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ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL João Carlos Silva de Lêdo Folha de pagamento: movimentos variáveis Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar a composição da remuneração variável da folha de pagamento. Explicar as características dos descontos variáveis da folha de pagamento. Demonstrar os encargos variáveis da folha de pagamento. Introdução Neste capítulo, você vai estudar a remuneração variável e como ela é composta em termos de folha de pagamento. Você vai verificar as ca- racterísticas relacionadas aos descontos variáveis apresentados na folha de pagamento, bem como os encargos trabalhistas e previdenciários incidentes nesses movimentos variáveis. É importante salientar que a abordagem apresentada neste capítulo é embasada nos preceitos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT, Decreto-Lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943) e na legislação específica existente; porém, o empregador deve se atentar às convenções coletivas de trabalho. Remuneração variável Segundo Meinertz et al. (2008), a principal diferença entre salário e remunera- ção é que o salário é o valor fi xo defi nido entre o empregador e o empregado, enquanto a remuneração é o salário acrescido de eventuais direitos adicionais do empregado, conforme será apresentado na sequência. Entende-se por sa- lário pago aquele que é estipulado pelo empregador de acordo com a função exercida, bem como as horas de trabalho, não podendo ser o salário inferior ao salário mínimo, conforme determinado pela Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, XII (BRASIL, 2016). A CLT estabelece que não pode haver qualquer diferença em relação a salário, gratificações legais e comissões que são pagas pelo empregador pelo exercício de uma função, nem sobre razões para admissão, que tenham relação a cor, idade, sexo ou estado civil (NOLETO, 2019). Ainda segundo a CLT, a remuneração de um empregado inclui, além do salário, as gratificações legais e os comissionamentos também pagos pelo empregador (NOLETO, 2019). Paula (2013, documento on-line) aponta que a remuneração fixa abrange os elementos relacionados aos […] adicionais obrigatórios, como insalubridade e adicional noturno (quando for o caso), e à política de benefícios, como vale-alimentação, vale-transporte e plano de saúde. Em resumo, podemos dizer que é a soma dos valores que o funcionário recebe todos os meses, independentemente de ser em dinheiro ou não. Segundo o § 2º do art. 457 da CLT: § 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorpo- ram ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário (NOLETO, 2019, documento on-line). Já a remuneração variável inclui parcelas suplementares, como prêmios, gratificações, comissões, adicionais e diárias para viagens. Ainda conforme Paula (2013), essa é uma forma de recompensa utilizada por empresas dos mais diversos setores para complementar a remuneração fixa, não necessariamente paga todos os meses ou com datas definidas. Apesar de a remuneração variável ser regulada pela CLT, é importante observar acordos coletivos ou convenção coletiva de trabalho da categoria. É comum nesses acordos a adoção de regras de apuração com o uso de médias diferenciadas, o que exige a correta execução dos cálculos, para evitar pro- blemas para a empresa, como multas e passivos trabalhistas. Folha de pagamento: movimentos variáveis2 Verbas que compõem a remuneração variável As verbas a seguir fazem parte da remuneração variável. Salário mínimo O pagamento dum salário mínimo é garantido aos empregados com remunera- ção variável, segundo a Lei nº. 8.716, de 13 de outubro de 1993, em seu art. 1º: “Aos trabalhadores que perceberem remuneração variável, fi xada por comissão, peça, tarefa ou outras modalidades, será garantido um salário mensal, nunca inferior ao salário mínimo” (BRASIL, 1993, documento on-line). Gorjetas Segundo a nova lei que regulamenta as gorjetas (Lei nº. 13.419, de 13 de março de 2017), que alterou o art. 457 da CLT, a gorjeta não é receita dos empregadores, mas, sim, dos trabalhadores, e sua distribuição deve seguir critérios de custeio e de rateio defi nidos em acordo coletivo de trabalho. Qualquer importância que seja oferecida de forma espontânea por parte do cliente, ou mesmo qualquer quantia cobrada pelo empregador cuja destinação seja a distribuição aos empregados, será tida como gorjeta. Essa Lei estabelece que o valor (geralmente 10%, mas não necessariamente), seja ele cobrado pelo estabelecimento ou pago de forma espontânea pelo cliente, entra como remuneração do trabalhador e, portanto, contribui para encargos sociais, previdenciários e trabalhistas (BRASIL, 2017a). A empresa poderá reter até 33% da gorjeta arrecadada