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Desenvolvimento na Vida Adulta

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Considerações sobre o desenvolvimento na vida adulta
Entendendo o desenvolvimento após a adolescência
Davidoff (2001), ao abordar a transição para a vida adulta, destaca que as expectativas em relação ao adulto são muito semelhantes em todo lugar. Espera-se que as pessoas que tenham chegado a essa fase vivam de forma independente e assumam responsabilidades por suas ações.
Mas podemos nos perguntar: o que define ser adulto? A posição de adulto é adquirida aos poucos. Para algumas pessoas, ser adulto começa com a permissão para dirigir o carro dos pais, beber em público e até votar. Terminar ensino médio ou a faculdade pode ser outra referência. Para alguns, mudar da casa dos pais, começar a trabalhar, casar e até a chegada do primeiro filho podem ser considerados o ponto inicial da vida adulta.
Andrade (2010) afirma que, com as novas alterações sociais, novas configurações ocorrem na transição para a idade adulta, como no reconhecimento de papéis de adulto por parte dos jovens. Por um lado, acontece a continuação dos estudos e uma instabilidade profissional irá atrapalhar a inserção dos jovens no mundo do trabalho. Nesse contexto, a saída da casa dos pais ocorre mais tarde, o que interfere na idade para a constituição de uma família própria. Tornar-se pai ou mãe é transferido para outro momento de vida.
É comum vermos uma separação da idade adulta em grupos de idades para compreendermos melhor cada momento. No entanto, você já ouviu dizer que a idade por si mesma não nos explica tudo? E que a passagem do tempo não nos dá todo o conhecimento do qual precisamos para entender os processos de desenvolvimento?
Segundo Palacios (2004), não podemos prever o comportamento de uma pessoa apenas pela idade. Percebemos que no processo do desenvolvimento existem determinadas mudanças características de uma idade e não de outra, mas não é a idade em si que produz as mudanças.
O interessante é descobrirmos as diferentes divisões que os estudiosos do desenvolvimento realizam sobre a vida adulta e que de uma certa forma são semelhantes.
· Papalia e Feldman (2013) dividem a vida adulta em: jovem adulto, vida adulta intermediária e vida adulta tardia.
· Coll, Marchesi e Palacios (2004) consideram idade adulta, meia-idade e velhice.
· Bee (1997) estabelece a seguinte demarcação: início da vida adulta, vida adulta intermediária e vida adulta tardia.
Conheça a seguir os termos que adotaremos para nossos estudos:
Jovem adulto
Encontra-se no início da vida adulta, com idade de 20 aos 40 anos.
Meia-idade
Adultos que estão no período da vida adulta intermediária, cuja idade seria em torno dos 40 a 60 anos.
Idoso
Faz parte da classificação da vida adulta tardia, com 66 anos em diante.
Mudanças físicas no jovem adulto
Auge físico do jovem adulto
Coll, Marchesi e Palacios (2004) afirmam que o corpo humano alcança sua maturidade entre 25 e 30 anos, período caracterizado pelos maiores índices de energia e saúde.
Entretanto, é difícil apontar quando se inicia o envelhecimento biológico, pois não ocorre de modo simultâneo em todos os indivíduos: o processo acontece de forma distinta entre as diferentes funções biológicas e os diferentes órgãos corporais.
Dentro de um mesmo órgão, como, por exemplo, no cérebro, distintas partes seguem padrões diferentes de envelhecimento, cujo processo evidencia grandes diferenças entre os seres humanos.
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Exemplo
Existem pessoas que com 40 anos ou mais precisam usar óculos para compensar as perdas de capacidade visual, mas outras não necessitam desse tipo de apoio durante a vida toda.
Bee (1997) ressalta que, dos 20 aos 30 anos, a pessoa tem mais tecido muscular, mais cálcio nos ossos, mais massa cerebral, melhor visão, audição e olfato, bem como maior capacidade respiratória e um forte sistema imunológico. Nessa faixa etária, somos mais fortes, mais rápidos e temos melhor habilidade para nos recuperar do exercício ou nos adaptar às mudanças corporais. As pessoas nessa fase atingem e mantêm um excelente funcionamento físico até por volta dos 40 anos, período em que se iniciam mudanças, na maioria dos aspectos do desempenho.
