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TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

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INTRODUÇÃO
▪ Definição: padrões mais persistentes de alteração da personalidade
▪ Personalidade: padrão de pensamentos, sentimentos e comportamentos característicos que distingue as pessoas entre si e que persiste ao longo do tempo e mediante as situações;
▪ Traços da personalidade: padrões persistentes de perceber, relacionar-se com e pensar sobre o ambiente e sobre si mesmo, que se manifestam em uma ampla gama de contextos sociais e pessoais; 
- Constituem transtornos da personalidade somente quando são inflexíveis e mal adaptativos e causam prejuízo funcional ou sofrimento subjetivo significativos
- Costumam se tornar reconhecíveis durante a adolescência ou no começo da vida adulta (características de impulsividade, instabilidade de humor, pessoa vista como mimado, muito explosivo, descontrolado, indivíduos que buscam prazer imediato, gratificação imediata, menor controle dos impulsos, pode se envolver múltiplos relacionamentos, postura mais arriscada em relação a situações perigosas, conduta sexual não responsável se expondo a ISTs)
- São relativamente estáveis ao longo do tempo
quando iniciado na infância ou adolescência podem sofrer mudanças na vida adulta
- Para que seja diagnosticado em menores de 18 anos as características devem persistir pelo menos um ano (exceto antissocial)
- Pode ser exacerbado após a perda de pessoas significativas de estresse
- Nesse caso é que é uma avaliação completa para determinar a possível presença de uma mudança de personalidade devido a outra condição médica ou a um transtorno por uso de substâncias não reconhecida
OBS: uso de substâncias psicoativas podem ter exacerbação de um traço de impossibilidade, de agressividade, mimetizando um transtorno de personalidade
- Indivíduos que possuem uma personalidade sã manifestam a capacidade para enfrentar o ambiente de um modo flexível e suas percepções e comportamentos típicos estimulam o aumento de sua satisfação pessoal;
- Somente quando tais traços da personalidade são inflexíveis, desadaptativos e causam um mal-estar subjetivo ou um prejuízo funcional significativo podem ser considerados “transtornos da personalidade”.
▪ Transtornos da Personalidade: padrão permanente de comportamentos e experiências internas que se desviam marcadamente das expectativas geradas pela cultura do sujeito, de forma inflexível e difusa ao longo de sua vida, tendo início na adolescência e mantendo-se estável ao longo do tempo, gerando disfunção e sofrimento. Este padrão desviante se manifesta em duas ou mais das seguintes áreas (A):
Cognição: formas de perceber e interpretar a si mesmo, outros e eventos da vida;
Afetividade: variação, intensidade, labilidade e adequação das respostas emocionais;
Funcionamento interpessoal;
Controle dos impulsos.
Transtorno da Personalidade: critérios diagnósticos (DSM V)
· A. Um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo esse padrão manifesta-se em duas ou mais das seguintes áreas
A1. Cognição (formas de perceber e interpretar a si mesmo, outras pessoas e eventos)
A2. Afetividade (variação, intensidade, labilidade e adequação da resposta emocional): demonstração e controle de afetos
A3. Funcionamento interpessoal
A4. Controle de impulsos (impulsividade)
TP podem ser mais impulsivos, instáveis emocionalmente, dificuldade no controle das emoções, podem ter uma tendência maior a uma gratificação imediata, mais propensos ao uso de drogas
· B: esse padrão persistente é inflexível (permanece ao longo de toda a vida do indivíduo) e se estende a uma ampla gama de situações pessoais e sociais;
· C: provoca sofrimento clinicamente significativo ou deterioração social, ocupacional ou de outras áreas importantes para o sujeito; 
OBS: Sofrimento para pessoas que convivem com a pessoa e/ou para si mesma (angústia, depressão ou outras alterações psiquiátricas)
· D: é estável e de longa duração e seu surgimento ocorre pelo menos a partir da adolescência ou do início da fase adulta 
· E: não é atribuível a uma manifestação ou consequência de outro transtorno mental; (esquizofrenia, transtorno bipolar)
· F: não se deve a efeitos fisiológicos diretos de uma substância psicoativa (droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (traumatismos frontal ou temporal).
Classificação (DSM V)
· Grupo A: “estranhos ou excêntricos” – transtornos da personalidade paranoide, esquizoide, esquizotípica;
· Grupo B: “teatrais, volúveis ou impulsivos” – transtornos da personalidade antissocial, borderline, histriônica, narcisista;
· Grupo C: “ansiosos ou temerosos” – transtornos da personalidade esquiva, dependente, obsessiva-compulsiva.
