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O JOGO DE XADREZ MODIFICA A ESCOLA Por que se deve

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Diálogos Acadêmicos - Revista Eletrônica da faculdade Semar/Unicastelo 
 
 
Publicação Quadrimestral - Volume 1 – Numero 1. Edição Outubro/Janeiro de 2010 revista@semar.edu.br 
 
O JOGO DE XADREZ MODIFICA A ESCOLA: Por que se deve 
aprender xadrez e tê-lo como eixo integrador no currículo escolar? 
 
Lays Pedro Angélico1. 
Luciana Cristina Porfírio 2. 
 
RESUMO 
 
O presente estudo evidencia a importância do ensino sistemático do jogo de xadrez no 
Ensino Básico, como eixo integrador do currículo escolar, na medida em que se constatou 
que sua prática no cotidiano das escolas tem influenciado comportamentos em seus 
praticantes, contribuindo de modo positivo para o desenvolvimento cognitivo de crianças e 
adolescentes. Para tanto, ele foi concebido como eixo integrador do currículo escolar e não 
como aparato extracurricular ou ludoterápico como freqüentemente ocorre em muitas 
escolas. Neste trabalho desenvolvemos e destacamos a sua importância e a maneira como 
ele influencia os demais campos do conhecimento. Para que possa desempenhar suas 
múltiplas funções, o jogo de xadrez precisa ser inserido como uma disciplina regular do 
currículo desde a educação infantil, o que exige, em contrapartida, a adequação das escolas 
nos aspectos humanos, culturais, estruturais, físicos e materiais. A escolha e a formação 
dos profissionais da escola terão que ser uma constante para que possam de modo coletivo 
e permanente, discutir novas propostas para o trabalho com o jogo nestes moldes. 
Palavras-Chave: Ensino; Currículo escolar; Formação do caráter; Desenvolvimento 
cognitivo; Atividade Intelectual; Jogo de Xadrez. 
 
 
THE CHESS GAME MODIFIES THE SCHOOL: Why if it must learn 
chess and have it as axle integrator in the pertaining to school resume? 
 
ABSTRACT 
The present study it evidences the importance of the systematic education of the game of 
chess in Basic school, as axle integrator of the pertaining to school resume, in the measure 
where if it evidenced that its practical insertion in the daily one of the schools, has influenced 
behaviors in its practitioners, contributing in positive way for the cognitive development of 
children and adolescents. For in such a way, it was conceived as axle integrator of the 
pertaining to school resume and not as extracurricular or ludoterápico apparatus, something 
very frequent in the schools. But we develop and we detach its importance and the way here 
as the game influences the too much fields of the knowledge. So that it can play its multiple 
functions, the necessary game of chess to be inserted as one disciplines to regulate of the 
resume since the infantile education, what it demands, on the other hand, the adequacy of 
the schools in human, cultural, structural, physical and material the aspects. The choice and 
the formation of the professionals of the school will have that to be a constant so that they 
can in collective and permanent way, to argue new proposals for the work with the game in 
these molds. 
Key-words: Education; pertaining to school Resume; Formation of the character; cognitive 
Development; Intellectual Activity; Game of Chess. 
 
1 Pedagoga formada pela FNSA, professora efetiva da rede municipal de Sertãozinho na área de 
Educação Infantil e fundamental. Especialização em psicopedagogia pela Semar-Unicastelo. e-mail: 
layspedro@yahoo.com.br 
2 Pedagoga, mestre em Educação Escolar pela Unesp-Araraquara. Doutoranda da FE-USP. Atua 
como professora do ensino fundamental e Superior. E-mail: luciana.porfirio@bol.com.br 
Diálogos Acadêmicos - Revista Eletrônica da faculdade Semar/Unicastelo 
 
Publicação Quadrimestral - Volume 1 – Numero 1. Edição Outubro/Janeiro de 2010 revista@semar.edu.br 
1 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
O presente artigo é parte de um trabalho de conclusão de curso defendido 
em dezembro de 2008 na Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Aparecida 
SEMAR/Unicastelo e buscou trazer a importância do Jogo de Xadrez como eixo 
integrador do currículo na educação básica. Para tanto, apresentaram-se algumas 
características deste jogo desde suas origens, modos de jogar até a explicitação de 
como ele influencia e auxilia na aprendizagem dos conteúdos escolares. 
A tirinha usada como epígrafe nesta pesquisa traz a tona uma das primeiras 
questões que envolvem o jogo de xadrez, a sua associação com o desenvolvimento 
da inteligência humana. Há mais de dois séculos, o alemão Johann Wolfgang 
Goethe (1749-1832) definiu o xadrez como sendo um “excelente exercício mental” e, 
desde então, vários estudos têm se ocupado de investigar a relação existente entre 
este jogo e o desenvolvimento da inteligência humana. Na referida pesquisa, 
entrevistas realizadas com enxadristas e professores permitiram confirmar nossas 
hipóteses sobre sua importância na formação do caráter e no desenvolvimento da 
inteligência das pessoas. 
Muito se fala sobre o jogo de xadrez e seus usos na educação, mas sua 
introdução no âmbito escolar exige a criação de algumas condições ainda não 
existentes em boa parte das escolas. Isso porque, muitas o têm utilizado como 
aparato extracurricular ou atividades ludoterápicas nas aulas de Educação Física. 
Sem desconsiderar tais práticas, pretendemos aqui apresentar a sua utilização sob 
um outro prisma. 
Lasker (1999) acredita que a história da invenção do xadrez e de suas 
migrações através da terra, por si só, já é interessante, porque quando conhecemos 
as pessoas que foram apaixonadas por esse jogo, percebemos que somos muito 
Diálogos Acadêmicos - Revista Eletrônica da faculdade Semar/Unicastelo 
 
