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AVALIAÇÃO CORPORAL 2 AVALIAÇÃO CORPORAL SOBRE A FACULDADE Propósito Mudar a vida das pessoas para melhor. Missão • Educar profissionais da saúde e negócios para fazer diferença no mercado e na vida. Visão • Proporcionar educação de qualidade segmentos da Saúde, Estética, Bem- Estar e Negócios, tornando-se referência nos mercados regional, nacional e internacional. Valores • Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e influenciando mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora. • Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da empresa, diferenciando nossos beneficiários no merca- do competitivo. • Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as regulamentações e legislações vigentes. • Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os bons relacionamentos. • Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e ca- pazes de justificar as nossas ações e decisões. AVALIAÇÃO CORPORAL 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 1. ESTRIAS ................................................................................................................. 5 2. FLACIDEZ DE PELE .............................................................................................. 7 Como Identificar ........................................................................................................ 7 3. FIBRO EDEMA GELÓIDE ...................................................................................... 8 Fibro Edema Gelóide Ou Celulite ............................................................................. 9 Estágios Do FEG ..................................................................................................... 10 4. PERIMETRIA ......................................................................................................... 12 O Que é..................................................................................................................... 12 5. ADIPOMETRIA ...................................................................................................... 15 Medida Das Dobras Cutâneas ................................................................................ 15 6. BIOIMPEDÂNCIA ................................................................................................. 17 O Que é..................................................................................................................... 17 Qual A Indicação ..................................................................................................... 17 Preparo Para O Exame ............................................................................................ 17 Como é Feito ............................................................................................................ 17 Contraindicação ...................................................................................................... 17 7. IMC ........................................................................................................................ 18 8. ICQ OU RCQ ......................................................................................................... 19 9. CÁLCULOS PARA PERCENTUAL DE GORDURA ATRAVÉS DE CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA E IMC ................................................................ 20 REFERENCIAS ......................................................................................................... 