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1 FACULDADE PITÁGORAS DE MACEIÓ BACHARELADO EM FARMÁCIA MARIANA GOMES AMORIM SOARES RA: 35993024793 Relatório Final de Farmácia Hospitalar Maceió Abril/2022 2 MARIANA GOMES AMORIM SOARES RA: 35993024793 Relatório Final de Estágio Farmácia Hospitalar Maceió Abril/2022 Relatório apresentado como requisito final para a conclusão da disciplina de estágio supervisionado de Farmácia Hospitalar, 6° período de Farmácia na Faculdade Pitágoras de Maceió. Orientador: Prof. Msc. Fábio Pacheco Pereira da Costa. 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 04 2 OBJETIVOS GERAIS................................................................................................. 07 2.1 Objetivos específicos................................................................................................ 07 3 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................. 08 3.1 Farmacêutico do Centro Cirúrgico............................................................................ 08 3.2 Farmacêutico Oncologico......................................................................................... 09 3.3 Farmacêutico no Controle de Infecções.....................................................................10 3.4 Farmacêutico do Pronto Atendimento........................................................................11 3.5 Farmacêutico Clínico.................................................................................................12 4 LOCAL E OS SETORES DO ESTÁGIO ....................................................................14 4.1Farmácia satélite do 1° anadar......................................................................................14 4.2 Contagem rotativa e etiquetas de validades.................................................................16 4.3 Cores da identificação dos medicamentos...................................................................18 4.4 A Prescrição Médica....................................................................................................19 4.5 Farmácia Satélite 2.......................................................................................................20 4.6 Casa da Criança............................................................................................................21 4.7 Centro Cirúrgico...........................................................................................................23 4.8 Terceiro andar...............................................................................................................24 4.9 Carrinho de Emergência...............................................................................................25 5 DISPOSIÇÃO DOS FARMACÊUTICOS....................................................................26 6 CONCLUSÃO..............................................................................................................27 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..........................................................................28 4 1 INTRODUÇÃO O estágio tem como objetivo relacionar a teoria com a prática. Permitindo de certa forma que instituam um conceito do que foi adquirido para que possa ser agregado às instituições em que venham a atuar, solidificando o conhecimento do aluno e proporcionando uma visão prática e vasta da atuação do farmacêutico no hospital. O hospital é um estabelecimento de saúde para assistência médica ambulatorial, com serviços médicos especializados. É o hospital destinado a servir à população de determinada área geográfica, prestando, no mínimo, assistência nas áreas básicas de clínica médica, pediátrica, cirúrgica, obstétrica e de emergência. A instituição hospitalar abriga a farmácia hospitalar, que através de sua estrutura tem a finalidade de proporcionar o uso adequado e seguro do medicamento, proporcionando assim o uso racional deste. Além de proporcionar o fornecimento de produtos necessários para a saúde do paciente hospitalizado (DARLAMI, 2010). O fornecimento de medicamentos e correlatos dentro de uma farmácia hospitalar é feito obedecendo aos princípios do ciclo da assistência farmacêutica, que engloba a seleção de medicamentos, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação com garantia da segurança do acompanhamento terapêutico e orientação aos pacientes e equipe de saúde, respeitando o nível e o grau de complexidade de atendimento do hospital (TORRES et al, 2007). A farmácia deve está localizada em um ponto estratégico do hospital, de preferencia próxima ao almoxarifado, local este onde ficam armazenadas as mercadorias que são os medicamentos e correlatos, visando à rapidez do fluxo de abastecimento da farmácia, mas em muitos hospitais o almoxarifado fica em um local isolado, o que dificulta a velocidade do processo de abastecimento, provocando a demora no atendimento, sendo necessária a padronização e a implantação de fluxos de abastecimento (SFORCIN et al, 2012). A farmácia hospitalar é um órgão que possui caráter assistencial, técnico- cientifico e administrativo. Atuando em atividades ligadas a seleção, dispensação, controle e distribuição de medicamentos e correlatos para outras unidades do hospital, e também é responsável pela orientação dos pacientes sobre o medicamento utilizado, visando à eficácia do tratamento e a redução de gastos do hospital (GOMES; VASCONCELOS, 2006; BORGES, 2019). 5 A Assistência Farmacêutica (AF) engloba um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional. No âmbito do SUS, os medicamentos disponíveis para o tratamento de doenças ou de agravos são aqueles padronizados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME). As responsabilidades das instâncias gestoras do SUS (Federal, Estadual e Municipal), em relação aos medicamentos, estão definidas em 3 Componentes: Básico, Estratégico e Especializado. A Atenção Farmacêutica é uma das entradas do sistema de Farmaco- vigilância, ao identificar e avaliar problemas/riscos relacionados a segurança, efetividade e desvios da qualidade de medicamentos, por meio do acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico ou outros componentes da Atenção Farmacêutica. A OMS define 3 diferentes níveis de atenção à saúde: o primário, o secundário e o terciário. Essas categorias seguem uma ordem crescente para garantir que cada paciente seja atendido no nível que corresponde, estabelecendo-se assim uma prioridade no acolhimento. Dentro da visão da integralidade do cuidado, a farmácia hospitalar, além das atividades logísticas tradicionais, deve desenvolver