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Medicamentos de A a Z: enfermagem 75 sociais, comportamentais e situacionais, permitindo ações que visem à me- lhora da adesão. Entre a principal desvantagem, encontra -se a superesti- mativa da adesão, a qual pode ser causada pelo medo de ser repreendido, por esquecimento sobre o uso correto nos dias que antecedem a entrevis- ta (viés recordatório), etc. Entre os principais métodos indiretos validados, encontram -se o Brief Medication Questionnaire (BMQ), o Medical Outcomes Study (MOS) e o Morisky Medication Adherence Survey (MMAS). Esse últi- mo, recentemente validado em pacientes hipertensos, embora utilizado tam- bém em outras patologias, consiste em 8 perguntas sobre as experiências e o comportamento do paciente em relação ao tratamento. O controle de fornecimento é outro método indireto bastante utilizado. Consiste em avaliar datas e quantidades fornecidas e estimar, por meio desses dados, se o paciente possuía medicamento suficiente até a próxima retirada. Apresenta inúmeros vieses potenciais, como a possibilidade de o paciente retirar o medicamento e não tomá -lo, trazer as cartelas vazias e não as ter ingerido, etc. FATOrES QuE AFETAM A AdESãO A não adesão ou a baixa adesão ao tratamento pode resultar em ineficácia terapêutica, causando prejuízos ao paciente. Muitas das barreiras para a adesão ao tratamento estão sob responsabilidade do paciente, provavel- mente por serem complexos os fatores que levam ao manejo de uma con- dição crônica (Fig. 9.1). É essencial que o profissional de saúde estimule o paciente a ter um papel mais ativo na sua condição de portador de doença crônica. Figura 9.1 Melhora de desfecho em condições crônicas.