Buscar

genetica 1


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

GENÉTICA 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Fernanda Eliza Toscani Burigo 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
As bases da hereditariedade e os trabalhos de Gregor Mendel 
A Genética é o ramo da Biologia que estuda a hereditariedade, ou seja, 
relaciona-se à transmissão de caracteres ao longo das gerações. É fundamental 
para a compreensão de diversos fenômenos e está intrinsecamente relacionada 
aos estudos da Evolução e da Biologia Molecular, permitindo as correlações 
entre as áreas e ampliando a possibilidade de resoluções e explicações para 
elas. Além disso, está presente no nosso cotidiano, pois, além de abordar os 
caracteres hereditários – permitindo a compreensão das nossas origens –, 
possibilita-nos entender e identificar diversas doenças, buscando o tratamento 
e/ou a cura para elas. 
O estudo da Genética também está intimamente ligado aos trabalhos do 
monge Gregor Mendel, que conseguiu, a partir de estudos com ervilhas, 
evidenciar a hereditariedade de algumas características da planta, 
comprovando-as por meio de análises estatísticas. A partir de seus estudos, 
Mendel postulou a 1ª e a 2ª Lei de Mendel, em 1866, as quais traduziam suas 
conclusões. No entanto, Mendel morreu no anonimato, sem obter o 
reconhecimento de seus trabalhos. 
A partir de 1900, os trabalhos de Mendel são redescobertos e iniciam uma 
nova perspectiva na Genética. Thomas Morgan, em conjunto com outros 
geneticistas e alunos, demonstram que os genes ocupam posições específicas 
no cromossomo, desenvolvendo o primeiro mapa cromossômico em moscas de 
fruta (Drosophila melanogaster). 
Entretanto, ainda não havia o conhecimento da composição dos genes, 
fato que foi elucidado por Watson e Crick, em 1953, ao descreverem a estrutura 
da molécula de DNA. A partir desse fato, inicia-se uma nova era: a Genética 
Molecular. 
Nesta aula, destacaremos a história da Genética, a 1ª Lei de Mendel e as 
variações no modelo mendeliano, além de abordar conceitos importantes para a 
compreensão dessa ciência. Trabalharemos ainda as heranças dos grupos 
sanguíneos e suas aplicações cotidianas. 
São objetivos desta aula: 
 
 
3 
• Reconhecer a história da Genética e dos trabalhos de Gregor Mendel no 
pioneirismo do desenvolvimento desse ramo da Biologia, bem como os 
conceitos básicos aplicados à Genética. 
• Reconhecer a importância dos trabalhos de Gregor Mendel na construção 
das bases da genética clássica; 
• Conceituar cromossomos homólogos, genes alelos, genes dominantes e 
recessivos, geração parental e filial, segregação de cromossomos e a 
formação de gametas na meiose, dentre outros conceitos importantes. 
• Descrever os principais experimentos de Gregor Mendel com as ervilhas, 
conceituando a 1ª Lei. 
• Identificar as variações no padrão de herança mendeliana. 
• Compreender a herança dos alelos múltiplos, exemplificada 
principalmente pela herança do sistema ABO. 
• Contemplar a herança do fator Rh, abordando a eritroblastose fetal. 
• Resolver problemas da 1ª Lei de Mendel, herança do grupo sanguíneo 
ABO e fator Rh, utilizando o quadro de Punnet e heredogramas. 
TEMA 1 – A HISTÓRIA DA GENÉTICA 
1.1 Mendel, o pai da Genética 
É impossível falar em Genética sem abordar a história de Gregor Mendel, 
conhecido como o pai da Genética (Figura 1). Johann Mendel – seu nome de 
batismo – nasceu em julho de 1822 em um pequeno povoado na Áustria. Após 
ingressar para a ordem dos agostinianos, em 1843, e ser nomeado sacerdote 
em 1847, mudou seu nome para Gregor. Entre 1851 e 1853, estudou História 
Natural pela Universidade de Viena, adquirindo importantes conhecimentos para 
a execução de seus projetos. Desenvolvendo seus experimentos com as 
ervilhas, com técnicas de polinização aprendidas durante seus estudos, fez 
descobertas fantásticas sobre a hereditariedade, respondendo a várias questões 
sobre o tema. A escolha correta da planta e uma ponderada seleção de critérios 
foram fundamentais para o sucesso de Mendel. Suas ideias, muito avançadas 
para a época, não eram bem compreendidas, e suas pesquisas possuíam um 
nível estatístico elevado e com tanta exatidão que só poderiam ser atestadas 
com o advento de tecnologias modernas. 
 
 
4 
Figura 1 – Gregor Mendel, o pai da Genética 
 
Fonte: ROMANVS Roman Mojzis/Shutterstock. 
Mendel dedicou 10 anos de sua vida realizando cruzamentos entre 
dezenas de variedades de ervilhas, analisando sete diferentes características de 
cada uma, chegando a conclusões sobre os padrões de herança, traduzidos na 
1ª e na 2ª Leis de Mendel. Na 1ª Lei, ou monoibridismo, analisou somente uma 
característica por vez, concluindo que cada caráter é condicionado por um par 
de fatores (genes) que se separam na formação dos gametas. Já na 2ª Lei, ou 
Lei da Segregação Independente, observou dois ou mais caracteres, chegando 
à conclusão de que os fatores que determinam cada um deles se separam de 
forma independente durante a formação dos gametas e se recombinam ao 
acaso. Os trabalhos de Mendel sobre hereditariedade, importantíssimos nas 
percepções da Genética, não tiveram repercussão no meio científico da época. 
Sem estímulo para continuar e sobrecarregado com seus deveres 
administrativos no mosteiro, em 1868, ele abandonou por completo o trabalho 
científico. Sua obra permaneceu ignorada até o século XX, quando alguns 
botânicos, em pesquisas independentes, chegaram a resultados semelhantes e 
resgataram as Leis de Mendel. 
Johann Gregor Mendel faleceu em 1884, vítima de doença renal, na 
República Tcheca. 
1.2 A era pós-Mendel 
O biólogo inglês William Bateson, influenciado pelos trabalhos de Mendel, 
foi o responsável por propor o nome Genética, abordando-a como ciência da 
hereditariedade e da variação, durante uma conferência internacional de 
hibridização de plantas, em 1906. 
 
