (um título de música, por exemplo), inclua a palavra comum e coloque a frase entre aspas. ➢ Usar sinônimos ou termos de pesquisa alternativos. Seja criativo ou use um dicionário de sinônimos para ter idéias. Digite dicionário de sinônimos na caixa de pesquisa para localizar um dicionário de sinônimos online. ➢ Pesquisar somente um site ou domínio específico. Digite o termo de pesquisa procurado seguido de site: e o endereço do site que deseja pesquisar para reduzir a pesquisa ao site específico. Por exemplo, para http://www.ineead.com.br/ http://windows.microsoft.com/pt-BR/windows-vista/Change-or-choose-a-search-provider-in-Internet-Explorer INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 pesquisar informações sobre vírus no Microsoft.com, digite virus site:www.microsoft.com (sem espaços entre site: e o domínio). ➢ Usar um mecanismo ou provedor de pesquisa, como a busca de imagens do MSN, para procurar imagens. Vários sites oferecem seus próprios mecanismos de pesquisa para qualquer finalidade, de compras a passatempos. O Internet Explorer pode detectar provedores de pesquisa especiais em alguns sites que podem ser adicionados à sua lista de provedores de pesquisa. 3.3.5-Localizar palavras ou frases em uma página Uma vez encontrada uma página de seu interesse, talvez seja necessário localizar uma palavra ou frase específica. Para localizar uma palavra ou frase na página, pressione CTRL+F para abrir a caixa Localizar. Quando começar a digitar a palavra na caixa Localizar, as correspondências realçadas aparecerão na página e ela rolará automaticamente para a primeira correspondência. Depois de realizada a pesquisa, chegou a hora de confeccionar o Artigo Científico dessa Revisão. Para tanto, siga as normas e orientações a seguir e bom trabalho! http://www.ineead.com.br/ http://www.microsoft.com/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 UNIDADE IV – METODOLOGIA DO ARTIGO CIENTÍFICO Com uma organização e normatização própria, o artigo é uma publicação pequena, que possui elementos pré, textuais e pós, com componentes e características específicas. O texto ou parte principal do trabalho inclui introdução, desenvolvimento e considerações finais, sendo redigido com regras específicas. O estilo e as propriedadesda redação técnico- científica envolvem clareza, precisão, comunicabilidade e consistência, havendo uma melhor compreensão do leitor. O conteúdo do artigo é organizado de acordo com a ordem natural do tema e a organização das idéias mais importantes, seguidas de outras secundárias. A utilização de normas textuais, redacionais e gráficas, não só padronizam o artigo científico, mas também disciplinam e direcionam o pensamento do autor coerentemente a um objetivo determinado. Atualmente esse formato de publicação científica é maciçamente utilizado pela maioria dos pesquisadores e grupos de pesquisa no mundo, para divulgação de novos conhecimentos e como meio para adquirir notoriedade e respeito dentro da comunidade científica. No entanto, observa-se um grau acentuado de dificuldade, por parte do pesquisador iniciante, na organização e redação dos primeiros artigos técnico- científicos, principalmente em relação a estrutura e organização do texto, colocação das idéias, utilização de certos termos, subdivisão dos assuntos, inserção de citações durante a elaboração do texto, entre outros. Se o texto em questão (com determinadas características para ser científico) for o relatório final de uma pesquisa de campo ou laboratório, terá uma estrutura mais centrada na metodologia, na apresentação e discussão dos resultados, utilizando inúmeros recursos estatísticos disponíveis, como tabelas e gráficos. Mas, muitos artigos acadêmicos são teóricos, e o autor preocupa- se mais com a sua fundamentação referencial, procurando ordená-lo conforme sua linha de raciocínio e acrescentando algumas considerações pessoais. Este é o modelo proposto pelo Instituto IBE/FACEL. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 As dificuldades para elaboração de um artigo científico podem ser minimizadas se o autor organizar-se e estiver convencido que o trabalho deve possuir rigor científico. Conforme afirma Ramos et al. (2003, p.15). Executar uma pesquisa com rigor científico pressupõe que você escolha um tema e defina um problema para ser investigado. A definição dependerá dos objetivos que se pretende alcançar. Nesta etapa você elabora um plano de trabalho e, após deverá explicitar se os objetivos foram alcançados, [...]. É importante apresentar a contribuição da pesquisa para o meio científico. Portanto, elaborar um artigo científico é, num sentido genérico, contribuir para o avanço do conhecimento, para o progresso da ciência. No início, a produção científica tende a aproveitar em grande medida, os saberes e conhecimentos de outros autores, ficando o texto final com um percentual elevado de idéias extraídas de várias fontes (que devem ser obrigatoriamente citadas). Com o exercício contínuo da pesquisa e da investigação científica, consolida-se a autoria, a criatividade e a originalidade da produção de conhecimentos, bem como a síntese de novos saberes. Nesse sentido, Demo (2002) afirma que: A elaboração própria implica processo complexo e evolutivo de desenvolvimento da competência, que, como sempre, também começa do começo. Este começo é normalmente a cópia. No início da criatividade há treinamento, que depois se há de jogar fora. A maneira mais simples de aprender, é imitar. Todavia, este aprender que apenas imita, não é aprender a aprender. Por isso, pode-se também dizer que a maneira mais simples de aprender a aprender, é não imitar. (2002, p. 29). http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Portanto, é necessário darmos os primeiros passos nesse processo de construção da atitude científica, que é antes de tudo uma postura crítica, racional e intuitiva ao mesmo tempo, que provoca a seu termo, como diz Kuhn (apud MORIN, 2002), uma série de revoluções desracionalizantes, e por sua vez, cada uma, nova racionalização. Portanto, conhecer a natureza, a estrutura e os mecanismos básicos utilizados na elaboração de artigos, é apropriar-se de um elemento revolucionário, que transforma paradigmas científicos. 4.1- Conceito e finalidade Artigos científicos são trabalhos técnico-acadêmico-científicos, escritos com a finalidade de divulgar a síntese analítica de estudos e resultados de pesquisas. Consistem em publicações mais sintéticas, mesmo sendo assuntos bem específicos, com uma abordagem mais “enxuta” do tema em questão, apesar da relativa profundidade na sua análise. Possuem mais versatilidade que os livros, por exemplo, sendo facilmente publicáveis em periódicos ou similares, atingindo simultaneamente todo o meio científico. Como diz Tafner et al. (1999, p.18) “esses artigos são publicados, em geral, em revistas jornais ou outro periódico especializado que possua agilidade na divulgação”. Por esse motivo, o artigo científico não é extenso, totalizando normalmente entre 5 e 10 páginas, podendo alcançar, dependendo de vários fatores (área do conhecimento, tipo de publicação, natureza da pesquisa, normas do periódico, etc.), até 20 páginas, no máximo, garantindo-se em todos os casos, que a abordagem temática seja o mais completa possível, com a exposição dos procedimentos metodológicos e discussão dos resultados nas pesquisas de campo, caso seja necessário a repetição da mesma por outros pesquisadores (LAKATOS e MARCONI, 1991; MEDEIROS, 1997; SANTOS, 2000). Em sendo, para o TCC dos cursos de Pós-graduação do Instituto IBE/FACEL, exige-se um máximo de 15 páginas e não menos que 10. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Além disso, recomenda-se uma determinada normatização para essas publicações, tanto na estrutura básica quanto na uniformização gráfica, como também na redação e organização do conteúdo, diferenciando-se em vários aspectos das monografias, dissertações e teses, que constituem os principais trabalhos acadêmicos. As normas serão definidas mais a frente. Em geral, os artigos científicos objetivam publicar e divulgar os resultados de estudos: “a) originais, quando apresentam abordagens ou assuntos inéditos; b) de revisão, quando abordam, analisam ou resumem informações já publicadas” (UFPR, 2000a, p.2). Observa-se muitas vezes a utilização de ambas as situações na elaboração dos artigos, onde incluem-se informações inéditas, tais como resultados de pesquisa, juntamente com uma fundamentação teórica baseada em conhecimentos publicados anteriormente por outros ou pelo mesmo autor. Na maioria dos casos, dependendo da área do conhecimento e da natureza do estudo, encontram-se artigos priorizando a divulgação de: ✓ Procedimentos e resultados de uma pesquisa científica (de campo) ✓ Abordagem bibliográfica e pessoal sobre um tema ✓ Relato de caso ou experiência (profissional, comunitária, educacional, etc.) pessoal e/ou grupal com fundamentação bibliográfica ✓ Revisão bibliográfica de um tema, que pode ser mais superficial ou bem aprofundada, também conhecida como review. É importante considerar que essas abordagens não se excluem, pelo contrário, são amplamente flexíveis, assim como a própria ciência, podendo na elaboração do artigo científico, serem utilizadas de forma conjugada, desde que resguardadas as preocupações relativas a cientificidade dos resultados, idéias, abordagens e teorias, acerca dos mais diferentes temas que caracterizam o pensamento científico. Independente do tipo ou objetivo Medeiros (1997) afirma que a elaboração de “um artigo científico exige o apoio das próprias idéias em fontes reconhecidamente aceitas” (p.44). http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521Observa-se, por exemplo, que nas Ciências Naturais o artigo científico é quase que exclusivamente utilizado para apresentação e análise de resultados de pesquisas experimentais, e o review, em função do alto nível de aprofundamento do tema e compleitude na sua abordagem, normalmente é assinado por cientistas conhecidos tradicionalmente na área ou linha de pesquisa em questão. Já nas Ciências Humanas e Sociais, o artigo científico é utilizado para os mais diversos fins, inclusive, sendo comum outras abordagens não mencionadas anteriormente. 4.2-Organização e normatização Assim como em todo trabalho acadêmico, o artigo científico possui uma organização e normatização própria, que pode ser apresentada da seguinte forma: ▪ estrutura básica ▪ uniformização redacional ▪ uniformização gráfica Os estudos e publicações científicas, principalmente artigos e monografias, independentes do tamanho, são normalmente redigidos e apresentados com vários aspectos da organização gráfica e redacional semelhantes, podendo ser reconhecidos em todo o mundo científico. Muitos acadêmicos que iniciam na elaboração de trabalhos de pesquisa reclamam do excesso de normas e dos detalhes minuciosos com que devem ser redigidos, considerando um demasiado apego à forma externa, em detrimento do fundo (conteúdo e informações), que é essencial na produção científica. De certa maneira deve-se concordar que as dificuldades para o iniciante em trabalhos técnico-científicos, sejam artigos ou outros trabalhos, são acrescidas em função das regras e normas recomendadas pela academia, podendo no início haver um certo embaraço na atenção e na ordenação das idéias. Mas como sempre acontece com o potencial humano, o exercício e a prática continuada de determinada ação proporciona a destreza, que posteriormente é transformada em ato criativo. Neste trabalho, em função dos objetivos propostos inicialmente, serão apresentados apenas os assuntos referentes a estrutura básica e http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 uniformização redacional do artigo científico. A uniformização gráfica, cujas normas variam conforme a instituição, possui ampla abordagem na literatura relacionada a metodologia científica, podendo ser facilmente encontrada. 