21 AVALIAÇÃO CORPORAL 4 INTRODUÇÃO Os avanços tecnológicos nos tratamentos corporais não invasivos e invasivos oferecem às pessoas uma gama de opções de cuidados com a imagem, o que resulta em um aumento da confiança e autoestima (MAUAD, 2003). Há pouco tempo, a busca do corpo perfeito era muito limitada. Ouvia-se falar apenas nas dietas, cremes com promessas duvidosas e aparelhos com eficácia limitada, o que resultava em tratamentos insatisfatórios. Hoje o mercado estético dispõe de pesquisas científicas e uma vertente de novas possibilidades de tratamentos. Para o sucesso no tratamento de qualquer disfunção estética seja ela gordura localizada, flacidez, Fibro edema gelóide, estrias, precisamos saber identificá-las de maneira minuciosa, para que os tratamentos sejam eficazes e duradouros. Nessa apostila abordaremos a fisiopatologia de cada disfunção estética corporal, e os recursos para seus clientes/pacientes serem avaliados, assim você irá ter domínio e segurança para tratá-las. AVALIAÇÃO CORPORAL 5 1. ESTRIAS A estria é definida por Guirro & Guirro (2002, p. 392) como: uma atrofia tegumentar adquirida, com aspecto linear, algo sinuosa, em estrias de um ou mais milímetros de largura, a princípios avermelhadas, depois esbranquiçadas e abrilhantadas (nacaradas). Raras ou numerosas, dispõem-se paralelamente umas às outras e perpendicularmente às linhas de fenda da pele, indicando um desequilíbrio elástico localizado, caracterizando, portanto, uma lesão da pele. Apresentam um caráter de bilateralidade, isto é existe uma tendência da estria distribuir-se simetricamente em ambos os lados. A literatura nesta temática não é discretamente escassa, apesar de ser uma afecção frequentemente encontrada, principalmente em mulheres. Devido à sua grande incidência na população (principalmente do sexo feminino – na mulher adulta saudável, sua incidência é 2,5 vezes mais frequente que os homens nas mesmas condições), não é raro observarmos problemas psicossociais e de autoestima nos indivíduos acometidos. Pessoas que evitam o uso de determinadas roupas, trajes de banho ou até mesmo se isolam socialmente devido à presença de estrias pelo corpo. Frequentemente presentes em obesos, estresse, gravidez, atividade física vigorosa (musculação), uso tópico ou sistêmico de esteroides (cortisona ou ACTH), infecções agudas e debilitantes (HIV, tuberculose, lúpus, febre reumática), tumores de suprarrenal (GUIRRO & GUIRRO, 2002) Não existe uma definição específica para as causas de surgimento das estrias, mas estudos apontam para causas multifatoriais, fatores endocrinológicos, mecânicos, predisposição genética e familiar. Tais fatores levaram ao surgimento de três teorias para sua etiologia: a mecânica, a endocrinológica e a infecciosa. Ainda conforme Guirro & Guirro (2002, p. 392), as estrias são ditas atróficas pelas características que apresentam, já que atrofia é a diminuição da espessura da pele, decorrente da redução do número e volume de seus elementos e é representada por adelgaçamento, pregueamento, secura, menor elasticidade, rarefação dos pelos. Inicialmente denominada striae rubrae, ou seja, estria rubra. Quando surgem, têm como primeiros sinais clínicos o prurido (“coceira”), dor (alguns casos), erupção papular plana e levemente rosadas. AVALIAÇÃO CORPORAL 6 Na próxima fase, quando seu processo de formação encontra-se quase totalmente estabelecido, as lesões adquirem coloração esbranquiçada, sendo denominadas nesta fase striae albae, ou seja, estria alba (brancas). Avalia-se a estria quanto a sua coloração: alba ou rubra, seu trofismo: atrófico, normotrófico ou hipertrófico e de acordo com seu aspecto e volume: • Leve: Poucas e finas • Moderado: Muitas e finas • Intenso: Poucas e largas • Grave: Muitas e largas. AVALIAÇÃO CORPORAL 7 2. FLACIDEZ DE PELE Como Identificar A flacidez se caracteriza pela perda de tonicidade da pele e dos músculos. Podemos classificar flacidez como: apenas tissular, apenas muscular ou ainda a associação de flacidez cutânea e muscular em um mesmo indivíduo. A flacidez muscular pode ser definida como estado de relaxamento;ausência total do tônus muscular (SILVA, SILVA & VIANA, 2010), onde o estado muscular é flácido. Não pode ser considerada