Prévia do material em texto
+ ALCOOLISMO n DISCIPLINA DE TOXICOLOGIA n Prof. Rilton Alves de Freitas + Alcoolismo Tipos de Alcoolismo Tipo I - início tardio e pouca complicação social Tipo II - início precoce, uso e abuso não só de álcool, mas mais freqüentemente de outras drogas como cola, cannabis, anfetamina, opióides , e tc , juntamente com graves complicações sociais + ALCOOL - EPIDEMIOLOGIA n 90% da população com uso experimental n 60 a 70% bebem habitualmente n 40% já tiveram problemas decorrentes do álcool n 20% !e 10% "abusam de álcool n Prevalência de 13.8% de dependência ou abuso de álcool n 10%!e 3 a 5% "são dependentes de álcool + ALCOOL EPIDEMIOLOGIA n Alcoolismo n 3º motivo para absenteísmo ao trabalho; n 8ª causa para concessão de auxílio-doença pela Previdência Social; n 75% dos acidentes automobilísticos com vítimas fatais; n 39% das ocorrências policiais; n 30% das agressões contra a mulher; n 40% das separações; n 20% dos suicídios; e n 95% das internações psiquiátricas. + RECOMENDAÇÕES DA OMS + Cmáx (g/L) = 0,02 x massa de álcool + ~5g/L + Absorção n 20% no estômago n 80% no intestino delgado n Picos plasmáticos entre 30 a 90 min n Influenciado por alimentos n Volume de distribuição = 50 L + n Metabolismo do etanol (90 a 98 %): n Álcool-desidrogenase (mucosa gástrica/Fígado) n Citocromo P-450 (fígado) n Catalase (fígado) + + A B C D + Eletroforese de Proteínas Alcoolismo (ponte beta/gama) + Biotransformação álcool: * Cinética ordem zero * Taxa de biotransformação: 15 mg/dL/h ou 8-28 mg/dL/h (100% exatidão) ~7 a 10 g de etanol por hora Toxicocinética + Toxicodinâmica n Receptores GABA n Agonismo ~ barbitúricos (agudamente) n Redução de GABA (cronicamente) n Receptores adrenérgicos n Aumento da síntese e liberação de noradrenalina (Uso crônico) n Sistema opióide n Aumento de beta-endorfinas (aguda) n Diminuição de beta-endorfinas (crônica) n Serotonina n Dopamina n Acetilcolina n Glutamato + Inibição (Gaba) Excitação (Glutamato) Ingestão Aguda De álcool Álcool Tolerância Álcool Adaptação Retirada Aguda de Álcool Adaptação Adaptação Adaptação Pós-Retirada Aguda de Álcool Normalidade + ALCOOLISMO n Ação aguda do etanol: n Depressão do SNC n Euforia (devido à depressão das vias inibitórias superiores) n Uso crônico provoca diversas alterações por dois mecanismos: n Efeitos diretos do etanol n Deficiências nutricionais (álcool usado como fonte calórica) + ALCOOLISMO – Alterações hepáticas Alterações HEPÁTICAS do alcoolismo crônico: n Deposição de gordura hepática: n ↑ catabolismo de gordura periférica n ↑ síntese de lipídeos n ↓ oxidação de ác. Graxos n Comprometimento no transporte de lipoproteínas ACÚMULO DE GORDURA HEPATITE ALCOÓLICA LESÃO IRREVERSÍVEL (CIRROSE) Lesão irreversível (cirrose): 10-15% dos alcoolistas Morte hepatocelular Regeneração por faixas de colágeno Perda da arquitetura hepática Insuficiência hepática Hipertensão do sistema porta + ALCOOLISMO – Alterações hepáticas n Lesão por hepatite alcoólica: n Toxicidade direta do etanol n ↑ radicais livre de O2 n ↑ produção pelo citocromo P-450 n ↓ neutralização pela glutationa n Lesão irreversível (cirrose): n 10-15% dos alcoolistas n Morte hepatocelular n Regeneração micronodular cercada por faixas de colágeno n Perda da arquitetura hepática n Insuficiência hepática n Hipertensão do sistema porta + ALCOOLISMO Alterações do SNC (5 – 15 % dos alcoolistas) n Causadas por deficiência de vitamina B1 (tiamina): n Degenarção neuronal n Gliose reativa n Atrofia cerebelar e de nervos periféricos n Síndrome de Wernicke (ataxia + confusão + oftalmoplegia) n Síndrome de Korsakoff (graves prejuízos da memória) Alterações CARDIOVASCULARES: n Toxicidade direta do etanol → cardiomiopatia dilatada n Hipertensão arterial sistêmica * uso moderado de álcool tem efeitos benéficos: n ↑ HDL-colesterol e ↓ LDL-colesterol n ↓ agregação plaquetária + ALCOOLISMO Alterações do TRATO GASTROINTESTINAL: n Gastrite aguda → toxicidade direta do etanol n ↑ risco de pancreatite aguda e crônica Alterações MÚSCULO-ESQUELÉTICAS: n Lesão muscular