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PROJETO BÁSICO EDUCATIVO-OPERACIONAL SOBRE O MEIO-AMBIENTE PARA PREFEITURAS MUNICIPAIS COM POPULAÇÃO ATÉ CINQUENTA MIL HABITANTES O MEIO-AMBIENTE É UNIVERSAL – Toda iniciativa dirigida à qualidade de vida e a preservação da natureza é uma obrigação inata de todo ser humano, pois não se trata apenas de usufruir os bons benefícios naturais, mas mantê-los com responsabilidade as novas gerações dentro de uma mentalidade fraterna universal. ATENÇÃO SRs. PREFEITOS/AS E VEREADORES/AS PROBLEMAS E SOLUÇÕES SOBRE O MEIO-AMBIENTE: “TUDO COMEÇA EM CADA FAMÍLIA E NAS PEQUENAS COMUNIDADES” Humberto A. P. Furlanetto Projetista de Ações Sociais Curitiba-PR – jun/2018 1 ÍNDICE 1 – Introdução 2 – Objetivo 3 - Planejamento 4 – Desenvolvimento de Ações: A – Levantamento pormenorizado das estruturas envolvidas com o Meio-Ambiente B – Localização dos Lixões C – Ações Educacionais D – Estabelecer Metas E – Criação de grupos de Voluntários do Meio-ambiente 5 – Capítulo Especial sobre a Reciclagem 6 – Lixo Orgânico 7 – Outros Fatores Prejudiciais ao Meio Ambiente: A – Desertificação B – Desmatamento C – As Águas D - Saneamento 8 - Conclusão 2 1 – INTRODUÇÃO: Há anos que o nosso país vem pagando um preço caro por não ter um planejamento sobre as questões essenciais dos cuidados e a preservação com qualidade do meio-ambiente. Uma das questões mais importantes é justamente as chamadas Políticas Públicas emanadas dos órgãos públicos maiores e médios (Federal/Estadual), para que cheguem aos municípios, e principalmente aos pequenos municípios, que apesar da maior amplitude tecnológica, nem sempre eles tem esses meios a disposição. Dessa maneira tem uma importância vital que recebam informações e apoio em relação ao meio-ambiente, pois é nesses lugares que “TUDO COMEÇA”. É justamente nesses lugares, que ao longo do tempo se eles não foram e pior ainda não sendo informados e apoiados com um mínimo de estrutura adequada certamente provocaram e continuarão a agravar os problemas do meio-ambiente. (SMJ, é uma crítica construtiva, e que felizmente, um ou outro munícipio tem pessoas preocupadas com a força de vontade de lutar e ou implantar as condições mínimas de qualidade nessa questão tão importante à toda população). É uma missão que constitucionalmente cabe aos Prefeitos/as e Vereadores/as de cada municíesmo em lugares de pequena monta populacional. Mas, é muito importante a participação integrada de Associações Privadas e demais Órgãos Públicos, assim como os munícipes dessas localidades, pois o meio-ambiente é de todos. Carece então de importância a participação cidadã de toda população. Nessa integração de esforços para a preservação do meio-ambiente deve ser ressaltado o papel do EDUCADOR, uma base sedimentar que tem como missão a disseminação do ensino e a amplitude auxiliar de assuntos constitucionais, por isso mesmo a sua importância fundamental de passar as informações e mesmo criar estratégias de participação dos alunos em se integrarem em motivações e campanhas de preservação do meio ambiente. Nessas estratégias motivacionais poderiam ser empreendidas visitas coordenadas as Prefeituras Municipais e Câmara de Vereadores, para conhecerem e até mesmo cobrarem questões fundamentais sobre o meio-ambiente que dizem respeito a qualidade dos mananciais d’água; onde estão sendo depositados os lixos, para preservação do solo; se estão sendo feito as reciclagem dos lixos; a proteção dos rios – os dejetos industriais; o controle dos agrotóxicos; a preservação das matas naturais, e seu reflorestamento; programa de saneamento básico nas periferias. Acrescente-se ainda os demais itens atinentes a essa área. Assim sendo, a ideia desse projeto é a de efetivar uma mentalidade e ao mesmo tempo de se criar um planejamento para as pequenas comunidades, que de certa maneira fariam com que as Prefeituras Municipais tenham através desse embrião, o que no amanhã se transformaria num Plano Diretor onde se poderia prever metas para os anos futuros. 