ações assistenciais e técnico-científicas, contribuindo para a qualidade e racionalidade do processo de utilização dos medicamentos e de outros produtos para a saúde e para a humanização da atenção ao usuário. Esta atividade deve ser desenvolvida, preferencialmente, no contexto multidisciplinar, privilegiando a interação direta com os usuários. As ações do farmacêuticohospitalar devem ser registradas de modo a contribuírem para a avaliação do impacto dessas ações na promoção do uso seguro e racional de medicamentos e de outros produtos para a saúde. O elenco de atividades farmacêuticas ofertadas depende da complexidade dos hospitais, bem como da disponibilidade de tecnologia e recursos humanos. O Farmacêutico Hospitalar responsabiliza-se por todo o ciclo da assistência farmacêutica, desde sua seleção (ativos e fornecedores), armazenamento, controles, até o último momento, a dispensação e o uso pelo paciente. A atuação do farmacêutico hospitalar é muito abrangente e com isso através de conhecimentos especializados, ele tem habilidade para assumir inúmeras responsabilidades, tanto na administração pública quanto na fabricação e no abastecimento de medicamentos; atuando em várias áreas como: na direção e administração da assistência farmacêutica, na regulamentação e no controle dos medicamentos, na formulação e no controle de qualidade dos produtos farmacêuticos, na inspeção e avaliação das instalações para fabricação de medicamentos, na garantia 6 da qualidade dos produtos ao longo da cadeia de distribuição; nas agências de aquisição de medicamentos, e nos comitês nacionais e institucionais de seleção de medicamentos. (SFORCIN et al, 2012). Mas atualmente a atuação do farmacêutico tem obtido um papel além de gestor, um papel centrado no paciente através da atenção farmacêutica, orientando o paciente e a equipe multidisciplinar sobre o uso dos medicamentos, evitando assim erros de prescrição, erros no uso da medicação proporcionando uma efetividade melhor do tratamento, bem como, proporcionando o uso racional de medicamentos (FERRACINI, 2010). Para a efetiva implementação da Assistência Farmacêutica é fundamental ter como princípio básico norteador o ciclo da assistência farmacêutica, que é um sistema constituído pelas etapas de seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação, com suas interfaces nas ações da atenção a saúde. As atribuições do farmacêutico hospitalar no Brasil são definidas pela Resolução CFF nº 568/2012, que regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada no Brasil. O papel do farmacêutico no âmbito hospitalar deixou de ser apenas administrativo, passando a ser centrado no paciente tendo o medicamento adquirido o papel de instrumento e não o fim para a cura d o paciente, nesse contexto o farmacêutico adquiri também um papel clinico, que é realizado pela atenção farmacêutica, visando à garantia da segurança da utilização dos medicamentos, a adesão ao tratamento, garantindo a efetividade do tratamento farmacoterapeutico, proporcionando assim o uso racional dos medicamentos (OLIVEIRA, et al, 2015). No âmbito hospitalar o farmacêutico esta envolvido em todo processo relacionado a medicamentos, que vai da seleção de medicamentos até a dispensação, passando pela analise, controle e quantificação de prescrições, manipulação de medicamentos, atuação em farmacovigilância, relatando casos de eventos adversos relacionados ao tratamento. E também participa de comissões como a de Farmácia e Terapêutica, comissão de controle de Infecções Hospitalares, Comissão de Ética. A comissão de farmácia e terapêutica é composta por uma equipe multidisplinar, onde esta tem a função de selecionar e padronizar os medicamentos que serão adquiridos pelo hospital, ou seja, é responsável por elencar os medicamentos que serão adquiridos pelo hospital, na quantidade certa, ao menor custo possível, (SFORCIN et al, 2012). 7 2 OBJETIVOS GERAIS * Desenvolver praticas relacionadas à administração, gestão de estoque e logística hospitalar, que vai da seleção à distribuição de medicamentos e correlatos para outras unidades, bem como também monitorar o tratamento do paciente. 2.1 Objetivos específicos * Conhecer a estrutura do hospital; * Conhecer a rotina de trabalho das farmácias hospitalares satélites; * Aprender e executar as atribuições de um farmacêutico dentro do ambiente hospitalar. 8 3 DESENVOLVIMENTO 3.1 Farmacêutico do Centro Cirúrgico A complexidade do centro cirúrgico exige do farmacêutico a previsaõ e o gerenciamento de medicamentos e materiais, indispensáveis para a realizaçaõ de procedimentos anestésicos- cirúrgicos. Na interrelação farmácia, compras e suprimentos pode ocorrer uma falta de sintonia e conseqüente repercussão na assistência ao paciente. Na atuação em centro cirúrgico, o farmacêutico se dedica também a questões da gestão administrativas e burocráticas, ficando responsável por organizar, prover, acompanhar e deixar disponíveis os materiais para as cirurgias programadas. Dentro deste contexto, a missaõ do farmacêutico é promover e incentivar a qualidade técnica do atendimento a partir de entendimento entre os profissionais, estabelecendo estratégias de avaliaçaõ e controle do processo, resgatando o profissionalismo e valorizando o trabalho. Abaixo, relacionam-se algumas atividades desempenhadas pelo farmacêutico: Monitoramento de estoque de medicamentos, materiais especiais e convencionais observando pontos críticos de abastecimento cobrando dos setores responsáveis parecer sobre reposiçaõ, quando necessária solicitaçaõ de empréstimos de materiais de outros setores; Busca de soluções contínuas na melho- ria nos processos; Participaçaõ no sistema de gerencia- mento de riscos, através da elaboraçaõ das notificações referente a medica- mentos e demais produtos para saúde; Identificaçaõ e treinamento de profis- sionais que têm potencial para o desempenho de tarefas específicas; Foco em resultados: trabalho contínuo; Trabalhar em equipe de forma colaborativa e integrada, cultivando o bom relacionamento e adquirindo credibilidade; Elaboraçaõ/atualizaçaõ dos Procedimentos Operacionais Padraõ (POP); Identificar talentos e habilidades na equipe incentivando seu desenvolvimento. É de responsabilidade do farmacêutico, desenvolver um serviço abrangente e de alta qualidade, coordenado adequadamente para atender as necessidades das equipes médicas e enfermagem do Centro Cirúrgico com intuito de propiciar a melhor assistência ao paciente. O papel do farmacêutico aparece para que se tenha além da provisaõ de medicamentos e materiais específicos, contato direto com ambas as equipes para o aperfeiçoamento das 9 atividades desempenhadas pelos profissionais da Farmácia em centro cirúrgico, agregando qualidade na assistência prestada. 