para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da integração dessa parcela à remuneração dos empregados. Isso tudo mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho. Ainda segundo a Lei, as empresas deverão anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) de seus empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referente aos últimos 12 meses. Caso não cumpra essa regra, o empregador pagará ao trabalhador prejudicado, a título de multa, o valor correspondente a 1/30 (um trinta avos) da média da gorjeta por dia de atraso, limitada ao piso da categoria, podendo ser triplicada em caso de reincidência (BRASIL, 2017a). É sempre importante frisar que as gorjetas são parte da remuneração do empregado para cálculos relativos ao período de férias, ao 13° salário e para os depósitos no fundo de garantia, porém, não fazem parte no que tange ao descanso semanal remunerado (DSR), ao adicional noturno, à insalubridade e à 3Folha de pagamento: movimentos variáveis periculosidade (NOLETO, 2019). Existe a possibilidade, dentro da legalidade, de o empregado receber somente gorjetas. Nesse caso, deve-se respeitar o pagamento de um salário mínimo; caso a gorjeta não atinja esse valor, deverá ser complementado pelo empregador. Comissões O pagamento por comissão é feito principalmente a funcionários do comércio, sendo bastante comum. Trata-se de uma recompensa oferecida ao funcionário pelo cumprimento de metas ou objetivos defi nidos previamente, incentivando mais e melhores resultados em vendas de mercadorias e de serviços. As co- missões integram o salário do empregado segundo o § 1º do art. 457 da CLT, em sua redação após a reforma trabalhista de 2017, que afi rma: "1º Integram o salário a importância fi xa estipulada, as gratifi cações legais e as comissões pagas pelo empregador" (NOLETO, 2019, documento on-line). O comissionista puro recebe comissão sobre a venda efetuada, com a garantia de receber, mensalmente, no mínimo, um salário mínimo ou o piso da categoria profis- sional, caso o valor das comissões no período seja menor que este. Já o comissionista misto recebe salário fixo mais comissões sobre vendas efetuadas. A CLT define que uma comissão pode ser paga em percentagem, unidades, valor fixo, entre outros. Mas ela só poderá ser exigida depois de finalizadas as transações comerciais. Caso as comissões sejam referentes a pagamentos parcelados, o empregador deve fazer o pagamento das percentagens e comis- sões proporcionalmente à respectiva liquidação dos pagamentos parcelados. As comissões devem ser pagas mensalmente, cabendo à empresa ao final de cada mês, emitir um extrato correspondente às transações concluídas. A transação será considerada aceita se o empregador não a recusar por escrito, em um prazo de 10 dias a contar da data da proposta. Se as transações forem fechadas em outro estado ou no exterior, deverão ser aceitas no prazo de 90 dias, podendo esse prazo ser prorrogadopor prazo determinado mediante comunicação por escrito a ser feita ao empregador. Folha de pagamento: movimentos variáveis4 O comissionado, seja puro ou misto, tem direito ao DSR, sendo que, para seu cálculo, não há uma regra legal — a empresa precisa observar o acordo coletivo ou convenção. Caso não haja acordo ou convenção, pode-se utilizar os critérios adotados para os empregados tarefeiros, dividindo-se o valor total das comissões recebidas no mês pelo correspondente número de dias efetiva- mente trabalhados e multiplicando-se o resultado pelo número de domingos e feriados existentes. Nesse cálculo, deverá ser incluída a comissão recebida na semana dividida pelos dias úteis da semana. Ocorrendo faltas injustificadas no trabalho, não há desconto para o comis- sionista puro, pois, ao deixar de vender, não ganhará comissões, o que já seria sua punição. No caso dos comissionistas mistos, o desconto de faltas se aplica sobre o valor do salário fixo. Em ambos os casos, o comissionista perderá a remuneração do descanso semanal. A rescisão contratual não prejudica o recebimento de comissões devidas ao empregado contratado, que tem o direito de receber as comissões pendentes, ainda que posteriores à rescisão contratual. Existe a obrigatoriedade de a empresa recalcular as verbas rescisórias e efetuar o pagamento de possíveis diferenças apuradas, em rescisão complementar. O direito ao aviso prévio trabalhado é garantido pelo art. 487 da CLT (NOLETO, 2019), e a remuneração do empregado comissionado será correspondente às comissões correspondentes às vendas efetuadas no prazo do aviso, acrescidas do DSR do período, além do salário fixo, no caso de remuneração mista. Gratificações A gratifi cação é um pagamento na forma de agradecimento a um funcionário, pelo reconhecimento pelos serviços prestados ou como recompensa pelo atingimento de um tempo de trabalho na empresa. Ela