2 – OBJETIVO: 3 Propiciar as Prefeituras Municipais de pequeno porte algumas ideias e preparo para fazer frente a preservação e controle do meio-ambiente, para tanto há necessidade de se fazer um planejamento ambiental, com periodicidade anual e talvez, quadrimestral (pelo modo do mandato, mas pensando na solução de continuidade do mandato a seguir) sendo adaptado as circunstâncias evolutivas do município. 3 – PLANEJAMENTO: Qualquer objetivo a ser implementado é necessário se fazer um planejamento, que no caso em se tratando de Meio-Ambiente deve ser precedido de levantamento dos mananciais e envolvimentos que dizem respeito ao meio ambiente do município. Sua situação atual e os piores problemas já acontecidos. Com isso se pode partir para um estudo e perspectivas de soluções e preservação inteligente. Essas soluções podem prescindir de apoios do Governo Estadual e de Convênios com Universidades próximas. É importante fixar a participação dos Educadores na mobilização dos alunos pela importância de se difundir uma mentalidade às gerações infantis na missão de cidadania e importância a preservação do meio-ambiente. 4 - DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES: Estabelecido o planejamento as Prefeituras Municipais elencarão os itens que serão priorizados para se iniciar o desenvolvimento de ações. A seguir serão mencionados alguns desses itens importantes de serem mantidos em programações eventuais de manutenção e acompanhamento pelos setores públicos, e ou com apoio de outros órgãos (Congêneres e Universidades). Seria interessante que se nomeasse uma Comissão com pessoas experientes nessa área de meio ambiente, para apresentar as proposições de implantação de um Plano Efetivo sobre a Aplicação Envolvida com o Meio-Ambiente. Eles formulariam: A - Levantamento pormenorizado das estruturas envolvidas com o Meio-Ambiente: Situação dos rios, córregos, arroios, riachos; Controle do solo, principalmente em áreas críticas; Situação do Esgoto; Controle e purificação da Estação de Águas; Estoque e Distribuição de Águas nos Bairros – Controle de Qualidade; Fiscalização dos pontos de dejetos industriais e controle dos agrotóxicos; Controle das matas e retirada de madeiras; Regulamentação do chamado lixão – Separação dos lixos (Orgânico, Construção, Hospitalar, Reciclável); Situação da reciclagem do lixo (Convênio com Entidades dos Catadores); Proibir permanência de pessoas e crianças nos lixões; Convênio com o Estado para Apoio em algumas situações do Meio-Ambiente – Peculiaridades locais; Outras. B - Localização dos Lixões: 4 Este é um aspecto fundamental para o município. Muitos municípios criam o problema de localização dos lixões, justamente por erro no planejamento. Ou seja, primeiro colocaram no lugar errado, para depois que a complicação está feita terem que sanar o grave problema. Daí se nota a importância do planejamento nos mínimos detalhes. Uma localização errada e a falta de controle do depósito, depois além da necessidade de relocação, fica o agravamento da contaminação do solo. Seria interessante as Prefeituras Municipais solicitarem apoio da Universidade, para a definição do melhor local, além de poderem contribuir com outros aspectos ligados ao Meio- Ambiente. Um exemplo de erro é quando o fazem perto de rio ou córregos, ou perto da área urbana, Idem, próximos a matasnativas. C – Ações Educacionais: As Prefeituras Municipais devem conclamar as Direções de Escolas para elaborarem um currículo mensal de disseminação de informações aos alunos, sobre a necessidade de preservação dos elementos envolvidos com o Meio-Ambiente. Dessa maneira as Escolas além de fazerem um trabalho de prevenção ambiental, também promoverão Campanhas Especiais sobre o Meio-Ambiente, sobre a forma de redações, artes, competições, visitas a locais onde são detectados problemas e carências que precisam de melhor controle e ações para melhoria da qualidade de fatores que fazem parte do assunto. O assunto Ecologia não pode ficar ligado apenas a uma data, mas a eventos marcantes de efetividade em cumprimento ao planejamento dentro de uma programação e