Buscar

DI_DIRE_CIB_ U1 - Livro Didático

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO
Olá, estudante! Nesta disciplina vamos conhecer as áreas de direito, tecnologia e inovação pelo viés do direito
cibernético.
Com a evolução tecnológica vivenciada ao longo da segunda metade do século XX, com especial ênfase para
este primeiro quarto do século XXI, com o avanço da internet e da indústria 4.0, as questões vinculadas à
governança, sustentabilidade e responsabilidade social são incontestes.
O direito, derivado do fato social e dos avanços culturais, históricos e tecnológicos, deve acompanhar esta
evolução, sendo uma necessária competência ao pro�ssional do direito o seu conhecimento, bem como saber
transitar nas mais variadas frentes do direito cibernético. Neste sentido é que convidamos você a estudar os
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
COMPLIANCE E GOVERNANÇA DIGITAL
Olá, estudante! Nesta disciplina vamos conhecer as áreas de direito, tecnologia e inovação pelo viés do
direito cibernético.
35 minutos
DIREITO, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
 Aula 1 - Compliance e Governança Digital
 Aula 2 - Blockchain, Criptomoedas e NFT
 Aula 3 - Da internet das coisas (IoT) e cidades inteligentes
 Aula 4 - A Inteligência Arti�cial e o Metaverso
 Referências
124 minutos
Imprimir
temas de direito, tecnologia e inovação.
Ao longo desta aula você verá os conceitos e aplicações da governança corporativa, do compliance,
concorrência desleal e fundamental defesa da proteção da informação. Você é o nosso convidado especial
para embarcar nesta jornada desa�adora. Vamos lá?
INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA E INOVAÇÃO SOB A ÓTICA DO COMPLIANCE E GOVERNANÇA
CORPORATIVA DIGITAL. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
A�nal, o que é governança corporativa?
É uma forma de gerenciar as informações e ações de uma empresa e seus dirigentes, garantindo
transparência, procedimentos claros e objetivos de uma empresa. De acordo com o Relatório Cadbury, a
governança é "o sistema pelo qual as empresas são dirigidas e controladas".
Fatos marcantes no cenário mundial, como os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 o escândalo
�nanceiro de Wall Street em 2002, levaram à necessidade de uma regulamentação mais especí�ca e efetiva
para gerir os riscos a que algumas instituições estão sujeitas.
Sob a ótica do direito cibernético (também conhecido por direito digital), são muitos desa�os para a
implementação de boas práticas de governança digital nas empresas. É neste sentido que segue o
posicionamento de Palhares, Prado e Vidigal (2021, p. 329), para quem:
Com isso, as empresas iniciaram um ciclo de mudanças que no decorrer dos anos foi sofrendo alterações para
evitar fraudes. As empresas de auditoria tiveram uma grande importância no contexto empresarial, e devem
seguir os princípios de governança corporativa de acordo com o Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa (IBGC), que são:
• Transparência.
Ao longo dos últimos anos, as mudanças sociais e tecnológicas vêm sendo sentidas de
forma cada vez mais intensa e acelerada, com a propagação de novos métodos, formas e
conceitos, em todas as searas do conhecimento humano. A pandemia de Covid-19, ao
forçar a digitalização acentuada de muitas organizações, também tem contribuído para a
adoção ampla de novas tecnologias e para a visualização de uma realidade inovadora.
No Direito, esse movimento também é sentido com vigor. Desde 2020, o trabalho remoto
se tornou um aspecto incontornável para empresas, escritórios de advocacia e até mesmo
para órgãos do Poder Judiciário, que passaram a conduzir a maior parte de suas atividades
de forma não presencial, com a realização de sessões de julgamento e despachos virtuais,
com a ajuda da tecnologia.
• Equidade.
• Prestação de contas.
• Responsabilidade corporativa.
O compliance, fundamental para a e�cácia da governança dentro de uma empresa, é um conjunto de esforços
que atuam em conformidade com as leis e regras da empresa. Estar em compliance é estar em conformidade
com a ética, com o sistema legal e com o que é esperado por mercado, sócios, acionistas e todos aqueles que
se relacionam com a empresa.
O estudo feito em 1976 por Jensen e Meckling originou a teoria do agente principal[2], que defende a ideia de
que os administradores agem de acordo com os próprios interesses, criando, assim, algumas medidas para
garantir que os interesses da empresa não sejam afetados pelos interesses pessoais. Em linhas gerais, é a
busca de uma proteção coletiva sobre a proteção individual, a qual encontra respaldo em toda a teoria da
função social da empresa, da boa-fé objetiva e da ética empresarial.
Qual a importância do compliance na era digital?
Como estamos percebendo, a era digital está cada vez mais avançada; novos produtos e ferramentas estão
sendo criados e atualizadas constantemente. As evoluções que veri�caremos em um futuro muito próximo,
com a internet 5G e a computação quântica, são novos marcos históricos para a sociedade. Alcançaremos um
avanço tecnológico jamais imaginado pela sociedade ou por qualquer �lme de �cção cientí�ca.
Assim, por que não aplicar essas vantagens tecnológicas também no âmbito empresarial, visando à melhoria
em seus modelos de negócio, e�ciência, controle, automatização de processos e muito mais? Certamente é
uma excelente opção ao gestor e à diretoria das empresas.
Mesmo com tantas vantagens, também é necessário conhecer desa�os como violação de dados, ameaças
internas e vazamentos de dados. Logo, é de suma importância estar em conformidade com a Lei Geral de
Proteção de Dados (LGPD) e o Marco Civil da Internet, que serão tratados mais a fundo no decorrer do
programa.
CONCORRÊNCIA DESLEAL. SEGURANÇA, FISCALIZAÇÃO E BOAS PRÁTICAS
O homem sempre buscou soluções e aprimoramentos nas funções básicas da vida, e essa busca resulta na
criação de indústrias as quais geram uma concorrência para garantir o direito de propriedade do criador,
protegendo os interesses privados. Conforme José Roberto D’A�onseca Gusmão ensina:
Devemos convir que a natureza imaterial desses bens implica necessariamente a adoção
de um regime jurídico próprio, em vista de sua proteção adequada. É uma categoria de
bens à parte, que foi ignorada do direito romano. As sequelas são sentidas até hoje. 
— (GUSMÃO, 1990)
Mas, a�nal, o que é concorrência desleal?
É uma prática ilícita para ganhar mais clientes, prejudicando os concorrentes. Em regra, a concorrência é livre
e pode ser exercida por qualquer pessoa, entretanto, se essa pessoa usa a concorrência de má-fé, con�gura-
se concorrência desleal e a lei é obrigada a reprimir o abuso do poder econômico, conforme artigo 195, III, da
Lei nº 9.279/96:
Exempli�cando o que o texto constitucional e o sistema de proteção da concorrência preveem, imaginemos a
seguinte situação: o dono de um restaurante, em sua rede social, fala que um restaurante concorrente usa
gordura suja para fritar batata. Esse fato é considerado concorrência desleal? Com certeza, pois está havendo
difamação de concorrente em sua rede social, gerando uma concorrência desleal e contrária à ética.
Considere então os números da PNAD contínua do IBGE, que apontam que entre 2018 e 2019 o percentual de
pessoas que têm telefone móvel para uso pessoal subiu de 79,3% para 81,0%. E se essas pessoas
começassem a utilizar as redes sociais para aplicar a concorrência desleal? Seria um abuso de poder
econômico, por isso a concorrência desleal é considerada crime, com pena de 3 meses a 1 ano ou multa a
quem praticar uma das condutas tipi�cadas no artigo 195 da Lei nº 9.279/96. Além disso, o praticante do ato
está sujeito a uma série de punições pelos órgãos de controle, como o Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (CADE) e o Procon, entre outros.
Considere, neste momento, outra situação: se os representantes de uma pessoa jurídica descobrirem a
identidade visual de um produto (trade dress) que o concorrente pretende lançar, onde o novo produto,
mesmo que seja de outro segmento, utiliza a mesma identidade visual? Havia abusosob a ótica da
Notadamente, no que se refere ao princípio da livre concorrência (art. 170, IV, CF/1988),
encontra-se nele o fundamento da economia de mercado, no qual os agentes econômicos
devem travar suas disputas, das quais o melhor, o mais apto, conseguirá a vitória,
sobrepondo-se aos seus rivais. Desse ambiente de livre concorrência, tende-se a
resultados mais e�cientes, com inovações tecnológicas, aumento na qualidade de
produtos e serviços, reduções de custos – e consequentemente de preços -, que
contribuem efetivamente para o desenvolvimento e trazem ganhos ao bem-estar
econômico do consumidor. […]
Já ciente de tal realidade, o constituinte estabeleceu a garantia da competição leal, isenta
de práticas anticoncorrenciais e de utilização abusiva do poder econômico, assegurada
pelo Estado, sobretudo por meio dos órgãos de defesa da concorrência. […]
Também outro aspecto relevante da questão concorrencial é que uma política de
concorrência bem estruturada contribui para o desenvolvimento socioeconômico. Política
de concorrência é o conjunto de leis e políticas que garantem que a competição nos
mercados não é limitada de modo a reduzir o bem-estar social. 
— (BAGNOLI, 2017, p. 272-273)
concorrência? Especialmente considerando que o produto que será lançado, mesmo que de outro segmento,
irá se valer da boa reputação que o seu produto possui. Tal prática é igualmente abusiva.
Nesse caso falamos de aproveitamento parasitário, conforme imagem a seguir:
Figura 1 | Exemplo de aproveitamento parasitário
Fonte: Oliveira (2020, [s. p.]).
É uma violação ainda mais grave, por utilizar um conjunto de elementos grá�cos, visuais e/ou fonéticos, o que
chamamos de trade dress. A violação de trade dress nos ambientes virtuais é ainda mais fácil de ocorrer, e de
consumar práticas anticoncorrenciais. Daí a grande importância do tema para o direito cibernético.
Você pode pesquisar os autos do processo deste caso – processo nº 1093251-56.2017.8.26.0100 – no sítio do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, e observar que a empresa Muriel Cosméticos foi condenada a
pagar uma indenização equivalente a 20% sobre o faturamento com as vendas do produto “Alisena”.
Por essas e outras razões o Estado deve monitorar as atividades empresariais que caracterizem potenciais
atos de abuso do poder econômico por meio de concorrência desleal, além da relevante importância da
proteção de dados e informações das empresas, especialmente quando falamos de segredos industriais e
comerciais.