3.2 Farmacêutico Oncológico O farmacêutico na área da oncologia busca encontrar e resolver de maneira sistematizada e documentada os problemas relacionados com os medicamentos que apareçam no transcorrer do tratamento do paciente, além de se envolver no acompanhamento do paciente, visando um tratamento mais seguro (FERRACINI; FILHO, 2012). Para compreender a atuaçaõ do farmacêutico nestaárea o objetivo deste trabalho foi apresentar algumas das atividades desenvolvidas pelo farmacêutico hospitalar na oncologia. De acordo com Andrade, (2009) em oncologia, o farmacêutico é o principal instrumento para a qualidade da farmacoterapia. Suas atribuições excedem a simples dispensaçaõ da prescriçaõ médica, ou ainda a manipulaçaõ propriamente dita. Sua atuação é importante em várias etapas da terapia antineoplásica. No exercício da atividade de quimioterapia nos estabelecimentos de saúde, caberá ao farmacêutico, selecionar, adquirir, armazenar e padronizar os componentes necessários ao preparo dos antineoplásicos. Avaliar os componentes presentes na prescrição médica, quanto à quantidade, qualidade, compatibilidade, estabilidade e suas interações (BRASIL, 2012). A atuaçaõ do farmacêutico em oncologia é uma realidade presente em praticamente todos os serviços de quimioterapia do Brasil. Embora tenha iniciado sua atuaçaõ exclusivamente nas atividades de manipulaçaõ e gerenciamento de quimioterápicos, tornou-se peça fundamental para a garantia da qualidade dos procedimentos (ESCOBAR, 2010). Por meio de ferramentas utilizadas pelo farmacêutico na análise da prescriçaõ médica, a terapia antineoplásica tornou-se mais segura para o paciente (ESCOBAR 2010). A análise da prescriçaõ médica é uma das principais atividades do farmacêutico clínico, pois com o prontuário nas maõs e o conhecimento clínico do paciente é possível analisar a prescriçaõ quanto à dose dos medicamentos, diluiçaõ e tempo de infusaõ, via e frequência de administraçaõ, compatibilidade e interações (FERRACINI; FILHO, 2012). 10 O cuidado farmacêutico naõ envolve apenas a terapia medicamentosa, mas também envolve decisões sobre o uso adequado de medicamentos para cada paciente (SOUSA, 2010). Por isso o farmacêutico deve proceder à formulaçaõ dos antineoplásicos segundo prescriçaõ médica, em concordância com o preconizado na literatura, manipulando as drogas antineoplásicas em ambientes e condições assépticas, e obedecendo critérios internacionais de segurança (BRASIL, 2012). 3.3 Farmacêutico no controle de infecções hospitalares As responsabilidade do farmacêutico nas ações de controle de infecções hospitalares (IH) incluem: redução da transmissão das infecções, promoção do uso racional de antimicrobianos e educação continuada para os profissionais da saúde e pacientes (AMERICAN SOCIETY OF HEALTH- SYSTEM PHARMACISTS, 1998). Segundo Cavallini e Bisson (2002), a maioria das infecções hospitalares tem origem endógena, em razão do desequilíbrio da relação que o homem estabelece com sua microbiota, o que é favorecido pela patologia de base, utilização de procedimentos invasivos e pressão seletiva em favor dos germes resistentes, exercida pelos antibióticos. A infecção exógena é limitada pela pequena capacidade que essa microbiota apresenta de sobrevivência no meio ambiente, na ausência de matéria orgânica que favoreça sua proliferação, sobretudo de sangue, secreções e excretas eliminados pelos paciente. Para Araújo (2000), a participação do farmacêutico na CCIH passou a ter caráter mais clínico e não mais apenas administrativo, devido à elaboração em conjunto com a CCIH de protocolos para antibiocoprofilaxia e antibioticoterapia. Os protocolos para utilização de antimicrobianos de uso profilático no hospital são divulgados no Manual de Medicamentos como um anexo que auxilia os prescritores, informando quais, como e quando utilizar antibioticoprofilaxia cirúrgica, baseando- se em estudos de evidências (ALTIMIRAS; SEGU, 1996; ARAÚJO, 2000; CONDINA et al., 1999; VIDOTTI, 2000). Sobre os fatores relacionados aos antimicrobianos, podem- se citar: farmacocinética, espectro de ação, dose, via e intervalo de administração, distribuição tecidual, interação medicamentosa, potencial de desenvolvimento de resistência, efeitos adversos, contra- indicações e custos (STORPIRTIS et al, 2008). 11 A utilização racional de medicamentos é pré-requisito para a prevenção e controle das infecções hospitalares (Milkovich, 2000; Guven, Uzun, 2003). Segundo Cavallini e Bisson (2002), novas atribuições foram conferidas, destacando-se o uso racional de antimicrobianos, germicida e materiais médico-hospitalares. Além disso, em conjunto com a Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT), deve-se definir uma política de utilização de antimicrobianos. Essas novas recomendações objetivam tornar maus atuantes as ações de controle de infecção, integrando-as à estrutura administrativa da instituição, substituindo seu papel eminentemente consultivo para participar com maior profundidade dos processos decisórios, auxiliando a administração a dimensionar as prioridades de investimento para o aprimoramento da qualidade da assistência prestada. 3.4 Farmacêutico do Pronto Atendimento A análise da prescrição médica é uma das principais atividades do farmacêutico clínico na UPA, pois pelo conhecimento clínico do paciente é possível analisar a prescrição médica e realizar a intervenção farmacêutica em casos de: - medicamentos não constantes da relação daqueles padronizados no hospital é sugerida ao médico a possibilidade de substituição por outro constante da relação de medicamentos padronizados pelo hospital e, caso não seja possível, é realizada a compra do medicamento; - forma farmacêutica inexistente ou inadequada à administração; - via de administração inadequada à administração prescrita; - dose inexistente e/ou acima ou abaixo da dosagem usualmente prescrita; - frequência de administração inadequada ao medicamento; - modo de administração inadequado ao descrito em literatura; - diluente inadequado ou incompatível com o medicamento prescrito, diluentes e embalagens; - incompatibilidade entre medicamentos; - prescrição de medicamentos com mesma ação farmacológica; - medicamentos ilegíveis ou com descrição incompleta; 12 - outras não conformidades que necessitem de esclarecimento junto à equipe médica. Além das intervenções farmacêuticas, outros benefícios relacionados à atuação do farmacêutico clínico na UPA incluem a atuação junto à equipe interdisciplinar, a interação com o paciente para obter história dos medicamentos de uso habitual, promover informação sobre medicamentos, incluindo informações específicas sobre ajuste de dose de medicamentos para insuficiência renal, idade ou peso, informações toxicológicas e farmacológicas, instruções sobre administração e substituição de medicamentos, ou qualquer outra dúvida sobre uso de medicamentos. Intervenções farmacêuticas são realizadas para obter o uso correto e seguro dos medicamentos. 