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Universidade Paulista – UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vida de David Gale 
Análise Jurídica 
 
 
 
 
Talita Bachega de Loiola Osório 
RA: B719460 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo/SP 
 
2024 
 
 
 
 
 
 Ao analisar o filme nota-se a menção de um tema polêmico, cujo a pena de 
morte. Constata-se que o poder que é consagrado ao Estado 
para que este possa condenar os criminosos com a pena de morte através de 
todo um processo legal, porém, há um questionamento se é feito justiça nesse 
momento, tendo em vista os erros quanto à apuração dos fatos, podendo uma 
pessoa ser punida de forma errônea. 
 
 A morte como punição ocorre desde os primórdios da humanidade, a 
existência de códigos e livros antigos direcionam até hoje os povos que se 
utilizam dessa pena, como por exemplo, o Alcorão. 
 
 Hoje, observamos o direito à vida como garantia constitucional. Todavia, 
houve uma época em que era lícita a pena capital para manter os interesses do 
Estado, porém, tal pena foi abolida, podendo ser imposta a civis somente em 
caso de guerra declarada, conforme o artigo 5º, da C.F. 
 
 Ainda mais, nota-se a evolução histórica quanto à abolição da pena 
capital, sendo feito alguns acordos que tratam de forma específica, como a 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos. 
 
 O filme aborda a vida de um professor de Filosofia da Universidade do 
Texas, militante ativista do movimento contra a pena de morte juntamente com 
a sua amiga Constance Harroway. 
 
 David Gale criticava a prática de execuções da pena de morte e 
defendia que poderiam ocorrer falhas diante de um julgamento do qual não 
caberia revisão posterior, por se tratar de vidas que seriam ceifadas, 
considerando assim, um ato ilícito e uma violação aos direitos humanos. 
 
 No decorrer da trama, Gale é acusado de estupro por uma aluna, e 
após a sua exposição sua carreira profissional e o seu casamento chegam a 
um fim diante da acusação infundada. 
 
 No decorrer da entrevista dado a uma emissora de televisão, David 
Gale relata o momento em que mais se destacou profissionalmente e o 
contraste referente à sua vida pessoal que foi agravada com a denúncia forjada 
e injusta por estupro. 
 
 Ainda com a sua vida profissional destruída pela acusação, tentou se 
reerguer com ajuda de sua amiga de trabalho que possuía leucemia em um 
estágio avançado. 
 
 Não obstante, a condenação e a designação da data de sua execução, 
fizeram com que ele concedesse a entrevista, para mencionar a sua história e 
como se deu os seus julgamentos do estupro e da morte da sua amiga de 
trabalho. 
 
 David, tinha ciência que não era o culpado, mas, acatou o que lhe foi 
imposto, sendo preso e condenado à pena de morte. A jornalista tomou 
conhecimento de que David e sua amiga armaram um suicídio para que David 
fosse condenado à pena morte por assassinato, demonstrando a fragilidade de 
tal medida. Ao tomar conhecimento, Bitsey Bloom tentou impedir a execução, 
mas não logrou êxito. 
 
 Logo após a Primeira Guerra Mundial, foi idealizado em Versalhes, na 
França, uma organização para se negociar um acordo de paz, chamado Liga 
das Nações, porém, foi dissolvida e desencadeou a Segunda Guerra Mundial, 
passando posteriormente, suas atribuições para a Organização das Nações 
Unidas (ONU). 
 Há vários pactos e tratados internacionais em que o Brasil é signatário 
que realçam a proteção da vida, como a Convenção Americana sobre Direitos 
Humanos, e o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, de 1966. 
Ressalta a seguridade do Estado até nas hipóteses de guerra 
declarada através de limites na atuação de cada país por meio do Direito 
Humanitário. 
 
 A Constituição Federal de 1988, instituiu a proibição da pena de morte 
no Brasil, estabelecendo os Direitos e as Garantias Fundamentais do ser 
humano que garante o direito à vida no inciso XLVII, do artigo 5º, imputando 
assim, o Estado como responsável de garantir seus direitos e nem mesmo 
com Emenda Constitucional poderia ser vedada ou alterada. 
 O filme nos trouxe uma abordagem no mundo jurídico por questionar o 
meio de punição utilizado, e, nos fazendo contestar a provável execução de 
inocentes. 
 As medidas eficazes e socioeducativas devem ser adotadas, contudo, 
a vida é um direto inviolável, individual, até mesmo se sobrepondo às vontades 
do Estado, sendo que por muitas vezes temos inocentes injustiçados. 
 Ademais, abordou, também, cada detalhe que nos leva a questionar a 
pena capital, assim como o ordenamento jurídico, e, com isso, faz-se 
necessária uma reflexão para compreender a importância de uma vida quando 
os interesses do Estado são afetados. 
 Diante de todo o assunto abordado no filme, fica evidente que a 
aplicação da pena de morte possui questionamentos que nos permitem 
defender que a aplicação é temerária diante da possibilidade de equívocos em 
condenações que geram a morte de inocentes por pena aplicada pelo Estado. 
 Concluímos que a pena de morte não é a forma correta para diminuir 
os índices de criminalidade de um país, e não cabe à sociedade, retirar a vida 
de uma pessoa, independentemente do quão grande tenha sido, pois se cria 
um sentimento de vingança negativa entre a sociedade que utilizaria da medida 
para qualquer desentendimento que venha a ter. 
 
 Contudo, o correto é melhorar as medidas punitivas a fim de colaborar 
com o crescimento da responsabilidade que temos diante de toda a sociedade, 
a prisão perpétua, por exemplo, é algo a se pensar diante de um sistema em 
que o preso venha a trabalhar para arcar com as suas despesas, e, assim, ser 
um membro produtivo da sociedade. Para tanto, também se faz necessário um 
julgamento íntegro e correto, com imparcialidade, para que não haja erros. 
 Sendo assim, em todas as medidas adotadas pelo Estado, se vê a 
necessidade da não interferência pessoal dos membros para que assim, a 
penalidade seja eficaz e tenha o poder do indivíduo regressar à sociedade sem 
risco algum.

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