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Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 1 BIOMECÂNCIA Sumário 1 BIOMECÂNICA ............................................... 2 1.1 Conceito ...................................................... 2 1.2 Gravidade .................................................... 2 1.3 Forças e Peso .............................................. 2 1.4 Leis de Newton ........................................... 3 1 ª Lei de Newton (Princípio da Inércia) ........... 3 2 ª Lei de Newton (Princípio Fundamental da Dinâmica) .......................................................... 3 3 ª Lei de Newton (Princípio da ação e reação) . 3 2 BIOCINEMÁTICA ........................................... 4 2.1 TRANSLAÇÃO X ROTAÇÃO ................. 4 2.2 MARCHA ................................................... 4 2.2.1 Ciclo da marcha ................................... 5 3 BIODINÂMICA ................................................ 8 3.1 Alavancas .................................................... 8 3.1.1 Interfixas ou 1ª classe .......................... 8 3.1.2 Inter-resistente ou 2ª classe ................. 8 3.1.3 Interpotente .......................................... 9 3.2 Equilíbrio .................................................... 9 3.3 Força de Atrito .......................................... 10 3.4 Lei de Hook (Coeficiente de Elasticidade) 11 Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 2 1 BIOMECÂNICA 1.1 Conceito No segundo grau, você aprendeu que mecânica é a parte da física que estuda o movimento dos corpos. Ela é classicamente dividida em CINEMÁTICA e DINÂMICA . Levando-se em conta que um corpo humano, por exemplo, apresenta uma variedade de movimentos, podemos definir que Biomecânica é a parte da biofísica que estuda as causas e os efeitos dos movimentos nos corpos biológicos. Podemos dividi- la em biocinemática: estuda o movimento dos corpos sem levar em conta suas causas. E biodinâmica que estuda as causas dos movimentos ou estática dos corpos. Especificamente para a biologia, a biomecânica é uma disciplina de grande importância, a análise da marcha humana desde o nascimento até a senilidade ou em condições patológicas diversas, a ação da força nos músculos, as diferentes formas de movimentos dos animais, o vôos dos pássaros, etc. 1.2 Gravidade Em qualquer instante da biomecânica está presente a ação do campo gravitacional. Tudo que tem massa cria em torno de si um campo chamado Campo Gravitacional. Qualquer corpo que possua massa “m” que penetre nesse campo será atraído por uma força F dada pela fórmula: 2 . d mM GF G = 6,67.10-11 N.m2.kg-2 O campo gravitacional tem certa influência sobre o organismo: Formação e desenvolvimento embrionário Desenvolvimento de ossos e músculos Ação no sistema circulatório (pressão) Ação sobre vísceras e órgãos (ptose, herniais, etc.) Envelhecimento (ação sobre a pele e outros) Ex 1. Qual a importância do conhecimento do campo gravitacional para a sua profissão? Ex 2. Que importância teria um profissional da área Biológicas/Saúde para a NASA (Agência Espacial Norte Americana)? 1.3 Forças e Peso Forças – são interações entre corpos, causando variações no seu estado de movimento ou deformação. Força Resultante – É a soma vetorial de todas as forças que agem sobre um corpo. Massa – é a quantidade de matéria de um corpo: grama (g), quilograma (kg) e outras unidades de massa). Peso – é a força de atração gravitacional que a Terra exerce sobre um corpo. Sendo “m” a massa do corpo e “g” a aceleração da gravidade, podemos aplicar o princípio fundamental da Dinâmica e obter o peso P do corpo. 1.3.1.1 1.3.1.2 P = m. g O Peso de um corpo é uma grandeza vetorial e tem direção vertical orientada para o centro da Terra e cuja intensidade depende da aceleração da gravidade. Note que peso e massa são grandezas diferentes. A massa de um corpo não depende do local onde ele se encontra, o peso depende. Ex 3. Por que o volume das vértebras aumenta seu diâmetro no sentido de cima para baixo? O quilograma-força é uma unidade de força muito utilizada na medida de pesos. 