apenas uma patologia distinta, mas sequela de vários episódios ocorridos como, por exemplo, inatividade física (sedentarismo), emagrecimento demasiado (perda de massa magra), desnutrição, distúrbios alimentares e imobilização com perda força e função muscular. Dessa forma a graduamos de acordo com a força muscular onde: • Grau 0: Sem nenhuma força muscular • Grau 1: Leve esboço de contração • Grau 2: Consegue realizar movimentos sem força da gravidade • Grau 3: Consegue realizar movimentos sem carga • Grau 4: Consegue levantar pouca carga • Grau 5: Boa força muscular - IDEAL A flacidez de pele ocorre em homens e mulheres, sendo que é mais comum no sexo feminino devido aos fatores hormonais. A flacidez pode ser caracterizada por uma frouxidão de pele causada por diversos motivos como, excesso de sol (destroem as fibras elásticas), a falta de exercício físico, alimentação inadequada (pouca proteína e rica em gordura), gravidez e principalmente pelo chamado efeito sanfona, processo em que o paciente engorda e emagrece rapidamente (GOMES, 2014). Ribeiro (2010) compara as fibras elásticas com molas, pois permitem extensa deformação da pele, que retorna passivamente ao estado original quando suspensa à força aplicada. Os danos causados a essas fibras enquanto elas se decompõem são as principais causas de flacidez cutânea, rugas e perda de elasticidade da pele decorrente do envelhecimento. (GERSON, et al., 2010). AVALIAÇÃO CORPORAL 8 Segundo Piazza (2011, p.55): “conforme o envelhecimento progride, a multiplicação celular diminui, os fibroblastos diminuem sua função e causam uma desorganização da matriz extracelular, comprometendo a síntese e a atividade de proteínas importantes, que garantem a elasticidade e resistência à pele, como a elastina e o colágeno. ” Guirro e Guirro (2009), descrevem a flacidez tissular de acordo com suas fases: • Fase Elástica: Quando o tecido for submetido à uma tensão retirando a carga ele volta ao normal • Fase de Flutuação: Se a carga a que o tecido foi submetido for retirada, não voltará à configuração inicial. • Fase Plástica: Deformação permanente no tecido. O tecido já apresenta queda (ptose). • Ponto de Ruptura: É como se um pano fosse esticado até o máximo e não aguentasse a força. fitbodypilates.com.br Intenso+ ++ Grave++ ++ Leve + https://www.picluck.net/tag/ac idopolilactico Moderado ++ www.mundoestetica.com.br/es teticageral/flacidez-tissular/ http://blog.buonavita.com.br/i ndex.php/2016/04/21 http://fitbodypilates.com.br/trate-a-flacidez-corporal-com-a-radiofrequencia-hooke/ http://www.picluck.net/tag/ac http://www.mundoestetica.com.br/es http://blog.buonavita.com.br/i AVALIAÇÃO CORPORAL 9 3. FIBRO EDEMA GELÓIDE Fibro Edema Gelóide Ou Celulite? O termo correto para designar alterações do relevo cutâneo é fibro edema gelóide. Este é popularmente conhecido como celulite. Entretanto, é uma comparação errônea, uma vez que ambos os termos designam coisas distintas. Celulite, do latim cellullite, significa inflamação no tecido celular. Algumas vezes, pode ser confundida erroneamente com uma patologia de mesmo nome e de características condizentes com o termo, porém tratada exclusivamente pela classe médica (GUIRRO & GUIRRO, 2002). Além de ser considerado visualmente desagradável por grande parte das pessoas, o fibro edema gelóide, do ponto de vista estético desencadeia disfunções álgicas nas zonas acometidas e diminuição das atividades funcionais. Provoca sérias complicações, dentre elas dores intensas e problemas emocionais (GUIRRO & GUIRRO, 2002), como diminuição da auto-estima e quadros depressivos. A identificação do FEG, conforme descrito por Guirro & Guirro (2002), relaciona as quatro evidências clínicas observadas durante a palpação do FEG, classicamente conhecida como “tétrade de Ricoux” são: aumento da espessura do tecido celular subcutâneo, maior consistência