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PERSONALIDADE
Conjunto de traços psíquicos que vão determinar a forma como respondemos ao mundo, reagimos a situações, valorizamos as coisas e a vida → integram a forma como compreendemos e entendemos o mundo 
Conjunto integrado de traços psíquicos com relação ao meio 
Modelos de personalidade:
· Eysenck
· Neuroticismo (irritado ou tranquilão) 
· Extroversão-introversão
· Psicoticismo
NEUROTICISMO:
· Tensão, preocupação, autopiedade, instabilidade
· Coloca a culpa em objetos externos 
EXTROVERSÃO-INTROVERSÃO:
· Atividade, energia, entusiasmo, busca, assertividade 
PSICOTICISMO:
· Descuido, negligência, descaso pelo senso comum, expressão anormal das emoções
· Dificuldade em expressar e conceituar as emoções 
Modelo de Cloninger:
· NS
· HA
· Persistente
· Dependence 
5 fatores da personalidade:
· Neuroticismo
· Extroversão
· Agradabilidade
· Conscienciosidade (capacidade crítica) → estresse crônico não traz maior tolerância à frustração
· Abertura para a experiência
Quando que um traço começa a ser disfuncional?
Quando reduz excessivamente a adaptabilidade de cada um. Trazendo dificuldades de conviver em sociedade ou fazer algo que queira
As pessoas nascem com o temperamento, que é a base para a personalidade, que começa a se formar logo após o nascimento, sendo integrado, ao longo da vida, adaptabilidade, crenças, ideologias, valores
Existem acontecimento que mudam as pessoas, como ter filhos, entrar na velhice, etc 
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Definição: padrões duradouros de experiência interna e comportamento causando sofrimento e conduzindo a funções mal adaptativas nas áreas: emoção, cognição, relações interpessoais e controle de impulso 
Epidemiologia:
· Maior risco de distúrbios do humor, ansiedade, dependência química e outras doenças crônicas
· Prevalência 4-15% na população geral
· Na população com transtorno mental, 45-51%
Há duas formas de fazer o diagnóstico
1. Organiza em agrupamentos A, B e C
2. Uma que não agrupa 
DSM-5:
A. Prejuízo moderado ou grave no funcionamento da personalidade (interpessoal/self)
B. Um ou mais traços de personalidade patológicos
Os prejuízos no funcionamento da personalidade e a expressão dos traços de personalidade do indivíduo:
C. São relativamente inflexíveis e difusos dentro de uma ampla faixa de situações pessoais e sociais
D. São relativamente estáveis ao longo do tempo, podendo seu início remontar no mínimo à adolescência ou ao começo da idade adulta
E. Não são mais bem explicados por outro transtorno mental
F. Não são unicamente atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substâncias ou a outra condição médica (traumatismo craniano grave)
G. Não são mais bem entendidos como normais para o estágio do desenvolvimento de um indivíduo ou para seu ambiente sociocultural
CLASSIFICAÇÃO: 
· Grupo A (estranhos e excêntricos): paranoide, esquizoide, esquizotípico
· Grupo B (dramáticos, emocionais e erráticos): anti-social, borderline, histriônico e narcisista 
· Grupo C (ansiosos): esquiva, dependente, obsessivo-compulsivo, T.P s.o.e 
Considerações gerais:
· Prevalência internacional 6%
· Dificuldade para o clínico: “paciente problema, cria conflitos, contratransferência, demandas em excesso e baixa adesão
GRUPO A:
**Alto risco para esquizofrenia
T. PERSONALIDADE PARANÓIDE:
1. Suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou enganado por terceiros
2. Preocupa-se com dúvidas infundadas acerca da lealdade ou confiabilidade de amigos ou colegas
3. Reluta em confiar nos outros
4. Interpreta significados ocultos, em acontecimentos benignos 
5. Guarda rancores persistentes, dificuldade em perdoar insultos, injúrias ou deslizes
6. Elogios são mal interpretados
7. Percebe ataques a sua caráter ou reputação que não são visíveis pelos outros e reage com raiva
8. Tem suspeitas recorrentes sem justificativas quanto à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual 
· Conflito frequentes com vizinhos 
· Vários BO’s e processos judiciais 
ESQUIZOTÍPICO
1. Ideias de referência (excluindo delírios de referência)
2. Crenças bizarras ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e são inconsistentes com as normas da subcultura do indivíduo (por ex., superstições, crença em clarividência, telepatia ou "sexto sentido”)
3. Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões somáticas
4. Pensamento e discurso bizarros (por ex: vago, circunstancial, metafórico ou estereotipado)
5. Desconfiança ou ideação paranóide
6. Afeto inadequado ou constrito
7. Aparência ou comportamento esquisito, peculiar ou excêntrico
8. Não tem amigos íntimos ou confidentes, exceto parentes em primeiro grau
9. Ansiedade social excessiva que não diminui com a familiaridade e tende a estar associada com temores paranóides
ESQUIZÓIDE
1. Não deseja e nem aprecia relações íntimas, incluindo ser parte de uma família
2. Quase sempre escolhe atividades solitárias.
3. Tem pouca, se alguma, vontade de ter relações sexuais com outra pessoa
4. Tem prazer em poucas atividades, se alguma
5. Falta de amigos íntimos ou confidentes que não sejam parentes de primeiro grau
6. É indiferente às críticas ou elogios.
7. Mostra frieza emocional, distância ou afetividade limitada
GRUPO B: 
ANTI-SOCIAL:
1. Fracasso em conformar-se às normas sociais, comportamentos éticos e legais. Atos que constituem motivo de reprovação social ou detenção
2. Impulsividade predominante ou incapacidade em seguir planos traçados para o futuro
3. Irritabilidade e agressividade, histórico constante de agressões
4. Desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia
5. Irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras
6. Ausência de remorso (indiferença por ter manipulado, ferido, maltratado ou roubado)
7. Tendência a enganar → mentir compulsivamente, distorcer fatos ou ludibriar os outros para obter credibilidade, vantagens pessoais ou prazer
8. Em alguns casos, incapacidade de conviver com animais domésticos ou ter apreço pelos sentimentos dos mesmos em geral
9. Dissociabilidade familiar (desrespeito/desapreço)
· Sociopatia: termo leigo, sinônimo de TPAS
· Psicopatia: falta de conexões emocionais e intensa falta de empatia
· Transtorno de conduta: início na infância e adolescência, conversão para TPAS alta, maior em masculino
· Fatores socioeconômicos: baixa renda/status, baixo rendimento no trabalho/estudo
· Pais ausentes, abusadores 
· Genética: 20% em familiares de 1° grau; gêmeos 67% monozigóticos e 37% dizigóticos
T. DE PERSONALIDADE BORDERLINE
· Previamente chamado de esquizofrenia “latente”
