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RESUMO DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

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RESUMO DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO 
UNIDADE I 
VIDA HUMANA: DESENVOLVIMENTO DA ESPÉCIE, CRESCIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO E POSSIBILIDADES DE RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Para tentar responder questões e elaborar outras tantas sobre esse vasto, inerente e profundo fenômeno que 
e a vida humana, entende-se que toda e qualquer informação deve ao menos ser levada em consideração. 
Por isso, recomenda-se as seguintes fontes de informação: 
 Livros academico-científicos: trazem conhecimentos consolidados sobre crescimento e 
desenvolvimento humano. 
 Periódicos (revistas) científicos(as): tem como proposito apresentar dados de pesquisa mais recentes, 
que levam a constante atualização de conhecimento, nas mais diversas áreas das Ciências e das 
Humanidades (Ciências Humanas). 
 Filmes na modalidade documentário: constituem-se em uma forma bastante dinâmica de obter 
informações corretas e precisas; e, dependendo da época de produção do filme, atuais. 
 Filmes na modalidade ficção: apesar de os enredos nem sempre se aproximarem de uma história que 
realmente ocorreu, é comum que tratem de inúmeros fenômenos presentes na vida das mais diferentes 
pessoas. 
 Peças teatrais, espetáculos de dança, feiras livres (de gastronomia, de livros, de artesanato): com 
propósitos semelhantes ao que se pode encontrar nos filmes, essas e tantas outras formas de 
expressão literária, artística ou cotidiana não são menos importantes para a compreensão de outros 
seres humanos. 
 Visitas a museu: museus contêm uma riqueza imensa de materiais surpreendentes, que retomam e 
reinterpretam a história humana, em sentido amplo ou estrito, dependendo da temática e propósito do 
museu, bem como das exposições que nele se encontram, pois vários museus, de tempos em tempos, 
trocam de coleções (no todo ou em parte). 
 
Todos esses contatos são imprescindíveis para o estudo do crescimento e desenvolvimento humano, 
entretanto, para profissionais das áreas de Saúde e Educação, a observação atenta a todas as pessoas 
em nossa vida diária é igualmente imprescindível. Afinal, não lidamos com as pessoas que estão 
nesses materiais, mas com as pessoas com as quais deparamos em nosso cotidiano – no exercício da 
profissão ou não, presencial ou virtualmente. 
 
 
DESENVOLVIMENTO DA ESPÉCIE 
A classificação do homem, de acordo com critérios da Biologia: 
Reino: animal; 
Filo: cordado; 
Classe: mamífero; 
Ordem: primata; 
Família: hominídeo; 
Gênero: Homo; espécie: sapiens. 
 
Para se compreender a origem e o desenvolvimento do ser humano, é totalmente relevante que se 
levem em conta dois elementos: evolução e história. 
 
A origem do homem: considerações sobre evolução 
A evolução biológica consiste na mudança de características hereditárias de grupo de organismos ao 
longo das gerações, através de processos aleatórios, o mais importante deles sendo a seleção natural. 
Processos aleatórios são eventos que ocorrem ao acaso, sem algo predeterminado. 
Não existe um “tipo” ou espécie de ser vivo que seja considerado superior a outro em termos absolutos; 
o que existem são diferentes espécies que vivem em certos ambientes de forma melhor do que outras 
espécies naquele mesmo ambiente. Essa “forma melhor” está associada a menos dificuldade de obter 
alimento, mais chances de acasalamento, melhores condições de proteger a cria, comparativamente a 
outras espécies, nesse mesmo ambiente. Assim, há os mais bem‑adaptados e os menos 
bem‑adaptados a um determinado ambiente. 
Por outro lado, pode ocorrer alguma modificação nesse ambiente que venha a favorecer uma espécie 
que era menos adaptada e passar a prejudicar a que, anteriormente, vivia melhor. 
Assim, o mais bem‑adaptado é o que vive melhor em um ambiente determinado. 
 
Uma definição de adaptação é a seguinte: 
“Trata-se de um processo dinâmico de mudança, desenvolvido voluntaria ou involuntariamente, a fim 
de recolocar um organismo numa posição mais vantajosa em relação ao seu meio interno ou ao 
ambiente e que supõe a capacidade de aprender”. 
 
Note-se, portanto, que evolução, em Biologia, não deve ser entendida como um sinônimo de progresso, 
ou seja, não existe a espécie “mais evoluída” ou “melhor”, existem apenas espécies “diferentes”. 
 
“Seleção natural é um processo através no qual os indivíduos mostram sobrevivência e/ou reprodução 
diferencial” 
 
Raça é um conceito bastante utilizado popularmente. 
Contudo, o conceito não é mais aceito pela Biologia e nem pela Etnologia. 
A justificativa biológica para desconsiderar essa noção – noção que não encontra fundamento científico 
– é que cor da pele ou qualquer outra variação na aparência não são determinadas por diferenças 
genéticas significativas; aliás, pesquisas têm mostrado que existem mais variações de genes em uma 
mesma população do que quando se comparam diferentes populações. 
 
A rejeição do conceito de raça pela Etnologia dá‑se porque, embora certos grupos de pessoas possam 
vir a apresentar bastantes semelhanças entre si quanto a características físicas e biológicas, esses 
mesmos grupos podem não apresentar ou pouco apresentar características culturais em comum. 
O importante é saber que determinado povo ou determinada etnia não podem ser considerados nem 
superiores e nem inferiores a outro povo. Isso é muito importante, pois, do contrário, podem passar a 
ideia errônea de que pessoas de pele branca são de melhor qualidade do que as de pele negra, ou de 
que pessoas de uma mesma cultura são “mais evoluídas” do que de outra. 
No âmbito da vida social humana, o uso desse conceito gera preconceito, e preconceito gera 
sofrimento. 
 
A origem do homem na história do homem 
Um primeiro ponto a ser lembrado é a divisão teórica da História humana em dois grandes períodos: a 
Pré-História e a História. 
 A Pré-história é o período que abrande desde os primeiros hominídeos até a invenção da escrita, em 
aproximadamente 4.000 a.C. 
 A História é propriamente reconhecida a partir da invenção da escrita e apresenta a seguinte 
subdivisão: 
— Idade Antiga ou Antiguidade – da invenção da escrita (aproximadamente em 4.000 a.C.) até a queda 
do Império Romano do Ocidente, 476 d.C. 
— Idade Média ou Idade Medieval – de 476 d. C. até a tomada de Constantinopla (sede do Império 
Romano do Oriente) pelos turco-otomanos, 1453. 
— Idade Moderna ou Modernidade – de 1453 até a Revolução Francesa, 1789. 
— Idade Contemporânea ou Contemporaneidade – de 1789 até os dias atuais. 
 
Sabe-se que esse modo de produção modificou o modo de vida humano: a necessidade de caçar 
animais e coletar frutos (comportamento caçador-coletor), cuja consequência era mudar de lugar com 
certa frequência (modo de vida nômade) foi substituída pelo modo de vida denominado sedentário. 
O modo de vida sedentário significa manter-se em determinado local para viver; não deve ser 
confundido com estilo de vida sedentário, que se opõe a estilo de vida ativo. 
 
Na atualidade, atribui-se o conceito de estilo de vida sedentário quando se faz referência à ausência 
ou baixa frequência de atividades diárias que envolvam grandes grupos musculares e um razoável 
gasto energético em razão dessas atividades. Essa é uma marca da sociedade contemporânea, 
bastante relacionada à utilização de veículos automotores e equipamentos eletrônicos. Em 
contrapartida, o estilo de vida ativo envolve a prática de atividade física constante e organizada, como, 
por exemplo, realizar caminhadas de ao menos 30 minutos, três vezes durante a semana e até mesmo 
optar por subir e descer andares através de escadas em vez de tomar o elevador, realizar caminhos 
diários a pé ou de bicicleta em vez de usar meios de transporte coletivo, carro ou motocicleta, entre 
outros hábitos. 
 
Um conceito absolutamente imprescindível para se compreender ainda melhor a evolução do ser 
humano é a aprendizagem. 
A aprendizagem refere-se a “uma mudança duradoura no comportamento baseadana experiência ou 
adaptação ao ambiente”. 
 
Características morfofuncionais do homem moderno (Homo sapiens sapiens) 
As características típicas de uma determinada espécie de ser vivo, advindas de suas origens evolutivas, 
são adjetivadas por “filogenéticas”. 
Portanto, filogenia (filogênese) é a história evolutiva de uma espécie. 
E ontogenia (ontogênese) refere-se a características próprias de um indivíduo. 
Filogênese – desenvolvimento da espécie; 
Ontogênese – desenvolvimento do indivíduo. 
 