tecidual, maior sensibilidade à dor, diminuição da mobilidade por aderência aos planos mais profundos. Conforme o grau, o FEG pode ser identificado por testes simples, seguros e não invasivos. Em graus mais elevados, o mesmo apresenta sinais que mesmo a olho nu é possível identificá-lo: tecido flácido, com relevos e depressões, dificilmente sendo confundida com outra patologia. Quando for avaliar, o profissional da estética deverá solicitar ao seu cliente que permaneça em posição ortostática (de pé), especialmente porque em decúbito ventral ou lateral a força gravitacional favorece a acomodação dos tecidos, podendo então mascarar o real estado dos mesmos. Coloração tecidual, varizes, estrias, dor à palpação, dentre outros sinais, podem também estar presentes (GUIRRO & GUIRRO, 2002). Teste da preensão: Deve-se pressionar a pele juntamente com a tela subcutânea entre os dedos (movimento de pinça), promovendo um movimento de tração. Sendo a sensação dolorosa mais incômoda que o normal, é indicativo de FEG, já com alteração de sensibilidade. AVALIAÇÃO CORPORAL 10 Teste da casca de laranja: Deve-se pressionar o tecido adiposo entre os dedos polegar e indicador ou entre as palmas das mãos. O teste será positivo caso a pele torne-se rugosa, semelhante à casca de uma laranja. Estágios Do FEG Com exceção das palmas das mãos, plantas dos pés e couro cabeludo, que apresentam um tecido diferenciado, o FEG pode surgir em qualquer parte do corpo, preferencialmente porção superior das coxas (interna e externamente), porção interna dos joelhos, regiões de abdome, glúteos e porção superior dos braços (ântero e posteriormente). O mesmo apresenta três estágios não completamente delimitados, podendo ainda ocorrer uma sobreposição dos mesmos numa mesma área. FEG Brando (Grau 1): Raramente encontramos na prática clínica, haja vista que o profissional geralmente recebe a paciente com sinais e sintomas já instalados. Neste estágio, o FEG só é percebido quando da realização do teste da casca de laranja ou durante uma contração muscular voluntária. Não se observam alterações clínicas. É assintomático e considerado sempre curável (GUIRRO & GUIRRO, 2002). FEG Moderado (Grau 2): Diferentemente do estágio anterior, neste estágio, as depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos tecidos. Com a compressão, portanto, elas ficam sujeitas a apresentarem-se mais evidentes. Caso a luz incida lateralmente, as margens são facilmente delimitadas e já se encontra alteração de sensibilidade. Frequentemente curável (GUIRRO & GUIRRO, 2002). FEG Grave (Grau 3): Em qualquer posição que o indivíduo esteja, é possível identificar o acometimento tecidual. Não são necessários testes, uma vez que os resultados são visíveis mesmo sem eles. A pele torna-se com aparência de “saco de nozes”, por apresentar-se cheia de relevos, enrugada e flácida. Alterações de sensibilidade encontram-se presentes. Pode ser melhorado, embora não completamente curado (GUIRRO & GUIRRO, 2002). AVALIAÇÃO CORPORAL 11 http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/07 http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/07 AVALIAÇÃO CORPORAL 12 4. PERIMETRIA O Que é? A perimetria nada mais é que a mensuração, em centímetros, da circunferência de determinado segmento corporal. Essa medida, denominada perímetro, é o perímetro máximo de um segmento corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo (FERNANDES FILHO, 2003). Para realização desta medida, é necessária uma fita métrica com precisão de 0,1 cm. Alguns autores descrevem a preferência por fita metálica, uma vez que outros materiais podem, ao longo do tempo de uso, ceder. Desta forma, alterando a medidareal. Sua utilização na área da saúde e estética Devido à sua importância, é muito utilizada na área da saúde e atividade física. Em academias, por exemplo, é frequentemente utilizada durante