 
5 
O ano de 1900 marcou a redescoberta da Genética por diversos 
cientistas, os quais se apropriaram das descobertas de Mendel e as utilizaram 
para o desenvolvimento de novos estudos, incluindo a Genética de Populações, 
a Evolução e o mapeamento cromossômico, que possui Thomas Morgan como 
um de seus idealizadores, mapeando os genes da mosca Drosophila 
melanogaster, a mosca da fruta, um dos organismos mais utilizados nas análises 
genéticas. Morgan conseguiu comprovar que os genes se localizam em 
diferentes cromossomos e neles ocupam posições específicas. 
Até 1953, vários pesquisadores dedicaram a vida a explicarem as 
propriedades dos genes, demonstrando que alterações nesses genes 
(mutações) produziam mudanças nas vias metabólicas, concluindo que cada 
gene tinha informação para a síntese de uma proteína específica, propondo a 
teoria Um gene, uma enzima. Posteriormente, detectou-se que o DNA continha 
a informação do gene. Em 1953, James D. Watson e Francis Crick (Figura 3), 
com as contribuições de Rosalind Franklin (Figura 2), descreveram a estrutura 
do DNA – ácido desoxirribonucleico –, etapa fundamental para a compreensão 
do funcionamento dos genes. A partir de tal feito, estabelece-se o Dogma Central 
da Biologia, o qual indica que o DNA, capaz de se autoduplicar, é transcrito em 
uma molécula mais simples, o RNA, e traduzido em uma proteína. 
Apesar do conhecimento da dupla-hélice de DNA, ainda não era 
compreendido como as sequências de nucleotídeos codificavam proteínas; tal 
descoberta foi alcançada na da década de 1960, por Marshall Nirenberg, que 
marcou o início da Biologia Molecular. Com essa nova fase, novas pesquisas se 
encaminharam para a descrição dos genes e das proteínas que poderiam formar, 
iniciando a era da Engenharia Genética. Em 1998, foi codificada a primeira 
sequência do genoma de um eucariota multicelular, o Caenorhabditis elegans 
(espécie de nematódeo). Antes disso, em 1990, teve início o Projeto Genoma 
Humano, em cujas metas se incluem identificar todos os genes humanos e 
determinar a sequência doscerca de 3,2 bilhões de pares de bases que 
compõem o genoma humano. Em 2003, a sequência foi completa, com muito 
entusiasmo, embora só marcasse o início de novos trabalhos, como o Projeto 
Proteoma. Esse assunto será abordado com detalhes em aulas posteriores. 
Compreendendo o DNA como um “livro de receitas”, cujas informações 
funcionam como “receitas” para a produção de proteínas específicas, a Genética 
teve um avanço exponencial, permitindo o surgimento de áreas na Biologia como 
 
 
6 
a Biotecnologia e a Bioinformática. O desenvolvimento da tecnologia do DNA 
recombinante permitiu a manipulação dos genes, possibilitando a criação dos 
organismos geneticamente modificados (OGMs), importantes no tratamento e na 
prevenção de doenças, produção de novos medicamentos, plantas mais 
produtivas e microrganismos mais eficazes. 
Hoje, a manipulação genética é tamanha que se podem não só prever as 
características dos descendentes, como também selecioná-las e controlá-las. As 
técnicas de análise são cada vez mais eficientes e precisas, embora nos 
coloquem em dilemas éticos. Assim, associada ao desenvolvimento da 
Genética, outra ciência, a Bioética, também possui ascendência. Afinal, pode-se 
brincar de Deus? 
Figura 2 – Rosalind Franklin 
 
Fonte: Marusya Chaika/Shutterstock. 
Figura 3 – Watson e Crick 
 
Fonte: Marusya Chaika/Shutterstock. 
 
 
 
 
7 
 
TEMA 2 – CONCEITOS BÁSICOS DA GENÉTICA 
A Genética possui inúmeros conceitos relevantes para a sua 
compreensão. A seguir são listados alguns desses conceitos, em ordem 
alfabética, os quais serão de extrema importância para nossos estudos. 
Alelos: genes que ocupam o mesmo lócus (posição), em cromossomos 
homólogos (do mesmo par), e que determinam o mesmo caráter; apresentam de 
diferente a origem, pois um foi herdado da mãe e outro do pai. São variações de 
um mesmo gene. Cada caráter é determinado pelo menos por um par de genes, 
e cada par de genes vai determinar um caráter, podendo ser homozigoto (letras 
iguais – AA ou aa) ou heterozigoto (letras diferentes – Aa). 
Alelo dominante: aquele alelo que em heterozigose (Aa) expressa a sua 
característica e se sobrepõe à expressão do outro alelo. Basta um alelo 
dominante para que a característica seja expressa. 
Alelo recessivo: aquele alelo que em heterozigose (Aa) não manifesta a 
sua característica. Para se manifestar, precisa estar em dose dupla (aa). 
Autossomos: todos os cromossomos de um organismo que não estão 
diretamente relacionados à determinação do sexo. Na espécie humana são 22 
pares, não incluindo o XX feminino ou o XY masculino. 
Cromatina (Figura 4): quando a célula não está se dividindo, o DNA 
encontra-se na forma de filamentos, agregado a proteínas específicas (histonas). 
Cromossomos: alta compactação da cromatina, a fim de permitir a 
divisão celular, e máxima compactação na metáfase – melhor fase para a 
visualização dos cromossomos. Podem ser autossômicos ou sexuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Figura 4 – Relação entre DNA, cromatina e cromossomo 
 
Crédito: Designua/Shutterstock. 
Cromossomos homólogos (Figura 5): são considerados homólogos 
(homo = mesmo) entre si os cromossomos que, juntos, formam um mesmo par. 
São cromossomos que ocorrem aos pares (em células e organismos diploides), 
cada um deles herdado de um dos pais. Geralmente (excetuando-se os 
cromossomos sexuais) apresentam morfologia semelhante, forma e tamanho e 
carregam os mesmos loci. Num par, os dois homólogos possuem genes para os 
mesmos caracteres. Na célula-ovo ou zigoto, um cromossomo é herdado do pai 
e outro da mãe e ficam emparelhados. Existem, no ser humano, 46 
cromossomos nas células somáticas, sendo 23 pares de homólogos. Tais 
cromossomos são nomeados por números do 1 ao 22 e, para os cromossomos 
sexuais, letras X e Y. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Figura 5 – Ideograma demonstrando os pares de cromossomos homólogos na 
espécie humana 
 
Crédito: Robusta/Shutterstock. 
Cromossomos sexuais ou alossomos ou heterocromossomos: 
cromossomos envolvidos na determinação dos sexos; na espécie humana, o X 
e o Y. 
Crossing over ou permutação ou recombinação (Figura 6): durante a 
fase prófase I da meiose, ocorre troca de fragmentos entre cromátides-não irmãs 
de cromossomos homólogos. Aumenta a variabilidade genética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Figura 6 – Ilustração do crossing over 
 