Publicação Quadrimestral - Volume 1 – Numero 1. Edição Outubro/Janeiro de 2010 revista@semar.edu.br 
2 
parecidos com ela, compartilhamos com elas as mesmas emoções e criamos 
vínculos identitários que são um reforço positivo no caráter humano. De acordo com 
esse autor, não se sabe ao certo onde o xadrez começou, mas há muitas histórias, 
mitos e lendas a seu respeito, o que nos permite fazer um sem número de 
digressões. 
Uma das histórias mais conhecidas sobre sua origem está descrita no livro 
História do Xadrez de Edward Lasker, citado anteriormente, que atribuiu a invenção 
do jogo a Sissa, um brâmane3 na corte do rajá indiano Balhait. Assim, essa história 
teria sido contada, pela primeira vez há mais de mil anos e dizia que certo rei pediu 
a um de seus sábios que criasse um jogo capaz de mostrar o valor de qualidades 
como a prudência, a diligência, a visão e o conhecimento, como forma de se opor 
aos sentidos fatalistas de um outro jogo, o nard (gamão) 4, cujos resultados eram 
decididos pela sorte. 
Sissa então, apresentou ao rei Kaíde um tabuleiro de xadrez, não muito 
diferente do que conhecemos hoje, com quatro elementos que representavam o 
exército indiano, explicando-lhe que havia escolhido a guerra como modelo para o 
jogo porque ela era a escola mais eficiente no ensino e aprendizado de 
determinados valores, tais como: o valor da decisão, do vigor, da persistência, da 
ponderação e da coragem. O rei, diante de tanta complexidade, ficou encantado 
com o jogo e ordenou que fosse preservado nos templos, considerando seus 
princípios como o fundamento de toda justiça e sustentando que ele era o melhor 
treinamento na arte da guerra. 
 
3 Sacerdote indiano pertencia à casta mais alta da sociedade, em sentido literal, o termo significa 
"aquele que realizou / tenta realizar Brahman - a divindade" e por isso, gozavam de posição muito 
privilegiada independentemente da riqueza que possuíam. De acordo com informações obtidas na 
enciclopédia wikipédia on-line, a maioria dos brâmanes ficou conhecida por praticarem um 
vegetarianismo rígido, apesar de, atualmente, a prática ser baseada de acordo com a região. 
Brâmanes agindo como padres, mas em poucas exceções, são vegetarianos. 
4 Atribui-se a origem do jogo a civilizaçãosuméria, da Mesopotâmia. Já outros estudiosos afirmam 
que este jogo teria sua origem no “Pachisi”, um jogo indiano. De qualquer forma, sua origem é muito 
antiga. Suas regras obviamente, foram se modificando ao longo dos séculos. Mas nunca deixou de 
encantar as gerações e as civilizações que o conheceram. Uma lenda indiana afirma que teria sido o 
jogo inventado por um sábio de nome Caflan, e teria a seguinte simbologia: 24 flechas que 
simbolizariam as horas do dia; 12 flechas de cada lado do tabuleiro, representando os 12 meses do 
ano e os signos do zodíaco; 30 peças para os 30 dias do mês; dois dados representando o dia e a 
noite e 7 (soma dos valores opostos de cada face de um dado) representando os dias da semana. As 
informações foram extraídas do sitio: http://www.jogos.antigos.nom.br/gamao.asp (acesso em 
12/12/2008). 
 
Diálogos Acadêmicos - Revista Eletrônica da faculdade Semar/Unicastelo 
 
Publicação Quadrimestral - Volume 1 – Numero 1. Edição Outubro/Janeiro de 2010 revista@semar.edu.br 
3 
A partir daí, o rei teria lhe oferecido uma recompensa que ela escolheria de 
livre arbítrio e Sissa teria pedido, diante da insistência do rei, a retribuição em grãos 
de milho distribuídos sobre o tabuleiro de xadrez da seguinte forma: “na primeira 
casa, um grão; na segunda, dois; na terceira, quatro; na quarta o dobro de quatro; e 
assim por diante, até a última casa”. (Lasker, 1999, p.30). 
Contudo, ao ordenar que o pedido fosse realizado o rei se surpreendeu, afinal 
não seria possível realizar o pedido de Sissa, pois, antes mesmo de chegar na 
trigésima casa, todo milho da Índia teria se esgotado, cobrindo a camada da Terra 
com uma espessura de 9 (nove) polegadas. O número exato seria 
18.446.744.073.709.551.615 (Dezoito Quintilhões, Quatrocentos e Quarenta e Seis 
Quatrilhões, Setecentos e Quarenta e Quatro trilhões, Setenta e Três Bilhões, 
Setecentos e Nove milhões, Quinhentos e Cinqüenta e Um Mil, Seiscentos e 
Quinze) grãos de milho, ou 642 - 1. Desse modo, o rei ficou confuso, porque não 
sabia o quê exatamente tinha que admirar a invenção do jogo ou a engenhosidade 
do pedido de Sissa. (op.cit., p.30). 
Lasker (1999) admite em sua obra que o jogo de xadrez possa datar do 
século IV antes de Cristo5, embora a primeira menção ao xadrez feita na Literatura, 
tenha sido mil anos mais tarde. Da Índia, até a Pérsia, da Arábia até a Europa, por 
todo território asiático, o xadrez se estendeu através dos viajantes, embora tenha 
sofrido algumas modificações em alguns pontos do Oriente. A rapidez com que o 
xadrez penetrou na Europa foi realmente instigante, porque no fim do século XI, a 
maior parte desse território já conhecia o jogo, embora, por muito tempo tenha 
permanecido como um jogo das classes ociosas. Muitos foram às contribuições para 
essa difusão do jogo no mundo. 
 
