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Imunologia Veterinária Imunologia • Estudo das respostas imunes • Eventos celulares e moleculares que ocorrem após um organismo encontrar microrganismos e outras macromoléculas estranhas Imunologia • Habilidade do corpo para se proteger Imunidade • Células imunes, tecidos linfáticos e moléculas e substâncias químicas • Reconhecer o “próprio” e o “não próprio” Sistema imune • Resposta coletiva e coordenada • Consequência fisiológica ou patológica Resposta imune Sistema Imune Funções • Tentar reconhecer e remover células “próprias” anormais • Remover células mortas ou danificadas • Proteger o corpo de invasores Falhas • Respostas incorretas • Respostas exageradas • Falta de resposta Linhas de Defesa • Resposta imune Barreiras Físicas e Químicas • Pele • Cílios • Fluxo urinário • Muco (lisozima, defensina, etc) Barreiras Físicas e Químicas Barreiras Físicas e Químicas Barreiras Resposta Imune • Se a primeira linha de defesa falhar a resposta imune assume Detecção e identificação da substância estranha Comunicação com outras células imunes para reunir uma resposta organizada Recrutamento da assistência e coordenação da resposta entre todos os participantes Destruição ou supressão do invasor Resposta Imune • Resposta imune inespecífica • Não está direcionada para um patógeno específico e sim a um grupo de patógenos • Começa dentro de minutos ou horas Imunidade inata • Resposta imune específica • Direcionada a invasores específicos • Primeira exposição a um patógeno pode levar dias • Exposição repetida ao patógeno gera memória e a resposta é mais rápida Imunidade adquirida Resposta Inata Resposta Adaptativa • Usa a sinalização dependente de contato • Uma célula imune se liga por meio de receptores à sua célula-alvo Imunidade Celular • Usa proteínas secretadas, denominadas anticorpos, para desencadear a resposta imune • Os anticorpos ligam-se a substâncias estranhas para torná-las mais visíveis para as células do sistema imune Imunidade Humoral Sistema Imune Células responsáveis pela resposta imune Moléculas Efetoras Solúveis Tecido linfático Células do Sistema Imune Células brancas ou leucócitos Células do Sistema Imune • Sangue • Linfa • Órgãos linfoides • Tecidos Origem dos Leucócitos Mastócitos • Presentes nos tecidos • Grânulos intracitoplasmáticos • Mediadores inflamatórios • Histamina, heparina, citocinas e outras substâncias químicas envolvidas nas respostas imune e alérgicas • Defesa contra infecções por parasitas • Produzem os sintomas das doenças alérgicas Mastócitos Mastócitos Basófilos • Granulócito do sangue • Semelhanças estruturais e funcionais com os mastócitos • Grânulos intracitoplasmáticos • Mediadores inflamatórios • Histamina, heparina, citocinas e outras substâncias químicas envolvidas nas respostas imune e alérgicas Basófilos Eosinófilos • Granulócito do sangue • Grânulos intracitoplasmáticos • Histamina e proteínas como a peroxidase de eosinófilos, ribonuclease, desoxirribonucleases, lipase, plasminogênio, proteína básica maior, proteína catiônica eosinofílica e a neurotoxina derivada de eosinófilos • Enzimas nocivas às paredes celulares de parasitas (helmintos) • Associados a reações alérgicas Eosinófilos Eosinófilos Neutrófilos • Granulócito do sangue • População mais abundante de leucócitos circulantes • Principal tipo celular nas reações inflamatórias agudas Neutrófilos • Três tipos de grânulos que contém propriedades antimicrobianas e ajudam no combate as infecções • Mieloperoxidase, Proteína de aumento da permeabilidade/bactericida (BPI), Defensina, serina proteases, Fosfatase ácida, α- Manosidase, Arilsulfatase, β-Galactosidase, β- Glicosidase, Catepsina G, 