A seguir, apresentam-se algumas características da morfologia (forma) e da fisiologia (função) típicas 
do homem e suas respectivas possibilidades e/ou consequências: 
 
Postura ereta e bípede 
As consequências da postura ereta e bípede são: mãos livres para tocar em objetos e manipulá-los, 
assim como a si mesmos e a outros seres, praticar, por exemplo, atividades relacionadas à higiene, 
prazer sexual, preparo de alimentos, carinho físico etc.; campo visual acima da altura de alguns 
predadores naturais, como felinos selvagens de grande porte; facilitação do contato entre olhares 
(“olhos nos olhos”) por mais tempo, possibilitando aprimoramento das relações sociais; facilitação do 
desenvolvimento da fala. Outro aspecto que contribui com a fala é o aparelho buco-nasal, que propicia 
a “interrupção” entre a respiração e a ingestão de alimento, levando a uma boa coordenação entre 
essas duas ações. 
Postura ereta refere-se ao posicionamento em que a coluna vertebral fica estendida verticalmente. 
Bípede é o apoio somente sobre os membros inferiores (patas ou pés). 
 
 
Morfologia da mão 
Há a possibilidade de “movimento de pinça” (oposição entre os dedos polegar e indicador). A 
consequência é a maior precisão na manipulação de objetos, possibilitando realizar tarefas que exijam 
muita destreza aliada a certa delicadeza, ou seja, imprimindo pouca força ao objeto. 
A mão é uma região que recebe muitas terminações nervosas e, consequentemente, há muitos 
impulsos elétricos vindos do cérebro e retornando a ele. Isso implica que as mãos apresentam-se 
bastante sensíveis a estímulos ambientais e, por meio do tato, consegue-se executar movimentos muito 
precisos, traduzidos em habilidades manuais bem específicas, como costurar, bordar, escrever, realizar 
cirurgias etc. 
 
Morfologia e funções cerebrais 
O tamanho do cérebro é maior, comparativamente a outros hominídeos antes do homem moderno; 
além disso, há relações mais específicas entre certas regiões do cérebro e outras partes do corpo. 
Há ainda o aparecimento e crescimento de determinadas áreas cerebrais, por exemplo, o córtex pré-
frontal, que permitem atividades mais especializadas (específicas), incluindo os lados direito e 
esquerdo do cérebro, pois cada lado passa a ser responsável, predominantemente, por diferentes 
funções. 
 
Importância do estudo da evolução humana para a Educação Física 
 
Conhecer essas características da origem da filogênese humana pode ser importante para 
compreendermos por que o homem atingiu certo nível de desenvolvimento – cognitivo (intelectual), 
afetivo (emocional), social etc. – comparativamente a outros seres vivos. 
Isso ocorreu tanto por meio de um sistema nervoso central bastante diferenciado (especializado) e uma 
série de outras estruturas e funções como através de arranjos sociais específicos, isto é, atividades 
organizadas em grupo. 
Afirmar que uma característica é causa (motivo) e outra é efeito (consequência) pode ser arriscado. 
É importante considerar que outros animais são muito mais fortes e ágeis que o homem e, para muitos 
deles, o homem é uma presa fácil. 
 
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO 
Ideias equivocadas sobre crescimento e desenvolvimento humano 
É muito comum pensar que muitas das características de uma pessoa são absoluta e totalmente 
dependentes de sua idade (desde a primeira infância até a terceira idade), ou que estejam restritas 
absolutamente a fatores genéticos, isto é, herdadas de seus pais e outros ascendentes (como avós, 
bisavós etc.), ou ainda, que ocorram por causa exclusivamente do modo como foram criadas, da 
educação que receberam. 
Outro problema é quando se associa estritamente certas atividades físico-motoras e até intelectuais 
como exclusivas do sexo masculino e outras como exclusivas do sexo feminino, sem que se tenha a 
real noção de que as diferenças entre pessoas de sexos diferentes não são absolutas, mas sim uma 
mescla, uma interação entre características individuais próprias e possibilidades de escolhas. 
A seguir são indicados alguns exemplos dessas ideias equivocadas: 
• nós (humanos) descendemos dos macacos; 
• a personalidade de uma pessoa nunca muda; 
• quanto mais gorda for uma criança, mais forte ela será; 
• invariavelmente, todas as garotas crescem até os dezoito anos de idade, e todos rapazes, até os 21; 
• se uma pessoa realizar exercícios de alongamento, ela crescerá mais do que as que não os realizam; 
• certas atividades físico-motoras e mesmo intelectuais são adequadas somente para homens, e outras, 
somente para mulheres; 
• cada pessoa nasce com determinados dons, mas desprovida de outros, e sem esse dom, não há 
como ela aprender; 
• uma pessoa que está em processo de envelhecimento mais avançado ou em idade mais avançada 
não é capaz de aprender. 
Esses pensamentos podem acarretar uma série de problemas para os mais variados aspectos da vida 
das pessoas, comprometendo não apenas o entendimento acerca dos processos de crescimento e 
desenvolvimento humano por pais, cuidadores, profissionais de áreas de saúde e educação, mas 
também a felicidade das pessoas, por ameaçar as possibilidades de que realizem seus desejos e 
inspirações pessoais. 
 
Os fenômenos e os conceitos de crescimento e desenvolvimento humano 
O primeiro aspecto a considerar é que a palavra fenômeno, em ciência, não se remete a algo “fora do 
normal”, extraordinário ou incomum, como usamos popularmente (embora esse uso também esteja 
correto). Em ciência, fenômeno refere-se a qualquer evento que pode ser estudado, seja um objeto 
(uma máquina, um utensílio etc.), um comportamento (exemplos: ansiedade, agressividade; o andar, o 
escrever; uma decisão tomada, a memória, entre muitos outros), uma manifestação cultural (uma 
partida de basquetebol, um concerto musical, as guerras etc.), e assim por diante. 
Visto isso, é fundamental compreender os seguintes conceitos: crescimento, desenvolvimento e 
maturação, cujas definições são expostas a seguir. 
 
Maturação refere-se ao “processo de tornar-se maduro ou o progresso em direção ao estado maduro. 
Maturação é um processo; maturidade é um estado. Maturação ocorre em todos os tecidos, órgãos e 
sistemas de órgãos, afetando enzimas, composição química e funções. Maturidade varia, assim, de 
acordo com o sistema biológico estudado”, por exemplo, maturidade sexual, maturidade esquelética 
etc. Maturação se refere ao timing (tempo relacionado a um evento) e ao tempo de progressão em 
direção ao estado biológico maduro. 
 
Crescimento é um aumento no tamanho do corpo como um todo ou o tamanho atingido por partes 
especificas do corpo. Conforme as crianças crescem, elas de tornam mais altas e pesadas, tendo um 
aumento em tecidos magros (ossos, músculos etc.) e gordos e em seus órgãos. Em outras palavras, 
fundamentando-se no conhecimento cientifico, o crescimento e definido somente como o aumento em 
quantidade ou em tamanho, e por isso vira associado a números e unidades de medidas (metros, 
centímetros, gramas, litros, centímetros cúbicos etc.). Assim, diz-se que as estruturas corporais 
crescem quando aumentam em comprimento e/ou em massa e/ou em volume, sendo todos 
mensuráveis por determinados equipamentos. 
Por exemplo: o aumento de estatura (que vai da sola dos pés ao cimo da cabeça), que é o aumento do 
comprimento total do corpo, é medido em centímetros, ao passo que o aumento de volume de umórgão como o fígado é medido em centímetros cúbicos (cm3). Outro exemplo é o crescimento 
populacional, quando se trata de aumento da quantidade de seres (em geral, seres humanos) de um 
determinado local. 
 
Desenvolvimento refere-se a “processos de transformação e estabilidade ao longo do ciclo de vida”. 
O desenvolvimento, em sentido estrito, refere-se a mudanças e manutenções na qualidade. 
Muito importante no conceito de desenvolvimento é que as mudanças e manutenções podem aumentar 
ou diminuir em qualidade, o que se costuma chamar, respectivamente, de “melhora” e “piora”. De 
acordo com esse raciocínio, entende-se que o desenvolvimento humano abrange todo o período de 
vida, ou seja, desde a concepção de um novo ser no útero materno (ou in vitro) até a morte desse ser. 
 
 
 
Lembrete 
Crescimento está relacionado a aumento de quantidade. 
Desenvolvimento está relacionado a modificações e manutenções na Qualidade, seja para melhor, 
seja para pior. 
Refletindo sobre essas constatações, é importante compreender certos aspectos fundamentais para 
estudar os fenômenos de crescimento e desenvolvimento humano. 
• Idade: a idade é um parâmetro, um dos mais importantes critérios de aproximação de algumas (ou 
muitas) características em comum nas mais variadas pessoas, mas os mesmos eventos não ocorrem 
exatamente em determinada idade para todas as pessoas, como será apresentado adiante. 
• Variações interindividuais: cada pessoa tem o crescimento e desenvolvimento diferente das outras, e 
variações intraindividuais são relativas a certos eventos – há variações que ocorrem em uma mesma 
pessoa. 
• Fatores internos ou intrínsecos: há fatores internos à pessoa, próprios de sua estrutura e de suas 
funções orgânicas. 
• Fatores externos ou extrínsecos: existem fatores externos à pessoa, próprios dos ambientes onde ela 
se desenvolveu ao longo da vida. 
 