Critérios CID-10
A. Atitudes e condutas marcantemente desarmônicas, envolvendo em várias áreas de funcionamento (afetividade, excitabilidade, controle de impulsos, modos de percepção e de pensamento e estilo de relacionamento com os outros)
B. O padrão normal de comportamento é permanente de longa duração e não limitado a episódio de doença mental
C. O padrão anormal de comportamento é invasivo e claramente mal-adaptativo para o ampla série de situações pessoais e sociais
OBS: pessoa advertida várias vezes
D. As manifestações acima sempre aparecem durante a infância ou adolescência e continua pela idade adulta
E. O transtorno leva angústia pessoal considerável, mas isso pode se tornar aparente apenas tardiamente em seu curso
F. O transtorno é usual, mas não invariavelmente associado a problemas significativos no desempenho ocupacional e social. Para culturas diferentes, pode ser necessário desenvolver conjuntos específicos de critérioscom respeito a normas, deveres e obrigações sociais.
Para diagnosticar maioria dos subtipos listado abaixo, é em geral requerida uma evidência clara da presença de pelo menos 3 dos traços ou comportamentos dados na descrição clínica
F60. Transtornos específicos da personalidade
F60.0. Personalidade paranóica
F60.1. Personalidade esquizóide
F60.2. Personalidade dissocial
F60.3. transtorno de personalidade com instabilidade emocional
F60.4. Personalidade histriônica
F60.5. Personalidade anancástica
F60.6. Personalidade ansiosa (esquiva)
F60.7. Personalidade dependente
F60.8. Outros transtornos específicos da personalidade
F60.9. Transtorno não especificado da personalidade
Etiologia
- Fatores genéticos: maior prevalência em monozigóticos
- Grupo A: sou mais comuns nos parentes biológicos de pacientes com esquizofrenia principalmente a esquizotipia
- Depressão e transtorno Borderline e personalidade histriônica e transtorno de somatização (sd. Briquet)
Fatores biológicos
- Agressividade e aumento da testosterona, 17-estradiol e estrona em primatas
- Baixos níveis de MAO nas plaquetas e maior sociabilidade em estudantes
- Movimentos oculares sacádicos ( movimentos rápidos oculares) e reclusão em pacientes esquizotípicos
- Elevação dos níveis de serotonina (bem estar) e dopamina (euforia)
GRUPO A
PERSONALIDADE PARANOIDE
A. Padrão de desconfiança e suspeitas de modo que os motivos dos outros são interpretados como malévolos, surge na vida adulta e está presente em vários contextos, indicado por 4 ou mais:
1. Suspeitas, sem abrasamento suficiente, de estar sendo explorado e maltratado ou enganado por outros
2. Preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade e da confiabilidade de amigos e sócios
3. Reluta em confiar nos outros devido a medo infundado de que as informações serão usadas maldosamente contra si
4. Percebe significados ocultos, humilhantes ou ameaçadores em comentários sobre eventos benignos
5. Guarda rancores de forma persistente (não perdoa insultos, injúrias ou desprezo)
6. Percebe ataques ao seu caráter ou reputação que não são percebidos pelos outros e reage com raiva ou contra-ataca rapidamente
7. Tem suspeitas recorrentes injustificadas acerca da fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso da esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos ou outro transtorno psicóticoe não é atribuível aos efeitos fisiológicos de outra condição médica
Nota: se os critérios são atendidos antes do surgimento de esquizofrenia, acrescentar "pré-morbido"
- Apresentam frequentes problemas nos relacionamentos íntimos
sua desconfiança e hostilidade excessivas
- Podem se expressar sob a forma de argumentações ostensivas, queixas recorrentes ou ainda indiferença calma e aparentemente hostil podem parecer frios e sem sentimentos porém apresentam labilidade afetiva, autossuficiência e forte autonomia. Frio e calculista
- Especialmente em resposta ao estresse, podem apresentar episódios psicóticos breves (durando de minutos a horas)
- Pode surgir como um antecedente pré-mórbido de transtorno delirante ou esquizofrenia
- Risco de TDM, Transtorno do pânico, agorafobia e TOC, transtornos por uso de álcool e outras substâncias
- Os transtornos da personalidade concomitantes mais comuns podem ser: esquizotípica, esquizoide, narcisista, evitativa e borderline
Na CID-10, as principais características são:
1. Sensibilidade excessiva a contratempos a rejeições
2. Tendência a guardar rancores persistentes
3. Desconfiança e tendência a distorcer experiências por interpretar erroneamente as ações neutras ou amistosas de outras como hostis ou desdenhosas
4. Combativo e obstinado senso de direitos pessoais em desacordo com a situação real
5. Autovalorização excessiva e autorreferência
6. Explicações conspiratórias
PERSONALIDADE ESQUIZOIDE
A. Um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão das emoções em contextos interpessoais que surgem no início da vida adulta e estão presentes em vários contextos, indicado por 4 ou mais dos seguintes:
1 – Não deseja, nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser parte de uma família;
2 – Quase sempre opta por atividades solitárias;
3 – Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter experiências sexuais com outras pessoas;
4 – Tem prazer em poucas atividades, por vezes em nenhuma;
5 – Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os familiares de primeiro grau;
6 – Mostra-se indiferente ao elogio ou crítica dos outros;
7 – Demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento afetivo;
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso da esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico ou outro transtorno do espectro autista e não é atribuível aos efeitos fisiológicos de outra condição médica.