5'- Nucleotidase, Elastase, Colagenase, Mieloperoxidase, Lisozima, Proteínas antibacterianas catiônicas. Grânulos azurófilos (ou "primários") • Lactoferrina, Catelicidina, Fosfatase alcalina, Colagenase (gelatinase), Lisozima, Proteínas básicas antibacterianas, não enzimáticas, Lipocalina. Grânulos específicos (ou "secundários") • Catepsina, Gelatinase. Grânulos terciários Neutrófilos Neutrófilos • Fagocitose de microrganismos Neutrófilo Monócito/ Macrófago • Monócito presentes no sangue e são precursores dos macrófagos presentes nos tecidos Monócito/ Macrófago Monócito / Macrófago • Quando o monócito se converte em macrófago ocorrem algumas transformações que permitem assegurar importantes funções fisiológicas, aumentando a sua capacidade fagocítica e antimicrobiana, devido ao macrófago apresentar um maior número de lisossomas Monócito Macrófago Macrófago • Fagocitose • Microrganismos • Células necróticas Macrófagos • Recrutamento de leucócitos • Liberação de citocinas Macrófago Célula apresentadora de antígeno Macrófago Reparo tecidual Células Dendríticas • Reside nos tecidos • Caracterizadas por processos longos e delgados que se assemelham aos dendritos neuronais Células Dendríticas Células Dendríticas • Fagocitose Células Dendríticas • Célula apresentadora de antígeno Linfócitos • A maioria dos linfócitos são encontrados nos tecidos linfáticos • Células-chave que medeiam a resposta imune adquirida Linfócitos Linfócito Linfócitos B • Plasmócitos • Produtores de anticorpos Plasmócito Linfócito T Linfócitos T • Atua na diferenciação de linfócitos • Ativação de macrófagos TCD4 / T auxiliar • Destruição de células infectadas por vírus/bactérias intracelulares e células cancerígenas TCD8 / T citotóxico • Supressão da função de outras células T • Regulação da resposta imune T regulador Linfócitos Células Natural Killer • Destruição citotóxica de células infectadas por vírus ou células anormais • Degranulação e libertação de enzimas que ativam os mecanismos de apoptose da célula atacada • Ativação de macrófagos Células Natural Killer Células Natural Killer Células Natural Killer Sistema Complemento • Várias proteínas plasmáticas que trabalham conjuntamente • Sintetizados em múltiplos locais por todo o corpo Sistema Complemento • Opsonização de microrganismo • Recrutamento de fagócitos para o sítio de infecção • Destruição direta dos microrganismos Sistema Complemento Proteínas Plasmáticas • Moléculas que reconhecem microrganismos • Existem na forma solúvel no sangue e nos fluidos extracelulares Órgãos e Tecidos Linfoides • Classificados de acordo com a função: Órgão Linfoide Primário Maturação de linfócitos Órgão Linfoide Secundário Locais onde ocorrem as respostas imunológicas Saco vitelino Fígado fetal Medula Óssea Produção de Linfócitos Órgão Linfoide Primário Medula óssea Timo Bursa de Fabricius Órgão Linfoide Secundário Medula óssea Tonsilas Baço Linfonodos Placas de Peyer MALT Órgão Linfoide Primário • Local de maturação dos linfócitos naive Medula Óssea • Hematopoiese • Maturação de linfócitos B Medula Óssea • Hematopoiese Medula Óssea • Hematopoiese Medula Óssea Maturação de linfócitos B Linfócitos B naive Linfócitos B maduros que nunca encontraram um antígeno naive Timo Maturação de linfócitos T naive Bursa de Fabricius Maturação de linfócitos B em aves Órgãos Linfoides Secundários • Local onde se inicia e desenvolve a resposta dos linfócitos aos antígenos Via de acesso Local de início da resposta Entrada do antígeno Sangue Mucosas Linfa Baço MALT Linfonodos Linfonodo • Iniciação da resposta imune adaptativa • Repleto de linfócitos, macrófagos e DCs • Filtram os antígenos da linfa Sistema Linfático e Linfonodo Baço • Polpa branca