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DELUMEAU, Jean. A criança e a instrução. In: A civilização do Renascimento. V. 2. Lisboa: Editorial Estampa, 1994.
· A construção do conceito de “criança” e “infância” foi lenta e gradual, inicialmente ligada a uma esfera religiosa (com as representações do menino Jesus), mas depois se afastando dela. 
· A iconografia familiar, a arte do retrato e o surgimento das égides infantis foram importantes no processo de inclusão das crianças nas representações artísticas, especialmente as das elites.
· Os colégios do Renascimento eram, inicialmente, fundações criadas, por pessoas abastadas, para permitir estudantes pobres a continuarem com seus estudos. Eles equivaliam ao ensino secundário e surgiram a partir das faculdades das artes (ensinavam o Trivium e o Quadrivium), de modo que contribuíram para o declínio destas. 
· Muitas cidades que não tinham universidades aproveitavam das escolas secundárias, as quais, posteriormente, também virariam colégios.
· As faculdades das artes foram fortemente influenciadas pelo humanismo, até mesmo adaptando seus programas escolares às suas exigências, enquanto as de Teologia viram nele uma ameaça à ortodoxia.
· Houve um declínio das universidades; o berço intelectual estava muito mais ligado, agora, com esses colégios, com as academias e, posteriormente, com as sociedades literárias e cientificas. 
· A partir do século XVI, a “escola” passa a ser mais sistematizada: planos de estudos surgem, não há uma variação de idade tão gritante, a duração da escolaridade foi reduzida, a qualidade da instrução melhorou. Porém, os mestres se viram perdendo sua independência, sendo submetidos à autoridade dos reitores e das instituições escolares, além de que, com as monarquias absolutistas, a obediência ao rei também era importante.

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