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O Papel do Coordenador de Grupos

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Fichamento do texto O papel do coordenador de grupos
	A autora começa o texto falando sobre as questões que precisam ser consideradas em um grupo (contexto histórico e social) e a necessidade de um coordenador mesmo em grupos que acontecem espontaneamente.
	Kurt Lewin e seus colaboradores foram os primeiros a fazerem experimentos para se compreender a liderança em grupo. Lippitt e White fizeram um estudo experimental em uma escola com grupos de meninos de 10 anos, utilizando-se de três tipos de liderança: autoritária, laissez-faire e democrática. Na formação de grupos foi utilizada a técnica sociométrica de Moreno para avaliar as relações interpessoais das crianças (rejeições, amizades e liderança).
	Foram notadas algumas reações na liderança autoritária: agressividade, irritabilidade e autocentrada ou submissa e dependente. No democrático havia mais coesão no grupo, mas a produtividade no trabalho é menor do que ao do grupo autoritário (submissos). No laissez-faire, com a atitude passiva do líder, o grupo apresentava indecisão e frustação. No grupo democrático, o líder ouvia os interesses dos membros, gerando o sentido de nós, já no grupo com clima autoritário havia comportamentos competitivos, centrados no eu. Foi concluído que, apesar de ter um rendimento mais lento, o grupo democrático tinha uma resposta mais consistente e duradoura, mesmo sem o líder. 
	Zimmerman fala sobre características que acha importante nos coordenadores: amor às verdades, ética, respeito pelo outro, equilíbrio emocional, paciência, empatia, capacidade de conter suas angústias, capacidade de síntese e integração, atentar para comunicação verbal e não verbal, interpretar, ser ego auxiliar se for necessário, ser um modelo de identificação. 
	Na visão rogeriana, o coordenador é um facilitador que é um catalisador e um intermediário. Os participantes já têm suas potencialidades que, se auxiliados pelo facilitador, podem despertar. 
	Em grupos espontâneos os líderes surgem quando conseguem enxergar e interpretar as necessidades e desejo do grupo, mas pode ser temporária. Isso acontece em grupos institucionalizados. Quando um grupo tem uma tarefa a cumprir e precisa de uma organização para isso, os papéis são definidos.
	Nos grupos não espontâneos, a liderança normalmente é imposta por alguém externo, um coordenador ou uma equipe. Nesses grupos podem acontecer lideranças autoritárias. 
	A proposta moreniana é diretiva, mas propõe uma não verticalidade entre líderes e liderados. Ele fala sobre investigação participante, onde o líder atua junto com os participantes. No contexto psicoterapêutico, para lidar com algumas problemáticas de distanciamento e papéis, Moreno propôs uma fragmentação do papel do coordenador. Há o diretor/coordenador que está distanciado olhando tudo de uma forma mais objetiva e os egos-auxiliares que fazem a parte do diretor quando entra na ação.
	Apesar de Moreno bater na tecla da simetria entre coordenador e grupo, há uma necessidade dos profissionais serem qualificados, terem conhecimento para entendimento e colaboração na dinâmica que acontece em grupo. 
	A autora, embasada nas ideias de Chaui, acredita que o nome mediador caiba melhor ao coordenador que um facilitador, embora também o coordenador também facilite o caminhar dos membros do grupo. 
	Um grupo pode ter uma tarefa, mas sua constituição se realiza também através de um coordenador.
	
Comentários
	
	O texto é um pouco cansativo pois há muitas ideias contrárias de qual o papel e postura um coordenador deve ter. Apesar disso, amplia nossa visão nos fazendo refletir as formas de liderança e a sua importância em um grupo. Compreende-se que é necessário entender em que contexto histórico/econômico e social aquele grupo se encontra, trazer elementos que facilitem o caminhar do grupo e mediar os conflitos que aparecerem. 
Bibliografia
ANDALÓ, Carmen. Mediação Grupal: uma leitura histórico-cultural (p.68 a 89). São Paulo, Ágora, 2006.
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