4.2.1- Estrutura básica A estrutura básica do artigo científico é a forma como o autor organiza os componentes do texto, da primeira a última página. É a ordenação coerente dos itens e dos conteúdos ao longo da sua redação geral. É a maneira como estruturam-se as partes objetivas/subjetivas, explícitas/implícitas, durante a elaboração do texto científico. Em função do tamanho reduzido recomendado para o artigo científico, a economia e a objetividade são fundamentais na exposição das informações, procurando manter a profundidade do tema, seja na abordagem de teorias ou idéias, seja na análise de resultados de pesquisa e sua discussão. Nesse ponto, a elaboração de artigos técnico-científicos é mais complexa que outros trabalhos acadêmicos, onde há maior liberdade na apresentação e exposição do tema. No artigo científico, o conhecimento e o domínio pelo autor da estrutura básica padrão, é muito importante para a elaboração do trabalho, sendo o mesmo composto de vários itens, e distribuídos em elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais, com seus componentes subdivididos de acordo com o Quadro 1. QUADRO 1: Distribuição dos itens que compõe o artigo científico em relação aos elementos da estrutura básica: Elementos Componentes Pré-textuais ou parte preliminar Título Autor Resumo Palavras-chave ou descritores http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Textuais ou corpo do artigo Introdução Desenvolvimento Conclusão Pós-textuais ou referencial Referências Cada um desses elementos, e seus respectivos componentes, é imprescindível na composição do artigo, apresentando informações e dados fundamentais para a compreensão do trabalho como um todo, sendo muito importante não omiti-los. No nosso caso, acrescentam-se a capa e a folha de rosto, posto ser, este, um Trabalho de Conclusão de Curso. 4.2.1.1. Elementos pré – textuais Os elementos pré-textuais, também chamados de parte preliminar ou ante-texto, compõe-se das informações iniciais necessárias para uma melhor caracterização e reconhecimento da origem e autoria do trabalho, descrevendo também, sucinta e objetivamente, algumas informações importantes para os interessados numa análise mais detalhada do tema (título, resumo, palavras- chave). O título do artigo científico deve ser redigido com exatidão, revelando objetivamente o que o restante do texto está trazendo. Apesar da especificidade que deve ter, não deve ser longo a ponto de tornar-se confuso, utilizando-se tanto quanto possível de termos simples, numa ordem em que a abordagem temática principal seja facilmente captada. O sub-título é opcional e deve complementar o título com informações relevantes, necessárias, somente quando for para melhorar a compreensão do tema. Título e sub-título são portas de entrada do artigo científico; é por onde a leitura começa, assim como o interesse pelo texto. Por isso deve ser estratégico, elaborado após o autor já ter avançado em boa parte da redação final, estando com bastante segurança sobre a abordagem e o direcionamento http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 que deu ao tema. Deve ser uma composição de originalidade e coerência, que certamente provocará o interesse pela leitura. Após, o nome do autor vai imediatamente seguido do seu minicurriculo, em nota de rodapé. O resumo indica brevemente os principais assuntos abordados no artigo científico, iniciando com os objetivos do trabalho, metodologia e análise de resultados (nas pesquisas de campo) ou idéias principais, encerrando com breves considerações finais do pesquisador. Deve-se evitar qualquer tipo de citação bibliográfica. A Norma Brasileira Registrada (NBR) 6028, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (1987), possui uma normatização completa para a elaboração de resumos. Em seguida, são relacionadas de 3 a 6 palavras-chave que expressem as idéias centrais do texto, podendo ser termos simples e compostos, ou expressões características. A preocupação do autor na escolha dos termos mais apropriados, deve-se ao fato dos leitores identificarem prontamente o tema principal do artigo lendo o resumo e palavras-chave. No levantamento bibliográfico feito através de softwares especializados ou pela internet, utilizam- se em grande escala esses dois elementos pré-textuais. 4.2.1.2. Elementos textuais Considerada a parte principal do artigo científico, compõe-se do texto propriamente dito, sendo a etapa onde o assunto é apresentado e desenvolvido e por esse motivo é chamado corpo do trabalho. Como em qualquer outro trabalho acadêmico, os elementos textuais subdividem-se em introdução, desenvolvimento e conclusão ou considerações finais, sendo redigidos de acordo com algumas regras gerais, que promovem maior clareza e melhor apresentação das informações contidas no texto. Na introdução o tema é apresentado de maneira genérica, como um todo, sem detalhes, numa abordagem que posicione bem o assunto em relação aos conhecimentos atuais, inclusive a recentes pesquisas, sendo abordadas com maior profundidade nas etapas seguintes do artigo. É nessa parte que o autor indica a finalidade do tema, destacando a relevância e a natureza do problema, apresentando os objetivos e os argumentos principais que justificam http://www.ineead.com.br/INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 o trabalho. “Trata-se do elemento explicativo do autor para o leitor” (LOPES, 2011). A introdução deve criar uma expectativa positiva e o interesse do leitor para a continuação da análise de todo artigo. O elemento textual chamado desenvolvimento é a parte principal do artigo científico, caracterizado pelo aprofundamento e análise pormenorizada dos aspectos conceituais mais importantes do assunto. É onde são amplamente debatidas as idéias e teorias que sustentam o tema (fundamentação teórica), apresentados os procedimentos metodológicos e análise dos resultados em pesquisas de campo, relatos de casos, etc. Sendo a parte mais extensa do texto, o desenvolvimento ou corpo, como parte principal, visa expor as principais idéias. É a fundamentação lógica do trabalho. O autor deve ter amplo domínio sobre o tema abordado, pois quanto maior for o conhecimento a respeito, tanto mais estruturado e completo (dir-se- á “amadurecido”) será o texto. De acordo com Bastos et al. (2000) organização do conteúdo deve possuir uma ordem seqüencial progressiva, em função da lógica inerente a qualquer assunto, que uma vez detectada, determina a ordem a ser adotada. Muitas vezes pode ser utilizada a subdivisão do tema em seções e subseções. O desenvolvimento ou parte principal do artigo, nas pesquisas de campo, é onde são detalhados itens como: tipo de pesquisa, população e amostragem, instrumentação, técnica para coleta de dados, tratamento estatístico, análise dos resultados, entre outros, podendo ser enriquecido com gráficos, tabelas e figuras. O título dessa seção, quando for utilizado, não deve estampar a palavra “desenvolvimento” nem “corpo do trabalho”, sendo escolhido um título geral que englobe todo o tema abordado na seção, e subdividido conforme a necessidade. A conclusão é parcial e a última parte dos elementos textuais de um artigo, e deve guardar proporções de tamanho e conteúdo conforme a magnitude do trabalho apresentado, sem os “delírios conclusivos” comuns dos iniciantes, nem os freqüentes exageros na linguagem determinística. Comumente chamado de “Considerações finais”, em função da maior flexibilidade do próprio termo, esse item deve limitar-se a explicar brevemente as idéias que predominaram no texto como um todo, sem muitas polêmicas ou http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 4.2.1.3. Elementos pós – textuais Na elaboração de qualquer trabalho acadêmico, os elementos pós- textuais, compreendem aqueles componentes que completam e enriquecem o trabalho, sendo alguns opcionais, variando de acordo com a necessidade. Entre eles destacam-se: Referências, Índice remissivo, Glossário, Bibliografia de apoio ou recomendada, Apêndices, Anexos, etc. controvérsias, incluindo, no caso das pesquisas de campo, as principais considerações decorrentes da análise dos resultados. O autor pode nessa parte, conforme o tipo e objetivo da pesquisa, incluir no texto algumas recomendações gerais acerca de novos estudos, sensibilizar os leitores sobre fatos importantes, sugerir decisões urgentes ou práticas mais coerentes de pessoas ou grupos, etc. Como lembram Tafner et al. (1999) a conclusão “deve explicitar as contribuições que o trabalho alcançou, [...] deve limitar-se a um resumo sintetizado da argumentação desenvolvida no corpo do trabalho, [...] devem estar todas fundamentadas nos resultados obtidos na pesquisa” (p.46). Sugere-se que cada componente dos elementos textuais em um artigo científico tenham um tamanho proporcional em relação ao todo, conforme explicitado na Tabela 2. TABELA 2 – Proporcionalidade de cada elemento textual em relação ao tamanho total do corpo ou parte principal do artigo científico n.º Elemento textual Proporção 01 Introdução 2 a 3/ 15 02 Desenvolvimento 7 a 10/ 15 03 Conclusão ou Considerações 1 a 2/ 15 finais Total 15/ 15 http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 No artigo científico utiliza-se obrigatoriamente as Referências, que consiste no “conjunto padronizado de elementos que permitem a identificação de um documento no todo ou em parte” (ABNT, 2002). Com maior freqüência é utilizada a lista de referências por ordem alfabética (sistema alfabético) no final do artigo, onde são apresentados todos os documentos citados pelo autor. Menos comum, também pode-se optar pela notação numérica, que utiliza predominantemente as notas de rodapé na própria página onde o documento foi citado. Existem normas para utilização de ambas, disciplinadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, e periodicamente atualizadas. Sem sendo, o Artigo Científico, assim como outros tipos de trabalhos acadêmicos, abordam temas teóricos de pesquisa, revisões bibliográficas, pesquisas de campo, e tem a finalidade de comunicar ao mundo científico os conhecimentos elaborados a partir dos critérios da ciência. A elaboração de qualquer artigo deve respeitar uma organização própria, constituída de uma estrutura básica, uma uniformização redacional e uma gráfica, que somadas formam o conjunto de normas recomendadas para este tipo de publicação. A redação técnico-científica desenvolvida no texto do artigo possui características de estilo e propriedade próprias, como clareza, precisão, comunicabilidade e consistência, possibilitando a compreensão exata e objetiva por parte do leitor e a economia de espaço, sem perder a qualidade na comunicação das idéias. A utilização de normas e diretrizes para elaboração e apresentação de artigos científicos, além de padronizar o formato geral e a organização do texto, são fundamentais para construção gradativa do pensamento científico do autor, estabelecendo parâmetros individuais seguros na abordagem e análise de temas e problemas científicos. É o que veremos a seguir, na próxima unidade. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 UNIDADE V- REGRAS PARA REDAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO Para a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Instituto IBE/FACEL, exige-se que, os textos sejam redigidos em papel branco, formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm), digitados na cor preta no anverso da folha, utilizando-se da fonte Arial ou Times New Roman, justificados e com a indicação de parágrafos contendo recuo de 1,5 cm. Recomenda-se, para digitação, a utilização de fonte tamanho 12 para o texto e 10 para citações longas, nota do artigo, resumo e notas de rodapé. 5.1-Margens margem superior: 3,0 cm margem inferior: 2,0 cm margem esquerda: 3,0 cm margem direita: 2,0 cm 5.2-Espacejamento Todo texto deve ser digitado, com 1,5 de entrelinhas, menos a nota do artigo, o resumo e as citações longas, que devem ter espacejamento simples, ou seja, 1,0 de entrelinhas. O título deve ser separado do texto que os precede, ou que o sucede, por uma entrelinha dupla. 5.3-Abreviaturas e Siglas Quando aparecem pela primeira vez no texto, deve-se colocar seu nome por extenso e, entre parênteses, a abreviatura ou sigla. Ex. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 5.4-Ilustrações http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Figuras (organogramas, fluxogramas, esquemas, desenhos, fotografias, gráficos, mapas, plantas e outros) constituem unidade autônoma e explicam, ou complementam visualmente o texto, portanto, devem ser inseridas o mais próximo possível do texto a que se referem.Sua identificação deverá aparecer na parte inferior precedida da palavra designativa (figura, desenho etc.), seguida de seu número de ordem de ocorrência, em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou legenda e da fonte, se necessário. Figura 1 - LEITURA INTELIGENTE EM FORMA DE MAPA Fonte: DRYDEN e VOS, 1996. p.124 5.5 - Tamanho do texto e normas gráficas 1. O artigo científico deve conter entre 10 e 15 páginas, com capa e folha de rosto. 2. Redija a CAPA da seguinte forma: ➢ Nome da instituição no alto da página; ➢ Seu nome logo após o nome da instituição, sem espaço, negrito, maiúsculas e centralizado; ➢ Título do artigo no meio da folha; http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 ➢ Local e data no rodapé. ➢ Todos os itens em NEGRITO; ➢ Fonte 12; ➢ Todos os itens Centralizados; ➢ Todos os itens em MAIÚSCULAS. 