apresenta linfócitos B e T • Polpa vermelha apresenta macrófagos Baço Tecido Linfoide Associado a Mucosa (MALT) • Tonsilas • Linguais • Palatinas (amígdalas) • Nasofaríngeas (adenóides) Placa de Peyer • Localizada na regiãodo íleo Sistema Imune Gastrointestinal Sistema Imune Cutâneo Resposta Imune Resposta Imune Imunidade Inata Imunidade Inata • Mecanismos de defesa que estão sempre presentes no organismo, prontos para reconhecer e eliminar os microrganismos e as células mortas • Responde essencialmente da mesma maneira ao repetir o encontro com um microrganismo Funções Bloquear a invasão microbiana por meio das defesas físicas e químicas nas barreiras epiteliais Prevenir, controlar ou eliminar a infecção do hospedeiro por muitos patógenos Estimular o sistema imune adaptativo para responder aos diferentes microrganismos Eliminar células danificadas e inicia o processo de reparo tecidual Componentes do Sistema Imune Inato Barreiras Físicas e Químicas Células Sentinelas Macrófagos Células Dendríticas Mastócitos Leucócitos do Sangue Neutrófilos Eosinófilos Basófilos Células Natural Killer Sistema Complemento Proteínas Plasmáticas Pentraxinas Colectinas Ficolinas Principais Mecanismos Fagocitose Liberação de mediadores inflamatórios Ativação de proteínas do sistema complemento Síntese de proteínas de fase aguda, citocinas e quimiocinas Reconhecimento • As células do sistema imune inato possuem receptores capazes de detectar microrganismos e lesão tecidual Padrão Molecular Associado a Patógenos PAMPs • Estruturas moleculares produzidas por patógenos • Frequentemente compartilhadas por classes de microrganismos Padrão Molecular Associado a Patógenos PAMPs Padrão Molecular Associado a Danos DAMPs • Moléculas endógenas que são produzidas ou liberadas por células danificadas ou que estão morrendo • Alarminas Padrão Molecular Associado a Danos DAMPs Receptores de Reconhecimento de Padrão - PRRs • Receptores celulares presentes em diferentes locais nas células, e moléculas solúveis presentes no sangue e nas secreções de mucosas para reconhecer PAMPs e DAMPs Receptores de Reconhecimento de Padrão - PRRs • Reconhecem um número limitado de estruturas compartilhadas por várias classes de microrganismos • Estruturas essenciais para a sobrevivência e capacidade de infecção • Estruturas que não estão presentes nas células normais do hospedeiro PRR • Expressos na superfície, em vesículas fagocíticas e no citosol de vários tipos celulares Receptores de Reconhecimento de Padrão PRRs • Presentes em células sentinelas • Codificados por genes herdados que são idênticos em todas as células • Equipadas com múltiplos PRRs • Células epiteliais e muitas outras células de vários tecidos e órgãos • Proteínas presentes no sangue e nos fluidos extracelulares Receptores de Reconhecimento de Padrão - PRRs PRRs Associados as Células PRR Solúveis Receptores de Reconhecimento de Padrão - PRRs • Após o reconhecimento de PAMPs e DAMPs ativam vias de transdução de sinal que promovem as funções antimicrobianas e pró inflamatórias das células que os expressam Produzem citocinas e mediadores inflamatórios Induz resposta inflamatória e defesa antiviral Estimulam a resposta imune adaptativa Combate aos Microrganismos Bactérias extracelulares e fungos Combatidos pela resposta inflamatória aguda (neutrófilos, monócitos e sistema do complemento) Bactérias intracelulares (sobreviver dentro dos fagócitos) Combatidos pelos fagócitos que são ativados por receptores e citocinas produzidos por linfócitos TCD4 Vírus Combatidos pelas células NK e INF tipo I Resposta Inflamatória Meio usado pelo sistema imune inato para lidar com infecções e lesão tecidual Consiste no acúmulo de leucócitos, proteínas