Fonte: Fancy Tapis/Shutterstock. 
Cruzamento parental (P): cruzamento dos progenitores iniciais. 
Geralmente escolhemos dois homozigóticos, um dominante e outro recessivo, e 
os descendentes são todos heterozigóticos. 
Diploide (2n): ser vivo que contém duas cópias de cada gene, um 
herdado no cromossomo de origem paterna, presente no espermatozoide que o 
originou, e o outro herdado no cromossomo homólogo materno, presente no 
óvulo. 
DNA (Figura 7): contém informações vitais que passam de uma geração 
a outra. O DNA coordena a sua fabricação, assim como a de outros 
componentes das células, como as proteínas. Pequenas alterações do DNA 
podem ter consequências graves, e a sua destruição leva à morte celular. É um 
dos ácidos nucleicos, moléculas que contêm informações na célula (o ácido 
ribonucleico, ou RNA, é o outro ácido nucleico). É constituído por uma sequência 
de nucleotídeos. Cada nucleotídeo consiste em um açúcar (desoxirribose) ligado 
a um lado para um grupo de fosfato e ao outro lado para uma base nitrogenada 
(A, T, C, G). Os nucleotídeos unem-se, formando dois longos filamentos, os 
quais são complementares. Por isso dizemos que o DNA tem fita dupla. Mas as 
fitas não são lineares, adquirem forma de hélice (espiral). 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Figura 7 – Estrutura do DNA 
 
Fonte: Ody_Stocker; Zvitaliy/Shutterstock. 
Dominante versus recessivo: dominante refere-se à habilidade de um 
alelo em determinar o fenótipo de um indivíduo, independentemente do alelo que 
com ele parear-se-á (AA ou Aa). Recessivo indica a tendência de um alelo a não 
expressar fenótipo, a não ser que pareie com um do mesmo tipo (aa). 
F1 (primeira geração filial): descendência obtida do cruzamento 
parental. Se os pais forem homozigóticos, será formada por 100% de indivíduos 
heterozigóticos. 
F2 (segunda geração filial): netos do cruzamento parental, descendência 
obtida do cruzamento dos indivíduos da F1 entre si. 
Fenótipo: é a expressão da atividade do genótipo, mostrando-se como a 
manifestação visível ou detectável do caráter considerado. É o conjunto de 
características morfológicas, fisiológicas e comportamentais de um indivíduo. 
Como exemplo, temos a cor dos olhos, o tipo de sangue, a textura do cabelo. 
Importante ressaltar que a expressão do fenótipo depende do que está contido 
nos genes (genótipo) somado à ação do ambiente, ou seja, os fatores ambientais 
aos quais os genes são submetidos podem influenciar sua expressão. 
Genótipo: é a constituição genética de um indivíduo, a soma dos fatores 
hereditários (genes) que o indivíduo recebe dos pais, e que transmitirá aos seus 
próprios filhos. Não é visível, mas pode ser deduzido pela análise dos 
ascendentes e descendentes desse indivíduo. É representado por duas letras 
para cada caráter. 
A Figura 8 demonstra as relações entre genótipo, fenótipo e ambiente. 
 
 
12 
Figura 8 – Relações entre genótipo, fenótipo e ambiente 
 
Figura 9 – Genes localizados em cromossomos 
 
Fonte: Designua/Shutterstock. 
Gene (Figura 9): é a unidade hereditária presente nos cromossomos e 
que, agindo no ambiente, é responsável por determinados caracteres do 
indivíduo. É um segmento do DNA responsável pela síntese de um RNA 
mensageiro (RNAm) e, através deste, de uma proteína; assim, gene é uma 
região do DNA que controla uma característica hereditária especifica, como cor 
do cabelo, altura, forma de nariz e milhares de outros detalhes. Devemos 
entender claramente que é um segmento deDNA que, quando transcrito, gera 
uma molécula de RNAm. Esse RNAm, quando traduzido, forma uma molécula 
de proteína capaz de manifestar uma característica, detalhe capaz de identificar 
um organismo. Cada gene é representado por uma ou mais letras. Exemplos: A, 
a, cch, IA etc. 
 
 
13 
Genoma: o conjunto dos genes contidos em todos os cromossomos do 
indivíduo. O número de cromossomos varia de espécie para espécie, mas neles 
se localizam todos os genes. Esse conjunto de genes, típico de cada espécie, 
constitui o genoma. 
Heterozigoto (Figura 10): também chamado de híbrido (Aa), aquele 
indivíduo que tem dois alelos com informação contrastante, ou seja, diferentes. 
Homozigoto: ou puro (AA ou aa), o mesmo que linhagem pura, aquele 
que contém dois alelos iguais: ambos dominantes ou ambos recessivos, 
conforme demonstra a Figura 10. 
Figura 10 – Homozigotos dominantes, homozigotos recessivos e heterozigotos 
 
Fonte: Aldona Griskeviciene/Shutterstock. 
Lócus ou loco (Figura 11): local, ou posição constante, no cromossomo, 
onde se localiza um determinado gene em todos os indivíduos de uma mesma 
espécie. Loci é o plural de lócus. O posicionamento de um gene fora do seu lócus 
normal em um determinado cromossomo implica, quase sempre, uma mutação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
Figura 11 – Loci gênicos para homozigotos e heterozigotos 
 
TEMA 3 – 1ª LEI DE MENDEL E VARIAÇÕES NO MODELO MENDELIANO 
Antes de Mendel, vários pesquisadores tentaram decifrar as questões da 
hereditariedade, sem sucesso. Mendel o obteve em seus trabalhos devido a três 
fatores principais: 
• A escolha do material: ervilhas de cheiro (Pisum sativa); possuíam 
características que favoreciam sua análise e a interpretação dos 
resultados, tais como fácil cultivo, ciclo de vida curto, características bem 
definidas (facilmente perceptíveis), capacidade de autofecundação – 
flores hermafroditas e produção de grande quantidade de sementes. 
• Escolha de características constantes, analisando-as uma por vez. 
• Aplicação da estatística, estimando de forma matemática os resultados. 
3.1 A 1ª Lei de Mendel: lei da segregação dos fatores ou monoibridismo 
Mendel iniciou seus trabalhos utilizando somente plantas puras, ou seja, 
plantas cujos descendentes fossem sempre iguais (o que hoje chamamos de 
homozigotos). Para ter certeza disso, Mendel as analisava por cerca de dois 
anos; caso gerassem sementes distintas das parentais, não eram puras. Uma 
vez verificado que eram puras, ele selecionava uma característica a ser 
analisada, como a cor da semente, que pode ser verde ou amarela. Então, 
realizou o cruzamento entre plantas puras de semente verde e puras com 
semente amarela, constituindo o que denominou de geração parental (P). O 
resultado obtido nesse cruzamento, denominado de primeira geração filial, ou 
 