Nota: pré-mórbido
- Particularmente em resposta ao estresse, indivíduos com esse transtorno podem ter vários episódios psicóticos muito breves (com duração de minutos a horas)
- Risco: TDM
- Frequentemente ocorre concomitante com TP esquizotípica, paranoide e evitativa
- Pré-mórbido: transtorno delirante, esquizofrenia
De acordo com a CID-10, são necessários pelo menos 4 destes sintomas:
1. Tem prazer em poucas atividades, se alguma
2. Mostra frieza emocional, distância ou afetividade limitada
3. Capacidade limitada para expressar tanto sentimentos de calor e ternura como de ira para com outras pessoas
4. Aparente indiferença às críticas ou elogios
5. Pouca vontade de ter relações sexuais com outra pessoa (atendendo à idade)
6. Quase sempre escolhe atividades solitárias
7. Preocupação excessiva com fantasia e introspecção
8. Falta de amigos íntimos ou confidentes (ou apenas um) e desejo de os ter
9. Marcada insensibilidade às normas e convenções sociais estabelecidas
PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA
A. Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos íntimos, além de distorções cognitivas ou perceptivas e comportamentos excêntricos, que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, indicados por 5 ou mais:
1 – Ideias de referência (excluindo delírios de referência);
2 – Crenças estranhas ou pensamentos mágicos que influenciam o comportamento e são inconsistentes com as normas subculturais (superstições, crenças em clarividência, telepatia, “sexto sentido”; em crianças e adolescentes, fantasias ou preocupações bizarras)
3 – Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais;
4 – Pensamento e discurso estranhos (vago, circunstancial, metafórico, excessivamente elaborado ou estereotipado);
5 – Desconfiança ou ideação paranoide;
6 – Afeto inadequado ou constrito;
7 – Comportamento ou aparência estranha, excêntrica ou peculiar;
8 – Ausência de amigos ou confidentes que não sejam parentes de 1 grau;
9 – Ansiedade social excessiva que não diminuiu com o convívio e que tende a estar mais associada a temores paranoides do que julgamentos negativos sobre si mesmo.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista.
Pode ser pré-mórbido.
- Alterações da percepção podem estar presentes
- Seu discurso pode incluir construções idiossincráticas, sendo frequentemente desconexo, disgressivo ou vago, porém sem um real descarrilamento ou incoerência
- As respostas podem ser demasiadamente concretas ou abstratas, e as palavras ou conceitos ocasionalmente são aplicadas de maneira incomum.
- Reclama de solidão, porém apresenta pouco desejo de ter contatos íntimos
- Costumam buscar tto mais para os sintomas associados de ansiedade ou depressão do que para as características do transtorno da personalidade em si
- 30 a 50% TDM
- Concomitância de TP esquizoide, paranoide, evitativa e borderline
GRUPO B
PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
Característica essencial: padrão persistente de desrespeito e violação dos direitos de outros indivíduos que tem início na infância ou pré-adolescência e se mantem por toda vida;
Este transtorno de personalidade também é conhecido pelos termos psicopatia, sociopatia, transtorno de personalidade dissocial (CID 10 F 60.2) = MAU CARÁTER
A – Um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos alheios que ocorre desde os 15 anos de idade, indicado por, no mínimo, três dos seguintes critérios:
1 – incapacidade de adequar-se às normas sociais com relação a comportamentos lícitos, indicada pela execução repetida de atos ilegais
2 – tendência à falsidade, mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer;
3 – impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro; 
4 – irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidos atos de agressões físicas;
5 – descaso pela segurança própria ou alheia;
6 – irresponsabilidade reiterada, indicada por repetidos fracassos em manter comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras;
7 – ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado outras pessoas.