PROTEÇÃO DA INFORMAÇÃO E PROTEÇÃO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA INTERNET
Quantas vezes você já ouviu notícias de vazamento de dados pessoais do cidadão comum?
E quantas vezes você já ouviu notícias de vazamento de informações privilegiadas de uma empresa, ou ainda
de segredos comerciais e industriais?
Certamente a resposta para as perguntas é diferente, já que tradicionalmente há muito mais notícias tratando
de vazamento de dados pessoais do cidadão comum. Você já se perguntou a respeito da razão disso?
A resposta é razoavelmente simples. O vazamento de informações privilegiadas de uma empresa, ou de seus
segredos industriais e comerciais, resulta em um prejuízo à reputação da própria empresa, de forma que ela
não tem interesse que a informação caia no domínio público. Tais apurações são, na maioria das vezes,
realizadas de forma sigilosa, em segredo de justiça e até mesmo de forma administrativa ou por meios
alternativos de con�itos. Tal medida visa justamente preservar a reputação da empresa e garantir uma severa
punição àqueles que eventualmente tenham violado os direitos de proteção à informação.
Segurança da informação é um processo para proteger as suas informações e as informações de sua
empresa, e é aplicada em qualquer área da empresa, não só na parte de tecnologia. É a área responsável por
analisar os riscos que podem afetar alguma informação dentro de uma organização.
Neste terceiro bloco também veremos outro ponto interessante e que gera muitos questionamentos. Qual é o
limite da liberdade de expressão na internet? É um universo sem lei?
Trataremos primeiro da segurança da informação.
Algumas características da segurança da informação são:
• Con�dencialidade: limita o acesso das informações realmente autorizadas pelo proprietário.
• Integridade: garante que a informação mantenha todas as características originais.
• Disponibilidade: garante que as informações estejam sempre disponíveis para aqueles autorizados pelo
proprietário da informação.
E qual a importância da segurança da informação (SI)?
Digamos que todos os dados de uma empresa estão sendo salvos na nuvem. Com as informações salvas na
internet, se a empresa não conta com um sistema de proteção, prevenção e segurança destes dados, poderá
sofrer um ataque hacker ou até mesmo uma ação maliciosa de algum funcionário, facilmente causando
transtorno e prejuízo para a empresa.
Ter o processo de segurança da informação claro e de�nido, além de um protocolo de proteção e prevenção
de dados e da informação, é, hoje em dia, crucial para as empresas e para a melhor segurança de suas
informações. Uma pesquisa realizada pela IBM apontou que o custo médio de violação de dados em 2021
chegou a 4.24 milhões de dólares norte-americanos.[1]
E o que exatamente a segurança de informação analisa?
Acesso não autorizado, divulgação, gravação, interrupção de informações, para prevenir informações de
roubos e acessos maliciosos. Protege a rede de ataques virtuais, internos e externos.
A liberdade de expressão na internet e seus limites
Não tem como falarmos de liberdade de expressão sem adentrar no Marco Civil da Internet, a Lei nº 12.965/14
que assegura direitos e garantias ao usuário de rede. Esta lei, logo no seu artigo 2º, deixa evidente que seu
fundamento é o respeito à liberdade de expressão, também assegurada pela Constituição Federal. Entretanto,
mesmo assegurando o exercício da liberdade de expressão, devemos observar alguns limites, como a
proteção à instituição família e aos princípios gerais constitucionais, e a proteção aos direitos humanos.
E quais são os limites para a liberdade de expressão?
O �lósofo inglês Herbert Spencer diz que "a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do
outro". O Código Penal trata dos crimes contra a honra, calúnia, difamação, fake news e discursos de ódio,
enquadrados nos limites da liberdade de expressão.
VÍDEO RESUMO
Caro estudante, vamos conhecer os conceitos de compliance e governança corporativa digital, seus impactos
da sociedade da informação e do direito cibernético, além dos principais pontos e cuidados que devem ser
veri�cados pelo pro�ssional do direito.
Ao longo da presente aula, pudemos compreender melhor os conceitos e os impactos da tecnologia e da
inovação sob a ótica do compliance e governança corporativa digital. Também identi�camos a legislação
aplicável aos casos e avançamos para conceitos de concorrência desleal, segurança da informação (SI),
�scalização e boas práticas.
Ao �nal da aula, avaliamos a importância da proteção da informação e o próprio conceito e proteção da
liberdade de expressão na internet, identi�cando seus principais limites e aplicações.
Ao longo da aula, esperamos ter gerado curiosidade e re�exão a respeito de temas tão importantes para o
avanço da vida em sociedade no século XXI.
 Saiba mais
Vamos conhecer um pouco mais do que aprendemos nesta aula?
É importante que você tenha outras fontes de pesquisa para pensar nos conceitos e impactos do
compliance e da governança digital.
Recomendamos que você dedique um tempo de seus estudos para re�etir acerca da seguinte questão: O
que é governança digital para você? Certamente você vai relembrar diversos conceitos aprendidos nesta
aula, além de perceber o quanto você já entende do tema.
Indicamos o artigo de Marcelo Bechara de Souza Hobaika, “Aspectos da governança da Internet”,
publicado na Revista de Direito das Comunicações –  v. 7, p. 231-264, jan.-jun. 2014,DTR\2014\8225. Está
disponível na base eletrônica da Revista dos Tribunais Online.
O artigo traz uma boa referência do cenário nacional e internacional da governança na internet e a sua
importância para a segurança das transações e dos negócios jurídicos �rmados pela rede.
Além desse texto, recomendamos, caso você tenha oportunidade, as seguintes séries e/ou
documentários que tratam dos temas que foram vistos nesta aula:
Mr. Robot. A série trata da invasão de sistemas e dispositivos conectados à nuvem.
Privacidade Hackeada. Célebre documentário que trata das ações da Cambridge Analytica e da
possibilidade de manipulação de informações, eleições e demais decisões que impactam toda a
sociedade.
Onisciente. Série nacional de �cção cientí�ca que trata justamente de uma parceria público-privada, e
todas as pessoas da sociedade são monitoradas por sistemas.
INTRODUÇÃO
Caro estudante,
Como já tivemos a oportunidade de entender um pouco de direito cibernético pelo viés do direito, da
tecnologia e da inovação, vamos abordar a temática de evolução da própria internet pelas atuais redes
descentralizadas e pelas redes distribuídas.
Quando falamos em redes distribuídas nem sempre as associamos ao termo blockchain, e é disso que
trataremos.
As redes distribuídas – uma delas é a blockchain, pois existem outras tecnologias e formas de redes
distribuídas – representam o novo estágio da internet e de transações eletrônicas com segurança e
con�abilidade.
Sem a existência de uma rede distribuída como a blockchain não haveria como falarmos de criptomoedas,
NFTs, token e muito mais.
É justamente essa estrutura de rede de con�ança, por meio de uma comunicação direta – também chamada
ponto a ponto –, que torna possível a implementação de novos meios de pagamento eletrônico, de transações
pela internet e até mesmo de negócios jurídicos �rmados no Metaverso.
Vamos lá?
CONSIDERAÇÕES INICIAIS E CONCEITOS
Aula 2
BLOCKCHAIN, CRIPTOMOEDAS E NFT
Como já tivemos a oportunidade de entender um pouco de direito cibernético pelo viés do direito, da
tecnologia e da inovação.
33 minutos
A�nal, o que é uma rede distribuída?
Vivemos, entre o �nal do século XX e primeiro quarto do século XXI, em meio a um processo histórico de
evolução tecnológica sem precedentes na história.
Uma evolução tecnológica, entre os diversos signi�cados que contempla, pode ser caracterizada pela
utilização de melhores técnicas, ferramentas e instrumentos que buscam melhorar a vida do ser humano.
No caso especí�co de nosso programa (Direito Cibernético), vamos olhar a evolução da internet, a qual está
caminhando para o que é conhecido como web 3.0. Ou seja, é a terceira fase de evolução da internet.
A primeira fase foi marcada pelo surgimento da internet durante a Guerra Fria, quando seu desenho e sua
arquitetura eram puramente centralizados, inicialmente para �ns militares e bélicos. Buscava-se preservar
informações e arquivos que estavam situados �sicamente em um único centro de informações. Assim, foi
criado o conceito para replicar a mesma informação e/ou arquivo de forma randômica em diversos outros
polos de armazenamento de dados e informações.
O segundo momento, o descentralizada, representa a fase que estamos vivenciando e que é mais
popularmente conhecida. A arquitetura atual da internet (descentralizada) foi inicialmente utilizada no meio
acadêmico e posteriormente para �ns comerciais, quando passamos a ter diversos centros de informações
(provedores) e diversos polos de armazenamento até chegar no usuário �nal. Vale observar que no Brasil a
internet teve seu início em escala comercial (uso comercial) entre os anos de 1995 e 1996.
O terceiro momento, o da rede distribuída, é representado por redes como a blockchain, cujo início foi em 31
de outubro de 2008, com destaque à ausência de grandes centros de controle – a internet passa a ser
utilizada de forma distribuída e ponto a ponto.
Nos blocos seguintes, analisaremos em maior profundidade a blockchain, o conceito de criptomoedas, NFT e
token.
BLOCKCHAIN, CRIPTOGRAFIA E CRIPTOMOEDAS
O que é blockchain? Será que ele é mais importante que o próprio bitcoin?
O blockchain foi idealizado em 1991, cerca de 20 anos antes do bitcoin, por Stuart Haber e Scott Stornetta,
que imaginaram blocos com informações ligados uns aos outros de forma imutável. Em 1992 foram incluídos
registros nos blocos, e em 2008 ele ainda não tinha nome e nenhum caso de uso. O bitcoin foi a primeira
aplicação do Blockchain, conforme veri�camos no artigo publicado por Satochi Nakamoto (pseudônimo
utilizado pelo seu real autor, que até hoje é desconhecido) “Bitcoin: A Peer-to-Peer Cash System” (em tradução
livre, “Bitcoin: um sistema de pagamento ponto-a-ponto”).
O primeiro bloco foi minerado em 3 de janeiro de 2009, cuja mensagem criptografada de Satochi Nakamoto
diz: “The Times 03/Jan/2009 Chancellor on brink of second bailout for banks” (Chanceler à beira do segundo
resgate aos bancos, em tradução livre).