calendário.. É preciso desfraldar a Bandeira da Ecologia com entusiasmo e concitando os alunos a serem também partícipes e fiscais do Meio-Ambiente. D – Estabelecer Metas: O estabelecimento de Metas é importante, para se aquilatar o desenvolvimento das ações se estão no caminho certo, e ou se necessita incrementar ou modificar para se obter melhoria. Essas Metas serão feitas pela individualização dos setores (exemplo: rios, lixões, solo, dejetos, matas, reciclagem, saneamento, etc). E – Criação de Grupos de Voluntários do Meio-Ambiente Concitar aposentados que queiram ter uma atividade voluntária, uma ou duas vezes por semana, para as atividades coordenadas pela Prefeitura Municipal, no sentido de fazerem parte de ações efetivas de observação ou controle à melhoria do Meio-Ambiente. 5 – CAPÍTULO ESPECIAL SOBRE A RECICLAGEM 5 Esta parte é deveras importante, pois além do lixo certo ser colocado no lugar certo, ele é reaproveitado industrialmente. Por isso, ainda é mais especial, pois ele cria EMPREGO. É um meio factível economicamente para o Município aumentar a renda per-capita dos munícipes. As Prefeituras Municipais poderão criar seus Centros de Reciclagem, e ou fazer Convênio com Entidade dos Catadores, para que organizadamente promovam o recolhimento, separação e venda do lixo reciclável. Haveria a necessidade no segundo caso da Prefeitura Municipal apenas supervisionar a correção do funcionamento de reciclagem, e solicitar a Delegacia do trabalho local, para o controle do registro e parte legal do trabalho dos empregados. No caso da Administração de um ou outro modo é importante que haja divulgação, para que as famílias participem das ações do processo de reciclagem, já separando o lixo produzido em casa. Separando nos saquinhos: Saco do papel, saco orgânico, saco dos variados (vidro, lata, plástico, etc). 6 – LIXO ORGÂNICO: Copiando o exemplo da Reciclagem, o Lixo Orgânico, também pode ser aproveitado na feitura de uma Usina, com aproveitamento diverso. Seja o emprego em compostagem de rações animais, seja como aproveitamento de energia, ou ainda, como matéria-prima de adubo para as plantações. É o caso também de ser feito um Convênio com Entidades Sociais que queiram participar desse plano de desenvolvimento, ou pela Administração da própria Prefeitura Municipal. 7 – OUTROS FATORES PREJUDICIAIS AO MEIO AMBIENTE: Algumas localidades tem mais problemas ecológicos com características geográficas que precisam de soluções macro ambientais, talvez, com apoio dos Governos: Federal e ou Estadual, certamente poderão ao tempo sanar esses problemas. Citamos abaixo alguns: A - Desertificação: Causado por uma mistura complexa de efeitos climáticos e às vezes causadas pelo próprio homem. Quando não há controle o homem passa a promover distorções que levam ao prejuízo ambiental. Citamos: Práticas nocivas ao uso da terra, desmatamento, assoreamento dos rios, cultivo irregular da terra em culturas inadequadas, pecuária em terras marginais, superpopulação em áreas de preservação ambiental. B - Desmatamento: É importante manter o controle de nossas matas nativas. Se ter um programa de reflorestamento efetivo, ou seja, com verificação constante e contagem até mesmo das 6 árvores (Emprego dos meios tecnológicos – Convênio com Universidade). Quando não efetuado provoca um desequilíbrio ecológico. Esses programas de controle de matas existem em países da Europa há quase um século. É possível usar, desde que autorizado pelo Estado, e feito o seu efetivo replantio. C - As Águas: É preciso saber usar com parcimônia a água. A própria água usada pode ser reutilizada. Já há algum tempo que uma simples ligação de retorno por outra canalização, e ela é subaproveitada para limpeza (Banheiro, faxina, etc). Vários desses aspectos acima, e nesse caso presente sobre “As Águas”, podem ser objeto de implantação e controle. Sabendo usar não vai faltar. O contrário, certamente irá trazer escassez. Já se sabe que há alguns anos, algumas cidades estão racionando o consumo. Além de trazer óbices às Hidroelétricas (Ocorre a limitação