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TERAPIA MANUAL

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UNAMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA CURSO DE BACHARELADO EM FISIOTERAPIA
TÉCNICAS TERAPÊUTICAS MANUAIS
EVELLIN CRISTINE DA SILVA 
ANATOMIA PALPÁTORIA UM MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO MANUAL
Evellin Cristine da Silva — 04112402
ANATOMIA PALPÁTORIA UM MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO MANUAL
Resumo elaborado para obtenção de nota parcial na disciplina de Fisioterapia Técnicas Terapêuticas Manuais, 5º semestre, Curso de Fisioterapia da UNAMA – Centro Universitário da Amazônia.
Orientador: Prof. Assis Pantoja
Introdução 
A prática da anatomia palpatória desempenha um papel fundamental na avaliação clínica e no diagnóstico de condições musculoesqueléticas. Este desenvolvimento abordará a importância da palpação em diferentes regiões do corpo humano, destacando a técnica aplicada no pescoço e cabeça, no tronco e nos membros inferiores. Através da habilidade tátil, profissionais de diversas áreas da saúde podem identificar estruturas anatômicas, pontos de tensão muscular, deformidades ósseas e potenciais alterações patológicas. Compreender a técnica de palpação em cada região permite uma avaliação precisa e eficaz, contribuindo para o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e a prevenção de lesões. Neste contexto, exploraremos a importância e as técnicas específicas de palpação em cada área do corpo, demonstrando sua relevância na prática clínica.
Desenvolvimento 
· Palpação do Pescoço e Cabeça
A palpação do pescoço e cabeça é uma técnica fundamental na avaliação clínica, permitindo a identificação de estruturas anatômicas e potenciais alterações patológicas. Ao palpar o pescoço, o profissional deve iniciar pela região posterior, buscando identificar a posição e a mobilidade das vértebras cervicais, bem como a presença de processos espinhosos salientes. Em seguida, a palpação prossegue para a região lateral, onde é possível identificar os músculos do pescoço, glândulas salivares, vasos sanguíneos e a tireoide, quando palpável. Na cabeça, a palpação permite identificar pontos de sensibilidade, possíveis deformidades ósseas e áreas de tensão muscular, sendo especialmente útil no diagnóstico de dores de cabeça de origem musculoesquelética. 
Exemplos Pescoço: 
Esternocleidomastoideo:
Para avaliar o músculo esternocleidomastóideo,a cabeça é girada para o lado oposto contra
a resistência (mão contra o mento). Pode-se ver e palpar o músculo ECM quando sua ação for normal.
Escaleno Anterior:
Com o paciente em DD ou sentado, para identifica-lo basta o terapeuta posicionar a polpa de seus dedos lateralmente a porçãoclavicular do músculo ECOM, próximo a clavícula, e com sua outra mão deverá resistir o movimento de inclinação da cabeça homolateral, para perceber soba polpa de seus dedos a tensão do músculo escaleno anterior.
Plastima:
Para visualiza-lo basta o terapeuta solicitar ao paciente que realize o movimento de abaixar os contos dos lábios e tracioná-los lateralmente. 
· Palpação do Tronco 
A palpação do tronco abrange diversas regiões anatômicas, incluindo a região cervical, torácica, lombar e abdominal. Na região cervical, é possível palpar os processos espinhosos das vértebras cervicais, bem como os músculos cervicais e as articulações cervicais. Na região torácica, a palpação permite identificar a posição das costelas, a presença de pontos dolorosos e possíveis deformidades. Já na região lombar, a palpação é útil para identificar pontos de tensão muscular, processos espinhosos salientes e áreas de dor. Na região abdominal, a palpação é essencial na avaliação de órgãos internos, como o fígado, o baço, os rins e o útero, quando palpável. 
Exemplos do Tronco:
Complexo Sacro-espinhal:
Paciente em DV, e o terapeuta irá solicitar ao paciente, que realize o movimento de extensão de tronco para visualizar a massa muscular que irá ficar saliente de cada dos processos espinhosos. 