plasmáticas e líquido derivado do sangue em um sítio de infecção ou lesão tecidual extravascular Objetivo de matar microrganismos e iniciar o reparo do tecido danificado Células sentinelas detectam PAMPs e DAMPs Liberam citocinas e pequenas moléculas mediadoras Aumentam o fluxo sanguíneo para o tecido (vasodilatação) Recrutam leucócitos (neutrófilos e monócitos) da circulação para o sítio da infecção Aumentam a aderência dos leucócitos circulantes ao revestimento endotelial das vênulas Aumentam a permeabilidade dos capilares e vênulas aos fluidos e proteínas plasmáticas Resposta Inflamatória Resposta Inflamatória Citocinas • São proteínas solúveis que medeiam as reações imunes e inflamatórias • Produzidas por células dendríticas, macrófagos, mastócitos, células epiteliais entre outras • O reconhecimento de PAMPs e DAMPs é um potente estímulo para a secreção de citocinas Quimiocinas • Família de citocinas estruturalmente homólogas • Estimulam o movimento dos leucócitos • Regulam a migração dos leucócitos Resposta Inflamatória Resposta Inflamatória • Recrutamento de leucócitos do sangue para os tecidos • Neutrófilos • Monócitos • Adesão dos leucócitos ao revestimento endotelial das vênulas pós-capilares • Movimento através do endotélio e da parede do vaso para o tecido extravascular Resposta Inflamatória Resposta Inflamatória Resposta Inflamatória Transmigração de leucócitos através do endotélio (Diapedese) Os leucócitos geralmente transmigram por entre as bordas das células endoteliais Retenção estável dos leucócitos ao endotélio mediada pelas integrinas Ligação forte entre as integrinas dos leucócitos e seus ligantes na superfície endotelial Leucócitos se ligam firmemente ao endotélio, seu citoesqueleto é reorganizado e eles se espalham para fora da superfície endotelial Aumento na afinidade das integrinas mediada pelas quimiocinas Quimiocinas expostas nas células endoteliais no sítio de infecção se ligam aos seus receptores nos leucócitos em rolamento Mudança na conformação da integrina Rolamento de leucócitos sobre o endotélio mediado por selectina Macrógagos e DCs produzem TNF e IL-1 estimulam a expressão de E- selectina pelas células endoteliais Interações entre a selectina e seu ligante apresentam baixa afinidade Eliminação • Neutrófilos e macrófagos recrutados para os sítios de infecção fagocitam e destroem microrganismos Fagocitose • Envolve três etapas sequenciais: • Receptores que se ligam ao próprio antígeno ou ao antígeno opsonizado Reconhecimento e fixação da partícula a ser ingerida Engolfamento, com subsequente formação de um vacúolo fagocítico • Geração de potentes oxidantes (burst respiratório) e liberação de enzimas líticas Morte ou degradação do material ingerido Eliminação Neutrófilos e macrófagos ativados Matam microrganismos fagocitados por meio da ação microbicida de moléculas junto aos fagolisossomos • Neutrófilos ativados e em menor extensão macrófagos, convertem o oxigênio molecular em ROS • Agentes oxidantes altamente reativos contendo radicais livres que destroem microrganismos Espécies reativas de oxigênio (ROS) • Macrófagos produzem espécies reativas de nitrogênio, principalmente óxido nítrico • Dentro dos fagolisossomos, o óxido nítrico pode se combinar ao peróxido de hidrogênio ou ao superóxido e produzir radicais peroxinitrito altamente reativos que podem matar microrganismos Óxido nítrico (NO) • Neutrófilos e macrófagos ativados produzem várias enzimas proteolíticas nos fagolisossomos, as quais atuam destruindo os microrganismos Enzimas proteolíticas Eliminação Eliminação Eliminação Resposta Antiviral • Expressão de interferons do tipo I (IFN-α e IFN-β) • Intensificam as imunidades inata e