Prévia do material em texto
Fichamento do Capítulo 7 -Livro: O privilégio da servidão por Ricardo Antunes Laura de Andrade de Almeida 2021 1 Fichamento Bibliográfico Capítulo 7 A nova morfologia da classe trabalhadora no Brasil recente A partir da introdução do capítulo podemos ver a análise sucinta do mercado de trabalho e as transformações ao longo dos anos advindas da nova divisão do trabalho e setores de serviços mais requisitados. É possível perceber que as mudanças feitas, principalmente a partir do século XX, pela ascensão do capitalismo, introduziram novas estratégias no mercado trabalhista. Nesse período a necessidade de uma mão-de-obra livre de compromissos externos e flexível de acordo com a tarefa que lhe fosse atribuída era essencial, como resultado, havia uma enorme desvalorização do trabalhador e muito lucro devido aos baixos salários que eram atribuídos. Uma mudança ao final dos anos 90 ressignificou a definição de capitalismo viven- ciada adotando novas perspectivas na produção de mercado externo e interno, além de estabelecer medidas que possibilitassem os trabalhadores de receberem seus direitos, mesmo que mínimos. A partir dessas transformações, foi possível obter melhores resultados na produção e garantir melhores qualificações dos trabalhadores. É importante ressaltar, que esses benefícios foram direcionados prioritariamente às empresas, pois os trabalhadores, mesmo com a entrada de leis trabalhistas sofriam condições precárias e de insalubridade. Outro aspecto importante ser observado, foi a manipulação das leis regulamentadas, com o objetivo de desvencilhar o vínculo empregatício, fazendo com que as empresas possuís- sem meios mais flexíveis de obter e de renunciar seus empregados, sem causar prejuízos financeiros. Mais adiante, o avanço dos meios de comunicação introduziu novos meios de serviço, beneficiando o processo de valorização do capital e informalizando o trabalho, por meio da terceirização empregatícia, tornando ainda mais inconsistente os direitos dos trabalhadores. As combinações dos processos produtivos em vigor, atrelado a marginalização dos direitos das leis trabalhistas caracterizou e ainda caracteriza o capitalismo no Brasil. No início dos anos 2000, com a entrada de um novo presidente, houve mudanças significativas na base da economia vigente, sobretudo, na legislação trabalhista, devido a 1 reforma sindical constituída, que passou a ter menor controle das relações entre sindicato e empresa, o que pôde ser visto como uma consequência dessa nova reforma. Em meio a crise enfrentada em 2008, para retomada do crescimento econômico, sucedeu a redução de impostos em setores fundamentais, aumentando a contribuição do mercado interno brasileiro. Após a entrada da nova presidente, em vigor durante o período seguinte, os pilares da economia brasileira se mantiveram com os mesmos interesses do mandato anterior, além de ressaltar o incentivo da importação em commodities já iniciado no governo Lula. Ao observar o cenário instituído na época do governo Dilma e Lula e comparando com a economia e os meios de produção da década de 80, vemos que mesmo com o aumento do número de empregos, o número de contratações informais também cresceu comparado ao que se tinha na década de 80. O capítulo também aborda a exploração do trabalho, com ênfase em três setores: metalúrgico, agroindustrial e de comunicações. No setor metalúrgico, a aceleração do ritmo de trabalho e fatores relacionados a atividade laborativa geram adoecimentos e acidentes, na agroindústria o que é produzido tem grande importância para os trabalhadores, já que o salário dos trabalhadores está muitas vezes atrelado à quantidade de cana colhida diaria- mente, acarretando uma expressiva intensificação do trabalho e no setor de comunicação há uma alta cobrança de produtividade e controle do tempo. Em conclusão do pensamento apresentado no decorrer do texto, podemos perceber as distinções dos pilares do capitalismo e das dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores nos diversos meios de serviço durante períodos na história, mesmo com a chegada de novos serviços, transformações foram feitas priorizando o lucro e menosprezando os direitos do trabalhador, priorizando a otimização do trabalho. A valorização do trabalhador deve ser uma das prioridades de qualquer empresa, pois além de ser um direito, é a garantia do seu bem-estar no meio de trabalho, o que direciona a melhores resultados de sua mão de obra, pois, parafraseando o poeta Victor Hugo, o trabalho não pode ser uma lei sem que seja um direito. 2 Fichamento Bibliográfico