a avaliação física. Uma grande parcela da população certamente já foi submetida à perimetria, mesmo que não soubessem o nome do procedimento. Na área da estética, ela é muito utilizada na avaliação pré- tratamento e reavaliação após o mesmo, especialmente nos tratamentos para redução de medidas, drenagem linfática, massagem modeladora ou redutora. Cuidados importantes: Entretanto, alguns cuidados são importantes para essa mensuração, conforme descrito por FERNANDES FILHO, 2003, p.41): • Marcar corretamente os pontos dos perímetros utilizando caneta ou lápis dermatográfico • Medir sempre num ponto fixo, pois a variação aponta erros - medir sempre sobre a pele nua - nunca utilizar fita elástica ou de baixa flexibilidade • Nunca esquecer o dedo entre a fita e a pele • Não dar pressão excessiva nem deixar a fita frouxa • Realizar três medidas e calcular a média • Não medir o avaliado após qualquer tipo de atividade física. Os cuidados acima são muito importantes, uma vez que a mensuração errada compromete o resultado final do tratamento. Exemplo: imagine que durante a avaliação, você realize a perimetria de diversas regiões corporais de uma paciente que deseja perder medidas, mas por erro AVALIAÇÃO CORPORAL 13 no momento da medição, ao terminar o tratamento você constatou que ela está com alguns centímetros a mais. Visualmente ela perdeu medida, mas sua medida na fita métrica está maior. Como justificar isso para a paciente? Num primeiro momento, pode até parecer um erro no tratamento ou algum outro fator que tenha interferido (mas a paciente notou que reduziu medidas quando vestiu suas roupas, mais justas ou aquela que não servia mais e agora está servindo). Difícil explicar essa situação à cliente. Onde estava o erro? Outro fator importante é que a repetição perimetria ser realizada pela mesma pessoa, de preferência, com a mesma fita métrica, no mesmo horário do dia, estando a paciente com o mesmo traje. A execução de procedimentos padronizados aumentarão a fidedignidade e exatidão das medidas (GUIRRO & GUIRRO, 2002). Como realizar a perimetria? Tórax (FERNANDES FILHO, 2003) Esta medida é diferenciada quando realizada em homens ou mulheres. Deve ser tomada com a pessoa em posição ortostática (em pé, sem apoio) Para mulheres: posicionar a fita num plano horizontal, passando abaixo das linhas axilares Para homens: colocar a fita num plano horizontal, passando sobre a cicatriz mamilar Em ambos: normal – ao final de uma expiração normal inspiratório – ao final de uma inspiração máxima expiratório – ao final de uma expiração máxima Cintura (FERNANDES FILHO, 2003) Esta medida também é diferenciada para sexo masculino e feminino. Em ambos, deve ser tomada com a pessoa em posição ortostática, abdômen relaxado. Para mulheres: a medida deve ser tomada no ponto de menor circunferência, abaixo da última costela, colocando a fita num plano horizontal Para homens: colocar a fita num plano horizontal, passando sobre a cicatriz umbilical Quadril (FERNANDES FILHO, 2003) Avaliado em posição ortostática, braços ligeiramente afastados, pés juntos, glúteos contraídos. O avaliador deverá posicionar- se e tomar as medidas lateralmente ao avaliado. Deve-se colocar a fita num ponto horizontal, no ponto de maior massa muscular das nádegas. 8.4.6 Coxas proximal (FERNANDES FILHO, 2003) AVALIAÇÃO CORPORAL 14 O avaliado deverá estar em posição ortostática, pernas ligeiramente afastadas. O avaliador deverá posicionar-se e tomar as medidas lateralmente ao avaliado. Deve- se colocar a fita métrica logo abaixo da prega glútea, num plano horizontal. Coxa meso-femural (FERNANDES FILHO, 2003) O avaliado também deverá estar em posição ortostática, pernas ligeiramente afastadas. O avaliador também deverá posicionar-se e tomar as medidas lateralmente ao avaliado. Colocar a fita num plano horizontal, no nível do ponto meso-femural, ou seja, no