1kgf é o peso de um corpo de massa 1 kg num local onde a gravidade é normal 9,8 m/s2. 1 kgf = 9,8 N F Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 3 Ex 4. A fim de forçar um dos dentes incisivos para alinhamento com os outros dentes da arcada, um elástico foi amarrado a dois molares, um de cada lado, passando pelo dente incisivo como mostra a figura a seguir. Se a tensão no elástico for de 15 N, quais serão a intensidade e a direção da força resultante aplicada no dente incisivo? 1.4 Leis de Newton 1 ª Lei de Newton (Princípio da Inércia) É a capacidade que um corpo tem de permanecer em seu estado, parado ou em movimento. Ex. – freada de um carro, andar de patins, voar de avião, etc. 2 ª Lei de Newton (Princípio Fundamental da Dinâmica) Um ponto material de massa m submetido a uma força resultante Fr adquire uma aceleração a na mesma direção e sentido da força. A resultante das forças aplicadas a um ponto material é igual ao produto de sua massa pela aceleração adquirida. Newton é a intensidade da força que, aplicada a massa de 1 Kg, produz na sua direção e no seu sentido uma aceleração de 1,0 m/s2. No sistema CGS a unidade de massa é o grama, a unidade de aceleração é o cm/s2 e a unidade de força é o dina (dyn). 3 ª Lei de Newton (Princípio da ação e reação) Quando dois corpos interagem aparece um par de forças como resultado da ação que um corpo exerce sobre o outro. Essa força é comumente chamada de ação e reação. O princípio de ação e reação estabelece a seguinte propriedade das forças decorrentes de uma interação entre os corpos: - “A toda ação corresponde uma reação, com a mesma intensidade, mesma direção e sentidos contrários”. Fr m a Fr = m . a Kg . m/s2 = N dyn = g . cm/s2 1 N = 105 dyn Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 4 2 BIOCINEMÁTICA É o ramo da Biomecânica que descreve o movimento de um corpo biológico, sem se preocupar com as forças ou torques que podem produzi-lo. 2.1 TRANSLAÇÃO X ROTAÇÃO 2.2 MARCHA Embora para uma pessoa saudável caminhar pareça fácil, o desafi o da deambulação pode ser reconhecido ao se observar os indivíduos nos dois extremos de vida. “Se um homem andar no chão, ao lado de uma parede com uma pena mergulhada em tinta presa à sua cabeça, a linha traçada pela pena não seria reta, mas em zig-zag, porque ela desce quando ele se inclina e se eleva quando ele fi ca ereto e se levanta.” Este registro inicial escrito por Aristóteles (384-322 a.C.) da observação da locomoção e numerosas pinturas e esculturas antigas de pessoas envolvidas no processo de caminhar, são o testamento da observação casual e detalhada da deambulação, que foi motivo de interesse ao longo da história. Os avanços no campo da cinematografia criaram um meio eficaz para estudar e registrar os padrões cinemáticos da locomoção dos seres humanos e dos animais. Muybridge pode ser a pessoa mais reconhecida do seu tempo a usar a cinematografia para documentar a sequência de movimentos. Ele também foi o mais famoso na resolução de uma antiga controvérsia a respeito de um cavalo trotando. Em 1872, usando uma sequência de fotografias, demonstrou que as quatro patas de um cavalo trotando estão, na verdade, simultaneamente fora da terra por períodos muito curtos de tempo. Muybridge criou uma impressionante coleção de fotografias sobre a marcha Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 5 humana e animal, que foi publicada inicialmente em 1887, e montada e reproduzida em 1979.133,134. Por meio de quatro câmeras (dois paresde câmeras de recodifi cação de movimento para cada lado do corpo) e vários tubos de luz ligados a vários segmentos do corpo, documentaram a cinemática da articulação em três dimensões. Eles também foram os primeiros a usar os princípios da mecânica para medir quantidades dinâmicas, como aceleração segmentar, propriedades inerciais segmentares e cargas intersegmentares (p. ex., torques articular e forças). Suas análises dos torques articulares, limitadas à fase de balanço da marcha, refutam