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Normas e Procedimentos de Salvamento

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Dtz POP Nr 09 sobre o serviço, destaca-se:
• funcionamento do posto de guarda-vidas, educação física, início das atividades, detalhes quanto às refeições durante o serviço, sinalização dos ambientes aquáticos;
• uso de embarcações, aeronaves e quadriciclos, ronda na faixa de areia da praia, competências do oficial ronda de praia, relatórios, permanência no posto de salvamento, uniforme, assuntos burocráticos, declarações à imprensa, atendimento ao público, área de atuação, manutenção do posto e de materiais, atribuições do Coordenador de Praia, atribuições do Chefe do posto e fechamento do posto.
Os Guarda-vidas Civis Voluntários, conforme previsto na Lei Nr 13.880, de 04 dezembro de 2006, “executarão suas atividades sempre supervisionados e em conjunto com 1 (um) ou mais bombeiros militares, aos quais estarão disciplinarmente subordinados”.
O Código de Conduta dos Guarda-Vidas Civis Voluntários é aprovado e regulamentado pela Portaria Nº 234/2020/CBMSC.
Este é o tipo de prevenção é caracterizado pela SOBRASA como prevenção reativa, haja vista que representa a REAÇÃO do guarda-vidas frente a um risco iminente. Ocasionalmente é feito de modo individual, outras vezes, com o auxílio do apito; a prevenção pode alcançar diversas pessoas simultaneamente. As demais formas de prevenção são classificadas pela SOBRASA como prevenção ativa. Estas são caracterizadas por serem ações indiretas voltadas a redução dos afogamentos, por exemplo, restringindo o acesso de banhistas a locais de maior risco, sinalizando os locais de risco e mantendo ativo e em funcionamento o serviço de guarda-vidas num determinado balneário.
Nos locais de atuação do CBMSC, a área a ser protegida pelo efetivo de serviço em um posto de salvamento é de 200 (duzentos) metros para cada lado, onde serão executadas as rondas e prevenções a partir do posto de salvamento.
Uma das missões da equipe em ronda embarcada é fiscalizar e impedir que embarcações
com propulsão a motor se aproximem das praias aquém dos 200 (duzentos) metros permitidos pela legislação da Marinha do Brasil.
A ronda a pé é realizada pelo GVCV sempre de forma individual. Durante sua realização, o GVC deve sempre estar devidamente uniformizado (short, camiseta e cobertura/chapéu) e obrigatoriamente portando seu apito, par de nadadeiras e um
flutuador - equipamentos de proteção individual e essenciais para o trabalho preventivo e para a realização de um possível resgate, respectivamente.
Dentre os destaques referentes à NORMAM nº 03, citamos a definição das áreas seletivas para navegação.
Acompanhe:
• as embarcações, dispositivos flutuantes, dispositivos aéreos e equipamentos de entretenimento aquático deverão respeitar os limites impostos para a navegação quando em atividades de esporte e/ou recreio nas proximidades de praias do litoral, canais, lagos, lagoas e rios, a fim de resguardar a integridade física de banhistas
e de mergulhadores;
• considerando como linha base, a linha de arrebentação das ondas ou, no caso de rios, lagos e lagoas onde se inicia o espelho d’água, são estabelecidos os seguintes limites, em áreas com frequência de pessoas:
a) embarcações utilizando propulsão a remo ou a vela poderão trafegar a partir de cem
(100) metros da linha base;
b) embarcações de propulsão a motor, utilizando dispositivos rebocáveis, acoplados ou
não, poderão trafegar a partir de duzentos (200) metros da linha base. As motos aquáticas empregadas no Serviço de Salvamento, como o Corpo de Bombeiros, estão isentas desta restrição;
c) embarcações de propulsão a motor ou a vela poderão se aproximar da linha base para fundear, caso não haja nenhum dispositivo contrário estabelecido pela autoridade competente. Toda aproximação deverá ser feita perpendicular à linha base e com velocidade não superior a 3 (três) nós (aproximadamente 5,56 Km/h), preservando a segurança das pessoas.
As praias arenosas oceânicas, podem ser divididas em três zonas, sendo elas:
a) Zona de arrebentação: é aquela porção do perfil praial caracterizada pela dissipação
energética da onda sobre a praia, de acordo com o seguinte processo: ao aproximar-se
de águas progressivamente mais rasas, as ondas incidentes tendem a instabilidade até
que a velocidade na crista da onda exceda a velocidade de grupo da mesma, ponto no
qual quebrará. Ratifica-se: evidências empíricas demonstram que a quebra ocorre quando a profundidade se aproxima da altura de onda, em praias arenosas.
b) Zona de surfe: é a zona que se estende da zona de arrebentação até o ponto onde a água atinge a praia. Sua caracterização em uma praia depende do tipo de quebra.
c) Zona de espraiamento: região da praia delimitada entre a máxima e a mínima excursão dos vagalhões sobre a face praial, destacada na Figura 4.