ponto médio entre a prega inguinal e a borda superior da patela. Coxa distal (FERNANDES FILHO, 2003) O posicionamento do avaliado e do avaliador seguem os mesmos padrões das duas medidas anteriores. Deve-se posicionar a fita métrica num plano horizontal, em nível do ponto distal (que é medido a 5 cm da borda superior da patela). Deve-se colocar a fita no plano horizontal, no ponto de maior massa muscular ou proeminência da gordura. Outros pontos de referência Guirro e Guirro (2002) descrevem alguns pontos de referência para essas medidas, embora a maior parte deles coincide com as anteriormente descritas, conforme apresentadas a seguir: • Peito: quarta articulação esterno-costal • Cintura: ponto médio entre a margem da costela inferior e crista ilíaca, no ponto mais estreito do tronco • Abdome: 2,5 cm do umbigo, ao final da expiração. Também podemos adotar a medida em pontos específicos de tratamento quando o tratamento for realizado na gordura localizada na região do estômago, flancos ou infra-umbilical, para facilitar o acompanhamento da redução de gordura. Dessa forma a medida de distância acima ou abaixo do umbigo,ficará livre para a demarcação onde for necessário. • Quadril: na linha dos trocânteres maiores • Coxa proximal: imediatamente abaixo da prega glútea • Coxa medial: no ponto médio entre a linha inguinal e a borda proximal da patela • Coxa distal: próximo aos epicôndilos femorais - joelho: no nível médio da patela • Panturrilha: na maior protrusão muscular a esse nível • Braço (bíceps): ponto médio entre o ombro e o cotovelo AVALIAÇÃO CORPORAL 15 5. ADIPOMETRIA Medida Das Dobras Cutâneas Objetivo: Avaliar percentual de gordura corporal e localizado. Locais de medição: • TRICIPTAL (TR): medida na linha média vertical, na metade da distância entre a escápula (processo acromial) e o cotovelo (olécrano). Pinçar esta dobra no sentido vertical. A medida deve ser feita com o braço relaxado ao longo do corpo. • BICIPTAL (BI): medida na linha média vertical, na mesma altura da dobra cutânea tríceps, e marcada na linha anterior do braço, acima da fossa cubital do cotovelo. • SUBESCAPULAR (SE): medida na linha diagonal no ângulo inferior da escápula. A dobra segue a direção natural da prega, logo abaixo do ângulo inferior da escápula. • ABDOMINAL (AB): medida na linha horizontal (3 cm lateral e 1 cm inferior) ao lado da cicatriz umbilical. A medida deve ser realizada verticalmente. • SUPRAILÍACA (SI): medida obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar medial. • COXA MEDIAL (CX): medida na linha média vertical, na região anterior da coxa, na metade da distância entre a prega inguinal e a borda superior da patela. Durante esta medida a massa corporal deve ser tirada do pé direito, mantendo a perna estendida na posição em pé. Para o procedimento de tomada das dobras, seguir as seguintes recomendações: • Tomar todas as medições de dobras cutâneas no hemicorpo direito do sujeito; • Pinçar firmemente a dobra cutânea entre os dedos polegar e indicador cerca de 8 cm de distância entre eles em uma linha perpendicular ao eixo da dobra; AVALIAÇÃO CORPORAL 16 • Manter o adipômetro em posição reta; manter o pinçamento com a mão esquerda elevada durante todo o posicionamento do adipômetro para a medição da dobra cutânea (lohman, 1988; petroski, 1999; costa, 2001). https://www.dicasdetreino.com.br/calculo-porcentagem-de-gordura-corporal/ O Índice de Massa Corporal (IMC) e a Relação Cintura Quadril (RCQ) são utilizados com frequência e indicados como confiáveis para avaliar o estado nutricional e risco de morbimortalidade por doenças cardiovasculares(WHO, 1997). É recomendado pela OMS como um preditor confiável da gordura corporal, sendo utilizado em larga escala, principalmente no que se refere a estudos populacionais, já que possui baixo custo e fácil interpretação (GROSSL; LIMA; KARASIAK, 