No que se refere a fatores internos e externos que influenciam o processo de crescimento e 
desenvolvimento humano, há que se destacar: 
• Fatores internos: herança genética, processos maturacionais, inconsciente. 
• Fatores externos: alimentação, tempo e local para dormir, uso de medicamentos, uso de drogas 
ilícitas, (isto é, que a lei não permite, como maconha, cocaína etc.), pais e outros cuidadores, demais 
membros da família, animais de estimação, certos objetos, meio ambiente (clima, vegetação, relevo, 
poluição e outros), infraestrutura social (saneamento básico, transporte, moradia etc.), educação formal 
(escola), entre muitos outros. 
 
Domínios que compõem o desenvolvimento humano 
São domínios do desenvolvimento humano as características relacionadas a: movimento; cognição; 
emoção; moralidade; estrutura e função; cultura; socialização, entre outros. Esses e outros domínios 
(como biológico, educacional etc.) servem como base de estudo para compreender e explicar (teórica 
ou empiricamente) os processos de crescimento e desenvolvimento humano, bem como sua promoção. 
 
Os domínios são: 
• Motor: produção de movimentos, de ações motoras. 
Como fenômeno, o desenvolvimento do domínio motor abrange a relação entre o sistema nervoso 
central (SNC) e o sistema musculoesquelético. 
Portanto, a ampliação e melhoria nas habilidades motoras ao longo da vida ocorrem pela interação dos 
aspectos maturacionais e estimulações ambientais, em uma inter‑relação de três elementos organismo 
(indivíduo, pessoa), ambiente (contexto), tarefa (atividade). 
• Cognitivo (“racional”): pensamentos – raciocínio lógico, imaginação, linguagem, memória, 
interpretação etc. O desenvolvimento cognitivo abrange as operações mentais, como o raciocínio lógico 
(“razão”), a linguagem (identificação, produção e reprodução de símbolos que permitem comunicação), 
a memória, o planejamento de ações, a realização de operações matemáticas, entre outros processos 
de organização do pensamento. 
• Emocional (afetivo): sentimentos: alegrias, tristezas, angústias, medo, ansiedade, motivação etc. 
Emoções, muito comumente, regulam e afetam nossas atitudes e, desse modo, constituem aspectos 
fundamentais da nossa formação, pois, ao se expressar, o ser humano provoca reações 
comportamentais e isso invoca significados que se solidificam em nossa cognição e, além do mais, 
estimulam afinidades atitudinais isto é, relativas a atitudes relevantes, frente às demandas situacionais 
e à própria existência, sobretudo quando se exercita a autorreflexão. Um conceito fundamental para 
compreender o domínio emocional é personalidade. 
Personalidade refere-se a um conjunto de características psicológicas que tendem a ser estáveis em 
uma pessoa, por exemplo, ser tímida ou extrovertida, agressiva ou pacífica, e assim por diante. 
É importante notar que não se trata de algo imutável ao longo da vida e sim, como foi mencionado, 
tende a ser estável. 
Moral: Em princípio, o domínio moral é considerado um item do desenvolvimento cognitivo, em que é 
apresentada a integração entre alguns domínios do desenvolvimento humano; todavia, não 
necessariamente ele precisa ser assim interpretado. O desenvolvimento moral refere-se à identificação, 
imitação, compreensão e elaboração de regras sociais. Está em estreita relação não apenas com o 
desenvolvimento cognitivo, mas também com o desenvolvimento emocional. 
A moral pode ser heterônoma ou autônoma. A moral heterônoma está associada à necessidade de 
algo ou alguém para determinar uma conduta adequada ou inadequada; a moral autônoma está 
associada à ausência dessa regulação por outrem, ou seja, a própria pessoa tem condição de decidir 
por si mesma a forma correta de agir, sem a necessidade de intervenção de outra pessoa ou 
determinada religião, instituição política, conjunto de leis etc. 
 
• Físico: estruturas (como órgãos, por exemplo) e funcionamento. 
• Cultural: elementos e ensinamentos criados pelo ser humano, passados de geração em geração. A 
influência entre cultura e sociedade é recíproca e muito difícil de ser estudada, em razão justamente 
da complexidade e diversidade de relações. A Sociologia e a Antropologia se ocupam diretamente da 
compreensão desses dois fenômenos. 
• Social: relação de cada pessoa com um grupo bastante grande no qual ela está inserida e que, em 
geral, é regulado por um líder e/ou por uma organização política e territorial. 
 
O CICLO DE VIDA E AS FAIXAS ETÁRIAS: 
 
O que será apresentado a seguir é uma aproximação de um “modelo” de divisão por faixas etárias e 
os respectivos nomes desses períodos, mas esse não é o único (PAPALIA; FELDMAN, 2013). 
• Período pré-natal: da concepção ao nascimento. 
• Primeira infância– do nascimento aos 3 anos de idade. 
• Segunda infância: dos 3 aos 6 anos de idade. 
• Terceira infância: dos 6 aos 11 anos de idade. 
• Adolescência: dos 11 aos 20 anos de idade. 
• Adulto jovem (ou início da idade adulta): de 20 a 45 anos de idade. 
• Adulto de meia-idade (ou vida adulta intermediária): de 40 a 65 anos de idade. 
• Terceira idade (ou vida adulta tardia ou velhice): de 65 anos de idade em diante. 
 
UNIDADE II 
 
 INICIANDO A VIDA: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NO PERÍODO 
PRÉ-NATAL 
 