É certo que essas mudanças já acontecem bem antes dos 40 anos, porém de uma forma quase imperceptível. Entretanto, precisamos saber que, na maior parte das pessoas, não percebemos uma queda significativa na função física antes da meia-idade. Para Papalia e Feldman (2013), os jovens adultos geralmente aproveitam os benefícios de uma boa saúde, mas estão cada vez mais expostos a vários riscos relacionados aos estilos de vida que a modernidade oferece.
A saúde é influenciada pela parte genética, mas não podemos desconsiderar que fatores comportamentais contribuem, e muito, para o bem-estar. Na medida em que os jovens adultos comem com qualidade ou não, bebem, fumam, praticam exercícios, usam drogas, seus hábitos irão impactar sua condição física e na sua saúde.
Nessa faixa etária, as causas mais comuns de limitações de atividade são:
· artrite e outros transtornos musculares e esqueléticos,
· acidentes (causa principal de morte e ferimento),
· homicídio e uso de substância.
Fatores relacionados ao estilo de vida podem afetar a saúde e a sobrevivência, assim como:
· dieta,
· obesidade,
· exercício,
· estresse,
· sono (insônia),
· tabagismo e uso de álcool.
De acordo com Papalia e Feldman (2013), ter uma boa saúde e viver mais tempo estão relacionados a uma boa condição socioeconômica e ao estudo. As pessoas de classe social e econômica menos favorecida correm mais riscos de morrer de doenças transmissíveis, ferimentos, moléstias crônicas ou de se tornarem vítimas de homicídio ou suicídio.
A saúde mental é boa no início da vida adulta, mas certas condições, como a depressão e o abuso de álcool, tornam-se mais comuns. Os relacionamentos sociais, o casamento, por exemplo, impactam a saúde física e mental.
Com relação aos aspectos sexuais e de reprodução, no início da vida adulta, existem preocupações quanto a infecções sexualmente transmissíveis, transtornos menstruais e à infertilidade.
A causa mais comum de infertilidade nos homens é a baixa contagem de espermatozoides e nas mulheres relaciona-se a problemas hormonais, problemas nos ovários, úteros e tubas uterinas, além de endometriose.
Mudanças físicas na meia-idade
Declínio físico na meia-idade?
Conforme Papalia e Feldman (2013), atualmente, nas sociedades industrializadas, a meia-idade é um período da vida com suas próprias regras sociais, funções, oportunidades e seus desafios. Os aspectos físicos nessa fase estão em pleno funcionamento. Várias são as responsabilidades e os papéis que assumem e que se sentem capazes para enfrentar. Podemos apontar que as pessoas de meia-idade são saudáveis, na maioria, e não têm restrições funcionais.
Para Bee (1997), o declínio físico é esperado na meia-idade, mesmo que as mudanças sejam insignificantes e lentas aos 40, 50 e 60 anos. Ocorre uma redução da clareza e nitidez da visão, devido às camadas acrescidas ao cristalino do olho, e perda da elasticidade, durante os 40, 50 anos. Já a perda da acuidade auditiva acontece aos poucos.
As mulheres que se encontram na menopausa têm uma alteração significativa na massa óssea, que inicia antes desse momento específico da vida. Caso elas vivenciem uma menopausa precoce, ou estejam abaixo do peso normal, ou se fizerem pouco exercício ou dietas com baixo teor de cálcio, a perda óssea será mais rápida.
A menopausa acorre entre 45 e 55 anos, por causa das diversas mudanças hormonais, o que inclui diminuição de estrogênio e progesterona, e um dos principais sintomas é a onda de calorões. Mulheres após a menopausa tornam-se mais suscetíveis a doenças cardíacas bem como à perda óssea, levando à osteoporose.
As chances de desenvolver câncer de mama também aumentam com a idade, e recomenda-se que as mulheres façam exames de mamografia, a partir dos 40 anos. Evidências sugerem que os riscos da terapia hormonal superam seus benefícios.
Muitos homens nessa fase têm disfunção erétil. As causas podem ser físicas, mas também podem estar ligadasà saúde, ao estilo de vida e ao bem-estar emocional. A atividade sexual geralmente diminui lentamente na meia-idade.
Há um declínio na capacidade de reprodução para homens e mulheres, porém é mais lento neles e mais rápido nelas. Ressaltamos que os homens produzem cada vez menos esperma e frequência de orgasmo.
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Atenção!
Os índices de doença e mortalidade aumentam de forma considerável nessa fase. Os adultos na meia-idade possuem mais doenças crônicas, se comparados aos jovens adultos, sendo que estes últimos possuem uma tendência maior de doenças agudas. As mulheres apresentam mais doenças do que os homens, mesmo que venham a morrer mais tarde.
