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Adaptação do crescimento e diferenciação tecidual ADAPTAÇÃO • Diferenciação celular- célula totipotente é indiferenciada (ainda não sabe quais funções vai exercer) • A célula especializada é diferenciada-> sabe sua função- adquiriu especialização/função 3 TIPOS DE CÉLULAS • CÉLULAS LÁBEIS: ciclam constantemente -> Estão em constante renovação e se dividem continuamente a fim de substituir células destruídas fisiologicamente - “velhas ” Alto índice MITÓTICO o Ex: célula epitelial está o tempo inteiro renovando • CÉLULAS ESTÁVEIS: ciclam mediante estímulos -> Quando estimuladas, apresentam capacidade proliferativa- se sofreu estímulo consegue ativar seu ciclo celular. Baixo Indice MITÓTICO o Ex: hepatócito- consegue crescer novamente em um ambiente cabível para desenvolver • CÉLULAS PERMANENTES: perdem a capacidade de ciclar -> NÃO se divide mais, não possui capacidade replicativa – Estágio Terminal de Diferenciação o Ex: cardiomiócito e neurônio • *as células lábeis estão em contanto ciclo, nascem e morrem a todo tempo • O neurônio e musculo cardíaco o ciclo para- as células ficam adormecidas- o musculo cardíaco nunca vai sofrer hiperplasia/hipoplasia, sempre vai ter hipertrofia • As células do hepatócito ficam no G0, e uma vez que são ativadas conseguem sair. PROLIFERAÇÃO E CICLO CELULAR • A proliferação celular é fundamental para o desenvolvimento, a manutenção do equilíbrio homeostático dos tecidos e a substituição de células mortas ou danificadas • G1: crescimento e pré síntese • S:síntese • G2: crescimento pós mitótico • M: mitose CONTROLE DO CICLO CELULAR • Quando há LESÃO DO DNA, o organismo a reconhece por meio de um sensor complexo formado por produtos de alguns genes à estimula a síntese da proteína p53, a qual estimula genes que codificam outras proteínas que param o ciclo em G1, S ou G2 ou induzem apoptose • Check point para dano do DNA: o gene p53 faz um alarme- sintetiza P53 que estimula outros genes para estimular outras proteínas. A p53 ativa proteínas supressoras, protoncogenicas -> pode brecar o ciclo ou acelerar- por isso é a guardiã. Faz o controle do DNA. • CDK (CYCLIN DEPENDENT KINASES) E CICLINAS - controlam a taxa de fosforilação de proteínas dentro do cenário da divisão celular • Para tornar-se uma célula cancerígena tem que multiplicar errado- o DNA se altera (por conta de sol, excesso de estimulação, excesso de hormônio etc)- quando tem alteração no DNA, na próxima multiplicação dela vem alterada, com cenário de independência de estímulo o Mitose atípica: célula sofreu dano e na próxima multiplicação já se altera. • Quem controla o ciclo celular? Quando há lesão organismo reconhece pela p53 e as ciclinas também são responsáveis pelo controle do DNA. DIFERENCIAÇÃO CELULAR • Ex: células normais do nosso corpo, por exemplo célula mamárias – a célula da mama adquire diferenciações celulares e sofre danos no DNA tornando-se célula neoplásicas, quando sofre dano no dna e foi alterada, mas é parecida com a célula que originou ela é conhecida como célula bem diferenciada (já sofreu alteração no DNA, porém é parecida com a de origem) • Bem diferenciada (para lembrar: bem parecida)- é o mais semelhante ao tecido de origem- faz as mesmas funções, mas ainda é bem parecida- é menos agressiva porque apesar da alteração do dna não faz funções tão diferentes. • pouco diferenciada/indiferenciada (para lembrar: pouco parecida) - não lembram o tecido de origem, são células imaturas- começa a ganhar novas funções. Pouco parecida com o local de origem- ainda que seja uma célula mamaria quando olhamos não reconhecemos, a célula multiplicou tanto que já não reconhecemos. • Quando já não reconhece mais= ANAPLASIA- célula completamente aberrante • Uma vez que alterou o dna da célula não tem mais controle sobre ela- se tem estímulo a célula adapta e se tira a célula volta, porém, ao alterar dna não tem como voltar ao normal • Alteração de tamanho: mudou volume o Atrofia/hipotrofia: perdeu volume o Hipertrofia: célula aumenta de tamanho, ganha volume • alteração em número: o hiperplasia • alteração de diferenciação: o metaplasia: estímulo alterou genes e modifica célula, porém não mexe no dna- se estímulo cessar os genes ficam inativados e célula volta ao que era anteriormente- altera diferenciação, mas não tem proliferação o se começa a ter estímulo mais agressivo (Ex: esôfago de barret)- a partir do momento que começa a receber ácido gástrico os genes começam a produzir algo que proteja o órgão. A célula de tanto estímulo começa a modificar-se para proteção, ganha função produzindo muco. *displasia: no robbins veio como neoplasia- faz parte de proliferação e diferenciação – por muito tempo foi considerada reversível porque estaciona, porem o que foi modificado não volta ao que era- e por isso é considerada como irreversível agora. CASO CLÍNICO • Cite e defina o processo adaptativo que ocorre no miocárdio, especificamente no ventrículo esquerdo. o Hipertrofia-> aumento de volume da célula acompanhada de aumenta das funções celulares devido a estímulo, começa a fazer síntese dos componentes básicos como proteínas, componentes estruturais etc. o Etiologia mais provável: obesidade, fibrilação atrial, hipertensão, fatores de crescimento, estímulo hormonal o Avc: é a consequência o A hipertrofia ocorre em aumento de demanda, crescimento e hormonal- precisa fornecer oxigênio e nutriente para suprir aumento do metabolismo- faz processo adaptativo ALTERAÇÕES DO VOLUME CELUL AR HIPERTROFIA: • aumento de volume é acompanhado de aumento das funções celulares -> contudo se sofrer agressão que resulte em diminuição da nutrição, do metabolismo e da síntese necessária para renovação de suas estruturas, a célula fica com volume menor (HIPOTROFIA) o ↑ do tamanho das células, que resulta no ↑ do tamanho do órgão afetado: ▪ Síntese de proteínas ▪ Incorporação de novos componentes estruturais intracelulares ETIOLOGIA DA HIPERTROFIA MECANISMO PARA OCORRENCIA DA HIPETROFIA • Fornecimento de O2 e de nutrientes para suprir o aumento de exigência das células; • Integridade das células, uma vez que células lesadas não se hipertrofiam; • Estímulo nervoso, em células musculares. MECANISMO BIOQUÍMICOS DA HIPERTROFIA CARDÍACA • O principal mecanismo que ativa a hipertrofia é o mecanismo de estiramento mecânico – o aumento da demanda do órgão • Os sensores mecânicos na célula detectam o aumento da carga -> ativam uma complexa rede a jusante de vias de sinalização, como a via da fosfoinositídio 3 quinase (PI3K)/AKT (considerada a mais importante na hipertrofia fisiológica, como a hipertrofia induzida por exercício) e vias iniciadas por receptores acoplados à proteína G (a1vadas por muitos fatores de crescimento e agentes vasoa1vos e consideradas as mais importantes na hipertrofia patológica) à estimulam a produção aumentada de fatores de crescimento • Hormônios e fatores de crescimento estimulam as vias • MECANISMO DE HIPERTROFIA: o Ação de estiramento mecânico o Hormônios o Fator de crescimento da célula AKT danificada não faz síntese como deveria e célula não aumenta de tamanho • Em casos extremos, pode ocorrer morte dos miócitos. O resultado final dessas alterações é a insuficiência cardíaca, uma sequência de eventos que ilustra como uma adaptação ao estresse pode progredir para lesão celular funcionalmente significativa, se o estresse não for aliviado CASO CLÍNICO - ETIOLOGIA • HIPERTENSÃO ARTERIAL -> SOBRECARGA HEMODINÂMICA POR AUMENTO DE PÓS CARGA DO VE • A senhora Oliveira, uma dona-de-casa de Guarulhos, com 78 anos de idade, branca, obesa grau I, hipertensa, portadora de hipercolesterolemia, com antecedentes de fibrilação atrial permanente e AVE prévio *na macroscopia: órgão estáaumentado/aumentou de volume * Na microscopia: aumento de volume de células • Os órgãos hipertróficos tornam-se aumentados de volume e de peso. As células mostram núcleo, citoplasma e organelas aumentados de volume; em células perenes (p. ex., miocardiócitos), surge poliploidia nuclear. • Dê outros dois exemplos