Concepção: 
A concepção corresponde à união bem-sucedida entre o material genético do pai e da mãe, no sentido de 
formar uma nova vida, que se inicia com a estrutura que se denomina feto, a qual deverá crescer e se 
desenvolver, tornando-se o que todos os seres humanos foram um dia: um bebê. É importante compreender 
os sistemas do corpo humano responsáveis pela reprodução (sistemas reprodutivos) do homem e da mulher e 
as respectivas características reprodutivas de ambos os sexos. 
1 Sistemas reprodutivos 
Homens e mulheres, após adquirirem a maturação completa de seus órgãos sexuais, possuem capacidade de 
conceberem uma nova vida, também chamada de reprodução sexuada. 
O sistema reprodutivo feminino é composto por: ovários, trompas de Falópio, útero, vagina. A região 
denominada cérvixé a porção inferior e estreita do útero, quando ele se une com a porção final superior da 
vagina. Esse local é importante para a passagem do bebê no momento do nascimento, como será comentado 
logo adiante. 
O sistema reprodutor masculino é formado por: a) testículos; b) vias espermáticas, isto é, pelas quais os 
espermas são conduzidos – epidídimo, canal deferente e uretra; c) pênis; d) escroto; glândulas anexas – 
próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais. 
A concepção pode acontecer por meio da ação de introdução da célula reprodutiva do homem, o gameta 
masculino – espermatozoide – na célula reprodutiva da mulher, o gameta feminino – óvulo. 
Esse processo é chamado de fecundação. 
Pode-se afirmar que, por meio da relação sexual heterossexual ou outros meios científicos, a concepção seja 
um processo em que se consolida a fusão dos gametas sexuais masculinos e femininos, os quais formam uma 
única célula: o zigoto. 
Na fecundação natural, o óvulo atrai os espermatozoides por meio de sinais químicos específicos e um deles 
conseguirá penetrar em seu interior, iniciando o processo de formação do zigoto. 
O zigoto é constituído por informação genética agregada: metade dos genes recebida da mãe e a outra metade 
auferida do pai. Essa nova célula constituída possui a particularidade de se reproduzir rapidamente, por meio 
do fenômeno da divisão celular, chamada mitose. 
2 Característica reprodutiva feminina e masculina 
Uma menina já nasce com cerca de 400 mil óvulos. Esses óvulos foram formados desde que estava em seu 
desenvolvimento embrionário de aproximadamente oito semanas; eles ficam estocados nos folículos dos seus 
ovários. 
Quando atinge a adolescência e devido às informações promovidas pela glândula pituitária, localizada no 
interior do cérebro, advém a liberação de um óvulo de um dos ovários, em média a cada 28/32 dias. 
Nesse período, chamado de ciclo ovariano, a mulher liberta um óvulo maduro entre o 11º e 21º dia. 
Caso não tenha acontecido a fertilização no óvulo, a mulher volta a menstruar regularmente. A menstruação 
nada mais é que a desintegração e descamação da parede funcional do útero, que estava preparada para 
receber o zigoto. 
Os meninos adolescentes começarão a produzir seus espermatozoides quando atingirem a maturação de seus 
órgãos sexuais durante o processo da puberdade e essa produção gira em torno de centenas de milhões de 
espermatozoides por dia. 
Observação 
Menarca – é a primeira menstruação: primeiro sinal da maturação sexual da mulher. 
Espermarca – é a primeira ejaculação: é o sinal primário de maturação masculina. 
Ejaculação: processo de emissão vigorosa de esperma – fluído orgânico masculino composto pelos 
espermatozoides e pelos líquidos seminal e prostático. 
Ciclo ovariano ou ovulação: período de liberação de hormônios femininos por volta do 11º até o 21º dia, que 
provocam a liberação do óvulo de um dos folículos ovarianos. 
Gravidez: o difícil caminho da concepção: 
Conseguir engravidar é um procedimento complexo, o qual demanda uma verdadeira luta para que se realize. 
Inicialmente deve-se alertar que a mulher tem a chance de ficar grávida em média apenas 30 dias de um ano. 
Depois, ao ovular, a mulher disponibiliza um período bastante limitado para haver a fecundação, cujo limite 
possivelmente varia entre 12 e 24 horas e, além disso, os espermatozoides enfrentam várias adversidades, em 
uma longa jornada, cheia de acontecimentos conflitantes, os quais colocarão obstáculos para que os 
espermatozoides possam chegar ao seu destino final: o óvulo. 
A saúde da mulher e fatores que podem afetar a gravidez saudável: 
A prevenção para não engravidar precisaria ser tratada com seriedade. Vários são os métodos 
anticoncepcionais, porém o menos dispendioso (mais barato) é a camisa de Vênus, popularmente conhecida 
como “camisinha”. Mais que um método contraceptivo, deve ser usada para prevenir doenças sexualmente 
transmissíveis. 
Doenças como a diabetes, que é provocada pelo aumento do nível de açúcar no sangue, devem ser verificadas 
antes e durante a gravidez, porque podem causar falhas no desenvolvimento neurocomportamental do bebê. 
A rubéola pode motivar surdez e defeitos cardíacos. A tuberculose ocasiona defeitos na formação fetal. 
Problemas de deficiência na tireoide podem afetar o desenvolvimento cognitivo posterior na criança. O herpes 
genital e outras doenças sexualmente transmissíveis podem infectar o feto durante a gestação ou então na 
passagem do canal do parto durante o nascimento e podem originar a morte, cegueira e anomalias diversas. 
O vírus da síndrome da imunodeficiência humana adquirida, mais comumente chamado de HIV, pode ser 
transmitido via placenta, canal de parto e aleitamento materno. Mulheres que possuem esse vírus e desejarem 
engravidar devem ter tratamento médico especializado para minimizar os riscos de transmissão ao bebê. 
Estudos sobre idade materna têm demonstrado que cada vez mais a idade da mulher ao engravidar está se 
tornando mais tardia, mesmo para a primeira gravidez. Porém as incidências de partos prematuros, ocorrências 
de natimortos e algumas doenças relacionadas com anomalias cromossômicas, como a Síndrome de Down, 
são maiores em mulheres que engravidam com idades acima de 35 anos e aumentam ainda mais quando o 
parceiro tem idade avançada também. 
Fases do desenvolvimento: 
 pré-natal: germinal – fecundação até a segunda semana; 
 embrionária – da terceira até final da oitava semana e fetal – a partir da nona semana. 
A mulher observa mudanças no volume dos seios, continua com enjoos se já tiver essa predisposição, o útero 
já aumentou e começa a pressionar a bexiga, obrigando a mulher a mais visitas para urinar. Começa a se 
perceber, na maioria das mulheres, um aumento uterino exterior da barriga. Os incômodos pélvicos são mais 
acentuados. Também existe maior concentração no sentido do olfato. 
Pode haver estados instáveis de reação emocional, às vezes, a mulher pode estar muito feliz pela gravidez e, 
outras vezes, insegura, nervosa e com medo da situação. 
Nessa etapa da gravidez, caso haja liberação do médico para fazer atividades físicas, haverá grande 
favorecimento do bem-estar da mamãe com exercícios de fortalecimento lombar, além de aumento da 
disposição física por meio de caminhadas e exercícios de alongamento. Os exercícios físicos vão também 
favorecer o funcionamento intestinal e o sono. Recomenda-se evitar realizar exercícios que pressionem 
demasiadamente o abdômen, fazer musculação intensa, subir escadas e rampas íngremes e executar saltos 
potentes. As atividades físicas moderadas, se autorizadas pelo médico, principalmente as aeróbias, devem ser 
continuadas. A mulher deve estar atenta a sangramentos e desconfortos, como tonturas e náuseas, e reportar 
esses fatos ao profissional de Educação Física e ao médico. 
Já o excesso de peso da mãe pode provocar a diabetes da gravidez, que é a alta glicêmica da mulher, e também 
a eclampsia (afecção grave originada pela hipertensão arterial, na mulher grávida, que pode causar 
convulsões). A obesidade na gravidez e a hipertensão arterial contribuem ativamente para a maior propensão 
de morte pós-natal, defeitos congênitos e defeitos na formação do tubo neural, independente da administração 
de ácido fólico. Portanto, não se recomenda que a mulher treine para participar de competições atléticas que 
exijam intensidade muito elevada, pois elas podem causar desconfortos, sangramentos ou outras ocorrências 
mais graves. Existem casos excepcionais de atletas muito bem-preparadas que estavam em regime de 
treinamento bastante intenso e após ficarem grávidas continuaram e participaram de competições esportivas 
durante a gravidez, mas são casos isolados e com bastante controle de uma grande equipe multidisciplinar. 
O ultrassom é um recurso importante para o estudo fetal, e tem sido usado com muita frequência e certa 
sistematização naobstetrícia médica, desde a década de 1960, com bastante segurança e sem colocar em 
risco a gravidez ou a gestante. O ultrassom parece trazer informações relevantes acerca do crescimento, da 
estruturação corpórea, formação orgânica externa e aparência. Seu emprego como ferramenta tecnológica nos 
exames pré-natais tem trazido vários avanços médicos. Além disso, essa tecnologia possibilita à futura mamãe 
um acompanhamento da constituição formal do futuro bebê, por meio da visualização do corpo fetal. 
O processo de nascimento ou parturição 
Depois de aproximadamente 40 semanas, a maturação ocorrida no útero materno já está completa e preparou 
o bebê para vir ao ambiente exterior. A preparação pré-natal bem-consolidada permite ao médico determinar 
as condições de parto. 
A mulher inicia um processo intenso e regular de contrações uterinas, diferentes das anteriores, pois agora são 
mais fortes, com sequências ritmadas e redução no tempo de intervalo de aparecimento entre elas. 
Uma mudança hormonal importante se manifesta duas semanas antes do parto. Se, durante a gravidez, a 
progesterona se manteve bastante ativa, ela controlará o relaxamento da musculatura uterina e ao mesmo 
tempo a firmeza da musculatura do cérvix. Agora o estrogênio invade a fisiologia materna e inverte as ações, 
proporcionando maior poder de contração do útero e promovendo maior flexibilidade do cérvix. 
Alguns sinais importantes aparecem e indicam que o momento da parturição está chegando: o corrimento 
vaginal de muco viscoso, por meio do rompimento do tampão mucoso e o rompimento da bolsa amniótica, a 
qual envolveu o feto durante toda a gestação. 
INFÂNCIA 
1 Primeira infância: 
Será possível identificar o rápido avanço no crescimento do bebê ao longo do primeiro ano de vida, bem como 
expressivas mudanças no domínio cognitivo e motor, especialmente por causa da maturação do sistema 
nervoso central (SNC). Por volta de um ano de idade e até os três, o desenvolvimento e aprimoramento da 
linguagem se complexifica bastante e em grande velocidade, associado à noção de “eu” como diferente do 
“outro” – a autoconsciência. 
Desenvolvimento físico 
