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Registros_Eletrônicos_Saúde

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Registros Eletrônicos de 
Saúde
Sistemas para realizar a documentação clínica
Renato M.E. Sabbatini, PhD
O que é o prontuário do paciente
� Um local onde se possa registrar individualmente e 
permanentemente os fatos clínicos sobre cada
paciente, onde foi atendido;
� Tipicamente, um paciente têm muitos prontuários
distintos, disponíveis nos profissionais e instituições
que o atenderam ao longo da vida;
� O proprietário legal dos dados médicos é o paciente. Os
provedores de serviços de saúde detém apenas a 
guarda;
� O prontuário do paciente é obrigatório por lei, e é 
extensamente regulamentado por leis e resoluções do 
CFM e outros conselhos;
� Período de guarda: por 20 anos após o ultimo contato.
Coleta de Informações
Anamnese e Exame Físico
Análise e Interpretação
Queixa/Problema
Decisão
Diagnóstico/Prognóstico
Ação
Conduta/Prescrição
Registro
Resolveu?
Seguimento
Reavaliação/Desfecho
Alta
Processo Clínico e 
Informação
S
N
Estrutura do registro médico ambulatorial
Subjetivo Objetivo Avaliação Plano
Queixa
Problemas
HDA
HPP
HFA
Estilo de vida
Saúde mental
...
Exame físico
Revisão de
Sistemas
Sinais
Imagens
Laboratório
Observações
...
HD
Diagnósticos
Prognósticos
Etiologia
Decisões
...
Conduta
Prescrições
Solicitações
Orientações
Referências
...
Evolução
Seguimento
Resultados
Desfechos
Alta
...
Arquitetura DSOAPED: Demográfico antes de SOAPE e Documentos ao final
Prontuário do Paciente: O Centro de 
Tudo na Atenção Médica!
PPEpidemiologia
Assistência
Administração
Pesquisa
Ensino
Controle de
Qualidade
Apoio ao
Diagnóstico
Aspectos
Éticos e Legais
Contextos onde o prontuário é utilizado
Consultório Beira de leito UTI
Urgências Atenção domiciliar Telemedicina
Usos Principais do Prontuário do Paciente
�Documentação clínica individual – com papel OK
�Prescrições e pedidos médicos – com papel OK
�Controle de processos – com papel: difícil 
�Apoio à decisão médica– com papel: muito difícil 
�Comunicação e compartilhamento de dados com outros 
profissionais de saúde que atendem o indivíduo – com papel: 
muito difícil ou impossível
�Coleta de dados para pesquisa, controle, análise, epidemiologia, 
saúde populacional, etc. – com papel: impossível
Registros Eletrônicos de Saúde
� RES: todo registro eletrônico 
de informações onde consta a 
identificação da pessoa e 
dados de saúde;
� Reside em um banco de 
dados digitais;
�O desenvolvimento de um 
prontuário é uma tecnologia 
com bases científicas muito 
bem estabelecida, seja ele em 
papel ou eletrônico: não pode 
ser deixado ao acaso e com 
base em conhecimento 
insuficiente!
Funções do PEP
� O PEP deve residir em um sistema específicamente desenvolvido
para apoiar os usuários, proporcionando acessibilidade a dados 
completos e exatos, alertas, lembretes, notificações, sistemas de 
apoio à decisão clínica, vínculos ao conhecimento médico, entre 
outras;
� Recomenda-se que os profissionais e organizações de atenção à 
saúde adotem o PEP como um padrão único para o sistema de 
informação sobre os pacientes.
Institute of Medicine, 1991
Novos componentes do prontuário do 
paciente 
�Dados e informações geradas por 
dispositivos
�Monitoração de beira de leito
�Monitoração ambulatorial
� Sensores domésticos
� Importação de sinais, imagens e exames de 
laboratório
� Importação de medidores individuais
�Impossível implementar sem o PEP
Sistemas de comunicação de dados pela rede
�Resultados de exames 
diagnósticos
�Imagens e sinais
�Telemetria/monitoração
�Dados estatísticos e 
epidemiológicos
�Notificações de agravos
�Solicitações e autorizações
�Dados de faturamento
Alguns Benefícios do PEP
� Centralização de toda a informação clínica sobre o 
paciente em um único local, fornecendo acesso a 
todos os protagonistas da atenção de saúde
� Paciente é o proprietário das informações
� Melhoria da comunicação entre os profissionais de 
saúde
� É a base da telemedicina, do call center e da 
regulação, da gestão de doenças crônicas, etc.
