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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE - FAEMA 2018 Relatório Final de Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar Estagiário (a): Maria Rosalina Sana de Freitas Orientador (a): Vera Lucia Matias Gomes Geron A R I Q U E M E S - R O FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. Maria Rosalina Sana de Freitas RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FARMÁCIA HOSPITALAR FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. Maria Rosalina Sana de Freitas RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FARMÁCIA HOSPITALAR Relatório final de Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar requisito parcial para aprovação, apresentado a Coordenadoria do Curso de Farmácia – Bacharelado da FAEMA. Orientador (a): Vera Lucia Matias Gomes Geron ARIQUEMES - RO 2018 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 5 1.1 O profissional farmacêutico --------------------------------------------------------------- 5 1.2 O perfil do farmacêutico hospitalar ----------------------------------------------------- 6 2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA -------------------------------------------------------- 6 3. ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO -------------------------------------------------------------- 7 4 CARACTERÍSTICAS DA ÁREA -------------------------------------------------------------- 8 4.1 Ambulatório ------------------------------------------------------------------------------------- 8 4.2 Centro Cirúrgico ------------------------------------------------------------------------------- 9 4.3 Pronto Socorro --------------------------------------------------------------------------------- 9 4.4 Quimioterapia ----------------------------------------------------------------------------------- 9 4.5 Dispensação ---------------------------------------------------------------------------------- 10 5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ---------------------------------------------------------- 11 5.1 Ambulatório ----------------------------------------------------------------------------------- 12 5.2 Centro Cirúrgico ----------------------------------------------------------------------------- 12 5.3 Pronto Socorro ------------------------------------------------------------------------------- 12 5.4 Quimioterapia --------------------------------------------------------------------------------- 13 5.5 Dispensação ---------------------------------------------------------------------------------- 13 6 DEFICIÊNCIAS ENCONTRADAS ---------------------------------------------------------- 16 7 CONCLUSÃO ------------------------------------------------------------------------------------ 17 REFERÊNCIAS ----------------------------------------------------------------------------------- 18 1. INTRODUÇÃO A farmácia hospitalar é o setor do hospital que rege todas as principais ações voltadas aos medicamentos. Segundo a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar, obtemos a seguinte definição: “Farmácia hospitalar se trata de uma unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao paciente.” Por esta definição, fica claro que o objetivo da farmácia hospitalar é promover a cura por meio dos medicamentos e correlatos que auxiliem no processo da restauração da saúde do paciente. Por ser o local responsável por todos os assuntos relacionados aos medicamentos, cabe a farmácia hospitalar não só manter organizado o seu local, como também ao profissional verificar, orientar e administrar pedidos de insumos, contribuindo assim com o seu conhecimento visando o custo-benefício. O hospital, por ser uma área grande e com vários setores onde há urgência constante de medicamentos a todo momento, fez com que se desenvolvessem as farmácias satélites, que são definidas como uma farmácia localizada no próprio setor da dispensação, com a finalidade de estocar adequadamente os medicamentos e materiais e proporcionar uma assistência farmacêutica efetiva e direta de uma forma que o paciente seja prontamente atendido (Cavallini e Bisson, 2002). As farmácias satélites funcionam como uma pequena farmácia no setor onde está despende do abastecimento advindo do Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), mas que supre as necessidades urgentes do setor e cabe ao farmacêutico responsável estar constantemente organizando e verificando se as condições estão apropriadas para a estocagem de modo que não altera as propriedades físico-químicas dos mesmos. 