o conceito anterior, sugerido por Weber e Weber em 1836, de que o movimento dos membros inferiores durante a fase de balanço da marcha pode ser explicado exclusivamente pela teoria do pêndulo passivo.201 Ao longo do século XX, a compreensão da locomoção foi bastante reforçada por muitos avanços científi cos. A instrumentação para documentar a cinemática evoluiu a partir de câmeras de vídeo simples, com fi lme que exigia análise minuciosa com uma régua e transferidor, a sistemas altamente sofi sticados de infravermelho, com o tempo real de dados coordenados dos segmentos do membro. Os pesquisadores notáveis que contribuíram para a descrição da cinemática da marcha com a utilização de uma variedade de técnicas de imagem incluem Eberhart,49 Murray,125,127 Inman,83 Winter204 e Perry.147 Notável é o trabalho de Murray, fisioterapeuta e pesquisador, que publicou vários artigos nos anos 1960, 1970 e 1980 descrevendo a cinemática de muitos aspectos da marcha normal e anormal (Fig. 15-3).126- 128,130,131,176 Entre outras realizações, os dados de sua pesquisa sobre a cinemática da marcha em indivíduos com defi ciência infl uenciou o projeto das articulações artificiais e próteses de membros inferiores. Da mesma forma, uma compreensão mais ampla da cinética da marcha foi possível através do desenvolvimento de dispositivos para medir as forças que ocorrem na interface pé-solo. Amar,2 Elftman,52 Bresler e Frankel17 e Cunningham e Brown38 realizaram contribuições significativas neste campo. Com a capacidade de medir forças entre o pé e o solo, surgiram métodos computacionais para calcular as forças e os torques que ocorrem nas articulações dos membros inferiores durante a fase de apoio da deambulação.145,166,206 O desenvolvimento da superfície e de eletrodos intramusculares promoveu a oportunidade para registrar a atividade elétrica dos músculos durante a marcha.62,181 Quando essa informação é integrada à cinemática da locomoção, o papel que cada músculo executa durante a marcha pode ser mais bem apreciado e mais objetivamente descrito. Muitos pesquisadores, incluindo Sutherland,179 Perry,147 Inman83 e Winter204 realizaram contribuições notáveis para o estudo da eletromiografia (EMG) durante a locomoção. Atualmente, a análise da marcha é realizada rotineiramente em laboratórios especializados de biomecânica (Fig. 15-4). Os dados tridimensionais cinemáticos são obtidos por meio de duas ou mais câmeras de alta velocidade sincronizadas. As forças de reação do solo são medidas com a utilização de plataformas de força embutidas no piso. Os padrões de atividade muscular são registrados por vários canais, muitas vezes, telemetria e sistemas eletromiográficos. Finalmente, as forças conjuntas dos membros inferiores, os torques e a potência são calculados com a combinação de dados cinemáticos, forças de reação do solo e características antropométricas do indivíduo (Fig. 15-5). Esses dados são então usados para descrever e estudar as marchas normal e anormal. 2.2.1 Ciclo da marcha Como tal, pode ser convenientemente caracterizada por uma descrição detalhada de sua unidade mais fundamental: um ciclo de marcha (Fig.15-6). O ciclo da marcha é iniciado a partir do contato do pé no chão. Como o contato do pé é feito normalmente com o calcanhar, o ponto de 0%, ou início do ciclo da marcha, é, muitas vezes, referido como contato do calcanhar ou batida do calcanhar. O ponto de 100%, ou conclusão do ciclo da marcha, ocorre tão logo o mesmo pé mais uma vez entra em contato com o solo. O contato inicial é muitas vezes usado como um termo substituto para o contato do calcanhar, quando um indivíduo faz o primeiro contato com o solo com uma parte diferente do pé mas como a proposta deste capítulo concentra-se na marcha normal, o termo contato do calcanhar será utilizado. Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 6 Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 7 Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 8 3 BIODINÂMICA 3.1 Alavancas A - Conceito: Alavancas, do ponto de vista operacional, são ferramentas usadas para modificar a Intensidade de uma força aplicada ou a velocidade de movimento de um determinado corpo. B. Partes Nas alavancas podemos encontrar 3 pontos principais. 