com degradação de mioglobina Alterações do SISTEMA REPRODUTOR: n Atrofia gonadal ↓ fertilidade Etanol e CÂNCER: n Acetaldeído pode atuar como promotor n ↑ risco de câncer de cavidade oral, esôfago e fígado + ALCOOLISMO SÍNDROME FETAL1 a 3 casos em 1000 - Abortos espontâneos - Recém natos de baixo peso para a idade gestacional - Malformações faciais - Fissuras palpebrais diminuídas e lábio leporino - Defeitos do septo ventricular - Malformações de pés e mãos - Retardo mental de graus variados + SINDROME DE ABSTINÊNCIA Sintomas (6 – 24h): ansiedade, irritabilidade, agitação, anorexia, tremores, hipertensão, sudorese, taquicardia, hiperreflexia, febre, distúrbios do sono, náuseas e vômitos, ilusões e alucinações Duração: 48 – 72 h Sintomas (7-48h): Convulsões tônico-clônico generalizadas, distraibilidade, sugestionabilidade Pico: 36 h + SINDROME DE ABSTINÊNCIA Sintomas (72h) ~ 1% de mortalidade n Abstinência pode causar delirium e convulsões, é mais severa em pacientes com episódios prévios; n via ácido gama aminobutírico tipo A n via glutamato (N-metil-D-aspartato) + Tratamento adjuvante: n Altas doses de benzodiazepínicos n Dissulfiram n Acomprostato (agonista NMDA) n Naltrexona (antagonista opióide): n Beta-bloqueadores / Clonidina: menos manifestações autonômicas, sem efeito anticonvulsivante (propanolol pode mascarar os sintomas do delirium). n Tiamina (300 mg/dia por 10 dias) n Multivitaminicos (3X/dia por 10 dias) n 1,5 a 3,0 litros de água/dia + Avaliação toxicológica - Etanol n Sangue (tempo limite de colheita de sangue 2 h) n Material biológico mantido sob refrigeração e o anticoagulante utilizado é o fluoreto de sódio n Métodos: Enzimáticos (LD 0,2 g/L) ou Cromatografia gasosa (0,01 g/L) (headspace) n Ar expirado + Bafômetro descartável 2 K2Cr2O7 + 3 CH3CH2OH + 8 H2SO4 dicromato de potássio etanol ácido sulfúrico 2 Cr2(SO4)3 + 2 K2SO4 + 3 CH3COOH + 11 H2O sulfato de crómio (III) sulfato de potássio ácido acético (laranja) (verde) AgNO3 nitrato de prata 2 K2Cr2O7 + 3 CH3CH2OH + 8 H2SO4 dicromato de potássio etanol ácido sulfúrico 2 Cr2(SO4)3 + 2 K2SO4 + 3 CH3COOH + 11 H2O sulfato de crómio (III) sulfato de potássio ácido acético (laranja) (verde) AgNO3 nitrato de prata O ácido sulfúrico ajuda na solubilização do álcool e o nitrato + Bafômetro eletroquímico Ânodo: ocorre a oxidação (catalisada pela platina): CH3CH2OH (g) → CH3CHO (g) + 2H+ (aq) + 2e– Cátodo: ocorre a redução do oxigênio (contido no ar): ½O2 (g) + 2H+(aq) + 2e- → H2O (l) + n O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, em 19.11.98, editou a Resolução n. 81: n disciplinando o uso de medidores da alcoolemia e a pesquisa de substâncias entorpecentes no organismo humano e estabelecendo os procedimentos a serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes: n teste em aparelho de ar alveolar (bafômetro); n exame clínico por médico da Polícia Judiciária; n exames laboratoriais em caso de substância entorpecente, tóxica ou de efeitos análogos. n Lei 11.705/2008 Alcoolemia de 0 g/L (tolerância de 0,2 g/L) + n TESTES FISIOLÓGICOS n Analisando-se entretanto a cor do rosto, o comportamento, as vestes, o passo, o odor, o linguajar, a reação pupilar, a orientação, o discernimento, etc., podemos concluir se o indivíduo se encontra embriagado. n MARCHA: n SINAL DE ROMBERG: n DEDO CONTRA DEDO: n DEDO-NARIZ: n LEVANTAMENTODE PEQUENOS OBJETOS DO SOLO + + n Álcool na Urina: n Correlação etanol sangue/urina recém produzida n Técnica: Coletar duas vezes a urina, e o paciente deve ser orientado a esvaziar completamente a bexiga. Após 30-60 min coletar nova amostra de urina. n Resultados: n 1) Se ambas amostras negativas (Não houve exposição recente ao álcool); n 2) Se a primeira for positiva (Uso de álcool nas ultimas 12 horas); n 3) Ambas positivas (ultima coleta utilizada para calcular concentração de álcool na urina – AU/AS=1,5) + Cromatografia gasosa- Head-space Headspace operation. Headspace operation. + Provas hemato-bioquímicas Fenobarbital, esteroides, trimetropim e sulfametazol, eritromicina. (TGO>TGP)