pode ser concedida pelo empregador de forma espontânea ou de forma obrigatória, por algum acordo ou convenção sindical. O art. 457 da CLT (NOLETO, 2019) não esta- belece limites mínimos ou máximos com relação aos valores nem estabelece procedimentos sobre o modo como devem ser pagos pelo empregador a seus empregados. Porém, as gratifi cações integram o salário. Prêmios Muitas empresas têm optado por benefi ciar seus colaboradores com prêmios e incentivos, como forma de reconhecimento aos profi ssionais que se destacam de alguma forma em uma atividade ou trabalho. Os prêmios são valores pagos ao funcionário diretamente relacionados ao atingimento de uma certa condição 5Folha de pagamento: movimentos variáveis que tenha sido combinada. O prêmio só pode ser cortado pelo empregador caso não seja atingida a já referida condição que dá base ao pagamento. Pode-se citar como exemplo um prêmio que seria pago pelo atingimento de uma meta de qualidade, que, ao não ser atingida, não gera obrigação de pagamento do valor estipulado como prêmio. Nesse sentido, pode-se incluir critérios como nível de produtividade, qualidade ou assiduidade. Segundo o art. 457 da CLT, “consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades” (NOLETO, 2019, documento on-line). Esse tipo de remuneração pode ser realizado por meio de valores fixos a serem pagos ou possuir definições específicas estabelecidas previamente pela empresa — por exemplo, um vale-compras, um curso ou uma viagem. A gratificação e o prêmio têm características diferentes, pois a gratificação independe do atingimento de critérios ligados ao empregado; porém, para fazer jus a um prêmio, o empregado terá que atingir metas predefinidas e por meio do seu próprio esforço. Diárias de viagem Segundo Oliveira (2017, documento on-line), a diária de viagem é “[…] valor pago habitualmente para cobrir despesas de execução de serviço externo realizado pelo empregado, tais como despesas com alojamento, transporte, alimentação etc.”. Participação nos lucros e resultado A participação nos lucros ou resultados (PLR) é uma forma de recompensa que pode ser oferecida pela empresa, buscando a retenção dos funcionários e sua motivação. Esse benefício foi regulamentado em 2001, com a edição da Lei nº. 10.101, de 19 de dezembro de 2000 (BRASIL, 2000). Segundo Nogueira e Beck Advogados (2018), a PLR de uma empresa é um tipo de recompensa ou uma bonifi cação oferecida ao trabalhador, não sendo uma obrigação que a empresa é obrigada a cumprir. No entanto, se esse benefício estiver presente em um acordo coletivo ou uma convenção coletiva de trabalho da categoria, então, passa a existir a obrigatoriedade de implantação desse programa. Os valores pagos por meio da PLR não são caracterizados como salário ou complementação deste, não incidindo, portanto, quaisquer tributos, encargos previdenciários ou trabalhistas sobre eles. A PLR deve ser negociada com o Folha de pagamento: movimentos variáveis6 sindicato da categoria e com uma comissão interna de funcionários elegível a todos os trabalhadores da empresa, constando, entre outros termos, a vigência e a periodicidade de pagamentos. Todos os funcionários devem ter direito de participar do programa, porém, a empresa pode condicionar o pagamento dos valores ao atingimento de metas e indicadores de desempenho (que podem ser até individuais). Como cada trabalhador pode apresentar um resultado diferente, o pagamento também poderá resultar em valores diferenciados, segundo Nogueira e Beck Advogados (2018). Descontos variáveis em folha de pagamento O art. 462 da CLT proíbe o desconto no salário do empregado, exceto quando ele for resultado de adiantamento, previsão legal ou convenção coletiva. Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. § 1.º Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. § 2.º É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços destinados a proporcionar-lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. § 3.º Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade competente deter- minar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefícios dos empregados (NOLETO, 2019, documento on-line). Ainda assim, existem diversos descontos que incidem na folha de paga- mento. A seguir, serão apresentados os principais descontos salariais e seus respectivos cálculos. Dano causado pelo empregado Conforme visto, o § 1º do art. 462 da CLT possibilita o desconto salarial por danos causados pelo empregado (NOLETO, 2019), mas somente se, no contrato, estiver descrita e acordada essa possibilidade, ou caso o empregado tenha causado o dano dolosamente — ou seja, com intenção de causá-lo. 7Folha de pagamento: movimentos variáveis Contribuição previdenciária As empresas têm por obrigação fazer o desconto salarial referente à con- tribuição previdenciária