adaptativa contra infecções intracelulares • Produzido pro células infectadas por vírus Resistência celular à infecção viral (estado antiviral), levando a Inibição da replicação viral Sequestro de linfócitos nos linfonodos Aumentam a citotoxicidade das células NK e TCD8+ Promoverem a diferenciação de células T naive na subpopulação Th1 de células T auxiliares Aumentam a probabilidade de células viralmente infectadas virem a ser reconhecidas e mortas pelos TCD8+ Resposta Antiviral • A proteção contra vírusé devido, em parte, à ativação de vias de morte apoptótica intrínsecas nas células infectadas e à sensibilidade aumentada aos indutores extrínsecos de apoptose https://www.youtube.com/watch?v=HBqZ8T2pV9I Resposta Antiviral • Células NK Sistema Complemento • Conjunto de proteínas encontradas no sangue Proteger contra infecções Regular os processos inflamatórios Remover células danificadas ou alteradas Enviar sinais de “perigo” para o corpo Regular a resposta imune adaptativa Ativação do Sistema Complemento Ativação do Sistema Complemento Sistema Complemento Sistema Complemento Estimulação da Imunidade Adaptativa • A RII fornece sinais que atuam em conjunto com o antígeno para estimular a proliferação e diferenciação de linfócitos T e B antígeno-específicos https://www.youtube.com/watch?v=Vm9T6QoDnck https://www.youtube.com/watch?v=Vm9T6QoDnck Resposta Imune Adaptativa Imunidade Adaptativa • Humoral • Celular Imunidade Adaptativa • Gera memória Imunidade Adaptativa Imunidade Adaptativa Imunidade Adaptativa Imunidade Adaptativa Imunidade Adaptativa Captura e Apresentação de Antígenos • A RIA é iniciada pelo reconhecimento de Ag pelos receptores de linfócitos Receptores reconhecem fragmentos de peptídeos de antígenos proteicos e apenas quando esses peptídeos são apresentados por moléculas especializadas na superfície celular Receptores reconhecem uma variedade de macromoléculas (proteínas, polissacarídeos, lipídeos, ácidos nucleicos), em forma solúvel ou associados à superfície celular Antígeno • Macromoléculas estranhas presentes no microrganismo invasor que pode ser especificamente ligada por uma molécula de anticorpo ou receptor de célula T • Açúcares, lipídeos, hormônios, carboidratos, fosfolipídios, ácidos nucleicos e proteínas Imunógeno Moléculas que estimulam a resposta imune Epítopo • Menor porção do antígeno capaz de gerar uma resposta imune Haptenos • Moléculas menores que 1.000 Da, são demasiadamente pequenas para serem processadas e apresentadas adequadamente ao sistema imune • Moléculas pequenas que podem funcionar como epítopos, apenas quando ligadas a outras moléculas maiores Bom Antígeno • Melhores antígenos por ter propriedades que induzem melhor a resposta imune Proteínas • Amido ou glicogênio não são bons antígenos, simplesmente porque eles são frequentemente degradados antes do sistema imune ter tempo para responder a eles Polissacarídeos simples • Podem ser antígenos eficazes, especialmente se ligados a proteínas Carboidratos mais complexos • Tendem a ser antígenos fracos por causa de sua ampla distribuição, relativa simplicidade, instabilidade estrutural e metabolismo rápido Lipídeos • São antígenos muito fracos, devido à sua simplicidade relativa e flexibilidade e porque eles são degradados muito rapidamente Ácidos nucleicos Reconhecimento de Antígeno • Amplo número de clones de linfócitos, cada um dos quais com especificidade diferente • Poucos Ly’s T e B naive são específicos para qualquer Ag • Precisa localizar e reagir rapidamente Antígenos Reconhecidos por Linfócitos T • Lys T reconhecem antígenos peptídicos • Ligados e apresentados por moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) • Pequenas populações