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Anamnese e Exame Físico Geral A anamnese está desdobrada nos seguintes passos: 1st. Identificação 2nd. Fonte de confiabilidade (FC) 3rd. Queixa e duração (QD) 4th. História da doença atual (HDA) 5th. Antecedentes pessoais (AP) 6th. Hábitos e vícios (HV) 7th. Antecedentes familiares (HF) A anamnese da primeira consulta é diferente da anamnese feita no retorno. Na primeira consulta costuma ser mais extensa e detalhada pois é na primeira consulta que se conhece o paciente, por isso precisamos nos alongar para compreendê-lo bem. IDENTENTIFICAÇÃO (ID) É obrigatório que contenha os seguintes elementos: nome, idade, sexo, cor (raça), estado civil, profissão, local de trabalho, naturalidade, residência, escolaridade. FONTE DE CONFIABILIDADE (FC) Perguntas dirigidas tanto ao paciente como a um acompanhante. Há casos em que o paciente pode se confundir ou entrar em contradição com as informações concedidas por ele mesmo ou o acompanhante que faz os relatos não conhecer verdadeiramente a história do paciente. Ex.: pacientes com Alzheimer. QUEIXA E DURAÇÃO (QD) É o problema que motivou a pessoa procurar o serviço de saúde. A queixa é o guia para o planejamento de ação terapêutica. Quando a queixa for dor, deve-se determinar suas características quanto à localização, duração, intensidade (indicar o grau em uma escala de 0 a 10), evolução da dor, fatos agravantes (o que faz a dor piorar), atenuantes e fenômenos associados. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA) Algumas histórias são simples e curtas, outras longas, complexas e compostas de inúmeros sintomas cujas inter-relações não são fáceis de encontrar, por isso para que haja eficiência na HDA é preciso: · Determinar o sintoma-guia; · Marcar a época de seu início; · Usar o sintoma-guia como o fio condutor da história e estabelecer relações das outras queixas com ele; · Verificar se a história tem começo, meio e fim. ANTECEDENTES PESSOAIS (AP) · Doenças crônicas: diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, asma/bronquite · Cirurgias ou teve intervenções hospitalares prévias · Alergias em geral · Histórico psiquiátrico · Histórico de vacinação · Histórico obstétrico · Medicamentos em uso HÁBITOS E VÍCIOS (HV) Tabagismo: nunca fumou; ex-fumante; parou há quanto tempo; fumante passivo; fumante ativo. Etilismo: tipo, quantidade de bebida consumida e há quanto tempo. Atividade física regular: tipo, duração, frequência semanal. Alimentação: tipo, distúrbios, quantidades e onde são realizadas no dia a dia. Vida sexual: uso de preservativos. Padrão de sono: quantidades de horas que dorme por noite, dificuldades para dormir, despertar noturno. ANTECEDENTES FAMILIARES (HF) Pesquisar fatores de risco de ordem genética (parentes em primeiro grau: pais, irmãos, filhos). Perguntar sobre doenças nesses parentes ou causa e idade da morte em caso de falecidos, dando importância a doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, hipertensão arterial, câncer e tuberculose. O exame físico geral é a primeira etapa do exame clínico e além de complementar a anamnese (entrevista clínica), fornece uma visão do paciente como um todo. O exame físico inclui: peso, altura, sinais vitais e um exame céfalo-caudal de todos os sistemas do corpo de um paciente. É realizada pelo enfermeiro durante a sistematização da assistência (SAE). Orientações gerais para execução do exame físico: · Solicitar a colaboração do paciente; · Explicar ao paciente o que vai ser feito, a fim de obter a sua colaboração; · Paciente relaxado e confortável; · As mãos do examinador devem estar aquecidas e as unhas cortadas; · O exame deve iniciar pelo lado não-afetado; · Monitorar a expressão facial do paciente em relação a manifestação de desconforto ou dor; · Evitar comentários e expressões acerca dos problemas encontrados; · O