na folha de pagamento de cada empregado. Essa contribuição destina-se ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que é o órgão do governo responsável pelas aposentadorias e demais benefícios dos trabalhadores contribuintes da Previdência Social. É a contribuição pre- videnciária que assegura aos contribuintes direitos como: aposentadoria por tempo de contribuição, por idade ou por invalidez; salário-família; salário-maternidade; auxílio-doença; auxílio-acidente; reabilitação profissional; e pensão pormorte. O pagamento mensal do INSS é descontado do trabalhador de acordo com a sua faixa salarial, em percentuais variáveis. Há, ainda, a parte do INSS que deve ser custeada pelo empregador, sem descontos na folha de pagamento. A base de cálculo do INSS é composta por: Salário base + adicionais + horas extras − faltas/atrasos = base de cálculo do INSS × % = INSS a recolher Anualmente, o Governo Federal, juntamente com a Previdência Social, atualiza e divulga a tabela do INSS com as alíquotas referentes a cada faixa salarial. Você pode conferir essas informações no site do INSS, disponível no link a seguir. https://qrgo.page.link/zKiub Folha de pagamento: movimentos variáveis8 Imposto de renda As pessoas físicas que recebem renda ou proventos de qualquer natureza, inclusive rendimentos e ganhos de capital, são contribuintes do imposto sobre a renda, sem distinção de nacionalidade, sexo, idade, estado civil ou profi ssão (BRASIL, 2018). Todo contribuinte que receber valores a título de renda está obrigado ao pagamento do imposto sobre a renda das pessoas físicas (IRPF). O Decreto nº. 9.580, de 22 de novembro de 2018, regulamenta o IRPF e, em seu art. 36, defi ne o seguinte: São tributáveis os rendimentos provenientes do trabalho assalariado, as remu- nerações por trabalho prestado no exercício de empregos, cargos e funções, e quaisquer proventos ou vantagens percebidos, tais como: I - salários, ordenados, vencimentos, soldos, soldadas, vantagens, subsídios, honorários, diárias de comparecimento, bolsas de estudo e de pesquisa e remuneração de estagiários; II - férias; III - licença especial ou licença-prêmio; IV - gratificações, participações, interesses, percentagens, prêmios e quotas- -partes de multas ou receitas; V - comissões e corretagens; VI - aluguel do imóvel ocupado pelo empregado e pago pelo empregador a terceiros ou a diferença entre o aluguel que o empregador paga pela locação do imóvel e o que cobra a menos do empregado pela sublocação; VII - valor locativo de cessão do uso de bens de propriedade do empregador; VIII - pagamento ou reembolso do imposto ou das contribuições que a lei prevê como encargo do assalariado; IX - prêmio de seguro individual de vida do empregado pago pelo empregador, quando o empregado é o beneficiário do seguro, ou indica o beneficiário deste; X - verbas, dotações ou auxílios para representações ou custeio de despesas necessárias para o exercício de cargo, função ou emprego; XI - pensões, civis ou militares, de qualquer natureza, meios-soldos e quaisquer outros proventos recebidos de antigo empregador, de institutos, de caixas de aposentadoria ou de entidades governamentais, em decorrência de empregos, cargos ou funções exercidos no passado; XII - a parcela que exceder ao valor previsto na alínea “a” do inciso II do caput do art. 35” (BRASIL, 2018, documento on-line). No caso do trabalhador registrado com carteira assinada, um percentual correspondente ao IRPF é descontado todos os meses do seu rendimento. Assim sendo, a empresa está obrigada a descontar esse percentual de IRPF na folha de pagamento dos seus colaboradores. Para realizar o desconto do 9Folha de pagamento: movimentos variáveis IRPF, o empregador deve apurar corretamente a sua base de cálculo, por meio dos seguintes passos: 1. verifica-se o salário bruto do funcionário; 2. efetuam-se as deduções (valor do INSS, valor dos dependentes, faltas, atrasos e pensão alimentícia); 3. depois de serem efetuadas as deduções, encontra-se a base de incidência; 4. encontrada a base de incidência, aplicam-se sobre ela os percentuais determinados na tabela de desconto do IRRF. O Governo Federal fixa as alíquotas do IRPF considerando as faixas sa- lariais dos trabalhadores, sendo que, do valor do imposto apurado, ainda é deduzido um valor que também é estabelecido na tabela, reduzindo o valor a ser retido. Para cada alíquota, que corresponde a uma faixa salarial, existe um valor a ser deduzido. A base de cálculo do IRPF é: Salário base + adicionais + horas extras – faltas = base de cálculo – valor a abater por dependentes – valor do INSS – valor da pensão alimentícia × percentual a que incidir – parcela a deduzir = IRRF a recolher As alíquotas do imposto de renda na fonte de pessoa física são reajustadas anualmente pela Receita Federal. Os