de ocorrência dessa adaptação-> cardiomiopatia restritiva e hipertrofia uterina Etiologia: hormonal – sem hormônio o útero volta ao estado normal *rim: no da direta tem muitos cálculos e o da esquerda aumenta o volume para tentar compensar CASO CLÍNICO 2 • Paciente S.H., 56 anos, diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), vem perdendo a inervação muscular progressivamente devido a essa condição. Histórico: iniciou quadro de fraqueza muscular há 5 anos, houve piora progressiva e hoje apresenta dificuldade de deambulação, atrofia em mãos, MMSS e MMII. Eletroneuromiografia: sinais de desenervação em segmentos bulbar, cervical, torácico, lombar e para espinhal. • 01-Cite e defina o processo adaptativo nas fibras musculares esquelé2cas desse paciente. o Hipotrofia: redução do tamanho ou volume- por falta de indução do estímulo nervoso- perde substâncias • 02- Qual a etiologia dessa adaptação? o ELA- perda da inervação/condução nervosa • 03- Descreva as alterações macroscópicas e microscópicas das fibras musculares desse paciente. o Micro: fibra muscular está atrofiada, tem edema • 04- Dê outros dois exemplos de ocorrência dessa adaptação o Atrofia do timo e do testículo ATROFIA / HIPOTROFIA • Redução volumétrica adquirida de um órgão ou tecido às custas da redução do volume celular. • Alteração do volume celular • ↓ do tamanho celular p/ perda de substância celular • ETIOLOGIA • ↓ Carga de trabalho ↓ Perda da inervação ↓ Suprimento sanguíneo adequado (porém não ao ponto de gerar necrose) -> Nutrição inadequada -> Perda estimulação endócrina -> Envelhecimento MECANISMOS DA ATROFIA • Diminuição da síntese proteica com diminuição da atividade metabólica ou aumenta degradação através do sistema ubiquitina-proteossoma • Tem radical livre tem maior chance de trofismo diminuído A ela destrói o cenário neurológico, tem perda da inervação e gera hipotrofia. • Outro exemplo -> Perda da estimulação endócrina - > Menopausa resulta em atrofia fisiológica do endométrio, epitélio vaginal e mama- tomar cuidado com atrito físico *quando perde neurônio perde massa- vai diminuindo tamanho CASO CLÍNICO 3 *leucoderma: lesões esbranquiçadas na pele • Conforme próstata cresce “estrangula” a uretra- começa a urinar muito a noite e pouco jato. • 01- Cite e defina o processo adaptativo relacionado o caso o Hiperplasia: aumento do número de célula que aumenta o volume de órgão o A hiperplasia prostática é benigna • Etiologia: estímulo hormonal- testosterona estimula próstata a crescer. • Descreva as alterações macroscópicas e microscópicas observadas nesse órgão o Macro: aumento de volume, altera coloração-fica mais pálido o Micro: aumenta número de células de folículo. São os folículos que proliferam • 03- Dê outros dois exemplos de ocorrência dessa adaptação o Aumento mama na puberdade e hepatectomia; hemorragia aguda- medula repõe células hematopoiéticas; hiperplasia endometrial por excesso de estrogênio HIPERPLASIA • Aumento do número de células de um órgão ou de parte dele, por aumento da proliferação ou por diminuição da apoptose. Precisa de estímulo – se tira estímulo volta ao normal • ↑ do número de células em um órgão ou tecido em resposta a um estímulo: *viral: comum em HPV. • Embora hiperplasia e hipertrofia sejam processos diferentes, frequentemente elas ocorrem juntas e podem ser induzidas pelos mesmos estímulos externos. A hiperplasia somente ocorre em tecidos que contêm células capazes de se dividir- células lábeis, aumentando, portanto, o número de suas células. • ETIOLOGIA: o Fatores de crescimentos o Estimulação hormonal o Infecção viral • 1) Hiperplasia hormonal: Ex. epitélio glandular da mama durante gravidez • 2) Hiperplasia compensatória: Ex. transplante hepático- a hiperplasia compensatória ocorre no doador e receptor- quem comanda o proliferado do hepatócito é a presença de tríade portal- com oxigênio, nutrientes- • 3) Hiperplasia patológica: Ex. infecção por papilomavírus ou hiperplasia do endométrio- geralmente se dá por hormônios o A hiperplasia