O câncer e as doenças cardíacas são considerados as duas principais causas de morte na meia-idade, sendo que nos homens a taxa é maior. Adultos nessa faixa etária evidenciam índices mais altos de problemas emocionais de todos os tipos, se os compararmos com os jovens.
De acordo com Papalia e Feldman (2013), os insignificantes e lentos declínios nas habilidades psicomotoras e sensoriais são bem compensados. Perdas de densidade óssea e da capacidade vital são normais.
A hipertensão é um problema de saúde importante que se inicia nessa fase. Atualmente, temos um aumento do diabetes, sendo essa a quarta principal causa de morte nessa faixa etária.
O estresse é bem maior na meia-idade e pode estar ligado a diversos problemas objetivos. O nível de estresse alto pode impactar no funcionamento imunológico. A personalidade e a emotividade negativa podem afetar a saúde. Emoções positivas tendem a estar associadas com boa saúde.
Mudanças físicas na meia-idade
Declínio físico na meia-idade?
Conforme Papalia e Feldman (2013), atualmente, nas sociedades industrializadas, a meia-idade é um período da vida com suas próprias regras sociais, funções, oportunidades e seus desafios. Os aspectos físicos nessa fase estão em pleno funcionamento. Várias são as responsabilidades e os papéis que assumem e que se sentem capazes para enfrentar. Podemos apontar que as pessoas de meia-idade são saudáveis, na maioria, e não têm restrições funcionais.
Para Bee (1997), o declínio físico é esperado na meia-idade, mesmo que as mudanças sejam insignificantes e lentas aos 40, 50 e 60 anos. Ocorre uma redução da clareza e nitidez da visão, devido às camadas acrescidas ao cristalino do olho, e perda da elasticidade, durante os 40, 50 anos. Já a perda da acuidade auditiva acontece aos poucos.
As mulheres que se encontram na menopausa têm uma alteração significativa na massa óssea, que inicia antes desse momento específico da vida. Caso elas vivenciem uma menopausa precoce, ou estejam abaixo do peso normal, ou se fizerem pouco exercício ou dietas com baixo teor de cálcio, a perda óssea será mais rápida.
A menopausa acorre entre 45 e 55 anos, por causa das diversas mudanças hormonais, o que inclui diminuição de estrogênio e progesterona, e um dos principais sintomas é a onda de calorões. Mulheres após a menopausa tornam-se mais suscetíveis a doenças cardíacas bem como à perda óssea, levando à osteoporose.
As chances de desenvolver câncer de mama também aumentam com a idade, e recomenda-se que as mulheres façam exames de mamografia, a partir dos 40 anos. Evidências sugerem que os riscos da terapia hormonal superam seus benefícios.
Muitos homens nessa fase têm disfunção erétil. As causas podem ser físicas, mas também podem estar ligadas à saúde, ao estilo de vida e ao bem-estar emocional. A atividade sexual geralmente diminui lentamente na meia-idade.
Há um declínio na capacidade de reprodução para homens e mulheres, porém é mais lento neles e mais rápido nelas. Ressaltamos que os homens produzem cada vez menos esperma e frequência de orgasmo.
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Atenção!
Os índices de doença e mortalidade aumentam de forma considerável nessa fase. Os adultos na meia-idade possuem mais doenças crônicas, se comparados aos jovens adultos, sendo que estes últimos possuem uma tendência maior de doenças agudas. As mulheres apresentam mais doenças do que os homens, mesmo que venham a morrer mais tarde.
O câncer e as doenças cardíacas são considerados as duas principais causas de morte na meia-idade, sendo que nos homens a taxa é maior. Adultos nessa faixa etária evidenciam índices mais altos de problemas emocionais de todos os tipos, se os compararmos com os jovens.
De acordo com Papalia e Feldman (2013), os insignificantes e lentos declínios nas habilidades psicomotoras e sensoriais são bem compensados. Perdas de densidade óssea e da capacidade vital são normais.
A hipertensão é um problema de saúde importante que se inicia nessa fase. Atualmente, temos um aumento do diabetes, sendo essa a quarta principal causa de morte nessa faixa etária.
O estresse é bem maior na meia-idade e pode estar ligado a diversos problemas objetivos. O nível de estresse alto pode impactar no funcionamento imunológico. A personalidade e a emotividade negativa podem afetar a saúde. Emoções positivas tendem a estar associadas com boa saúde.
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