de Lys T reconhecem antígenos lipídicos e outros não peptídicos • T γδ, T natural killer (NK) e T invariantes associadas à mucosa (MAIT) Moléculas do MHC • Moléculas do complexo principal de histocompatibilidade • Proteínas de membrana nas APC que apresentam antígenos peptídicos para o reconhecimento pelos linfócitos T Moléculas do MHC • Expressas em praticamente todas as células nucleadas • Reconhecimento pelas células TCD8+ MHC I • Expressas apenas em células dendríticas, linfócitos B, macrófagos, células epiteliais tímicas e em outros poucos tipos celulares • Reconhecimento pelas células TCD4+ MHC II MHC MHC MHC • Convertem antígenos proteicos em peptídeos • Ag citosol – MHC I • Ag fagocitados – MHC II • O sítio de proteólise é o principal determinante de quais moléculas do MHC, de classe I ou de classe II, os peptídeos gerados irão ligar MHC Classe I MHC de Classe II https://www.youtube.com/watch?v=oiwMwMREd-M Apresentação Cruzada dos Antígenos Apresentação de Antígeno Células Apresentadoras de Antígeno (APC) Células Apresentadoras de Antígeno • Expressam moléculas do MHC • Antígenos • Fornecem estímulos adicionais que são requeridos para respostas integrais de Lys T • Coestimuladores Células Apresentadoras de Antígeno • Moléculas ligadas à membrana das APCs que atuam junto com Ag para estimular Lys T Coestimuladores Célula Dendrítica • APCs mais eficientes • Decisivo na iniciação de respostas primárias de Lys T • Localizadas em sítios de entrada • Receptores que as capacitam a capturar e responder aos microrganismos • Migram a partir dos tecidos por via linfáticos para os linfonodos • Expressam altos níveis de MHC e coestimuladores Células Dendríticas Macrófagos • Apresentam os Ag de microrganismos fagocitados para células T CD4+ • Respondem ativando os macrófagos para que destruam os microrganismos fagocitados Linfócitos B • Apresentam os Ag internalizados para células T CD4+ • Respondem estimulando a produção de Ac Receptor de Células T (TCR) • Reconhece os resíduos da molécula de MHC que está apresentando o peptídeos Receptor de Células T • Reconhece os resíduos da molécula de MHC que está apresentando o peptídeos Antígenos Reconhecidos por Linfócitos B • Lys B reconhecem uma grande variedade de Ag • Reconhecem Ag expressos nas superfícies microbianas ou Ag solúvel Receptor de Linfócitos B • Membrana na superfície dos linfócitos B • Receptores antigênicos (BCR) • Anticorpos secretados • Proteção contra microrganismos Receptores de Linfócitos Imunidade Mediada por Linfócitos T • Imunidade mediada por células Defesa contra infecções causadas por microrganismos intracelulares Induzem resposta inflamatória rica em leucócitos ativados que são particularmente eficientes em matar microrganismos extracelulares Auxiliam as células B em produzir anticorpos Imunidade Mediada por Linfócitos T Etapas da Imunidade Mediada por Linfócitos T Ativação de Linfócitos T • Ativação de Lys T • Reconhecimento de coestimuladores presentes na superfície das APC em adição ao antígeno • B7 • Interação entre B7 (APC) e CD28 (Ly T) • Ativação de células T • Citocinas produzidas pelas APCs ativadas Ativação de Linfócitos TCD8+ • Estimulada pelo reconhecimento dos peptídeos associados ao MHC classe I e requer coestimulação e células T auxiliares • Apresentação cruzada por DC • Expressão de MHC I e MHC II • Citocinas produzidas por TCD4+ Ativação de Linfócitos TCD4+ • Secreção de citocina (IL-2) • TCD4+ • Estimula a sobrevivência e proliferação de Lys T Expansão Clonal • Fornece rapidamente uma grande população de linfócitos antígeno-específico • Expansão clonal maior em TCD8+ Subpopulações de Linfócitos TCD4+ Subpopulações de Linfócitor TCD4+ Th1 Th2 Th17 Tfh