“Era muito natural que os servos no castelo de um cavaleiro 
medieval aprendessem o jogo com seu senhor e que soldados 
mercenários adquirissem o mesmo conhecimento por ocasião das 
Cruzadas, que os nobres organizavam de tempos em tempos a 
fim de atenuar seu tédio”. (Op.cit. p. 59) 
 
De qualquer modo, e independente de suas origens, o jogo de xadrez tem 
múltiplos usos na educação escolar, entre as suas possibilidades, pode-se 
acrescentar a sua apresentação aos alunos como tema transversal, enriquecendo 
suas aprendizagens e permeando a prática educativa em diversas áreas ou mesmo 
 
5 Esta teoria foi apresentada pela primeira vez por Donald M. Liddel (1937). 
Diálogos Acadêmicos - Revista Eletrônica da faculdade Semar/Unicastelo 
 
Publicação Quadrimestral - Volume 1 – Numero 1. Edição Outubro/Janeiro de 2010 revista@semar.edu.br 
4 
inserindo-o como disciplina desde as séries iniciais. Em 20 de dezembro de 1996, a 
Lei n. 9.394, conhecida estabeleceu as diretrizes e bases da educação nacional, 
cujos artigos 26 e 27, incluem o xadrez nas escolas, na parte diversificada dos 
currículos e também na parte consagrada à promoção do desporto. 
O artigo 32 dispõe que o ensino fundamental terá por objetivo a formação 
básica do cidadão a partir do desenvolvimento de sua capacidade de aprender, 
tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, escrita e do cálculo, com 
vistas a: 
 
 
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, 
da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a 
sociedade; 
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em 
vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de 
atitudes e valores; 
IV - o fortalecimento de vínculos de família, dos laços de 
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a 
vida social. 
 
 
Acreditamos que estes objetivos podem ser plenamente alcançados por 
meio da inserção do jogo de xadrez como disciplina escolar, desde que implantada 
no currículo desde as séries iniciais, começando ainda na Educação Infantil. Essa 
eficácia do jogo de xadrez e a influência que tem sobre o desenvolvimento e 
comportamento estudantil é algo que pode ser mensurado por pesquisas utilizadas 
no campo das ciências cognitivas. 
Há estudos que mostraram as etapas da formação da inteligência, a partir da 
observação de grupos de crianças jogando xadrez e constatou-se que os avanços 
obtidos nas diversas etapas seguiam ritmos diferentes. O xadrez, ao ser introduzido 
na sala de aula, auxilia no desenvolvimento de autoconfiança, porque os alunos têm 
a oportunidade de aprenderem o jogo, avançando gradativamente em suas 
habilidades e melhorando suas estratégias e raciocínios. Ao se destacarem ou 
perceberem que são capazes de exercer uma atividade dessa natureza, podem, de 
modo paralelo, progredir em outras disciplinas escolares. 
 
O XADREZ: O QUE É? 
Diálogos Acadêmicos - Revista Eletrônica da faculdade Semar/Unicastelo 
 
Publicação Quadrimestral - Volume 1 – Numero 1. Edição Outubro/Janeiro de 2010 revista@semar.edu.br 
5 
Mas como é exatamente o jogo de xadrez? A resposta a essa pergunta, 
pode ser encontrada na enciclopédia on-line Wikipédia 6que descreve o jogo para 
aqueles que não o conhecem, nem as suas especificações. Trata-se de um jogo de 
tabuleiro para dois jogadores. Um controlador das peças brancas e o outro das 
peças pretas. O tabuleiro contém oito linhas e oito colunas, formando 64 (sessenta e 
quatro) quadrados, sendo 32 (trinta e dois) claros e 32 (trinta e dois) escuros, 
dispostos de modo alternados. Cada jogador possui 16 peças: oito peões, dois 
cavalos, dois bispos, duas torres, um rei e uma dama (ou rainha, mais conhecido 
pelos iniciantes), como mostra a figura 7. 
 
 Figura 1 – Posição Inicial das Peças 
 
Cada tipo de peça possui um movimento característico. Quando uma peça 
for movida para uma casa em que está localizada a peça adversária, esta última 
será capturada. Assim, a peça a ser jogada move-se para casa do oponente, e a 
peça do oponente é retirada do tabuleiro. O REI move-se ou captura peças em 
qualquer sentido, uma casa de cada vez. Os reis nunca podem se tocar. Atenção: O 
rei é a única peça que não pode ser capturada8. 
A DAMA move-se ou captura em qualquer sentido, quantas casas quiserem 
desde que seu caminho não esteja obstruído por alguma peça da mesma cor. A 
TORRE move-se ou captura nas linhas e colunas (horizontal e vertical), seguindo 
num único sentido em cada lance. 
 
6 Informações retiradas de dicionário on-line http://pt.wikipedia.org/wiki/Xadrez . 
7 Figura 1, extraída do site www.google.com.br/imagens, acessado em 28/10/2008. 
8 Mais detalhes em Xeque e Xeque-Mate. 
Diálogos Acadêmicos - Revista Eletrônica da faculdade Semar/Unicastelo 
 
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6 
O BISPO move-se ou captura pelas diagonais, seguindo num único sentidoem cada lance. Cada jogador tem dois bispos: um anda pelas casas pretas e outro 
pelas casas brancas. O CAVALO é o único que salta sobre as peças (pretas ou 
brancas). O movimento do cavalo assemelha-se à letra "L", formada por quatro 
casas. 
O PEÃO move-se para a casa à sua frente, desde que não esteja ocupada. 
Ao ser movido pela primeira vez, cada peão pode andar uma ou duas casas. O peão 
é a única peça que captura de maneira diferente do seu movimento. A captura é 
feita sempre em diagonal, uma casa apenas. O peão nunca se move nem captura 
para trás. 
O objetivo do jogo é dar xeque-mate ao Rei adversário, que ocorre quando o 
rei adversário está em xeque9 e não exista mais nenhum movimento a ser realizado 
para escapar. O rei está em xeque sempre que é atacado por uma peça adversária; 
o xeque deve ser defendido através da melhor das opções: 
1. Capturar a peça que dá xeque, 
2. Fugir com o rei para uma casa que não esteja sendo 
atacada por peça adversária, 
3. Interpor uma peça própria entre o rei e a peça que dá o 
xeque. 
Se nenhuma das alternativas for possível, o rei estará em posição de xeque-
mate10, ou simplesmente, mate. Neste caso, a partida estará terminada, com a 
vitória do enxadrista que deu o mate. Veja na figura 11 os exemplos de mate que 
apresentamos: 
 