É descentralizada na medida em que prescinde de um registro central ou de um
responsável único (ou hierarquicamente superior) pelos dados introduzidos e
armazenados no sistema, assentando antes na distribuição de responsabilidade pelos
respetivos participantes, como característica essencial. Com efeito, cada participante é
responsável pela manutenção e atualização de uma parte (ou da totalidade) da base de
dados, e a validade dos registros decorre da coerência entre as inscrições individuais de
cada membro, ao invés de assentar num critério hierárquico. Este carácter (necessária e
intencionalmente) multilateral evita que a base de dados possa ser corrompida por um
único participante, ou que um ou mais participantes exerçam uma posição dominante,
tornando os demais reféns.    
Assim, a introdução de novos dados na base depende da validação da nova informação
pelos demais participantes, sendo por isso assente num consenso multilateral. Uma vez
atingido esse consenso multilateral, a nova informação é acrescentada à base de dados, e
a partir daí não pode ser alterada ou eliminada, senão com base num novo consenso.
Como terceiro aspecto distintivo, cumpre assinalar que a maioria das tecnologias assentes
em Blockchain utiliza métodos de encriptação de dados e de validação temporal (através
da aposição de selos temporais nos momentos-chave de introdução, alteração e
eliminação de dados). 
— (CORREIA, 2017, p. 69-74)
A principal diferença entre blockchain e os bancos de dados tradicionais é que ele não é controlado por
autoridades; qualquer pessoa pode ver as entradas de outros usuários, sem, no entanto, poder alterá-las.
Além da sua publicidade e transparência, não há necessidade de centros de controle, pois a comunicação se
dá ponto a ponto, de forma direta entre os usuários.
Blockchain refere-se a blocos de informação e dados em cadeia. Serve também como uma linha do tempo em
que cada informação incluída no bloco permanece aumentando a transparência em todo o sistema.
Como funciona?
Figura 1 : Funcionamento do blockchain
 Fonte: Lamounier (2018, [s. p.]).
Todo bloco criado pelo blockchain carrega uma informação do bloco anterior, formando uma cadeia de
blocos. Cada transação é mantida nesse bloco e não pode ser apagada ou alterada: é um rastro, um histórico
de todas as suas transições que são visíveis a todos os usuários – por isso é considerado um sistema
transparente. Para manter essas estruturas, temos os mineradores que validam as transações dos usuários
por meio de problemas matemáticos complexos. E como pagamento, eles ganham bitcoin.
A segurança do blockchain
Já percebemos que o blockchain não funciona da maneira tradicional como os outros bancos, e hackear esse
sistema não é algo tão fácil, pois estamos falando de uma vasta quantidade de computadores interligados.
Para derrubar ou entrar nesse sistema será necessário entrar em todos os computadores conectados no
sistema, um processo extremamente complicado.
Por isso oblockchain é considerado uma das tecnologias mais seguras da internet até agora, uma vez que
além da ligação ponto a ponto sua segurança também é preservada por regras de criptogra�a. Tais fatos
sociais derivados da tecnologia possibilitaram a criação de moedas virtuais desvinculadas de governos e
órgãos centralizadores. São as criptomoedas.
Criptomoedas, o que são?
São moedas digitais descentralizadas (não controladas por órgão ou país) criadas pela rede blockchain que
podem ser convertidas em outras moedas – por exemplo, a Ethereum (ETH), que pode ser convertida em
dólar.
Para que serve?
As criptomoedas são um meio de troca; são moedas virtuais que podem ser trocadas por produtos de
consumo e serviços, além de serem uma forma de investimento.
Quando falamos de criptomoedas é comum lembrarmos apenas do bitcoin, mas devemos observar que o
mercado de criptomoedas está se expandindo e aumentando a diversidade dos ativos. Outros exemplos de
criptomoedas são:
• Ethereum (Ether).
• Dogecoin (DOGE).
• Litecoin (LTC).
• Stablecoins.
NFT E TOKENIZAÇÃO
Vamos começar este bloco explicando o que é um token, um certi�cado digital que por meio do blockchain é
um registro único e exclusivo. Pode representar um comprovante de que algo é seu, portanto, passível de ser
transferido para outras pessoas, sendo um meio de circulação de riquezas. Em outras palavras, é um registro
de um produto em uma plataforma digital, conferindo ao ativo uma autenticação virtual, e uma de suas
principais características é impedir a adulteração desse produto, deixando mais seguras e autênticas as
transações �nanceiras.
Por exemplo, uma pessoa faz um desenho digital, e cria um certi�cado para esse desenho. Assim, ela tem a
prova de que o desenho é dela por meio de um token, e pode vender digitalmente esse desenho uma única
vez.
Segundo Revoredo (2019, p. 197), “Token no contexto de um Blockchain são unidades que representam algo.
Ao contrário de uma moeda, eles não servem apenas como troca e pagamento. Eles retratam um objeto, físico
ou virtual, nesta unidade digital. ”
Ao contrário das criptomoedas, os tokens são criados em blockchains já existentes, e podem ir além de servir
como uma moeda digital: o token não está necessariamente ligada ao pagamento, ele é apenas a
representação de um ativo. Alguns benefícios do token são: maior segurança, agilidade e acessibilidade, já que
as plataformas digitais fazem todo o processo de veri�cação e armazenamento de informações.
Existem alguns tipos de token, e os quatro principais são:
• Token utilitário: o token que pode ser comprado e usado dentro de um sistema único, e com uma �nalidade
especí�ca.
• Token de pagamento: mais usado para transações monetárias.
• Token de segurança: código gerado no momento de realizar certas movimentações na conta bancária.
• NFT: uma autenticidade digital única a um arquivo.
Como os tokens são criados?
Cada plataforma tem suas regras para a criação, entretanto, os tokens carregam um contrato inteligente em
sua formação: quando envolvem um valor monetário, as transações são feitas na criptomoeda à qual estão
vinculadas. Sua criação demanda conhecimento técnico, e algumas plataformas oferecem esses serviços
Exemplos do que pode ser representado por um código de identi�cação – token:
• Imóveis.
• Equipamentos.
• Propriedades intelectuais e obras com direitos autorais.
• Fundo de investimentos.
• Títulos.
• Ações.
Quase tudo hoje em dia pode virar um token. O seu valor é baseado no ativo real, e pode sofrer variações de
acordo com o mercado.
Tokens não fungíveis (NFTs), sendo únicos e insubstituíveis, são representações ou certi�cados digitais de
qualquer coisa digital única, ou ainda colecionáveis digitais, como uma foto, um vídeo, uma música, itens de
um jogo ou mesmo cards colecionáveis.
Sua principal função é transformar algo que é único no mercado, abrindo possibilidades para que
colecionadores comecem a comprar essas obras digitais. 
VÍDEO RESUMO
Caro estudante, nesta aula tratamos da evolução da internet, desde a sua origem durante a Guerra Fria até a
chamada web 3.0, que representa o estágio atual das redes distribuídas, como a blockchain. Esta e outras
tecnologias que representam as redes distribuídas permitiram a criação e disseminação de conceitos que hoje
já são de conhecimento geral, como bitcoin, criptomoedas, NFT e mesmo tokens.
Além disso, por ser uma rede de con�ança e com dados imutáveis, a blockchain gera mais segurança para os
negócios jurídicos contratuais, como os próprios contratos eletrônicos e os chamados Smart Contracts, os
quais serão objeto de análise ao longo de nossas aulas.
 Saiba mais
Estamos vivendo um novo salto tecnológico, potencialmente sem precedentes na história. O potencial do
blockchain e todas as consequências derivadas ainda estão sendo desvendados, como o próprio conceito
de Estado e a soberania dos países tal como conhecemos desde Montesquieu.
Para você que busca se aprofundar na temática e ter um olhar sobre o potencial de democratização de
acesso à rede e aos meios �nanceiros, recomendamos o estudo do artigo de José Humberto Fazano
Filho, “A remessa de valores através da tecnologia blockchain como ferramenta de inclusão �nanceira”,
publicado na Revista de Direito Bancário e do Mercado de Capitais – v. 84, p. 153-172, abr.-jun. 2019,
DTR\2019\34697 – disponível na base eletrônica da Revista dos Tribunais Online.
Além disso, caso tenha disponibilidade, para entender um pouco mais deste tema, indicamos o
documentário “Cryptopia: Bitcoin, Blockchains and The Future of the Internet”.
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Aula 3
DA INTERNET DAS COISAS (IOT) E CIDADES INTELIGENTES
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut vehicula sapien metus. Aenean leo massa,
aliquet vel hendrerit vitae, convallis id enim.
10 minutos
https://www.youtube.com/watch?v=Y2qe3hFeQ5g
Ao longo desta aula vamos veri�car conceitos, aplicações, potencialidades e re�exões a respeito de internet
das coisas, cidades inteligentes e o olhar do capitalismo consciente. Também teremos a oportunidade de
conhecer e debater a Rede Blockchain Brasil e os potenciais benefícios aos controles de contratos
administrativos (contratos públicos).
A internet das coisas ganha um potencial sem precedentes na história com o avanço da tecnologia 5G e os
avanços em hardwares, equipamentos conectados, sensores em roupas, veículos, câmeras e tudo o mais que
podemos pensar em conectar.
Intimamente vinculado ao avanço da internet das coisas temos o avanço das chamadas cidades inteligentes,
as quais, muito além de tecnologia, dependem de um avanço de questões vinculadas à sustentabilidade,
saúde pública, segurança e educação, além do cuidado com todo o ecossistema dos municípios e
comunidades ao seu redor – a falta de atenção a esse tópico pode resultar em uma migração entre cidades e
suas consequências.
Conforme preceitos da teoria do capitalismo consciente, devemos cuidar de todos os pontos das relações
(orientação para os stakeholders) por meio de uma liderança consciente, a qual será capaz de gerar uma
cultura consciente em busca de um propósito maior.
INTERNET DAS COISAS E CIDADES INTELIGENTES
O que é internet das coisas (loT)?
É uma rede de objetos físicos com sensores cujo objetivo é a conexão entre dispositivos para troca de dados.
Algumas tecnologias que fazem parte desse sistema são:
• Sensores.
• Conectividade.
• Acesso à nuvem.
• Machine Learning.
• Inteligência arti�cial.
Um exemplo de algo criado com a loT é o drone que realiza voos de modo autônomo, que pode ser utilizado
em áreas de construção civil, por exemplo.