· 80-90% dos casos são mulheres
· Início dos sintomas em torno dos 14 anos
1. Instabilidade afetiva acentuada devida reatividade
intensa do humor
2. Ira ódio ou raiva intensos e de difícil controle
3. Sentimentos crônicos de vazio e tédio
4. Conduta recorrente de tentativa ou ameaças de suicídio e automutilações
5. Relacionamentos interpessoais instáveis e intensos
6. Impulsividade em pelo menos 2 áreas (gastos, sexo, drogas, álcool, etc..)
7. Esforço frenético para evitar abandono
8. Instabilidade de identidade e auto-imagem
9. Ideação paranóide em situação de estresse, dissociação
· Bordeline x bipolar
· Em comum: impulsividade, labilidade emocional e afetiva, disforia crônica, sintomas depressivos, uso de substâncias, comportamento suicida
· Mais comum no Borderline: autoagressão, hx de trauma, mulheres, sintomas dissociativos, pais com rejeição ou negligência 
Suicídio:
· 10% dos pacientes TPB morrem por suicídio
· 15-25 anos: picos das ameaças e tentativas
· 30-37 anos: pico dos suicídios efetivos 
· 25% dos suicidas têm TPB
Auto agressividade indireta:
· Padrão alimentar disfuncional
· Abuso de substâncias
· Promiscuidade
· Relacionamentos destrutivos
· Negligência com saúde
· Auto-boicotes sociais/profissionais 
HISTRIÔNICO
1. Sente desconforto em situações nas quais não é o centro das atenções
2. A interação com os outros frequentemente se caracteriza por um comportamento inadequado, sexualmenteprovocante ou sedutor
3. Exibe mudança rápida e superficialidade na expressão das emoções
4. Usa consistentemente a aparência física para chamar a atenção sobre si próprio
5. Tem um estilo de discurso excessivamente impressionista e carente de detalhes
6. Exibe autodramatização, teatralidade e expressão emocional exagerada
7. É sugestionável, ou seja, é facilmente influenciado pelos outros ou pelas circunstâncias
8. Considera os relacionamentos mais íntimos do que realmente são
NARCISISTA
1. Sentimento grandioso da própria importância (exagera realizações e talentos, espera ser reconhecido como superior)
2. Preocupação com fantasias de ilimitado sucesso, poder, inteligência, beleza ou amor ideal
3. Crença de ser "especial" e único e de que somente pode ser compreendido ou deve associar-se a outras pessoas (ou instituições) especiais ou de condição elevada
4. Exigência de admiração excessiva
5. Sentimento de intitulação, ou seja, possui expectativas irracionais de receber um tratamento especialmente favorável ou obediência automática às suas expectativas
6. É explorador em relacionamentos interpessoais, tira vantagem de outros para seus próprios objetivos
7. Ausência de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com sentimentos/necessidades alheias
8. Frequentemente sente inveja de outras pessoas ou acredita ser alvo da inveja alheia
9. Comportamentos e atitudes arrogantes e insolentes
Subtipos
· Alto funcionamento: relativamente estáveis e bem adaptados; arrogantes e competitivos
· Grandioso: narcisista “clássico”
· Vulnerável: sentimento de inferioridade; ficam ansiosos quando testados
GRUPO C: 
T.P. OBSESSIVA-COMPULSIVA (anancástica)
1) preocupação tão extensa, com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários, que o ponto principal da atividade é perdido
2) perfeccionismo que interfere na conclusão de
tarefas
3) devotamento excessivo ao trabalho e à produtividade em detrimento de atividades de lazer e amizades
4) excessiva conscienciosidade, escrúpulos e
inflexibilidade em assuntos
5) incapacidade de desfazer-se de objetos usados ou inúteis, mesmo quando não têm valor sentimental
6) relutância em delegar tarefas ou ao trabalho em conjunto com outras pessoas, a menos que estas se submetam a seu modo exato de fazer as coisas
7) adoção de um estilo miserável quanto a gastos pessoais e com outras pessoas; o dinheiro é visto como algo que deve ser reservado para catástrofes futuras
8) rigidez e teimosia
· Alta comorbidade com ansiedade. Pensamentos egossintônicos. Sem compulsão
T.P DEPENDENTE
1) dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia sem uma quantidade excessiva de conselhos e reasseguramento da parte de outras pessoas