índices de reajuste têm ficado abaixo da inflação nos últimos anos, o que significa dizer que o cidadão brasileiro está pagando mais imposto. Confira a tabela atualizada no portal da Receita Federal, na aba que trata do imposto sobre a renda das pessoas físicas. Vale-transporte A empresa que fornecer o vale-transporte poderá descontar todo mês do empre- gado um valor de até 6% do salário ou vencimento, sem nenhum adicional ou vantagem. Por meio desse benefício, o empregador fornece de forma antecipada o que o empregado despenderá com deslocamento de sua residência ao trabalho Folha de pagamento: movimentos variáveis10 e do trabalho até sua residência, não importando quantas formas de transporte público ele utilizar por viagem nos trajetos entre sua residência e o trabalho. Não existe nenhum tipo de limite no que se refere à distância mínima do trajeto do empregado para que seja obrigatório o fornecimento do vale-transporte, sendo que, se comprovadamente o empregado utiliza o transporte público para ir ao trabalho e voltar à sua residência, o empregador será obrigado a fornecer o benefício. Caso o empregador forneça forma de transporte adequada para os deslocamentos entre a residência e o trabalho de seus empregados, seja esse trans- porte próprio ou de terceiros, estará desobrigado a fornecer o vale-transporte. Para receber o vale-transporte, o empregado deverá fornecer ao empregador por escrito o seu endereço residencial e quais os meios e serviços de transporte que se adequam ao deslocamento de sua residência ao trabalho e vice-versa. O empregador é quem arca com grande parte do custo do vale-transporte. A cota do trabalhador é o desconto em folha de pagamento de 6% do seu salário- -base, sem incidir sobre outras partes de sua remuneração, como adicionais e gratificações, conforme determina o art. 4º da Lei nº. 7.418, de 16 de dezembro de 1985 (BRASIL, 1985). Assistência médica, odontológica, farmácia, seguro ou associação Se houver autorização prévia do empregado, é considerado legal o desconto em folha de pagamento de valores referentes à assistência médica e/ou odontoló- gica, ao seguro de previdência privada e, até mesmo, à entidade cooperativa, cultural ou recreativa de associação dos trabalhadores em seu benefício, conforme o Enunciado nº. 342 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os descontos de farmácia ou planos de saúde, por exemplo, também necessitam de um documento de autorização para desconto, o qual deverá constar em cláusula contratual na ocasião da admissão do funcionário ou em termo aditivo do contrato de trabalho, conforme Schreiner e Busanello (2016). Faltas e atrasos São consideradas faltas os dias em que o empregado não compareceu ao serviço, sem justifi cativa, segundo o art. 473 da CLT: Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: 11Folha de pagamento: movimentos variáveis I até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica; II até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; III por 1 (um) dia, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana; Obs.: O parágrafo 1.º do Art. 10 do Ato das Disposições Transitórias da Cons- tituição Federal dispõe ser de 5 (cinco) dias o prazo da licença paternidade, até que seja disciplina o disposto no inciso XIX do Art. 7.º da Constituição Federal. IV por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; V até 2 (dois) dias consecutivosou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva; VI no período em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar refe- ridas na letra c do Art. 65 da Lei n.º 4.375, de 17 de agosto de 1964. VII nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. VIII pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. IX pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo in- ternacional do qual o Brasil seja membro (NOLETO, 2019, documento on-line). O art. 131 da CLT diz que não será considerada falta ao serviço a ausência do empregado nos seguintes casos: I nos casos referidos no Art. 473; II durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de ma- ternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário- -maternidade custeado pela Previdência Social; III por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Insti- tuto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do Art. 133; IV justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver deter- minado o desconto do correspondente salário; V durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; VI nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do Art. 133. Não é considerado atraso, ou seja, não ocorre desconto as variações de horários no registro ponto não excedentes de 5 (cinco) minutos com limite de 10 (dez) minutos por dia, ultrapassado este limite, se a empresa adota banco de horas