Cidades inteligentes (smart cities)
Smart city (cidade inteligente) é um conceito que se refere a lugares onde redes e serviços se tornam ainda
mais e�cientes com o uso de tecnologia, para benefício dos negócios e dos habitantes. A cidade inteligente
não se relaciona com o uso de inteligência arti�cial.
O termo surgiu em 1997para o Protocolo de Kyoto, quando foram discutidas algumas soluções para tornar as
cidades mais sustentáveis, e uma das soluções foi tornar a cidade inteligente, com uso de softwares. Então, ao
tratarmos de cidades inteligentes, não falamos apenas de tecnologia, mas também de qualidade de vida.
Não podemos falar de cidades inteligentes sem mencionar o capitalismo consciente.
Para um município receber o título de cidade inteligente ele deve se apoiar em três pilares:
• Conectividade.
•  Dados.
• Envolvimento governamental.
A cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, pretende ser a primeira cidade histórica do Brasil a ser reconhecida
como uma cidade inteligente. Uma cidade inteiramente tecnológica no Brasil, construída do zero, é a Smart
City Laguna, em Croatá, distrito de São Gonçalo do Amarante, no Ceará.
Propósito elevado representa a razão de ser de uma organização, considerando os seus
objetivos organizacionais, a geração de valor compartilhado, o modelo de negócio focado
no bem comum e a identi�cação de oportunidades de negócios focados no propósito
elevado da organização. […]
A liderança consciente deve ser capaz de in�uenciar o comportamento dos demais
colaboradores para alcançar os objetivos da companhia com o propósito elevado e com a
integridade, justiça e ética. […]
A cultura consciente representa os valores essenciais da organização em coordenação
com os propósitos elevados e os stakeholders. É a direção, ou o Norte, quanto à condução
da organização, seus vínculos, seus negócios jurídicos e sociais alinhados a razão de ser da
organização ao seu propósito elevado. […]    
Já o último pilar do capitalismo consciente é a atuação orientada para os stakeholders
(integração de stakeholders), de forma que a organização mantenha o seu foco em
todos os interessados, positiva e negativamente, nos resultados organizacionais, tais como
o governo, concorrentes, mídia, parceiros, colaboradores, consumidores etc. O respeito e a
orientação para os stakeholders favorece a perenidade da organização. 
— (REBOUÇAS, 2017, p. 134-139)
BENEFÍCIOS E RISCOS ECONÔMICOS ESTATAIS, EMPRESARIAIS E CIVIS SOB A ÓTICA DO
CAPITALISMO CONSCIENTE E SUSTENTABILIDADE
O desenvolvimento de tecnologias como a internet das coisas e das próprias cidades inteligentes acaba por
gerar algumas ambiguidades.
Naturalmente é mais comum identi�carmos os benefícios que poderemos usufruir por meio da internet das
coisas, como:
• A telemetria disponível em caminhões, automóveis e outros veículos, em busca de maior e�ciência dos
motores e da estrutura do veículo, durabilidade e economia de energia, consequentemente, redução de
emissão de gases poluentes.
• Roupas e acessórios conectados à internet, como relógios inteligentes capazes de emitir sinais de risco de
morte do usuário, ou simplesmente de colaborar no processo de veri�cação da saúde de pessoas com
doenças crônicas.
• Acompanhamento e monitoramento do transporte de cargas e valores.
• Melhoria no processo produtivo do agronegócio e conexão com equipamentos do tipo drone.
• Monitoramento e acompanhamento da atividade de segurança pública.
Também podemos identi�car benefícios ao Estado na prática de políticas públicas, como em educação, saúde,
segurança, limpeza pública, saneamento e distribuição de energia e água a empresas e cidadãos.
Com tais ferramentas tecnológicas, o Estado consegue, por exemplo, acompanhar em tempo real o
desenvolvimento dos estudantes e professores de cada uma das escolas públicas, implementando correções,
adequações e ajustes para o bem-estar social e desenvolvimento educacional de uma nação.
No mesmo sentido segue o monitoramento e a implementação de melhorias em todas as demais áreas
vinculadas à gestão pública, como o controle de medicamentos e atendimentos na rede pública de saúde,
entre outras inúmeras possibilidades.
E os riscos ao cidadão?
Como qualquer tecnologia disponível e/ou desenvolvida pelo ser humano, trata-se de um instrumento para
ser utilizado, em tese, na melhoria da condição de vida das pessoas.
No entanto, todo instrumento (no caso, tecnologia) pode ser utilizado para o bem, como os exemplos
apresentados, como também com objetivos duvidosos e obscuros.
O primeiro e mais imediato que podemos referenciar é o próprio monitoramento e manipulação das ações do
cidadão e das empresas. A origem da chamada sociedade do consumo se dá justamente pela possibilidade de
coleta de informações privadas e geração de demandas personalizadas conforme os interesses de cada
pessoa. Quem nunca buscou um produto na internet e depois recebeu inúmeras mensagens de publicidade
do mesmo produto por diversas lojas e comerciantes que não conhece?
Aliás, a própria trama desenvolvida na série busca antever essa sociedade para a qual estamos caminhando a
passos largos.
Devemos �car atentos e em constante busca da manutenção da democracia, das liberdades civis e individuais,
do respeito à privacidade e ao direito de personalidade, e não menos importante, atentos aos potenciais
abusos e ações praticadas de forma antiética por meio de novas tecnologias. 
BLOCKCHAIN BRASIL E OS CONTRATOS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E CIRCULAÇÃO DE
RECURSOS PÚBLICOS
Conforme vimos anteriormente, o blockchain é um conjunto de tecnologias que geram um bloco de
informações inseridas em uma rede. Esse bloco é validado por mineradores que aprovam a transação, e o
bloco torna-se o blockchain, não sendo mais possível sua edição ou exclusão. Ele �ca visível para qualquer
usuário, funcionando como uma linha do tempo que contém todo seu histórico, proporcionando ao sistema
total transparência e segurança.
A Rede Blockchain Brasil e benefícios aos contratos públicos
Lançada em 30 de maio de 2022, por uma iniciativa conjunta do Tribunal de Contas da União (TCU) com o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Rede Blockchain Brasil funcionará como
uma base de dados públicos sem �ns lucrativos – atualmente opera apenas em caráter experimental. Para
que um documento seja incluso na rede é necessário o consenso de ambas as partes e, uma vez publicado,
não pode ser modi�cado ou excluído. O objetivo é trazer inovação, e�ciência e transparência aos atos e
contratos da administração pública.
Esse sistema contará com três tipos de participantes:
Há, ainda, a possibilidade de pessoas, governos e empresas assumirem o controle dos poderes de gestão e de
política sobre o cidadão. Situação semelhante é desenvolvida na série de �cção cientí�ca da Net�ix
“Onisciente”, em que o governo de determinada cidade, por meio de uma política pública-privada, realiza o
constante e ininterrupto monitoramento de todas as pessoas e empresas ali estabelecidas. Nenhum
movimento pode ser feito sem o conhecimento de um “Big Brother”, na expressão de George Orwell em sua
clássica obra 1984.
Figura 1 | Divulgação da série “Onisciente”
Fonte: Net�ix Brasil (2020, [s. p.]).
• Os patronos, com poder de voto e veto.
• Os participantes associados com voto, responsáveis pela validação dos dados.
• Os parceiros, que podem realizar transações, mas sem participar da validação.
O combate à fraude, a hiperconexão do governo e a otimização dos serviços são apenas alguns exemplos de
melhorias que a Rede Blockchain Brasil pode proporcionar.
Como uma transformação digital, a utilização do blockchain faz parte da estratégia de transformação da Corte
de Contas, conforme conta a titular da Secretaria de Soluções de Tecnologia da Informação (STI), Fabiana
Ruas. O acordo deve estimular instituições públicas ou de interesse público: “Esse acordo de cooperação
técnica casa perfeitamente com a missão do TCU de aprimorar a administração pública em benefício da
sociedade, por meio do controle externo”, destacou a secretária.
Roberto Reis, presidente da Prodemge, empresa de tecnologia da informação do governo de Minas Gerais que
auxiliou no desenvolvimento do projeto, a�rmou o que segue:
VÍDEO RESUMO
Caro estudante, nesta aula tratamosde conceitos, desenvolvimento e aplicações práticas de novas tecnologias
como internet das coisas e a Rede Blockchain Brasil. Buscamos também desenvolver os conceitos e potenciais
das chamadas cidades inteligentes, cujas características extrapolam a pura tecnologia para alcançar
sustentabilidade, segurança e educação, entre outras necessidades.
Também tratamos de alguns dos potenciais benefícios e riscos inerentes à implementação de tais tecnologias
e respectivas ferramentas.
O blockchain tem a possibilidade de melhorar substancialmente o serviço não só para o
nosso cliente �nal, que é o cidadão brasileiro, mas trazer mais segurança para todos os
servidores públicos envolvidos em qualquer processo de contratação e registro de
operações do estado brasileiro em todos os níveis. Falamos de inovação, e�ciência,
transparência e integridade. Fala do presidente do BNDES, Gustavo Montezano.
Estamos analisando a expansão do uso da tecnologia em diversos serviços do estado.
Vamos acompanhar exemplos de outros países que estão à frente no uso do blockchain e,
junto com os outros parceiros da rede, avançar no desenvolvimento de soluções e na
transformação digital em prol de melhores serviços ao cidadão.
 Saiba mais
Este é o momento de aprofundar seu aprendizado, e trazemos uma re�exão interessante apontada no
artigo de Joseane Suzart Lopes da Silva: “Internet das coisas: os benefícios, os riscos e a
(des)humanização das relações de consumo convergem para a necessária atualização da Lei 8.078/90 em
prol da segurança, privacidade e qualidade”. Publicado na Revista de Direito do Consumidor – v. 143, p.
315-348, set.-out. 2022, DTR\2022\16289 –, está disponível na base eletrônica da Revista dos Tribunais
Online.
Neste artigo, a professora traz uma importante re�exão acerca da necessidade de atualização do Código
de Defesa do Consumidor diante das relações negociais que são automatizadas, especialmente pelo
implemento da internet das coisas (IoT).