3. Na FOLHA DE ROSTO, segue-se o exemplo da capa, acrescentando a nota do artigo em fonte 10 e espacejamento simples entrelinhas. Veja: ➢ Nome da instituição no alto da página NEGRITO; ➢ Seu nome logo após o nome da instituição, sem espaço NEGRITO; ➢ Título do TCC no meio da folha NEGRITO; ➢ Nota do artigo logo abaixo do título (Orientações a seguir); ➢ Local e data no rodapé NEGRITO; ➢ Fonte 12; ➢ Centralizados, menos a nota do artigo; 4. Nota do Artigo: ➢ A nota do artigo deve ser redigida em fonte 10, com espaços simples entrelinhas e com recuo de 8,0 cm à direita. ➢ Deve seguir o exemplo: Artigo Científico encaminhado ao Instituto IBE/FACEL, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em (Seu curso). 5. Na primeira página do texto, propriamente dito, coloca-se o titulo do artigo em fonte 12, centralizado, MAIÚSCULAS e NEGRITO. Para a elaboração do mesmo, sugerimos que a sua confecção ocorra somente após a releitura do texto pronto. ➢ O mesmo deve ser recortado, temporal e geograficamente. ➢ Deve dizer claramente o que se pretende no texto. Portanto, deixe claro que tipo de pesquisa: analítica, relacional etc. ➢ Desenvolva uma problemática a ser estudada, posto que, esta é a diferença entre um texto dissertativo de informação ou outro, de um http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Artigo, onde o que se pretende é buscar a resposta para um problema (pergunta). ➢ Lembre-se da aula de Metodologia Científica ou reveja seu material. 6. A seguir coloca-se o nome do autor, em minúsculas, sem negrito, recuado a direita. A frente dele insere-se uma nota de rodapé, contendo um breve currículo do autor, o curso e o nome da faculdade. Para tanto, veja as ilustrações abaixo e siga as instruções, para a inserção da nota de rodapé. Instruções I. No menu do documento Word, clique em Inserir. II. Deslize o mouse até a palavra Referência. III. Espere abrir uma nova janela e clique em Notas. IV. Aparecerá então o quadro abaixo. V. Clique em inserir e a nota surgirá na margem inferior da folha. VI. Redija nela, em fonte 10 e espacejamento simples, seu minicurrículo. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 7. Após inserir o seu minicurriculo, na nota de rodapé, redige-se o resumo, as palavras-chave, a introdução, o desenvolvimento, as considerações finais e as referências, sem espaçamentos ou mudança de páginas. (VIDE EXEMPLO EM ANEXO). 5.6 - Embasamento teórico O artigo deve ser embasado em pelo menos 5 autores e que as publicações sejam dos últimos 10 anos, com exceção para os clássicos, que são importantes em qualquer época. Todos os autores devem vir nas referências de acordo com as normas da ABNT. Se o autor for citado no texto, obrigatoriamente deve constar na referência e, se estiver na referência deve ser citado ao longo do texto. Na Internet, dentre outros sites, no Scielo (www.scielo.br) encontramos muitos artigos com base científica, em todas as áreas, que foram classificados com conceito A pela CAPES. Vale a pena conferir! OBS: Em artigos científicos ignoramos epígrafe, dedicatória ou agradecimentos. PORTANTO, NÃO OS INCLUA EM SEU TCC. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 5.7 - O Texto 5.7.1 - O Resumo Segundo a ABNT, NBR 6028/2003, o resumo é elemento obrigatório, que consiste na apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto. O resumo deve dar uma visão rápida e clara do conteúdo e das conclusões do trabalho; constitui-se em uma sequência de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos. A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do artigo. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (estudo de caso, análise da situação entre outras). Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. Quanto a sua extensão os resumos de Artigos Científicos devem ter no mínimo 100 e no máximo 250 palavras. O Título RESUMO entra em caixa alta, centralizado, na parte superior da folha em negrito, depois de um espaço de 1,5 entra o texto. A fonte do texto deve ser Times ou Arial tamanho 10, espaçamento simples. Portanto, o resumo deve conter: ➢ entre 100 e 250 palavras; ➢ ser redigido em bloco único, sem parágrafos; ➢ deve-se utilizar fonte 10 e espacejamentos simples entrelinhas; ➢ Inicie-o com uma breve exposição do problema, dos objetivos e as justificativas do trabalho; ➢ Em seguida, relate de forma breve a metodologia (incluindo tipo de estudo – pesquisa de campo ou pesquisa bibliográfica) e locais de busca (internet, bibliotecas, empresas, etc.); ➢ Na sequência, faça uma breve exposição dos principais resultados (se for um trabalho bibliográfico estes resultados serão informações da própria pesquisa bibliográfica); ➢ Finalize com uma, também, breve exposição das principais conclusões. 5.7.2 – As Palavras-chave http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, separadas do mesmo por um espaço de 1,5cm, antecedidas da expressão Palavras-chave. Todas as palavras e expressões devem ser separadas entre si por ponto e finalizadas por ponto. Devem-se escolher palavras ou expressões que expressem as idéias centrais do texto, podendo ser termos simples e compostos, ou expressões características. A preocupação do autor na escolha dos termos mais apropriados, deve-se ao fato dos leitores identificarem prontamente o tema principal do artigo lendo o resumo e palavras-chave. No levantamento bibliográfico feito através de softwares especializados ou pela internet, utilizam- se em grande escala esses dois elementos pré-textuais. Uma dica então, é escolher as mesmas palavras ou expressões que você utilizaria para pesquisar o seu tema ou artigos na Internet. 5.7.3 – A Introdução É a parte inicial do texto em que deve constar a delimitação do tema (assunto tratado), objetivo da pesquisa, a relevância social e para a área em que esta inserida a pesquisa, a justificativa pessoal, a metodologia, entre outros elementos. Geralmente utiliza-se como metodologia a pesquisa de compilação ou bibliográfica que procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas (livros, periódicos, artigos, etc.). Busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema. Ela pode ser realizada independentemente de como parte deoutras pesquisas. Se tratando de uma pesquisa de campo, não fica restrita aos aspectos teóricos. Realiza-se pela observação que o pesquisador faz diretamente dos fatos ou pela indagação das pessoas envolvidas no tema objeto do estudo. Trata-se de um estudo descritivo das características, propriedades ou relações existentes na comunidade, grupo ou realidade pesquisada. Lembre-se: caso http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 opte por uma pesquisa de campo, deverá escolher a técnica de coleta que pode ser a entrevista, o questionário, formulário, testes, etc. Sugerimos que: ➢ A questão-problema venha no primeiro parágrafo (1 parágrafo); ➢ Em seguida, relacione e comente os objetivos do trabalho (1 parágrafo); ➢ Na sequência, relate de forma objetiva as justificativas para a realização do trabalho sobre aquele assunto e sua motivação pessoal (1 parágrafo); ➢ Nos parágrafos seguintes, coloque as definições e informações acerca do assunto, em linhas gerais, sem muito aprofundamento (2 a 3 parágrafos); ➢ Continue o texto relacionando e dialogando com os autores que te dão sustentação teórica, citando-os e conversando com eles, bem como, comentando rapidamente a metodologia utilizada na pesquisa (2 a 3 parágrafos); ➢ Utilizar de uma citação no mínimo e no máximo três; ➢ No último parágrafo relate e analise as hipóteses aventadas e que serão comprovadas ou refutadas na pesquisa (1 parágrafo); ➢ Não deixe espaços entre os parágrafos, nem espaços em branco entre as seções do Artigo; ➢ Antes de enviar, faça correção gramatical e ortográfica de todo o texto. 5.6.4 – Desenvolvimento Parte principal do texto que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto, este deve ser o item maior e mais importante do Artigo, pois, é onde você fará todas as considerações e debates sobre o tema da pesquisa. Divide-se em seções e subseções, quando necessário, que variam em função da abordagem do tema e do método. É preciso haver citações, pois sem citar ou dialogar com os autores não tem validade científica. Nele você fará as novas definições e http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 aprofundamento teórico no assunto abordado utilizando os autores e suas obras, sempre que fizer alguma afirmativa. É nesse momento que se faz um detalhamento minucioso da metodologia (inclusive dizer se foram consultados, preferencialmente, livros e artigos de sites científicos). Este ponto será considerado, de acordo com o tipo de estudo desenvolvido. Trabalhos de campo serão analisados sob os critérios exigidos para este tipo de estudo (metodologia criteriosamente delineada e detalhada em todos os seus aspectos). O Instituto IBE/FACEL sugere como METODOLOGIA, a REVISÃO DE LITERATURA. Os resultados do estudo devem ser relacionados (se for uma pesquisa bibliográfica, serão as próprias informações obtidas nos estudos consultados). Este ponto será considerado, de acordo com o tipo de estudo desenvolvido. Em seguida faz-se a discussão destes resultados (neste ponto, você pode fazer suas próprias intervenções, mas apenas comentando as informações que foram dadas, em forma de citações, na frase ou parágrafo anterior). Por exemplo: • Em um texto informativo como este “A linguagem seria então o motor do pensamento, contrariando assim a concepção desenvolvimentista que considera o desenvolvimento a base para a aquisição da linguagem”. (VYGOTSKY, 1991, p. 26). Você faz seu comentário pessoal a respeito dele, dessa forma: o disléxico apresenta dificuldades com a linguagem isso dificulta o desenvolvimento de sua aprendizagem e em função disso é necessário que o docente trabalhe de forma direcionada às dificuldades de cada aluno. (Cometário de aluno). É importante que você mantenha um diálogo científico e formal com os autores, citando-os sempre que fizer afirmações ou alegações que exijam essas afirmativas, pois, jamais podemos afirmar sem que autoridades no assunto nos deem suporte teórico. Não deixe espaços entre os parágrafos, nem espaços em branco entre as seções do Artigo. http://www.ineead.com.br/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 5.6.5 – Conclusão Parte final do trabalho, na qual se apresentam considerações finais a respeito do assunto pesquisado. Deve ser o fechamento do assunto com as suas próprias palavras, isto é, sem fazer citações, mas, sem dar opiniões; A Conclusão deve referir-se apenas ao que foi efetivamente discutido no trabalho, tendo em vista os objetivos do estudo e os resultados encontrados, respondendo à questão proposta inicialmente na introdução; Em trabalhos com assuntos que geram muita polêmica, você deve apresentar, ao longo do texto (Desenvolvimento), os pontos a favor e os pontos contra sobre o problema em questão e, na Conclusão, se posicionar, de maneira discreta, com relação a um ou outro ponto. Dessa maneira, você informará ao leitor interessado sobre todos os aspectos do problema, dará a sua opinião na Conclusão e deixará que o próprio leitor opte por um dos lados; Por fim: NÃO UTILIZE CITAÇÕES NA CONCLUSÃO. 5.6.6 - Referências Elemento obrigatório, que consiste em um conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento, que permite sua identificação individual. Mais adiante apresentamos os diversos meios de fazer uma referência. Observe: ➢ Nas REFERÊNCIAS, somente devem ser relacionados aqueles autores utilizados, efetivamente, no interior do texto. ➢ Os títulos das obras devem vir em negrito. ➢ Os espaços devem ser simples entrelinhas e as referências recuadas a esquerda. Todas as referências deverão ser feitas de conformidade com as Normas ABNT (NBR 6023/2002), conforme exemplos: http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 5.6.6.1 - Livro (1 autor) BAÉZ, Fernando. História universal da destruição de livros: das tábuas sumérias à guerra no Iraque. Trad. de Leo Schlafman. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. BEZERRA, J. de R. Mendes. Análise do discurso: uma linguagem do poder judiciário. Curitiba: HD Livros, 1998. CARNEIRO, M.L.Tucci. Livros proibidos, idéias malditas: o Deops e as minorias silenciadas. São Paulo: Estação Liberdade; Arquivo do Estado/SEC, 1997. ORLANDI, Eni Puccinelli. Discurso fundador: a formação do país e a construção da identidade nacional. 3.ed. Campinas: Pontes, 2003. 5.6.6.2 - Livro (até 3 autores) DOOLEY, Robert A.; LEVINSOHN, Stephen H. Análise do discurso: conceitos básicos em lingüística. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. 