 
9 Xeque: Lance no jogo do xadrez, que consiste em colocar o rei adversário em posição de ser 
tomado na jogada seguinte, obrigando o adversário a efetuar uma jogada a contrariar esse ataque. 
10 Xeque-mate: xeque (no jogo do xadrez) em que o rei não pode ser defendido por nenhuma outra 
peça nem se mover para nenhuma outra casa, sem ser tomado por uma peça do adversário, o que 
conclui a partida a favor deste. 
11 Fonte: www.xadrezregional.com.br , acessado em 28/10/2008. 
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7 
 
Exemplo 1 Exemplo 2 
 
O jogo também possui alguns movimentos conhecidos como especiais, são 
eles: o ROQUE12, PROMOÇÃO13 e EN PASSANT14. Os exemplos do roque seguem 
nas figuras abaixo: 
 
Roque pequeno (antes). Roque pequeno (depois) 
 
Roque Grande (antes) Roque Grande (depois) 
 
O jogo de xadrez não é um jogo de azar, mas sim de um jogo de regras, 
táticas e estratégias, muito conhecido pela complexidade de suas jogadas e daí, 
 
12
 Roque é o único lance que envolve o movimento de duas peças ao mesmo tempo: rei e torre. O 
roque tem como objetivo colocar o rei em maior segurança e uma das torres em posição mais ativa. 
Há dois tipos de roque: o pequeno e o grande. 
13 Ocorre quando um peão chega à primeira linha do adversário, devendo ser imediatamente 
substituído por dama, torre, bispo ou cavalo. A peça escolhida ocupara a casa em que o peão se 
encontrava quando foi promovido. 
14 (de passagem) é um tipo especial de captura feita somente pelos peões brancos que estiverem na 
quinta linha ou pelos peões pretos que estiverem na quarta linha do tabuleiro. 
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8 
como mostrou a tirinha de Mauricio de Sousa, ele estar associado à inteligência. 
Estima-se que o número de posições legais no xadrez é de aproximadamente 1.043, 
porém o número de jogadas possíveis é incontável, uma vez que há 
aproximadamente 170 Setilhões15 de maneiras de fazer os dez primeiros lances 
numa partida de xadrez. 
Retomando Lasker (1999) e a importância do jogo de xadrez para o 
desenvolvimento da inteligência humana, destacamos a resposta de dois lideres 
comerciais apaixonados pelo jogo de xadrez: 
 
“Dois conhecidos líderes comerciais deram-me respostas quase 
idênticas. Disseram que era porque o xadrez limitava o elemento 
de sorte e acentuava a importância do planejamento. Um músico 
escreveu que para ele o xadrez era como a própria vida: ensinava-
o a coordenar a razão com o instinto. Um matemático apreciava o 
elemento estético do jogo; encontrava numa série de movimentos 
sutis a mesma emoção que um belo teorema”. (op. cit. p.11) 
 
Na realidade, não é preciso saber jogar xadrez para conhecer o fascínio que 
ele exerce em vários aspectos. Estamos, contudo, querendo mostrar que esse jogo 
tem muitas vantagens e merece ser inserido de modo sistematizado no ensino 
escolar, mas cuja prática deve extrapolar os tradicionais campeonatos destinados 
exclusivamente a treinar, competir, ganhar, este é um dos seus aspectos, mas 
evidentemente, há outros. 
 
AS CARACTERISTICAS DO JOGO E IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA EDUCATIVA 
E comum quando ouvimos falar em jogo de xadrez vir a nossa mente, a 
imagem de duas pessoas sentadas e compenetradas diante de um tabuleiro que 
está sendo minuciosamente analisado pelos jogadores, em volta só o silêncio, para 
que haja concentração e os adversários possam escolher a melhor jogada e dar o 
xeque-mate. 
É devido a essa visão que costumamos imaginar o enxadrista como um ser 
de capacidade intelectual elevada. Isso será verdade? Por que os jovens deveriam 
aprender a praticá-lo? Apenas por esse motivo? A resposta a esse questionamento 
será dada a partir da discussão das possibilidades que esse jogo mobiliza para 
promover aprendizagens significativas. 
 
15 Extraído de http://pt.wikipedia.org/wiki/Xadrez . 
 
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9 
Um simples jogo ou algo mais? É dessa forma que se inicia o levantamento 
realizado por Llada (2003) destacando que esse jogo é unanimemente considerado 
como uma forma de aprofundamento intelectual e uma poderosa ferramenta 
educativa. Para ela, habilidades ligadas ao cálculo, a concentração, memorização, 
responsabilidade, tomada de decisões, são algumas delas que o jogo de xadrez na 
infância favorece. 
Constatamos no decorrer deste trabalho que o jogo envolve a leitura e a 
incorporação de regras, métodos e fundamentos que os orientam, seja a relação do 
jogador com o jogo, seja pela relação entre jogadores cujas regras, precisam ser 
seguidas para que o jogo se realize. Nesse sentido é um orientador de condutas que 
precisam ser compartilhadas por todos os envolvidos, o que implica intervir na 
formação do individuo tanto em uma dimensão individual quanto coletiva, 
permanecendo ligados tanto à cognição (conhecimento) quanto ao afeto 
(sentimentos), por meio da interação promovida entre os pares de jogadores. 
A dimensão pessoal envolve esse aprendizado das regras e auxilia na 
solução de problemas, no desenvolvimento da autonomia, criatividade, controle 
sobre as emoções, principalmente a agressividade, a importância do planejar antes 
de tomar as decisões, e no caso deste jogo em especial, a decisão mais acertada, 
etc. Além destas o jogo também estimula alguns valores muito caro aos seres 
humanos e fundamentais para a vida de qualquer estudante, entre as quais a 
disciplina, a paciência e a responsabilidade. 
Os Mestres Internacionais Toledo e Loureiro (2005) 16 ao citar Charles 
Partos17 em jornal on-line da Federação Paulista de Xadrez, em setembro do citado 
ano, afirmam que o aprendizado do xadrez deve ser levado as escolas porque 
desenvolvem as habilidades de atenção e concentração, julgamento e planejamento; 
imaginação e antecipação; memória; vontade de vencer, paciência e autocontrole; 
espírito de decisão e coragem; lógica matemática, raciocínio analítico e sintético; 
criatividade; inteligência; organização metódica do estudo e o interesse pelas 
línguas estrangeiras. 
É por isto que eles tambémdefendem sua implantação dentro das escolas 
desde que de modo sistemático, interdisciplinar e integrado ao currículo escolar, 
 