 
15 
F1, foi de todas as sementes serem amarelas. Como tinham sido geradas a partir 
da fusão de plantas de semente verde e plantas cuja semente era amarela (ou 
seja, pais diferentes), Mendel as chamou de híbridas. Então, promoveu a 
autofecundação entre indivíduos de F1, gerando a segunda geração filial, F2, 
obtendo como resultado três sementes amarelas para uma semente verde, na 
proporção fenotípica de 3:1. Vale considerar que a proporção genotípica obtida 
foi de 1:2:1, isto é, uma homozigota dominante para duas heterozigotas para 
uma homozigota recessiva. Analisando os resultados, Mendel concluiu que a cor 
verde era determinada por um fator recessivo, uma vez que não aparecia em F1, 
mas voltava a aparecer em F2, e a cor amarela era determinada por um fator 
dominante, pois aparecia em ambas as gerações e em maiores proporções. 
O experimento de Mendel pode ser resumido na Figura 12: 
Figura 12 – Resumo do experimento de Mendel 
 
Fonte: N.Vinoth Narasingam/Shutterstock. 
Mendel fez os mesmos experimentos com outras seis características das 
ervilhas, como textura da semente, cor da vagem, forma da vagem, altura da 
planta, cor da flor e posição da flor (Figura 13). Em todos eles, observou que 
uma das variações para cada característica sobressaía à outra (dominante x 
recessiva), além de obter sempre a mesma proporção fenotípica de 3:1, ou seja, 
três dominantes para uma recessiva. 
 
 
 
 
 
 
 
16 
Figura 13 – Sete características analisadas por Mendel 
 
Fonte: Emre Terim/Shutterstock. 
A partir dessas observações, Mendel chegou a algumas conclusões: os 
seres vivos são únicos, e cada par de fatores condiciona uma característica; pai 
e mãe contribuem, cada um, com a metade das características hereditárias; os 
fatores são transmitidos através dos gametas. Mendel não fazia ideia da 
constituição dos fatores nem de sua localização. 
Assim sendo, a 1ª Lei de Mendel, também chamada de lei da segregação 
dos fatores, pode ser enunciada da seguinte forma: “cada característica é 
determinada por dois fatores que se separam na formação dos gametas, onde 
ocorrem em dose simples”, ou seja, para cada gameta, masculino ou feminino, 
encaminha-se apenas um fator. 
O termo monoibridismo refere-se à análise isolada de uma única 
característica, que apresenta dominância completa, isto é, um gene ou fator 
predomina (domina) sobre o outro. No próximo tópico, abordaremos situações 
que fogem à dominância incompleta, ou seja, são variações para a 1ª Lei de 
Mendel. 
 
 
17 
3.2 Variações na 1ª Lei de Mendel 
A abordagem de um par de genes envolvidos na determinação de uma 
característica pode sofrer alterações, ou seja, não seguir os padrões observados 
por Mendel. Na dominância completa, o alelo dominante predomina sobre o 
recessivo, fazendo com que o alelo recessivo só se expresse em homozigose. 
Algumas dessas variações são: codominância, semidominância ou dominância 
incompleta; alelos múltiplos ou polialelia; pleiotropia e alelos letais. A maioria 
delas será abordada nesta aula; no caso da pleiotropia, será enfatizado em aulas 
posteriores. 
a) Semidominância ou dominância incompleta: nesse caso, os dois 
alelos são expressos simultaneamente, embora um deles não produza a 
proteína, sem predominância do alelo dominante, produzindo um fenótipo 
intermediário; nenhuma das características pode ser bem delimitada – 
ambas se sobrepõem. Nesse caso, não se usa letra maiúscula para 
representar o alelo dominante nem letra minúscula para representar o 
alelo recessivo. O exemplo mais conhecido é o da flor maravilha (Mirabilis 
jalapa). Nessa flor, podem-se observar três fenótipos: vermelha, 
determinada pelo genótipo CVCV; branca, determinada pelo par de alelos 
CBCB (que não produzem pigmentação); rosa, oriunda da expressão 
simultânea do alelo CV e do CB, que refletem em um fenótipo 
intermediário. Nesse caso, o heterozigoto sempre terá um fenótipo 
diferente dos homozigotos; por isso, semidominância. Fazendo-se os 
cruzamentos conforme Mendel, a geração parental (P) seria composta por 
plantas puras vermelhas e puras brancas. Em F1, observou-se que todos 
os descendentes possuíam um genótipo diferente do parental, ou seja, 
eram da cor rosa. Realizando-se o autocruzamento entre F1, analisou-se 
o seguinte resultado: a cada quatro flores, uma era vermelha (CVCV), duas 
eram rosa (CVCB) e uma era branca (CBCB). Desse modo, a proporção 
genotípica permaneceu a mesma – 1:2:1; houve alteração na proporção 
fenotípica, que, de acordo com os experimentos de Mendel, era 3:1, mas, 
nesse caso, como não há dominância, permaneceu 1:2:1, ou seja, uma 
vermelha, duas rosa e uma branca. A Figura 14 resume o experimento e 
as observações: 
 
 
18 
Figura 14 – Semidominância ou dominância incompleta 
 
Fonte: Emre Terim/Shutterstock. 
b) Codominância: nesse caso, também não há relação de dominância entre 
os alelos envolvidos. Ambos se expressam simultaneamente, e, 
diferentemente da semidominância, pode-se observar a contribuição de 
cada alelo para o genótipo. Em heterozigose,ambos são expressos, 
produzindo um fenótipo intermediário. Um exemplo clássico dessa 
herança é a cor da pelagem de bovinos da raça Shorthorn. Indivíduos cuja 
pelagem é avermelhada possuem o genótipo CVCV, ao passo que os 
brancos possuem genótipo CBCB. O cruzamento entre seres 
avermelhados e brancos produz um terceiro tipo de pelagem: o malhado, 
no qual os seres são heterozigotos (CVCB) e expressam simultaneamente 
os dois alelos, o que pode ser percebido através das manchas de 
coloração distintas, como demonstra a Figura 15. 
 
 
 
 
19 
Figura 15 – Padrões de coloração dos gados da raça Shorthorn 
 
Fonte: Ballygally View Images/Shutterstock. 
Caso seja feito o cruzamento entre os heterozigotos, observar-se-á a 
seguinte proporção fenotípica: um avermelhado para dois malhados para um 
branco (1:2:1), que é igual à proporção genotípica. Novamente, há diferença na 
proporção fenotípica descrita por Mendel. O quadro ao lado resume os 
cruzamentos dos gados Shorthorn. 
Figura 16 – Cruzamentos dos gados Shorthorn 
 
Fonte: SunshineVector/Shutterstock. 
 
