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14/05/2021 – Esquistossomose (doença do caramujo)
Agente etiológico: Schistosoma mansoni (parasita)
Tipo de ciclo: Heteroxeno (precisa de um hospedeiro para ocorrer a doença - caramujo)
Hospedeiro Intermediário: Caramujo do gênero biomphalaria. Repro. Assexuada
Hospedeiro definitivo: Homem
Contágio: Penetração ativa da larva cercaria (larva que sai do caramujo na água)
Sintomas: disfunção do fígado e do baço (aumento do fígado e barriga-d’água), varizes no esôfago. Pode ser assintomática.
Profilaxia: Combate ao caramujo, saneamento básico, tratamento dos doentes.
 conhecido como mal do caramujo, xistose ou mal do caramujo.
Macho: mede cerca de 1 cm. Cor esbranquiçada com tegumento coberto de minúsculas projeções.
Corpo dividido em duas porções: anterior no qual encontramos a ventosa oral e a ventose ventral e a posterior que inicia logo após a ventral.
Fêmea: mede 1,5 cm. Cor escura devido ao ceco com sangue semidigerido, com tegumento liso.
Na metade anterior encontra-se a ventosa oral e o acetábulo, logo depois a vulva e o útero, e na metade posterior encontramos as glândulas vitelogênicas e o ceco.
Ovo: formato oval e na parte mais larga apresenta um espículo (espinho) voltado para trás.
O que representa um ovo maduro é a presença de um miracídio formado, visível pela transparência da casca. Forma usualmente encontrada nas fezes. 
Miracídio: apresenta em forma cilíndrica, com células epidérmicas onde se implantam os cílios que permitem movimentação no meio aquático. Forma de contaminação dos caramujos
Os caramujos específicos tem uma substância química que atraem os miracídios.
Cercária: possui cauda bifurcada, duas ventosas, a ventosa oral apresenta glândulas de penetração. Forma de contaminação do ser humano.
Cada miracídio tem capacidade de liberar milhares de cercarias para que algumas consigam sobreviver.
Se penetrar em outro animal o ciclo morre, só tem ciclo ativo no homem.
Patologia – Fase Aguda
– Início → 15 a 25 dias
– Exantema, prurido e outras reações alérgicas (10% sintomáticos)
– Febre, eosinofilia, linfadenopatia, esplenomegalia e urticária
– Processos inflamatórios discretos nos pulmões e coração
– Necrose tecidual → Desintegração do parasita
Sintomas: coceira e vermelhidão na pele aonde a cercaria entrou, sensação de estômago cheio, vômito, fraqueza, tontura, emagrecimento, mas a barriga continua grande, diarreia, prisão de ventre, mas pode não sentir nada.
Patologia – Fase Crônica
• Formação de granuloma
• Fibrose periportal
• Hepatoesplenomegalia: aumento do fígado
• Lesões cardipulmonares
• Lesões renais
• Lesões neurológicas – paralisia dos membros
• Barriga d’agua, fezes pretas (com sangue)
Diagnóstico laboratorial: exame de fezes, métodos imunológicos e biologia molecular (apenas para pesquisa).
Exame de fezes: Sedimentação espontânea: qualitativo e Kato – Katz quantitativo (padrão ouro).
Pesquisa de anticorpo: IGG e IGM (sorológico)
Epidemiologia: rio grande do norte até minas gerais alta intensidade
Controle: tratamento dos doentes (problemas), controle do molusco (drogas ou biológico) e saneamento básico e educação, não defecar próximo a água.
 
No ciclo da esquistossomose, o homem doente elimina ovos nas fezes. Na água, esses ovos eclodem e originam larvas ciliadas chamadas miracídios. Tais larvas invadem o caramujo Biomphalaria, em cujo interior reproduzem assexuadamente, originando outras larvas, chamadas cercárias, que são liberadas na água. Essas larvas são infectantes do homem e penetram pela pele, atingindo o sistema porta-hepático, onde se transformam em vermes adultos.
14/05/2021 + 21/05/2021 – Toxoplasmose (doença do gato)
Felídeos - únicos animais em que o protozoário pode completar o ciclo - hospedeiros definitivos (reprodução sexuada)
Outros animais (carneiro, cabras, porcos e aves) homem, apenas podem manter a fase assexuada - hospedeiros intermediários.
Felídeos são infectados ao ingerir o hospedeiro intermediário com Toxoplasma (rato) e isso faz com que eles eliminem oocistos imaturos nas suas fezes. Carne crua, fezes de outros gatos contaminados.
Formas Infectantes
1. Taquizoítos – são formas que se multiplicam rapidamente (forma proliferativa), que se encontram nos órgãos, linfa, sangue e secreções de animais na fase aguda da doença. Alongados.
2. Bradizoítos – são formas de lenta multiplicação, encontrados nos cistos teciduais, músculos, fígado, pulmão e cérebro que causam infecção latente ou crônica (forma cística).