16 Disponível em: http://www.fpx.com.br/mostracol.asp?colid=75 
17 Mestre internacional e professor do Departamento da Instrução Pública do Cantão do Valais 
(Suíça). 
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10 
inclusive como uma forma de atender os dispositivos postos na LDB/96, que o 
integra ao currículo na parte diversificada como dito no inicio deste texto. Nesse 
sentido, além de ser um eixo integrador do currículo escolar, consideramos o jogo 
uma valiosa ferramenta para auxiliar os processos cognitivos, valorativos, éticos e 
morais de nossos alunos. 
Uma das queixas que mais afligem os educadores, ao menos aqueles 
preocupados com o rendimento escolar dos seus alunos, é a dispersão sofrida pelos 
alunos, que atualmente vivem num contexto social estimulante, carregado de 
informações instantâneas (televisão, computadores, vídeos-game, propagandas de 
rádio, outdoors, etc.) 18, impedem que os jovens mantenham sua concentração em 
alguma coisa por muito tempo. Desse modo, quando se deparam com atividades 
que exigem esforço mental, muitos encontram problemas para realizar tais tarefas. O 
xadrez de uma forma lúdica seria um excelente treinamento desta capacidade de se 
concentrar, auxiliando os alunos no desenvolvimento da disciplina, entendida como 
atividade intelectual ou motivação interior19, e tão necessária para o investimento nos 
estudos. 
Os jogos de estratégias, como o xadrez, aparecem ainda como um jogo que 
favorece a capacidade de aceitação das regras, desenvolvimento da memória, 
agilidade no raciocínio, o gosto pelo desafio e a construção de regras pessoais, que 
possibilitam desenvolver as competências necessárias para a resolução de 
problemas. Ferreira (s/d. p.3) afirma que estes jogos “contribuem para o 
desenvolvimento de capacidades matemáticas, aliando o raciocínio, a estratégia e a reflexão 
com o desafio da competição de uma forma lúdica e os professores devem aproveitar isso 
para otimizar as aprendizagens”. 
Investigações sobre o efeito do jogo de xadrez em crianças revelam que os 
jogadores de xadrez desenvolvem maior pensamento crítico, autoconfiança, auto-
estima, concentração, empatia e a capacidade de resolver problemas. Jogar xadrez 
implica a utilização do pensamento lógico. Estudiosos como Ferreira, Jeffrey Chesin 
(2003), fazem uma relação entre o raciocínio matemático e o jogar xadrez. 
 
 
 
18
 Ainda que existam muitas pessoas que defendam que esses estímulos audiovisuais sejam aliados no 
desenvolvimento da inteligência, sabemos que não é bem assim, porque a maioria destes eletrônicos exige 
apenas a memorização de uma série de comandos, exigindo apenas essa habilidade além da motora com as mãos, 
como no caso do videogame. 
19 Tal como definido por Helena Coharik Chamlian. A Disciplina: uma questão crucial na didática. Referencia 
completa no final do artigo. 
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“Os bons jogadores de xadrez são provavelmente bons alunos e 
matemática ou qualquer situação que envolva a resolução de 
problemas. No entanto, bons alunos de matemática não são 
necessariamente bons jogadores de xadrez”. (p.4) 
 
Os autores evidenciam que estudos realizados em diversos locais do 
mundo, como no Canadá, por exemplo, buscam demonstrar que a utilização do 
xadrez no ensino da lógica aumenta-se de 62% para 81% a capacidade de 
resolução de problemas. Na Califórnia, em 1985, os estudos de George Stephenson, 
revelaram que o desempenho dos estudantes melhora sensivelmente após vinte 
dias de jogos de xadrez constatando os resultados que seguem: 
 
Rendimento 
Acadêmico 
55% 
Comportamento 62% 
Esforço 59% 
Concentração 56% 
Auto-estima 55% 
 
 
Na Venezuela relacionam a melhoria dos scores de QI após quatro meses e 
meio de estudo sistemático de xadrez. A psicóloga Edelmira Garcia la Rosa (2003) 
20, responsável pelo programa de xadrez iniciado em 1980, desta a sua intervenção 
na busca de melhorias do rendimento dos alunos, concluindo que “O xadrez 
ensinado metodicamente constitui um sistema de estimulação intelectual capaz de 
aumentar o Q.I. das crianças”, e, além disso, que “o aluno adquire através da 
aprendizagem e prática enxadrística, um método de raciocínio e de organização das 
relações abstratas e dos elementos simbólicos”. (p.1). 
Ferreira (2003, p. 4) faz um trocadilho “o xadrez torna as crianças 
inteligentes ou são as crianças inteligente que jogam xadrez?” e desse modo, 
discute as possibilidades do jogo de xadrez ter contribuído para o QI dos estudantes, 
afirmando que durante uma competição, só o fato de imaginar as possíveis posições 
das peças, isto já traz para o cérebro humano, o desenvolvimento das capacidades 
visuais e espaciais. 
Experiências feitas por Joyce Brow (1981) em Nova Iorque constataram uma 
melhora considerável no comportamento dos alunos – 60 % menos incidentes e 
 