2) necessidade de que os outros assumam a responsabilidade pelas principais áreas de sua vida
3) dificuldade em expressar discordância de outros, pelo medo de perder o apoio ou aprovação
4) dificuldade em iniciar projetos por conta
5) vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis
6) sente desconforto ou desamparo quando só, teme ser incapaz de cuidar de si próprio
7) busca urgentemente um novo relacionamento para carinho e amparo, quando um relacionamento íntimo é rompido
8) preocupação irrealista com temores de ser abandonado à sua própria sorte
T.P ESQUIVA:
1. Evitação de contatos sociais que envolvam um significante contato interpessoal, por medo de críticas, desaprovação ou rejeição
2. Só se envolve com pessoas quando tem certeza de que gostarão dele
3. Apresenta certo bloqueio nas relações íntimas por medo de ser envergonhado ou humilhado
4. É extremamente preocupado com críticas ou em ser rejeitado em situações sociais
5. É inibido em novas situações interpessoais por sentimentos de inadequação
6. Vê a si mesmo como socialmente inepto, sem características atraentes
7. É usualmente relutante em tomar riscos ou em engajar-se em novas atividades porque elas podem se tornar embaraçosas
· É o medo de rejeição 
TRATAMENTO PARA TODOS:
· Informação correta ao paciente
· Alto índice de estigma mesmo em profissionais de saúde mental
· Padrão: psicoterapia → terapia dialética comportamental, TCC, terapia de esquemas, psicodinâmica, treino de habilidades sociais 
· Fármacos: foco em sintomas e comorbidades 
· Grupo A: antipsicóticos, ômega 3
· Grupo C: ISRS, BZD
· Borderline: meta de tolerância ao estresse, limiar de frustração, regulação emocional e funcionamento interpessoal → TCC, terapia de esquemas, dialética, cuidado com formação do vínculo. Fármacos: ISRS, lítio, aripiprazol, risperidona, ômega 3
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TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO E OUTROS TRANSTORNOS RELACIONADOS
· Transtornos ansiosos são os mais prevalentes 
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC)
· Prevalência 2,5% na população mundial
· É a 10a causa de incapacitação segundo a OMS
· 1,5 mulheres : 1 homem
· Idade média de início: 20 anos, sendo bimodal (12-14 e 20-22)
· Tempo médio até o início do tratamento: 7 anos
· 50% de início súbito por evento estressante 
Diagnóstico:
· Presença de obsessões, compulsões ou ambas
· Obsessões ou compulsões tomam tempo ou causam sofrimento, com prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes
· Não são sintomas com efeitos fisiológicos de uma substância 
· Perturbação não é bem explicada por outros transtornos 
· Obsessões e compulsões
· Excessivas e não razoáveis
· Consomem muito tempo e interferem no funcionamento 
Sintomas:
· Obsessões: pensamentos repetidos e persistentes, intrusivos, contra a vontade, com ansiedade e sofrimento. O indivíduo tenta suprimir esses pensamentos ou neutralizá-los
· Compulsões: comportamentos ou atos mentais repetitivos, executados em resposta a obsessões. Pode ser para evitar situações temidas. São os rituais ou manias. Produzem alívio temporário da ansiedade. Não possuem conexão realística com o que desejam prevenir ou são excessivos
· Tempo: + de 1 hora, suficiente para incomodar ou causar sofrimento ou prejuízo clinicamente significativos para justificar um dx de TOC
Tipos de obsessões - medos:
· Sujeita, contaminação → contrair doenças, nojo
· Dúvidas → cometer falhas imperdoáveis, ferir a outros ou a si mesmo
· Pensamentos intrusivos: pecado, culpa, sexual → comer atos impróprios
· Simetria, ordem, alinhamento → impedir desgraças
· Armazenar, guardar ou poupar 
Tipos de ações mais comuns:
· Lavagens, limpeza
· Verificações, contagem
· Necessidade de confessar ou repetir 
· Alinhar, por em ordem, guardar, armazena
· Tocar, olhar, bater de leve
Comorbidades:
· Depressão (⅔ dos casos)
· Fobia simples (22%)
· Fobia social (18%)
· Transtorno alimentar (17%)
· Dependência de álcool (14%)
· Transtorno do pânico (12%)
· Síndrome de Tourette (7%)
Fatores biológicos:
· Desregulação da serotonina/noradrenalina
