Prévia do material em texto
Doença renal do diabetes 1 🍬 Doença renal do diabetes como é a epidemiologia da doença renal do diabetes? mais da metade dos pacientes com diabetes vão ter a doença renal do diabetes, grande maioria estão nos estágios 1, 2 e 3. habitualmente na história natural da doença primeiro temos a retinopatia diabética pra depois aparecer a lesão renal, é o mais comum, porém em grande parte da população no início do diagnóstico já temos microalbuminúria. Doença renal do diabetes 2 Quais os fatores de risco pra DRC? HAS, diabetes, doença cardiovascular, idosos, obesos, história familiar , IRA prévia, certas etnias. quais os problemas no diagnóstico da DRC? encaminhar pra nefro que estiver no G3 para baixo ou com albuminúria 300. o problema do parcial de urina pra fazer diagnóstico é qualitativo não quantitativo. qual a primeira manifestação que o paciente tem da doença renal do diabetes? microalbuminúria é a primeira manifestação que o paciente tem da doença renal do diabetes, antes mesmo da creatinina. Doença renal do diabetes 3 como investigar a DRC? investigar fatores de risco pra DRC, histórico familiar de nefropatia, creatinina atual e anterior, hemograma se apresenta anemia (fala a favor de DRC, parcial de urina, ecografia de vias urinárias. exames de imagem no diagnóstico de DRC? fundamental pra diagnóstico, na prática vamos querer analisar tamanho do rim e córtex, o que vai direcionar se tem ou não a presença de DRC. quais as doenças que apresentam rins de tamanho normal? diabetes, mieloma múltiplo, sarcoidose, amiloidose, macroglobulemia. quais os mecanismos envolvidos na progressão do DRC? mecanismos hemodinâmicos IECA BRA, inflamação e fibrose, controle metabólico pelo controle do diabetes. doença renal do diabetes em geral não gera hematúria. a melhor fórmula para calcular a taxa de filtração glomerular é a CKD-EPI, raça não importa mais. como é a progressão da doença renal crônica no diabetes? mortalidade vai ser muito alta, custo elevado e qualidade de vida ruim. a mortalidade de um paciente jovem que entra em diálise, tem a mesma mortalidade que os idosos sem patologias associadas. Doença renal do diabetes 4 como funciona a glicosúria no diabetes? o limiar de absorção de glicose do diabetes está aumentado, em pessoas normais o limiar pra induzir glicosúria seria 180mg/dl, no paciente com diabetes o que ocorre é que ele ter hiperplasia do túbulo proximal que aumenta a absorção de glicose, só vai fazer glicosúria quando ultrapassa de 240mg/dl, eles retém glicose quando deveriam estar excretando. Doença renal do diabetes 5 por que a diabetes leva a hiperplasia do túbulo proximal? no túbulo proximal a glicose é absorvida e o diabético apresenta uma hiperplasia desse túbulo fazendo com que ele absorva uma quantidade maior de glicose pelos receptores SGLT2, eles retém glicose. o que a glicosúria estimula nos pacientes diabéticos? estimula a hipertensão intraglomerular, quando induzimos a glicosúria aumentamos a TGF, a glicosúria além de levar a hiperglicemia, em condições patológicas pode induzir por diversos mecanismo a hipertensão intraglomerular. Doença renal do diabetes 6 como funciona o controle da glicemia no paciente com diabetes? tentar estabelecer uma meta, um valor alvo se em paciente que não apresenta nenhuma doença grave, tem acesso a todas as drogas esse paciente deveria ter uma Hb glicada ao redor de 6,5 a 7, acima disso temos as complicações do diabetes. porém temos exceções por ex se expectativa de vida curta ou sem condições de fazer um controle glicêmico as vezes é tolerável um valor até 8%. pra cada uma unidade que abaixa da glicada consegue reduzir 25% do perfil glicêmico. como funciona a hipertensão intraglomerular nos pacientes diabéticos? num paciente com diabetes temos vasoconstrição da arteríola eferente dificultando a saída de sangue, e temos vasodilatação da arteríola aferente, na prática usamos medicamentos que possam reduzir a vasodilatação da aferente e causam vasodilatação da eferente. o que acontece no feedback tubulo-glomerular que deixa