20 Disponível no sitio: www.ludus.esp.br (acesso em 28/10/2008) 
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suspensões, melhoras significativas de até 50% no aproveitamento escolar. Assim, a 
autora questionou-se por que o xadrez oportunizaria tais transformações? Pode-se 
cogitar que deva ser pelo fato de ele favorecer uma atitude positiva do estudante em 
relação ao jogo, desenvolvendo nele a capacidade de se concentrar além de lhe 
garantir a aquisição de outros conhecimentos pelo desenvolvimento de habilidades 
que acabam sendo incorporadas em suas atividades escolares. 
De acordo com Goulart (2005) é na idade escolar que a criança necessita 
agrupar-se para praticar várias atividades, sendo o jogo uma delas. Sabe-se que o 
jogo é um instrumento altamente didático e muitos estudos discutem sua utilização 
na educação. Porém, o xadrez, em especial, poderia ser trabalhado não só como um 
suporte pedagógico, mas como uma disciplina regular e posta no currículo escolar 
de base comum. Isto porque, normalmente ele é vinculado a atividades opcionais e 
extracurriculares, mas, se eles proporcionam tantas competências, por que não 
adequar esse jogo e torná-lo parte integrante do currículo? Como dissemos 
anteriormente, desde a educação infantil, sua prática deve ser estimulada. 
Mesmo que a proposta amplie a grade curricular das escolas, isto não 
significa que outras disciplinas sejam prejudicadas, ao contrário, seriam beneficiadas 
porque contribuiriam para melhorar o rendimento dos alunos em todas as outras. 
Para Calmbach (s/d) 21, a preocupação dos professores atualmente não é só 
transmitir conteúdos, mas criar condições para que a autonomia, o pensamento 
crítico e a capacidade de resolver problemas, que freqüentemente aparecem em 
nosso cotidiano, sejam resolvidos e, é nesse ponto que o jogo de xadrez, inserido na 
grade curricular desde os anos iniciais de escolarização pode contribuir e atuar. 
Trindade (2007), diz ser considerável o valor pedagógico do jogo de xadrez 
para promover a educação crítica e ativa da criança e do jovem, um aspecto tão 
valorizado na educação moderna, contribuindo para o desenvolvimento cooperativo 
e emocional de seus praticantes quando tem seu uso pedagógico-didático bem 
orientado e conduzido, principalmente por profissionais especializados para 
exercerem tal função. Informações obtidas no sitiodo clube de xadrez 22, e mesmo 
nas entrevistas coletadas para o trabalho original, confirmam que o maior mérito 
deste jogo consiste na progressão de cada aluno de acordo com seu ritmo, 
 
21 Disponível em: www.apetx.org.br/aplicando_o_xadrez_escolar.htm (acesso em 31/07/2008). 
22 Para acesso: www.clubedexadrez.com.br/portal/cxtoledo/artigo4.htm (acesso em 14/05/2008) 
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respeitando individualidades e processos de aprendizagens que na realidade é uma 
das teses mais cara da educação. 
Piasse (2005), acredita que as escolas deveriam diversificar e ampliar suas 
grades curriculares, introduzindo o jogo de xadrez, por exemplo, com vistas à 
melhoria da educação e da formação dos alunos utilizando instrumentos de 
aprofundamento das atividades intelectuais. Entretanto, reconhece que sua inserção 
nos meios escolares requer preparo e domínio de todos os envolvidos, para que não 
seja cometido o erro de fazê-lo como jogo, diversão, campeonatos, visando atrativos 
financeiros e, portanto, diluindo os benefícios que sua prática, nos moldes 
propostos, pode trazer. 
Julião (2009) salienta que nesta busca por melhorias, o ensino de xadrez, 
incorporado como disciplina regular, de modo sistemático surge como uma ótima 
opção, unindo o espírito inovador das instituições educacionais e a forte imagem de 
intelectualidade que esse esporte arte oferece. Para ele, a escola que adotar esta 
idéia estará, com certeza, acrescentando em sua instituição um diferencial, 
exercendo amplamente seu papel na sociedade e fazendo jus à sua função básica: 
formar cidadãos, numa clara demonstração de responsabilidade educacional com 
qualidade. 
Pimenta (2008) aborda esse assunto e ressalta ser do conhecimento de 
todos, que o xadrez vem a enriquecer não só o nível cultural dos indivíduos, mas 
também várias outras capacidades apontadas, e uma outra, não menos essencial 
para o convívio social, o aprendizado na vitória e na derrota, salientando que: 
 
“O ensino e a prática do xadrez têm relevante importância 
pedagógica, na medida em que tal procedimento implica, entre 
outros, no exercício da sociabilidade, do raciocínio analítico e 
sintético, da memória, da autoconfiança e da organização 
metódica e estratégica do estudo. O jogador de xadrez, 
constantemente exposto a situações em que precisa efetivamente 
olhar, avaliar e entender a realidade pode mais facilmente, 
aprender a planejar adequada e equilibradamente, a aceitar 
pontos de vista diversos, a discutir questionários e compreender 
limites e valores estabelecidos e a vivenciar a riqueza das 
experiências de flexibilidade e reversibilidade de pensamentos e 
posturas”. (op. cit. p.4) 
 
