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CASO CONCRETO 09 REDAÇÃO JURIDICA

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CASO CONCRETO 09
Clara, em 05 de março de 2002, vendeu a Moacir o imóvel localizado na Rua do Catete - RJ, n. 12, apartamento 101, mediante contrato de compra e venda por escritura pública, devidamente registrado, fazendo-se representar no ato por procurador regularmente constituído. 
Em 15 de abril de 2002, por não ter recebido o preço do negócio jurídico celebrado, Clara resolve reocupar o bem, contratando faxineira para promover-lhe a limpeza, uma vez que o imóvel permanecia desocupado de coisas e pessoas. Ciente de tal fato, Moacir, comprador do bem, ajuíza ação de reintegração na posse em face de Clara, alegando ser o possuidor do imóvel, cuja posse foi-lhe transferida no ato da escritura de compra e venda, conforme cláusula contratual expressa nesse sentido. 
Em contestação, a ré alega que não pode ser proposta ação possessória, porquanto o autor jamais tomara posse do imóvel. Sustenta a autora a invalidade do contrato de compra e venda celebrado, já que sequer recebeu pelo pagamento do valor da alienação. 
RESPOSTA: Dos Fatos Consoante ficará demonstrado no decurso da demanda, a reclamante sentiu-se prejudicada pelo fato do reclamado não ter cumprido a obrigação por ele assumida causando-lhe perdas e danos. Ocorreu que em 05 de março de 2002, a requerente celebrou com o requerido, contrato de compra e venda de um imóvel localizado à Rua do Catete - RJ, n. 12, apartamento 101, o negócio se deu mediante escritura pública, devidamente registrada, fazendo-se representar no ato por procurador regularmente constituído. No entanto, indignada, a requerente em 15 de abril de 2002, resolveu reocupar o imóvel, vez que o requerido, em total descaso, deixou de cumprir a contraprestação outrora acordada em violação ao artigo 481 da Lei 10.408/02. No mais, viu-se, ainda mais lesada, porque contraiu despesa ao contratar faxineira para realizar a limpeza tendo em vista que o bem permanecia desocupado de coisas e pessoas. Ao tomar conhecimento do fato, o acusado, por razões que desafiam as leis e o bom senso, alegou ser o possuidor do imóvel e ajuizou ação de reintegração na posse em face da autora. Baseado em cláusula contratual viciada, aduziu que a posse do imóvel foi-lhe transferida no ato da escritura, quando na realidade a posse só se configura com a tradição. Em contestação, a ré alegou ser improcedente a ação possessória porque em tempo algum o autor tomara posse do imóvel. No mais, sustentou a autora que o inadimplemento causado pelo réu deu causa a extinção do contrato de compra e venda outrora celebrado. E, em total conformidade com o artigo 475 da já mencionada lei não apenas a resolução lhe é cabível, mas também indenização por perdas e danos. ____________________________________ Waldeck Lemos de Arruda Junior ==XXX==