 
20 
Outro exemplo importante de codominância é a herança do sistema ABO 
(Figura 17) e do sistema MN, heranças dos grupos sanguíneos. A possibilidade 
do fenótipo sangue AB se deve ao fato de os alelos IA e IB serem codominantes, 
ou seja, ambos são expressos e produzem suas proteínas na membrana 
plasmática das hemácias. Da mesma forma, a herança do sistema MN, pouco 
abordada devido ao fato de não provocar rejeições, pode gerar três fenótipos, M, 
N ou MN, pois a combinação de alelos M e N, devido à codominância, produz 
um fenótipo intermediário. A herança dos grupos será abordada com detalhes 
no Tema 4. 
Figura 17 – Codominância e sistema ABO 
 
Fonte: Designua/Shutterstock. 
c) Alelos múltiplos ou polialelia: Mendel descreveu somente dois alelos 
(duas variações de um mesmo gene) para determinar cada característica; 
no entanto, observou-se que algumas características podem ter mais 
variações de alelos, determinando-as, o que se chama polialelia. Ao longo 
dos processos evolutivos, alguns genes sofrem mutações, gerando novas 
variedades. São vantagens da polialelia o maior número de fenótipos e o 
aumento da variabilidade genética. Um caso de alelos múltiplos é a 
pelagem de coelhos, para a qual há quatro alelos determinando-a: C, cch, 
ch e c. A combinação desses alelos aleatoriamente permite a formação 
de quatro fenótipos possíveis: selvagem ou aguti, chinchila, himalaio e 
 
 
21 
albino. Cada variedade é determinada por um alelo diferente. Existe uma 
relação de dominância decrescente entre os alelos: C ˃ cch ˃ ch ˃ c. A 
Tabela 1 resume os possíveis fenótipos e genótipos para a cor de 
pelagem em coelhos: 
Tabela 1 – Cor de pelagem em coelhos 
 
Fonte: Fernanda Eliza Toscani Burigo. 
Outro exemplo importante de polialelia é a determinação dos grupos 
sanguíneos, que será influenciada por três alelos: IA, IB e i; as combinações entre 
esses alelos produz quatro fenótipos possíveis, como veremos no Tema 4. 
d) Alelos letais: alguns alelos, quando em homozigose, podem levar à 
morte do organismo. Por exemplo, em camundongos, a cor de seus pelos 
é determinada pelos alelos A e AY, que determinam as pelagens cinza e 
amarelada, respectivamente. No entanto, em homozigose, o alelo AY leva 
à morte do ser. Assim, o genótipo AYAY sempre será eliminado e não fará 
parte da proporção fenotípica; dessa forma, a proporção para alelos letais 
será sempre 2:1, ou seja, dois amarelos para um cinza. A Figura 18 
resume essas informações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
Figura 18 – Representação da ação dos alelos letais 
 
Fonte: A7880/Shutterstock. 
e) Pleiotropia: ocorre quando um único par de genes determina várias 
características. Por exemplo, em cebolas, o gene que codifica a cor 
vermelha também determina a produção de um fungicida natural. 
3.3 Heredogramas 
Os heredogramas, também denominados de genealogias ou árvores 
genealógicas, são formas de representação gráfica dos mecanismos de 
transmissão de caracteres ao longo das gerações, dentro de uma família. 
Permitem identificar as relações de parentesco, bem como as características 
hereditárias de uma família, permitindo o cálculo da probabilidade de 
determinado indivíduo apresentar uma característica ou doença genética. 
Para essa representação, alguns símbolos-padrão são utilizados, 
conforme demonstra a Figura 19: 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Figura 19 – Símbolos utilizados para a construção dos heredogramas 
 
A partir da análise do heredograma, pode-se identificar o padrão de 
herança de algumas características, podendo-se prever as probabilidades de 
transmissão de determinado caractere, classificando-a como recessiva, 
dominante ou ligada ao sexo. 
Nas heranças recessivas, as características geralmente aparecem em 
poucas gerações e indivíduos e nem sempre têm relação com o sexo do 
indivíduo. Pode ser identificada utilizando-se a seguinte dica: se houver pais 
normais com algum dos filhos afetados, tem-se que a herança é recessiva. Isso 
se deve ao fato de que os pais, sendo heterozigotos, podem transmitir – através 
de seus gametas – um alelo recessivo ao filho, que, em dose dupla, manifesta a 
característica. Analise o heredograma a seguir: 
 
 
24 
 
Os indivíduos II.3 e II.4, normais para a característica analisada, possuem 
um filho, III.7, portador da anomalia. Assim, conclui-se que, se a anomalia é 
recessiva, todos os indivíduos pintados de preto possuem a homozigose 
recessiva, por exemplo, aa. Com essa informação, é possível determinar o 
genótipo de todos os indivíduos, uma vez que os que não estão pintados devem 
possuir ao menos um alelo dominante, com os seguintes genótipos AA, Aa ou 
A_, quando não se tem certeza do genótipo, como é o caso do indivíduo III.6, 
que pode ser AA ou Aa; como não se tem certeza, deixa-se A_. Já o indivíduo 
que é filho de algum afetado ou possui descendente afetado, mas não possui a 
característica, necessariamente será heterozigoto, pois transmitiu ou recebeu o 
alelo recessivo. 
A Figura 20 retrata um padrão de herança recessiva: 
Figura 20 – Ilustração de um heredograma com característica recessiva 
 
Fonte: bbuilder/Shutterstock. 
No caso da herança dominante, a característica geralmente aparece com 
maior frequência, mas também não tem relação com o sexo do indivíduo. Nesse 
caso, pode-se detectar a herança dominante analisando-se o seguinte fato: pais 
afetados, com filhos normais, caracterizam a herança como dominante, 
 
 
25 
conforme pode ser observado no heredograma a seguir, no qual o indivíduo 14, 
normal, é filhos de pais afetados 12 e 13: 
 
Um exemplo clássico de herança dominante é a polidactilia, anomalia 
genética, na qual os portadores apresentam dedos a mais nas mãos e/ou nos 
pés. O polidáctilo tem um alelo dominante P, podendo possuir o genótipo PP ou 
Pp. Indivíduos normais são homozigotos recessivos, pp. Assim, para que o 
indivíduo 14 seja normal, pp, seus pais, polidáctilos, precisam ser Pp. Assim, 
todos os indivíduos não pintados são recessivos, e os pintados são PP ou Pp. 
Sempre que tiverem filhos normais, necessariamente serão heterozigotos. 
A herança ligada ao sexo apresenta outros padrões e será abordada com 
detalhes em aulas posteriores. 
3.4 Noções de probabilidade 
A aplicação de análises estatísticas possibilitou o sucesso nos trabalhos 
de Mendel. Dentre alguns conceitos importantes, o de probabilidade foi 
fundamental para a análise e as estimativas dos resultados obtidos em seus 
experimentos. 
Resumidamente, a probabilidade de determinado evento ocorrer é 
calculada a partir da divisão do número de eventos desejados pelo número total 
de eventos. Por exemplo, qual é a probabilidade de obter a face 3 no lançamento 
de um dado? A face 3 só pode ocorrer uma vez em um dado, sendo possíveis 
seis faces. Dessa forma, o número deeventos desejados é 1 (face 3), em um 
número de seis eventos possíveis, ou seja, 1/6. 
Importante ressaltar que a probabilidade retrata os resultados esperados, 
ou seja, a possibilidade de ocorrer determinado evento, mas não se refere 
exatamente aos dados obtidos na prática. Assim sendo, não se pode tratar de 
 