1. Ponto de apoio (ponto fixo) Pf 2. Força Potente Fp 3. Força Resistente Fr Elas se classificam em três tipos conforme o parâmetro que se encontra no meio: C. Classificação: De acordo com a posição de cada um desses pontos podemos ter 3 tipos de alavancas. 3.1.1 Interfixas ou 1ª classe 3.1.2 Inter-resistente ou 2ª classe Fr Fp Pf dr dp Fr Fp Pf dr dp Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 9 3.1.3 Interpotente Para qualquer que seja o tipo de alavanca, a fórmula do cálculo das forças resistente e potente ou das suas respectivas distâncias é: Fr . dr = Fp . dp Ex 5. Dê exemplos de alavancas interpotente, interesistente e interfixa no corpo humano, apontando seus pontos principais. (Pf – ponto fixo, Fp – força potente e Fr – força resistente). Ex 6. Dado o equipamento de musculação a seguir, calcule a força F exercida pela perna (panturrilha) durante o exercício físico. Adote g= 10 m/s2. 3.2 Equilíbrio Um corpo está em equilíbrio quando a resultante das forças que agem sobre ele é nula. Existem dois tipos de equilíbrio: Equilíbrio Estático e Equilíbrio Dinâmico. a) Equilíbrio Estático. – Fr = 0 e velocidade = 0 (Repouso) b) Equilíbrio Dinâmico – Fr = 0 e velocidade constante (MRU). Ex 7. Calcule a força F em cada braço sabendo que a massa do rapaz é de 60 kg. e o ângulo entre braço e a haste é de 60o. Qual seria a intensidade dessa força se o ângulo fosse 30o ? Fr Fp Pf dr dp 40 cm 30 cm 50 kg F 60 cm 20 cm 60 kg Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 10 Ex 8. Em um aparelho de academia, uma atleta eleva um peso de 80 kg conforme a figura a seguir. Qual a intensidade da força F exercida pelos pés do atleta? O que acontece com a intensidade dessa força quando se reduz o ângulo ? 3.3 Força de Atrito O fato de tentarmos fazer um corpo desliza sobre uma superfície sem consegui-lo é justificado pelo aparecimento de uma força entre as superfícies de contato que impedem o movimento, denominada força de atrito estático. Quando um corpo desliza sobre outro surge uma força de contato que se opõe ao movimento, denominada força de atrito dinâmico. Enquanto o corpo não deslizar, à medida que cresce o valor de F, cresce também o valor da força de atrito estático, de modo a equilibrar a força F, impedindo o movimento. A partir desse instante, com qualquer acréscimo que a força F sofra, o corpo começara a deslizar. Uma vez iniciado o movimento a força de atrito estática deixa de existir dando lugar à força de atrito dinâmica de valor inferior ao da força de atrito estática. Fat = . N Tabela 01. Coeficientes de atrito estático Material e Junta óssea lubrificada0,003 Junta tendão e bainha do músculo 0,013 Aço sobre gelo 0,03 Aço sobre aço lubrificado 0,10 a 0,15 Aço sobre aço seco 0,6 Fonte: Okuno, 1986 Tabela 02. Coeficientes de atrito dinâmico Material d Latão sobre o gelo 0,02 Gelo sobre gelo 0,02 Aço sobre aço seco 0,23 Fonte: Okuno, 1986 Ex 9. Considere um paciente submetido a um tratamento de tração como indica a figura abaixo. Qual a máxima massa a ser utilizada para produzir uma força tênsil T sem que o paciente se desloque ao longo da cama? Sabe-se que a massa desse paciente é de 50 kg, o coeficiente de atrito entre o mesmo e a cama é de = 0,15 e o ângulo que a força tênsil forma com a horizontal é de 45o. 45o 80kg F 60o F P F Fat m F N P m T 45o Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 11 3.4 Lei de Hook (Coeficiente de Elasticidade) De um modo geral, todos corpos sofrem deformações (alterações em suas dimensões lineares) quando submetidos a uma força de compressão ou de tração. Essas alterações lineares L são determinadas pela diferença entre o comprimento final e o inicial. A deformação sofrida pelo material depende de uma série de fatores como a intensidade da força aplicada, a área de contato com o material, o comprimento inicial e uma característica típica de cada