que perpetua é um solo fértil para proliferação com diferenciação celular- por isso tem que tratar MECANISMO DA HIPERPLASIA • A hiperplasia é o resultado da proliferação de células maduras- precisa de fator de crescimento, é induzida por fatores de crescimento, e em alguns casos o aumento ocorre pelo surgimento de novas células a partir de células-tronco teciduais • O próprio fator de crescimento gera a proliferação da célula As células hiperplásicas são finitas- se perde controle entra na displasia. MICROSCOPIA -> pode exibir nódulos hiperplásicos bem delimitados constituídos principalmente por um aumento dos seus componentes estromais e epiteliais (nódulos estrômatos-glandulares) HIPOPLASIA • Redução da população celular de um tecido, órgão ou parte do corpo • Padrão arquitetural básico mantido • Diminuição do ritmo de renovação celular e aumento da taxa de destruição das células • A hipoplasia patológica pode reverter • Timo ocorre hipoplasia • O tecido do endométrio fica fino • As hipoplasias patológicas mais importantes são a da medula óssea por agentes tóxicos ou infecções, a qual causa anemia aplásica/HIPOPLASICA- síndrome mielodisplásica CASO CLÍNICO 04 • MSG, homem, 55 anos, encaminhado ao ambulatório de gastroenterologia com história de pirose retrosternal há 3 anos, refere que anteriormente apresentava o sintoma de forma esporádica, porém, há mais ou menos 1 ano, a frequência e intensidade dos episódios aumentaram. Relaciona essa piora ao fato de ter ganhado 10 quilos nesse último ano. Nega náuseas, vômitos, regurgitação, odinofagia, halitose, dispneia e outros sintomas respiratórios. Histórico: refluxo gástrico Endoscopia digestiva alta: Esôfago de Barret • Cite e defina o processo adaptativo que ocorre no esôfago do paciente o Metaplasia • Descreva as alterações macroscópicas e microscópicas geradas por essa adaptação o Macro: mudança de coloração-vermelho salmão, edema • Dê outros exemplos de ocorrência dessa adaptação o Metaplasia do epitélio respiratório (química do cigarro muda a célula- combustão libera base nitrogenada METAPLASIA • Mudança de um tipo de tecido adulto (mesenquimal ou epitelial) em outro da mesma linhagem. Não tem alteração do DNA. Ocorre para proteger o órgão, mantendo sua função • Resposta adaptativa, em que um tipo de célula sensível a determinado estresse é substituído por outro tipo de célula com maior capacidade de resistir ao ambiente adverso. Alteração da diferenciação celular --> sinais vindos de citocinas, fatores de crescimento e componentes da mec presentes no ambiente extra-celular . • METAPLASIA DO ESOFAGO DISTAL = ESOFAGO DE BARRET DISPLASIA • Alteração da proliferação e redução ou perda de diferenciação celular • Esses termos descrevem alterações morfológicas reconhecíveis na diferenciação, que representam de maneira variada uma adaptação à lesão crônica (metaplasia), uma alteração pré maligna (displasia) ou uma neoplasia que ainda não causou invasão (carcinoma in situ): • Displasia à “crescimento desordenado” • É encontrada sobretudo nas células epiteliais e reconhecida com base em várias alterações morfológicas. • Exibem um considerável pleomorfismo e, com frequência, contêm grandes núcleos hipercromáticos, com alta razão núcleo:citoplasma. • Exibem uma desorganização da arquiteturae perda da diferenciação ordenada e polaridade tecidual. • Exibem figuras mitóticas de forma mais abundantes do que no epitélio escamoso normal e podem ser observadas em toda a espessura do epitélio displásico, em vez de estarem confinadas à camada basal, como normalmente é o caso. DISPLASIA vs CARCINOMA in situ • Quando a displasia é grave e acomete toda a espessura do epitélio, porém a lesão não penetra na membrana basal, é designada como carcinoma in situ • Embora a displasia possa ser um precursor da transformação maligna, ela nem sempre progride para o câncer. • Com a remoção das causas desencadeantes, até mesmo as displasias moderadamente graves podem estacionar em sua evolução Tem alteração de proliferação e diferenciação