uma praia classificada como refletiva, por exemplo, numa dada janela de tempo, pode
apresentar características das praias intermediária se dissipativas. Acompanhe:
a) Praia Dissipativa: normalmente é formada por areia fina e a sua profundidade aumenta de modo gradativo no sentido da zona de espraiamento à zona de arrebentação. Por causa dessa inclinação muito suave, as ondas começam a quebrar relativamente longe da beira da praia. As praias dissipativas surgem da combinação de ondas grandes e areia fina. Possuem uma zona de surfe muito desenvolvida, muitas vezes com dois ou três bancos de areia paralelos à praia, com cavas rasas entre eles. A face da praia normalmente é composta por uma faixa de areia larga, a areia é firme, sendo possível transitar com veículos. As ondas são normalmente altas e do tipo deslizantes no banco de areia mais distante da praia, ou seja, na zona de arrebentação. Por vezes, estas ondas reformam- se dentro da zona de surfe. Esta é uma maneira da onda dissipar sua energia. A zona de surfe na qual esta dissipação de energia ocorre, normalmente é superior a 300m (trezentos metros), podendo alcançar os 500 m (quinhentos metros).
b) Praias Intermediárias: a mais visível característica das praias intermediárias é a presença de uma zona de surfe com bancos de areia e correntes de retorno. Normalmente possuem a faixa de areia mais extensa do que as praias refletivas. Apresentam ondas com altura entre 0,5m (meio metro) a 2,5m (dois metros e meio). Sua face praial é composta de material com granulometria média.
Possuem bancos de areia submersos como forma de armazenamento de sedimento na
zona de surfe, os quais estão associadas as correntes de retorno.
c) Praias Refletivas: elas são caracterizadas por escarpas, faixa de areia estreita e normalmente compostas por areia grossa e ondas baixas. Nestas praias, normalmente existe a presença de cúspides. Essas formações estão ligadas aos bancos transversais submersos, onde ao lado ocorrem correntes de retorno de baixa amplitude. A sua morfologia é um produto de vários fatores. As ondas baixas quebram numa profundidade rasa, a menos de um metro. Devido à areia grossa a praia torna-se íngreme, afundando rapidamente muito próximo à face da praia. Pelo fato das ondas quebrarem na face da praia, elas despendem toda sua energia numa distância muito curta. Muita dessa energia vai para a zona de espraiamento, deslocando uma grande quantidade de água e retornando muito rapidamente (refluxo) em direção ao mar. Isso
a caracteriza como onda refletiva, denominação estendida às praias onde elas ocorrem.
As praias refletivas não possuem zona de surfe ou quando possuem, é muito estreita.
a) Perigos das Praias Refletivas: devido às ondas pequenas e localizações muitas vezes protegidas, elas conferem uma relativa segurança para o banho.
Contudo, como qualquer superfície de água, principalmente se existir ondas e correntes, há a presença de perigos que podem causar problemas aos banhistas. No caso das praias refletivas, destacam-se os seguintes:
• Face da praia escarpada – Pode ser um problema para bebês, pessoas idosas e portadores de necessidade especiais;
• Forte fluxo e refluxo das ondas na face da praia – As ondas que chegam e voltam podem derrubar as pessoas que estão na zona de espraiamentoe arrastá-las para dentro do mar na sequência;
• Profundidade das águas – A ausência de bancos de areia significa que as águas são profundas muito próximo à margem, portanto aumentam os riscos para quem não sabe nadar e para crianças;
b) Perigos das praias intermediárias: justamente por serem intermediárias entre as praias refletivas e as praias dissipativas, essas praias podem apresentar um somatório de riscos. Dentre os quais destacam-se os seguintes:
• Correntes de retorno: são os pontos de maior risco nas praias, o que as faz ter um tópico especial a ser tratado logo em sequência, para que sejam compreendidas nos seus mínimos detalhes;
• Correntes longitudinais: as correntes próximas (paralelas) à beira da praia carregam a água para dentro das correntes de retorno;
• Quebra das ondas – Ocorre com mais força se a maré estiver baixa, muitas vezes como perigosos “caixotes”;
• Ondas altas: quando as ondas excedem 1 (um) metro, tanto a quebra da onda quanto as correntes são intensificadas.
c) Perigos das praias dissipativas: a largura da zona de surfe e as ondas associadas com a praia dissipativa mantêm a maioria dos banhistas próxima à margem e dentro da zona de surfe. Neste local ela é relativamente segura, apesar de não estar livre de algumas surpresas. As áreas no meio e fora da zona de surfe, são indicados somente para banhistas e surfistas experientes. Os perigos mais comuns associados a elas são as correntes de retorno e as correntes longitudinais, conforme já citados no item anterior, serão detalhados em tópico a seguir. Independentemente do tipo de praia, outros riscos podem estar associados ao banho de mar.
as fases do salvamento iniciam antes do mesmo ser posto em prática. Isso porque identificar a sua necessidade e estar pronto para realizá-lo, são ações primordiais para se realizar um salvamento, obtendo-se um bom resultado. Apresentamos a seguir as três fases do salvamento: aviso ou observação, planejamento e ação. 
Considerando que antes de identificar a ocorrência o Guarda-vidas deve estar em prontidão, a primeira fase do salvamento é caracterizada pela observação, reconhecimento ou recebimento de aviso do fato ocorrido.
PLANEJAMENTO - De acordo com a ocorrência identificada, o Guarda-vidas deverá analisar rapidamente a melhor maneira para realizar o resgate, decidindo a forma como irá atuar, o material a ser utilizado e se haverá necessidade ou não de auxílio de outros
Guarda-vidas.
AÇÃO - Consiste na realização do resgate propriamente dito. De acordo com o planejado, o Guarda-vidas colocará em prática a técnica de salvamento para realizar o resgate.