2010). http://www.dicasdetreino.com.br/calculo-porcentagem-de-gordura-corporal/ AVALIAÇÃO CORPORAL 17 6. BIOIMPEDÂNCIA Objetivo: Avaliar percentual de gordura corporal. O Que é? A bioimpedância elétrica é um aparelho que emite uma corrente elétrica em miliampér, não perceptível, destinada à avaliação da composição corporal, estimando a massa magra, gordura corporal, água corporal total, entre outros dados que proporcionam informações mais precisas sobre o estado nutricional do paciente. Os dados obtidos variam de acordo com o equipamento utilizado. Considerado um método pouco confiável e impreciso, devido as inúmeras variações de resultados, como ingestão de água e alimentos próximos ao período de aferição, medida em períodos pré-menstruais, retenção de líquidos, atividade física e problemas gastrointestinais. Qual A Indicação? O exame pode ser realizado nas consultas de avaliação e acompanhamento nutricional ou em pacientes que tenham encaminhamento médico ou de nutricionista para realizar somente o exame. Preparo Para O Exame Jejum de 4 h de alimentos e bebidas (inclusive de água); por 24h antes do exame não praticar atividade física; urinar um pouco antes para o realizar o exame de “bexiga vazia”; retirar todos adornos metálicos antes de realizar o exame (ex. relógio, anel, pulseira, colar, tornozeleira). Qualquer preparo não realizado apresentará risco de resultado impreciso. Como é Feito? O paciente em pé, posicionar os pés na placa metálica e as mãos em outra área de placa metálica. Contraindicação: Gestantes e portadores de marcapasso. AVALIAÇÃO CORPORAL 18 7. IMC IMC é uma sigla utilizada para Índice de Massa Corporal. O Índice de Massa Corporal é uma medida utilizada para medir a obesidade e desnutrição, adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Considerada como padrão de medida internacional para avaliar o grau de obesidade. O sobrepeso e a obesidade, indicados pelo IMC, são fatores de risco para doenças tais como a hipertensão arterial, a doença arterial coronariana e o diabetes melittus, além de outras patologias consideradas de alto risco para a Saúde Pública. Hoje em dia, o IMC é utilizado como forma de comparar a saúde de populações, ou até mesmo definir prescrição de medicações. Os valores de IMC são independentes de idade e sexo. Apesar disso, o IMC pode não corresponder ao mesmo grau de gordura em diferentes populações devido às diferentes proporções do corpo. Riscos à saúde associados ao aumento do IMC devem ser constantemente observados e interpretados, já que podem ser diferentes em cada população. A fórmula utilizada é: IMC = Peso (Kg) / (Altura (m)) ² Após a realização do cálculo, deve-se observar o resultado de acordo com os seguintes valores: • Abaixo de 18,5 = desnutrição • Entre 18,5 e 24,5 = peso normal • Entre 25,0 e 29,9 = sobrepeso • Entre 30,0 e 39,9 = Obesidade • Acima de 40,0 = Obesidade Mórbida AVALIAÇÃO CORPORAL 19 8. ICQ OU RCQ A Relação Cintura-Quadril ou Índice Cintura-Quadril é uma variável que auxilia no diagnóstico de doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2, no entanto, pelas restrições que essa medida possui, a Organização Mundial da Saúde - OMS (2010), recomenda a associação dessa variável com outras medidas, como, por exemplo, a circunferência da cintura (CC). O índice é obtido através do cálculo: 𝑹𝑹𝑹𝑹𝑹𝑹 = 𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂ê𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐧𝐧 𝐝𝐝𝐧𝐧 𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐜𝐜𝐂𝐂𝐂𝐂𝐧𝐧 𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂ê𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐧𝐧 𝐝𝐝𝐝𝐝 𝐪𝐪𝐂𝐂𝐧𝐧𝐝𝐝𝐂𝐂𝐂𝐂𝐪𝐪 A medida da CC explana que sujeitos com região abdominal e pélvica que apresentam valores elevados, aumentam significativamente a possibilidade de morte súbita, infarto e aterosclerose (POWERS; HOWLEY, 2000). Diante disso, os estudos