 
26 
certezas absolutas quando se trata de probabilidade, em especial, na 
abordagem da Genética. 
A seguir, algumas aplicações da probabilidade na Genética. 
a) Probabilidade de ocorrer um e outro evento (regra do e) 
Nesse caso, deseja-se saber a possibilidade de dois eventos ocorrerem 
simultaneamente, ou seja, de ocorrer um e outro evento, ao mesmo tempo. É a 
regra mais aplicada na Genética. Seguem dois exemplos: 
Qual a probabilidade de, no lançamento de dois dados simultaneamente, 
sair a face 3 em ambos (ou seja, em um e no outro)? 
A probabilidade de sair a face 3 em um dos dados é de 1/6; no outro, 
também. Assim, nesse caso, multiplicam-se as probabilidades. Portanto, 1/6 x 
1/6 é igual a 1/36. 
Na Genética, é muito comum o questionamento: qual a probabilidade de 
um casal heterozigoto ter um filho homozigoto recessivo e menina? Como 
sabemos, de acordo com os cruzamentos propostos por Mendel, o cruzamento 
entre heterozigotos gera 1/4 de indivíduos homozigotos recessivos. Já a 
probabilidade de ser menina será de 1/2, uma vez que só pode ser menino ou 
menina e há 50% de chance de ser menina. Assim, multiplicando-se as duas 
probabilidades tem-se: 1/4 x 1/2 = 1/8. 
b) Probabilidade de ocorrer um ou outro evento (regra do ou) 
Nesse caso, deseja-se saber a probabilidade de ocorrer um evento ou 
outro, que não ocorrem juntos. Assim, o cálculo dessa probabilidade se dá pela 
soma das probabilidades de cada evento. Por exemplo, qual é a probabilidade 
de sair o número 3 ou o número 6 em um lançamento de dado? Devem-se 
considerar os dois eventos: ou o número 3, ou o número 6. Como a 
probabilidade de ocorrência de cada evento é de 1/6, somando-se ambas 1/6 + 
1/6, obtêm-se 2/6, que é igual a 1/3. Na Genética, o cálculo das proporções 
fenotípicas é feito pela regra do ou. Por exemplo, qual é a probabilidade de 
ocorrer semente lisa? O fenótipo liso é determinado pelo genótipo homozigoto 
dominante, na proporção de 1/4 e pelo genótipo heterozigoto, 1/2. Assim, pode 
ser o indivíduo liso, pode ser homozigoto dominante ou heterozigoto – somando-
se as duas probabilidades, 1/4 + 1/2, obtém-se o resultado de 3/4. 
 
 
 
27 
 
TEMA 4 – HERANÇA DOS GRUPOS SANGUÍNEOS 
A herança dos grupos sanguíneos envolve três sistemas: sistema ABO, 
fator Rh e sistema MN. Cada um deles segue um padrão diferente, peculiar de 
herança, descrito a seguir. 
4.1 Sistema ABO 
O tipo sanguíneo é determinado pela presença de proteínas específicas 
presentes na membrana plasmática das hemácias; tais proteínas recebem o 
nome de antígenos ou aglutinogênios. A determinação proteica é promovida por 
origem genética, estando três alelos envolvidos na produção dessas proteínas 
(caso de polialelia): IA, IB e i. 
Os dois primeiros são codominantes entre si, mas dominam i. Assim, caso 
IA ou IB estejam presentes, expressam suas proteínas, gerando o fenótipo 
sangue tipo A ou tipo B, respectivamente. Caso IA e IB estejam presentes 
simultaneamente, produzem o fenótipo sangue tipo AB, conforme abordado 
anteriormente na codominância. E, se somente houver a presença do alelo i, em 
homozigose recessiva, tem-se o sangue tipo O, ou seja, não há a produção de 
aglutinogênios. 
Paralelamente à presença das proteínas nas hemácias, estão presentes 
no plasma os anticorpos, específicos para cada tipo sanguíneo, também 
denominados de aglutininas. Essas substâncias, ao entrar em contato com os 
aglutinogênios para os quais são produzidos, fazem com que as hemácias se 
grudem umas nas outras, aglutinando-as. Essa capacidade de aglutinação 
impede a circulação do sangue, criando coágulos dentro dos vasos sanguíneos. 
A Tabela 2 resume as informações sobre o sistema ABO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
Tabela 2 – Sistema ABO 
 
A Figura 21 permite observar os possíveis tipos sanguíneos de um bebê, 
de acordo com os fenótipos de seus pais: 
Figura 21 – Possíveis fenótipos de um bebê para o tipo sanguíneo 
 
Fonte: Designua/Shutterstock. 
4.2 Transfusões sanguíneas 
Para que as transfusões sanguíneas sejam realizadas, é necessário que 
haja compatibilidade entre o aglutinogênio presente na hemácia do doador e a 
aglutinina do plasma do receptor. Caso não haja tal compatibilidade, o anticorpo 
do receptor se ligará ao antígeno do doador, provocando a aglutinação do 
sangue, caracterizada pela formação de grumos, os quais promovem a 
obstrução dos vasos sanguíneos, podendo levar à morte. 
Indivíduos do sangue tipo O, por não terem aglutinogênios em suas 
hemácias, são considerados doadores universais, uma vez que podem doar para 
 
 
29 
todos os demais tipos sanguíneos. Já o sangue do tipo AB, por possuir ambos 
os antígenos, pode receber sangue de qualquer outro grupo, sendo 
denominados receptores universais. O Quadro 1 resume as possibilidades de 
transfusão de sangue, considerando-se somente o sistema ABO. 
Quadro 1 – Possibilidades de transfusão de sangue 
 