de energia). Não há controle sobre as piscinas residenciais – Parece que o interesse é vender a água, mesmo que possa faltar, e prejudicar o povo menos favorecido – “Questão de consciência” – Não se precisa proibir, e sim estabelecer controle. É preciso mudar essa mentalidade! Função sem dúvida da Educação. D – Saneamento Estando no planejamento e realizado é um fator importantíssimo que permite o controle sanitário ao município, além de aliviar que as doenças parasitárias e extensivas não cheguem ao povo. E, sobre esse aspecto de doenças, quando feito o SANEAMENTO, se diminuem e até eliminam os CUSTOS DE SAÚDE, do próprio município. É comum muitos municípios não investirem em saneamento. Em suas ruas se vê às claras o esgoto, ou as águas pluviais ao meio fio (sem canalizações e bocas de lobo), com consequências de proliferação de mosquitos, prontos para a transmissão de doenças. Em maior número esses absurdos estão localizados em favelas e periferias da cidade. É tempo dos Prefeitos/as com apoio da Câmara de Vereadores fazerem projetos simples de desenvolvimento sanitário e enviarem à área Federal, para dentro de programas anuais serem efetivados. Não esqueçam de que o município tem um importante aliado, e por isso mesmo também solicitar apoio ao Governo Estadual. 8 - CONCLUSÃO: Vê-se que nesta pequena abordagem e com simples proposições se pode atacar e minimizar os sérios problemas existentes sobre o meio-ambiente. É dele que se deve pensar como uma estrutura básica, e se não atacado em preservar os seus princípios elementares tudo o mais fica comprometido. É claro que há muito tempo que os governos deixaram de lado o cumprimento de respeito a natureza, e até mesmo de leis existentes que foram feitas para o resguardo e preservação daquilo que o ser humano individual ou coletivo necessita para a sua continuidade. Essa omissão e ou ganância individual ou coletiva ao tempo pode comprometer a comunidade, e 7 ao tempo a humanidade, pois a cada caída de cidade, vai levando números que podem chegar a uma função geométrica destrutiva do planeta. O papel da mídia nesse aspecto de alerta e de apresentar matérias que causam impacto, como a mostrar que é uma vigilante constante, para fazer as denúncias absurdas que agridem sobremaneira qualquer aspecto do meio-ambiente, ou a inércia dos governos. Qualquer pessoa de nível e com interesse nessa luta, certamente só eleva o papel da mídia, quando ela emprega os seus meios de divulgação com denúncias e cobranças aos governos que se tornam omissos e corruptos e ou a ganância desmesurada de maus empresários. Da mesma forma os Ministérios Públicos devem ser rigorosos em defesa do emprego das leis, não medindo esforços e ainda descompromissados com os poderosos criminosos que transgridam os cumprimentos constitucionais que são direitos de todos. Papel ainda importante devem trabalhar os políticosna feitura honesta e adequada das leis, para que seus instrumentos sejam efetivamente exequíveis em defesa do meio-ambiente, mas adequada ao seu cumprimento, sem exageros e ou falsos efeitos a beneficiar maus empresários. Resta pôr fim a sociedade. É ela sempre que deve estar atenta a lutar e denunciar todo e qualquer descumprimento, afinal é da individualidade que se faz o todo, por isso mesmo a sua voz não pode ser calada, e tem a força de exigir dos governantes o cumprimento integral das leis e o direito inalienável de ver preservado o meio-ambiente, que não é de ninguém, mas da humanidade. Por último, apenas deixar uma mensagem de otimismo para aqueles Prefeitos/as e Vereadores/as que em suas cidades tem preocupação com o tema do meio-ambiente, fator decisivo para o prosseguimento da humanidade, não se está fazendo por um, família, ou comunidade, mas pelo planeta. E, esse foi o motivo desse pequeno e simples projeto elaborado especialmente para municípios pequenos, que na maioria das vezes pouco coisa chega, e por isso mesmo vou pedir o APOIO DOS GOVERNADORES/AS DE CADA ESTADO DO BRASIL, que tirem cópia e enviem aos municípios com menos de cinquenta mil habitantes.