3. Esporozoítos (oocistos) – são encontrados nos oocistos, que se formam exclusivamente no intestino do gato e felino silvestres (infectados).
Agente etiológico: taxoplasma ou taxoplasma gondii
Transmissão
• Hospedeiro intermediário
– Cães, porcos, carneiros, bovinos, ratos, coelhos, humanos
– Transmissão ao serem caçados ou consumidos
• Hospedeiro definitivo: gato
– Uma só evacuação: 2 a 20 milhões de oocistos (20 gramas de fezes)
– Permanecem infectados por um ano
Gestante passa para o feto: preocupante.
Ciclo biológico
• Hospedeiro intermediário: fase assexuada
• Ingestão de:
– oocistos maduros contendo esporozoítos
– taquizoítos presentes no leite
– bradizoítos presentes na carne crua.
• Intensa multiplicação intracelular após instalação no epitélio intestinal.
• Diferenciação para taquizoítos
• Rompimento celular e liberação de novos taquizoítos no sangue e linfa (fase aguda)
• Desenvolvimento da imunidade e eliminação das formas extracelulares.
• Evolução das formas intracelulares para a forma cística – bradizoítos (fase crônica)
Diagnóstico laboratorial.
• Hospedeiro definitivo, completo: Fase coccidiana
• Ocorre nas células epiteliais do intestino delgado dos gatos e outros felídeos não imunes
• Ingestão de:
– Oocisto com esporozoítos eliminados por outros felinos,
– Bradizoítos presente na carne de roedores
– Taquizoítos presentes no leite (não ferve antes), macrófagos, etc .
Penetração no epitélio intestinal do gato
• Multiplicação por merogonia (assexuado).
• Formação de meronte dentro do vacúolo parasitóforo contendo merozoítos
• Rompimento do meronte , liberação de merozoítos que infectarão outras células
• Diferenciação dos merozoítos para as formas sexuadas: gametócitos masculinos e femininos
Produção de microgametsa (masculino) e macrogametas (femininos)
Liberação dos microgametas intracelulares que irão fecundar outros macrogametas e
produzir ovo ou zigoto
• Formação de parede cística: produção do oocisto
• Rompimento celular e liberação do oocisto imaturo nas fezes
Patogenia
• Doença febril: febre e manchas pelo corpo como sarampo ou rubéola;
• Podem haver sintomas localizados nos pulmões, coração, fígado ou sistema nervoso;
• Linfadenite: presença ínguas;
• Doença ocular: é a doença mais comum no paciente com boa imunidade, inicia com dificuldade para enxergar, inflamação, podendo até terminar em cegueira.
Toxoplasmose neonatal:
– infecção que ocorre no feto quando a gestante fica doente durante a gravidez,
– podendo ser sem sintomas até fatal dependendo da idade da gestação;
– quanto mais cedo se contaminar, pior a infecção.
Os achados comuns são:
– prematuridade,
– baixo peso,
– coriorretinite pós-maturidade,
– estrabismo,
– icterícia e hepatomegalia.
Se a infecção ocorre no último trimestre, o bebê pode apresentar, principalmente:
– pneumonia,
– miocardite ou hepatite com icterícia,
– anemia, plaquetopenia,
– Coriorretinite (inflamação da coróide e retina – edema e opaca),
– ausência de ganho de peso ou é assintomático.
Se ocorreu no segundo trimestre, o bebê pode:
– nascer prematuramente,
– mostrando sinais de encefalite com convulsões,
– pleocitose (gl brancos) do líquor e calcificações cerebrais.
• Pode aparecer a Tétrade de Sabin:
microcefalia com hidrocefalia, coriorretinite, retardo mental e calcificações intracranianas.
• Se ocorreu no primeiro trimestre, aborto
Aspectos Epidemiológicos
•A toxoplasmose é uma zoonose muito importante freqüente em nosso meio.
• Pode-se afirmar que esta zoonose é de distribuição universal, sem preferência de sexo ou raça.
• Alguns autorescitam que um terço da população mundial está afetada.
• A grande maioria dos infectados estão de forma crônica e assintomática.
• Estudos sorológicos nos Estados Unidos estimam que 30% dos gatos e 25 a 50% dos seres humanos encontram-se infectados.
Período de incubação:
• De 10 a 23 dias, quando a fonte é a ingestão de carne;
• De 5 a 20 dias quando se relaciona com o contato com
animais.
Vigilância epidemiológica
• A doença não é objeto de ações de vigilância epidemiológica, entretanto tem hoje grande importância para a saúde pública devido a sua associação com a SIDA e pela gravidade dos
casos congênitos.
Notificação
• Não é doença de notificação compulsória
21/05/2021 - Tênia (carne de porco e boi – solitária “miojo”) e Cisticercose 
Teníase: Alteração provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou T. saginata no intestino delgado do hospedeiro definitivo (humano).