· Neuroimunológica - infecção estreptocócica
· Regiões cerebrais mais associadas: cingulado anterior, córtex órbito-frontal, estriado
· Familiares: 3 a 5x mais chance de desenvolver TOC
Fatores comportamentais:
· Obsessões são estímulos condicionados
· Estímulo neutro → medo ou ansiedade
· Compulsão → ato reduz ansiedade → padrão de aprendizagem
Prognóstico:
· Fatores de pior prognóstico:
· Ceder às compulsões
· Início na infância
· Compulsões bizarras
· Necessidade de hospitalização
· Comorbidade com T. depressivo
· Baixo insight
· Transtorno de personalidade
· Fatores de bom prognóstico:
· Bom ajuste social e ocupacional
· Evento precipitante
· Sintomas episódicos
**Cerca de 20-30% tem grande melhora, 40-50% melhora parcial e 20-30% sem resposta
TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL
A: preocupação com um ou mais efeitos ou falhas percebidas na aparência física que não são observáveis ou que parecem leves para os outros
B: em algum momento durante o curso do transtorno, o indivíduo executou comportamentos repetitivos ou atos mentais em resposta às preocupações com a aparência 
· Por ex: verificar-se no espelho, arrumar-se excessivamente, beliscar a pele, buscar tranquilização
C: preocupação causasofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo
D: preocupação com a aparência não é mais bem explicada por preocupações com a gordura ou o peso corporal em um indivíduo cujos sintomas satisfazem os critérios dx para TA
**Especificador - com dismorfia muscular: ideia de que sua estrutura corporal é muito pequena ou insuficiente musculosa 
· Preocupações são intrusivas, indesejadas, tomam tempo: em média de 3 a 8 horas por dia e são difíceis de resistir ou controlar
· Variam de intensidade: feio até monstruoso
· Comportamentos repetitivos ou atos excessivos em relação com a aparência para encobrir essa preocupação 
· Prevalência de 1 a 2% da população - 3 a 16% em clínicas de cirurgia estética e 9-15% em clínicas dermatológicas
· Início mais comum: adolescência
· Fatores de risco: trauma de infância, genético
· Qualidade de vida e funcionalidade: prejudicados
· Defeitos físicos quando perceptíveis: não faz o dx, apenas se comportamento compulsivo
TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO
A: dificuldade persistente de descartar ou de se desfazer de pertences, independente do seu valor
B: necessidade percebida de guardar, com sofrimento associado a descartá-los
C: dificuldade de descartar, gerando acumulação de itens que congestionam e obstruem áreas em uso
D: causa sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo
*Especificador: com aquisição excessiva 
· Medo de algo útil ser descartado
· Crença distorcida de que algo vai “faltar”
· Era um subtipo de TOC
· Prevalência de 2 a 5% da população
· Muito comum em familiares de 1° grau, cerca de 80% (genético)
· Em geral, não identificam com um problema 
· Acúmulo geralmente é passivo
· Baixa resposta a tratamentos
TRICOTILOMANIA E T. DE ESCORIAÇÃO
A: arrancar o próprio cabelo de forma recorrente, resultando em perda de cabelo
B: tentativa repetidas de reduzir ou parar o comportamento de arrancar cabelo
C: Ato de arrancar cabelo causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo social, profissional ou em outras áreas da vida
A: beliscar a pele de forma recorrente, resultado em lesões
B: tentativas repetidas de reduzir ou parar 
C: ato de beliscar a pele causa sofrimento e prejuízo social, profissional ou em outras áreas da vida 
· Quando não tem obsessão, é mais de comportamento repetitivo
TRATAMENTO:
· Associação TCC + farmacoterapia: cerca de 75% dos pacientes respondem 
· Farmacoterapia: ISRS em altas doses (os de mais evidência são fluoxetina e fluvoxamina); clomipramina; antipsicóticos 
· Psicoterapia - TCC: exposição/habituação; re-estruturação cognitiva 
· Parte da TCC é fazer com que o paciente seja exposto às suas preocupações para diminuir a ansiedade
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TRANST. DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
Qual a principal condição para pensamentos em TEPT?