examinador deve comparar os lados quanto a simetria; · Avaliar os sistemas que estão sob riscos de se apresentar anormais quando o paciente estiver seriamente doente; · Realizar procedimentos dolorosos próximos ao fim do exame; · Tomar notas durante a avaliação para evitar esquecimentos. Posicionamento do paciente: A posição vai depender da manobra que será realizada e das estruturas que serão realizadas O paciente deve ficar exposto o menor tempo possível durante a realização das manobras, evitando o qualquer tipo de constrangimento ou desconforto. POSIÇÃO ÁREA AVALIADA Sentada Cabeça, pescoço, coluna, tórax, pulmões (anterior e posterior), mamas, axila, coração, sinais vitais e extremidades superiores Decúbito dorsal Cabeça, pescoço, tórax, pulmões anteriores, mamas, axila, coração, abdome, extremidades e pulsos Decúbito dorsal Sistema musculoesquelético Decúbito dorsal com as pernas parcialmente dobradas e braços elevados Cabeça, pescoço, tórax, pulmões anteriores, mamas, coração, abdome Litotômica Genitália feminina e trato genital Sims Reto e vagina Decúbito lateral Coração Genupeitoral Região retal O exame clínico é constituído pelo exame físico e a entrevista, acrescentado pelo raciocínio objetivo, pautado na rigidez cientifica necessário para realização do exame físico à interpretação subjetiva, direcionada pela relação profissional x paciente, criada na entrevista. 5 técnicas de avaliação básica: INSPEÇÃO – é o ato de observar, avaliando os aspectos de cor, forma, tamanho e movimento das diversas áreas corporais. O examinador deve olhar, ouvir e reconhecer a fonte de odores. Um odor incomum pode indicar uma patologia oculta que não pode ser reconhecida por outros meios. · Estática: inspeção da área em repouso · Dinâmica: observação dos movimentos corporais do paciente e as alterações nos mesmos PALPAÇÃO – envolve o toque. · Palpação superficial: objetivo de explorar a superfície corporal · Palpação profunda: objetivo de explorar órgãos internos Na palpação o examinador obtém novos indícios como alterações na textura, tamanho, forma, consistência, sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa), elasticidade, temperatura, posição e característica de cada órgão, resistência muscular, presença de massas e outros. · Pedir ao paciente para realizar respirações lentas e profundas aumenta o relaxamento muscular; · As áreas sensíveis devem ser palpadas por último para evitar que o paciente fique tenso e dificulte a avaliação. PERCUSSÃO – utilizada para delimitar órgãos, detectar coleções de líquidos ou ar e perceber formações fibrosas teciduais. Um golpeamento leve utilizando-se a parte ulnar dos dedos, a borda cubital da mão originando sons vibratórios. Som maciço: percussão de regiões sólidas, desprovidas de ar (baço, fígado, rins e músculos). Som submaciço: regiões relativamente densas, com quantidade restrita de ar ou regiões de transição como entre o parênquima pulmonar. Som timpânico: percussão de cavidades fechadas que contêm ar (como o estômago). ‘’Som abafado’’. AUSCULTA – ouvir sons e ruídos produzidos pelos órgãos podendo ser diretamente captada pelo ouvido do examinador (ausculta direta) ou com auxílio do estereoscópio (ausculta indireta). Utilizada para avaliar ruídos respiratórios normais e patológicos, bulhas cardíacas normais e alteradas, fluxo sanguíneo pelos vasos e ruídos do trato gastrointestinal. Cada som pode ser caracterizado quanto a sua duração, intensidade, altura, ritmo e timbre. O PRONTUÁRIO é o documento onde se registram os dados e informações coletadas durante a anamnese e o exame físico. AMBIENTE Proporcionar privacidade adequada ao paciente; POSICIONAMENTO DO PACIENTE Apropriada para que as partes do corpo estejam acessíveis e para que ele permaneça confortável. Iluminação adequada. image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png