1.1. O profissional farmacêutico A legislação que regulamenta o exercício profissional da Farmácia em Unidade Hospitalar é a Resolução nº. 300, de 30 de janeiro de 1997. Segundo esta resolução, “Farmácia Hospitalar é uma unidade técnico-administrativa dirigida por um profissional farmacêutico, ligada funcional e hierarquicamente a todas as atividades hospitalares”. Esta é praticamente a mesma definição apresentada pela Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar, isso ressalta que o profissional FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. farmacêutico é quem apresenta o perfil ideal para ser o responsável por tais atividades, as quais que não envolvem somente a dispensação dos medicamentos mediantes a um requerimento. O papel do farmacêutico dentro da unidade hospitalar envolve o conhecimento da clínica, administração, entre outros, o que representa um perfil bem abrangente e bem exigente, pois o mesmo é cobrado por todas as responsabilidades que venha a envolver medicamentos e correlatos. Outro ponto importante da atuação do farmacêutico na unidade hospitalar é a sua contribuição no corpo multiprofissional, sendo ele o profissional como mais propriedade para defender, instruir e orientar os outros profissionais na utilização dos fármacos. 1.2. O perfil do farmacêutico hospitalar Cabe ao profissional farmacêutico dentro da farmácia hospitalar a seleção e aquisição de medicamentos; análise de matérias primas e produtos acabados; distribuição de medicamentos e outros produtos em saúde; participação em Comissões Técnicas; a farmácia Clinica, farmacocinética, farmacovigilância e a prestação de cuidados farmacêuticos; colaboração na elaboração de protocolos terapêuticos; colaboração na prescrição parenteral e sua preparação; a informação de medicamentos. De modo geral, o farmacêutico da unidade hospitalar deve ter conhecimentos básicos de contabilidade e administração, habilidade para comandar e liderar, além de conhecer as ferramentas da qualidade total e possuir capacidade de atuar em Assistência Farmacêutica e Atenção Farmacêutica. 2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA O Hospital Carlos Chagas é de caráter privado e presta atendimento à população em geral, podendo ser por convênios, ou particular, o que abrange um maior público, facilitando assim para a população adquirir um atendimento eficiente e de qualidade. Este hospital está situado na Avenida Juscelino Kubistchek n°1640, Setor 02 Ariquemes – RO. FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. O hospital dispõe de uma farmácia hospitalar que é a responsável pelo controle de medicamentos e correlatos utilizados no hospital. É composto ainda por uma sala cirúrgica equipada, pelo setor de pronto atendimento, dois postos de enfermagem e ambulatórios médicos. O Hospital Regional de Ariquemes está situado na avenida Tancredo Neves, nº1370 - Setor Institucional - Ariquemes, RO - CEP: 76872-870. Este é um órgão de caráter público que atende pacientes não somente da cidade de Ariquemes, mas também à população de todo o Vale do Jamari e Cidades vizinhas, pois é responsável pelo atendimento de urgências e emergências, como também atendimentos a população em geral. É composta por uma farmácia hospitalar onde é designado o controle de abastecimento de medicações e produtos hospitalares. 3. ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO A farmácia hospitalar é caracterizada pelo Ministério da Saúde como Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) que se refere à unidade de assistência farmacêutica que serve para o armazenamento de medicamentos e correlatos, onde são realizadas atividades quanto à sua correta recepção, estocagem e distribuição. O espaço físico destinado à farmácia contém uma área destinada a dispensação e uma área anexa destinada ao armazenamento de medicamentos. Também, considera-se as condições específicas da armazenagem da área utilizada e a ventilação e iluminação adequada, preferencialmente natural. Os pisos são de materiais resistentes e fáceis de serem limpos através de lavagem, além de declives apropriados, tanto nos pisos quanto nas paredes. A área de dispensação conta com um balcão para atendimento da enfermagem. Este local é de fácil acesso, o que permite a proximidade entre o dispensador e o pessoal de enfermagem e ao mesmo tempo evita o fluxo de pessoas na área onde ficam os medicamentos. http://www.guiamais.com.br/ariquemes-ro/av-tancredo-neves FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. Na área de armazenamento o fluxo é limitado apenas ao pessoal autorizado que trabalha na farmácia, os quais são responsáveis pela organização das prateleiras em ordem alfabética e segundo a sua fórmula farmacêutica; corretados são armazenados por tamanho e número de sua graduação. A reposição de estoque e realizada de maneira que a quantidade de produtos a serem armazenados facilite a manutenção, limpeza, deslocamento de funcionários e segurança. Outro ponto importante na organização do estoque de medicamentos é o sistema PVPS (primeiro que vence, primeiro que sai), que evita o vencimento de muitos fármacos. O Hospital Regional caráter salas de cirurgias, leitos coletivos onde os pacientes são divididos conforme a gravidade, ambulatório, ala de obstetrícia, laboratório de análises e a farmácia hospitalar, a qual tem grande responsável por suprir corretamente todas as necessidades dos setores no que diz respeito a medicamentos e correlatos. O Sistema Único de Saúde (SUS) tem por princípios a Universalidade, Equidade e Integralidade da atenção à saúde, por base nesses princípios são regradas os atendimentos de maneira que respeite a individualidade de cada um sem que ocorra segregação. 4. CARACTERÍSTICAS DAS ÁREAS 4.1. Ambulatório Brasil (1963) define Ambulatório como “serviço destinado a diagnóstico ou tratamento de pacientes sem internação”, é o local do hospital responsável pelo atendimento primário a pacientes de casos não muito graves onde se trata apenas de uma medicação, realização de curativos, uma pequena cirurgia, ou ainda prestação de primeiros socorros. São destinados a esse setor atendimentos que não exijam estrutura especializada e complexa para o atendimento. Este setor, por necessitar constantemente de medicamentos, possui um pequeno estoque de medicamento de uso interno nos pacientes, os quais são FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. constantemente repostos através de requisições e sempre que possível monitorados pela farmacêutico verificando as condições dos fármacos e correlatos. 4.2. Centro Cirúrgico Segundo Silva et al. (1997) citado por Carbonera (2011) “a Unidade de Centro Cirúrgico é o conjunto de elementos destinado às atividades cirúrgicas, bem como à recuperação anestésica e pós-operatória”. É local onde ocorrem cirurgias, devendo ser este de entrada restrita, totalmente estéril e bem equipado para qualquer eventualidade que possa ocorrer, devendo dispor de utensílios estéreis para que não ocorra infecções nos pacientes e com um acervo abrangente de medicamentos que poderão ser utilizados nas cirurgias. 4.3. Pronto Socorro O setor de pronto socorro é destinado às situações de urgência e emergência, onde não é possível esperar para passar por uma consulta médica e em geral se faz a prescrição de medicamentos para serem utilizados no momento. Em uma questão de necessidade é devido que se tenha no pronto socorro uma farmácia-satélite, ressalta Carbonera (2011) “a existência de Farmácias Satélites em setores críticos de um hospital promove a racionalização no seu sistema de distribuição de medicamentos, possibilitando uma redução dos custos na aquisição desses produtos, permitindo uma maior proximidade em relação às necessidades dos pacientes.” 4.4. Quimioterapia Segundo a Resolução Normativa nº 387 (BRASIL, 2015): ...quimioterapia oncológica ambulatorial, entendida como aquela baseada na administração de medicamentos para tratamento do câncer, incluindo medicamentos para o controle de efeitos adversos relacionados ao tratamento e adjuvantes (medicamentos empregados de forma associada aos quimioterápicos citostáticos com a finalidade de intensificar seu desempenho ou de atuar de forma sinérgica ao tratamento) que, FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. independentemente da via de administração e da classe terapêutica, necessitem, conforme prescrição do médico assistente, ser administrados sob intervenção ou supervisão direta de profissionais de saúde dentro de estabelecimento de Saúde. Como disposto na legislação vigente, esse setor deve ter supervisão direta de profissionais de saúde e por esse motivo se faz necessário a ala de quimioterapia onde os pacientes, na medida do possível, possam sentir-se mais confortáveis, e que não ocorra processos infecciosos advindos de outros pacientes. Sob supervisão e profissionais habilitados e especializados para promover um maior cuidado e segurança no tratamento. 