· Condição que mobilize o sujeito
· Não precisa ter necessariamente vivenciado o trauma
· TEPT: transtorno que pode ocorrer após a exposição/vivência a um evento traumático. Ele pode afetar qualquer pessoa e se manifesta por meio de sintomas emocionais e físicos 
Sintomas:
· Os sintomas incluem flashbacks, pesadelos, hipervigilância, evitação de situações desencadeantes e mudanças de humor
· Os pacientes podem experimentar reações intensas a estímulos relacionados ao trauma
· Comum: pesadelos com situações relacionadas ao evento traumático - reexperiência (se o sonho for distante disso, não é considerado reexperiência)
· Hipervigilância: pessoa sente que os eventos relacionados com o trauma pode acontecer a cada momento (não exclusivamente quando a pessoa passa próximo ao local do trauma)
· Evitação: sensação de que pode acontecer algo ruim e pode ser danoso → começa a ter comportamentos evitativos 
Diagnóstico do TEPT:
· Exposição a um evento traumático
· Presença de sintomas intrusivos, com flashbacks e pesadelos
· Evitação de estímulos relacionados ao trauma
· Mudanças cognitivas e de humor negativas
· Reações de ativação ou aumento da excitação 
· Duração dos sintoma por pelo menos um mês
**Para ser TEPT precisa ter os 4: sintomas intrusivos, evitação, mudanças e ativação/excitação
Sintomas de intrusão: memórias recorrentes, involuntárias, intrusivas e/ou perturbadores, sonhos, agir ou sentir como se o evento estivesse acontecendo de novo, sofrimento intenso ao lembrar
Sintomas de esquiva: pensamentos ou atividades 
Reatividade e excitação alteradas: insônia, irritabilidade, comportamento imprudente, concentração, resposta de sobressalto, hipervigilância
Efeitos na cognição e no humor: memória, pensamentos negativos e/ou distorcidos, estado emocional negativo persistente, diminuição do interesse em atividade significativas, distanciamento em relação às pessoas, dificuldade de experimentar emoções positivas 
**Pode ocorrer também em crianças: a particularidade é que a criança tem dificuldade em contar. Ela terá mudanças abruptas de comportamento, tendo muito mais sinais do que a verbalização do sofrimento ou emoção específica 
TRANSTORNO DE ESTRESSE AGUDO (TEA):
· TEA é semelhante ao TEPT, mas os sintomas ocorrem nas primeiras semanas após o trauma
· Pode se desenvolver em TEPT se persistir se ela consegue se reorganizar. Podendo ja intervir no agudo
· É mais comum 
TRATAMENTO:
· TCC, terapia de exposição (mas, para isso, o paciente tem que estar mais estável, mas tem dificuldade em realizar algo por causa do trauma) e medicamentos são opções de tratamento
· A escolha depende da gravidade e preferências do paciente 
· Fármacos: ISRS são os que têm mais evidências
TRANSTORNO DE ADAPTAÇÃO
· É o mais frequente em relação aos traumas/estresses
· TA é uma reação ao estresse e à adversidade, enquanto o TEPT é um distúrbio mental que se desenvolve após a exposição a um evento traumático
· Os critérios de dx diferenciam essas condições
Outras informações:
· O TEPT são mais frequentes em mulheres
· Os sintomas podem ocorrer em qualquer idade e geralmente ocorrem de 3 meses do trauma, mas podem ocorrer anos depois (se não tiver TEPT 3 meses depois do trauma, diminuem os riscos de desenvolver, mas ainda existe a chance)
· Outras comorbidades são muito comuns em pessoas que desenvolvem TEPT (62%) → um não exclui o outro
· As medicações não agem nos sintomas de evitação e reexperimentação (para isso, são usadas a TCC), sendo usadas para diminuir hiperexcitabilidade e melhorar o humor. O distúrbio do sono é especialmente difícil de administrar e pode levar facilmente à polifarmácia → o tratamento não é exclusivamente terápico, sendo extremamente importante a terapia
· Evitação, aumento da excitabilidade, sintomas intrusivos e alterações NEGATIVAS da cognição/humor estão presentes no TEPT e no TEA

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