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Resumo Análise Histórica das Relações de Trabalho

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análise histórica das relações de
trabalho 
 Fundamentalmente, a sociedade globalizada e
digitalizada não acabou com o labor, ao contrário,
criou uma nova morfologia do trabalho , gerando
uma nova classe trabalhadora do hoje, um novo
proletariado de serviços: heterogênea, fragmentada,
instável. Diminuição de salários, perda de direitos
trabalhistas, precarização, terceirização e
informalidade são algumas das consequências.
 Para entender essa nova morfologia do trabalho,
que tende mais a escravizar do que a libertar e
visando entender essa face do capitalismo
contemporâneo, foi inevitável para o autor retornar
a Marx (1978) em O capital, tendo em vista 
 compreender, principalmente, nessa nova divisão
do trabalho, qual o papel da indústria de serviços na
acumulação de capital. Antunes (2018) defende a
tese de que, por meio das privatizações, estamos
presenciando novas formas de extração de mais
valor e de trabalho produtivo, impulsionadas pela
terceirização e a contratação de trabalhadores de
serviços como callcenters, hipermercados ou redes
de fast-food por exemplo . Em sua hipótese,
Antunes classifica esses sujeitos como o novo
proletariado de serviços. 
 
 
Texto: O privilegio da servidão (Antunes); A empresa neoliberal (Salmon).
 Para caracterizar essa nova morfologia do trabalho
no Brasil e sua reestruturação, que ocorreu a partir
dos anos de 1990 com o assentamento das
políticas neoliberalistas no país e as privatizações
estatais, Antunes explica a intensificação da força
de trabalho com o tripé que sustentou a economia
brasileira nas últimas três décadas: a indústria
metalúrgica, a agroindústria de exportação e o
setor de serviços de telemarketing. Ambos os
setores são exemplos claros de super exploração
do trabalho: maior intensidade e produtividade ,
redução de piso salarial, rigoroso controle de
tempo, metas inalcançáveis, lesões e acidentes de
trabalho. Para o autor, esse conjunto de
trabalhadores expostos a essas condições
precárias compõe a nova morfologia do trabalho no
Brasil. 
neoliberalismo
 O neoliberalismo tem como principal
característica a defesa de maior autonomia dos
cidadãos nos setores politico e econômico e, logo,
pouca intervenção estatal. A função do estado
nesse modelo, é apenas garantir infraestrutura
básica para o bom funcionamento da produção de
mercadoria. (incentivo a privatização).
 Com a desregulamentação da força do trabalho e
sendo contrario a politica do bem estar social, o
neoliberalismo traz novos problemas relacionados
ao trabalho como a perda dos direitos trabalhistas,
a precarização e a informalidade.
 Segundo Hayek, os grupos de trabalhadores,
as uniões sindicais e as associações têm meios de
ação eficazes para fazer pressão sobre os governos
a fim de conseguir que estes se responsabilizem
pela regulação do mercado. Esses grupos, cuja
força eles temem, devem ser enfraquecidos. As
associações de trabalhadores são especialmente
visadas, mas, implicitamente, todas as iniciativas
populares associativas são suspeitas de serem as
alavancas de uma democracia ilimitada. Trata, por
outro, de romper os coletivos, a fim de abafar
contestações. O enfraquecimento do Estado anda
junto com o enfraquecimento dos grupos
populares dentro ou fora do trabalho. 
 Esses dispositivos apoiam-se no pressuposto de
que o ser humano, no trabalho, pode agir sem
ideais, sem desejo, sem prazer, apenas visando
assegurar sua sobrevivência num sistema
friamente calculado.
 Agir sob ameaça só funciona enquanto a força é
exercida. No momento em que for possível
esquivar-se a ela, está-se livre. Sem legitimidade,
essa submissão suscita rancores profundos. Os
funcionários perdem não só sua liberdade, mas
também a autoestima. O sentimento de 
 impotência resultante pode transformar-se em
violência: violências voltadas contra si, contra os
outros, e também, de formas mais discretas, mas
não menos preocupantes, como a violências contra
instrumentos de trabalho (sabotagem). 
 Ao traçar um panorama entre os novos processos
produtivos e os acidentes de trabalho ao longo do
século XX, percebe-se que, quanto mais flexível e
precário o trabalho se torna, mais os trabalhadores
se encontram expostos às doenças laborais. 
 Gestão por metas, controle excessivo,
flexibilização salarial, falta de autonomia e assédio
são alguns dos causadores principais de diversas
doenças provenientes do meio laboral do
trabalhador que afetam o corpo e a mente, como as
doenças psíquicas – o suicídio no local de
trabalho também é registrado no livro como uma
terrível consequência da solidão imposta pelo
processo de racionalização e individualização do
trabalho em sua forma mais selvagem.
 Esse mesmo trabalhador ainda é submisso ao
discurso de valorização de suas potencialidades
individuais, que vive em um ambiente competitivo,
instável, tentando manter-se empregado a todo
instante. 
 Em nome do estresse, gestores implantam
unidades de apoio psicológico, exibem filmes para
ensinar aos funcionários como controlar seu sono,
bancam associações de “coaching familiar” 
 destinadas aos empregados, propõem sessões de
massagem (para técnicos nucleares, por exemplo).
Publicam cartilhas éticas e códigos deontológicos
para tentar devolver sentido ao trabalho e regular as
relações sociais que efetivamente se deterioraram
pela concorrência generalizada, num contexto
marcado pela penetração do mercado no interior
empresas. 
 Neoliberalismo traz a concepção de melhorar a
arte de governar por meio da uniformização dos
comportamentos
principais tendências 
Modalidades de flexibilização e desconcentração
do espaço físico produtivo, da introdução da
máquina informatizada, como a “telemática” (que
permite relações diretas entre empresas muito
distantes;
Possível constatar uma redução do proletariado
estável, herdeiro da fase taylorista/ fordista;
Aumento dos terceirizados, subcontratados,
part-time, entre tantas outras formas
assemelhadas, que se expandem em escala
global 
Expansão do trabalho precarizado, parcial,
temporário, terceirizado, informalizado;
Enormes níveis de desemprego;
Aumento significativo do trabalho feminino, que
atinge mais de 40% da força de trabalho em
diversos países avançados, porém, com salários
e direitos inferiores aos dos homens;
Nas últimas décadas do século XX, uma
significativa expansão dos assalariados médios
no “setor de serviços”, que inicialmente
incorporou parcelas significativas de
trabalhadores expulsos do mundo produtivo
industrial, como resultado do amplo processo de
reestruturação produtiva, das políticas
neoliberais e do cenário de desindustrialização e
privatização;
Crescente exclusão dos jovens, que atingiram a
idade de ingresso no mercado de trabalho e
que, sem perspectiva de emprego, acabam
muitas vezes engrossando as fileiras dos
trabalhos precários, dos desempregados, sem
perspectivas de trabalho;
Exclusão dos trabalhadores considerados
“idosos” pelo capital, com idade próxima de 40
anos e que, uma vez excluídos do trabalho,
dificilmente conseguem reingresso no mercado
de trabalho;
TERCEIRO SETOR: Alternativa extremamente
limitada para compensar o desemprego
estrutural, não se constituindo numa alternativa
efetiva e duradoura ao mercado de trabalho
capitalista;
Home Office;
TRANSNACIONALIZAÇÃO: empresas que atuam
em países distintos do seu pais de origem,
expandindo seus mercados consumidores;

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