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10 Emergências diabetes

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COMPLICAÇÕES AGUDAS RELACIONADAS AO DIABETES 
· Níveis elevados/baixos de glicose no sangue levam a complicações neurológicas e vasculares
· Déficit de insulina → relativo ou absoluto → desequilíbrio entre anabolismo e catabolismo 
· DM tipo 1, DM tipo 2, tipos específicos ou DM gestacional 
Complicações agudas do diabetes:
· Hipoglicemia
· Cetoacidose diabética
· Estado hiperglicêmico hiperosmolar
Sintomas hipoglicemia: suor, palidez, fome, falta de coordenação e sono
Sintomas de hiperglicemia: boca seca, sede intensa, fraqueza, enxaqueca, visão borrada, urina frequente 
HIPOGLICEMIA: 
· Achados: glicemia < 70 mg/dL
· Frequentemente ocorre por alimentação insuficiente ou atraso/omissão de uma refeição, atividade física em excesso ou não programado ou erros de medicação antidiabética (sulfoniluréia ou insulina)
· Sinais e sintomas: fome repentina, cansaço, sudorese excessiva, tonturas, visão turva, cefaléia, tremores, taquicardia, dormência nos lábios e língua, mudança de humor e de comportamento, confusão, convulsões e coma 
· Atenção: maior risco em idosos, pessoas em uso de insulina/sulfonilureia, pacientes desnutridos, com doença renal crônica, hepatopatia, história de hipoglicemia severa recente ou diabetes de longa data 
Manejo inicial:
· Acomodar o paciente em local calmo e tranquilo
· Verificar a glicemia capilar, pressão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio
· Avaliar nível de consciência - Glasgow
· Questionar sobre a glicemia usual do paciente e situações que possam causar hipoglicemia (alimentação ou omissão de horário, atividade física em excesso ou não programada ou erros de medicação antidiabética) 
Avaliar se o paciente está rebaixado ou não
Se não estiver, dar algo para ele comer que tenha entre 15-20 g de glicose se possibilidade de ingesta oral
Glicose hipertônica → ideal que é aplicada em acesso central/mais calibrosos. Se não puder, diluir em soro
Metas terapêuticas imediatas:
· Glicemia maior que 70 mg/dL
· Recuperação plena da consciência
EMERGÊNCIA HIPERGLICÊMICA:
· Deficiência absoluta de insulina → hiperglicemia e cetoacidose
· Deficiência relativa de insulina → glicogenólise → hiperglicemia e hiperosmolaridade 
· Diferença é o tempo de instalação, a primeira é em horas
Fatores desencadeantes:
· Infecção
· Pancreatite
· Algumas medicações
· IAM
· Dx DM tipo 1 que a pessoa não sabia 
· Má aderência ao tratamento, mais comum na DM tipo 2
Obs: importante descobrir para tratar esse fator para parar a complicação 
CAD: evolução rápida (24 horas), poliúria, polidipsia, perda de peso, hiperventilação e dor abdominal
EHH: evolução insidiosa, dias antes da admissão hospitalar, poliúria, polidipsia, perda de peso e neurológicos (obnubilação e coma,, com hiperosmolaridade, e hemiparesia, hemianopsia, crises convulsivas)
Cetoacidose diabética:
· Mais comuns em < 65 anos (jovens)
· Mortalidade baixa 
· Instalação rápida, em horas 
· Antecedentes: DM tipo 1
Estado hiperosmolar hiperglicêmico: 
· > 65 anos
· Mortalidade de 5-20%
· Instalação arrastada, com vários dias
· Antecedentes: DM tipo 2
Paciente vai vir com uma hiper desidratação (não necessariamente em choque) → pele ressecada, hipocorado 
Importante ver os sinais vitais (geralmente taquipneico), condições hemodinâmicas e estado mental
Importante ver como está o ritmo respiratório, para ver se o paciente aguenta essa respiração 
Manejo inicial:
· ABC
· Nível de consciência
· Fator desencadeante 
· Status volêmico
Laboratoriais:
· Glicose sérica!!
· Eletrólitos (Na, K, Cl) → cálculo do anion gap!!
· Hemograma 
· Osmolaridade plasmática
· Cetonas → sérica ou urinária!!
· Gasometria arterial
· ECG
Importante: hidratação, checar valor de potássio e decidir sobre insulinoterapia endovenosa
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Glicemia da CAD: > 250 + presença de cetonas
· Leve e moderada chega responsivo
· Grave: deficiências neurológicas 
Glicemia do EHH: > 600 → grave, alterações neurológicas
TRATAMENTO: VIP
· Volume: checar status volêmicos para hidratação
· Geralmente 1L de soro fisiológico em 1h 
· Checar valores de potássio, avaliando se precisa de reposição 
· Cuidado com hipocalemia 
· Pode vir com alto, normal ou baixo
· Hidratação pode fazer com que tenha perda de potássio 
· < 3,3: Não dar insulina, apenas K
· Entre 3,3-5,3: Dar insulina e K
· > 5,3: Dar apenas insulina 
· Decidir sobre insulinoterapia endovenosa: pode fazer se potássio acima de 3,3 → não é o passo principal, o importante mesmo é hidratar 
· Checar se está reduzindo a glicemia sérica de 50-70mg/dL → se não, dobrar a dose 
· Se pH < 6,9 → dar bicarbonato (prediz o tempo que você precisa resolver o quadro). Se estiver acima, não precisa 
Paciente compensado:
· Glicemia < 200mg/dL (após 8 horas geralmente)
· Correção da cetoacidose (geralmente após 16hrs): HCO2 > ou = 15, AG < 12 e pH > 7,30 → ter pelo menos 2 desses 
ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR
Avaliação inicial:
· Glicemia plasmática, uréia, creatinina, cetonemia e eletrólitos, análise urinária, cetonúria, gasometria arterial, hemograma, Rx de tórax e ECG.
· Osmolaridade efetiva -> 2x Na + glicose/18
Foco: 
· Glicemia > 600 mg/dL
· Osmolaridade efetiva plasmática > 320 mOsm/L
· Ausência de acidose e cetose importante (pH > 7,3, HCO3 > 18 mEq/L e cetonúria < +2)
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