3.5 Farmacêutico Clínico As atribuições do farmacêutico clínico estaõ dispostas na Resoluçaõ no 585 de 29 de agosto de 2013 do Conselho Federal de Farmácia (CFF). A partir dessas responsabilidades, somadas à concepçaõ do Cuidado Farmacêutico enquanto área de atuação, este profissional deve promover o Uso Racional de Medicamentos. Assim, o presente trabalho teve como objetivo investigar a relevância da presença de um farmacêutico clínico no ambiente hospitalar. Realizou-se uma revisaõ integrativa de artigos científicos sobre a problemática encontrados nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) O farmacêutico clínico no ambiente hospitalar demonstra que sua presença de um junto a equipe clínica aumenta a segurança e a eficácia de medicamentos prescritos, reduz os problemas relacionados à medicamentos, bem como diminui o número de retornos após a alta de pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). É notávelhá uma melhoria no tratamento das enfermidades que se deve em parte à presença de um farmacêutico neste ambiente. Portanto, compreende-se a grande importância de tal profissional junto a equipe clínica em hospitais e sua contribuiçaõ tanto para melhoria das condições do paciente, quanto para o aumento da credibilidade do hospital em que este atua, no que tange a segurança do paciente. O farmacêutico pode utilizar os métodos clínicos de seguimento farmacoterapêutico, dentre outros Serviços Farmacêuticos Clínicos, no ambiente hospitalar para atuar junto com a 13 equipe multidisciplinar, auxiliando principalmente os profissionais prescritores (VIANA et al, 2017). No quesito atribuições do profissional farmacêutico clínico a Resoluçaõ No 585 traz em seu ART. 7. Dessa forma saõ algumas atribuições desse: Realizar uma relaçaõ de cuidado centrado no paciente Estabelecer ações voltadas para a proteçaõ, promoçaõ e prevençaõ em saúde Realizar o planejamento e a avaliaçaõ da farmacoterapia Analisar a prescriçaõ de medicamentos Realizar intervenções farmacêuticas Participar e promover discussões de casos clínicos Promover a consulta farmacêutica Solicitar e analisar exames laboratoriais Monitorar níveis terapêuticos de medicamentos Elaborar um plano de cuidado para o paciente Realizar a revisaõ farmacoterapêutica Em um estudo que objetivou identificar as percepções dos pacientes quanto a sua terapia farmacológica e quanto a orientaçaõ farmacêutica evidenciou-se que 80% dos pacientes naõ conheciam o papel do farmacêutico no âmbito hospitalar. Sendo que dos 20% que alegaram ter conhecimento sobre o papel de tal profissional nenhum sabia de suas atividades clínicas apenas de atividades técnicas desenvolvidas na farmácia do hospital (LUPATINI et al, 2014). Assim, é sabemos que a populaçaõ pouco conhece do papel e a importância de um farmacêutico clínico no ambiente hospitalar. 14 4 LOCAL E OS SETORES DO ESTÁGIO O estágio teve inicio no dia 28/03/2022 até dia 08/04/2022 no Hospital Veredas, situado na Avenida Fernandes Lima, s/n - Km 05 - Gruta de Lourdes. Tendo funcionando 24 horas por dia. Nesse dia a Evelyn que faz parte da coordenação de Farmácia do Hospital Veredas, apresentou parte da estrutura física do hospital, e foi explicado como cada setor que passaria funciona. Alguns setores que o hospital possui: Setor de gerenciamento de ensino; Comissão de farmácia e terapêutica; Farmácias satélites; Farmácia do Centro Cirúrgico; Casa da Criança (Oncologia). O hospital oferta os seguintes programas: Programa de vacinação; Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; Atendimento pelo SUS através de parceria publico privada 4.1 Farmácia satélite 1° andar Cada andar tem um público alvo, porém todos os processos são os mesmos, de arrumação de medicamentos nos Bins, controlados no armário, e os termolábeis no refrigerador, os três andares atende SUS, mas no no 1º andar é estritamente SUS e foi a primeira farmácia satélite que fui na data 28/03/2022 e 29/03/2022, onde a mesma é responsável por atender a demanda de medicamentos e correlatos para os seguintes setores são eles: retaguarda do HGE, clínica cirúrgica feminina, clínica cirúrgica masculina e maternidade. Lembrando que no primeiro andar tem algumas particularidades por exemplo tudo o que sair de medicamentos estratégicos ou de algum medicamento marv ou seja medicamentos de 15 alta vigilância ou medicamentos que tem que ter um uso mais restrito só sai mediante justificativa. Com relação à estrutura organizacional, possui área destinada a analise e validação de prescrições pelas farmacêuticas, área para o estoque de medicamentos, computadores que são usados para dar baixa nas prescrições que são liberadas. Possui também local para armazenar os medicamentos o armário para medicamentos controlados e refrigerador para medicamentos termolábeis. Possuindo também um local reservado para guardar os arquivos. Existe uma planilha que é feita pelo farmacêutico da noite, que também manipula as quimioterapias no final de semana. A finalidade da planilha é auxiliar os farmacêuticos durante o dia, sendo que os farmacêuticos do dia, podem interferir na planilha, podem adicionar ou retirar o paciente? sim e não! porque sim e não? porque todos os que não necessitam de autorização os farmacêuticos estão aptos a liberarem, Os que necessitam de autorização o hospital tem um farmacêutico que é responsável por essa autorização, mas por que esse medicamento necessita disso porque são medicamentos antibióticos que tem inspetor maior ou seja são antibióticos mais restritos, além de ter um alto custo também tem uma certa condição de uso dele, em determinados pacientes podem ao invés de melhorar piorar, então são medicamentos que o farmacêutico da CCIH que é o Anderson tem que entrar no prontuário eletrônico olhar a anamnese de todo o paciente, vê como é que está os exames dele, ver como é que está o quadro clínico dele para então saber se ele realmente vai poder fazer uso ou não para esse tratamento. Caso o paciente não esteja apto a fazer uso desse tratamento que independente se é SUS, convênio ou particular, ele tem que ter esse cuidado no caso ele tem que entrar no