4.5. Dispensação A farmácia hospitalar precisa estar organizada para dispensar adequadamente os produtos que dispõe para os pacientes. Segundo Cavallini e Bisson (2010) “Um sistema de distribuição de medicamentos deve ser racional, eficiente, econômico e seguro...” Para que o controle seja eficaz, se faz necessário o acesso do farmacêutico às informações sobre cada paciente (idade, diagnóstico, peso, medicamentos prescritos), o que permite um acompanhamento da farmacoterapia do paciente sob uma melhor avaliação da prescrição médica. Essas informações detalhadas podem evitar interações medicamentosas, reações adversas, melhora nos horários para que ocorra uma maior biodisponibilidade do fármaco no organismo e até para questionamentos sobre o plano terapêutico com o profissional responsável. O fator importante é a redução de custos, pois como uma empresa privada o tratamento será pago pelo próprio paciente ou pelo plano de saúde. Para que ocorra a economia, preconiza-se que a dispensação seja conforme a real necessidade do paciente sendo esta revisada a cada 24 horas, ocorrendo assim a diminuição de doses excedentes caso já esteja ocorrendo melhora no paciente e lhe assegurando a eficácia do tratamento. FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. Existem 3 diferentes tipos de dispensação de medicamentos na farmácia hospitalar, sendo estes: dose coletiva, dose individualizada e dose unitária. Dose Coletiva É o sistema pelo qual a farmácia fornece materiais e medicamentos atendendo a um requerimento feito pela unidade solicitante. Essas requisições são feitas em nome de setores, e não de pacientes, pois esta de certa forma é uma “reposição de estoque” necessário em setores como pronto socorro, que no caso não possua uma farmácia-satélite. Na Dose Coletiva, a farmácia torna-se um mero fornecedor de medicamentos, ocorrendo armazenamento em estoques descentralizados. Dose Individualizada Este é o caso da prescrições médicas, onde a farmácia recebe as solicitações de medicamentos através de uma transcrição de prescrição médica feita pela enfermagem, ou mesmo através de um pedido médico, para que possa ser separar os medicamento para cada paciente no que for necessário para a administração das doses no período de 24 horas. Dose Unitária Neste sistema os medicamentos são dispensados nas doses exatas às descritas na prescrição, acondicionados em pequenas embalagens de plástico, lacradas com o nome e leito do paciente, contendo o horário de administração. Assim o medicamento certo, é destinado ao paciente certo, na dose certa. Esse sistema evita extravios de medicação, administração da dose errada ou do medicamento errado ou ainda ocorrer de ser administrado no paciente errado. 5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. 5.1. Ambulatório O papel do farmacêutico no ambulatório é organização do estoque fixo de medicamentos e correlatos, estar sempre atento a reposição, datas de vencimentos e também é muito importante que o farmacêutico fique atento ao correto armazenamento, exemplo medicamentos fotossensíveis e os medicamentos que necessitem ficar na geladeira. No ambulatório há uma caixa fechada onde ficam armazenados alguns medicamentos controlados delimitados na portaria 344. E é papel do farmacêutico sempre estar inspecionando se não está ocorrendo extravio, se quando acaba o expediente as enfermeiras lacram a caixa novamente e sempre que o medicamento for utilizado dar baixa no estoque daquele medicamento referente ao que foi usado. 5.2. Centro Cirúrgico O centro cirúrgico, como em outros setores de emergências, possui um pequeno estoque de medicamentos para algum eventual acontecimento. Embora antes das cirurgias os médicos façam a requisição dos medicamentos que poderão ser necessários durante a cirurgia, ocorre também que nos intervalos entre as cirurgias o farmacêutico se desloca até o centro cirúrgico e verifica se há necessidade de repor o pequeno estoque do local, ou se deve ser feita retirada/substituição de algum medicamento vencidos ou que não apresenta condições físicas adequadas. 