5.6.6.3 - Livro (mais de 3 autores) ORLANDI, E.P et al. Sujeito e texto. São Paulo: EDUC, 1988. 5.6.6.4 - Capítulo de Livro (mesmo autor) WIRTH, L. O urbanismo como modo de vida. In: (6 espaços). O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. p. X-Y. 5.6.6.5 - Capítulo de Livro (autores diferentes) http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 LOPES, Náuplia M. Análise acerca do perfil profissional do professor de ensino superior na modalidade EAD: um estudo de caso. In: CARRÃO. E. V. M.. (Org.). Letras e Fatos. Caratinga: UNEC, 2010. Pp. 45 a 60. 5.6.6.6 - Artigo de Periódico GUIMARÃES, P. Vicente. A contribuição do Consórcio Interuniversitário de Educação Continuada e à Distância ao desenvolvimento nacional. Linhas Críticas, Brasília, v. 3-4, n.3-4, p. 95-106, jun. 1996-jul.1997. LOPES, Náuplia M. Ensinar comas novas mídias dentro do contexto da contemporaneidade, baseado nas políticas de utilização das TIC no processo de ensino/aprendizagem presencial e a distância. SEMED/2009. , v.01, p.85 - 98, 2009. 5.6.6.7 - Artigo de Periódico (em meio eletrônico) ALENCAR, M.L.N. Aires de. Uma contribuição ao resgate acadêmico da experiência docente. Linhas Críticas, Brasília, v.2, n.2, p. 28-31, abr.-jul.1996. Disponível em: <www.unb.fe.br/linhascriticas>. Acesso em: 8 fev. 2011. LOPES, Náuplia M. O perfil profissional do professor de ensino superior na EAD e suas perspectivas, a partir da análise dos profissionais que atuam em uma instituição de Ipatinga in: 15° CIED - CONGRESSO INTERNACIONAL ABED DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, Fortaleza, 2009. Disponível em: Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2009/por/pdf/149tcb4.pdf>. Acesso em: 8 fev. 2011. . O verdadeiro papel do tutor em EAD. In: ATEAD2010, 2010, Internet. ATEAD2010. , 2010. Disponível em: http://www.ineead.com.br/ http://www.unb.fe.br/linhascriticas http://www.abed.org.br/congresso2009/por/pdf/149tcb4.pdf INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 <http://www.atead.org.br/congressoonline.2010/ publicações>. Acesso em: 21 jan. 2011. 5.6.6.8 - Citações no texto (um autor) (LOPES, 2010, p.23). Quando fora dos parênteses, o sobrenome do autor só terá a primeira letra maiúscula, as demais serão minúsculas, ex: De acordo com Lopes (2010, p. 23) para citação direta. No caso da citação indireta, as páginas não serão necessárias. 5.6.6.9 - Citações no texto (mais de um autor) (BRANDÃO; ORLANDI, 2006, p.25). 5.6.6.10 - Citações no texto (mais de três autores) (BRANDÃO et al., 2008, p. 17). 5.6.6.11 - Citações de documentos oficiais (Decretos, Leis..) BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. BRASIL. Decreto n. 2.134, de 24 de janeiro de 1997. Regulamenta o art. 23 da Lei 8.159, de 8 de janeiro de 1991 Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, n. 18, p. 1435-1436, 27 j na. 1997. Seção 1. 5.6.6.12 - Citações de trabalhos acadêmicos (Monografias, Dissertações e Teses) BRAGA, R.A. C.; SETTE, Z.de O. As conseqüências da construção da BR 116 para o município de Santa Rita de Minas – MG. Monografia. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caratinga – MG. 2003. http://www.ineead.com.br/ http://www.atead.org.br/congressoonline.2010/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 LOPES, Náuplia M. O perfil profissional do professor de ensino superior na modalidade EAD, mediada pelas TIC e suas perspectivas, a partir da análise dos profissionais que atuam em uma instituição privada de MG. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Linguagem do Centro Universitário de Caratinga – MG. UNEC/MG. Aprovada com louvor em 11 de Julho de 2010. 5.6.6. 13 - Artigo de Jornal (Assinado) BELCHIOR, Luisa. Líquido tóxico vaza em rio, peixes morrem e 3 cidades ficam sem água no RJ. Folhaonline, São Paulo, 19 nov. 2008. Cotidiano. DIMENSTEIN, G. Escola da vida. Folha de São Paulo, São Paulo, 14 jun. 2002. LOPES, Náuplia M. Coluna sobre Educação. Jornal das Cidades. Timóteo, 22 ago. 2000, P.10. 5.6.6.14 - Artigo de Jornal (Não assinado) CASAL tem gêmeos negro e branco na Alemanha. Folhaonline, São Paulo, 16 jul. 2008. 775 ANOS depois do “flautista”, Hamelin é infestada por ratos. Folhaonline, São Paulo, 20 nov. 2008. 5.6.6.15 - Trabalho publicado em Anais http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 LOPES, Náuplia M. Ambientes de aprendizagem a distância, utilização das TIC e o uso do construtivismo em uma instituição de ensino a distância in: X CONGRESSO INTERNACIONAL GALEGO-PORTUGUES DE PSICOPEDAGOGIA, 2009, La Corunã. Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Braga - Portugal: Centro de Investigação em Educação (CIEd), 2009. p. 5456 – 5470. . Ensinar com as novas mídias dentro do contexto da contemporaneidade, baseado nas políticas públicas de utilização das TIC no processo de ensino/aprendizagem presencial e a distância. In: 1ª Conferência Municipal de Educação de Vila Velha, 2009. Vila Velha, 2009, v.01. 5.6.6.16 - Veja mais alguns exemplos de como redigir as referências: ABBAD, G.S.; BORGES-ANDRADE, J.E. Aprendizagem Humana em Organizações de Trabalho. In: ZANELLI, J.C.; BORGES-ANDRADE, J.E.; BASTOS, A.V.B. (Org.). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004. ABRAHÃO, J. I. Ergonomia, modelos, métodos e técnicas. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO E VI SEMINÁRIO BRASILEIRO DE ERGONOMIA, 2, 1993, Florianópolis. Resumos, Florianópolis: 1993. ; PINHO, D. L. M. Teoria e prática ergonômica: seus limites e possibilidades. In: PAZ, Maria das Graças Torres; TAMAYO, Álvaro (Org.). Escola, saúde e trabalho: estudos psicológicos. Brasília: UnB, 1999. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 ALVES, Lynn; NOVA, Cristiane. Educação a distância: uma nova concepção de aprendizagem e interatividade. São Paulo: Futura, 2003. ALVES, N. A formação da professora e o uso de multimeios como direito. In: FILÉ, Valter. (Org.) Batuques, fragmentações e fluxos: zapeando pela linguagem audiovisual no cotidiano escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. LOPES, Náuplia M. Gestão democrática no ensino superior na modalidade EAD e o processo de formação continuada dos agentes: uma experiência em construção. In: XXIV Simpósio Brasileiro e III Congresso Interamericano de Política e Administração da Educação, 2009, Vitória/ES. CADERNOS ANPAE - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO DA EDUCAÇÃO. VITÓRIA: UFES/CE/PPGE, 2009. v.07. p. 245 – 245. NUNES, I. B. Noções de educação a distância. Disponível em: <http://www.intelecto.net/ead_textos/ivonio1.html>. Acesso em: 8 fev. 2011. SANFELICE, Jose Luís. História, instituições escolares e gestão educacional. In: BITTENCOURT, A. B.; OLIVEIRA Jr., W. M.. Estudo, pensamento e criação. Campinas, SP: Graf. FE, 2005. 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Acesso em: 8 fev. 2011. http://www.ineead.com.br/ http://www.intelecto.net/ead_textos/ivonio1.html http://www.institutouniversal.g12.br/ http://www.abed.org.br/congresso2005/por/pdf/149tcb4.pdf INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 5.6.6.17 – Legislação Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos legais infraconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em todas as suas formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas das entidades públicas e privadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução normativa, comunicado, aviso, circular, decisão administrativa, entre outros). Os elementos essenciais são: jurisdição (ou cabeçalho da entidade no caso de se tratar de normas), título, numeração e data, ementa e dados da publicação. Quando necessário, ao final da referência acrescentam-se notas relativas a outrosdados necessários para identificar o documento. Exemplos de como referendar legislações: Constituição Federal BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. Emenda Constitucional BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional n.º 9, de 9 de novembro de 1995. Dá nova redação ao art. 177 da Constituição Federal, alterando e inserindo parágrafos. Lex-Coletânea de Legislação e Jurisprudência: Legislação federal e marginalia, São Paulo, v. 59, p. 1966, out./dez. 1995. Medida Provisória BRASIL. Medida provisória n.º 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Estabelece multa em operações de importação, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997. Seção 1, p. 29514. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Decreto SÃO PAULO (Estado). Decreto n. 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Dispõe sobre a desativação de unidades administrativas de órgãos da administração direta e das autarquias do Estado e dá providências correlatas. Lex-Coletânea de legislação e Jurisprudência, São Paulo, v.62, n. 3, p. 217-220, 1998. Resolução do Senado BRASIL. Congresso. Senado. Resolução n. 17, de 1991. Autoriza o desbloqueio de Letras Financeiras do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul, através de revogação do parágrafo 2º, do artigo 1º da Resolução n.º 72, de 1990. Coleção de leis da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v. 183, p. 1156-1157, maio/jun. 1991. Consolidação de Leis BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Decreto-lei n. 5.452, de 1 de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis do trabalho. Lex-Coletânea de legislação: edição federal, São Paulo, v. 7, 1943. Suplemento BRASIL. Código civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices por Juarez de Oliveira. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995. Documento cartográfico Inclui Atlas, mapa, globo, fotografia aérea entre outros. As referências devem obedecer aos padrões indicados para os documentos monográficos acrescidos das informações técnicas sobre escalas e outras representações http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 utilizadas (latitudes, longitudes, meridianos etc.) formato e/ou outros dados mencionados no próprio item, sempre que necessário para sua identificação. Atlas ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclopédia Britânica do Brasil, 1981. INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO ( São Paulo, SP). Regiões de governo do estado de São Paulo. São Paulo, 1994. Plano Cartográfico do Estado de São Paulo. Escala 1:2.000. Mapa BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário, turístico e regional. São Paulo: Michalany, 1981. 1 mapa, color., 79 cm x 95 cm. Escala 1:600.000. Fotografia Aérea INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÀFICO (São Paulo, SP). Projeto Lins Tupã: foto aérea. São Paulo, 1986. Fx 28, n. 15. Escala 1:35.000. 5.6.7 - Apêndices e Anexos: Como descrito no material didático, o conteúdo dos Apêndices deve ser informações produzidas pelo próprio autor do estudo e o conteúdo dos Anexos, informações inseridas no estudo, mas produzidas em outro (mapas, gráficos, tabelas, etc.) http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 TÍTULO Autor RESUMO Palavras-chave Introdução Desenvolvimento Conclusão Referências RESUMINDO A ESTRUTURA DO ARTIGO: http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 UNIDADE VI - DICAS PARA A LINGUAGEM DO ARTIGO Quanto à linguagem científica, é importante que sejam analisados os seguintes procedimentos no artigo científico: • Impessoalidade: redigir o trabalho na 3ª pessoa do singular; • Objetividade: a linguagem objetiva deve afastar as expressões: “eu penso”, “eu acho”, “parece-me” que dão margem a interpretações simplórias e sem valor científico; • Estilo científico: a linguagem científica é informativa, de ordem racional, firmada em dados concretos, onde pode-se apresentar argumentos de ordem subjetiva, porém dentro de um ponto de vista científico; • Vocabulário técnico: a linguagem científica serve-se do vocabulário comum, utilizado com clareza e precisão, mas cada ramo da ciência possui uma terminologia técnica própria que deve ser observada; • A correção gramatical é indispensável, onde se deve procurar relatar a pesquisa com frases curtas, evitando muitas orações subordinadas, intercaladas com parênteses, num único período. O uso de parágrafos deve ser dosado na medida necessária para articular o raciocínio: toda vez que se dá um passo a mais no desenvolvimento do raciocínio, muda- se o parágrafo. • Os recursos ilustrativos como gráficos estatísticos, desenhos, tabelas são considerados como figuras e devem ser criteriosamente distribuídos no texto, tendo suas fontes citadas em notas de rodapé. (PÁDUA, 1996, p. 82, apud CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007). Para a redação ser bem concisa e clara, não se deve seguir o ritmo comum do nosso pensamento, que geralmente se baseia na associação livre de ideias e imagens. Assim, ao explanar as ideias de modo coerente, se fazem necessários cortes e adições de palavras ou frases. A estrutura da redação assemelha-se a um esqueleto, constituído de vértebras interligadas entre si. O parágrafo é a unidade que se desenvolve uma ideia central que se encontra ligada às ideias secundárias devido ao mesmo sentido. Deste modo, quando se muda de assunto, muda-se de parágrafo. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Um parágrafo segue a mesma circularidade lógica de toda a redação: introdução, desenvolvimento e conclusão. Convém iniciar cada parágrafo através do tópico frasal (oração principal), onde se expressa a ideia predominante. Por sua vez, esta é desdobrada pelas ideias secundárias; todavia, no final, ela deve aparecer mais uma vez. Assim, o que caracteriza um parágrafo é a unidade (uma só ideia principal), a coerência (articulação entre as ideias) e a ênfase (volta à ideia principal). A condição primeira e indispensável de uma boa redação científica é a clareza e a precisão das ideias. Saber-se-á como expressar adequadamente um pensamento, se for claro o que se desejar manifestar. O autor, antes de iniciar a redação, precisa ter assimilado o assunto em todas as suas dimensões, no seu todo como em cada uma de suas partes, pois ela é sempre uma etapa posterior ao processo criador de ideias. Obs: Sendo pesquisa de campo, logo após o desenvolvimento serão apresentados os resultados e discussão e por fim, a conclusão. A primeira página é contada, mas não numerada, então a numeração começa na página 2, em algarismo arábico, no canto superior direto da folha, a 2cm da borda superior. Em relação as ilustrações, elas compreendem quadros, gráficos, desenhos, mapas e fotografias, lâminas, quadros, plantas, retratos, organogramas, fluxogramas, esquemas ou outros elementos autônomos e demonstrativos de síntese necessárias à complementação e melhor visualização do texto. Devem aparecer sempre que possível na própria folha onde está inserido o texto, porém, caso não seja possível, apresentar a ilustração na própria página. Quanto às tabelas, elas constituem uma forma adequada para apresentar dados numéricos, principalmente quando compreendem valores comparativos. A lista de ilustraçõesé um elemento opcional (não em artigos, mas em monografias, teses e dissertações, bem como lista de tabelas e siglas e abreviaturas), que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 de lista própria para cada tipo de ilustração. Essa opção é útil apenas quando há número significativo de ilustrações no trabalho. A lista de tabelas também é um elemento opcional, elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página. Igualmente a lista de ilustrações, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração. Essa opção é útil apenas quando há número significativo de tabelas no trabalho. A lista de abreviaturas e siglas, conforme ABNT, NBR 10522/1988, é elemento opcional, que consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. Consequentemente, as tabelas devem ser preparadas de maneira que o leitor possa entendê-las sem que seja necessária a recorrência no texto, da mesma forma que o texto deve prescindir das tabelas para sua compreensão. Recomenda-se, pois, seguir, as normas do IBGE: a) a tabela possui seu número independente e consecutivo; b) o título da tabela deve ser o mais completo possível dando indicações claras e precisas a respeito do conteúdo; c) o título deve figurar acima da tabela, precedido da palavra Tabela e de seu número de ordem no texto, em algarismo arábicos; d) devem ser inseridas mais próximas possível ao texto onde foram mencionadas; e) a indicação da fonte, responsável pelo fornecimento de dados utilizados na construção de uma tabela, deve ser sempre indicada no rodapé da mesma, precedida da palavra Fonte: após o fio de fechamento; f) notas eventuais e referentes aos dados da tabela devem ser colocadas também no rodapé da mesma, após o fio do fechamento; g) fios horizontais e verticais devem ser utilizados para separar os títulos das colunas nos cabeçalhos das tabelas, em fios horizontais para fechá-las na parte inferior. Nenhum tipo e fio devem ser utilizados para separar as colunas ou as linhas; h) no caso de tabelas grandes e que não caibam em uma só folha, deve- se dar continuidade a mesma na folha seguinte; nesse caso, o fio horizontal de http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 fechamento deve ser colocado apenas no final da tabela, ou seja, na folha seguinte. Nesta folha também são repetidos os títulos e o cabeçalho da tabela. 6.1 - Citações A ABNT NBR 10520 (2002, p. 1-2) aplica as seguintes definições para citação: • Citação – menção de uma informação extraída de outra fonte. • Citação direta – transcrição textual de parte da obra do autor consultado. • Citação indireta – texto baseado na obra do autor consultado. • Citação de citação – citação direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original. • Notas de rodapé – indicações, observações ou aditamentos ao texto feitos pelo autor, tradutor ou editor, podendo também aparecer na margem esquerda ou direita da mancha gráfica. • Notas de referência – notas que indicam fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o assunto foi abordado. • Notas explicativas – notas usadas para comentários, esclarecimentos ou explanações, que não possam ser incluídas no texto. Quanto à menção da citação no texto, de uma informação extraída da fonte, a regra afirma que para indicar de onde foi retirado o texto citado o autor deve entrar com o sobrenome do autor, instituição responsável ou título. De preferência devem ser em letras maiúscula e minúscula, e quando estiverem entre parênteses devem ser em letra maiúscula. 6.1.1 - Citações diretas e curtas (até 3 linhas): seguem o texto, somente entre aspas, mesmo tipo de fonte, mesmo tamanho, sem itálico. Elas são usadas quando se copia literalmente a fala do autor, portanto, é preciso colocar o ano e a página do documento onde retirou. Ex: “As conclusões devem estar vinculadas à hipótese de investigação, cujo conteúdo foi comprovado ou refutado” (MARCONI e LAKATOS, 2001, p. 21). Ou, http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Ex: É o momento em que, usando o seu poder de raciocínio, o autor consegue transformar-se de pesquisador em expositor, desenvolvendo a passagem lógica usada no contexto da investigação para a lógica da demonstração: é a reconstrução racional que tem por objetivo explicar- discutir-demonstrar (SALOMON, 2000, p. 34). Ou De acordo com Salomon (2000, p. 34): Quando o autor estiver no início da frase: somente primeira letra vem em caixa alta ou seja, maiúscula. Autor (ano, p.) 6.1.2 - Citações diretas e longas (mais de 3 linhas): são recuadas 4 cm da margem esquerda, sem aspas, sem itálico, fonte tamanho 10, espaçamento simples entre as linhas. é o momento em que, usando o seu poder de raciocínio, o autor consegue transformar-se de pesquisador em expositor, desenvolvendo a passagem lógica usada no contexto da investigação para a lógica da demonstração: é a reconstrução racional que tem por objetivo explicar- discutir-demonstrar. 6.1.3 - Citações indiretas: Essas citações reproduzem apenas a ideia do autor, mas é de bom tom, colocar também a página de onde se retirou, não sendo obrigatório. Lembre-se... Segundo Marconi e Lakatos (2001, p. 21) “as conclusões devem estar vinculadas à hipótese de investigação, cujo conteúdo foi comprovado ou refutado”. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 apud significa - “citado por”, conforme, segundo et al quer dizer - “e outros” Ex: Segundo Oliveira (2003 apud SILVA, 2005, p.13) “o mais importante é deixar clara a ideia do autor”. De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007) a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses, constituindo o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio sobre determinado tema. São comumente usadas as expressão et al e apud. Elas também devem vir em itálico e caixa baixa. 6.1.4 - Citação de citação: Aquela que se refere a obras mencionadas por outros autores, às quais não se teve acesso. Deve-se indicar inicialmente a obra original citada, seguida da expressão apud e dos dados da obra onde foi extraída a citação. ➢ Todas as palavras em língua estrangeira devem vir em itálico. ➢ Na primeira vez que usar uma expressão que possa ser abreviada, ela vem por extenso e abreviada entre parênteses e nas demais aparições somente a abreviatura. Ex: Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), na primeira aparição e somente PCN, nas demais aparições. Quando o trabalho consultado tiver até 3 autores, todos os três são referenciados, quando tiver mais de 3 colocamos o sobrenome do primeiro autor seguido da expressão et al. Ex: Quando o autor estiver no final da frase: todas as letras em caixa alta ou maiúsculas (AUTOR, ANO, p.) http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Para Dutra et al (2006) quanto maior o valor adicionado ao produto, maior será a necessidade de informaçãoem todas as etapas de sua concepção e introdução no mercado. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ALVES MAZZOTTI, A.; GEWANDSZNAJDER, F. O Método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. ALVES, R. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regra. São Paulo: Brasiliense, 1987. ANDRADE, Inêz Barcellos de; LIMA, Maria Cristina Miranda Lima. Manual para elaboração e apresentação de trabalhos científicos: artigo científico. Campos dos Goytacazes: FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS, 2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRADE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. . NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. . NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. . NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. . NBR 6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. . NBR 10520: informação e documentação: citações em documento apresentação. Rio de Janeiro, 2002. . NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2005. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 BASTOS, Lília et al. 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Como toda Norma está sujeita à revisão, recomenda-se que sempre verifiquem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. NBR 6023/2002 - Informação e documentação – Referências – Elaboração. Esta Norma estabelece os elementos a serem incluídos em referências. Fixa a ordem dos elementos das referências e estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação originada do documento e/ou outras fontes de informação. Destina-se a orientar a preparação e compilação de referências de material utilizado para a produção de documentos e para inclusão em bibliografias, resumos, resenhas, recensões e outros. NBR 6024/2003 - Informação e documentação - Numeração progressiva das seções de um documento escrito - Apresentação. Esta Norma estabelece um sistema de numeração progressiva das seções de documentos escritos, de modo a expor numa sequencia lógica o inter- relacionamento da matéria e a permitir sua localização. NBR 6027/2003 - Informação e documentação - Sumário - Apresentação. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DEENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Esta Norma estabelece os requisitos para apresentação de sumário de documentos que exijam visão de conjunto e facilidade de localização das seções e outras partes. NBR 6028/2003 - Informação e documentação – Resumo – Apresentação. Esta Norma estabelece os requisitos para redação e apresentação de resumos. NBR 6034/2004 Esta Norma estabelece os requisitos de apresentação e os critérios básicos para a elaboração de índices. NBR 10520/2002 - Informação e documentação – Citações em documentos - Apresentação. Esta Norma especifica as características exigíveis para apresentação de citações em documentos. NBR 14724/2005 - Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. NBR 12676/1992 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a prática normalizada do exame de documentos, da determinação de seus assuntos e da seleção de termos de indexação. Destina-se aos estágios preliminares da indexação, não tratando das práticas de qualquer tipo de sistema de indexação, pré ou pós- coordenado. É dirigida para sistemas de indexação nos quais os assuntos dos documentos são expressos de forma resumida, e os conceitos são registrados http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 ESTRUTURA DO ARTIGO CIENTÍFICO 3cm TITULO Nome e Sobrenome1 RESUMO através dos termos de uma linguagem de indexação. Aplica-se especialmente a serviços de indexação independentes e a serviços de indexação em rede. Abreviatura dos meses - NBR-10522 janeiro jan. fevereiro fev. março mar. abril abr. maio maio junho jun. julho jul. agosto ago. setembro set. outubro out. novembro nov. dezembro dez. 1 Graduado pela Faculdade X, atua como.... e cursa especialização em ........ na Instituição Y http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Palavras-chave: Uma. Duas. Três. Introdução xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Desenvolvimento xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Conclusão ou considerações Finais xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx REFERÊNCIAS 2 cm http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 MODELO DE FIGURAS, TABELA E GRÁFICOS SEGUNDO ABNT MODELO DE FIGURA Figura 1 - Fluxo das Informações na Logística Fonte: BERTAGLIA (2006) Figura 1 – Mapa do Brasil por UF http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Fonte: BERTAGLIA (2006) MODELO DE TABELA Tabela 1 – Atenção farmacêutica x conhecimento do significado da atenção farmacêutica Atenção farmacêutica Sim Não Total n % N % n % Sim 2 25,0 0 0 2 25,0 Não 2 25,0 0 0 2 25,0 Às vezes 4 50,0 0 0 4 50,0 Fonte: Dados da pesquisa http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Tabela 1 – Características da profissional entrevistado Variável Número da amostra(n) Frequência (%) Sexo: Feminino 3 37,5 Masculino 5 62,5 Idade: 25 a 30 anos 4 50,0 31 a 36 anos 1 12,5 37 a 42 anos 1 12,5 43 a 58 anos 2 25,0 Tempo de Formação: 1 ano 2 25,0 3 anos 1 12,5 4 anos 1 12,5 11 anos 1 12,5 16 anos 1 12,5 23 anos 1 12,5 30 anos 1 12,5 Tempo de atuação: < 1 ano 2 25,0 1 a 10 anos 2 25,0 10 a 20 anos 2 25,0 http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 20 a 30 anos 2 25,0 Formação faculdade: Pública 5 62,5 Particular 3 37,5 Nível de graduação: Bacharelado Especialização 7 1 87,5 12,5 Fonte: Dados da pesquisa MODELO DE GRÁFICO Gráfico 1 - Estado civil ESTADO CIVIL Divorciado Viúvo Separado Solteiro Casado 0 5 10 15 N.º DE PROFISSIONAIS Fonte: Dados da pesquisa 10 http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 CENTRO BETHÂNIA CIDADE NOBRE BOM RETIRO PRIMÁRIO ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO ENSINO SUPERIOR 34 25 37 38 31 25 40 30 20 10 5050 ESCOLARIDADE Gráfico 1 – Escolaridade dos participantes Fonte: Dados da pesquisa http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO FACULDADE CRISTO REI DE CORNÉLIO PROCÓPIO - FACCREI NÁUPLIA MARIA LOPES ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DO INSTITUTO INE/FACCREI: Artigo Científico – modelo, elaboração e formatação BELO HORIZONTE 2017 http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO FACULDADE CRISTO REI DE CORNÉLIO PROCÓPIO - FACCREI NÁUPLIA MARIA LOPES ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DO INSTITUTO INE/FACCREI: Artigo Científico – modelo, elaboração e formatação Artigo Científico de modelo, preparado pelo Instituto INE e Faculdade Cristo Rei de Cornélio Procópio – FACCREI. como ferramenta de apoio ao aluno, na confecção do seu Trabalho de Conclusão de curso. BELO HORIZONTE 2017 http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DO INSTITUTO INE/FACCREI: Artigo Científico – modelo, elaboração e formatação Náuplia Maria Lopes1 RESUMO Objetivando orientar os alunos do Instituto INE/FACCREI, quanto à elaboração e editoração do artigo científico, requisito parcial exigido para a conclusão e obtenção do título de Especialista, sendo este o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), elaborou-se este artigo científico servindo também de modelo para a formatação e estrutura do mesmo. Devido ao grande número de dúvidas e reformulação dos trabalhos em primeira versão, elaborou-se este no intuito de minimizá-las, auxiliando, assim, os alunos. Este instrumento foi elaborado a partir de uma revisão bibliográfica, embasada teoricamente, pelo Material Didáticode Metodologia Científica do Instituto INE/FACCREI, intencionando, também, a análise e utilização de diversas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), relativas à pesquisa, elaboração, escrita e formatação de um Artigo Científico. Por se tratar de um estudo referente ao conteúdo das referidas normas, por vezes será utilizado o texto dos originais. Porém, conforme permissão da ABNT, o Instituto INE/FACCREI guarda e utiliza o direito de adaptação das mesmas. Espera-se atender a uma demanda recorrente, no que tange à elaboração do TCC pelos alunos de Pós-graduação do referido Instituto. Palavras-chave: Artigo Científico. Orientação. Formatação. ABNT. Introdução A feitura de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) causa certo desconforto e preocupação aos alunos de diversas instituições, entre elas, aqueles do Instituto INE/FACCREI. Em vista disso e objetivando atender a esta demanda por maiores orientações aos pós-graduandos do Instituto, elaborou-se este artigo científico de revisão, contendo orientações pertinentes à elaboração, formatação e estrutura do TCC. Dentre os vários tipos de Trabalho de Conclusão de Curso permitidos pelo MEC, o Instituto INE/FACCREI opta pelo Artigo Científico, que é adotado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista (Pós-Graduação Lato sensu). Conforme Moura, Ferreira e Paine (1998), o Artigo Científico é um texto elaborado, cientificamente, a partir de uma pesquisa teórico-metodológica, apresentando, sinteticamente, os estudos realizados a respeito de um tema e sua questão-problema (confira a apostila “Metodologia Científica” – Guia de estudo 7). http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 1 Professora e responsável pela Metodologia Científica do Instituto INE/FACCREI. Doutoranda em EAD. Mestre em Educação e Linguagem da UNEC/Caratinga. Especialista em Docência do Ensino Superior e Tutoria em EAD. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA um estudo do conWtWeWú.dIoNEdEaAsD.reCfOeMr.idBaRs –no(r3m1a)s,32n7o2-e9n5ta2n1to, não será abordado A elaboração desse artigo de orientação é também, o cumprimento da vontade dessa instituição de ensino, em oferecer aos seus alunos, ferramentas que os auxiliem na confecção do TCC, proporcionando a eles, sucesso na obtenção do título pretendido. Visando atender a esta vontade, elaborou-se este instrumento de orientação a partir de uma revisão bibliográfica em que se buscou apoio na análise do pensamento de autores, como Alves; Arruda (2008), Barba (2008), Brasil; Santos (2007) Lakatos; Marconi (2008- 2009) e Moro (2010) entre outros, bem como, a utilização integral do material didático do Instituto INE/FACCREI, preferencialmente, os cadernos das disciplinas sobre a Metodologia Científica e Orientações de TCC (GUIAS DE ESTUDO 7 e 8, 2010). Intencionou-se, também, trabalhar o conteúdo das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): - NBR 6021 (2003) – Informação e documentação - Publicação periódica científica impressa – Apresentação; - NBR 6022 (2003) – Informação e documentação - Artigo em publicação periódica científica impressa – Apresentação; - NBR 6023 (2002) - Informação e Documentação – Referências – Elaboração; - NBR 6028 (2003) – Resumos – Procedimentos; - NBR 10520 (2002) – Informação e documentação - Apresentação de citações em documentos; - NBR 14724 (2005) – Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. A Associação Brasileira de Normas Técnicas em sua NBR 6021 (2003) especifica os requisitos para apresentação dos elementos que constituem a estrutura de organização física de uma publicação periódica científica impressa. Destina-se a orientar o processo de produção editorial e gráfica da publicação, no sentido de facilitar a sua utilização pelo usuário e pelos diversos segmentos relacionados como tratamento e a difusão da informação. No caso específico do TCC do Instituto INE/FACCREI, a única diferença é que o texto é digitalizado e não impresso, porém, os requisitos são os mesmos. A NBR 6022 (2003) estabelece um sistema para a apresentação dos elementos que constituem o artigo em publicação periódica científica impressa. A premissa acima, aplica-se novamente. Nesse texto, por vezes será utilizado o texto dos originais, por se tratar de http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 neste instrumento o conteúdo das referidas normas na íntegra. A confecção de um Artigo Científico como TCC, bem como a sua publicação, justifica-se, não somente pela exigência do MEC, mas, também, pela necessidade de se fazer ciência na Educação e, com isso, buscar a melhoria do ensino brasileiro e de seus profissionais. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Portanto, normas são estipuladas, com o objetivo primordial, a exigência de um padrão de apresentação dos trabalhos acadêmicos, principalmente, na divulgação dos dados técnicos obtidos e analisados, registrando-os em caráter permanente, o que proporciona a outros pesquisadores fontes de pesquisas fiéis, capazes de nortear futuros trabalhos de pesquisa, facilitando sua recuperação nos diversos sistemas de informação utilizados no país. Em sendo e para efeito deste artigo de orientações, seguem as seguintes definições: trabalhos acadêmicos (trabalho de conclusão de curso (TCC); trabalho de graduação interdisciplinar (TGI), trabalho de conclusão de curso de especialização e/ou aperfeiçoamento): documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, conforme a NBR 14724 (2005). Dentro desses parâmetros, é norma do Instituto INE/FACCREI a apresentação de um Artigo Científico contendo entre 10 e 15 páginas, da Introdução à Conclusão, devendo, o texto, ser corrido, ou seja, não se deve mudar de página para iniciar uma nova seção. Vale lembrar que, ninguém escreveu uma grande obra sem ter escrito uma pequena obra, primeiramente. No mundo acadêmico não são as grandes obras, ou as grandes pesquisas que se tem como mais usual. Hoje em dia, é muito comum autores escreverem uma série de pequenos artigos que depois são reunidos em livros. É cada vez mais comum as editoras publicarem livros “organizados”, escritos também por diversos autores. Cada autor escreve um ensaio que se tornará capítulo do livro. Isto se deve à forma cada vez mais privilegiada dos gêneros literários acadêmicos de tamanho reduzido. Estes gêneros são os seguintes, segundo a ABNT (NBR 6022, 2003, p. 2): • Artigo: É o texto que irá discutir ideias, métodos, técnicas, processos e resultados. Ele tem a característica de ter sua autoria declarada, de ter como objetivo a divulgação através de periódicos. • Artigo Acadêmico: É semelhante ao anterior, porém é resultado de uma pesquisa científica e por isso, busca ser publicado por uma revista de divulgação científica e é submetido a aprovação por julgamento. • Ensaio: Este documento relata estudo sobre determinado assunto. É menos http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 aprofundado que um tratado formal (tese, dissertação) e geralmente não se baseia em pesquisa empírica. • Paper: É um pequeno artigo científico e resultado de um projeto de pesquisa, com o objetivo de ser apresentado como comunicação em um congresso científico, sujeito a sua aceitação por julgamento. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOSE TÉCNICAS DE PESQUISA se considera que a ciência é o melhor modelo (em casos mais radicais, é O Artigo Científico e o Paper são hoje em dia as formas privilegiadas da transmissão do conhecimento acadêmico, muito mais que o livro. Como o TCC do Instituto INE/FACCREI é o Artigo, devemos nos ater a ele, sem esquecer que, ao escrevê-lo, alguns pontos devem ser observados: 1) utilizar sentenças em ordem direta; 2) evitar sentenças longas, deve-se dividi-las com ponto final; 3) sempre usar o termo mais simples possível; 4) sempre utilizar termos concretos e específicos. Todo artigo passa por algumas fases de amadurecimento. É difícil especificar estas fases, pois acontecem simultaneamente. Sequencialmente, deve-se, de acordo com Barba (2010) : 1) Colocar as ideias no papel; 2) ordenar as ideias (reagrupamento dos parágrafos, coordenando os assuntos em sequência lógica); 3) dar acabamento ao texto (correção gramatical, da concordância e de estilo). É interessante imprimir o artigo para efetuar as correções em cada fase para facilitar a visualização dos pontos a serem corrigidos. Um vício muito comum entre os alunos que se iniciam na arte da escrita é o uso do pronome pessoal "nós" nos textos científicos. Este é um hábito transferido das apresentações orais, nas quais a primeira pessoa do plural pode ser utilizada. Ao escrever um artigo, o autor deve tomar o cuidado de ser impessoal, usando termos como "O estudo provou ..." ou "Os resultados indicaram ...etc”. Observando estas e outras orientações e alertas, será possível alcançar o sucesso na feitura do TCC, objetivo ímpar desse trabalho. Desenvolvimento Sem dúvidas, a ciência é uma tecnologia intelectual capaz de gerar excelentes entendimentos e interpretações acerca do mundo, bem como, de proporcionar intervenções e criação de objetos técnicos de maneira a corresponder a muitos projetos humanos; contudo, surge um problema sério com a ideologia da cientificidade. Vale dizer, em termos bastante abreviados, quando WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 considerada o único) para se compreender e representar o mundo e os homens. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA Isto postoW, WdWe.IaNcEoErAdDo.CcOoMm.BaR A– B(N3T1), (3N2B7R2-69502212, 2003, p. 3) o Artigo Conforme Fourez (1995) a força da ciência provém do fato de que seus protocolos, instrumentos e dispositivos de análise simplificam suficientemente a "realidade" com a finalidade estudá-la e atuar sobre ela. E, como presenciamos ao nosso redor, isso costuma acontecer de modo bastante eficaz. Mas o que está sob o guarda-chuva chamado ciência também pode cometer abusos de saber. Por exemplo, quando se pretende deduzir normas de conduta baseadas em unívocas evidências (pesquisas) científicas. Ou, então, “reduzir problemas somente à sua tradução em termos técnicos.” (FOUREZ, 1995, p. 25). Latour (1998) abordou a suposta transição de uma cultura da "ciência" rumo à cultura da "investigação" (p. 41). Entende-se, sob sua ótica que, a ciência como uma atividade fria, direta e objetiva e a investigação, por sua vez, seria acalorada, arriscada, geradora de outras implicações. Em sendo, se a ciência põe um final aos caprichos das disputas humanas, a investigação cria controvérsias. Como mencionado, a ciência opera sob o manto da ideia de objetividade, tentando escapar tanto quanto seja possível dos supostos grilhões da ideologia, das paixões e das emoções; já a investigação é nutrida de todos esses aspectos para gerar perguntas de investigação menos afastadas de nós próprios. Podemos pensar que essas duas perspectivas básicas coexistem em graus variados na atividade científica atual. Investigação ou não, o principal benefício obtido com a publicação dos resultados de uma pesquisa - e, sem dúvida, mais honroso e louvável - é o progresso da ciência. Ela é construída passo-a-passo, sendo cada passo alicerçado e impulsionado pelas pesquisas de outros. As vantagens para o autor passam pelo reconhecimento de seu esforço intelectual; estabelecimento e sedimentação de sua reputação de pesquisador por meio de acreditação pública; garantia de continuidade de seus projetos; prestígio e; obtenção de posições acadêmicas hierarquicamente superiores. Além disso, a produção científica é usada como parâmetro para concessão de recursos pelas agências de fomento à pesquisa, como ferramenta de avaliação dos cursos de graduação e de pós-graduação, como é o caso do Instituto INE/FACCREI e como critério para seleção de corpo docente e de equipe de pesquisa por muitas instituições. http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Científico pode ser de dois tipos: • Original ou divulgação: apresenta temas ou abordagens originais; • Revisão: que analisam e discutem trabalhos já publicados (revisões bibliográficas). http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA acadêmicos: Elem W e W n W to . s IN p E r E é A -t D e . x C tu O a M i . s B ; R Ele – m ( e 3 n 1 t ) os 3 t 2 e 7 x 2 tu - a 9 i 5 s 2 ; 1 Elementos pós-textuais. Sugerimos o segundo tipo, por acreditarmos que, este esteja mais propenso ao que pretende e espera, nosso aluno, com base, também, no pouco tempo destinado à pesquisa, haja vista, a brevidade do curso: 18 meses, no máximo. De toda forma, é necessário que se faça uma preparação para a pesquisa, bem como a sua realização, antes de se proceder à feitura do Artigo Científico, propriamente dito. Para tanto, parte-se da escolha do tema que deve ser pertinente ao curso em andamento. A linguagem científica deve ser utilizada e precisa ser clara, objetiva e especializada. O vocabulário do texto do artigo deve ser peculiar da área de pesquisa, não sendo permitidas utilizações de gírias ou palavras coloquiais, típicas de contextos informais de uso da língua. Segundo Barba (2010 s/p), os itens abaixo constituem as exigências da linguagem científica que seu artigo científico, por ser um texto acadêmico, deve conter: - Impessoal: preferencialmente redigir o trabalho na 3ª pessoa do singular; - Objetividade: a linguagem objetiva deve afastar as expressões: “eu penso”, “eu acho”, “parece-me” que dão margem a interpretações simplórias e sem valor científico; - Estilo científico: a linguagem científica é informativa, de ordem racional, firmada em dados concretos, em que podem ser apresentados argumentos de ordem subjetiva, porém dentro de um ponto de vista científico; - Vocabulário técnico: a linguagem científica serve-se de um vocabulário formal, utilizado com clareza e precisão, uma vez que cada ramo da ciência possui uma terminologia técnica própria que deve ser observada; - A correção gramatical é indispensável, em que se deve procurar relatar a pesquisa com frases claras, evitando muitas orações subordinadas, intercaladas com parênteses, num único período. O uso de parágrafos deve ser dosado na medida necessária para articular o raciocínio: toda vez que se dá um passo a mais no desenvolvimento do raciocínio, muda-se o parágrafo. - Os recursos ilustrativos como gráficos estatísticos, desenhos, tabelas são considerados como figuras e devem ser criteriosamente distribuídos no texto, tendo suas fontes citadas. (Trecho adaptado).Além dos itens relatados acima, há também a necessidade de adequação a um nível de textualidade elevado, devendo estar coeso e coerente, apresentando concisão de ideias, unidade temática, progressão textual e articulação. Contradições de ideias e falta de clareza fazem com que o artigo se afaste do ideal de um texto científico. O Artigo Científico tem a mesma estrutura dos demais trabalhos http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Porém e, por se tratar de um TCC, consta também, de capa e folha de rosto para a apresentação do mesmo. A capa deve conter: • o nome da instituição (INE/FACCREI) no alto da página; http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 • seu nome logo após o nome da instituição, sem espaço; • o título do TCC no meio da folha; • o local e data no rodapé; • todos os itens devem ser redigidos em negrito, fonte tamanho 12, centralizados e em maiúsculas. A folha de rosto deve conter: • o nome da instituição (INE/FACCREI) no alto da página; • seu nome logo após o nome da instituição, sem espaço; • a nota do artigo logo abaixo do título (Orientações a seguir); • o título do TCC no meio da folha; • o local e data no rodapé; • todos os itens devem ser redigidos em negrito, fonte tamanho 12, centralizados e em maiúsculas, menos a nota do artigo. A mesma deve ser redigida em fonte 10, com espaços simples entrelinhas e com recuo de 8,0 cm à direita. Deve seguir o exemplo: Artigo Científico encaminhado ao Instituto INE/FACCREI, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em (Seu curso). Elementos pré-textuais Os elementos pré-textuais constam dos seguintes itens: a) o título e subtítulo (se houver) devem figurar na página de abertura do artigo, na língua do texto O título deve ser recortado, temporal e geograficamente. Sugere-se que sua confecção ocorra somente após a releitura do texto pronto. Além do que, o título deve dizer claramente o que se pretende no texto. Portanto, deixe claro que tipo de pesquisa: analítica, relacional etc. Desenvolva uma problemática a ser estudada, posto que, esta é a diferença entre um texto dissertativo de informação ou outro, de um Artigo, onde o que se pretende é buscar a resposta para um problema (pergunta). E, lembre-se da aula de Metodologia Científica ou reveja seu material; b) a autoria: nome completo do autor na forma direta, acompanhados de um breve currículo que o qualifique na área do artigo; c) o mini-currículo: deve constar da formação acadêmica do aluno e sua atuação profissional, incluindo endereço (email) para contato, deve aparecer em nota de rodapé; http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA d) resumo na língua do texto: O resumo deve apresentar de forma concisa, os objetivos, a metodologia e os resultados alcançados, no mínimo de 100 e no máximo de 250 palavras. Não deve conter citações “deve ser constituído de uma sequência de frases concisas e não de uma simples enumeração de tópicos. Deve- se dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular do verbo, na voz ativa”. (ABNT. NBR 6028, 1990, p. 2); Os elementos pré-textuais devem figurar na primeira folha do artigo. e) palavras-chave na língua do texto: elemento obrigatório deve figurar abaixo do resumo, antecedidas da expressão: Palavras-chave (em negrito). São palavras retiradas do texto e que o representam, devendo ser separadas entre si por ponto, conforme a NBR 6022, 2003, p.4. Elementos textuais Os elementos textuais compõem-se de: introdução, desenvolvimento e considerações finais. Na introdução deve-se expor a finalidade e os objetivos do trabalho de modo que o leitor tenha uma visão geral do tema abordado. De modo geral, a introdução deve apresentar: a) o assunto objeto de estudo; b) o ponto de vista sob o qual o assunto foi abordado; c) trabalhos anteriores que abordam o mesmo tema; d) “as justificativas que levaram à escolha do tema, o problema de pesquisa, a hipótese de estudo, o objetivo pretendido, o método proposto, a razão de escolha do método e principais resultados.” (GUSMÃO; MIRANDA 1997 apud RELATÓRIO... 2003). No desenvolvimento, que é a parte principal e mais extensa do trabalho, deve-se apresentar a fundamentação teórica, a metodologia, os resultados e a discussão. Divide-se em seções e subseções conforme a NBR 6024 (2003). Nas considerações finais deve-se observar os seguintes itens: a) deve responder às questões da pesquisa, correspondentes aos objetivos e hipóteses; b) deve ser breve, podendo apresentar recomendações e sugestões para trabalhos futuros; c) para artigos de reWvWiWs.ãIoNdEeEvAeD-.sCeOeMx.cBlRuir–m(a3te1r)ial3, 2m7é2t-o9d5o2e1 resultados. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA Não obstante, apesar da apresentação dos componentes do artigo serem redigidas e apresentadas, segundo a ordem pela qual o leitor as encontra, esta ordem não corresponde, de modo algum, ̀ a sequência pela qual elas são escritas. Na prática, com efeito, as considerações finais, a introdução e o resumo são, geralmente, os últimos a serem produzidos e o título sofre, muitas vezes, alterações radicais de última hora. WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA Outra questão que merece análise é a dúvida que existe quanto ao conteúdo do resumo. De forma direta o resumo não é uma introdução ao artigo, mas sim um descrição sumária da sua totalidade, na qual se procura realçar os aspectos mencionados. Deverá ser discursivo, e não apenas uma lista dos tópicos que o artigo cobre. Deve-se entrar na essência do resumo logo na primeira frase, sem rodeios introdutórios nem recorrendo à fórmula estafada ”Neste artigo ...”