Além disso, caso você tenha disponibilidade, recomendamos o �lme Minority Report (2002). Trata-se de
uma sociedade que vive em 2054 em uma cidade integralmente conectada, e todas as pessoas são
rastreadas e identi�cadas em tempo real por meio do reconhecimento individual. Foi desenvolvido um
sistema segurança pública por meio de uma tecnologia preditiva que é capaz de antever um crime e até
mesmo prender pessoas e julgá-las antes da realização efetiva do crime.
Esse �lme traz uma importante re�exão a respeito dos riscos e potencialidades de uma cidade
totalmente interconectada e a utilização de tecnologia para monitorar a vida privada das pessoas e
mesmo de privar tais pessoas de seus direitos básicos. Recomendamos assistir ao �lme com um olhar
voltado a esta re�exão e preocupação jurídica.
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Ao longo desta aula vamos veri�car conceitos, aplicações, potencialidades e re�exões acerca dos avanços de
pesquisas e aplicações da inteligência arti�cial, partindo de um conceito geral, e a re�exão a respeito das
potenciais aplicações no direito, as quais são capazes de trazer relevantes facilidades e novas potencialidades
ao pro�ssional do da referida área.
Aula 4
A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E O METAVERSO
Ao longo desta aula vamos veri�car conceitos, aplicações, potencialidades e re�exões acerca dos
avanços de pesquisas e aplicações da inteligência arti�cial, partindo de um conceito geral, e a re�exão a
respeito das potenciais aplicações no direito.
36 minutos
Na sequência nos debruçaremos no metaverso, para demonstrar que não é algo tão novo assim, porém,
diante dos atuais avanços tecnológicos, voltou a ter grande relevância, com potencial aplicação nos negócios e
relações sociais em um futuro muito próximo.
Encerraremos a aula tratando da tendência de fusão entre os mundos digital e físico. Para determinadas
atividades e negócios jurídicos, é possível a�rmar que não teremos mais uma fronteira clara e/ou uma divisão
entre os negócios jurídicos �rmados no mundo digital e/ou no mundo físico, criando o conceito de um
Universo “FiGital”, termo este originado da fusão das palavras “físico” e “digital”.
INTRODUÇÃO À INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (AI) E SUAS APLICAÇÕES
As ideias relacionadas ao conceito de inteligência arti�cial têm origem antes mesmo do surgimento da
tecnologia para torná-la possível. Os estudos começaram depois da Segunda Guerra Mundial.
O que é Inteligência arti�cial?
É uma reprodução (ou simulação) de forma arti�cial da tomada de decisão com base na inteligência cerebral
humana. Surgiu com o objetivo de ser possível realizar as tarefas sem a interferência humana.
Por ser uma solução realizada de forma automatizada, tendencialmente haverá a probabilidade de redução
de eventuais erros e desvio da solução por meio de viés humano.
Tais soluções podem ser extremamente vantajosas para empresas, uma vez que sua utilização diminui o
tempo gasto para realizar uma tarefa, ou mesmo possibilitando a automação de ações repetitivas que
originalmente eram realizadas por humanos.
Como forma de redução de eventuais riscos contra o ser humano por atos que venham a ser praticados por
robôs pelo emprego da inteligência arti�cial, foram desenvolvidas as três Leis da Robótica de Isaac Asimov, as
quais servem de base para as pesquisas da IA desde a década de 1950. São elas:
• Um robô não pode, intencionalmente ou por omissão, permitir ou ferir um ser humano.
• Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por humanos, desde que tais ordens não entrem em
con�ito com a Primeira Lei.
• Um robô deve zelar e proteger por sua própria existência, desde que não entre em con�ito com a Primeira
e/ou Segunda Leis.
“Cada aspecto de aprendizado ou outra forma de inteligência pode ser descrita de forma tão precisa que uma
máquina pode ser criada para simular isso” é a máxima do setor, de�nida em 1956.
São duas as grandes áreas pertencentes à IA:
• Inteligência arti�cial simbólica, ligada à forma como os seres humanos raciocinam.
• Inteligência arti�cial conexionista, ligada à simulação de componentes do cérebro – ou seja, redes neurais.
A inteligência arti�cial conta com três componentes principais:
• Machine Learning (aprendizado da máquina): por meio dela é que a máquina aprende com os dados
anteriores e ações anteriores, procurando por padrões nos dados para tomar as decisões.
• Deep Learning (aprendizado profundo): é a tecnologia usada nos carros sem motorista, por exemplo, e está
ligada à função do cérebro com os nódulos de Ravier nos neurônios.
• Reinforcement Learning (aprendizado por reforço): mais utilizado para tarefas com objetivos, como carros
autônomos ou robôs jogando futebol.
Simpli�cando: um exemplo atual de IA é o corretor automático do celular.
E como funciona a IA?
Podemos dividir em hardware, que é a parte física, e em software, que é a sua programação. A programação é
a cabeça, é ela que comanda o hardware, então o segredo não está nas peças em si, mas na sua
programação.
Com a ajuda da IA podemos superar limitações de risco, como a exploração de partes mais profundas de um
oceano, o desarme de uma bomba e a mineração, e em casos de desastres naturais.
A aplicação da IA para o direito conta com inúmeras funcionalidades, as quais vão de um software mais
simples que automatiza o procedimento de coleta de dados dos sites dos tribunais, até soluções mais
complexas, como a leitura e classi�cação de demandas em um processo, com a respectiva sugestão de linhas
de argumentação.
Até onde tem-se conhecimento, no início do ano de 2022 mais de 40 tribunais pelo país, incluindo os tribunais
superiores, já usam soluções de inteligência arti�cial que envolvem a categorização de demandas, sugestões
de jurisprudência e potenciais linhas da futura decisão judicial.
METAVERSO
O que é o metaverso?
O metaverso ainda é um conceito em desenvolvimento e com potencial de rápida evolução. É possível
de�nirmos o metaverso como uma plataforma virtual que busca integrar o mundoreal no mundo digital, por
meio de tecnologias como a realidade virtual, tendo experiências mais reais. O objetivo é conectar várias
plataformas em um espaço 3D que conecta os usuários e os aspectos da vida cotidiana. Cada pessoa será
representada por um avatar, desenvolvido e criado pela própria pessoa “real”. O avatar é uma representação
de uma pessoa para o mundo virtual.
Entre as potenciais utilizações e aplicações do metaverso, podemos citar a própria educação no metaverso. A
plataforma permite simulações de laboratórios, fazendo com que o aluno tenha uma experiência mais real e
interativa.
Para o comércio, o objetivo é que haja lojas com uma melhoria na experiência do cliente, que pode
experimentar roupas ou acessórios de forma virtual. Então, o metaverso é um ambiente (ou plataforma) em
que pessoas podem interagir virtualmente de qualquer lugar do mundo com outras pessoas.
De acordo com Edward Castronova, existem três regras/características básicas indispensáveis no
metaverso:
• Interatividade.
• Incorporeidade.
• Persistência.
Metaverso é um jogo virtual?
Não, é realmente uma forma de viver em duas realidades ao mesmo tempo, o mundo real e o mundo virtual.
É possível que você faça as mesmas coisas que faz com um computador, como estudar, trabalhar, jogar;
porém em um ambiente tridimensional. Seu conceito foi baseado na �cção cientí�ca Snow Crash, de Neal
Stephenson, que apresenta ao personagem Hiro, um entregador de pizza que no mundo virtual é um
guerreiro – trazendo também o conceito de avatar para a representação de uma pessoa.
Veja, a seguir, algumas experiências que podem ser vividas no metaverso:
Figura 1 | Atividades do metaverso
Fonte: Iberdrola ([s. d.], [s. p.]).
A ideia de metaverso aparece em outras obras como Neuromancer, Jogador nº 1 e Matrix.
Uma aplicação criada em 2003 chamada “Second Life” é uma realização do metaverso, que contém lugares e
experiências do mundo real e mesmo o primórdio das criptomoedas, com a existência de uma moeda própria,
porém, sem a tecnologia blockchain. Entretanto, por causa da realidade da internet no início do século XXI e a
própria tecnologia existente na época, a plataforma “Second Life” não foi perene.
A maneira mais imersiva que conhecemos hoje para esse tipo de experiência são os óculos de realidade
virtual, que estimulam os sentidos do mundo real com um mundo virtual. As empresas que mais investem
nessa tecnologia são o Facebook (Meta) e a Microsoft. De acordo com Zuckerberg, o metaverso é a próxima
fronteira da tecnologia, uma quebra de paradigma.
Algumas empresas que estão investindo fortemente no metaverso são:
• Epic Games, criadora do jogo Fortnite, anunciou em 13 de abril de 2021 um investimento de cerca de um
bilhão de dólares para a construção de uma “visão a longo prazo do Metaverso”.
• A empresa Facebook, que recentemente mudou o nome para “Meta”, dirigida por Mark Zuckerberg, comprou
a empresa Óculos, especialista em óculos de realidade virtual, a qual investiu 50 milhões de dólares para esse
novo segmento, e que nos próximos dois anos deve testar e desenvolver aplicações de multiverso.
Como o setor de cripto se encaixaria no metaverso?
Se vamos trabalhar, socializar e comprar itens, também vamos precisar de uma maneira segura para
comprovar a propriedade. E para isso, a tecnologia blockchain fornece uma maneira transparente e prática
para lidar com essas transações.
UNIVERSO FIGITAL
Conforme vimos anteriormente, a inteligência arti�cial é uma reprodução (ou simulação) de forma arti�cial da
tomada de decisão com base na inteligência cerebral humana. Surgiu com o objetivo de ser possível realizar
as tarefas sem a interferência humana.
Embora o metaverso ainda é um conceito em desenvolvimento e com potencial de rápida evolução, é possível
de�nirmos o metaverso como uma plataforma virtual que busca integrar o mundo real ao mundo digital, por
meio de tecnologias como a realidade virtual, tendo experiências mais reais. O objetivo é conectar várias
plataformas em um espaço 3D que conecta os usuários e os aspectos da vida cotidiana. Cada pessoa será
representada por um avatar, desenvolvido e criado pela própria pessoa “real”. O avatar é uma representação
de uma pessoa para o mundo virtual.
E o conceito de Universo FiGital?
O conceito de um “Universo FiGital” deriva justamente da fusão das mais diversas tecnologias que tratamos
até o momento, com especial ênfase à evolução da internet, das tecnologias da internet das coisas, das
tecnologias descentralizadas como a blockchain, e mesmo da inteligência arti�cial e do metaverso.