utilizam com frequência a associação entre IMC e RCQ como indicador da possibilidade de desenvolvimento de doenças e de obesidade, principalmente pela facilidade de aplicação, baixo custo e interpretação simplificada (NEVES, 2008; RIPKA et al, 2009). AVALIAÇÃO CORPORAL 20 9. CÁLCULOS PARA PERCENTUAL DE GORDURA ATRAVÉS DE CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA E IMC Temos relatos bibliográficos de cálculos para identificar o percentual de gordura com equações matemáticas, baseadas em logaritmos, propostas por Deuremberg et al., Gallagher et al. e Lean et al. As equações preditivas da gordura corporal são: Referências Equações preditivas Deuremberg et al. (1991) %GCT = (1,2 x IMC) - (10,8 x sexo*) + (0,23 x idade) - 5,4 *sexo: homens = 1; mulheres = 0. Gallagher et al.(2000) %GCT = 64,5 - 848 x (1/IMC) + (0,079 x idade) – (16,4 x sexo*) + (0,05 x sexo* x idade) + (39,0 x sexo*) x (1/IMC) *sexo: homens = 1; mulheres = 0. Lean et al. (1996) (1) Homens: %GCT = (0,567 x PC) + (0,101 x idade) – 31,8 Mulheres: %GCT=(0,439 x PC) + (0,221 x idade) – 9,4 Lean et al. (1996) (2) Homens: %GCT = (1,33 x IMC) + (0,236 x idade) - 20.2 Mulheres: %GCT = (1,21 x IMC) + (0,262 x idade) - 6.7 %GCT= gordura corporal total (%); IMC= índice de massa corporal (kg/m2); Idade (anos); PC= perímetro da cintura (cm) AVALIAÇÃO CORPORAL 21 REFERENCIAS DEURENBERG P, Weststrate JA, Seidell JC. Body mass index as a measure of body fatness: age- and sexspecific prediction formulas. British Journul of Nutrition. 1991; 65:105-14. GALLAGHER D, Heymsfield SB, Heo M, Jebb SA, Murgatroyd PR, Y S. Healthy percentage body fat ranges: an approach for developing guidelines based on body mass index. Am J Clin Nutr. 2000;72:694-701. GOMES, E., Radiofrequência no tratamento de flacidez tissular - Revisão bibliográfica. Universidade Tuiuti do Paraná. Acessado em: 27/02/2019. Em: https://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/RADIOFREQUENCIA-NO-TRATAMENTO- DA-FLACIDEZ-TISSULAR.pdf GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional: Fundamentos Recursos Patologias. 2 ed. Barueri: Manole, 2002. LEAN MEJ, Han TS, Deurenberg P. Predicting body composition by densitometry from simple anthropometric measurements. Am J Clin Nutr. 1996;63:4-14. NEVES, E. B. Prevalência de sobrepeso em militares do exército brasileiro: associação com a hipertensão arterial. Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 2008, v.13, n.5, p.1661-1668. PIAZZA, Fátima. Anatomia, fisiologia e bioquímica da pele. In: PUJOL, Ana Paula. Nutrição aplicada a estética. Rio de Janeiro: Rubio, 2011. p. 43-58. POWERS, S.K.; HOWLY, E.T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e desempenho. 3ª ed. São Paulo: Manole, 2000. AVALIAÇÃO CORPORAL 22 RIPKA, W.L. et al. Comparação entre gêneros na avaliação do componente morfológico de adultos no município de Curitiba. Coleção Pesquisa em Educação Física. 2009, v. 8, p. 75- 80. WHO. World Health Organization. Obesity - preventing and managing the global epidemic. Geneva: WHO; 1997. AVALIAÇÃO CORPORAL 23 SOBRE A FACULDADE Missão Visão Valores SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1. ESTRIAS 2. FLACIDEZ DE PELE Como Identificar 3. FIBRO EDEMA GELÓIDE Fibro Edema Gelóide Ou Celulite? Estágios Do FEG 4. PERIMETRIA O Que é? 5. ADIPOMETRIA Medida Das Dobras Cutâneas O Índice de Massa Corporal (IMC) e a Relação Cintura Quadril (RCQ) são utilizados com frequência e indicados como confiáveis para avaliar o estado nutricional e risco de morbimortalidade por doenças cardiovasculares (WHO, 1997). É recomendado pela OMS... 6. BIOIMPEDÂNCIA O Que é?Qual A Indicação? Preparo Para O Exame Como é Feito? Contraindicação: 7. IMC IMC = Peso (Kg) / (Altura (m)) ² 8. ICQ OU RCQ 9. CÁLCULOS PARA PERCENTUAL DE GORDURA ATRAVÉS DE CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA E IMC REFERENCIAS