. Não se devem citar referências no resumo. Finalizando, o resumo deve conter, de acordo com as orientações e normas do Instituto INE/FACCREI: • entre 100 e 250 palavras; • redigido em bloco único, sem parágrafos; • utilize fonte 10 e espaçamentos simples entrelinhas; • inicie com uma breve exposição do problema, dos objetivos e as justificativas do trabalho; • em seguida, relate de forma breve a metodologia (incluindo tipo de estudo – pesquisa de campo ou pesquisa bibliográfica) e locais de busca (internet, bibliotecas, empresas, etc.); • na sequência, faça uma breve exposição dos principais resultados (se for um trabalho bibliográfico estes resultados serão informações da própria pesquisa bibliográfica); • finalize com uma também, breve exposição das principais conclusões. Convém lembrar, ainda, que um resumo pode vir a ser posteriormente reproduzido em publicações que listam resumos (de grande utilidade para o leitor decidir se está ou não interessado em obter e ler a totalidade do artigo). Sobre as palavras-chave, teceremos algumas considerações. Por vezes é pedido que um artigo seja acompanhado por um conjunto de palavras-chave que caracterizem o domínio ou domínios em que ele se inscreve. Estas palavras são normalmente utilizadas para permitir que o artigo seja posteriormente encontrado em sistemas eletrônicos de pesquisa.Por isso, deve-se escolher palavras-chave tão gerais e comuns quanto possível. Um bom critério é selecionar as que usaríamos para procurar na Internet um artigo semelhante ao nosso. Quanto à introdução, a mesma deve oferecer ao leitor o enquadramento para a leitura do artigo e deve esclarecer, de acordo com Alves e Arruda (2010, WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 s/p): http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA • a natureza do problema cuja resolução se descreve no artigo; • a essência do estado da arte no domínio abordado (com referências bibliográficas); • o objetivo do artigo e sua relevância para fazer progredir o estado da arte; • indicação dos métodos usados para atacar o problema; WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA • descrição da forma como o artigo está estruturado. Em sendo e de acordo com as orientações e normas do Instituto INE/FACCREI, na introdução: 1. a questão-problema deve vir no primeiro parágrafo (1 parágrafo); 2. em seguida, relacione e comente os objetivos do trabalho (1 parágrafo); 3. na sequência, relate de forma objetiva as justificativas para a realização do trabalho sobre aquele assunto e sua motivação pessoal (1 parágrafo); 4. nos parágrafos seguintes, coloque as definições e informações acerca do assunto, em linhas gerais, sem muito aprofundamento (2 a 3 parágrafos); 5. continue o texto relacionando e dialogando com os autores que te dão sustentação teórica, citando-os e conversando com eles, bem como, comentando rapidamente a metodologia utilizada na pesquisa (2 a 3 parágrafos); 6. utilize de uma citação no mínimo e no máximo três; 7. no último parágrafo relate e analise as hipóteses aventadas e que serão comprovadas ou refutadas na pesquisa (1 parágrafo); 8. não deixe espaços entre os parágrafos, nem espaços em branco entre as seções do Artigo; 9. antes de enviar, faça correção gramatical e ortográfica de todo o texto. Já o corpo do artigo, aqui chamado de desenvolvimento, deve descrever ao longo de vários parágrafos, todos os pontos relevantes do trabalho realizado. De acordo com as orientações e normas do Instituto INE/FACCREI este deve ser o item maior e mais importante do Artigo, pois, é onde você fará todas as considerações e debates sobre o tema da pesquisa. Nele você fará as novas definições e aprofundamento teórico no assunto abordado, utilizando os autores e suas obras, sempre que fizer alguma afirmativa. É nesse momento que se faz um detalhamento minucioso da metodologia (inclusive dizer se foram consultados, preferencialmente, livros e artigos de sites científicos). Este ponto será considerado, de acordo com o tipo de estudo desenvolvido. Trabalhos de campo serão analisados sob os critérios exigidos para este tipo de estudo (metodologia criteriosamente delineada e detalhada em todos os seus aspectos). Sugere-se, como Metodologia, a Revisão de Literatura. Os resultados do estudo devem ser relacionados (se for uma pesquisa bibliográfica, serãWoWaWs.IpNrEóEpArDia.sCOinMf.oBrRma–çõ(e3s1)ob3t2id7a2s-9n5o2s1 estudos consultados). http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA Este ponto será considerado, de acordo com o tipo de estudo desenvolvido. WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA Em seguida faz-se a discussão destes resultados (neste ponto, você pode fazer suas próprias intervenções, mas apenas comentando as informações que foram dadas, em forma de citações, na frase ou parágrafo anterior). Por exemplo: Em um texto informativo como este: “A linguagem seria então o motor do pensamento, contrariando assim a concepção desenvolvimentista que considera o desenvolvimento a base para a aquisição da linguagem”. (VYGOTSKY, 1991, p. 26). Você faz seu comentário pessoal a respeito dele, dessa forma: O disléxico apresenta dificuldades com a linguagem isso dificulta o desenvolvimento de sua aprendizagem e em função disso é necessário que o docente trabalhe de forma direcionada às dificuldades de cada aluno. (Comentário de aluno). Não deixe espaços entre os parágrafos, nem espaços em branco entre as seções do Artigo; É importante que você mantenha um diálogo científico e formal com os autores, citando-os sempre que fizer afirmações ou alegações que exijam essas afirmativas, pois, jamais podemos afirmar sem que autoridades no assunto nos deem suporte teórico. E nas considerações finais faz-se o fechamento do assunto com as suas próprias palavras, isto é, sem fazer citações, mas, sem dar opiniões. Nelas deve- se anunciar, claramente e de forma reduzida: • o que é que o trabalho descrito no artigo conseguiu e qual a suarelevância; • apenas o que foi efetivamente discutido no trabalho, tendo em vista os objetivos do estudo e os resultados encontrados, respondendo à questão proposta inicialmente na introdução; • as vantagens e limitações das propostas que o artigo apresenta; • as referências a eventuais aplicações dos resultados obtidos e; • as recomendações para trabalho futuro. Em trabalhos com assuntos que geram muita polêmica, você deve apresentar, ao longo do texto (Desenvolvimento), os pontos a favor e os pontos contra sobre o problema em questão e, nas Considerações finais, se posicionar, de maneira discreta, com relação a um ou outro ponto. Dessa maneira, você informará ao leitorWiWnWte.rIeNsEsEaAdDo.CsOoMb.reBRto–do(s3o1s) a3s2p7e2c-to95s2d1o problema, dará a sua http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 opinião na Conclusão e deixará que o próprio leitor opte por um dos lados. Elementos pós-textuais http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 maiúscula/minúscula para indicar a autoridade dos dados e/ou informações da Os elementos pós-textuais devem trazer em seu bojo: a) referências: elemento obrigatório, constituindo-se de uma lista ordenada dos documentos efetivamente citados no texto. (NBR 6023, 2000). Trata-se de uma listagem dos livros, artigos ou outros elementos bibliográficos que foram referenciados ao longo do artigo. De acordo com a ABNT (NBR 6023, 2000, p. 12) a ordem das referências pode ser numérica ou alfabética. O Instituto INE/FACCREI exige a ordem alfabética; b) apêndices: elemento opcional. “Texto ou documento elaborado pelo autor a fim de complementar o texto principal.” (NBR 14724, 2002, p. 2); A palavra é escrita em CAIXA ALTA, fonte 12, negrito e centralizado. A apresentação de mais de um apêndice deve seguir uma sequência. Exemplo: APÊNDICE A; APÊNDICE B; c) anexos: elemento opcional, “texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração.” (NBR 14724, 2002, p. 2); Observar a mesma formatação dos apêndices. d) agradecimentos: elemento opcional que, somente são aceitos quando dirigidos à instituições de fomento, que por ventura, tenham financiado o trabalho. Várias instituições de financiamento exigem, formalmente, que o seu apoio seja referido neste ponto. Mesmo que tal não fosse obrigatório, faz parte das regras de boa cordialidade científica mencionar, aqui, as instituições que apoiaram o trabalho. Se houverem ilustrações (quadros, figuras, fotos etc), as mesmas devem ter uma numeraçãosequencial. Conforme a ABNT, sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência do texto, em algarismos arábicos, do respectivo título, a ilustração deve figurar o mais próximo possível do texto a que se refere. (ABNT. NBR 6022, 2003, p. 5). Quanto à utilização de tabelas, conforme o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1993), estas devem ter um número em algarismo arábico, sequencial, inscritos na parte superior, a esquerda da página, precedida da palavra Tabela. Exemplo: Tabela 5 ou Tabela 3.5 Título: as tabelas devem conter um título por extenso, inscrito no topo da tabela, para indicar a natureza e abrangência do seu conteúdo. Fonte: a fonte deve ser colocada imediatamente abaixo da tabela em letra http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 tabela, precedida da palavra Fonte. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA • Indicativos dWeWsWe.çIãNoE:EéADo.nCúOmM.eBroR q–ue(3a1n)tec3e2d7e2-o9s5s2u1btítulos, grafado em Conforme a NBR 14724 (2002), deve-se usar a fonte 12 para o texto e para as referências. Para as citações longas, notas de rodapé, paginação, legendas das ilustrações e tabelas, usar tamanho menor, no nosso caso, utilizar a fonte 10. A NBR 6022 (2003) não orienta quanto a apresentação gráfica dos artigos de periódicos. Citação direta, com mais de três linhas deve ter destaque de 4 cm do parágrafo. A fonte deve ser menor do que a do texto. O espaçamento entre linhas deve ser simples. (NBR 14724 (2003). Nas referências, devem-se seguir as normas da ABNT, atentando para a ordem alfabética dos autores. No seu material didático existem vários exemplos e modelos de referências que devem ser consultados, quando da elaboração da sua lista. O espaçamento deve ser simples entre as linhas e duplo entre as referências. O alinhamento, das mesmas, deve ser à margem esquerda. O título é centralizado, em maiúsculas e negrito. Para concluir o trabalho, deve-se atentar para a formatação e estrutura do mesmo, dentro das normas exigidas pela instituição. Abaixo, segue a apresentação gráfica a ser seguida: • Papel: formato A4; • Fonte (letra do texto): Arial ou Times New Roman; • Margem direita: 2,0cm; • Margem esquerda: 3,0cm; • Margem superior: 3,0cm; • Margem inferior: 2,0cm; • Paragrafação para o texto: Justificado e com recuo de 1,25 cm na 1ª linha; • Texto das partes que compõem o corpo do Artigo: fonte tamanho 12, espaço entre linhas de 1,5 cm; • Nota do artigo, nota de rodapé, resumo e citações longas: fonte tamanho 10, espaçamento simples entre linhas; • Nota de artigo e citação longa: recuo de 4,0 cm da margem esquerda; fonte 10; • O Título do artigo, as palavras Resumo e Referências: fonte tamanho 12, CAIXA ALTA, negrito, centralizado; http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 números inteiros a partir de 1. Não se utiliza ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 indicativo. Os indicativos dos subitens do Desenvolvimento apresentam decimais (2.1, 2.2); • Subtítulos sem indicativo numérico: Resumo e Referências; • Subtítulos (Introdução, Desenvolvimento e seus subitens, Considerações finais): fonte tamanho 12, caixa baixa, negrito, alinhados à esquerda; Não se deve colocar ponto final no título, subtítulos, resumo, introdução, desenvolvimento, considerações finais e referências. Paginação: inicia-se a contagem a partir da primeira página textual. O número deve ser colocado no canto superior direito das folhas. Considerações finais Pretendeu-se que este trabalho proporcionasse, de forma muito sintética, mas objetiva e estruturante, uma familiarização com os principais cuidados a ter na escrita de um artigo científico. Para satisfazer este objetivo, optou-se por uma descrição sequencial dos componentes típicos de um documento desta natureza. Pensa-se que o resultado obtido satisfaz os requisitos de objetividade e pequena dimensão que pretendia atingir. Pensa-se também que constituirá um auxiliar útil, de referência frequente para o aluno que pretenda construir a sua competência na escrita de artigos científicos, bem como, a realização de seu TCC. Faz-se notar, todavia, que ninguém pode se considerar perfeito neste tipo de tarefa. A arte de escrever artigos científicos constrói-se no dia-a-dia, através da experiência e da cultura. Assim, as indicações deste texto deverão ser entendidas como um mero primeiro passo, enquadrador, para uma jornada plena de iniciantes, mas, que por se só, não fará milagres e nunca terá fim. Após a confecção deste artigo espera-se que os alunos dos cursos de pós-graduação lato sensu desta instituição encontrem o suporte necessário para a confecção do TCC (Artigo científico), no que tange aos aspectos de elaboração, formatação e estrutura, dentro das normas e especificações da ABNT e de acordo com os autores de metodologia científica citados, bem como da própria instituição. A instituição pretende continuar buscando e oferecendo, aos seus alunos, ferramentas de apoio que possibilitem a verdadeira apreensão dos conceitos relativos à prática da ciência e sua divulgação, atendendo ao dispositivo legal que http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 exige a produção científica nas instituições de ensino superior. http://www.ineead.com.br/ INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. _. NBR 6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro, 2002. ___ _. NBR 6024: Informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003. _. NBR 6028: resumos. Rio de Janeiro, 1990. _. 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