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Cirurgi� d� sistem� digestóri� CAVIDADE ORAL ATÉ ESOFAGO Aula: 10/03 - Antonio Gorios Prepar� cirúrgic� -Antissepsia extremamente cuidadosa (pode causar peritonite iatrogênica) - 2 conjuntos de materiais cirúrgicos - diérese e síntese. -Trocas de luvas sempre que necessário -Campo cirúrgico com 1 a 2 camadas. Princípi�� d� cirurgi� ora� -Posicionamento correto com suporte especiais (tais suportes para manter a boca do cachorro aberta). -Usar técnicas atraumática (o tecido é sensível, usar instrumentais atraumáticos ajudam muito - ex. não usar a pinça dente de rato) -Controlar hemorragias usando pressão e ligadura -Evitar tensão, fazer retalhos de 2 a 4 mm maior do que o defeito. -Sustentar os retalhos, não suturar sobre o defeito -Us 1iar suturas aposicionais (ex: padrões simples descontínuo ou contínuo, cruzado) -Em casos extremos pode fazer a oclusão temporária de carótida (faz um garrote na artéria com fio grosso, coloca um cano, pressionar a artéria com o cano, amassando o vaso, prende com uma pinça - hemostasia preventiva) - maxilectomia. In��ru���t�i� -Atraumáticos nos tecidos serosos e mucosos. -Complicações: aderência, inflamação, peritonite (tudo por instrumentais ruins ou traumáticos). Sut��� -Agulha pequena e cilíndricas -Fio absorvível sintético - Polidioxanona 3-0/4-0; Poligliconato e Poliglecaprone 25 (todos monofilamentares absorvíveis). Van����n� da ci���g�a or�� -Boa irrigação sanguínea -Alta atividade metabólica -Alta taxa mitótica que contribuem para a rápida cicatrização da mucosa -Boca cicatrização Cir����as da ca����de or�� -Correções fístulas -Palatoplastias -Palatorrafia -Glossectomia -Tonsilectomia -Sialoadenectomia -Maxilectomia -Mandibulectomia. Di�g�ós�i�� -Histórico -Sinais clínicos (a maioria serão os mesmos) -Exame físico -Radiografias, ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (IRM) -Biópsia. PALATO _____________________________ *****Diferenças de possíveis palatos ▶ Fís�u�� or����al co��êni�� (fis�u�� pa����na). -Hereditário (recessivo dominante); nutricional (diminuição de ácido fólico); hormonal (esteróides); mecânico (trauma intra uterino). -Predisposição: raças braquicefálicas > felinos -Histórico: dificuldade de mamar; regurgitação nasal; déficit de desenvolvimento. -Complicações: pneumonia aspirativa. -Exame físico: inspeção. TRATAMENTO: palatorrafia. -Técnica de Von Langenbeck - deslizamento de abas perpendiculares ao defeitos, sobrepondos o tecido de retalhos. **Corta dos lados, e sutura em cima do defeito -Técnica Sanduíche Sobreposto: vantagem é que não posiciona sobre o defeito palatino (menos perigo de cortar veias e etc). ▶ Fís�u��s ad����id�� -Doenças dentárias- excisão -Traumas: mordida, ferimento de bala, queimadura elétrica, trauma contuso na cabeça). TRATAMENTO: retalhos (corta de uma parte e sutura no defeito) (ex. se a fistula for no fim do palato duro, cortar uma parte do palato mole e suturar em cima do defeito). LÍNGUA ________________________________ ▶ Do�nças da lín�u� -Etiologia: trauma e neoplasias -Histórico: para poder diferenciar é só pensar, trauma ocorre muito rápido com sinais de 1 dia para o outro, neoplasias demoram mais com sinais que vem progredindo durante um tempo. Sinais clínicos: fedor, sialorréia, sangue, emagrecimento. -Exame físico: inspeção (com sedação) TRATAMENTO: Glossectomia (ou se for necessário apenas suturas a língua de volta, - debrida a língua e sutura de volta - se passar mais de 24 horas com ela lacerada). TONSILAS _____________________________ -Etiologia: neoplasias -Histórico -Sinais clínicos: assintomáticos, mas caso tenha, é emagrecimento, dificuldade para deglutir. -Exame físico: inspeção (necessário sedação). TRATAMENTO: tonsilectomia (pinçar e cauterizar) **É comum ser um achado, pois é geralmente assintomático e encontrado apenas na hora de entubar o animal para sedação de algum procedimento. GLÂNDULA SALIVAR ______________________ ▶ Rânu�� -Glândula sublingual obstruída - sialocele sublingual (bolsa de saliva). -Etiologia: obstrução do ducto salivar. -Histórico -Sinais clínicos -Exame TRATAMENTO: marsupialização (abre a bolsa e sutura