B – O indivíduo tem que ter, no mínimo, 18 anos de idade para receber o diagnóstico;
C – Existem evidências de transtorno de conduta com início ANTES dos 15 anos de idade; este critério reforça a necessidade de uma estabilidade de apresentação constitucional do indivíduo para que se considere a existência de um transtorno de personalidade;
D – A ocorrência do comportamento antissocial não se dá exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou episódio maníaco.
- Incapacidade de se adaptar às regras sociais (não necessariamente com delitos)
- DSM VI: propensão para enganar, violação de regras, impulsividade, irritabilidade e agressividade, ausência de remorso
- Alterações não são melhores explicadas por outros fatores (lesão cerebral, uso de drogas)
- Pico na adolescência (furto, roubo, maltratar animais...)
- Somatização e queixas físicas são comuns
- Psicoterapia de grupo pode funcionar melhor
- Quando imobilizados (hospitalizados) são mais suscetíveis ao tto
- Farmacoterapia: controle sintomático (impulsividade) e de comorbidades (déficit atenção).
 TRANSTORNO DE CONDUTA:
A – padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual são violados os direitos alheios, normas, regras sociais importantes próprias daidade, manifestada pela presença de 3 ou mais dos seguintes critérios nos últimos 12 meses, com presença de pelo menos um deles nos últimos 6 meses:
Agressão a pessoas e animais:
1 – provocações, ameaças e intimidações frequentes;
2 – lutas corporais frequentes;
3 – utilização de arma capaz de infligir graves lesões corporais;
4 – crueldade física para com pessoas;
5 – crueldade física para com animais;
Agressão a pessoas e animais:
6 – roubo em confronto com a vítima;
7 – coação para que alguém tivesse atividade sexual consigo;
Destruição do patrimônio:
8 – envolveu-se deliberadamente na provocação de incêndio com a intenção de causar danos sérios; 
9 – destruiu deliberadamente o patrimônio alheio;
Defraudação ou furto:
10 – arrombou residência, prédio ou automóvel alheio;
11 – mentiras frequentes para obter bens ou favores ou para esquivar-se de obrigações legais;
12 – roubo de objetos de valor sem confronto com a vítima;
Sérias violações de regras:
13 – frequente permanência na rua à noite, contrariando proibições por parte dos pais, iniciando antes dos 13 anos de idade;
14 – fugiu de casa à noite pelo menos duas vezes, enquanto vivia na casa dos pais ou lar adotivo;
15 – gazear aula frequentemente, iniciando antes dos 13 anos de idade;
B – a perturbação do comportamento causa comprometimento clinicamente significativo do funcionamento social, acadêmico ou ocupacional;
C – se o indivíduo tem 18 anos ou mais, não são satisfeitos os critérios para transtorno de personalidade antissocial.
PERSONALIDADE BORDERLINE
Um padrão difuso de instabilidade nas relações interpessoais, na autoimagem, afetividade e acentuada impulsividade, que se manifesta no início da vida adulta e está presente em diversos contextos, indicado por 5 ou mais dos seguintes critérios:
1 – Esforços frenéticos para evitar abandonos reais ou imaginários;
2 – Um padrão de relações interpessoais instáveis e intensas caracterizado por alternância entre os extremos de idealização e desvalorização;
3 – Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou do sentimento de self;
4 – Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente auto destrutivas (gastos, SPA´s, sexo, direção perigosa, compulsão alimentar)
5 – Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento auto mutilante(8 a 10% cometem suicídio);
6 – Instabilidade afetiva decorrente de uma acentuada reatividade do humor, com episódios de intensa disforia, irritabilidade ou ansiedade, geralmente, durando apenas poucas horas e raramente mais do que alguns dias;
7 – Sentimento crônico de “vazio” interior;
8 – Raiva inapropriada e intensa ou dificuldade para controlá-la (frequentes ataques de raiva, irritabilidade constante, brigas físicas recorrentes);
9 – Ideação paranoide transitória e relacionada ao estresse ou graves sintomas dissociativos.