Ou seja, os avanços derivados da atual fase da Revolução Tecnológica, também designada como 4ª Revolução
Industrial, busca a fusão de dois mundos que até então eram tratados de forma absolutamente separadas. É a
fusão do mundo físico com o mundo digital (FiGital).
Algumas previsões pela doutrina especializada esclarecem que a vida dos seres humanos seguirá cada vez
mais interativa e conectada entre o mundo físico e digital.
Se você tem um relógio inteligente ou um telefone celular inteligente (smartphone), pense o quanto sua vida
virtual já é conectada com o mundo físico. O seu aparelho celular (ou o seu relógio) vai mostrar se você atingiu
determinada meta de caminhada diária, informar as questões de saúde e até mesmo o controle de sua
agenda, rotas, destinos etc.
Muitas pessoas não ouvem mais o rádio, mas assistem ao rádio por meio dos mais diversos aplicativos e
plataformas. Outras pessoas são dominadas pelas redes sociais como verdadeiro vício – para elas, o que vale
é a impressão que transmite aos outros por meio de seus per�s.
Com os avanços do metaverso, as pessoas realizariam reuniões, negociações de contratos etc. por meio da
plataforma do metaverso, substituindo as atuais videoconferências por uma reunião em que cada pessoa está
�sicamente em um lugar diferente do mundo, porém, todos reunidos pelos seus avatares em uma sala de
reunião virtual, fechando negócios que serão executados e concretizados no mundo real e/ou no mundo
virtual.
Haverá um momento em que será difícil separar o que ocorre no mundo virtual do que ocorre no mundo
físico. Tal como hoje. Não se pergunta mais se uma informação está na internet: as pessoas simplesmente
buscam a informação (ou o conteúdo) na internet sem realizar a referência de que foi localizado na internet.
Tal informação já é considerada óbvia.
A grande questão que �ca para os próximos anos que virão é o quanto as pessoas estão conscientes de tal
realidade – o quanto estão conscientes deste Universo FiGital.
A consciência, o estar presente e não representado, é fundamental para que se mantenha o controle de
nossas ações. É a distinção de usar a tecnologia como uma ferramenta em benefício do ser humano e não o
contrário; ou seja, o avanço da tecnologia apesar do ser humano.
Nesse sentido e para concluir a presente aula, trazemos o pensamento interessante do historiador e escritor
de best-sellers Yuval Harari (2018) em sua obra 21 Lições para o Século 21:
A tecnologia não é uma coisa ruim. Se você souber o que deseja na vida, ela pode ajudá-lo
a conseguir. Mas se você não sabe, será muito fácil para a tecnologia moldar por você seus
objetivos e assumir o controle da sua vida.
Tal pensamento e lição de vida já era apresentado na clássica obra de Lewis Caroll, Alice no País das
Maravilhas. Entre as inúmeras lições de vida e da razão de viver que podemos extrair da obra, uma delas tem
total referência com o que estamos tratando. É a passagem em que Alice está perdida no País das Maravilhas
e para em uma bifurcação da estrada. Em reprodução livre, Alice, perdida e sem rumo, pergunta-se em voz
alta sobre qual caminho deveria tomar. Neste momento aparece o Sr. Gato, que de forma enigmática
responde à pergunta da Alice com uma nova pergunta: “Minha querida Alice, para onde você está indo? ”. Alice
responde: “Eu não sei para onde estou indo, estou apenas indo e quero sair daqui.”.O Sr. Gato responde
dizendo: “Se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve, pois você está perdida e sem destino, sem
um objetivo. Você não está consciente de suas escolhas. ”
É justamente isso que Harari busca nos mostrar. Temos que ter consciência do uso da tecnologia como
ferramenta. Temos que saber nossos objetivos e a razão de ser. Temos que ter consciência do mundo físico e
do mundo digital. Principalmente, temos que ter consciência de um Universo FiGital, sem nos alienarmos. Do
contrário, seremos dominados pela tecnologia.
VÍDEO RESUMO
Caro estudante, ao longo desta aula tratamos dos conceitos de desenvolvimento e aplicações práticas de
tecnologias como inteligência arti�cial e metaverso, e a fusão dos mundos físico e digital por meio do
chamado Universo FiGital. Nesta videoaula, você verá os conceitos e aplicações da inteligência arti�cial e a sua
potencialidade de aplicação no direito, além das situações já praticadas em diversos tribunais pelo país.
Quanto ao metaverso, buscaremos trazer um conceito mais próximo do estágio atual de desenvolvimento,
bem como o impacto às relações jurídicas que já estão sendo praticadas no citado ambiente. Finalmente,
traremos uma série de re�exões e uma conscientização acerca da fusão dos mundos físico e digital, para a
criação do conceito de Universo FiGital.
Esperamos que essa jornada seja de muito aprendizado!
 Saiba mais
Para aprofundar o seu conhecimento a respeito dos impactos da aplicação de inteligência arti�cial e da
convivência por plataformas como o metaverso, recomendamos o importante texto das professoras
Débora Gozzo e Elizabeth Nantes Cavalcante sob o título “Vida arti�cial”: novo paradigma e limites
tecnológicos”, publicado na Revista dos Tribunais – v. 1003, p. 263-274, maio 2019, DTR\2019\26161 – e
disponível na base eletrônica da Revista dos Tribunais Online.
Além disso, caso você tenha disponibilidade, con�ra o �lme “Eu Robô” (2004). Segue a sinopse:
A “Lei dos Robóticos” é baseada nas três Leis da Robóticas de Isaac Asimov, que vimos ao longo da aula.
Relembrando, tais leis servem de base para as pesquisas da IA (Inteligência Arti�cial) desde a década de
1950. São elas:
• Um robô não pode, intencionalmente ou por omissão, permitir ou ferir um ser humano.
• Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por humanos, desde que tais ordens não
entrem em con�ito com a Primeira Lei.
• Um robô deve zelar e proteger por sua própria existência, desde que não entre em con�ito com a
Primeira e/ou Segunda Leis.
Se aplicarmos essa lógica ao uso de inteligência arti�cial no direito e pelo Poder Judiciário, será que os
robôs, munidos de inteligência arti�cial, terão capacidade de violar a própria Lei de Isaac Asimov? Até que
ponto o uso de inteligência arti�cial no direito pode expor o ser humano a riscos? Até que ponto pode
expor o ser humano a novas barbáries, como aquelas vivenciadas ao longo da Segunda Guerra Mundial?
Poderemos deixar a tomada de decisão ser realizada por uma máquina? Esses são alguns dos potenciais
pontos de re�exão para você.
Bons estudos!
Em 2035, é comum robôs serem usados como empregados e assistentes dos
humanos. Para manter a ordem, esses robôs possuem um código de programação
que impede a violência contra humanos, a Lei dos Robóticos. Quando Dr. Miles
aparece morto e o principal suspeito é justamente um robô, acredita-se na
possibilidade de que os robôs tenham encontrado um meio de desativar a Lei dos
Robóticos.
Aula 1
Arruda, G. S. de, Madruga, S. R., & Freitas Junior, N. I. de. (2009). A governança corporativa e a teoria da
agência em consonância com a controladoria. Revista De Administração Da UFSM, 1(1). Disponível em:
https://doi.org/10.5902/19834659570. Acesso em: 06 dez. 2022.
REFERÊNCIAS
10 minutos
https://doi.org/10.5902/19834659570
BAGNOLI, V. Direito econômico e concorrencial. 7. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais; Thomson Reuters,
2017.
BARBUTO, J. L. C. Concorrência Desleal no século XXI. Jusbrasil, [s. d.]. Disponível em:
https://drbarbuto.jusbrasil.com.br/artigos/185076266/concorrencia-desleal-no-seculo-xxi. Acesso em: 18 nov.
2022.
BLOK, M. Compliance e Governança Corporativa. 3. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2020. Disponível em:
https://books.google.com.br/books?
id=c6Z5EAAAQBAJ&lpg=PA1&ots=ubu73mcMrE&dq=Compliance%20e%20governan%C3%A7a&lr&hl=pt-
BR&pg=PA8#v=onepage&q=Compliance%20e%20governan%C3%A7a&f=false. Acesso em: 18 nov. 2022.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília/DF:
Presidência da República, [2020]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 18 nov. 2022. Art.  5º e 220.
BRASIL. Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016. Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios. Brasília/DF: Presidência da República, 2016. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13303.htm. Acesso em: 18 nov. 2022.
BRASIL. Lei nº 12.846, de 1º agosto de 2013. Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de
pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras
providências. Brasília/DF: Presidência da República, 2013. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm. Acesso em: 18 nov. 2022.
BRASIL. Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017. Dispõe sobre a política de governança da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Brasília/DF: Presidência da República, 2017.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9203.htm. Acesso em: 18
nov. 2022.
BRASIL. Lei nº 13.848, de 25 de junho de 2019. Dispõe sobre a gestão, a organização, o processo decisório e o
controle social das agências reguladoras, […]. Brasília/DF: Presidência da República, 2019. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/l13848.htm. Acesso em: 18 nov. 2022.
BRASIL. Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis em virtude da prática de atos
de improbidade administrativa, de que trata o § 4º do art. 37 da Constituição Federal; e dá outras
providências. Brasília/DF: Presidência da República, 1992. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8429.htm. Acesso em: 18 nov. 2022.
 BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de �nanças públicas voltadas
para a responsabilidade na gestão �scal e dá outras providências. Brasília/DF: Presidência da República, 2000.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm. Acesso em: 18 nov. 2022.
BRASIL. Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso
da Internet no Brasil. Brasília/DF: Presidência da República, 2014. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm. Acesso em: 18 nov. 2022.
https://drbarbuto.jusbrasil.com.br/artigos/185076266/concorrencia-desleal-no-seculo-xxi
https://books.google.com.br/books?id=c6Z5EAAAQBAJ&lpg=PA1&ots=ubu73mcMrE&dq=Compliance%20e%20governan%C3%A7a&lr&hl=pt-BR&pg=PA8#v=onepage&q=Compliance%20e%20governan%C3%A7a&f=false
https://books.google.com.br/books?id=c6Z5EAAAQBAJ&lpg=PA1&ots=ubu73mcMrE&dq=Compliance%20e%20governan%C3%A7a&lr&hl=pt-BR&pg=PA8#v=onepage&q=Compliance%20e%20governan%C3%A7a&f=false
https://books.google.com.br/books?id=c6Z5EAAAQBAJ&lpg=PA1&ots=ubu73mcMrE&dq=Compliance%20e%20governan%C3%A7a&lr&hl=pt-BR&pg=PA8#v=onepage&q=Compliance%20e%20governan%C3%A7a&f=false
about:blank
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9203.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/l13848.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8429.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm
BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Brasília/DF:
Presidência da República, 2018. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em: 18 nov. 2022.