O crescimento é mais rápido no primeiro ano de vida. Essa velocidade vai decrescendo até o terceiro ano e 
acompanhando o que ocorria no ventre materno, se dá nos seguintes sentidos: 
• cefalocaudal – avança da cabeça para as partes inferiores; 
• proximodistal – avança do centro do corpo (tronco) para as extremidades (membros superiores e inferiores). 
Os primeiros seis meses são a fase da vida em que o bebê crescerá mais rápido e atingirá o dobro do seu 
tamanho inicial. 
Desenvolvimento sensorial e cognitivo 
No período neonatal, que corresponde às quatro primeiras semanas de vida, ocorre crescimento e 
desenvolvimento rápido e significativo do sistema nervoso central. 
O cerebelo – parte do encéfalo responsável pelo equilíbrio e pela coordenação motora – cresce rapidamente 
no primeiro ano, e as células nervosas vão de desenvolvendo e se comunicando por meio de sinapses. 
O córtex cerebral, isto é, a região mais externa do encéfalo, responsável pelo pensamento e resolução de 
problemas, vai se desenvolvendo e continua a se aperfeiçoar durante a infância e vida adulta, oferecendo 
funcionamento cognitivo e motor mais flexível e avançado. 
Os cinco sentidos (olfato, tato, visão, audição e paladar) não se desenvolvem com a mesma velocidade e 
acuidade “precisão” no bebê. 
Os sistemas: gastrintestinal, respiratório e circulatório vão se modificando e melhorando aos poucos em suas 
funções. 
Desenvolvimento motor 
Outros reflexos comuns e importantes do neonatal são a preensão palmar e o reflexo de marcha, que 
desaparecem com o tempo, mas são importantes para se determinar o desenvolvimento e funcionamento 
adequado do sistema nervoso central. 
Reflexos de função protetora, como bocejar, espirrar, piscar, reflexo pupilar, tossir e ter ânsia de vômito são 
defesas que permanecem por toda a vida. 
Os sentidos vão se aprimorando. A audição já era bem apurada desde o sétimo mês da gravidez e o bebê tem 
facilidade em reconhecer precocemente a voz da mãe e do pai. Assusta-se com ruídos altos elevados e reage 
com reflexos musculares característicos. O olfato amadurece rapidamente, pois treinou bastante por meio do 
contato com o líquido amniótico. Por meio da amamentação, o bebê aprofunda as reações e sentidos de odores 
e recebe grandes estímulos ao paladar, vai, assim, comparando a doçura do leite materno com outros líquidos 
ingeridos. O tato está bem amadurecido, pois desde os contatos com a musculatura uterina da mãe já descobria 
sensações tateáveis. Possui sensibilidade à dor, chora bastante ao ter a pele perfurada para fazer o teste de 
coleta de sangue do pezinho. 
O crescimento do encéfalo associado aos estímulos ambientais provoca grande diferenciação nos movimentos 
da criança. Após os primeiros quatro meses, os reflexos vão desaparecendo e o bebê começa a adquirir maior 
controle do corpo e busca cada vez mais precisão. 
A gradativa substituição dos reflexos por ações motoras pode ser identificada, pouco a pouco, nos seis 
primeiros meses de vida. As três classes de ações motoras – estabilização, locomoção e manipulação de 
objetos – modificam-se rapidamente, sendo possível observar significativas mudanças nas configurações das 
dinâmicas posturais e nas habilidades de locomoção, sobretudo o arrastar-se, o engatinhar e, finalmente, o tão 
esperado andar. 
Desenvolvimento emocional e sociocultural 
O choro é talvez a primeira e uma das manifestações emocionais mais intensas que o bebê tem para manifestar 
desejos e necessidades. Alguns autores mencionam quatro padrões de choro de bebês que se afinam com 
estados emocionais bem característicos: fome, frustração, raiva e dor. 
As autonomias motora, cognitiva e emocional vão se estabelecendo gradativamente durante a infância e, assim 
como em fases posteriores do desenvolvimento, apresentam-se intimamente relacionadas entre si, bem como 
aos aspectos culturais e sociais (desde o ambiente doméstico até outras esferas sociais). 
Ambientes favoráveis, nos quais pais e conhecidos tragam amabilidade para o bebê, são fundamentais para a 
formação sensível da criança e incentivam seu desenvolvimento cognitivo, possivelmente esquematizando 
memórias importantes para que se torne um indivíduo mais próximo da compreensão, da empatia, da 
solidariedade e da afirmação da natureza humana. 
A grande importância do ato de amamentar – para a mãe e para o bebê 
O aleitamento materno é o principal alimento a ser oferecido ao neonato como única alimentação até os seis 
primeiros meses de idade, A partir de então, deve-se introduzir alimentação complementar, contudo a 
amamentação pode ser estendida até os 24 meses de idade. 
A amamentação exerce papel primordial no crescimento e desenvolvimento humano, pois fornece 
adequadamente todos os nutrientes necessários ao bebê e facilita a recuperação corporal da mulher após o 
período de gravidez. A sucção do bebê nos mamilos provoca a contração uterina e parece beneficiar a 
recuperação do tamanho do útero em menos tempo e também aproxima afetivamente a mãe ao bebê. 
O leite materno possui equilíbrio nutricional, fornece vitaminas para o crescimento, desenvolvimento e fortalece 
o sistema imunológico do bebê. Igualmente evita o aparecimento de alergias. Auxilia a evitar infecções 
estafilocócias e bacterianas no trato urinário (por onde passa a urina) e ajuda a impedir a aparição de bronquites 
e pneumonias. 
Além disso, o processo de sucção estimula as ações sensório-motoras do bebê, as quais excitam o sistema 
nervoso, estimulando também a acuidade (precisão) visual do bebê. Vale lembrar que o reflexo de sucção, aos 
poucos, será substituído pela sucção voluntária, ou seja, o bebê passará a mamar quando tiver vontade e não 
pelo simples toque de algo (no caso, a mama) em seus lábios. 
A amamentaçãocontribui para outras melhoras sensoriais do bebê, no odor e no paladar, como será 
mencionado adiante. 
Segunda infância 
Domínio cognitivo e moral 
Uma das características mais marcantes nesse período etário é o aumento da complexidade no 
desenvolvimento da linguagem, em especial a linguagem verbal. 
Crianças com aproximadamente 2,5 anos de idade aprendem cerca de dez novas palavras por dia e são 
capazes da de formar frases com sentido. 
Domínio motor 
No aspecto motor, espera-se que se desenvolvam as habilidades motoras básicas, como andar, correr, saltar, 
girar, rolar, arremessar, receber, rebater, entre outras. Contudo, cabe salientar que o aumento de qualidade em 
cada uma delas depende não apenas de um desenvolvimento de características de maturação cerebral em 
interação com o sistema musculoesquelético (ossos, músculos, articulações), mas também das influências 
ambientais, como: organização do processo de aprendizagem, atividades culturais que promovam 
prioritariamente uma habilidade em detrimento (“prejuízo”) de outra, além de incentivo (ou não) de pessoas 
próximas, como os pais, irmãos, professores e/ou cuidadores e assim por diante. 
Desenvolvimento cognitivo e moral 
Há melhoras significativas na capacidade de prestar atenção; na seleção da informação mais relevante e na 
memória: 
• desenvolvimento de estratégias de memorização; 
• melhora da memória a curto prazo por causa da rapidez no processamento de informação. 
A linguagem – a sintaxe (organização de frases) e a semântica (significado das frases) – são aprimoradas. 
De acordo com Piaget, a fase do pensamento operatório concreto é subdividido em: 
• operatório concreto – a criança consegue resolver problemas de maneira lógica se eles estiverem voltados 
para o “aqui” e “agora”. 
• operatório formal – a pessoa consegue pensar de maneira abstrata, lidar com situações hipotéticas e pensar 
em muitas possibilidades para a solução de um mesmo problema. 
Desenvolvimento físico e motor 
Espera-se que as habilidades motoras básicas (andar, correr, saltar, rolar, girar, arremessar, receber, rebater 
etc.) já estejam bem desenvolvidas. Assim, é possível combinar essas habilidades (por exemplo, correr e saltar; 
saltar e arremessar, girar e saltar etc.). 
O Modelo da Pirâmide sugere que nessa fase a Educação Física escolar priorize atividades que demandem 
essa combinação de habilidades motoras básicas, com o intuito de ampliar ainda mais o acervo motor da 
criança e prepará-la para futuras escolhas a respeito da prática de habilidades motoras determinadas 
culturalmente, ou seja, que envolva vários tipos de dança, atividades circenses, modalidades esportivas, entre 
outras. 
Desenvolvimento emocional e sociocultural 
No âmbito social, são cobrados certos posicionamentos e atitudes das crianças, sobretudo por causa das regras 
de convívio e conservação do ambiente escolar. Como consequência, há um grande desenvolvimento do 
julgamento moral. 
A criança, nessa fase, não mais apresenta referencial somente em si mesma, mas a comparação social torna-
se muito importante. 
Nesse sentido, é fundamental que a criança desenvolva competência em determinadas tarefas e possa ser 
valorizada em relação a seu bom desempenho, sua aparência, enfim, seja bem aceita pelo grupo social que a 
rodeia (família, colegas, amigos e professores), pois tudo isso trará influências para a autoestima. A autoestima 
é a autovalorização da pessoa e está relacionada tanto aos aspectos afetivos como aos cognitivos. Diz-se que 
pessoa apresenta autoestima baixa ou elevada. Esse aspecto pode variar muito ao longo de toda a vida, mas 
nessa fase já é bastante significativo. 
As diferenças de gênero são maiores nessa fase do que em fases anteriores. “Por iniciativa própria” ocorre uma 
nítida separação entre meninas e meninos, que formam grupos distintos e têm vergonha de interagir. 
Adolescência: 
A adolescência é um período de transição entre a infância e a idade adulta, e que envolve grandes mudanças 
físicas, cognitivas emocionais socioculturais, ela tem início entre 10 e 12 anos de idade e término entre 18 e 20 
anos de idade. 
O início da adolescência é marcado por um evento de natureza biológica: a puberdade. A puberdade é o 
processo que leva à maturidade sexual, isto é, o indivíduo é capaz de se reproduzir. 
Em outras palavras, puberdade é o período de mudanças morfofisiológicas que transforma a criança num adulto 
capaz de se reproduzir. Ela pode variar em relação ao início, duração e sequência dos eventos. 
Domínio físico 
Em relação ao domínio físico, ocorrem as seguintes alterações: 
• Regulação neuroendócrina – nessa fase, ocorre produção diferenciada de hormônios para meninos 
(andrógenos) e meninas (estrógeno). Além da possibilidade de reprodução, outras consequências dessa 
diferenciação hormonal são: a) aumento muito expressivo de força no sexo masculino, comparativamente ao 
que ocorre nas garotas, embora elas também aumentem a força em relação à terceira infância; b) o aumento 
de gordura no sexo feminino, além de uma distribuição diferenciada dessa gordura (nas coxas, nos quadris e 
nas mamas), relacionada à possibilidade de fertilização. 
 