Cisticercose: Alteração provocada pela presença da larva (canjiquinha) nos tecidos dos hospedeiros intermediários normais (suínos e bovinos). T.Solium
ASPECTOS GERAIS
- Classe: Cestoda;
- Ordem: Cyclophyllidea;
- Família: Teniidae – Taenia saginata (Goeze, 1782) eTaenia solium (Linnaeus, 1758) – “solitárias”
- Doença Teníase: Taenia solium e Taenia saginata
- Doença: Cisticercose: larvas de T. solium
- Homem como hospedeiro definitivo e obrigatório – reprodução sexuada
- Bovinos e suínos – hospedeiros intermediários – reprodução assexuada
Morfologia
• Apresentam formato de fita (achatado dorsoventralmente)
• Corpo segmentado dividido em três porções:
Escólex (cabeça) - órgão de fixação
T. solium - apresenta rostro e acúleos. São eliminados durante a defecação.
T. saginata - não apresenta rostro e acúleos São eliminados entre as evacuações, não gosta do ânus sujo. 
Os ovos saem nas fezes normalmente.
◼ Ovos:
Esféricos com 30 mm D;
Casca ou envoltório chamado Embrióforo;
Protege a Oncosfera ou Embrião;
Pneu + roda de automóvel;
Não distingui a espécie.
Biologia da Taenia sp.
Habitat
T. solium e T. saginata (adultos) parasitam o intestino delgado do homem;
Cisticerco de T. solium parasita tecidos subcutâneo, muscular cardíaco, cerebral, ocular em suínos e acidentalmente em humanos e cães;
Cisticerco de T. saginata parasita diversos tecidos de bovinos.
Transmissão
Teníase:
Ingestão de carne de porco crua ou mal cozida com cisticercos de T.solium;
Ingestão de carne bovina crua ou mal cozida com cisticercos de T.saginata;
Mecanismos de infecção da cisticercose humana
1-Auto-infecção externa: Maus hábitos de higiene e coprofagia;
* Obs: Apólice (saída dos proglotes grávidos) ➔ T. solium - passiva (sai com as fezes); T. saginata - ativa (no intervalo das fezes);
2-Auto-infecção interna: Ativação das oncosferas pelo suco gástrico provocados por movimentos retroperistálticos; proglotes grávidos > retorna para o estômago > intestino delgado > libera oncosfera > completa o ciclo (músculo);
3-Heteroinfecção: Mais comum. Por ingestão de alimentos ou água contaminados por ovos de T. solium;
Patogenia e Sintomatologia
◼ Cisticercose:
- Homem é o hospedeiro intermediário acidental;
- Cisticercos no tecido: subcutâneo, músculo esquelético, cardíaco, base da lingua, globo
ocular e SNC;
- Ação mecânica: deslocamento e compressão do tecido;
◼ Neurocisticercose:
- Cisticerco
◼ Absorvido;
◼ Calcificado (15%): permanece por anos;
- Cefaleia intensa, crises convulsivas epiléticas, pertubações mentais, paralisias etc.
◼ Cisticercose Ocular:
- Cisticerco na retina (deslocamento);
- Processo inflamatório;
- Perda parcial ou total da visão;
- Exame de fundo de olho: cisticercos desenvaginado no interior do humor vítreo.
Sintomatologia
Teníase
Tonturas, náuseas e vômitos;
Apetite excessivo;
Perda de peso;
Alargamento do abdômen e dores abdominais;
Cisticercose
Cardíaca: palpitações e ruídos anormais;
Ocular: opacificação do humor vítreo, uveítes, perda parcial ou total da visão;
SNC: crise epilépticas, hipertensão craniana, cefaléias e distúrbios pisiquícos;
Diagnóstico
◼ Teníase:
-Exame de fezes ou fita gomada; Não diferencia a espécie;
- Proglotes: filtrar as fezes (fica retido no filtro); Diferencia a espécie.
◼ Cisticercose:
- Imunológico: pesquisa de AC anticisticercos no soro, LCR e humor aquoso;
- Fixação do complemento / ELISA / Imunoeletroforese;
- Ultrassonografia, Tomografia, Ressonância, Magnética e Radiografia.
Profilaxia
◼ Construção de fossas e redes de esgoto;
◼ Educação sanitária;
◼ Não ingerir carne mal passada;
◼ Inspeção sanitária em matadouros e frigoríficos;
◼ Proibir o comércio de animais abatidos em fazendas.
Tratamento
◼ Teníase:
Praziquantel: 10 – 15 mg/Kg (dose única);
Niclosamida: 2g adultos / 1g crianças;
Semente de abóbora (300g em água ou leite) + sentar- se em bacia com água ou leite morno. Tênia sai inteira.
◼ Cisticercose:
Neurocisticercose: Cirurgia ou Praziquantel /Albendazol (28 dias) + Corticosteróides + Anticonvulsivantes;
Ocular: Cirurgia.
Trichomonas e Amarelão
Amebiase e Giardia Filariose
 
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