Prévia do material em texto
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA INTRODUÇÃO · Sistema respiratório tem função de troca gasosa e os seus componentes são: · SN central e periférico · Musculatura respiratória · Vias aéreas e alvéolos · Circulação pulmonar · Para ocorrer a troca dos gases na membrana alvéolo-capilar a estrutura das vias aéreas deve ser preservada e funcionante, além disso, também é necessário que o alvéolo esteja aberto e em contato com o vaso sanguíneo para ter a perfusão e a pressão parcial dos gases seja normal · Falha na troca gasosa: insuficiência respiratória (IRp) · Dx sindrômico, não etiológico Aguda: minutos a horas Crônica: gradual Hipoxêmica (tipo I): PO2 < 50 mmHg *Se o paciente já estiver em VM ou em uso de O2, tem que observar a relação PO2/FiO2, se estiver abaixo de 300 mmHg é hipoxemia Hipercápnica (tipo II): PCO2 > 45 mmHg Mista: PCO2 aumentada e PO2 diminuída FISIOPATOLOGIA · Distúrbios ventilação/perfusão (V/Q): · Efeito shunt: V/Q = 0 → ventilação com problema. Ex: pneumonia (alvéolo com pus, não deixa a troca ocorrer) · Efeito espaço morto: V/Q tende ao infinito → área é ventilada, mas não é perfundida, vaso “entupido”. Ex: tromboembolismo pulmonar · Alteração da membrana alvéolo-capilar → ex: doenças pulmonares intersticiais · Fração inspirada de oxigênio (FiO2) reduzida → o problema é no recebimento externo de O2. Ex: altitudes elevadas · Hipoventilação: depressão respiratória. Ex: intoxicação por opióide · Fisiopatologia da hipercapnia: CO2 é muito dependente da capacidade pulmonar de trocar o ar venoso pelo ar ambiente e não é muito dependente da funcionalidade do alvéolo. O que interfere na retenção de CO2 é não ventilação do alvéolo (asma, pneumonia, DPOC descompensado, SARA, edema agudo, diminuição da FR) e aumento do espaço morto (ventilação está adequada, mas não tem perfusão, seja por uma obstrução no vaso ou na membrana alvéolo capilar (V/Q tende ao infinito) DIAGNÓSTICO Quadro clínico: · Doença de base: · Taquipneia · Tempo expiratório prolongado · Uso de musculatura acessória · Tiragem · Hipoxemia ou hipercapnia: · São manifestações inespecíficas, não sendo usados para diferenciar ou definir · Se tiver um desses, suspeitar: agitação, confusão, cianose, convulsões, coma, arritmias Exames: · Oximetria de pulso: oximetria de pulso mostra a SpO2 (não mostra o conteúdo de O2, mas dá uma estimativa, sendo bom para medidas dadas até 92%, abaixo disso, não confiar) · Gasometria arterial: · pH, PCO2, PO2, bic, SatO2 · Relação PO2/FiO2 (normal > 300) → diz quanto dessa PO2 com base no quanto de O2 está sendo ofertado · Gradiente alvéolo-arterial (normal < 10): normal se hipoventilação isolada → diz a diferença do que está no alvéolo e no que está na artéria; se for maior que 10, o problema é na membrana alvéolo-capilar TRATAMENTO · Fazer A B C D E · Paciente grave é genérico, não importa doença de base · Suplementação de O2 para Sp > 94% (se for entre 88-92% se crônico): não invasiva ou invasiva Obs: se IRA hipoxêmica é preciso fornecer oxigênio (aumentar a quantidade de gás, melhora a sua difusão nos alvéolos funcionantes) ou abrir o alvéolo (com pressão positiva da VM) Dispositivos: · Cateter nasal: · 1-6 L/min → se precisar de mais, buscar outros métodos · Titulação: 1L/min = 24%; 6 L/min = 44% · Máscara de aerossol (névoa): · Altos fluxos de oxigênio (5-12 L/min) · Máscara simples: · 5-8 L; titulação 5L/min = 40% e 8 L/min = 60% · Máscara com reservatório: · 6-15 L/min · Reservatório é uma bolsa de plástico acoplada, que fornece o O2 necessário, aumentando FiO2 · 6-15 L, mas usar quando precisa de mais de 10L · 6 L/min = 60%; 11-15 L/min = 90% · Máscara de Venturi: · Única que fornece fluxo e FiO2 fixos · Bom para hipoxemia crônica · Cateter nasal de alto fluxo (CNAF): · 30-60 L/min · FiO2 até 100% · Ventilação não invasiva (VNI): · CPAP: pressão positiva na via aérea contínua expiratória · BIPAP: tanto da ins, quanto da expiratória · EADPOC (exacerbação aguda de DPOC), EAP (edema agudo de pulmão) · Ventilação invasiva