sistema e fazer uma análise literalmente, caso o paciente não esteja apto a fazer, ele entra em contato com o médico e tenta trocar o antibiótico para um que não vai causar tanto dano para o paciente. Esses medicamentos estão em uma planilha onde todos os dias ela é atualizada, além da planilha os farmacêuticos do hospital tem um grupo de WhatsApp, quando precisa de autorização eles mandam para o grupo o nome do paciente, o setor, o antibiótico que o paciente está precisando o prescrito e se ele já colocou justificativa, se não tiver justificativa o farmacêutico coloca aguardando justificativa e o farmacêutico também sinaliza para o Anderson caso haja pouco tratamento ou não há tratamento disponível. Se ocorrer de ter alguma necessidade de encaixe ou pelo menos uma dose de ataque ele vai liberar ou não dependendo histórico estou do paciente tudo isso os farmacêuticos fazem em conjunto, porque eles tem no sistema o prontuário eletrônico, onde esta tudo da vida do 16 paciente, da hora que foi admitido no pronto atendimento ou na emergência até o dia que ele está interno, então eles tem todos os dados incluindo exames a partir nutricional de fisioterapia. Nesses dois dias fui supervisionada pela farmacêutica Isabella de M Bandeira Neves e pela Polyanne Thais Brandão Leite e por seis auxiliares de farmácia, nos dois dias as farmacêuticas Isabella e Polyanne, me mostram o sistema que usam no hospital que é o Sistema SMART, nele podemos observar e acompanhar vários processos que a farmácia satélite precisa para o bom funcionamento. 4.2 Contagem rotativa e etiquetas de validades A contagem rotativo dos medicamentos que é feito todos os dias, cada dia um departamento diferente de medicamentos é contado, essa atribuição é feita exclusivamente pelos auxiliares de farmácia, nessa contagem rotativa eles já observam a validade e lotes, quando a validade esta com 90 dias eles já sinalizam com a etiqueta na cor AMARELA e a LARANJA com 30 dias. Quando os auxiliares estão fazendo essa contagem, eles vão verificando os medicamentos que estão prestes a vencer ou os medicamentos que estão para vencer até 90 dias, e assim eles vão sinalizando com as etiquetas laranjae as etiquetas amarelas. Paralelo a isso eles vão limpando vão vendo se o estoque físico bate com o estoque do sistema caso haja uma divergências eles mandam para o supervisor de estoque que é o Romulo para que seja feita essa alterações ou para verificar onde foi que ocorreu essa divergência. Eles ao mesmo passo que separam as medicações por lotes porque pode ter a mesma data de validade porém lotes diferentes, então eles separam também os lotes, então a contagem rotativa não é apenas para a contagem ela também é para deixar as farmácias no mesmo padrão e que o hospital tenha menos perdas possíveis e que se um medicamento está prestes a vencer o farmacêutico entra em contato com alguma farmácia que aquele medicamento tem uma alta rotatividade para ver se eles conseguem fazer uma permuta, uma troca, porque o ideal é não se deixar vencer medicamento na farmácia ter o mínimo de baixa possível. Existe três etiquetas, as etiquetas dos multidoses com o tarja amarela são os padronizados exemplo xaropes, pomadas, as etiquetas multidoses com o tarja vermelha são para os medicamentos de alta vigilância certo e a de tarja preta são para os medicamentos controlados exemplo o clonazepan. Os antibióticos entraram nas tarjas amarelas dos padronizados é única que vai diferente, porque ela é uma etiqueta padrão e nessas etiquetas constam a data da abertura do medicamento, 17 acondicionamento temperatura ambiente ou temperatura refrigerada e a validade, assim tendo uma maior segurança enquanto ao uso do medicamento. A validade das multidose são medicamentos que vão diretamente para o setor, eles não vão muito para o paciente exceto os antibióticos então eles vão para o setor porque lá às vezes uma pomada ou xarope pode ser usado em vários pacientes, esses medicamentos no caso xarope por exemplo ele não vai ter a mesma validade após aberto, ele fechado tem validade de 2 anos ele aberto tem validade de até 30 dias porque ele as vezes não chega nem aos 30 dias então elas montam uma validade de até 30 dias tem que ser acondicionado. Vamos supor a temperatura ambiente marca lá de um antibiótico exemplo amoxicilina mais clavulanato que ele é um multidose que vai ser acondicionado em temperatura refrigerada, porque se acondicionar ele na temperatura ambiente as propriedades físico-químicas deles vão ser alteradas com as físicas ele tem uma coloração naturalmente amarela então ele passando muito tempo fora, acondicionado fora ele vai ter uma coloração começando a ficar amarronzada, então o ideal é abrir e acondicionado em geladeira a validade dele é até 10 dias após aberto, após ressuspendido até 10 dias, então é marcado lá acondicionado refrigerado validade abri dia 01 validade até dia 11. Multidose dos controlados rivotril que é o clonazepan gotas como é que é feita, em uma farmácia comercial você recebe o receituário azul, para o rivotril fica retido, no hospital eles também retém a receita mas não é azul é a receita do médico solicitando o uso daquele medicamentos os farmacêuticos retém e libera o vidro para enfermagem. Nas imagens podemos observar as etiquetas utilizadas e as cores da indicação dos medicamentos. 18 Quando a validade está próxima eles vão no sistema e verifica a farmácia satélite que mais está utilizando tal medicamento e assim eles fazem o remanejamento dos medicamentos para essa satélite fazer essa utilização para que o mesmo não venha a vencer. 4.3 Cores da identificação dos medicamentos Medicamentos de Controle Especial ( Etiqueta Preta ) Medicamentos/substâncias sujeitos a controle especial, também chamados medicamentos/substâncias controlados, são aqueles que têm ação no sistema nervoso central podendo causar dependência física ou química. Todos os medicamentos dessa categoria, são armazenados dentro do armário. Medicamentos Antimicrobianos ( Etiqueta Azul ) São drogas que têm a capacidade de inibir o crescimento de microorganismos, indicadas, portanto, apenas para o tratamento de infecções microbianas sensíveis. Medicamentos Termolábeis ( Etiqueta Verde ) Saõ chamados termolábeis os medicamentos particularmente sensíveis à açaõ da temperatura e que por isso geralmente requerem armazenamento sob refrigeraçaõ (entre 2oC e 8oC). Este armazenamento deve ser realizado em refrigeradores apropriados, naõ sendo permitido, por exemplo, o uso de equipamentos do tipo “frigobar”. Segundo o Manual de rede de frio do Ministério da Saúde, aparelhos com estas características