Para a transfusão, também se deve considerar o fator Rh. Indivíduos Rh 
negativos devem receber sangue somente de indivíduos também negativos, uma 
vez que, por não possuírem a proteína, caso recebam sangue do tipo positivo, 
poderão rejeitá-lo, levando à aglutinação. Portanto, o verdadeiro doador 
universal é o sangue tipo O negativo, e o verdadeiro receptor universal é o AB 
positivo. 
4.3 Fator Rh 
O fator Rh é um antígeno presente nas hemácias, descoberto a partir do 
sangue do macaco Rhesus. Ele indica se o sangue é positivo ou negativo, de 
acordo com a presença ou ausência da proteína, respectivamente. 
Esse fator foi descoberto em 1940, pelos cientistas Landsteiner e Wiener, 
através de experimentos envolvendo coelhos e macacos do gênero Rhesus, daí 
a origem do nome do fator Rh. Eles descobriram que, ao injetar o sangue do 
macaco nos coelhos, começava a produção de anticorpos para combater as 
hemácias introduzidas. Esses anticorpos foram denominados de anti-Rh e eram 
os responsáveis por aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. Em testes com 
o sangue humano, as pesquisas mostraram que determinados tipos de sangue 
possuem ausência do fator Rh, uma vez que os indivíduos apresentaram as 
hemácias aglutinadas pelo anticorpo Rh. Assim, surgiu a classificação como Rh 
https://www.todamateria.com.br/anticorpos/
https://www.todamateria.com.br/hemacias/
 
 
30 
positivas (Rh+) para as hemácias que aglutinaram, enquanto as hemácias que 
não se aglutinaram foram classificadas como Rh negativas (Rh-). 
A genética do fator Rh segue os padrões de dominância completa 
determinados por Mendel, sendo que um par de alelos determina se o sangue 
será positivo ou negativo. O alelo dominante R determina a produção da 
proteína, caracterizando o sangue como positivo, nos genótipos RR ou Rr, ao 
passo que a ausência da proteína é determinada pela homozigose recessiva do 
alelo r, ou seja, genótipo rr. É preciso reconhecer o fator Rh no momento de 
transfusões sanguíneas, uma vez que uma pessoa com Rh- não deve entrar em 
contato com o sangue Rh+, pois o organismo produzirá anticorpos para destruir 
a proteína desconhecida. 
Existe também o risco de problemas de incompatibilidade sanguínea 
durante a gravidez: uma mulher com Rh- grávida de uma bebê com Rh+ 
perceberá as hemácias do feto como um agente estranho, que poderão ser 
destruídas pelo sistema imunológico materno. Essa condição é conhecida 
por eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido. Na primeira 
gestação, anticorpos não são suficientes para causar danos ao feto. Mas, na 
segunda e nas próximas gestações, os anticorpos maternos destroem as 
hemácias fetais,provocando anemia, icterícia, insuficiência de órgãos e até 
morte. Assim, o ideal é aplicar na mãe, após o nascimento do primeiro filho, uma 
dose de anticorpos anti-Rh (destrói as hemácias fetais que invadiram o corpo 
materno, o qual não produzirá anticorpos). 
4.4 Sistema MN 
Além do sistema ABO e do fator Rh, outros dois aglutinogênios podem ser 
observados na membrana plasmática das hemácias: aglutinogênio M e 
aglutinogênio N. Esse sistema é menos destacado por não levar à aglutinação, 
uma vez que os anticorpos para esses antígenos não ocorrem naturalmente no 
plasma, só sendo produzidos quando há um estímulo. Nesse caso, há três 
fenótipos possíveis e três genótipos, já que os alelos M e N são codominantes. 
O Quadro 2 resume os genótipos e fenótipos para o sistema MN: 
 
 
 
https://www.todamateria.com.br/eritroblastose-fetal/
 
 
31 
Quadro 2 – Genótipos e fenótipos para o sistema MN 
 
 
TEMA 5 – RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS: 1ª LEI, VARIAÇÕES E GRUPOS 
SANGUÍNEOS 
Após a abordagem teórica, agora é hora de praticar. A seguir são listados 
vários exercícios, os quais contemplam os conteúdos abordados nesta aula. 
Alguns deles estão resolvidos na sua videoaula; para os demais, será 
disponibilizado o gabarito completo na sua sala. Vamos tentar resolver? 
1. (UEPG/adaptada) Utilizando conhecimentos básicos da Genética, 
assinale o que for correto. 
a) Sabe-se que a falta de melanina (albinismo) depende de um gene 
recessivo a. Se uma pessoa normal, filha de pai albino, tiver filhos com 
uma pessoa albina, a probabilidade de terem filhos albinos é de 75%. 
b) Se em cruzamentos entre ratos negros e brancos apenas são produzidos 
descendentes negros, não é possível afirmar que seus pais são 
homozigotos. 
c) Na hipótese do cruzamento de dois indivíduos portadores de um caráter 
dominante e letal, quando em dose dupla, a probabilidade para um 
descendente diferente dos pais é de 1/3. 
d) Um animal de pelo arrepiado é cruzado diversas vezes com outro de pelo 
liso, produzindo numerosas gerações, em que todos têm pelo arrepiado. 
Neste caso pode-se concluir que o pelo arrepiado é o caráter dominante. 
e) Se dois indivíduos normais têm um filho afetado por uma anomalia 
genética, pode-se concluir que essa anomalia é recessiva. 
2. (UFPR) Em ação de paternidade, um homem de renome internacional 
responde por alegação de ser pai de uma menina, fato que ele não 
 
 
32 
admite. Exames de sangue solicitados pelo juiz revelaram que a mãe 
era do grupo A, a menina do grupo B e o acusado do grupo O. Com 
base nesses dados, é correto afirmar: 
a) A criança não é filha do acusado de sangue O. 
b) Para uma decisão conclusiva, o juiz precisa ser informado dos grupos 
sanguíneos dos avôs e das avós da menina. 
c) A combinação de grupos sanguíneos apresentada não oferece ao juiz a 
possibilidade de chegar a qualquer conclusão. 
d) A menina é filha de um homem de sangue A. 
e) Com a combinação de grupos sanguíneos apresentada, o juiz só poderia 
chegar a uma conclusão se a criança fosse menino. 
3. Em determinado tipo de camundongo, a pelagem branca é 
condicionada pelo alelo dominante “A”, letal quando em 
homozigose. Seu alelo recessivo “a” condiciona a pelagem preta. 
Para os filhotes vivos de um cruzamento de um casal de 
heterozigotos, esperam-se quais proporções de camundongos de 
pelagem branca e preta, respectivamente? 
a) 2/3 e 1/3 
b) 3/4 e 1/4 
c) 1/2 e 1/2 
d) 1/3 e 2/3 
e) 1/4 e 3/4 
4. (UFSC 2011/adaptada) O heredograma abaixo mostra uma família em 
que encontramos indivíduos não afetados (quadrados e círculos 
brancos) e afetados por uma anomalia (quadrados e círculos pretos). 
Segundo a 1ª e a 2ª lei de Mendel, a análise do heredograma nos 
permite concluir corretamente que: 
 