as bordas dela na pele, deixando-a aberta). ▶ Si�l��e�� ce���c�� (o� mu����le) -Etiologia: obstrutiva (por trauma é bem raro) -Uni ou bilateral -Afeta principalmente a glândula submandibular. -Histórico -Exame físico: consistência flutuante e indolor. -Diagnóstico: punção (tem que sair saliva) ou citologia. TRATAMENTO: sialoadenectomia (retirada das glândulas) (faz punção da cápsula com saliva, retira as glândulas e sutura) -Acesso lateral: retirar mandibular e sublingual sempre. Ocorre pelos lados laterais do animal. -Acesso ventral: tomar cuidado pois a saliva fica ventralmente também. Usa-se esse acesso quando ou o local está infeccionado ou há recidiva. ***Como o acúmulo é bem no pescoço (parece papada) é difícil saber qual lado é o lado obstruído, portanto qual lado retirar as glândulas? dos dois? Para saber isso usamos a palpação, se sentir a cápsula bem no meio, não arrisca e retira dos dois lados, agora, caso ela esteja voltada mais para um lado do que para o outro, retirar as glândulas apenas do lado em que ela se encontra. PARA DIFERENCIAR RÂNULA DE SIALOCELE, A RÂNULA SE ENCONTRA DENTRO DA BOCA, JÁ A SIALOCELE SE ENCONTRA NO PESCOÇO. Caso o animal esteja em uma situação muito ruim com tártaros, marcar primeiro uma cirurgia para retirada dos tártaros e depois de 10 dias realizar a cirurgia (sempre escrever a indicação na ficha do paciente), pois caso não ocorra a limpeza, pode ocasionar osteomielite, insuficiência renal e etc. MANDÍBULA _____________________________ ▶Man����le���m�a e ma����c�o��� -Etiologia: neoplasias e traumas -Diagnóstico: biópsia e exame físico -Laceração traumática em brigas -Doença odontológica crônica -Cirurgia reconstrutiva com margem de segurança. Cu�d��o pós op����óri� -Sonda naso gástrica e esofágica para alimentação e administração de medicamentos. -Animais de difícil contenção terão um prognóstico pior -Proteção e cuidados com a ferida cirúrgica. ESOFAGO ______________________________ -Dividido em parte cervical e parte torácica. -Etiologia: corpo estranho; tumor; perfuração; hérnia de hiato; fístula; intussucepção esofágica; diverticulite; anomalia vascular (megaesofago). -Sinais clinicos: regurgitação, perda de peso, tosse, diafagia, dispneia, ptialismo (babar), febre. (90% dos casos aparecem os mesmo sinais clínicos) Par����la����de� hi���lógi��� -Não tem camada serosa (o que irá dificultar na hora de suturar) -Não tem omento -Fornece sangue por segmentos -Constante movimento e distensão de bolus alimentar -Intolerância de alongamento longitudinal. Di�g�ós�i�� co��� es���n�� RX simples- já identifica o corpo estranho RX contrastado- identifica mega esofago (tomar cuidado e ter certeza de que não há laceração no esôfago, para o contraste não ir para o tórax). Endoscopia- já é diagnóstico e terapêutica (trata, já retirando o corpo estranho). ▶ Eso����s�o��� Cuidados operatórios -Manuseio suave dos tecidos -Minimizar contaminação -Seleção e aplicação apropriadas de materiais de sutura -Uso adequado de eletrocautério e aposição precisa dos tecidos. Técnica cirúrgica -Escolher abordagem mais vantajosa (cervical ou torácica). -Preservar a vascularização. -Incisões longitudinais de esofagostomia -Técnicas de alívio de tensão, interrupção do nervo frênico e suturas de fixação. Técnica de sutura -Realizar 1 ou 2 camadas (priorizar 2 camadas) -Maior resistência da ferida ↲ -Melhor aposição de tecido -Melhor cicatrização após esofagotomia. -Desvantagem: leva mais tempo para executar os de 2 camadas do que o da camada única. ***Cuidados pós operatórios iguais aos da mandíbula. ▶Meg���o�ágo -Histórico: regurgitação começa no desmame com a introdução de alimentos sólidos -Comum em portes grandes - pastor alemão -Etiologia: anomalia vascular congênita - em 95% dos casos é uma persistência do arco aórtico direito PAAD. -Diagnóstico: RX contrastado, sendo os sinais daradiografia dilatação esofágica cranial a base do coração e desvio. TRATAMENTO: entrar no tórax e encontrar o arco aórtico, cortá-lo para liberar o esôfago. **O arco faz um garrote no esôfago acumulando alimento e dilatando o esôfago. Pós op����óri�� -Cuidado com toracotomia com o pneumo e hemotórax.