apresentam limitações como espaço interno reduzido para o armazenamento de bobinas de gelo, dificuldade para atingir as temperaturas recomendadas, rendimento pouco eficaz e facilidade de troca de calor com o ambiente externo devido à espessura do isolamento das paredes. A legislação vigente no Paraná também naõ permite o uso de refrigeradores do tipo “duplex”, já que é necessário que exista comunicaçaõ entre o sistema de congelamento e o gabinete de armazenamento para uma melhor conservaçaõ dos medicamentos. Controle da temperatura o hospital tem um rigoroso controle diário da temperatura e é essencial para assegurar a qualidade dos medicamentos termolábeis. Para isso saõ utilizados termômetros digitais. O termômetro deve ser fixado no lado externo da porta, sendo introduzido o cabo extensor pelo lado de fixaçaõ das dobradiças, localizando o seu sensor (ou bulbo) na parte central da segunda prateleira. O bulbo naõ deve ser colocado dentro de líquidos, pois a recomendação de manter a temperatura. Medicamentos Mavs ( Etiqueta Vermelho ) 19 Estes medicamentos são aqueles que apresentam risco aumentado de causar danos significativos aos pacientes em decorrência de falha no processo de utilização, também conhecido como medicamentos de alta vigilância. Medicamentos Não Padronizados ( Etiqueta Amarelo ) Comprovada a necessidade do paciente utilizar o medicamento prescrito para tratamento de sua saúde, o hospital veredas providencia, vendo e analisando os recursos necessários para a recuperação do paciente, assim é autorizado o fornecimento desse medicamento prescrito pelo médico que faz o acompanhamento com o paciente, ainda que este configure como não padronizado, ou seja, que não conste nos protocolos e diretrizes terapêuticas estabelecidas. Medicamentos Padronizados ( Etiqueta Branco ) A padronização de medicamentos é uma atividade muito importante empregada pela equipe de profissionais do hospital para que haja um controle maior sobre os medicamentos disponíveis no estoque e que tem como ferramenta uma lista de medicamentos selecionados sobre critérios técnico-científicos e padronizados. 4.4 A Prescrição Médica A Prescrição médica não têm horário determinado para os médicos fazerem a solicitação, pois isso depende da condição do paciente e da demanda do hospital. Sendo assim o trabalho da farmácia satélite fica ‘’dependendo’’ dessas solicitação medicas, para dai serem triadas as solicitações e separados os medicamentos e insumos a serem utilizados. Observei e fiz as triagens das solicitações medicas, supervisionada pelas farmacêuticas, onde as solicitações são compostas pela prescrição medica e a solicitação da enfermagem. Assim O papel do farmacêutico hospitalar é fazer essa triagem esse cuidado para que não aconteça interação medicamentosa observar as quantidades estabelecidas pelo médico Se a posologia está correta e se aquele medicamento é um medicamento antibiótico ou de alta vigilância onde o mesmo só pode ser dispensado mediante autorização e ou observação. A forma de dispensação se caracteriza por ser parte por dose individualizada e parte por ser dose coletiva, sendo que adispensação individualizada é realizada para medicamentos que são injetáveis e comprimidos e são dispensados por paciente para um período de 24h, e a dose coletiva sendo dispensada para o setor que prescrevem medicamentos para serem ingeridos ou utilizados por via oral na forma de líquidos ou tópica sendo estes fracionados pela enfermagem. 20 Como já foi dito acima, é de extrema importância o farmacêutico analisar e validar as prescrições para evitar erros de administração de medicamentos, proporcionando assim uma maior segurança para o paciente durante o tratamento, evitando o prolongamento de sua estadia no hospital e reduzindo o custo que o hospital teria com este paciente. Cabe aos auxiliares separar os medicamentos e correlatos contidos nas prescrições validadas pelo farmacêutico, dar baixa no sistema dos medicamentos dispensados, armazenar os medicamentos e correlatos nos locais corretos de cada medicação, tendo a maior atenção possível para não armazenar o medicamento no local errado. Na farmácia Satélite do 1º andar, acompanhei a entrega de materiais o supervisores vieram fazer a entrega e os auxiliares de farmácia fazem a conferência onde foi constatado uma falta de 20 comprimidos de pantoprazol a farmacêutica ficou no aguardo para dar baixa no sistema, enquanto o supervisor foi buscar o que estava faltando, quando o que estava faltando chegou a farmacêutica imediatamente deu baixa no sistema, e assim seu estoque ficou atualizado. Um acontecimento atípico que pude presenciar foi um paciente alérgico há várias substâncias dentre elas o AAS onde no sistema fica em destaque essa alergia que o paciente apresenta a farmacêutica observou no sistema que foi prescrito essa medicação para um paciente que apresentava alergia à mesma, por conta disso não fez a dispensação da medicação e entrou em contato com o médico sinalizando-o dá alergia do paciente porém o médico liberou a dispensação pois o mesmo já havia fazendo uso dessa medicação por vários dias e não apresentou nenhuma reação alérgica. 4.5 Farmácia Satélite 2 Nos dias 30/03 e 31/03 onde fui supervisionada pelos farmacêuticos Emerson e Luzia, cada um em um dia. Pude perceber que no segundo andar tem mais sedação porque tem mais atenção por conta das 2 UTIs, tem a coronariano e a UTI geral, tem também alguns medicamentos oncológicos porque tem a pediatria e ela é um setor do hospital que dá suporte à casa da criança que é o setor só de oncologia então à necessidade de ter algum medicamento oncológico de administração intravenosa como por exemplo fugaz que é o granulokine que é administrado 3 ml dependendo o quanto o médico prescreve e a quantidade de dias que ele determina. Sendo que as 2 UTIs atendem não só SUS mas também planos de Saúde e particulares também não distingue por quê são os setores de emergência setores que realmente a pessoa está entre a vida e a morte então o hospital não distingue medicação se é para SUS, convênio ou 21 particular os farmacêuticos fazem a dispensação de imediato para os pacientes. Pediatria SUS, convênio e particular também é um setor crítico é um setor onde você está em casos muito mais graves do que em outros setores, então lá também não há distinção. No segundo pensionato só atende pacientes particulares e convênio, a diferença do primeiro andar para o segundo andar, é que no primeiro tem que ter justificativa para determinados medicamentos ou determinados uso de algumas coisa, no segundo andar não, pediu é liberado. Assim pude observar que cada andar tem suas particularidades, ou seja o grau de um para outro é diferente no primeiro nós temos maternidade temos as clínicas tudo voltado para o SUS, tudo sai mediante justificativa mas não deixa de ser atendido, o médico faz a justificativa e a farmácia satélite libera. O protocolo tem que ser dessa maneira, pois essa informações vão para o Ministério da Saúde, para que eles reponham para a O hospital principalmente os kits de Aids, pois tudo que sai o hospital protocola e manda para CAF (Centro de Abastecimento Farmacêutico) porque quando chega lá elas vão mandar isso pelo sistema do Ministério da Saúde, com isso o Ministério da saúde devolve para o hospital os kits e paga ao hospital, por isso que tem esses protocolos para saída desses medicamentos. 