Treg • Evitar a inflamação excessiva e danos teciduais Atividade de Linfócitos TCD8+ Linfócitos B • Imunidade mediada por anticorpos (humoral) • Neutralizar e eliminar microrganismos extracelulares e toxinas Etapas da Imunidade Mediada por Linfócitos B • Reconhecem o Ag nativo intensificado • BCR • Sistema complemento • Receptores do tipo Toll Etapas da Imunidade Mediada por Linfócitos B Etapas da Imunidade Mediada por Linfócitos B Etapas da Imunidade Mediada por Linfócitos B Ativação de Linfócitos B Linfócitos B naive Ativação de Linfócitos B Linfócitos de memória TCD4+ Ativação de Linfócito B Anticorpos • Proteínas circulantes produzidas em resposta à exposição a estruturas estranhas conhecidas como antígenos • São os mediadores da imunidadehumoral contra todas as classes de microrganismos • Extremamente diversos e específicos em sua capacidade de reconhecer estruturas moleculares estranhas • Presentes no plasma, secreções mucosas e no fluido intersticial dos tecidos Anticorpos • Sintetizados somente pelas células da linhagem de linfócitos B e existem em duas formas: • Anticorpos ligados à membrana na superfície dos linfócitos B que atuam como receptores • Antigênicos, e anticorpos secretados que atuam na proteção contra microrganismos Estrutura e Isótipos dos Anticorpos • Todas as moléculas de Ac compartilham as mesmas características estruturais básicas, mas apresentam extraordinária variabilidade nas regiões que se ligam ao antígeno • Capacidade de diferentes Ac se ligarem a um enorme número de Ag estruturalmente diversos Tipos de Imunoglobulinas Funções dos Anticorpos Neutralização dos microrganismos ou toxinas microbianas Opsonização dos patógenos para aumento da fagocitose Citotoxicidade celular dependente de anticorpo Ativação de mastócitos e eosinófilos mediada por anticorpo Ativação do sistema complemento Funções dos Anticorpos Neutralização Opsonização e Fagocitose https://www.youtube.com/watch?v=M_6HfKtYNYs Citotoxicidade Dependente de Anticorpo https://www.youtube.com/watch?v=H3h0qwHHgBc Ativação de Mastócitos e Eosinófilos https://www.youtube.com/watch?v=1B0AIPYTH70 Ativação da Via Clássica do Sistema Complemento https://www.youtube.com/watch?v=TIHf-hCXr7U Ativação da Via Clássica do Sistema Complemento • https://www.youtube.com/watch?v=v5-SZFVLBks Funções dos Isótipos de Anticorpos Funções dos Isótipos de Anticorpos IgM • Principal imunoglobulina da resposta primária aos antígenos, sendo a primeira a elevar-se na fase aguda dos processos imunológicos • São muito eficientes em levar à lise de microrganismos • Capaz de ativar sistema de complemento • Aumenta a eficiência de fagócitos • Não há memória para IgM • Meia vida no plasma: 5 dias IgD • Corresponde a aproximadamente 1% das proteínas na membrana plasmática de linfócitos B imaturos • Correspondendo a apenas 0,25% das proteínas no plasma • Função de promover a ativação da célula IgG • Presente em maior quantidade nos estágios finais de uma infecção e nas infeções crônicas • Considerado o “anticorpo de memória” • Na gestação é o único AC que atravessa a placenta • Realiza opsonização (facilita fagocitose) • Capaz de ativar o sistema de complemento • Meia vida no plasma: 23 dias IgG realizando opsonização de bactéria IgG na ativação da via clássica do sistema de complemento IgA • Presente em secreções corporais e membranas mucosas • Lágrimas • Suor • Saliva • Muco • Leite materno e colostro • Meia vida no plasma: 6 dias • Importante na imunidade contra patógenos respiratórios e gastrointestinais • Proteção do animal lactente IgE • Envolvido em reações alérgicas e na defesa contra os parasitas intestinais • Capaz de se ligar na superfície de mastócitos, basófilos e