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O Evangelho do Reino de Deus

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AULA 06 
 O EVANGELHO DO REINO DE DEUS. 
 
O Evangelho Cruciforme. 
 
 O movimento que o Messias iria fazer para esmagar a cabeça da serpente promoveria uma 
ferida em seu corpo (Gn 3:15). 
 
 A remissão dos pecados não aconteceria sem sofrimento; não existe obra messiânica sem 
martírio. 
 
 Deus revela ao homem a consequência de não obedecer aos limites que ele estava impondo 
(Gn 2:16-17). 
 
 A maldição da morte afetou toda a Criação e a humanidade por consequência da 
desobediência. 
 
 Como o Senhor lida com esse problema do pecado: matando um animal inocente para cobrir 
a vergonha do homem, e revela o método que usaria para redimir a obra do pecado. 
 
 Na história da relação de Deus com a humanidade, o Senhor estabelece um ritual chamado 
expiação que consistia em animais que eram mortos para cobrir o pecado do povo de Deus, 
e isto comunicava e prefigurava a realidade do Messias, o Servo sofredor (Lev 16:18-22) 
 
 Animais inocentes morriam no lugar de um povo pecador para pagar o salário do pecado que 
é a morte. 
 
 Nesse ritual existem duas figuras que apontava para Cristo: o sangue derramado e o bode 
expiatório. 
 
 Jesus era o bode expiatório, Ele foi aquele que nunca pecou, não havia culpa alguma sobre 
Ele; Aquele que ao mesmo tempo era o sumo sacerdote que intercedeu diante da 
humanidade, o bode expiatório que tomou sobre si todos os pecados da humanidade e era o 
Cordeiro que derramou seu sangue para aplacar a ira de Deus para fazer expiação e trazer a 
paz entre os homens e Deus. 
 
 
 
 Deus estabeleceu uma lei, e alguém tinha que pagar a conta da desobediência; no jardim foi 
um animal, mas o suficiente sacrifício foi o de Jesus (Hb 9:22). 
 
 Por esse motivo, João Batista declara “esse é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” 
(Jo 1:29); Ele removeria a maldição da morte sobre o mundo. 
 
 O homem morre espiritualmente por estar separado e destituído da glória de Deus. 
 
 Jesus pagou a dívida do pecado e trouxe paz e reconciliação entre Deus e os homens por meio 
do seu sangue na cruz (Cl 2:13-15/Cl 1:20-22) 
 
 O pecado de Adão abre a porta da morte e traz todo tipo de desordem; mas o sacrifico de 
Jesus abre a porta da vida e inicia um processo de ordenação e alinhamento. 
 
 A desobediência de Adão estabelece o caos sobre a Criação; mas a obediência do filho do 
Homem, Jesus, é a obra justificadora que destrói os efeitos do pecado, não apenas sobre o 
homem mas sobre todo o Cosmos. 
 
 Quando o sangue de Abel é derramado, ele clama por justiça diante de Deus (Gn 4:10-11); 
tudo que envolve violência, injustiça e derramamento de sangue na história da humanidade 
por causa da influência do pecado na Criação, o sangue dessas pessoas clamavam por justiça 
a Deus. 
 
 Mas o sangue da nova aliança clama mais alto e melhor que o sangue de Abel (Hb 12:24); o 
sangue de Jesus clama por misericórdia. 
 
 Agora todo aquele que deposita sua fé em Jesus recebe purificação de seus pecados. 
 
 Cristo é o Servo sofredor – os quatro cânticos do Servo sofredor (Is 42:1-7; 49:1-6; 50:4-9; 
52:13-15 a 53:1-12): 
 
 O servo escolhido e ungido com o Espírito para trazer justiça às nações (Is 42:1). 
 
 Mediador da aliança com o povo de Deus e luz dos gentios, para abrir os olhos dos cegos 
e tirar da prisão dos encarcerados, aqueles que habitam em trevas (Is 42:6-7). 
 
 Aquele que iria atrair os remanescentes de Israel de volta para Deus (retorno físico, moral 
e espiritual) e se tornar salvação para todas as nações da terra (Is 49:6). 
 
 
 
 O servo determinado a ser fiel em sua entrega sacrificial, se oferecendo de forma 
voluntária e convicta para cumprir o plano redentivo do seu Deus e Pai (Is 50:6-7). 
 
 Na primeira estrofe do "cântico" em Is 52:13-15, detalha o mistério do Servo, pois revela 
o paradoxo da primeira e da segunda vinda. 
 
 Isaías na segunda estrofe (53:1-3) descreve a rejeição do Servo; o seu sofrimento não foi 
apenas físico, mas também na alma. 
 
 A obra da expiação na obra do Messias é descrita na terceira estrofe (53:4-6). 
 
 A submissão e humilhação é enfatizada na quarta estrofe (53:7-9); Jesus sofreu calado. 
 
 A quinta estrofe (53:10-12) é sem dúvidas o clímax de todo o "cântico", apontando para 
a exaltação do Servo; o preço do sangue de Jesus era um preço de resgate que comprou 
para Deus homem de toda tribo, raça, língua e nação; o resultado do seu sofrimento foi 
a justificação de muitos. 
 
Fábio Coelho, 2020.