4.6 Casa da Criança Nos dias 01/04 e 02/04, foi explicado toda a dinâmica e separação do setor de oncologia, fui supervisionada pela Anna Pollyana, onde os médicos realizam consultas, exames diagnósticos complementares, encaminham para as cirurgias pediátricas de alta complexidade, internamento no próprio hospital veredas, tratamento quimioterápico e cuidados paliativos para os tipos mais prevalentes de câncer. Dispõe de UTI pediátrica, neurocirurgia, ortopedia oncológica e emergência oncológica, por meio do pronto atendimento, para pacientes vinculados ao Hospital. Faz atendimentos por convênios e pelo SUS, pelo sistema público é classificado como Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) exclusivo em oncopediatria nosso serviço é referência para a 2ª macrorregião de Alagoas e dispõe de 11 leitos para o SUS. Hoje na Casa da Criança, só tem crianças acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde. A casa da criança é baseada em protocolos, por exemplo a leucemia linfoide, tem um protocolo e o que seria esse protocolo, é tipo um TCC que foi baseado em estudos de alguns pacientes e foi visto qual as medicações e as combinações, pois geralmente eles fazem combinações de medicações, então faz mais de uma quimioterapia por dia ou uma hoje e a outra ou depois ou 7 dias, ou seja nos temos uma referencia. 22 No protocolo ele diz qual é o dia da medicação, qual a miligrama, e tudo isso é baseada pela superfície corpórea do paciente, essa superfície corpórea, seria a área do paciente, por exemplo como nós achamos essa área, pegando o peso e altura do paciente, aplica uma formula e acha essa superfície corpórea, então o protocolo ele sempre vai dizer exemplo 5.000 mg por metro quadrado então eu vou fazer a dose baseado no metro quadrado do paciente, então todos que tem leucemia vai fazer 5.000 mg, por metro quadrado só que a dose não vai ser igual, porque a massa corpórea de cada pessoa é diferente da outra, por isso que é uma dose individualizada. Baseado nisso eu vou achar a dose do paciente, posteriormente vou fazer o calculo com forme os padrões da ampola que temos, digamos que o paciente vai fazer uso de 50mg, mas a ampola que tem no hospital é de 500mg, então fazemos os cálculos e geralmente os cálculos que fazemos e regra de três e vê quanto de volume vai corresponder a 50mg se a medicação vai ser diluída em alguma coisa, se vai ser no soro ou glicose que seria o modo EV(endovenosa), se vai ficar na seringa para fazer intramuscular, subcutânea ou EV BOLUS ou EV DIRETO aplica-se o medicamento diretamente na veia do paciente em um tempo menor ou igual a um minuto. Também participamos da manipulação dos dos quimioterápicos que segue as mesmas regras da legislação das Boas Práticas da Fabricação de Medicamentos e atende as exigências específicas, como a RDC 220, de 2004, e a RDC 67, de 2007, da ANVISA. Vários aspectos tornam o processo delicado e que exige uma rotina de cuidados e controles. Vimos que a manipulação de medicamentos tem como principal característica a preparação personalizada da medicação que é destinada a determinado paciente, portador de prescrição ou orientação terapêutica, assim é realizada pela farmacêutica Ana Pollyana que é habilitada, e considera as características de cada paciente emconjunto com os dois médicos que compõem o setor de oncologia casa da criança. A área de preparo deve ser centralizada e isolada, de acesso apenas ao pessoal responsável pela manipulação, na qual deve ser estritamente proibida a ingestão e armazenamento de alimentos de qualquer natureza - sólido ou líquido. Recomenda-se nessa área não fumar e nem mascar chiclete. Deve-se esta com roupas apropriadas e mascara N95, touca, pro pé para entrar nesse ambiente. Como a casa da criança é fechada sábado e domingo então tem que ter esse estoque de granulokine caso alguma criança durante o sábado e domingo precise fazer uso dessa medicação. Ela é acondicionada na geladeira e tem que estar sempre entre 2 a 8° pois é um 23 termolábil, a maioria dos medicamentos oncológicos são termolabios, não todos, mas a maioria dos medicamentos são de uso refrigerado. Acompanhamos alguns procedimentos e exames que os médicos fizeram nas crianças, conhecemos, conversamos e brincamos com algumas delas, escutamos os desabafos das mães que acompanham seus filhos, e podemos sentir de perto como a Casa da Criança é importante para essas famílias, como atendimento humanizado e toda estrutura e infraestrutura que o hospital oferece. Fotos externa da fachada da Casa da Criança 4.7 Centro Cirúrgico No centro cirúrgico, foram nos dias 05/04 e dia 06/04, tem toda preparação de vestimentas, todo cuidado para não levar contaminação do ambiente externo para o setor, na entrada eles lhe dão a paramentação cirúrgica que é a vestimenta específica e apropriada aos procedimentos realizados no Centro Cirúrgico, inclui o uniforme privativo (calça e blusa), no vestuário eles dispõem o pro pé, touca descartável e máscara. São dois farmacêuticos, o Cassio e a Flavia, a farmacêutica que fez a minha supervisão a Flávia. São duas farmácia do centro cirúrgico, onde tem 5 auxiliares, onde a todo momento 24 eles separam caixas de medicações que já ficam pré-montadas, quando a pessoa responsável vai buscar as medicações, já esta tudo certo, é tudo muito rápido, requer muita atenção para não pegar a medicação errada ou entregar a caixa de paciente trocado. Todas as caixas tem o nome do paciente, se é sus ou convenio, e na farmácia do primeiro andar tem só um auxiliar, a farmacêutica fica nas duas farmácias, o auxiliar do andar, separa as medicações e insumos dos pacientes que estão no andar, separando em cestas das cores verdes e azuis. Os medicamentos são distribuídos da mesma forma que nas farmácias satélites, todas elas são padronizadas. O papel do farmacêutico é gerencial, eles fazem controle de estoque, pedido, é um serviço mais administrativo e burocrático. 