5.3. Pronto Socorro Este local requer cuidado e rigor quanto à disponibilidade de medicamentos e insumos necessários no atendimento de urgência e emergência, por esse motivo são inspecionados todos os dias para averiguar a data de validade e a quantidade disposta. Embora o Hospital Carlos Chagas não tenha como parte de suas atividades o atendimento de urgência e emergência, os profissionais estão sempre apostos caso algum de seus pacientes internados tenha um agravo ou ainda se chegar FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. algum paciente necessitando de atendimento de urgência, todo o atendimento a ele será prestado, pois de forma alguma ocorrerá a omissão de socorro. Para eventuais casos de emergência, o hospital é equipado com o carrinho de emergência em cada andar do prédio, o qual possui vários equipamentos necessários o balão de oxigênio e nas gavetas ficam organizados os medicamentos necessários em emergências. O papel do farmacêutico é vistoriar esses medicamentos, repor os que estão faltando e averiguar as condições físicas e a validade dos medicamentos que ali ficam armazenados. 5.4. Quimioterapia Infelizmente não será possível descrever as atividades realizadas pelo farmacêutico na ala de quimioterapia, pois o Hospital Carlos Chagas não é equipado e especializado para a realização de tais tratamentos. 5.5. Dispensação A dispensação da farmácia do Hospital Carlos Chagas é realizada via requerimento dos setores, ou prescrição médica, podendo ser estas na forma manual ou eletrônica diretamente no sistema de gerenciamento do hospital. Normalmente as manuscritas são as prescrições para pacientes que estão em pós operatório. O rigor estabelecido quanto às saídas e entradas de mercadorias reflete clareza e mais economia. Para o hospital e também para o paciente quando este faz FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. a quitação do seu tratamento, sabendo ele que só será cobrado pelo que realmente foi utilizado. A informatização é uma ferramenta que deve ser utilizada para a redução de eventos adversos e erros de medicações, pois o sistema funciona por códigos de barras para pacientes, medicamentos e materiais médicos, minimizando assim possíveis enganos. Apesar de ser de custo elevado para a sua implantação ele reduz muito erros e agrega informações de extrema importância. No caso do hospital Carlos Chagas o sistema utilizado é o Tasy, que possibilita um completo controle sendo este bem completo. O funcionamento do sistema ocorre da seguinte maneira: 1. O prescritor informa o registro do paciente, que é feito no momento da internação apresentando todos os dados pessoais necessários. 2. O prescritor informa algumas informações especificas referentes ao diagnóstico e tratamento; 3. Ao finalizar a prescrição os dados são salvos e encaminhados para a farmácia; 4. A farmácia separa de forma unitária as medicações do paciente e “bipa” os medicamentos e correlatos que saíram; 5. As medicações são separadas em kits juntamente os correlatos que serão utilizados (os kits contém o medicamento, seu diluente, sendo este agua ou soro, a agulha apropriada e a seringa); 6. Tudo o que foi separado para o paciente é posto dentro de uma caixa identificada com o nome completo do paciente; 7. Essa caixa é levada ao posto de enfermagem, onde os enfermeiros irão conferir se está tudo certo e assinar a prescrição assegurando a conferencia. Como descrito acima, uma característica para o atendimento das prescrições é a montagem dos kits, que conferem mais praticidade no momento da FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. administração do medicamento, pois esta já está com a agulha adequada, com o solvente adequado e a seringa correta. Outro ponto muito importante é o armazenamento de mercadorias, quando estas chegam no hospital. O papel do farmacêutico é fazer a conferência de todas as mercadorias, averiguando se não está faltado algo e também observando se a mercadoria está em boas condições. Após, é feita a estocagem que trata-se de dispor os medicamentos cada qual no seu local. Caso no armário de medicamentos o medicamento em questão ainda apresenta uma boa quantidade a caixa que recém chegara fica armazenado em um sub estoque. Caso o medicamento esteja em pouca quantidade no armário de disposição de medicamentos ele é posto para repor o estoque. É muito importante estar atento à política de empresa que segue o quesito PVPS “primeiro que vence primeiro que sai”, evitando assim vencimento de medicamentos. A farmacêutica organiza a farmácia por ordem alfabética e pelo tipo de fórmula farmacêutica ou correlato, facilitando a procura. Já os medicamentos descritos na portaria 344, são mantidos em um armário trancado evitando assim o acesso de pessoas não autorizadas. Há também os medicamentos que necessitam estar armazenados dentro da geladeira sob controle de temperatura entre 2°c a 8°c, mantendo sempre o controle. A temperatura ambiente também passa por um controle, estando está por volta de 25°c. FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. 