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Abordagem ao Paciente

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2 TOY, SIMPSON & TINTNER
1 Abordagem ao paciente
A aplicação do “aprendizado dos livros” em uma situação clínica específica é uma das 
tarefas mais desafiadoras na medicina. Para isso, o médico clínico deve não somente 
reter a informação, organizar fatos e ser capaz de recordar grandes quantidades de 
dados, mas também deve aplicá-los em seu paciente. O objetivo deste texto é facilitar 
esses processos.
O primeiro passo envolve a coleta de informações, também conhecida como 
o estabelecimento do banco de dados. Isto inclui saber a história, realizar um exa-
me físico e obter exames laboratoriais seletivos, em especial, estudos e/ou exames 
de imagem. Um bom clínico também sabe como fazer a mesma pergunta de várias 
maneiras, usando terminologias diferentes. Os pacientes podem, por exemplo, ne-
gar que tenham “tremores”, mas responder afirmativamente quando perguntados se 
apresentam “instabilidade”.
HISTÓRIA
 1. Informações básicas:
a. Idade: Algumas condições são mais comuns em determinadas idades; por 
exemplo, dificuldade de memória tem maior probabilidade de ser causada 
por demência em um paciente mais idoso, do que em um adolescente com a 
mesma queixa.
b. Sexo: Alguns transtornos são mais comuns em homens, como as cefaleias 
em salva. Em mulheres, por sua vez, as migrâneas (ou enxaquecas) são mais 
comuns. Da mesma forma, uma possível gravidez deve ser considerada em 
qualquer mulher em idade fértil.
c. Etnia: Alguns processos patológicos são mais comuns em certos grupos étnicos 
(p. ex., diabetes melito tipo 2 em pacientes de origem hispânica).
d. Evolução: Certas condições são caracterizadas por uma determinada evolução 
clínica, como recaída – remissão, lentamente progressiva ou aguda/subaguda, 
que pode facilitar a estabeler o diagnóstico diferencial.
DICA CLÍNICA
 A história geralmente é a ferramenta isolada mais importante na obtenção de um diagnósti­
co. A arte de buscar essas informações de maneira neutra, sensível e abrangente, deve ser 
enfatizada.
DICA CLÍNICA
 A disciplina de neurologia ilustra a importância de saber correlacionar a lesão neuroana­
tômica à manifestação clínica.
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