eosinófilos pela porção FC • Meia vida no plasma: 3 dias https://www.youtube.com/watch?v=Wc_hWJyNQSQ Memória de Linfócitos T e B • Ao final da resposta imune adquirida, a maioria dos linfócitos T e B morrem • Linfócitos T e B de memória que sobrevivem por vários anos • Em um segundo contato com o mesmo microrganismo, essas células se multiplicam velozmente e combatem o invasor mais facilmente, sem necessidade da imunidade inata agir primeiro • Por este motivo, que em alguns casos, uma doença não é contraída mais de uma vez quando é causada pelo mesmo tipo e variante de um microrganismo Linfócitos T Regulador • Constituem uma subpopulação de células TCD4 cuja função é suprimir as respostas imunes e manter a autotolerância • Produção das citocinas imunossupressoras IL-10 e TGF-β • Capacidade reduzida das APCs em estimularem as células T https://www.youtube.com/watch?v=jl4jo- zGmdI&ab_channel=VaccineMakersProject https://www.youtube.com/watch?v=jl4jo https://www.youtube.com/watch?v=jl4jo-zGmdI&ab_channel=VaccineMakersProject Imunidade Passiva do Feto e Recém Nascido Sangue materno Feto Placenta Hemocorial Homem e primata Passagem de IgG Endoteliocorial Rato, camundongo, cachorro e gato 5- 10% IgG Epiteliocorial Ruminantes Não passa Ac Sindesmocorial Equino e suínos Não passa Ac Recém nascido Colostro (24-36h) Rato, camundongo, cachorro e gato 90-95% IgG, IgA, IgM Ruminantes, equino e suíno 100% IgG, IgM, IgA Colostro • Contém as secreções acumuladas da glândula mamária nas últimas semanas de gestação juntamente com proteínas ativamente transferidas a partir da corrente sanguínea sob influência dos estrógenos e da progesterona. • Rico em IgG e IgA e contém algumas IgM e IgE • A imunoglobulina predominante no colostro da maioria dos principais animais domésticos é a IgG (65-90%) Absorção do Colostro Os mamíferos jovens que mamam logo após o nascimento ingerem o colostro Atividade proteolítica no trato digestivo é baixa e é posteriormente reduzida por inibidores da tripsina no colostro As células epiteliais intestinais são permeáveis as imunoglobulinas A permeabilidade é maior imediatamente após o nascimento e diminui após 6 horas As imunoglobulinas são captadas por células epiteliais intestinais e são absorvidas alcançando a circulação sanguínea A absorção de todas as classes de imunoglobulinas cai para um nível muito baixo após aproximadamente 24 horas O pico dos níveis de imunoglobulinas séricas é alcançado normalmente entre 12 e 24 horas após o nascimento As secreções das glândulas mamárias mudam gradualmente do colostro para o leite Falha de Transferência Passiva • A falha desses processos predispõe um animal jovem a uma infecção • Existem três razões principais para a falha da transferência passiva pelo colostro Falha de Transferência Passiva • A mãe pode produzir um colostro insuficiente (nascimentos prematuros) ou de má qualidade (baixo em IgG) Falha na produção • Produção suficiente de colostro, mas um consumo inadequado pelo animal recém-nascido • Nascimentos múltiplos visto que a quantidade de colostro produzida não aumenta em proporção ao número de filhotes • Problema importante entre as mães jovens e inexperientes • Fraqueza dos recém-nascidos, a uma baixa capacidade de sucção • Problemas físicos, como mamas machucadas (mastite) ou defeitos do maxilar Falha na ingestão • Falha de absorção do intestino, apesar do consumo adequado do colostro Falha na absorção https://www.youtube.com/watch?v=9v9ed9d_mwQ&t=552s https://www.youtube.com/watch?v=23JgQ3X6FmA https://www.youtube.com/watch?v=6DxcrObJJRg https://www.youtube.com/watch?v=9v9ed9d_mwQ&t=552s https://www.youtube.com/watch?v=23JgQ3X6FmA https://www.youtube.com/watch?v=6DxcrObJJRg