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras
providências. Brasília/DF: Presidência da República, 1990. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm#:~:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20prote
%C3%A7%C3%A3o%20do%20consumidor%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.&text=Art.,Ar
t. Acesso em: 18 nov. 2022. Art. 6º, III e IV, 36,37 e 38.
BRASIL. Lei nº 9279, de 14 de maio de 1996. Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.
Brasília/DF: Presidência da República, 1996. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9279.htm. Acesso em: 18 nov. 2022. Art. 196, I e II.
Brasil Escola. Liberdade. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/consciencia-e-liberda-
humana-texto-2.htm. Acesso em 30.nov.2022.
CONAR. Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. Disponível em:
http://www.conar.org.br/pdf/codigo-conar-2021_6pv.pdf. Acesso em 30.nov.2022.  
CORTES, A. Governança na era digital: entenda o que é e sua importância. Remessa Online, 7 dez. 2020.
Disponível em: https://www.remessaonline.com.br/blog/governanca-na-era-digital/. Acesso em: 18 nov. 2022.
G2 Consulting. Disponível em: https://www.g2consulting.com.br/governanca-ti-governanca-corporativa/.
Acesso em: 30.11.2022.
GUSMÃO, J. R. d'A. Natureza jurídica do direito de propriedade intelectual. Apud. RODRIGUES ALVES, Joyce
Ruiz. Condições para a caracterização de infrações contra a ordem econômica envolvendo direitos de
propriedade intelectual no Brasil. Dissertação de Mestrado PUC/SP. Disponível em:
https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/21792/2/Joyce%20Ruiz%20Rodrigues%20Alves.pdf  Acesso em:
30.nov.2022.
HOFRIMANN, S. Governança corporativa na era digital: entenda a importância. Holmes, 20 maio 2022.
Disponível em: https://holmesdoc.com.br/blog/governanca-corporativa/. Acesso em: 18 nov. 2022.
IBM. Relatório do custo de uma violação de dados. IBM Security, 2021. Disponível em:
https://www.ibm.com/downloads/cas/RBJ6BJVN#:~:text=O%20custo%20médio%20por%20registro,registro%20
foi%20de%20US%24%20141. Acesso em: 18 nov. 2022.
IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Conheça os quatro princípios da Governança
Corporativa. Disponível em: https://www.ibgc.org.br/blog/principios-de-governanca-corporativa. Acesso em
30.11.2022.
KIRCHHOFF, P.; SCRIVANI, V. Os limites da liberdade de expressão nas redes sociais. Bem Paraná, 7 mar.
2022. Disponível em: https://www.bemparana.com.br/noticia/os-limites-da-liberdade-de-expressao-nas-redes-
sociais#.YuA8OkXMLIU =. Acesso em: 18 nov. 2022.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm#:~:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20prote%C3%A7%C3%A3o%20do%20consumidor%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.&text=Art.,Art
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm#:~:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20prote%C3%A7%C3%A3o%20do%20consumidor%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.&text=Art.,Art
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm#:~:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20prote%C3%A7%C3%A3o%20do%20consumidor%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.&text=Art.,Art
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9279.htm
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/consciencia-e-liberda-humana-texto-2.htm
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/consciencia-e-liberda-humana-texto-2.htm
http://www.conar.org.br/pdf/codigo-conar-2021_6pv.pdf
https://www.remessaonline.com.br/blog/governanca-na-era-digital/
https://www.g2consulting.com.br/governanca-ti-governanca-corporativa/
https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/21792/2/Joyce%20Ruiz%20Rodrigues%20Alves.pdf
https://holmesdoc.com.br/blog/governanca-corporativa/
https://www.ibm.com/downloads/cas/RBJ6BJVN#:~:text=O%20custo%20m%C3%A9dio%20por%20registro,registro%20foi%20de%20US%24%20141
https://www.ibm.com/downloads/cas/RBJ6BJVN#:~:text=O%20custo%20m%C3%A9dio%20por%20registro,registro%20foi%20de%20US%24%20141
https://www.ibgc.org.br/blog/principios-de-governanca-corporativa
https://www.bemparana.com.br/noticia/os-limites-da-liberdade-de-expressao-nas-redes-sociais#.YuA8OkXMLIU
https://www.bemparana.com.br/noticia/os-limites-da-liberdade-de-expressao-nas-redes-sociais#.YuA8OkXMLIU
OLIVEIRA, L. G. M. Marcas famosas e aproveitamento parasitário. Ricci Propriedade Intelectual, 4 jun. 2020.
Disponível em: https://riccipi.com.br/marcas-famosas-e-aproveitamento-
parasitario/#:~:text=O%20aproveitamento%20parasitário%20ocorre%20quando,-
imagem)%20das%20marcas%20famosas. Acesso em: 18 nov. 2022.
PALHARES, F.; PRADO, L. F.; VIDIGAL, P. Compliance Digital e LGPD. Coleção Compliance. V. 5.Coordenação:
Irene P. D. Nohara e Luiz E. de Almeida. São Paulo: Revista dos Tribunais; Thomson Reuters, 2021.
PARTIDO NOVO. Quais são os limites da liberdade de expressão? Novo.org.br, c2020. Disponível em:
https://novo.org.br/explica/quais-sao-os-limites-da-liberdade-de-expressao/. Acesso em: 18 nov. 2022.
TUTIDA, D. O que é segurança da informação. Encontre Um Nerd S/A, 10 ago. 2021. Disponível em:
https://encontreumnerd.com.br/blog/o-que-e-seguranca-da-
informacao#:~:text=Na%20segurança%20da%20informação%2C%20con�dencialidade,números%20de%20car
tões%20de%20crédito. Acesso em: 18 nov. 2022.
da Internet. In: DE LUCCA, Newton; SIMÃO FILHO, Adalberto; LIMA, Cíntia Rosa Pereira de (coord.). Direito &
Internet III: Marco Civil da Internet. Tomo II. São Paulo: Quartier Latin, 2015, p. 377 - 408.
Aula 2
CORREIA, F. M. A tecnologia descentralizada de registro de dados (Blockchain) no sector �nanceiro. In:
MENEZES CORDEIRO, A.; OLIVEIRA, A. P. de; DUARTE, D. P. FinTech: desa�os da tecnologia �nanceira.
Coimbra: Almedina, 2017. p. 69-74.
INFOMONEY. O que é blockchain? Conheça a tecnologia que torna as transações com cripto possíveis.
InfoMoney, 14 out. 2022. Disponível em: https://www.infomoney.com.br/guias/blockchain/. Acesso em: 18 nov.
2022.
INVESTNEWS. Tokens: o que são e qual a diferença para criptomoedas. InvestNews, 28 fev. 2022. Disponível
em: https://investnews.com.br/guias/tokens-o-que-sao/?
gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN32ZDnKOiKQKUop1GHixwJfOLI0JLVVTYDxnH-
3JO2r7rIDgYfNkxwaAsGZEALw_wcB. Acesso em: 18 nov. 2022.
LAMOUNIER, L. O guia de�nitivo da tecnologia blockchain: uma revolução para mudar o mundo. 101
Blockchains, 12 set. 2018. Disponível em: https://101blockchains.com/pt/tecnologia-blockchain-guia/. Acesso
em: 18 nov. 2022.
LAMOUNIER, Lucas. A História da Tecnologia Blockchain. Disponível em:
https://101blockchains.com/pt/historia-da-tecnologia-
blockchain/#:~:text=Como%20surgiu%20a%20blockchain%3F,data%20e%20hora%20dos%20documentos.
Acesso em 18.nov.2022
MOIP SUPORTE. O que é Token de segurança e para que serve? Moip By PagSeguro, 27 out. 2021. Disponível
em: https://suporte.moip.com.br/hc/pt-br/articles/360049653233-O-que-é-o-Token-de-segurança-e-para-que-
serve-. Acesso em: 18 nov. 2022.
https://riccipi.com.br/marcas-famosas-e-aproveitamento-parasitario/#:~:text=O%20aproveitamento%20parasit%C3%A1rio%20ocorre%20quando,-imagem)%20das%20marcas%20famosas
https://riccipi.com.br/marcas-famosas-e-aproveitamento-parasitario/#:~:text=O%20aproveitamento%20parasit%C3%A1rio%20ocorre%20quando,-imagem)%20das%20marcas%20famosas
https://riccipi.com.br/marcas-famosas-e-aproveitamento-parasitario/#:~:text=O%20aproveitamento%20parasit%C3%A1rio%20ocorre%20quando,-imagem)%20das%20marcas%20famosas
https://novo.org.br/explica/quais-sao-os-limites-da-liberdade-de-expressao/https://encontreumnerd.com.br/blog/o-que-e-seguranca-da-informacao#:~:text=Na%20seguran%C3%A7a%20da%20informa%C3%A7%C3%A3o%2C%20confidencialidade,n%C3%BAmeros%20de%20cart%C3%B5es%20de%20cr%C3%A9dito
https://encontreumnerd.com.br/blog/o-que-e-seguranca-da-informacao#:~:text=Na%20seguran%C3%A7a%20da%20informa%C3%A7%C3%A3o%2C%20confidencialidade,n%C3%BAmeros%20de%20cart%C3%B5es%20de%20cr%C3%A9dito
https://encontreumnerd.com.br/blog/o-que-e-seguranca-da-informacao#:~:text=Na%20seguran%C3%A7a%20da%20informa%C3%A7%C3%A3o%2C%20confidencialidade,n%C3%BAmeros%20de%20cart%C3%B5es%20de%20cr%C3%A9dito
https://www.infomoney.com.br/guias/blockchain/
https://investnews.com.br/guias/tokens-o-que-sao/?gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN32ZDnKOiKQKUop1GHixwJfOLI0JLVVTYDxnH-3JO2r7rIDgYfNkxwaAsGZEALw_wcB
https://investnews.com.br/guias/tokens-o-que-sao/?gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN32ZDnKOiKQKUop1GHixwJfOLI0JLVVTYDxnH-3JO2r7rIDgYfNkxwaAsGZEALw_wcB
https://investnews.com.br/guias/tokens-o-que-sao/?gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN32ZDnKOiKQKUop1GHixwJfOLI0JLVVTYDxnH-3JO2r7rIDgYfNkxwaAsGZEALw_wcB
https://101blockchains.com/pt/tecnologia-blockchain-guia/
https://101blockchains.com/pt/historia-da-tecnologia-blockchain/#:~:text=Como%20surgiu%20a%20blockchain%3F,data%20e%20hora%20dos%20documentos
https://101blockchains.com/pt/historia-da-tecnologia-blockchain/#:~:text=Como%20surgiu%20a%20blockchain%3F,data%20e%20hora%20dos%20documentos
https://suporte.moip.com.br/hc/pt-br/articles/360049653233-O-que-%C3%A9-o-Token-de-seguran%C3%A7a-e-para-que-serve-
https://suporte.moip.com.br/hc/pt-br/articles/360049653233-O-que-%C3%A9-o-Token-de-seguran%C3%A7a-e-para-que-serve-
NAKAMOTO, Satochi. A Peer-to-Peer Cash System. Disponível em: https://bitcoin.org/bitcoin.pdf. Acesso em
30.nov.2022
PANORAMA CRYPTO. Tokens não fungíveis (NFTs) podem ser futuro das obras de arte. Panorama Crypto,
10 mar. 2021. Disponível em: https://panoramacrypto.com.br/o-que-sao-tokens-nao-fungiveis-e-como-eles-
podem-pegar-carona-no-de�/?gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN3QwCn9ePB5m8qtGy600MfhIe01IrP-a7st-
MVvzcaFoGYyB2qMES8aAkAPEALw_wcB. Acesso em: 18 nov. 2022.