Grande dorsal:
Como o músculo grande dorsal realiza os movimentos de adução, rotação medial e extensão de ombro,para localiza-lo o terapeuta deverá solicitaros movimentos descritos de forma combinada ou isolada.Com o paciente em DL e braço em abdução máxima, 
o terapeuta irá resistir o movimento de adução e rotação medial do ombro. Com a sua outra mão em forma de pinça, o terapeuta deverá posiciona-la próximo a axila, de tal forma que os dedos fiquem voltados craialmente com o polegar posicionado próximo a axila, sobre a massa muscular que ficará evidente durante o movimento resistido do braço. 
Reto Anterior do Abdome:
Com o paciente em DD, joelhos flexionados e pés apoiados na maca, o terapeuta deverá localizar a linha alba e posicionar suas mãos de cada lado da mesma. Posteriormente irá solicitar que o paciente realize uma discreta flexão de tronco e perceberá a tensão do músculo reto do abdome.
· Palpação de Membros Inferiores 
A palpação dos membros inferiores é crucial na avaliação de lesões musculoesqueléticas, deformidades ósseas e alterações circulatórias. Inicia-se pela palpação dos quadris, identificando a posição e a mobilidade das articulações coxofemorais, bem como a presença de pontos dolorosos. Em seguida, a palpação prossegue para as coxas, onde é possível identificar os músculos, tendões e ligamentos, bem como pontos de sensibilidade e áreas de tensão. Na região dos joelhos, a palpação é útil para identificar a presença de derrames articulares, pontos dolorosos e possíveis lesões ligamentares. Por fim, a palpação dos tornozelos e pés permite avaliar a presença de edemas, deformidades, pontos dolorosos e alterações na circulação sanguínea.
Exemplos de MMII: 
Músculo Glúteo máximo:
Com o paciente em DV e joelho flexionado, o terapeuta irá posicionar uma de suas mãos na região posterior da crista ilíaca para fixar o quadril e a outra posicionada distal mente na região posterior da coxa do paciente, o terapeuta resistirá o movimento de extensão de quadril, para visualizar e palpar a grande massa muscular do glúteo máximo.
Glúteo Médio:
Paciente em DL, e o terapeuta deverá imaginar uma linha vertical unindo a crista ilíaca ao trocânter maior do fêmur. Com uma de suas mãos posicionada no terço distal e lateral da coxa do paciente, resistira à abdução do quadril. Com as polpas dos dedos da sua mão cefálica posicionadas na borda superior do trocânter maior, sentirá a contração do músculo glúteo médio.
Bíceps Femoral:
Paciente em DV, com o joelho flexionado. O terapeuta resistirá, com sua mão caudal posicionada no tornozelo do paciente, à flexão de joelho combinada com a rotação lateral da tíbia. Em seguida, visualizará o tendão que ficará proeminente no lado lateral da região posterior e distal da coxa. Inicialmente palpará o tendão; deslocará os seus dedos, cranial para palpar a porção longa do bíceps no terço médio.
Conclusão
Diante do exposto, fica evidente que a anatomia palpatória desempenha um papel crucial na prática clínica, fornecendo aos profissionais de saúde uma ferramenta essencial para a avaliação detalhada do corpo humano. Ao abordar a palpação do pescoço e cabeça, tronco e membros inferiores, é possível identificar com precisão uma variedade de condições musculoesqueléticas e patológicas. A habilidade de realizar uma palpação adequada não apenas contribui para diagnósticos mais precisos, mas também orienta planos de tratamento eficazes e personalizados para cada paciente. Assim, investir no aprimoramento da técnica de palpação e no conhecimento da anatomia palpável é essencial para garantir a qualidade e eficácia dos cuidados de saúde prestados.
Referências 
Silva, A. B. et al. Palpação da coluna cervical: Uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Terapia Manual, v. 18, n. 3, p. 87-98, 2023.
Santos, C. D. et al. Avaliação das técnicas de palpação abdominal na prática da fisioterapia. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 25, n. 4, p. 215-224, 2022. 
Oliveira, F. G. etal. Palpação da articulação do joelho: Um estudo comparativo entre fisioterapeutas e ortopedistas. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 37, n. 3, p. 143-155, 2021. 
Lima, R. S. et al. Avaliação da precisão da palpação na identificação de pontos-gatilho em pacientes com síndrome da dor miofascial. Revista Dor, v. 20, n. 1, p. 30-41, 2020. 5. Sousa, L. M. et al. O papel da palpação na avaliação da tensão muscular em pacientes com dor lombar crônica: Um estudo transversal.​
Santarém-Pará 2023
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