• Desenvolvimento gonadal, isto é, dos testículos (nos meninos) e dos ovários (nas meninas). 
 
• Aparecimento e grande proliferação de pelos nas regiões genitais, nas axilas e proliferação nos membros 
inferiores; no menino, aumento de quantidade de pelos também no rosto. 
 
• Estirão de crescimento: é o crescimento acelerado dos membros e da altura. Os membros crescem antes do 
tronco, no sentido dístero-proximal, ou seja, nos membros inferiores, nesta sequência: pés, pernas, coxas, e 
nos membros superiores, mãos, antebraços, braços. 
O estirão de crescimento dura de 1 a 2 anos, com um crescimento de mais ou menos 5 cm/ano. 
Durante o estirão, ocorre desenvolvimento do sistema circulatório e respiratório. 
O estirão de crescimento, bem como as outras características da maturação sexual, ocorrem, em média, dois 
anos antes na garota do que no garoto. 
É importante saber que o término do estirão e o fechamento das cartilagens ósseas marcam o final da 
puberdade. 
No que se refere à prática de atividade física e aumento da estatura, não se pode afirmar que ela acelera ou 
retarda o crescimento da estatura da criança, mas pode-se dizer que há um aumento da densidade óssea. 
Contudo, supõe-se que atividade física em excesso (especialmente o excesso de sobrecarga), pode prejudicar 
o crescimento da estatura e mesmo da cartilagem óssea. 
Desenvolvimento cognitivo e moral 
Há maior flexibilidade para lidar com problemas, pois ao analisar várias possibilidades, teriam mais condições 
de tomar decisões. Contudo o “pensamento maduro” envolveria também a solução de problemas do cotidiano, 
o que é mais difícil para o adolescente. Nesse sentido, a tomada de decisões, por exemplo, embora seja um 
aspecto cognitivo, tem estreita relação com o domínio emocional. 
Quanto ao julgamento moral, as meninas são mais maduras do que os meninos no final da infância e na 
adolescência por causa das brincadeiras em pequenos grupos, típicas do comportamento feminino, que 
envolvem conversação e imitação do padrão adulto, bem como o não encorajamento à competitividade nas 
meninas. Da fase universitária em diante, essa diferença entre os gêneros tende a diminuir e desaparecer. 
O desenvolvimento cognitivo está bastante associado ao grupo social do qual o adolescente participa, 
sobretudo no desenvolvimento do raciocínio lógico, mediante o confronto de ideias. A própria necessidade de 
ser aceito pelo grupo – mesmo porque o interesse por sexo e por ser amado estão exacerbados – contribui 
para que o adolescente aumente as estratégias de convívio. Por isso há que se estar atento a adolescentes 
que buscam o isolamento, ou involuntariamente são impelidos por outros a se isolar. 
 
 
 
 
Desenvolvimento motor 
Espera-se um aumento na complexidade dasações motoras nas diferentes classes de movimentos 
(estabilização, locomoção, manipulação de objetos). 
Ocorre aquisição (aprendizado) de novas habilidades e inovação de ações motoras especializadas – seja no 
âmbito recreativo, esportivo, artístico, ocupacional ou funcional. 
Em outras palavras, espera-se que nas outras fases do desenvolvimento motor, as crianças tenham aprendido 
habilidades motoras básicas e sua combinação. Assim, a adolescência seria correspondente a uma fase em 
que se aprendem habilidades mais complexas, envolvendo, por exemplo, menor tempo de resposta a eventos 
externos, melhor timing coincidente, maior tomada de decisão para realizar as ações motoras de jogos, 
esportes, atividades de trabalho etc. 
O esporte torna-se uma forma de socialização, demonstração de rigor físico, tomada de decisão, habilidade 
motora, espírito de equipe e respeito às diferenças. 
Desenvolvimento emocional e sociocultural 
A pouca experiência leva a atitudes e comportamentos imaturos em comparação com o que se espera de um 
indivíduo adulto, como, por exemplo: 
• encontrar defeitos nas figuras de autoridade; 
• tendência a discutir, o que consiste em exercício de argumentação; 
• indecisão em situações consideradas simples, já que o número de possibilidades aumentou; 
• acreditar que as pessoas estão sempre pensando nele ou em si mesmas; 
• suposição de invulnerabilidade, isto é, de que as consequências drásticas de atos perigosos não acontecerão 
com ele e sim somente com outras pessoas. 
 
Outras características importantes: 
Nessa fase, ao contrário da fase anterior, há grande interação e necessidade de aceitação tanto pelo sexo 
oposto como pelo mesmo sexo (conforme já exposto). 
Os pares (grupos de amigos) tendem a ser formados por pessoas que têm características semelhantes já desde 
o final da infância. As amizades tornam-se mais íntimas e a maior parte do tempo, o adolescente está com os 
amigos. 
Há certo afastamento em relação aos irmãos. 
Ocorrem crises de identidade. (Perguntas frequentes: “Quem sou eu? Que profissão eu quero exercer? O que 
faço no mundo?” etc.). 
A delinquência crônica (comportamento antissocial) está associada a múltiplos fatores de risco, como: criação 
inadequada, fracasso escolar e baixo nível socioeconômico. 
Os adolescentes que, quando mais jovens, eram agressivos ou frequentemente se envolviam em problemas 
de comportamento (por exemplo, mentir, cabular aula, roubar, ter mal resultado nos estudos) têm maior 
probabilidade de se tornarem delinquentes crônicos. 
Os pais têm influência direta nesse comportamento porque: 
a) na segunda infância (dos três aos seis anos de idade), deixaram de reforçar o bom comportamento ou foram 
severos e/ou inconsistentes demais; 
b) ao longo dos anos, não tiveram envolvimento íntimo positivo com a vida das crianças; 
c) durante a adolescência dos filhos, continuam com educação inadequada e, quando aplicam punição, elas 
são apenas sermões e ameaças, mas não tomam atitudes concretas, efetivas e nem explicativas, ou seja, ele 
não é levado a refletir a respeito de sua conduta inadequada. 
Portanto, prevenir a delinquência parece ser a melhor forma de combatê-la, mas é necessária a participação 
positiva e contínua dos pais na vida da criança e do adolescente, com certo grau de autoridade e atitudes que 
sirvam de exemplo de comportamento ético. 
Outros problemas na adolescência e que apresentam relação direta com uma educação familiar inadequada 
são: 
• o consumo de bebidas alcoólicas, o tabagismo e o consumo de outras drogas ilícitas; 
• a anorexia (diminuir drasticamente a ingestão de alimentos, até finalmente parar de comer) e a bulimia 
(ingestão compulsiva e excessiva de alimentos que propiciam prazer, seguida de vômito; é comum também o 
uso de laxantes). 
Cada um desses hábitos ocorre mediante uma interação complexa de fatores, em especial os fatores de 
desequilíbrio emocional e reforço sociocultural equivocado (“errado”), como, por exemplo, fumar ser 
considerado indicativo de masculinidade ou deixar de comer para ser magra e, portanto, fisicamente mais 
desejável. Esses comportamentos podem se estender à vida adulta. Todavia, com orientação adequada e 
intervenção de profissionais das áreas de saúde, podem ser evitados e combatidos já desde a própria 
adolescência. 
Reflexões sobre Educação Física na adolescência e atuação profissional: 
 
Cuidados com lesões e alterações no aparelho locomotor na criança e no adolescente atleta: 
Matsudo (2009) alerta a respeito de alterações osteomusculares na prática esportiva de crianças e 
adolescentes. A seguir, de forma sucinta, apresentam-se microtraumas e macrotraumas. 
Um microtrauma é um trauma oriundo de repetição excessiva, que produzirá lesão no tecido, surgindo, assim, 
as lesões por overuse (“excesso de uso”). Todavia, ele por si só não causa dor, edema (inchaço por acúmulo 
de líquido) ou impotência funcional, mas por isso mesmo é perigoso, pois nem sempre é fácil de ser detectado. 
Os tipos de microtraumas podem ser divididos em: articulares, ósseos, musculares e tendinosos. 
Macrotraumas, portanto, visualmente perceptíveis, são divididos em: contusões; roturas musculares; 
ferimentos; lesões articulares: entorses, subluxações, luxações; lesões ósseas (as fraturas), lesões nervosas; 
lesões articulares. 
As alterações posturais podem envolver: coluna vertebral, quadril, joelhos e pés. As dores na criança devem 
ser sempre valorizadas, especialmente nas articulações. No caso de fraturas, não se deve tentar recolocar o 
osso no lugar natural, pois as consequências podem ser maiores do que a lesão original. 
Segundo o autor (MATSUDO, 2009), as recomendações de prática de exercícios físicos para crianças e 
adolescentes preconizam que a duração deveria ser de pelo menos 60 minutos de atividade física moderada, 
sendo recomendável também que se envolvam em atividades vigorosas, durante 20 minutos, duas ou três 
vezes por semana. 
 