REBOUÇAS, R. F. Contratos Eletrônicos: formação e validade. 2. ed. rev. e ampliada. São Paulo: Almedina,
2018.
REVOREDO, T. Blockchain: tudo o que você precisa saber. [S. l.]: The Global Strategy, 2019.
RICONNECT. Criptomoedas: o que são, como funcionam e como investir? XP Investimentos, 27 set. 2022.
Disponível em: https://riconnect.rico.com.vc/blog/criptomoedas?
campaignid=316171546&adgroupid=55392294370&feeditemid=&targetid=aud-437331571629:dsa-
19959388920&loc_interest_ms=&loc_physical_ms=9100423&matchtype=&network=g&device=c&devicemodel=
&ifmobile=&ifmobile=0&ifsearch=1&ifsearch=&ifcontent=0&ifcontent=&creative=340508776295&keyword=&p
lacement=&target=&utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_term=&utm_campaign=GGLE_PESQ_DSA&h
sa_tgt=aud-437331571629:dsa-
19959388920&hsa_net=adwords&hsa_kw=&hsa_grp=55392294370&hsa_acc=7134496929&hsa_ver=3&hsa_ad
=340508776295&hsa_cam=316171546&hsa_mt=&hsa_src=g&gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN3Ww6fQK4
QabGK3PGxztGJQuyy6yLGZT-RlpIi1pQHzMEblbTntAYcaArnMEALw_wcB. Acesso em: 18 nov. 2022.
SEU DINHEIRO. O que é token: como funciona, vantagens e desvantagens. Seu Dinheiro, 13 abr. 2022.
Disponível em: https://www.seudinheiro.com/conteudo-de-marca/o-que-e-token-como-funciona-vantagens-e-
desvantagens/. Acesso em: 18 nov. 2022.
SERRANO, Rafael. Genesis Block: Chancellor on Brink of Second Bailout for Banks. Disponível em:
https://monnos.com/en/blog/genesis-block-chancellor-on-brink-of-second-bailout-for-banks/. Acesso em
30.nov.2022
Aula 3
Agência Minas. Disponível em: https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/prodemge-participa-do-
lancamento-da-rede-blockchain-brasil. Acesso em 30.nov.2022
BUSINESS 2 COMMUNITY. Rede Blockchain Brasil (RBB): o que é e como funciona? Business 2 Community,
17 jun. 2022. Disponível em: https://www.business2community.com/br/2022/06/17/rede-blockchain-brasil-
rbb-o-que-e-e-como-funciona. Acesso em: 18 nov. 2022.
CONVERGÊNCIA DIGITAL. Rede Blockchain Brasil: primeira aplicação descentralizada em 2023. Convergência
Digital, 3 jun. 2022. Disponível em: https://www.convergenciadigital.com.br/Inovacao/Rede-Blockchain-
Brasil%3A-primeira-aplicacao-descentralizada-em-2023-60488.html. Acesso em: 18 nov. 2022.
https://panoramacrypto.com.br/o-que-sao-tokens-nao-fungiveis-e-como-eles-podem-pegar-carona-no-defi/?gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN3QwCn9ePB5m8qtGy600MfhIe01IrP-a7st-MVvzcaFoGYyB2qMES8aAkAPEALw_wcB
https://panoramacrypto.com.br/o-que-sao-tokens-nao-fungiveis-e-como-eles-podem-pegar-carona-no-defi/?gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN3QwCn9ePB5m8qtGy600MfhIe01IrP-a7st-MVvzcaFoGYyB2qMES8aAkAPEALw_wcB
https://panoramacrypto.com.br/o-que-sao-tokens-nao-fungiveis-e-como-eles-podem-pegar-carona-no-defi/?gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN3QwCn9ePB5m8qtGy600MfhIe01IrP-a7st-MVvzcaFoGYyB2qMES8aAkAPEALw_wcB
https://riconnect.rico.com.vc/blog/criptomoedas?campaignid=316171546&adgroupid=55392294370&feeditemid=&targetid=aud-437331571629:dsa-19959388920&loc_interest_ms=&loc_physical_ms=9100423&matchtype=&network=g&device=c&devicemodel=&ifmobile=&ifmobile=0&ifsearch=1&ifsearch=&ifcontent=0&ifcontent=&creative=340508776295&keyword=&placement=&target=&utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_term=&utm_campaign=GGLE_PESQ_DSA&hsa_tgt=aud-437331571629:dsa-19959388920&hsa_net=adwords&hsa_kw=&hsa_grp=55392294370&hsa_acc=7134496929&hsa_ver=3&hsa_ad=340508776295&hsa_cam=316171546&hsa_mt=&hsa_src=g&gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN3Ww6fQK4QabGK3PGxztGJQuyy6yLGZT-RlpIi1pQHzMEblbTntAYcaArnMEALw_wcB
https://riconnect.rico.com.vc/blog/criptomoedas?campaignid=316171546&adgroupid=55392294370&feeditemid=&targetid=aud-437331571629:dsa-19959388920&loc_interest_ms=&loc_physical_ms=9100423&matchtype=&network=g&device=c&devicemodel=&ifmobile=&ifmobile=0&ifsearch=1&ifsearch=&ifcontent=0&ifcontent=&creative=340508776295&keyword=&placement=&target=&utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_term=&utm_campaign=GGLE_PESQ_DSA&hsa_tgt=aud-437331571629:dsa-19959388920&hsa_net=adwords&hsa_kw=&hsa_grp=55392294370&hsa_acc=7134496929&hsa_ver=3&hsa_ad=340508776295&hsa_cam=316171546&hsa_mt=&hsa_src=g&gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN3Ww6fQK4QabGK3PGxztGJQuyy6yLGZT-RlpIi1pQHzMEblbTntAYcaArnMEALw_wcB
https://riconnect.rico.com.vc/blog/criptomoedas?campaignid=316171546&adgroupid=55392294370&feeditemid=&targetid=aud-437331571629:dsa-19959388920&loc_interest_ms=&loc_physical_ms=9100423&matchtype=&network=g&device=c&devicemodel=&ifmobile=&ifmobile=0&ifsearch=1&ifsearch=&ifcontent=0&ifcontent=&creative=340508776295&keyword=&placement=&target=&utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_term=&utm_campaign=GGLE_PESQ_DSA&hsa_tgt=aud-437331571629:dsa-19959388920&hsa_net=adwords&hsa_kw=&hsa_grp=55392294370&hsa_acc=7134496929&hsa_ver=3&hsa_ad=340508776295&hsa_cam=316171546&hsa_mt=&hsa_src=g&gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN3Ww6fQK4QabGK3PGxztGJQuyy6yLGZT-RlpIi1pQHzMEblbTntAYcaArnMEALw_wcB
https://riconnect.rico.com.vc/blog/criptomoedas?campaignid=316171546&adgroupid=55392294370&feeditemid=&targetid=aud-437331571629:dsa-19959388920&loc_interest_ms=&loc_physical_ms=9100423&matchtype=&network=g&device=c&devicemodel=&ifmobile=&ifmobile=0&ifsearch=1&ifsearch=&ifcontent=0&ifcontent=&creative=340508776295&keyword=&placement=&target=&utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_term=&utm_campaign=GGLE_PESQ_DSA&hsa_tgt=aud-437331571629:dsa-19959388920&hsa_net=adwords&hsa_kw=&hsa_grp=55392294370&hsa_acc=7134496929&hsa_ver=3&hsa_ad=340508776295&hsa_cam=316171546&hsa_mt=&hsa_src=g&gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN3Ww6fQK4QabGK3PGxztGJQuyy6yLGZT-RlpIi1pQHzMEblbTntAYcaArnMEALw_wcB
https://riconnect.rico.com.vc/blog/criptomoedas?campaignid=316171546&adgroupid=55392294370&feeditemid=&targetid=aud-437331571629:dsa-19959388920&loc_interest_ms=&loc_physical_ms=9100423&matchtype=&network=g&device=c&devicemodel=&ifmobile=&ifmobile=0&ifsearch=1&ifsearch=&ifcontent=0&ifcontent=&creative=340508776295&keyword=&placement=&target=&utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_term=&utm_campaign=GGLE_PESQ_DSA&hsa_tgt=aud-437331571629:dsa-19959388920&hsa_net=adwords&hsa_kw=&hsa_grp=55392294370&hsa_acc=7134496929&hsa_ver=3&hsa_ad=340508776295&hsa_cam=316171546&hsa_mt=&hsa_src=g&gclid=Cj0KCQjw852XBhC6ARIsAJsFPN3Ww6fQK4QabGK3PGxztGJQuyy6yLGZT-RlpIi1pQHzMEblbTntAYcaArnMEALw_wcB

Mais conteúdos dessa disciplina