poderá ser descontado do mesmo ou do salário do base do empregado do mês correspondente (NOLETO, 2019, documento on-line). Folha de pagamento: movimentos variáveis12 Adiantamento Algumas empresas, por liberalidade ou por cumprimento de acordo ou con- venção coletiva de trabalho, concedem antecipações salariais a título de adian- tamento; outras concedem vales, representados por importância em dinheiro que será deduzida por ocasião do pagamento do salário mensal. Nos dois casos (adiantamentos ou vales), ocorre o pagamento antecipado de parte do salário do empregado. O valor percentual dos adiantamentos e a data de seu pagamento serão estabelecidos pela empresa ou por acordo ou convenções coletivas de trabalho. Normalmente, as empresas concedem a seus empregados 40% de seus salários-base, geralmente no 15º ou 20º dia do mês atual, e o valor concedido é descontado na folha de pagamento do mês corrente. Descanso semanal remunerado sobre faltas Os valores de remuneração variável referentes a comissões e horas extras pagas, desde que sejam pagos de forma habitual, têm refl exo no DSR; sobre os valores apurados incidirão FGTS, INSS e IRPF, conforme normas e ta- belas em vigor e conforme é apresentado no Enunciado n°. 27 do TST. Com relação às faltas, desde que injustifi cadas, será feito o desconto do dia da falta como está no contrato, e o DSR somente ocorrerá se observado o princípio da inalterabilidade da CLT. Encargos variáveis Segundo Silva, Martins e Vendruscolo (2015, documento on-line): Basicamente há duas visões acerca da definição dos encargos sociais que se podem lançar como grandes vertentes do assunto, uma que inclui como encargos sociais todo o custo com o trabalhador e a outra que considera como encargos sociais somente os incidentes sobre a folha de pagamentos, que são recolhidos ao governo, sendo alguns deles repassados para entidades patronais de assistência e formação profissional. Nesse sentido, podemos destacar como encargos sociais o INSS e o fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS), além do vale-transporte, conforme abordado anteriormente. Porém, existem outros encargos que devem ser con- siderados pelo empregador, como DSR, adicional de insalubridade, férias, 13º salário, abono salarial, abono de férias, despesas com alimentação, habitação 13Folha de pagamento: movimentos variáveis e vestuário, afastamento por acidente de trabalho e aviso prévio indenizado, conforme a obrigatoriedade em cada situação. Nesta seção, vamos abordar alguns desses encargos a serem pagos pelo empregador. Fundo de garantia do tempo de serviço Segundo o próprio site do FGTS, o fundo foi criado com o objetivo de […] proteger o trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho. No início de cada mês, os empregadores depositam em contas abertas na Caixa, em nome dos empre- gados, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário (FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO, [2019?], documento on-line). O FGTS é constituído pelo total desses depósitos mensais, e os valores pertencem aos empregados que, em algumas situações, podem dispor do total depositado em seus nomes. Segundo o Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (2017), o saldo do FGTS só pode ser sacado nos seguintes casos: aquisição da casa própria (que pode ser um imóvel novo ou usado); construção, liquidação ou amortização de dívida vinculada a contrato de financiamento habitacional; aposentadoria e demissão sem justa causa; em caso de algumas doenças graves. O FGTS se tornou um dos mais importantes recursos de financiamento habitacional, cujo benefício tem como foco principal o trabalhador brasileiro de baixa renda. Para ter acesso à tabela completa de incidências do INSS, FGTS e IRRF nas mais diversas verbas trabalhistas, acesse o link a seguir. l1nq.com/5GP53 Folha de pagamento: movimentos variáveis14 Descanso semanal remunerado Segundo o art. 67 da CLT, será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte (NOLETO, 2019). No DSR, apesar de o empregado não trabalhar, o empregador é obrigado a lhe pagar salário e contar seu tempo de serviço. Adicional de insalubridade Quando o ambiente ou condição de trabalho pode prejudicar a saúde e a inte- gridade do trabalhador, por apresentar riscos ambientais não controláveis, o empregado deve receber um adicional ao seu salário. Trata-se de uma forma de recompensar aqueles profi ssionais que se submetem a possíveis agentes nocivos. O adicional de insalubridade é defi nido pela Norma Regulamentadora 15 e é caracterizado após perícia de um médico ou engenheiro de trabalho, que apontará a atividade ou operação como insalubre (BRASIL, 2017b). O art. 192 da CLT dispõe o seguinte sobre o tema: O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tole- rância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo (NOLETO, 2019, documento on-line). Férias Todo empregado, inclusive o comissionista, terá direito anualmente ao gozo de um período de férias remuneradas com, pelo menos, (um terço a mais do que o salário normal. As férias integrais são devidas aos empregados após 12 meses de serviço. Já as férias proporcionais são devidas na proporção de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias e valem para os empregados dispensados sem justa causa, no término do contrato ou no pedido de demis- são. No caso da remuneração das férias do comissionista, esta será obtida mediante a apuração da média percebida pelo empregado nos 12 meses que precederam a concessão das férias, acrescida de um terço, de acordo com o site Fiscosoft (2008). 15Folha de pagamento: movimentos variáveis 13º salário O 13º salário, também conhecido como gratifi cação natalina, foi instituído pela Lei nº. 4.090, de 13 de julho de 1962. Trata-se de uma gratifi caçãocon- cedida a empregados com carteira assinada, aposentados, pensionistas e servidores, devendo ser paga pelo empregador em duas parcelas: a primeira entre 1º de fevereiro e 30 de novembro, e a segunda até 20 de dezembro. Segundo a Associação de Fiscais e Auditores de Tributos do Brasil ([2018]), para empregados que tenham salários variáveis, haverá a necessidade de uma recomposição remuneratória no fi nal de dezembro, chamada ajuste da parcela variável do 13° salário, que deverá ser paga até o dia 10 do mês de janeiro do ano imediatamente seguinte, conforme determina o parágrafo único do art. 2° do Decreto nº. 57.155, de 03 de novembro de 1965. Dessa forma, uma vez encerrado o ano-calendário relativo ao 13° salário, o empregador deverá apurar as diferenças, recalculando a média das variáveis percebidas pelo empregado no transcorrer do ano, ou seja, de janeiro a dezembro, ou ainda do mês da admissão até dezembro. Caso seja apurada diferença a favor do empregado, esta será paga; caso seja apurada diferença a favor do empregador, será descontada do empregado (ASSOCIAÇÃO DE FISCAIS E AUDITORES DE TRIBUTOS DO BRASIL, [2018]). Abono salarial O art. 9º da Lei nº. 7.998, de 11 de janeiro de 1990, estabelece o seguinte em seus incisos I e II: […] é assegurado o recebimento de abono salarial anual, no valor máximo de 1 (um) salário-mínimo vigente na data do respectivo pagamento, aos empregados que tenham percebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), até 2 (dois) salários mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado e que tenham exercido atividade remunerada pelo menos durante 30 (trinta) dias no ano-base e estejam cadastrados há pelo menos 5 (cinco) anos no Fundo de Participação PIS-Pasep ou no Cadastro Nacional do Trabalhador (BRASIL, 1990a, documento on-line). Abono de férias O art. 134 da CLT, revisto pela reforma trabalhista de 2017, permite que o trabalhador divida as suas férias em até três períodos, desde que um deles Folha de pagamento: movimentos variáveis16 não seja inferior a 14 dias e os outros dois não sejam menores do que cinco dias cada um; a legislação não prevê uma ordem de ocorrência para referidos períodos de férias (NOLETO, 2019). O trabalhador poderá transformar um terço do período de férias a que tem direito em uma remuneração no valor igual ao que receberia em dias normais de trabalho, por meio do conhecido abono de férias. No caso de férias coletivas, pode ser feito um acordo entre a empresa e o sindicato para que seja possível essa transformação. O abono de férias não é parte integrante da remuneração do empregado em termos de legislação trabalhista (NOLETO, 2019). Pela reforma trabalhista de 2017, o período de férias poderá ser dividido em três períodos, e para cada um deles poderá ser convertido um terço em abono pecuniário, desde que o empregado o solicite até 15 dias antes de vencer o período aquisitivo. Essa alternativa torna o controle por parte do empregador mais complexo, pois, para cada período, deverá ser gerado um aviso de férias com, pelo menos, 30 dias de antecedência, além do recibo de férias e do abono pecuniário, se for o caso, e da anotação dos três períodos aquisitivos e de gozo das férias na CTPS. Outro ponto da legislação que não foi alterado e que também torna complexo o controle por parte do empregador aponta que o período de férias não pode ser iniciado dois dias antes de um feriado ou no DSR. Além disso, o pagamento das férias continua sendo realizado até dois dias antes do início do período de gozo (NOLETO, 2019). Alimentação, habitação, vestuário O art. 458 da CLT estabelece que o salário pode compreender, para todos os efeitos legais, como acréscimo ao salário, a alimentação, a habitação, o vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, forneça ao empregado de forma habitual. A proposta visa a auxiliar