Loureiro (2001), ao retratar o valor educativo do xadrez, discorre sobre as 
habilidades especificas (imaginação, memória, visualização) e gerais (perseverança, 
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capacidade de estudo, autoconhecimento, motivação, etc) geradas pela prática do 
jogo. Pedagogicamente, o xadrez tem elevado conceito, fazendo parte do currículo 
escolar básico e do aprimoramento complementar em dezenas de paises, entre eles: 
Angola, Canadá, Cuba, Hungria, Israel, Iugoslávia, Alemanha, Tunísia, Rússia, entre 
outros. 
Retomando Calmbach (s/d) o xadrez escolar é uma matéria que ensina 
técnicas de resolver problemas de grande complexidade, com a finalidade de 
aprimorar a capacidade de raciocínio e contribuir para o aprendizado das matérias 
de cunho cientifico e cultural. O xadrez estimula às crianças a solucionar problemas 
e a passar maior parte do seu tempo jogando tranqüilamente, explicando que, 
crianças que não ficariam por mais de quinze minutos quietas em uma sala de aula, 
conseguem, de modo impressionante, permanecer durante horas envolvidas por 
esse jogo: 
 
“Desta forma o xadrez é um grande manancial 
estimulador de pesquisa e do conhecimento e se encaixa 
perfeitamente na concepção piagetiana a respeito dos 
jogos de exercício e simbólico. Vygotsky e os cientistas 
da escola russa, ao proporem a introdução do jogo nas 
escolas mostraram quais são as características principais 
que os jogos devem possuir para serem bons recursos 
didáticos”. (op.cit. p. 3) 
 
Podemos dizer que a psicologia proposta por Vygotsky acerca dos jogos e 
sua utilização nas escolas se encaixam perfeitamente para xadrez porque confere 
significados diferentes aos objetos utilizados. O tabuleiro representa o campo de 
batalha e as peças os dois exércitos que se confrontarão e ainda oferece uma 
situação imaginária em que o objetivo maior é conquistar o rei adversário, trazendo 
algumas ações representativas da sociedade, tais como o respeito às regras, das 
peças com movimentos diferentes e dos próprios jogadores que precisam aguardar 
a sua vez de jogar, mesmo que isso leve um tempo por parte do outro que está 
analisando para saber qual a melhor estratégia para vencer. 
Christofoletti (2005) salienta que embora o jogo de xadrez, seja praticado em 
duplas, cada um dos jogadores, deverá tomar uma decisão sobre a jogada de modo 
individual, o que favorece autoconfiança na tomada de decisões. Mesmo nas 
competições por equipe, cada jogador tem o seu tabuleiro, e não pode ser orientado 
durante a partida, cabendo somente a ele tomar as decisões e arcar com os 
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resultados. Afirma ainda, que vem aumentando a participação de crianças neste 
jogo, com o apoio das escolas que oferecem este tipo de atividade, e diz que 
quando bons hábitos são desenvolvidos desde a infância, e assimilados facilmente. 
Muitas vezes as crianças não sabem utilizar a capacidade de análise, pois 
não foram devidamente estimuladas para isso, a não ser pela via da memorização 
mecânica. Dessa forma quando se deparam com textos diferentes, sentem-se 
inseguras e tem muita dificuldade para encontrar as respostas. A contribuição do 
jogo de xadrez nessa direção caminha principalmente para a educação matemática, 
mas ela também promove estímulos para os outros campos do conhecimento. 
Santos (2007, p.3.), defensor do ensino de xadrez nas escolas, cita um 
trecho de Wilson da Silva 23 que diz ser o jogo de xadrez merecedor de crédito 
porque “ensina as crianças o mais importante na solução de um problema, que é saber 
olhar e entender a realidade que se apresenta”. [...]. Em tempos de conhecimentos 
efêmeros permeados por esse contingente de informações instantâneas e 
sobrepostas que quase não deixam espaço para a reflexão, concordamos com esse 
autor, quando ele diz que o melhor que a escola pode fazer para seus alunos é 
ajudá-los a organizar melhor seu pensamento, e acreditamos que isso possa ser 
feito mediante a sistematização deste jogo como disciplina nas escolas. 
Para entendermos melhor a implicação deste jogo no âmbito escolar, 
consideramos importante mostrar uma tabela comparativa das características do 
jogo e seus efeitos na escolarização elaborada por Wilson Silva, citado por Santos 
(2003). 
Característica do xadrez e suas implicações educativas. 
Características do xadrez 
Implicações nos aspectos 
educacionais e de formação do 
caráter 
Fica-se concentrado e imóvel na cadeira O desenvolvimento do autocontrole 
psicofísico. 
Fornecer um número de movimentos num 
determinado tempo 
Avaliação da estrutura do problema e 
do tempo disponível 
Movimento das peças após exaustiva análise de 
lances 
Desenvolvimento da capacidade de 
pensar com abrangênciae 
profundidade 
 
23 Mestre em Educação pela UFPR e doutorando também em Educação pela UNICAMP. 
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Após encontrar um lance, procurar outro melhor. Tenacidade e empenho no progresso 
contínuo 
Partindo de uma posição a princípio igual, 
direcionar para uma conclusão brilhante 
(combinação) 
Criatividade e imaginação 
 
O resultado indica quem tinha o melhor plano Respeito à opinião do interlocutor 
Dentre as várias possibilidades, escolher uma 
única, sem ajuda externa. 
Estímulo à tomada de decisões com 
autonomia 
Um movimento deve ser conseqüência lógica do 
anterior e deve apresentar o seguinte 
Exercício do pensamento lógico, 
autoconsistência e fluidez de 
raciocínio. 
 