� Ênfase na prevenção e na resolução de problemas
� Maior adesão a protocolos, 
� Apoio à decisão médica, sistemas baseados em
lógica
Alguns Benefícios do PEP
� Diminuição dos custos associados à repetição de 
exames e informação incompleta ou perdida
� Avaliação permanente da qualidade da informação
� Legibilidade e clareza
� Business intelligence, epidemiologia clínica, padrões
de prescrição e manejo de pacientes
� Avaliação de riscos, uso indevido ou excessivo, 
customização de planos de saúde
Forte crescimento da adoção de PEPs na 
última década
� Em Dez/2015, 87% dos consultórios e 96,5% dos hospitais nos EUA utilizavam 
algum tipo de PEP
Fonte: HealthIT.gov 2016
% Use of EHR in Physician’s Offices % Use of EHR
In Hospitals
Componentes do Sistema Digital de Informação Clínica 
Integrada
Exames de imagens
Patologia clínica
Monitoração
Anatomia patológica
Enfermagem
Terapias
Medicamentos
Cirurgias
História/Exame Físico
Custo
Volume
Sistema Assistencial Hierárquico: o Futuro das UNIMEDs
Auto-Cuidados
Ambulatórios de
Especialidades
Hospitais
Próprios
Hospitais
Conveniados
Atenção Domiciliar
Primária
Secundária
Terciária
Consultórios/Clínicas Regulação
Medicina Diagnóstica
Transporte
PEP
PHR
Telessaúde
Ambulatórios de Atenção 
Primária
Prescrição eletrônica de medicamentos
O médico
prescreve
eletronicamente
Comunicação direta
Registro no
PEP
O paciente recebe
Certificado Digital
� Gradativamente obrigatória para todas as 
empresas (e-CNPJ), cidadãos (e-CPF, RIC), 
médicos (CRM Digital) e outros 
profissionais;
� Permite dispensar o papel, o carimbo e a 
assinatura nas prescrições, laudos, história
médica, evolução, etc.;
� Identifica o usuário inambiguamente e sem
possibilidade de retratação;
� Protege a confidencialidade do paciente;
� Deve ser combinada com outras técnicas
de segurança, como senhas fortes, 
biometria, etc.
Justificativas para o uso dos certificados digitais em 
saúde
� A documentação clínica e administrativa que nasce e permanece eletrônica não tem garantia
de autenticação, integridade e confidencialidade, e não pode ser periciada;
� Os requisitos de NGS1 não são suficientes, tecnicamente, para assegurar isso (registros 
eletrônicos de dados podem ser alterados facilmente);
� Portanto, juridicamente é inaceitável como prova e evidência, que registros de saúde 
identificados não sejam protegidos de uma forma tecnicamente eficaz;
� Além disso, a segurança do paciente pode ser comprometida com a alteração e remoção de 
seus dados, uso malicioso, etc.;
� Consequência lógica: a transmissão e o armazenamento de dados em forma puramente 
eletrônica precisam ser protegidos, identificados e autenticados;
� O uso da assinatura digital é a única tecnologia aceita para dar essa garantia aos SRES.
CRM Digital
Certificação SBIS/CFM de Registros 
Eletrônicos de Saúde
� Parceria entre a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde e o Conselho Federal de 
Medicina em 2005;
� O Processo de Certificação SBIS/CFM destina-se, genericamente, a Sistemas de Registro
Eletrônico de Saúde;
� Abrange qualquer sistema que capture, armazene, apresente, transmita ou imprima
informação identificada em saúde
� Objetiva a melhoria da qualidade dos SRES e contribuir para a confidencialidade e 
privacidade das informações de saúde, garantindo a legalidade das informações;
� Um conjunto de normas e requisitos desenvolvidos pela SBIS, e uma metodologia de 
auditoria;
� É voluntária, porém pode se tornar obrigatória para PEPs puros;
� Lista publica de sistemas certificados.
Copyright desta apresentação
Copyright © 2019 Renato Marcos Endrizzi Sabbatini
Para todo o conteúdo de autoria própria. Proibida a reprodução, 
distribuição e comercialização por quaisquer meios, eletrônicos
ou impressos, sem a autorização por escrito do autor.
Versão 1 – 19 Agosto 2019
Contato do autor: renato@sabbatini.com