- Oscilações do humor, estados constantes de crise, episódios psicóticos breves, automutilação, suicídio
- Sentimentos crônico de vazio, sentimento inconsistente de identidade, maniqueísmo nas relações
- Impulsividade (explosão de sentimentos, ou ama demais ou odeia demais, extremista, ou tudo ou nada, queixam-se de abandono pelo outro, maior propensão ao comportamento sexual promíscuo, uso de drogas, álcool ou medicamentos - BDZ -, troca frequente de parceiro, de emprego ou de cidade em padrão repetitivo)
- Episódios depressivos ao longo da vida são comuns
- Tto: antidepressivos, ansiolíticos, carbamazepina
- Divide-se em dois tipos: personalidade impulsividade de a personalidade borderline em si
PERSONALIDADE HISTRIÔNICA
Um padrão difuso de emocionalidadde e busca de atenção em excesso que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, indicado por 5 ou mais dos seguintes critérios:
1 – Desconforto em situações em que não é o centro das atenções;
2 – A interação com os outros é frequentemente caraterizada por comportamento sexualmente sedutor inadequado ou provocativo;
3 – Exibe mudanças rápidas e expressão superficial das emoções;
4 – Usa reiteradamente a aparência física para atrair a atenção para si;
5 – Tem um estilo de discurso que é excessivamente impressionista, mas carente de detalhes;
6 – Mostra autodramatização, teatralidade e expressão exagerada das emoções;
7 – É sugestionável, sendo facilmente influenciável pelos outros ou pelas circunstâncias;
8 – Considera as relações pessoais mais íntimas do que elas realmente são.
- 2-3% população
- Linguagem exuberante, exibição afetiva, falta de perseverança, necessidade de chamar a atenção
- Sd. Briquet: somatização + personalidade histriônica
- Tto: psicoterapia (abordagem com terapia cognitivo-comportamental), antidepressivos e ansiolíticos (medicação, principalmente, se houver sintomas depressivos ou ansiosos)
- Comorbidade frequente com transtorno do humor, depressivo 
PERSONALIDADE NARCISISTA
Um padrão difuso de grandiosidade (em fantasia ou comportamento), necessidade de admiração e falta de empatia que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, indicado por 5 ou mais:
1 – Tem uma sensação grandiosa da própria importância (p. ex. exagera conquistas e talentos, espera ser reconhecido como superior sem que tenha as conquistas correspondentes);
2 – É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho, beleza ou amor ideal;
3 – Acredita ser “especial” e único e que pode ser somente compreendido por, ou associado a, outras pessoas ou (ou instituições) especiais ou com condição elevada;
4 – Demanda admiração excessiva;
5 – Apresenta um sentimento de possuir direitos (i.e., expectativas irracionais de tratamento especialmente favorável ou que estejam automaticamente de acordo com as próprias expectativas);
6 – É explorador em relações interpessoais (tira vantagens de outros para atingir os próprios fins);
7 – Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e as necessidades dos outros;
8 – É frequentemente invejoso em relação aos outros ou acredita que os outros o invejem;
9 - Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes.
- Mais prevalente em homens
- Hiperconfiança, sentimento de ser especial
- Baixa tolerância a críticas, baixa empaia, exploração interpessoal
- Comorbidade frequente de outros TP paranoide, antissocial
- Psicoterpia em grupo (desenvolvimento de insite e automonitorização). Psicanálise (poucas evidências científicas). Lítio: oscilações do humor
GRUPO C
PERSONALIDADE EVITATIVA
Um padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliação negativa que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, indicado por 4 ou mais:
1 – Evita atividades profissionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de crítica, desaprovação ou rejeição.
2 – Não se dispõe a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza que será recebido de forma positiva;
3 – Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos devido a medo de passar vergonha ou ser ridicularizado;
4 – Preocupa-se com críticas ou rejeição em situações sociais;
5 – Inibe-se em situações interpessoais novas em razão de sentimentos de inadequação;
6 – Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou inferior aos outros;
7 – Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se envolver em quaisquer atividades novas, pois estas podem ser constrangedoras.