o paciente com hipertensão glomerular no diabetes? o paciente filtra glicose e sódio, e vai reabsorver no túbulo proximal a glicose e sódio pela mecanismo de hiperplasia, isso faz com que menos sódio chegue na região da mácula densa, quando isso ocorre a mácula passa informação pra arteríola aferente dizendo que a pessoa ta hipovolêmica/hipotensa, levando a dilatação da aferente aumenta a pressão intraglomerular levando a lesão do paciente com diabetes. qual a pressão normal dentro do glomérulo e o que podemos ter de marcador devido a lesão? a pressão normal glomerular é 10mmHg, mas na nefropatia diabética os pacientes tem aumento dessa pressão podendo chegar a 20mmHg, isso causa lesão dos podócitos o que leva a proteinúria que é a primeira manifestação da lesão renal. albuminúria na nefropatia diabética como funciona? é um marcador importante, tem que pedir pra todos os pacientes, quanto maior a albuminúria, maior o risco do paciente evoluir com doença cardiovascular. normal é abaixo de 30, macroalbuminúria é acima de 300 dentro de 24h e microalbuminúria é de 30300. Doença renal do diabetes 7 como a metformina funciona e quando suspender? tem seus efeitos no fígado e TGI, sempre considerada a primeira droga pra iniciar no paciente com diabetes; se DRC ou condições como sepse ou injúria renal aguda, podemos acabar induzindo uma acidose metabólica, pois ela pode se acumular, mas é raro. recomendação até TGF de 30ml/min, se chegar em 45 ml/min reduzir em 50% a dose. nós suspendemos se processo cirúrgicos, durante o internamento (perda de volume pode levar a injúria renal aguda) e colocamos insulina, após passar risco retorna. como os inibidores da DPP4i funcionam no diabetes? tem ação no fígado, intestino e pâncreas, medicamento com efeito direto na glicada; medicamento que pode ser usado pro paciente em doença renal até em nível de diálise, assim como insulina, faz a glicada cair em 1%. sulfonilureias como funcionam no diabetes? local de ação no pâncreas, são hipoglicemiantes, tem no SUS, são baratos, muitos efeitos colaterais, faz hipoglicemia; glibenclamida → utiliza até 60%, se cair abaixo de 60 suspende. glicazida → utiliza até 15% GLP1 RA como funcionam no diabetes? são caros, agonistas de GLP1 tem ação no intestino, cérebro, pâncreas e fígado. além do efeito anti-diabético, reduzem a mortalidade pra evento cardiovascular, é injetável, faz doente perder peso, pode usar até clearence de 30ml/min. o que fazemos para promover vasodilatação da arteríola aferente? medicamento pra agir nessa arteríola são os inibidores da ECA e Bloqueador de receptor de angiotensina IECA E BRA, a não ser se contraindicação. doses elevadas cuidar com injúria renal e hipercalemia. IECA e BRA só suspende pra tratar o evento adverso, tirar eles de terapia somente em último recurso. risco residual de DRC devido ao escape de aldosterona? Doença renal do diabetes 8 escape da aldosterona, mesmo em uso de IECA e BRA se produzia aldosterona então tentou usar espironolactona mas causa aumento do potássio e ginecomastia. como os inibidores da SGLT2-i Atuam? atuam no rim, no túbulo proximal e levam a glicosúria e natriurese, gerando vasoconstrição da arteríola aferente. ao bloquear o SGLT2 no túbulo proximal, faz glicosúria, só que além de ser bloqueado faz natriurese, isso faz com que chegue mais sódio na mácula densa que percebe e avisa a aferente, que sofre vasoconstrição, é protetora da progressão da doença renal do diabetes reduzindo a hipertensão intraglomerular. leva a um aumento transitório da creatinina, temos uma queda transitória da TGF, pelo uso no início. só suspende se queda maior que 30% do basal. reduz a chance do paciente de ir pra diálise, fazer o diabético quando em hiperglicemia excretar a glicose pela urina. insulina podemos usar em qualquer estágio da doença renal, tomarcuidado com hipoglicemia. temos que individualizar o tratamento conforme o caso do paciente e suas doenças e comorbidades associadas. como funciona o transporte de glicose e sódio no diabetes? mesmo em fases iniciais temos o aumento da