 
33 
 
a) O padrão de herança da anomalia é autossômico dominante. 
b) O indivíduo III – 4 com certeza é heterozigoto. 
c) A chance de o indivíduo II – 3 ser heterozigoto é de 50%. 
d) Os indivíduos II – 1 e II – 2 são heterozigotos. 
e) Trata-se de uma herança, ligada ao sexo, de padrão recessivo. 
5. (ENEM/adaptada) Em um hospital havia cinco lotes de bolsas de 
sangue, rotulados com os códigos I, II, III, IV e V. Cada lote continha 
apenas um tipo sanguíneo não identificado. Uma funcionária 
resolveu fazer a identificação utilizando dois tipos de soro, anti-A e 
anti-B. Os resultados obtidos estão descritos no quadro. 
Quantos litros de sangue de cada tipo estavam disponíveis? 
A = ________; B = _________; AB = ____________; O = ____________ 
 
6. Desenhe um heredograma representando os seguintes dados 
genéticos: 
Um casal normal para visão em cores teve quatro filhos: três mulheres e um 
homem, todos normais, nessa ordem de nascimento. A primeira filha casa-
se com um homem normal e tem quatro crianças, todas normais, sendo duas 
mulheres, um homem e uma mulher, nessa ordem. A segunda filha casa-se 
com um homem normal e também tem quatro crianças: um casal de gêmeos 
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/06/heredograma.jpg
 
 
34 
– sendo só o menino daltônico, um menino normal e o último daltônico. Os 
demais filhos do casal ainda não têm descendentes. 
7. (UFPI 2006) Mendel estabeleceu que os genes podem existir em 
formas alternativas e identificou dois alelos, um dominante e outro 
recessivo. Entretanto, as pesquisas do início do século XX 
demonstraram que isso era uma simplificação. Sobre as interações 
alélicas, é correto afirmar: 
a) Um alelo é dito codominante se tiver o mesmo efeito fenotípico em 
heterozigotos e homozigotos, isto é, os genótipos Aa e AA são 
fenotipicamente indistinguíveis. 
b) A cor das flores em boca-de-leão é um exemplo de interação alélica, do 
tipo codominância, pois, quando cruzamos variedades homozigotas 
brancas e vermelhas, elas produzem heterozigotos rosa. O alelo para a 
cor vermelha (V) é considerado parcialmente dominante, em 
relação ao alelo para a cor branca (v). 
c) Uma exceção ao princípio da dominância simples surge quando um 
heterozigoto apresenta características encontradas em cada um dos 
homozigotos associados, sendo chamada de dominância incompleta. 
d) Um exemplo de interação alélica do tipo codominância é a herança dos 
grupos sanguíneos (sistema ABO e sistema MN). Nos heterozigotos, os 
dois alelos contribuem igualmente para o fenótipo. 
e) Conforme identificou Mendel, os genes podem existir em apenas duas 
formas alélicas, um dominante e outro recessivo, sugerindo uma 
dicotomia funcional simples entre os alelos. 
8. Nos coelhos, a cor preta dos pelos é dominante em relação à cor 
branca. Cruzaram-se coelhos pretos heterozigotos entre si, e 
nasceram 420 filhotes. Destes, qual o número de heterozigotos? 
(Demonstrar cruzamento) 
9. (PUC-RJ) Analise o seguinte heredograma de uma característica 
transmitida geneticamente. Com base nessa análise, indique a opção 
que apresenta a afirmativa correta sobre a herança da característica 
referida no heredograma. 
 
 
35 
 
a) É do tipo recessiva e autossômica porque o genótipo pode estar presente 
na prole de ambos os sexos sem estar presente nos pais. 
b) É do tipo dominante e autossômica porque o genótipo pode estar presente 
na prole de ambos os sexos sem estar presente nos pais. 
c) É do tipo recessiva e autossômica porque o número de indivíduos afetados 
é menor do que o de não afetados. 
d) É do tipo recessiva, ligada ao sexo, porque todo progenitor masculino 
afetado transmite a característica para as suas filhas. 
e) É do tipo dominante ligada ao sexo porque todos os filhos homens herdam 
a característica da mãe. 
10. (Med. Catanduva) Cruzando-se um galo branco com uma galinha 
preta, sendo ambos homozigotos para seus respectivos caracteres 
e com ausência de dominância, obtêm-se em F1 100% de indivíduos 
azuis. Do cruzamento dos indivíduos de F1, obtém-se em F2 a 
seguinte relação fenotípica: 
a) 25% pretos, 50% azuis, 25% brancos 
b)25% pretos, 25% azuis, 50% brancos 
c) 25% brancos, 25% azuis, 50% pretos 
d) 25% brancos, 75% pretos 
e) 25% brancos, 75% azuis 
 
 
 
 
36 
NA PRÁTICA 
Assista ao documentário A Origem da Genética. Disponível em: 
<http://biologo.com.br/bio/documentario-a-origem-da-genetica/>. Acesso em: 25 
set. 2019). 
Para concretizar um importante conceito da Genética, desenvolva um 
heredograma da sua família com base em alguma característica peculiar dela, 
ou algum outro fator, como grupo sanguíneo, albinismo ou polidactilia. 
Desenvolva um material complementar (fôlder, cartaz, meme ou flyer 
digital), conscientizando sobre a importância da doação de sangue, suas regras 
e seus impedimentos. Se possível, divulgue-o em escolas ou postos de saúde 
de sua região. 
Pesquise sobre a substância H e sua relação com o efeito Bombaim – 
falso O. Quais são as implicações desse fenótipo? 
Desenvolva um mapa conceitual destacando os principais conceitos da 
genética. Faça desenhos ilustrando-os ou pesquise imagens. 
Genética requer prática. Resolva a lista de exercícios extras, disponível 
em sua sala. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, abordamos alguns tópicos muito importantes para a 
compreensão da Genética: 
• História da genética clássica e molecular; 
• Conceitos básicos, a serem utilizados em toda a disciplina; 
• 1ª Lei de Mendel e as variações nas proporções mendelianas; 
• Polialelia e a herança dos grupos sanguíneos; 
• Resolução de exercícios. 
O infográfico a seguir resume os principais tópicos de nossa aula: 
 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GENÉTICA
HISTÓRIA DA 
GENÉTICA
HERANÇA DE 
GRUPOS 
SANGUÍNEOS
VARIAÇÕES NA 
1ª LEI
1ª LEI DE 
MENDEL
CONCEITOS 
BÁSICOS
 
 
38 
 
REFERÊNCIAS 
BORGES-OSÓRIO, M. R.; ROBINSON, W. M. Genética humana. 2. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2001. 
GRIFFITHS, A. J. F. et al. Introdução à genética. 9. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2009. 
LOPES, S.; ROSSO, S. Biologia. Volume único. São Paulo: Saraiva, 2005. 
PIERCE, B. A. Genética: um enfoque conceitual. 5. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
SANDERS, M. Análise genética: uma abordagem integrada. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2014. 
SNUSTAD, P.; SIMMONS, M. J. Fundamentos de genética. 4. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

Mais conteúdos dessa disciplina