material chamada de Módulo de Young ou coeficiente de elasticidade. A função que descreve essa deformação é chamada de Lei de Hook. Lo L Y A F . Basicamente, o módulo de Young dá o grau de elasticidade de um material, ou seja, quando maior for Y menor será a deformação. Material Modulo de Young (N/mm2) Aço duro 207.000 Concreto 16.500 Borracha 10 Osso compacto 18.000 Osso trabecular 76 Silicone 1 Young's Modulus of Soft Tissues, Measured by Indentation Indentation data Tissue Range (kPa) Average Young's modulus (kPa) Reference L&K 0.6–4000 ∼950 111–115 L&K (outlier) 4000 111 L&K (without outlier) 0.6–760 ∼190 112–115 A&V 6.5– 21,000 ∼3600 109,116–120 A&V (outlier) 21,000 109 A&V (without outlier) 6.5–560 ∼125 116–120 Skin 6–50,000 ∼7700 112,121–127 Skin (outliers) 50,000– 11,100 121,122 Skin (without 6–222 ∼85 112,123–127 Indentation data Tissue Range (kPa) Average Young's modulus (kPa) Reference outlier) Cornea anterior base & Descemet's membrane 7.5–50 ∼29 38 Sclera No values Breast tissue 0.167–29 ∼8 1,3,128,129 Muscle 2–12 ∼7 120,130 Spinal cord & gray matter 0.2–7 ∼3 66,131 Tendon No values L&K, liver & kidney; A&V, artery & vein. Referencia: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/table/T2/ Ex 10. Sabendo-se que uma pessoa sofreu uma fratura no osso e que a parte lesada foi substituída por um material cilíndrico de coef. de elasticidade semelhante ao osso compacto (1,7 102 N/mm2), raio 1,0 cm e comprimento 6 cm. Qual seria, em cm, a deformação sofrida pelo material quando a pessoa estivesse com o peso de 600 N da sobre ele? (Adote g = 10 m/s2 e = 3,14). R h http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B111 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B115 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B111 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B112 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B115 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B109 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B116 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B120 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B109 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B116 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B120 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B112 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B127 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B122 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B112 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B123 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B127 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B38 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B1 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B128 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B129 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B120 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B130 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B66 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/#B131 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3099446/table/T2/ Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 12 Disciplina: Biofísica Prof. Luís Eduardo Maggi 13 O dispositivo utilizado por este pequeno animal é constituído por uma peça de resina proteica com propriedades elásticas semelhantes a uma borracha, capaz de armazenar energia elástica em um volume muito pequeno: por exemplo, a resina de uma pulga tem uma massa aproximadamente 4.000 veze menor do que a massa total da pulga. A qualidade elástica desta borracha proteica, rico em glicina, são comparáveis ou superiores as melhores borrachas sintéticas, podendo chegar até várias vezes ao seu comprimento em repouso de forma reversível. A resina se encontra também na base das asas de muitos insetos voadores e suas propriedades elásticas servem também para manter a frequência do vomimento das asas. Muito provavelmente, as estuturas da resina adapta a saltos nos artrópodes sejam uma derivação evolutiva das que servem para o voo.