atividade dos cotransportadores SGLT, a reabsorção de forma exagerada de glicose vai agravar o estado hiperglicêmico e a reabsorção intensa de sódio no túbulo proximal reduzindo sua oferta dilatando a arteríola aferente e aumento na pressão intraglomerular. quais as consequências do aumento da pressão intraglomerular? hiperfiltração (observada nas fases iniciais ), albuminúria e o desencadeamento dos mecanismos de lesão e progressão da doença renal diabética. como funciona o manejo da DRC no paciente com DM? controle da glicemia com SGLT2, controle da PA, manejo da dislipidemia, atividade física, cessar tabagismo, nutrição com pouco sódio e proteína, uso Doença renal do diabetes 9 de aspirina pra prevenção cardiovascular. quais as complicações da DRC? quando TGF cai abaixo de 30ml/min, temos anemia, acidose metabólica, hipercalemia, metabolismo mineral, uremia, desnutrição e hipervolemia. é indicação de diálise se sem controle medicamentoso. anemia devido a DRC como funciona? anemia causada pois o rima para de produzir eritropoetina e intestino do DRC não consegue absorver ferro. quando em hipoxia aumenta produção de eritropoetina. pra tratar a anemia faz hemograma se ferro baixo dar ferro se eritropoetina baixa faz eritropoetina. aqui ideal é hemoglobina acima de 10, indice de saturação abaixo de 30%. anemia normocítica e normocrômica quantidade HB total é baixa investigar abaixo de 60ml/min mas a maioria só aparece abaixo de 45. exames a serem solicitados → ferritina, índice de saturação de transferrina e ferro sérico. como funciona o distúrbio ósseo mineral na DRC? faz hiperparatireoidismo secundário, se não trata vira terciário, ai tem que fazer cirurgia pra tratar o PTH alto, pra controlar o fósforo é necessário dieta, pra ele não absorver o fósforo podemos administrar quelantes e não deixa ele ser absorvido, mesmo usando as vezes temos que bloquear o PTH ai podemos usar a 125 vitamina D (calcitriol) o problema é que piora o fósforo. quando indicar diálise no DRC? Doença renal do diabetes 10 tutorial quais principais exames pedimos pra investigar a doença renal do diabetes? Doença renal do diabetes 11 parcial de urina (proteinúria, albumina, glicosúria), proteinúria, relação albumina/creatinina, microalbuminúria é marcador de nefropatia diabética, urocultura, lipidograma, glicemia e Hb glicada, US renal, potássio, exame de fundo de olho. CREATININA ALBUMINÚRIA. numa amostra isolada de urina medimos a albumina e creatinina. qual a classificação da doença renal da paciente? e como funcionam os estágios da DRC? 54 ml/min, estágio IIIA entre 3059. existe 5 estágios da doença renal crônica 1, 2, 3a, 3b, 4 e 5. A1 30; A2 30300; A3 300 ENCAMINHAR PRO NEFROLOGISTA A3 ou estágio 4 qual o alvo terapêutico em relação ao controle glicêmico de DRC devido a diabetes? Hb glicada menor que 7 6,5 Dependendo da idade e expectativa de vida). controle de sódio e proteína, dieta, exercícios, diabetes, álcool, tabagismo, dislepidemia, tem que controlar esses fatores. qual o alvo do controle da pressão arterial na DRC? adicionar um IECA ou BRA um diurético como furosemida ou hidroclorotiazida. vão atuar no sistema renina angiotensina aldosterona. promovem vasodilatação da arteríola eferente, além dos inibidores da SGLT2 (empagliflozina e dapa) que fazem vasoconstrição da aferente. como a espironolactona atua na DRC? Doença renal do diabetes 12 espironolactona é um inibidor direto da aldosterona porém não costuma usar pela hipercalemia e ginecomastia, no final desse ano teremos disponível um fármaco que inibe a aldosterona mas sem os efeitos hormonais → finerinona. o que o DRC avançado tem que vai pro nefrologista? anemia pelo rim controlar a produção de eritropoetina, olha a HMG no hemograma. renal crônico tem dificuldade de absorver ferro, por ser doença inflamatória, precisa também de ferritina e índice de saturação de transferrina IST, se anemia é administrado eritropoetina. hiperpotassemia problema grave, distúrbio ósseo mineral da DRC, rim para de filtrar o fósforo aumenta, hipervolemia, acidose metabólica.