6. DEFICIÊNCIAS ENCONTRADAS A farmácia hospitalar do Hospital Carlos Chagas segue todos os parâmetros estabelecidos pela legislação e vai além buscando sempre proporcionar o melhor para os seus pacientes e funcionários. Já o Hospital Regional de Ariquemes por ser de caráter público podemos notar várias falhas, principalmente no que diz respeito ao estoque dos fármacos, pois as faltas de medicamentos e correlatos são comuns os que propiciam a improvisação ao atender pacientes, não sendo métodos comprovadamente seguros, porém necessários nas situações. Tem também grandes falhas na forma de dispensação, sempre a um funcionaria se alto medicando e se reportando ao balcão e pedindo um medicamento para si próprio também. As faltas não dizem respeito a farmacêutica, mas sim a burocracia dificulta e faz com que todo o processo seja demorado e nada preciso. As instalações também não são coerentes com a legislação vigente, mas na medida do possível, infelizmente é assim que ocorre no setor público, o serviço é feito com competência e agilidade por parte da equipe da farmácia hospitalar. 7. CONCLUSÃO As atividades realizadas durante o pequeno período de estágio realizado no Hospital Carlos Chagas mostrou a rotina de responsabilidades e de técnicas que muitas vezes não conseguimos aprender e compreender somente com a teoria, mas sim com a prática, o que proporciona aprimoramento no conhecimento de todos os aspectos da farmácia hospitalar. REFERÊNCIAS BRASIL. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Resolução Normativa nº 387, de 28 de outubro de 2015. Atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos privados de assistência à saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999; fixa as diretrizes de atenção à saúde. Brasília: Diário Oficial da União, 2015. Disponível em: <http://www.ans.gov.br/component/legislacao/?view= legislacao&task =TextoLei&ormat=raw&id=MzExMA ==>. Acesso em: 18 out. 2016. BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. Constituição (1963). Decreto nº 52.464, de 12 de setembro de 1963. Normas Técnicas Especiais Para Orientação, Organização e Funcionamento e A Fiscalização de Instituições de Assistência Médico-social no País. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/ 1960-1969/decreto- 52464-12-setembro-1963-392463-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 20 out. 2016. CARBONERA, Renata Patrícia. Propostas para a implantação de uma Farmácia Satélite no Bloco Cirúrgico de um Hospital Universitário, com enfoque na gestão por processos. 2011. 45 f. Monografia (Especialização) - Curso de Medicina, Farmácia Hospitalar, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. Disponível em: <http://pesquisa.bvs.br/brasil/resource/en/ses-31169>. Acesso em: 18 out. 2016. CAVALLINI, Míriam Elias; BISSON, Marcelo Polacow. Farmácia Hospitalar: Um enfoque em sistemas de saúde. 1ª ed. São Paulo: Manole, 2002. CAVALLINI, Míriam Elias; BISSON, Marcelo Polacow. Farmácia Hospitalar: Um enfoque em sistemas de saúde. 2. ed. Barueri: Manole, 2010. 260 p. SILVA, M.D.A.; RODRIGUES, A.L.; CESARETTI, I.U.R. Enfermagem na Unidade de Centro Cirúrgico. 2a ed. rev. e ampl. São Paulo: EPU, 1997. IN: CARBONERA, Renata Patrícia. Propostas para a implantação de uma Farmácia Satélite no Bloco Cirúrgico de um Hospital Universitário, com enfoque na gestão por processos. 2011. 45 f. Monografia (Especialização) - Curso de Medicina, Farmácia FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013. Hospitalar, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. Disponível em: <http://pesquisa.bvs.br/brasil/resource/en/ses-31169>. Acesso em: 18 out. 2016. SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR. Padrões Mínimos para Farmácia Hospital e Serviços de Saúde. Goiânia: Conselho Federal de Farmácia, 2007. 20 p. Disponível em: <http://www.sbrafh.org.br/site/public/temp/4f7baaa 6b63d5.pdf>. Acesso em: 17 out. 2016 SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR. Padrões Mínimos para Farmácia Hospital e Serviços de Saúde. Goiânia: Conselho Federal de Farmácia, 2007. 20 p. Disponível em: <http://www.sbrafh.org.br/site/public/temp/4f7baaa 6b63d5.pdf>. Acesso em: 17 out. 2016 FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA ------------------------------------------------------------------------------------ Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 857, de 11/09/2013, D.O.U. de 12/09/2013.
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