Tomada de Decisões em Cuidados Paliativos

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Aula medicina paliativa 27/09 
Questões que envolvem tomada de decisões nos cuidados paliativos 
Prof. Tupiná 
Ferramentas e modelos de tomada de decisão nos cuidados paliativos 
Como se comportar diante de um quadro de irreversibilidade? 
É importante lembrar que além do aspecto técnico o paciente de cuidados 
paliativos está inserido em uma série de circunstâncias como o meio familiar, 
espiritual, psicológico, físico, social entre outros. Sofrimento vai permear todas 
essas circunstâncias. 
A tomada de decisão exige uma deliberação que exige alguns critérios: 
realidade do paciente e da família, em diagnóstico, prognóstico e 
possibilidades (tratamento), custo-benefício, principalmente levar em conta o 
desconforto a que o paciente pode estar sujeito dependendo da escolha e 
situação. 
 
Vai ter um momento em que devemos tomar certas decisões, é importante o 
quanto antes criar oportunidades de se conversar acerca de certas decisões 
que poderão ou não ser tomadas posteriormente. Numa realidade mais 
tranquila previamente. Por isso é importante se conduzir um diálogo 
anteriormente. 
N questões e necessidades que devemos levar em consideração 
 
Quanto mais nos apropriarmos do caso e de conhecimento acerca da 
realidade do paciente, mais chance de sucesso em tomadas de decisões. 
Principalmente pela facilidade de comunicação, assumirmos a posição de 
quem esta ali para oferecer ajuda e suporte, ao mesmo tempo respeitando 
certos limites. Sermos humildes, não podemos resolver tudo. 
Devemos agir de forma transparente, com humildade, e respeitando a 
individualidade de cada ser, devemos saber ouvir, as vezes somente o 
posicionamento correto, já ajuda ao paciente a se expressar e se sentir 
confortável. 
 
A situação pode ser a mesma, porém cada um pode enxergar de um modo 
diferente. 
É importante respeitar a opinião de cada um, ao mesmo tempo colocando-a 
de forma concreta, sem classificar de certo modo a opinião do outro de forma 
insuficiente. Proporcionalidade. 
Existem vários procedimentos/instrumentos, que tentam objetivar as decisões. 
Escalas que tentam classificar o individuo em certos momentos, sendo 
determinado um grau/ momento da doença em que se encontra, para ter 
coerência com as atitudes que devem ser tomadas, 
 Porém nem sempre estas escalas conseguiram ser utilizadas de forma objetiva, 
pois as pessoas são diferentes, com preferencias diferentes, algo que devemos 
levar em consideração. 
A assistência médica leva em consideração a individualidade. 
As tabelas ajudam a ter uma noção dos estágios e diagnósticos. 
 
As escalas contribuem em momentos e situações diferentes. Com intuito de 
oferecer um parâmetro de forma + objetiva possível, respeitando as 
individualidades. 
É importante nas tomadas de decisão ter conhecimento se o paciente fez um 
testamento vital. Permite que o paciente coloque antecipadamente o que ele 
gostaria e não gostaria que fosse adotado em relação ao seu tratamento. 
 
 
Devemos respeitar as decisões tomadas antecipadamente. 
 
Devemos analisar se os indivíduos envolvidos na tomada de decisões são 
capazes dessa função, estrutura psiquiátrica e anatomia, são pessoas que 
devem ter capacidade de se envolver com o assunto interpretar, 
compreender e comunicar uma preferência. 
Devemos responder as duvidas e encaminhar numa decisão em comum 
acordo. 
É muito importante dentre os critérios eleger a funcionalidade, se o individuo 
está ou não funcionando bem, norteia todos os outros critérios. 
 
Se o individuo estiver cognitivamente bem, ele merece participar. 
 
Há um processo e avaliação onde o individuo recebe a proteção de alguém 
indicado pelo juiz. Curatelar = indicar alguém que responda por este individuo 
legalmente. 
 
O médico detém a técnica, mas ele deve compartilhar seu conhecimento 
com o paciente, a fim de o deixar a par da situação e enfim tomar uma 
decisão, sabendo dos prós e contras. Temos que tomar a decisão em conjunto 
levando todas as possibilidades em consideração. 
Obrigação do médico é esclarecer detalhadamente, mas não cabe ao 
médico impor um tratamento. Ao não ser que o paciente não tenha 
capacidade. 
 
Será que tudo o que eu estou fazendo está trazendo mesmo benefícios? 
Sempre ter como referencial a dignidade humana. 
Será que estamos respeitando o ser humano como ele merece.