Fonte: http://br.geocities.com/cluberibeiraoclarensedexadrez/Xadrez_escola.html 
 
Todos estes elementos podem ser preparados durante o aprendizado e a 
prática do xadrez, para que possa contribuir na melhoria do desempenho das 
crianças diante dos desafios escolares. Além disso, dada à realidade de muitas 
escolas, principalmente as públicas, é preciso pensar que o xadrez é uma atividade 
de baixo custo, que ajuda no desenvolvimento das habilidades mentais e promove a 
incorporação de atitudes de respeito. 
Sendo assim, o xadrez com certeza é um jogo que modifica a escola porque 
promove sua cultura, desenvolvendo inúmeras habilidades e garantindo a aquisição 
de conhecimentos não só em relação ao jogo, mas também a assimilação de outros, 
vinculadas às matérias escolares e o próprio caráter dos alunos. Além disso, ele 
também tem a vantagem de ajudar a diminuir a agressividade individual e, por este 
motivo, pode contribuir para minimizar a violência na escola, estabelecendo vínculos 
entre os conhecimentos e as experiências enxadrística e a vida cotidiana, individual 
e social. 
Por se uma atividade que facilita aprendizagens de outros conteúdos, muitas 
atividades podem ser desenvolvidas devido às relações que mantém com os demais 
conteúdos. Por exemplo, ligadas ao conteúdo de história, ao se narrar as próprias 
histórias em torno do xadrez, a geografia, ao se pesquisar e apresentar a leitura 
cartográfica de suas migrações ao longo dos continentes, ou ainda, o próprio estudo 
do tabuleiro, relaciona-se a conteúdos de matemática e geometria. 
Os benefícios de sua prática iniciam-se quando a criança passa a conhecer 
e a exercitar o domínio do tabuleiro, o que resulta em ganhos para sua noção 
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espaço-dimensional. Em seguida são apresentadas às peças, cada qual com suas 
características físicas, seus movimentos e papel no jogo, auxiliando o 
desenvolvimento da memória e da concentração. O desenvolvimento do jogo, com a 
integração das peças e os cálculos das jogadas exercitam o raciocínio lógico e a 
imaginação. 
 Podemos afirmar que o xadrez ensinado metodicamente constitui um 
sistema de estímulo intelectual capaz de aumentar o quociente de inteligência das 
crianças, oferecendo aos participantes um método de raciocínio e de organização 
das relações abstratas e dos elementos simbólicos. Essa forma sistemática passa 
pela preparação das escolas envolvendo a adaptação das mesmas as estruturas 
existentes. Para tanto, é preciso que o plano gestor da escola proponha de modo 
coletivo essa inserção como disciplina, o que envolveria a capacitação dos 
professores e coordenadores para acompanhar e planejar atividades da disciplina e 
mesmo o ensino dos jogos, ministrados por profissionais especializados ou mesmo 
enxadristas convidados. 
 Além destas adequações, também os recursos materiais, tais como a 
aquisição e utilização do material didático dos professores e dos alunos, 
armazenados em local adequado, bem como o próprio local onde as aulas irão 
acontecer. Deve ser um espaço amplo, com quadro mural, mesas e jogos de peças, 
relógios de xadrez em quantidade suficientes para atender os alunos da escola. 
 Para concluirmos essas breves considerações acerca das mudanças 
promovidas pelo jogo de xadrez na cultura escolar e, apesar de pouco comum, em 
textos desta natureza, optamos por terminar com um poema, feito por um estudante 
do xadrez que traduzem, de algum modo, por que ele se torna tão significativo para 
aqueles que o praticam. 
 
O JOGO DE XADREZ 
 
Azuir Filho24 
 
24 Poesia de Homenagem ao Jogo de Xadrez pelo seu caráter humanizador que tira as pessoas da 
pequenez e mediocridade fazendo-as pensar de modo mais elevado e com mais humildade. O Jogo 
de Xadrez tem a ver com os Amigos, os Mestres os Sonhos, Utopias e Ideais. 
 
 
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No Jogo há linda História, de razão, 
sentido e finalidade. 
É o saber, tradição e memória, a razão 
e toda a dignidade. 
Sabedoria que é importante, no amor 
e honra que vai ficar. 
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz 
a vida e todo lutar. 
 
No Jogo de Xadrez esta a Vida, e a 
sua luta mais danada. 
Tem toda gente e cada lida os 
importantes e a peãozada. 
Todo tempo é emocionante, pois tudo 
se pode organizar. 
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz 
a vida e todo lutar. 
 
Na vida do Rei o destino, ao morrer o 
jogo tá terminado. 
É um aviso para ter tino, e se vacilou 
não será perdoado. 
A Dama cuida do Rei governante, tem 
maior movimentar. 
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz 
a vida e todo lutar. 
 
Os Cavalos são poderosos, Grandes 
forcas para decidir. 
São destaques portentosos, faz o forte 
mais forte se sentir. 
Torre a fortaleza representante, nas 
paralelas a controlar. 
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz 
a vida e todo lutar. 
 
Bispos os Ministros invencíveis, 
Ministérios fortificados. 
Vão fazer coisas incríveis, sempre 
serão recompensados. 
Nas diagonais imperantes, fortes tão 
grandes no avançar. 
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz 
a vida e todo lutar. 
 
É um Jogo de Inteligência, um jogo do 
mais Preparado. 
De Beleza, Arte e Ciência, de quem 
pode estar bem ligado. 
Há um batalhar constante, com a 
sabedoria a se destacar. 
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz 
a vida e todo lutar. 
 
Nas peças a representação, do que 
importa na Sociedade. 
Pois tem elite e tem povão, e como 
será sua continuidade. 
O Mérito esta no semblante, que 
revela a alma e o sonhar. 
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz 
a vida e todo lutar. 
 
No Peão esta a simplicidade, a 
humildes dos sacrificados. 
Tem esperança de eternidade, em 
Jesus e os Crucificados. 
O Humilde se faz o gigante, no seu 
sonho de irmão igualar. 
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz 
a vida e todo lutar. 
 
Há mazelas pra restauração, e há 
História de Felicidade. 
Se Bem colocado um peão, vencer 
qualquer majestade. 
E o Peão neste instante, muda a 
Sociedade e o caminhar. 
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz 
a vida e todo lutar. 
 
 
 
 
 
 
 
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