UNIDADE III 
MATURIDADE ETÁRIA: 
Em primeiro lugar, é importante relembrar que o processo de desenvolvimento é um continuum, ou seja, não é 
algo que seja interrompido, uma vez que modificações (mudanças) e manutenções (estabilidades) são próprias 
desse processo ao longo de toda a vida. Com base nesse entendimento, não é correto afirmar, por exemplo, 
que um adulto (ou uma pessoa em qualquer idade) que sofre um acidente e vem a ficar tetraplégico, isto é, sem 
conseguir movimentar os membros superiores e inferiores, teve uma interrupção no desenvolvimento motor; o 
que ocorre são modificações drásticas, incluindo-se a adaptação a outros tipos de movimentos, por exemplo, 
manipulação de objetos com a boca e assim por diante. 
Considerando-se, portanto, essa condição de continuidade no processo de desenvolvimento, apresentam-se 
certas características próprias das faixas etárias na qual se divide a idade adulta: 
• Adulto jovem (ou início da idade adulta) – de 20 a 40 anos de idade. 
• Adulto de meia-idade (ou vida adulta intermediária) – de 40 a 65 anos de idade. 
• Terceira idade (ou vida adulta tardia ou velhice) – de 65 anos de idade em diante. 
Convém destacar também que, embora o processo de envelhecimento esteja acelerado na terceira idade, o 
adulto jovem já está envelhecendo, a partir dos 30-35 anos de idade, sobretudo por causa de alterações nos 
hormônios, acarretando modificações que serão descritas adiante. 
Outro aspecto importante a ser observado é o grande período de vida que abrange essas faixas etárias: 
perfazendo, na soma, mais de 40 anos de vida, ou seja, um tempo bastante considerável quando se pensa em 
processo de desenvolvimento humano. 
 
 
IDADE ADULTA: 
Adulto jovem (ou início da idade adulta) – de 20 a 40 anos de idade 
Domínio sensorial e cognitivo 
As modificações sensoriais e cognitivas, conforme já indicado, são tendências, uma vez que há muitas 
variações entre diferentes indivíduos. 
• Acuidade visual (“precisão”visual): mais acentuada dos 20 aos 40 anos de idade. 
• Paladar, olfato, sensibilidade à dor e à temperatura: inalterado até 45 anos de idade. 
• Audição: declínio a partir da adolescência e mais evidente a partir dos 25 anos (especialmente no que se 
refere a sons agudos). 
 
Domínio físico e motor 
No desenvolvimento físico, em geral, é quando o ser humano atinge o auge da força, energia e resistência, em 
especial até os 30 anos de idade. 
Há uma grande diversidade de habilidades motoras complexas, ou seja, que envolvem muitos estímulos – 
respostas e tomada de decisão diminuem mais. 
Os comportamentos diretamente relacionados à saúde e muito importantes nessa fase são: dieta, tabagismo e 
consumo de bebidas alcoólicas (além das drogas ilícitas), prática de exercícios físicos. 
 
Prática de atividade física: 
A recomendação é ao menos meia hora por dia de exercícios moderados, especialmente para evitar problemas 
do sistema cardiovascular. 
O esforço excessivo na prática de exercícios físicos, além de não trazer benefícios, pode ser prejudicial, 
especialmente quando a pessoa tem doença respiratória. Como consequência, prejudica o sistema 
imunológico, aumentando a suscetibilidade a infecções. 
 
Observação 
“Definição” muscular – desenho que o músculo forma quando está fortalecido pela prática constante de 
exercícios resistidos (popularmente chamada de musculação) e as quantidades de gordura ao seu redor são 
mínimas. 
 
Desenvolvimento emocional e sociocultural 
O domínio emocional no jovem adulto ainda é um tanto frágil. Aliás, não há garantias de melhoras qualitativas 
ao longo da idade adulta e terceira idade. 
O jovem adulto muitas vezes ainda tem de fazer ou efetivar muitas escolhas: escolher um parceiro permanente 
(ou não), uma profissão, o curso superior e qual carreira seguir etc. A relação com outras pessoas de mesma 
idade continua muito importante, bem como o ímpeto de seduzir social e sexualmente. 
 
Adulto de meia idade (ou vida adulta intermediária) – de 40 a 65 anos de idade 
 
 
Domínio físico e motor: 
Perda de 10 a 30% da função dos principais sistemas biológicos, em comparação com os valores máximos, 
quando a pessoa era um adulto jovem. 
• O declínio nas funções biológicas é, muitas vezes, compensado pela mudança do estilo de vida – lazer, 
alimentação, prática sistemática de atividade física. 
• Grandes diferenças individuais, mesmo no aspecto físico e para pessoas de mesmo sexo e mesma idade. 
• Principais causas de morte: câncer, doenças cardíacas e derrame. Mulheres são mais suscetíveis a doenças 
cardíacas e a osteoporose. 
• Taxas de mortalidade: mais altas para os homens do que para mulheres. 
 
O domínio motor passa por alterações próprias do processo de envelhecimento, associadas a declínios nas 
capacidades físicas de força e flexibilidade, por exemplo, o que pode influenciar o desempenho motor em 
tarefas esportivas ou outras que demandem essas capacidades. Por outro lado, habilidades motoras 
aprendidas anteriormente não se modificam no que se refere ao padrão de movimento, embora possam vir a 
ser executadas mais lentamente. 
 
Domínio sensorial e cognitivo: 
Na idade adulta intermediária, é comum que a pessoa opte por uma nova profissão ou volte a estudar, faça 
outra graduação ou adquira novos hábitos de saúde, lazer e alimentação. A demanda de solução de problemas 
do cotidiano permanece, mas ela está a caminho de mais sabedoria, ou seja, sabe como lidar com adversidades 
com certo controle emocional. Há grandes demandas de organização da vida, em especial nas grandes 
cidades. 
Há uma gradativa perda sensorial, principalmente relacionada à visão e audição, o que tende a continuar na 
terceira idade. Por outro lado, parece haver uma compensação dessas perdas em virtude de ampla experiência. 
Por exemplo, operários de meia-idade são menos propensos a sofrer acidentes de trabalho. 
É possível observar, portanto, que muitas características que declinam na terceira idade têm seu início em 
outras fases da idade adulta. Ocorre que, na maior parte dos casos, algumas dessas características serão 
percebidas pelas pessoas somente na terceira idade, chegando a comprometer suas mais variadas atividades 
de vida diária, conforme comentado anteriormente. 
Mesmo o mal de Alzheimer, considerado uma doença típica da velhice, pode acometer pessoas já nessa fase 
da idade adulta intermediária. 
 
Domínio emocional e sociocultural: 
Nessa fase da vida, não é raro, em nosso país, a pessoa já gozar de aposentadoria, ter criado os filhos, ter 
mudado de estado civil e, muitas vezes, estar em um segundo matrimônio ou união estável e assim por diante. 
Há certa independência financeira e busca por outras profissões e ocupações. 
Diferentemente do que acontecia cerca de meio século atrás, as mulheres brasileiras em sua maioria trabalham 
fora do ambiente doméstico, têm seu próprio negócio (atividades empresariais e afins) e muitas vezes 
sustentam o lar sem o auxílio de um cônjuge ou outro parente. Essa é uma modificação social bastante 
importante nessa faixa etária, chegando a ocorrer até mesmo famílias em que o homem (pai de família) cuida 
do lar, ao passo que a mulher é quem sai para trabalhar. 
Em suma, pode-se afirmar que uma vez alcançada certa estabilidade financeira, profissional e afetivo-
emocional, as pessoas de meia-idade têm modificado suas escolhas e estilos de vida, em especial nos grandes 
centros urbanos (cidades grandes e com uma população expressiva e culturalmente diversificada, no caso de 
nosso país). 
É também nessa fase que muitas pessoas retomam ou iniciam a prática sistemática (isto é, organizada e 
constante) de atividade física. 
 
TERCEIRA IDADE 
Compreendendo a velhice: 
A terceira idade (ou vida adulta tardia ou velhice) é o período que se inicia aos 65 anos de idade e se estende 
até o final da vida. Ela pode ser dividida, de acordo com Shepard (2003) nas seguintes fases e respectivas 
características (ainda que não de forma absoluta): 
• Velhice (ou início da velhice): 65 a 75 anos, perda um pouco maior de algumas funções, porém sem grandes 
danos à homeostasia (estado de equilíbrio das diversas funções e composições químicas do corpo). 
• Velhice avançada (ou velhice mediana): 75 a 85 anos, o próprio indivíduo percebe o declínio de suas funções 
quando assume muitas atividades diárias, contudo, ainda consegue manter uma vida relativamente 
independente. 
• Velhice muito avançada: acima dos 85 anos. Há necessidade de cuidados institucionais e/ou de enfermagem. 
 
É relevante destacar quatro conceitos quando se trata do processo de envelhecimento. São eles: 
• Expectativa de vida – idade estatisticamente provável que uma pessoa irá viver, considerando-se a época e 
o lugar onde nasceu, sua idade e seu estado de saúde atual. A educação formal parece influenciar 
positivamente a expectativa de vida. 
• Longevidade – quanto tempo uma pessoa realmente vive. O máximo estimado para o ciclo de vida humana é 
entre 110 e 120 anos. 
• Independência funcional – capacidade que a pessoa tem de realizar tarefas diárias sem a ajuda de outras 
pessoas. 
• Qualidade de Vida (QV) – é um conceito multidimensional, ou seja, envolve aspectos cognitivos, emocionais, 
psíquicos, de socialização e de percepção de saúde. 
 
 
Observação 
Percepção de saúde refere-se à percepção do indivíduo sobre sua posição na vida, em relação a sua cultura, 
seus valores, objetivos pessoais, expectativas e preocupações. 
 