- Medo de serem mal recebido pelos outros
- Preocupação excessiva em serem reprovados ou criticados. Essa preocupação pode ser real ou imaginária
- Tem desejo de participação na vida social, mas tem receio de se colocar na mão dos outros
- Medo de assumir novas responsabilidades
- Delega atividades a terceiros
- Tto: exposição continuada ao fator extressor
PERSONALIDADE DEPENDENTE
Uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva a comportamento de submissão e apego que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por 5 ou mais:
1 – Tem dificuldadesem tomar decisões cotidianas sem uma quantidade excessiva de conselhos e reasseguramento dos outros;
2 – Precisa que outros assumam responsabilidade pela maior parte das principais áreas de sua vida;
3 – Tem dificuldades em manifestar desacordo com outros devido a medo de perder apoio ou aprovação (não incluir medos reais de retaliação);
4 – Apresenta dificuldades em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria (devido mais a falta de autoconfiança em seu julgamento ou em suas capacidades do que falta de motivação ou energia);
5 – Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis;
6 – Sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho devido a temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo;
7 – Busca com urgência outro relacionamento como fonte de cuidado e amparo logo após o término de uma relacionamento íntimo;
8 – Tem preocupações irreais acerca de medo de ser abandonado à própria sorte.
- Relação de chave-fechadura: características opostas que, quando juntam, ocorre um sistema de retroalimentação: ocorre por parte da personalidade dependente com personalidade narcisista, borderline, POC.
- Gera sofrimento.
- A pessoa não se sente capaz de funcionar adequadamente sem ajuda dos outros
- Tem dificuldade de tomar decisões
- Apresentam dificuldade de discordância
- Carecem de autoconfiança, não conseguem iniciar projetos ou fazer coisas de forma independente
- Submete-se a situações desagradáveis para proporcionar atenção de que precisam
- São incapazes de funcionar na ausência de um relacionamento íntimo. “Medo de serem abandonados à própria sorte”.
- Tto: objetiva a criação de um olhar crítico para suas próprias atitudes e memórias afetivas com o intuito de entender onde estava o próprio erro ou do outro; não se expor a situações desagradáveis apenas para obter atenção de terceiros; buscar um funcionamento mais autodependente; combater o medo de ser abandonado à própria sorte.
- DDif: Borderline (ambos têm medo de abandono, relações intensas e instáveis diferenciam do TP dependente); histriônica (comportamento infantil, grudento. Diferencia-se pelo exibicionismo sociável); evitativa (sentimentos de inadequação, hipersensibilidade à crítica que se retraem até terem certeza de serem aceitos)
PERSONALIDADE OBSSESSIVO-COMPULSIVA (POC)
Um padrão difuso de preocupação com ordem, perfeccionismo e controle mental e interpessoal à custa de flexibilidade, abertura e eficiência que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos indicado por 4 ou mais dos seguintes:
1 – É tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários a ponto do objetivo principal da atividade ser perdido;
2 – Demonstra perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas (não consegue completar a tarefa porque seus próprios padrões são demasiadamente rígidos para serem atingidos);
3 – É excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em detrimento de atividades de lazer e amizades (não explicado por necessidade financeira);
4 – É excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível quanto a assuntos de moralidade, ética ou valores (não explicado por identificação cultural ou religiosa);
5 – É incapaz de descartar objetos usados ou sem valor mesmo quando não tem valor sentimental;
6 – Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a menos que elas se submetam à sua forma exata de fazer as coisas;
7 – Adota um estilo miserável de gastos em relação a si ou outros (o dinheiro é visto com algo a ser acumulado para futuras catástrofes);
8 – Exibe rigidez e teimosia.
- Sensação de controle com atenção redobrada a regras, detalhes, listas, cronogramas
- Dedicação excessiva ao trabalho e à produtividade. Ênfase em desempenho perfeito
- Inescrupulosos e inflexíveis quanto às questões morais
- Dificuldade em descartar objetos “Nunca de sabe quando vai precisar” = acumuladores
- Dão instruções bastante detalhadas sobre como devem ser feitas as coisas
- Pessoas rígidas e teimosas. Não se dispõem a mudanças
- Manifestam afeto de forma controlada
- A maioria das pessoas com TOC não apresentam um padrão de comportamento que atenda a tais critérios
- É preciso haver presença de compulsões e/ou obsessões
- Diferença entre POC e TOC: POC tem estabilidade ao longo do tempo, sendo um prejuízo cumulativo; TOC: ocorrência mais aguda, fásica, em uma janela mais estreita de tempo.
- Obsessão: pensamentos recorrentes, sobre um determinado tema, gerando incômodo no indivíduo. Ex. pessoa extremamente religiosa que pensa que Jesus é um bandido. esse pensamento vem de maneira recorrente, trazendo incômodo ao paciente.
- Compulsão: ato mental ou motos de repelir o pensamento obsessivo. Ex. rezar 200 Pai Nossos para se redimir do pensamento obsessivo; lavagem repetidas das mãos após visitar um hospital por medo de se infectar/contaminar.
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