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Concurso de Crimes no Direito Penal

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RESUMO 
DIREITO PENAL 
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CONCURSO DE CRIMES 
O concurso de crimes pode ser de três espécies: concurso formal, concurso material e crime 
continuado. 
 
Súmula 243 do STJ 
“O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais 
cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima 
cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) 
ano.” 
 
CONCURSO MATERIAL 
Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais 
crimes, idênticos ou não. Nesse caso, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de 
liberdade. 
 
CONCURSO FORMAL 
Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, 
idênticos ou não. Nesse caso, aplica-se a pena mais grave aumentada de 1/6 até a metade 
(a pena do concurso formal não pode ser superior ao concurso material). 
Unidade de conduta  Pluralidade de resultados 
TIPOS 
 Concurso formal perfeito (próprio) – Aqui o agente pratica uma única conduta e acaba por 
produzir dois resultados, embora não pretendesse realizar ambos 
 
 Concurso formal perfeito (próprio) – Aqui o agente pratica uma única conduta e acaba por 
produzir dois resultados, embora não pretendesse realizar ambos. Nesse caso, aplica-se a regra 
prevista para o concurso material, ou seja, as penas são cumulativas. 
 
CRIME CONTINUADO 
O agente pratica diversas condutas, praticando dois ou mais crimes, que por 
determinadas condições são considerados pela Lei (por uma ficção jurídica) como crime 
único. Nesse caso, aplica-se a pena de um crime apenas aumentada de 1/6 a 2/3. 
 
REQUISITOS: 
a) pluralidade de condutas; 
b) pluralidade de crimes da mesma espécie; e 
c) condições semelhantes de tempo, lugar, modo de execução e outras semelhanças. 
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RESUMO 
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TIPOS 
 Crime continuado genérico – quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, 
pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de 
execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do 
primeiro (art. 71, caput, CP) 
 
 Crime continuado específico – crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com 
violência ou grave ameaça à pessoa. A pena pode ser aumentada até o triplo. 
 
QUADRO RESUMO 
Concurso Requisitos Penas 
Concurso Material 
(art. 69) 
Pluralidade de condutas e 
crimes 
As penas são acumuladas 
Concurso Formal 
Próprio 
(art. 70) 
Conduta única e pluralidade de 
crimes 
Exasperação. Aplica-se a pena mais 
grave, aumentada de 1/6 até 
metade. Não pode exceder a soma 
das penas. 
Concurso Formal 
Impróprio 
(art. 70) 
 
Conduta única e pluralidade de 
crime + desígnios autônomos 
independentes 
Aplicação cumulativa das penas, se 
há dolo nos resultados diferentes 
Concurso 
Continuado genérico 
(art. 71) 
Pluralidade de condutas e 
crimes + elo de continuidade 
Penal aumentada 1/6 até 2/3 
Crime Continuado 
Específico 
(art. 71, § único) 
Pluralidade de condutas e 
crimes + elo de continuidade + 
crimes dolosos com violência 
ou grave ameaça à pessoa, 
contra vítimas diferentes 
A pena é aumentada de 1/6 até o 
triplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
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ILICITUDE E CAUSAS DE EXCLUSÃO 
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
Excesso Punível 
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo 
excesso doloso ou culposo. 
 
ESTADO DE NECESSIDADE 
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo 
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio 
ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
REQUISITOS: 
1) Perigo atual (a conduta do agente tem que ser inevitável) 
2) Não provocou, nem podia evitar 
3) Direito próprio ou alheio, sacrifício não razoável (a conduta deve ser proporcional) 
OBSERVAÇÕES 
1) Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
2) Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser 
reduzida de um a dois terços. 
 
TIPOS DE ESTADO DE NECESSIDADE: 
a. Agressivo – o agente sacrifica o bem jurídico de terceiro que não provocou a situação 
de perigo 
b. Defensivo – o agente sacrifica o bem jurídico de quem provocou a situação de perigo 
Estado de necessidade 
recíproco 
É admissível que duas ou mais pessoas estejam, simultaneamente, em estado 
de necessidade, umas contra as outras. Nesse caso, fica afastada a ilicitude do 
fato. 
Comunicabilidade do 
Estado de necessidade 
Se um dos autores houver praticado o fato por estado de necessidade, a 
excludente de ilicitude se comunica a todos os coautores e partícipes da infração 
penal. 
Erro na execução Pode acontecer. Nesse caso, o agente permanece coberto pela excludente de 
ilicitude. 
Condição de 
miserabilidade 
É possível, mas o STJ entende que a simples alegação de miserabilidade não 
gera o estado de necessidade para que seja excluída a ilicitude do fato. 
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LEGÍTIMA DEFESA 
Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, 
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
 
REQUISITOS: 
1) Uso moderado dos meios 
2) Injusta agressão atual ou iminente 
3) Direito seu ou de outrem 
 
Considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele 
agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. 
 
 
ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL 
A lei não pode punir a quem cumpre um dever que ela impõe. 
O agente responderá pelo seu excesso. 
 
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO 
Um comportamento não pode ser ao mesmo tempo um direito de agir e crime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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	Ilicitude e causas de exclusão
	estado de necessidade
	Legítima defesa
	Estrito cumprimento de dever legal
	Exercício regular de direito

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