Mencionados esses conceitos, é importante ressaltar que, em nosso país, a terceira idade vem passando por 
muitas modificações ao longo dos anos, sobretudo nas últimas duas décadas. 
Uma modificação importante é que a expectativa de vida tem aumentado, sendo comparativamente maior entre 
as mulheres do que entre os homens; ou seja, tanto a população feminina quanto a população masculina têm 
alcançado idades mais avançadas e, em geral, com melhor qualidade de vida do que anteriormente. Em outras 
palavras, não apenas se vive mais, como também se vive melhor,e as mulheres vivem ainda por mais tempo 
do que os homens. 
Fatores como melhorias no saneamento básico, avanços em pesquisas e aplicações de conhecimento técnico 
e de intervenção, oriundos das áreas médica, terapêutica e social – com políticas públicas voltadas 
especificamente aos interesses dessa população, assim como aprimoramento de profissionais em todas as 
áreas que lidem diretamente com idosos, têm beneficiado a longevidade dessas pessoas. 
 
Domínio sensorial e cognitivo: 
Sabe-se que o sistema sensorial refere-se, de modo simplificado, aos cinco sentidos e à propriocepção. 
Ao longo do processo de envelhecimento, ocorrem declínios qualitativos em todo o sistema sensorial, como 
descrito a seguir: 
• Visão – perdas de acuidade visual (nitidez), dificuldade de enxergar de perto; perdas na visão dinâmica (ler 
palavras ao movimentar-se); maior sensibilidade à luz. 
• Audição – perda acelerada após os 55 anos de idade, duas vezes mais rápido nos homens do que nas 
mulheres. 
• Olfato e paladar – declínios: mais nos homens; também por causa de medicamentos. 
• Tato – declínios: sensibilidade ao toque (após 45 anos de idade) e à dor (após 40 anos de idade). 
• Tempo de reação simples (isto é, uma única resposta a um único estímulo): diminui em cerca de 
20%, em média, entre os 20 e 60 anos de idade. 
• Gradativa substituição de massa muscular por gordura – Dos 30 aos 80 anos de idade: para ambos os sexos, 
aos 65 anos, 30% do corpo é gordura, o que corresponde a cerca de quatro vezes mais do que se tinha aos 20 
anos. Para modificar esse percentual recomenda-se atividade física associada à dieta. 
 
Modificações cerebrais com o envelhecimento: 
Algumas das modificações cerebrais com o envelhecimento são: 
• diminuição do peso do cérebro; 
• diminuição da quantidade total de neurônios, embora a extensão das conexões entre os neurônios restantes 
aumente com a idade; 
• perda de 25% das células do cerebelo, que é responsável pelo equilíbrio e pela coordenação mais refinada; 
e de 20% das células do hipocampo – região da parte central do cérebro, vulnerável a danos advindos do 
aumento da pressão sanguínea; 
• processamento de informações mais lento – declínio da rapidez perceptiva (também associado a perdas nas 
funções visuais e auditivas). 
 
Algumas informações a serem destacadas: 
• Apesar das perdas, o cérebro tem grande capacidade de regeneração na maior parte da vida. 
• As diferenças cognitivas individuais em idosos de idades distintas pode ser grande, especialmente porque 
podem estar associadas a doenças como o mal de Alzheimer e o mal de Parkinson. 
• Se uma pessoa tem boa saúde, vai demonstrar alguma perda de função cognitiva somente após os 80 anos 
de idade. 
A demência senil é um termo genérico que indica deterioração cognitiva e comportamental com base fisiológica, 
decorrente do processo natural de envelhecimento. A maioria é irreversível, especialmente quando manifestada 
em pacientes com problemas cardiovasculares, hipertensão, outros pequenos derrames, mal de Parkinson e 
mal de Alzheimer. 
 
Observação 
Mal de Parkinson é um transtorno neurológico progressivo cujas características são tremores, rigidez e lentidão 
dos movimentos, postura instável; mal de Alzheimer é um transtorno cerebral degenerativo progressivo que, 
aos poucos, vai destituindo a inteligência, consciência e capacidade de controlar as funções corporais da 
pessoa, levando à morte. 
 
Memória 
Com a idade, existe em declínio na memória de curta duração (armazenamento de alguns itens em ordem, por 
exemplo) e na memória de longa duração, especialmente a que está relacionada a eventos específicos 
(chamada de memória episódica). 
 
Muitas vezes, a deterioração cognitiva está relacionada ao desuso. Portanto, é muito importante exercitar o 
domínio cognitivo com diferentes tipos de atividade, envolvendo memorização, solução de problemas da vida 
diária, educação formal continuada, entre outras. 
O aprendizado da pessoa idosa pode ser mais lento, mas ela não perde essa capacidade. Às vezes a lentidão 
é compensada pela atenção e pela precisão na execução das tarefas. Portanto, é um erro afirmar que pessoas 
em idades avançadas não são capazes de aprender. 
 
Domínio físico e motor: Na terceira idade, há modificações na capacidade física. 
 
Equilíbrio: 
As mudanças relacionadas à idade podem estar associadas a uma série de modificações nos sistemas 
corporais, sobretudo no SNC (sistema nervoso central). 
Declínio na capacidade de equilibrar-se: acima dos 60 anos de idade – em pé, balançam mais do que adultos 
jovens. 
Em testes com plataformas de movimento, há maior tempo de resposta dos músculos da perna; músculos da 
coxa respondem antes dos músculos da perna, ao contrário do que acontece nos adultos jovens; a resposta 
dos músculos é mais variável entre repetições. 
As quedas são uma das principais causas de morte acidental em pessoas acima de 75 anos de idade. As 
consequências das quedas são: fraturas da coluna, do quadril (pelve ou fêmur); período de inatividade, 
dependência dos outros; medo de cair novamente ocasionando mudanças no estilo de vida. 
As quedas podem trazer como consequência a permanência de um grande período na cama, o que faz com 
que a pessoa se movimente pouco, além de poder resultar em dificuldade respiratória, aumento do risco de 
aparecimento de doenças infecciosas, falta de ânimo e muitos outros problemas. 
Esses longos períodos, associados a doenças infecciosas, sobretudo no ambiente hospitalar, acabam por levar 
a óbito muitos idosos. 
As quedas constituem-se em problemas ainda mais complicados para quem tem osteoporose, ou seja, pessoas 
que já possuem ossos mais frágeis (menos densos), pois o risco de fraturas ao cair e o risco de cair novamente 
são ainda maiores. 
 
Força (F) 
O aumento de força é atribuído à hipertrofia muscular. A perda de massa magra está associada à lentidão na 
síntese proteica, que aumenta após os 70 anos de idade. 
As consequências de exercícios de força nas pessoas muito idosas são ganhos importantes de força, em razão 
do aumento de massa magra e melhorias no equilíbrio, no padrão da caminhada, nas habilidades funcionais 
do dia a dia. 
Deve-se destacar que o treinamento de força bem-orientado além de resultar em aumento de massa magra e 
consequente melhoria da força, auxilia no controle motor (produção de movimentos mais precisos e 
coordenados), o que contribui com a melhora do desempenho das atividades e tarefas diárias. 
 
 
Flexibilidade 
Flexibilidade é a capacidade de mover as articulações em total amplitude de movimento. 
A amplitude de movimentos de uma articulação depende de sua estrutura óssea e da resistência dos tecidos 
moles (músculos, tendões, cápsulas articulares, ligamentos e pele) aos movimentos. 
A perda de flexibilidade está associada à pouca demanda de grandes amplitudes articulares nas tarefas da vida 
diária. 
Num mesmo indivíduo, a flexibilidade pode variar bastante de uma articulação para outra. 
O declínio da flexibilidade é mais significativo após os 49 anos de idade. Todavia, no idoso, um forte motivo de 
declínio é a osteoartrite (também denominada osteoartrose ou doença articular degenerativa, e refere-se a 
alterações químicas na cartilagem articular afetada, causando dor e rigidez; não inflamatória). 
A flexibilidade depende de treinamento em qualquer etapa da vida de uma pessoa. 
Portanto, pessoas mesmo muito idosas podem reverter a perda de flexibilidade com treinamentos específicos 
e aumentarem consideravelmente a amplitude (o ângulo de “abertura” da articulação). 
É importante notar que força, flexibilidade e equilíbrio estão associados entre si. A melhora em cada um deles 
e em todos leva a um desempenho muito mais satisfatório nas várias habilidades motoras. 
 
Domínio emocional e sociocultural 
Muitos idosos controlam suas emoções negativas melhor do que pessoas mais jovens, ao passo que outros 
têm mais dificuldade, apresentando episódios de muita tristeza, bem como vivenciando a solidão, quer emrazão da perda do cônjuge ou companheiro, quer pelo desenvolvimento dos filhos que deixaram o lar – seja 
por motivos positivos, como constituir uma nova família, seja por motivos negativos, como envolvimento com 
drogas, morte por acidente e tantos outros possíveis motivos. 
 
É necessário ouvir os idosos: suas queixas, histórias e realizações de quando crianças, adolescentes ou jovens 
adultos, bem como suas expectativas atuais e até mesmo sua perda de esperança.

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