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COMPLICAÇÕES AGUDAS RELACIONADAS AO DIABETES · Níveis elevados/baixos de glicose no sangue levam a complicações neurológicas e vasculares · Déficit de insulina → relativo ou absoluto → desequilíbrio entre anabolismo e catabolismo · DM tipo 1, DM tipo 2, tipos específicos ou DM gestacional Complicações agudas do diabetes: · Hipoglicemia · Cetoacidose diabética · Estado hiperglicêmico hiperosmolar Sintomas hipoglicemia: suor, palidez, fome, falta de coordenação e sono Sintomas de hiperglicemia: boca seca, sede intensa, fraqueza, enxaqueca, visão borrada, urina frequente HIPOGLICEMIA: · Achados: glicemia < 70 mg/dL · Frequentemente ocorre por alimentação insuficiente ou atraso/omissão de uma refeição, atividade física em excesso ou não programado ou erros de medicação antidiabética (sulfoniluréia ou insulina) · Sinais e sintomas: fome repentina, cansaço, sudorese excessiva, tonturas, visão turva, cefaléia, tremores, taquicardia, dormência nos lábios e língua, mudança de humor e de comportamento, confusão, convulsões e coma · Atenção: maior risco em idosos, pessoas em uso de insulina/sulfonilureia, pacientes desnutridos, com doença renal crônica, hepatopatia, história de hipoglicemia severa recente ou diabetes de longa data Manejo inicial: · Acomodar o paciente em local calmo e tranquilo · Verificar a glicemia capilar, pressão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio · Avaliar nível de consciência - Glasgow · Questionar sobre a glicemia usual do paciente e situações que possam causar hipoglicemia (alimentação ou omissão de horário, atividade física em excesso ou não programada ou erros de medicação antidiabética) Avaliar se o paciente está rebaixado ou não Se não estiver, dar algo para ele comer que tenha entre 15-20 g de glicose se possibilidade de ingesta oral Glicose hipertônica → ideal que é aplicada em acesso central/mais calibrosos. Se não puder, diluir em soro Metas terapêuticas imediatas: · Glicemia maior que 70 mg/dL · Recuperação plena da consciência EMERGÊNCIA HIPERGLICÊMICA: · Deficiência absoluta de insulina → hiperglicemia e cetoacidose · Deficiência relativa de insulina → glicogenólise → hiperglicemia e hiperosmolaridade · Diferença é o tempo de instalação, a primeira é em horas Fatores desencadeantes: · Infecção · Pancreatite · Algumas medicações · IAM · Dx DM tipo 1 que a pessoa não sabia · Má aderência ao tratamento, mais comum na DM tipo 2 Obs: importante descobrir para tratar esse fator para parar a complicação CAD: evolução rápida (24 horas), poliúria, polidipsia, perda de peso, hiperventilação e dor abdominal EHH: evolução insidiosa, dias antes da admissão hospitalar, poliúria, polidipsia, perda de peso e neurológicos (obnubilação e coma,, com hiperosmolaridade, e hemiparesia, hemianopsia, crises convulsivas) Cetoacidose diabética: · Mais comuns em < 65 anos (jovens) · Mortalidade baixa · Instalação rápida, em horas · Antecedentes: DM tipo 1 Estado hiperosmolar hiperglicêmico: · > 65 anos · Mortalidade de 5-20% · Instalação arrastada, com vários dias · Antecedentes: DM tipo 2 Paciente vai vir com uma hiper desidratação (não necessariamente em choque) → pele ressecada, hipocorado Importante ver os sinais vitais (geralmente taquipneico), condições hemodinâmicas e estado mental Importante ver como está o ritmo respiratório, para ver se o paciente aguenta essa respiração Manejo inicial: · ABC · Nível de consciência · Fator desencadeante · Status volêmico Laboratoriais: · Glicose sérica!! · Eletrólitos (Na, K, Cl) → cálculo do anion gap!! · Hemograma · Osmolaridade plasmática · Cetonas → sérica ou urinária!! · Gasometria arterial · ECG Importante: hidratação, checar valor de potássio e decidir sobre insulinoterapia endovenosa CETOACIDOSE DIABÉTICA Glicemia da CAD: > 250 + presença de cetonas · Leve e moderada chega responsivo · Grave: deficiências neurológicas Glicemia do EHH: > 600 → grave, alterações neurológicas TRATAMENTO: VIP · Volume: checar status volêmicos para hidratação · Geralmente 1L de soro fisiológico em 1h · Checar valores de potássio, avaliando se precisa de reposição · Cuidado com hipocalemia · Pode vir com alto, normal ou baixo · Hidratação pode fazer com que tenha perda de potássio · < 3,3: Não dar insulina, apenas K · Entre 3,3-5,3: Dar insulina e K · > 5,3: Dar apenas insulina · Decidir sobre insulinoterapia endovenosa: pode fazer se potássio acima de 3,3 → não é o passo principal, o importante mesmo é hidratar · Checar se está reduzindo a glicemia sérica de 50-70mg/dL → se não, dobrar a dose · Se pH < 6,9 → dar bicarbonato (prediz o tempo que você precisa resolver o quadro). Se estiver acima, não precisa Paciente compensado: · Glicemia < 200mg/dL (após 8 horas geralmente) · Correção da cetoacidose (geralmente após 16hrs): HCO2 > ou = 15, AG < 12 e pH > 7,30 → ter pelo menos 2 desses ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR Avaliação inicial: · Glicemia plasmática, uréia, creatinina, cetonemia e eletrólitos, análise urinária, cetonúria, gasometria arterial, hemograma, Rx de tórax e ECG. · Osmolaridade efetiva -> 2x Na + glicose/18 Foco: · Glicemia > 600 mg/dL · Osmolaridade efetiva plasmática > 320 mOsm/L · Ausência de acidose e cetose importante (pH > 7,3, HCO3 > 18 mEq/L e cetonúria < +2) image2.png image1.png