os empregados que prestam seu serviço em locais distantes ou de difícil acesso e que acabam por ter difi culdades na compra de bens ou na locação de residência, entre outros aspectos. A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão somente ser utilizados para esse fi m e não poderão ultrapassar 25% do salário que foi contratado (NOLETO, 2019). Acidente de trabalho A empresa deve fazer o pagamento de salário relativo aos 15 primeiros dias de afastamento do empregado ao serviço, em caso de acidente de trabalho. A partir do 16º dia consecutivo de afastamento, caberá ao INSS pagar o benefício 17Folha de pagamento: movimentos variáveis de auxílio-doença acidentário, conforme o art. 60, § 3º, da Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991 (BRASIL, 1991). A empresa efetuará pagamento proporcional ao período efetivamente trabalhado (anterior e posterior ao afastamento), sendo considerados para essa apuração também os primeiros 15 dias de atestado médico, cuja remuneração cabe ao empregador. O art. 15 da Lei nº. 8.036, de 11 de maio de 1990, determina a obrigatorie- dade do empregador referente aos depósitos do FGTS durante o período em que o trabalhador se encontrar afastado por acidente de trabalho (BRASIL, 1990b). Assim, durante todo o período de afastamento, ainda que esteja o empregado recebendo o benefício previdenciário de auxílio-doença aciden- tário, se decorrente de acidente do trabalho ou doença profissional, obriga-se o empregador ao depósito do FGTS, conforme aponta o Centro de Orientação Fiscal ([2010]). À apuração da base de cálculo do FGTS, além da remuneração fixa, deve-se somar a média da remuneração variável, considerando os seis meses anteriores ao afastamento. Aviso prévio indenizado O aviso prévio indenizado do empregado comissionista corresponderá à média das comissões auferidas nos últimos 12 meses de serviço ou nos meses trabalhados, no caso de empregado com menos de um ano de serviço. No aviso prévio trabalhado, a remuneração do empregado corresponderá às comissões correspondentes às vendas efetuadas no prazo do aviso acrescidas do DSR do período mais o salário fi xo, no caso de remuneração mista, conforme aponta o site Fiscosoft (2008). Diversos manuais e guias para rotinas trabalhistas estão disponíveis on-line, para auxiliar o empregador e o empregado no entendimento de seus direitos e obrigações. A seguir estão listados alguns dos mais completos. Guia de cálculos trabalhistas (IOB, 2016) l1nq.com/W9sNo Folha de pagamento: movimentos variáveis18 ASSOCIAÇÃO DE FISCAIS E AUDITORES DE TRIBUTOS DO BRASIL. Décimo terceiro salário: ajuste para salário variável. AFBRAS, Curitiba, [2018]. Disponível em: https://www.afbras. org.br/?p=2539. Acesso em: 10 out. 2019. BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: texto consti- tucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a 6/94, pelas Emendas Constitucionais nº 1/92 a 91/2016 e pelo Decreto Legislativo nº 186/2008. Brasília, DF: Senado Federal: Coordenação de Edições Técnicas, 2016. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/ bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. Acesso em: 10 out. 2019. BRASIL. Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018. Regulamenta a tributação, a fis- calização, a arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Brasília, DF: Presidência da República, 2018. Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9580.htm. Acesso em: 10 out. 2019. BRASIL. Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985. Institui o Vale-Transporte e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1985. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7418compilado.htm. Acesso em: 10 out. 2019. BRASIL. Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990. Regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial,institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e dá outras pro- vidências. Brasília, DF: Presidência da República, 1990a. 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Dispõe sobre a participação dos traba- lhadores nos lucros ou resultados da empresa e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/l10101.htm. Acesso em: 10 out. 2019. BRASIL. Lei nº 13.419, de 13 de março de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para disciplinar o rateio, 19Folha de pagamento: movimentos variáveis entre empregados, da cobrança adicional sobre as despesas em bares, restaurantes, hotéis, motéis e estabelecimentos similares. Brasília, DF: Presidência da República, 2017a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/ L13419.htm. Acesso em: 10 out. 2019. BRASIL. Ministério da Economia. Instituto Nacional do Seguro Social. Tabela de con- tribuição mensal. INSS, Brasília, 18 jan. 2019. 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