4.8 Terceiro andar No terceiro andar, dia 07/04 e dia 08/04 fui supervisionada pelas farmacêuticas Cléa e Taissa, onde observei que tem a mesma configuração do segundo a diferença são os calibres de alguns correlatos porque ao invés de ter uma UTI para adultos, tem a UTI neonatal ou seja com pacientes de pequeno porte, ou seja paciente de 0 a 16 anos, então já é um outro público mas a configuração é a mesma. A UTI neonatal atende SUS, particular e convênios cim apartamentos atende pré-operatórios, pós-operatórios que é internamento e a maternidade atende plano e particular. A farmacêutica Cléa me deu a oportunidade de conhecer a CAF (Centro de abastecimento Farmacêutico), onde tudo que vivencie nas farmácias satélites, começa na CAF, que é a unidade responsável pela distribuição de medicamentos e materiais entre setores do hospital. Atua como um suporte às ações da farmácia, contribuindo para a qualidade da assistência ao paciente e credibilidade dos serviços farmacêuticos. A farmacêutica Taissa deu uma aula de toda mecânica do hospital, dos setores, me fez entender todos os processos de todos os setores que passei, de uma maneira mais abrangente, me levou também para conhecer a UTI neonatal, onde é um espaço reservado para tratamento de prematuros e de bebês que apresentam algum tipo de problema ao nascer, porém nem sempre os bebês ficam internados na UTI neonatal porque estão doentes, algumas vezes eles estão apenas crescendo e se tornando aptos para respirar, sugar e deglutir. 25 4.9 Carro de emergência Foi mostrado o carrinho de emergência, para se ocorrer alguma intercorrência com algum paciente em situações de urgências ou emergências médicas, eles estão distribuídos em cada andar, eles são uma estrutura móvel constituída por gavetas providas com materiais, medicamentos e equipamentos necessários para o atendimento do paciente. Na primeira gaveta do carrinho de emergência hospitalar, ficam os medicamentos usados nas emergências clínicas e diluidores. Na segunda gaveta, ficam os kits para intubação de emergência, na terceira gaveta, material para acesso venoso, sondagem e aspiração. Na última gaveta, os soros para as emergências. 26 5 DISPOSIÇÃO DOS FARMACÊUTICOS A disposição dos farmacêuticos nas 3 satélites são 2 farmacêuticos por satélite uma carga horária de 12x36 ou seja cada um vem um dia pegando das 07 da manhã às 19 da noite, sendo assim uma dupla, para compor cada satélite, exceto no centro cirúrgico e na casa da criança. No centro cirúrgico são 2 farmacêuticos, a farmacêutica Flávia e o Cassio, a Flávia fica todos os dias de segunda a sábado pela manhã e o Cassio assumi a parte da tarde de 13 às 07 da noite, domingo normalmente é o farmacêutico do dia que fica responsável pelo centro cirúrgico porque no centro cirúrgico não há nada a não ser o centro obstétrico porque às vezes pode ter um parto alguma coisa ou outra. Na casa da Criança tem um horário diferenciado, como só tem uma farmacêutica a Anna Pollyana, são dois dias da semana que ela fica de 07 às 19 da noite nos demais dias, no caso nos outros 3 dias fica de 07 às 14. Pela noite são 3 plantonistas cada um vem um dia, é descanso e volta, descansa dois dias e trabalha 1, no momento o hospital tem 3 farmacêuticos à noite e 2 em treinamento então teoricamente são 5 farmacêuticos para o hospital inteiro, por que durante o dia os farmacêuticos diarista dão suporte a todos os outros setores ficando apenas as 2 UTI para ser atendido ou centro cirúrgico caso tenha alguma emergência ou alguma intercorrência nos andares então um farmacêutico dá para dar conta tranquilo de todos os setores. A carga horária deles também são de 12 horas de 07 da manhã às 19 da noite, finais de semana ou feriado um dos farmacêuticos durante o dia tira uma folga e eles vem no lugar. No PA (Pronto atendimento) o hospital só atende 2 tipos de público, particular ou convenio e quando vai para emergência o hospital tem a emergências SUS que é separada do pronto atendimento temos a emergência do SUS que vai para o primeiro andar e temos a emergência do pronto atendimento que vai para o segundo e terceiro andar. 27 6 CONCLUSÃO A prática farmacêutica tem grande importância no âmbito hospitalar, pois esta visa, por meio da assistência farmacêutica e da pratica clinica, proporcionar o uso racional de medicamentos, proporcionando assim eficácia do tratamento e evitando custos elevados ao hospital. O farmacêutico dentro de suas atribuições deve desenvolver mecanismos para assegurar que o paciente tenha acesso à assistência farmacêutica de forma integral, com proposito de alcançar resultados definitivos para melhoria da qualidade de vida do paciente. Sendo o profissional responsável por todo o fluxo do medicamento dentro da unidade de saúdee pela orientação aos pacientes internos e ambulatoriais, buscando cooperar na eficácia do tratamento, redução dos custos, voltando-se também para o ensino e a pesquisa, funcionando como campo de aprimoramento profissional. Diante das experiências vividas, e da oportunidade de participar de um estágio curricular, foi de grande importância para o crescimento acadêmico, garantindo o contato direto com a equipe e os pacientes que são atendidos no hospital veredas, aplicando os conhecimentos teóricos na prática, podendo compreender o ciclo da assistência farmacêutica no âmbito hospitalar, bem como suas dificuldades. Percebendo o real papel do farmacêutico no âmbito hospitalar. 28 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BRASIL. Ministério da Saúde. Elenco de referência nacional do componente estratégico da assistência farmacêutica: Aquisição centralizada, conforme Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2017 e diretrizes específicas para as doenças e agravos que fazem parte do escopo dos Programas estratégicos do Ministério da Saúde ou Formulário Terapêutico Nacional. 2018. BORGES, M. V. O papel do farmacêutico clínico na atenção farmacêutica hospitalar. 2019. 39f. Trabalho de conclusão de curso - Curso de Farmácia, Faculdade de Educação e Meio Ambiente, Rondônia, 2019. CAMPELO, C ., et al . Tuberculose-diagnóstico laboratorial-baciloscopia . Série Telelab. Brasília: Ministério da Saúde; 2001. COSTA, R. R., et al. Diagnóstico laboratorial da tuberculose: Revisão de literatura. Rev Med, Minas Gerais, v.28, n.5, p.197-206. DARLAMI. L. Gestão de suprimentos na farmácia hospitalar pública . Visão acadêmica, Curitiba, v.11, n.1, p. 82-90, 2010. FERRACINI, F. T.; BORGES FILHO, W. M. 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