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A Gestão Participativa

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e-Tec Brasil19
Aula 2 – Gestão Participativa
O objetivo dessa aula é ponderar o significado da expressão “gestão parti-
cipativa”. Essa aula foi desenvolvida a partir do significado das expressões 
“gestão” e “participação”, bem como a sua aplicabilidade na Administra-
ção Pública. Ao final dessa aula, você reconhecerá o significado da expres-
são “gestão participativa”.
Para compreender a expressão gestão, vejamos o significado:
Derivado do latim gestio, gestionis, de genere (dirigir, administrar), em 
sentido amplo, significa a administração ou a gerência de alguma coisa, 
que seja de outrem.
Neste sentido, então, o vocábulo implica necessariamente na indicação 
de uma administração a bens ou interesses alheios, em virtude de manda-
to convencional, de mandato legal ou por mero ofício do gestor. (SILVA, 
1993, p. 353)
Em outras palavras, afirma-se que gestão é ato de gerir, gerência, adminis-
tração; e gestão participativa é dividir responsabilidades na administração da 
coisa pública.
A função administrativa do Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municí-
pios) é exercida de forma prioritária pelo Poder Executivo. Ao Poder Legislati-
vo e Judiciário é reservada uma função secundária de administrar.
Para entender melhor:
•	 Três são as funções estatais básicas: legislativa, executiva e judiciá-
ria. Essas funções são atribuídas a órgãos independentes e especializa-
dos, conforme segue:
•	 Legislativo: elabora as leis que regem o funcionamento do Estado e a 
vida em sociedade.
•	 Executivo: executa as leis e administra o Estado. É a exteriorização da 
norma produzida pelo Poder Legislativo.
•	 Judiciário: garante que leis sejam devidamente cumpridas por todos, 
dirimindo as controvérsias que podem surgir na aplicação da lei.
Figura 2.1: Participar da administração do país
Fonte: ©Andresr/Shutterstock
Administrar no conceito clássico é realizar a vontade do legislador, haja 
vista que a Administração Pública só pode fazer o que a lei determina.
Hoje, com o espaço à iniciativa privada e seus novos paradigmas, há um for-
talecimento da figura do gestor, uma espécie de administrador com novos e 
ambiciosos poderes. A ideia do gestor se aproxima bastante de gerente. O 
novo gestor preocupa-se mais com resultados.
Questiona-se muito a produtividade do setor público, a questão da qualidade 
dos processos e decisões. Há uma aproximação do setor público e setor privado.
Ao povo, componente humano do Estado, cabe a função de fiscalizar as 
atividades administrativas do Estado.
A participação direta do cidadão na gestão pública é um princípio consoli-
dado na Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclamada em Paris, 
em 1948, conforme segue:
Artigo XXI
1. Todo homem tem o direito de tomar parte no governo de seu país, di-
retamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
Legislador
Aquele que elabora leis 
ao povo: membro do 
poder legislativo.
Gestão Participativae-Tec Brasil 20
2. Todo homem tem igual direito de acesso ao serviço público de seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta von-
tade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio 
universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a 
liberdade de voto.
A Constituição Federal de 1988, documento chamado de “Constituição 
Cidadã”, andou em harmonia com a Declaração Universal dos Direitos do 
homem, declarando no seu artigo 1º, parágrafo único:
Art. 1º (...)
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Aqui está consubstanciada a máxima da soberania popular! O povo é sobe-
rano e a ele pertence o poder. Não vivemos numa monarquia onde tudo per-
tence ao governo soberano, mas sim numa República, que no seu sentido 
originário significa coisa pública, coisa do povo e para o povo.
Com a finalidade de representar o poder de decisão e editar normas, leis de 
uma sociedade, é que o povo elege seus governantes, como: Presidentes, 
Governadores, Prefeitos, Senadores, Deputados e Vereadores.
Os governantes precisam ter em mente que eles são representantes do povo 
e que não podem fazer do cargo uma forma de satisfação de interesses 
próprios, ou de satisfação de interesses de pequenos grupos a eles ligados.
Vários outros dispositivos constitucionais asseguram a plenitude da partici-
pação popular, onde a gestão da coisa pública também é da sociedade civil.
A cada dia, as vertentes autoritárias estão sendo abandonadas e vem se di-
fundindo os modelos de cooperação privada no desempenho das atividades 
públicas, tudo em busca da participação mais intensa do cidadão nas deci-
sões governamentais.
Nosso estudo será concentrado nas formas de participação popular previstas 
na Constituição Federal e em leis esparsas.
e-Tec BrasilAula 2 – Gestão Participativa 21
Resumo
•	 Gestão participativa é dividir responsabilidades na administração da 
coisa pública.
•	 Compete ao povo a função de fiscalizar as atividades administrativas 
do Estado.
•	 A participação direita do cidadão na gestão pública é um princípio conso-
lidado na Declaração Universal dos Direitos do Homem e na Constituição 
Federal de 1988.
•	 O povo é soberano e a ele pertence o poder.
Anotações
Gestão Participativae-Tec Brasil 22