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SUPORTE BÁSICO DE VIDA Professora Dra. Vivian C. C. Hyodo SUPORTE BÁSICO DE VIDA ✢Atendimento prestado a uma vítima de mal súbito ou trauma ✢Visa à manutenção de seus sinais vitais e à preservação da vida ✢Evita o agravamento das lesões existentes, até que uma equipe especializada possa transportá-la ao hospital e oferecer um tratamento definitivo. SUPORTE BÁSICO DE VIDA ✢Inúmeras situações de urgências e emergências que necessitam do atendimento de um profissional de saúde ou de um socorrista especializado ○Traumatismos ○Queimaduras ○Doenças cardiovasculares ○Parada cardiorrespiratória ○Crise convulsiva ○Afogamento ○Intoxicações, etc. SUPORTE BÁSICO DE VIDA ✢Para cada caso específico, o profissional deverá estar apto a prestar um socorro adequado e de qualidade. CONCEITOS CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (RESOLUÇÃO CFM Nº 1451/95) ✢DEFINE-SE ✢URGÊNCIA ✢“a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.” CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (RESOLUÇÃO CFM Nº 1451/95) ✢EMERGÊNCIA ✢É entendida como “a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato.” ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢Tem como objetivos específicos preservar as condições vitais ✢Transportar a vítima sem causar traumas iatrogênicos durante sua abordagem danos ocorridos durante manipulação e remoção inadequada (do interior de ferragens, escombros etc.). ✢O socorrista deve ter como princípio básico evitar o agravamento das lesões ✢Estabilizar as funções ventilatórias e hemodinâmicas do paciente. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢Uma atenção pré-hospitalar qualificada é de suma importância para que a vítima chegue viva ao hospital. ✢Nos locais onde esse sistema é inadequado, a mortalidade hospitalar por trauma, por exemplo, é baixa, porque os pacientes graves morrem no local do acidente, ou durante o transporte. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢O socorrista, ao decidir intervir em determinada ocorrência no ambiente pré-hospitalar, deverá seguir algumas regras básicas de atendimento ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢1.AVALIAR CUIDADOSAMENTE O CENÁRIO ✢Qual a situação? ✢Observar, reconhecer e avaliar cuidadosamente os riscos que o ambiente oferece (para você, sua equipe e terceiros – paciente, familiares, testemunhas, curiosos), qual o número de vítimas envolvidas, gravidade, etc. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢Como a situação pode evoluir? ✢Tenha sempre em mente que o ambiente pré-hospitalar nunca está 100% seguro e uma situação aparentemente controlada pode tornar-se instável e perigosa a qualquer momento. ✢A segurança deverá ser reavaliada constantemente ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢Identifique as ameaças ao seu redor, tais como riscos de atropelamento, colisão, explosão, desabamentos, eletrocussão, agressões etc. ✢Na existência de qualquer perigo em potencial, aguarde o socorro especializado. ✢LEMBRE-SE: NÃO SE TORNE MAIS UMA VÍTIMA! ✢Quanto menor o número de vítimas, melhor. PLANO DE ENSINO ✢QUE RECURSOS DEVEM SER ACIONADOS? ✢Verifique se há necessidade de solicitar recursos adicionais corpo de bombeiros, defesa civil, polícia militar, companhia elétrica e outros. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢2.ACIONAR A EQUIPE DE RESGATE ESPECIALIZADO E AUTORIDADES COMPETENTES, CASO SEJA NECESSÁRIO, CONFORME AVALIAÇÃO ANTERIOR. ✢Não devemos esquecer que solicitar o serviço de socorro pré-hospitalar profissional é tão importante quanto cuidar da própria vítima. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢Na maioria das cidades brasileiras, os principais números para acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), serviço de salvamento e resgate (Corpo de Bombeiros) e Polícia Militar, são respectivamente: 192, 193 e 190. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢3.SINALIZAR O LOCAL ✢Especialmente importante em casos de acidentes automobilísticos ✢Sinalizar a cena e torná-la o mais segura possível ✢Utilize o triângulo de sinalização, pisca- alerta, faróis, cones, galhos de árvores etc. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢4.UTILIZAR BARREIRAS DE PROTEÇÃO CONTRA DOENÇAS CONTAGIOSAS. ✢Ao examinar e manipular a vítima, o socorrista deverá tomar todas as precauções para evitar a sua contaminação por agentes infecciosos, sangue, secreções ou produtos químicos. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢O uso de equipamento de proteção individual (EPI) ○Luvas descartáveis ○Óculos de proteção ○Máscaras ○Aventais ✢ESSENCIAL PARA A SEGURANÇA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE EM ATENDIMENTO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢5.RELACIONAR TESTEMUNHAS ✢Para sua própria proteção pessoal, profissional e legal enquanto prestador de socorro ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢6.ABORDAGEM E AVALIAÇÃO DA VÍTIMA ✢Após avaliar o ambiente e tomar todas as precauções de segurança e proteção individuais, o socorrista deverá se identificar e se apresentar à vítima dizendo: “Sou um profissional de saúde. Posso ajudar?” ✢Em seguida, devidamente autorizado a prestar auxílio e observando todos os aspectos pessoais e legais da cena do acidente (ou doença aguda), o profissional poderá intervir diretamente no atendimento. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢É fundamental que o socorrista profissional classifique a vítima em adulto, criança ou bebê, pois os procedimentos de SBV, caso sejam necessários, serão adotados respeitando-se essa classificação, de acordo com as últimas recomendações (2010) da American Heart Association. ○Bebê (“lactente”) do nascimento ao primeiro ano de vida. ○Criança do primeiro ano de vida até o início da puberdade (por ex: desenvolvimento das mamas em meninas e pelos axilares nos meninos). ○Adulto a partir da puberdade. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢PRIORIDADE DE ATENDIMENTO ✢Determinada basicamente pela gravidade da vítima ✢Socorridas e atendidas primeiramente aquelas que se encontram sujeitas a maior risco de morte PRESERVAÇÃO DA VIDA ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢O socorrista deverá seguir uma sequência padronizada e executar as medidas de socorro conforme for identificando as lesões da vítima ✢O exame é dividido em dois tempos principais avaliação primária e avaliação secundária ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ✢Análise de todas as condições que impliquem risco iminente de morte ○Permeabilidade das vias aéreas ○Respiração eficaz (anormal ou gasping) ○Estabilidade circulatória ○Controle de grandes sangramentos ○Estabilização da coluna cervical ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ✢Etapa da avaliação deverá ser completada em 60 segundos, no máximo e imediatamente chamar ou solicitar alguém que chame o serviço de atendimento móvel, se disponível no local trazer o DEA – Desfibrilador Automático Externo. ✢Durante a avaliação primária, o socorrista identifica e corrige prontamente todos os problemas que ameaçam a vida do doente. As medidas de suporte básico de vida são iniciadas nesse primeiro instante. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ✢A sequência ABC foi alterada para CAB, o socorrista iniciará com as compressões caso a vítima não apresente pulso. ✢A maior parte dos pacientes que sofrem PCR inicialmente apresentou Fibrilação Ventricular – FV ou Taquicardia Ventricular – TV sem pulso. Diante disto as medidas imediatas são compressões e desfibrilação precoce. Sendo assim a sequência utilizada anteriormente retardaria o início da massagem cardíaca. ✢Com alteração da sequência as manobras de compressões serão iniciadas sem atraso e a ventilação verá em seguida. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ✢CIRCULAÇÃO ✢O pulso está presente? ○Não se deve demorar mais do que 10 segundos para identificar o pulso. ✢Existe alguma hemorragia grave? ○Na ausência de pulso iniciar de imediato com 30 compressões torácicas, em uma frequência deno mínimo 100 vezes por minutos, com a profundidade de 5 cm. ✢Prevenir ou tratar o estado de choque. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ✢VIAS AÉREAS E ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL ✢em vítimas de trauma, profissionais de saúde que suspeitarem de trauma realizar anteriorização da mandíbula ✢Ver, Ouvir e Sentir não se usa mais. ✢Verificar se as vias aéreas estão pérvias ou se existem sinais de obstrução. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ✢RESPIRAÇÃO ✢O paciente respira? ○Na ausência da respiração realizar 2 ventilações. ✢Essa respiração está sendo eficaz? ○Ofertar suporte ventilatório com oxigênio suplementar de 12 a 15 L/min para vítimas de trauma. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ✢AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA ✢Chamar pela pessoa. ✢“Você está bem? Posso ajudar? Qual o seu nome?” ✢Um método muito simples para determinar rapidamente o estado de consciência é a utilização do sistema AVDI (alerta, voz, dor e inconsciência) ✢A – Acordado, Alerta emite respostas coerentes (nome, endereço, detalhes do acidente...). ✢Geralmente a vítima mantém contato visual com o socorrista e atende normalmente aos estímulos visuais, auditivos e táteis. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ✢AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA ✢V – Verbal ✢Nesse estágio a vítima ainda atende ao estímulo verbal dado pelo socorrista (comando de voz), no entanto, pode apresentar-se confusa e emitir palavras desconexas. ✢Devemos considerar que essa vítima poderá perder a consciência a qualquer momento, portanto ela deve ser estimulada a manter-se acordada. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ✢AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA ✢D – Doloroso ✢Nesse estágio a vítima não atende mais aos estímulos verbais do socorrista, apesar de poder emitir sons ou gemidos, mas sem capacidade de contato visual direto. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ✢AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA ✢D – Doloroso ✢Realiza-se um estímulo doloroso (sobre o esterno, trapézio ou leito ungueal) para obter qualquer resposta da vítima (localizar a dor, reagir com caretas, movimentos, gemidos...). ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ✢AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA ✢D – Doloroso ✢É bom lembrar que em muitos casos, a vítima estará em um estado de semiconsciência e poderá até mesmo ouvir e sentir o que acontece ao seu redor. ✢Dessa forma, o socorrista também deverá estimular o retorno da vítima ao estado de resposta verbal, incentivando a melhora do seu nível de consciência. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ✢AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ✢AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA ✢I – Irresponsivo ou Inconsciente ✢Nesse estágio o indivíduo não responde nem mesmo ao estímulo doloroso. ✢Isso, por si só, já caracteriza uma situação crítica. ✢Exposição da vítima com controle da hipotermia – Retirar ou cortar as vestes para visualizar melhor e tratar as lesões de extremidades. ✢Em seguida, cobrir a vítima, prevenindo assim a hipotermia e minimizando o choque. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (COMPLEMENTAR) ✢Segunda etapa do exame ✢Serão observadas todas as lesões que não impliquem risco imediato à vida ✢O socorrista deve: ✢Realizar anamnese direcionada ✢Checar a história do acidente ou mal súbito ✢Identificar os ferimentos ✢Aferir os sinais vitais e realizar um exame físico padronizado, da cabeça aos pés AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (COMPLEMENTAR) ✢Algumas perguntas e informações são fundamentais ○Nome, idade, telefone Menor de idade contatar responsáveis ○O que aconteceu? ○Isso já aconteceu antes? ○Algum problema de saúde? ○Está tomando algum remédio? ○Está fazendo algum tratamento de saúde? ○É alérgico a algum medicamento? ○Fez uso de algum tipo de droga? ○Qual o horário da última alimentação? ○O que você está sentindo? Sente dor em algum lugar? PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ✢PCR ✢Emergência relativamente frequente em qualquer serviço de atendimento de emergência ○Cessação dos batimentos cardíacos e dos movimentos respiratórios PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ✢As células do organismo começam a morrer alguns minutos depois de cessadas as funções vitais ✢CÉLULAS NERVOSAS ○As mais frágeis do corpo humano ○Não conseguem sobreviver por mais de cinco minutos sem oxigênio lesões irreversíveis PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ✢SOCORRISTA ✢Ao se aproximar da vítima e constatar que não existe respiração e pulso, não pode ter certeza se já existe a morte encefálica ✢A vítima deverá receber as manobras de reanimação ✢A não ser que se encontrem sinais claros de morte óbvia PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ✢Existem inúmeros casos conhecidos em que a vítima foi reanimada com sucesso após longo tempo de parada cardíaca ✢Fato relacionado com as causas da parada cardíaca e fatores ambientais que podem preservar o encéfalo por um tempo maior que os tradicionais 4 a 6 minutos para que a morte cerebral se inicie PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ✢Causas de parada cardiopulmonar ✢Divididas em 2 grupos ✢Primárias ✢Secundárias PRIMÁRIAS ✢Problemas do próprio coração arritmia cardíaca, geralmente a fibrilação ventricular ✢A causa principal é a isquemia cardíaca ○Chegada de quantidade insuficiente de sangue oxigenado ao coração SECUNDÁRIAS ✢Principais causas de PCR em crianças e vítimas de traumatismos ✢A disfunção do coração é causada por problema respiratório ou por uma causa externa SECUNDÁRIAS ✢OXIGENAÇÃO DEFICIENTE ○Obstrução de vias aéreas e doenças pulmonares ✢TRANSPORTE INADEQUADO DE OXIGÊNIO ○Hemorragias graves ○Estado de choque ○Intoxicação pelo monóxido de carbono ✢AÇÃO DE FATORES EXTERNOS SOBRE O CORAÇÃO ○Drogas ○Trauma direto no coração ○Descargas elétricas PARADA RESPIRATÓRIA PARADA RESPIRATÓRIA ✢A vítima interrompe os movimentos respiratórios ✢O coração pode continuar bombeando sangue durante alguns minutos ✢A circulação continua enviando oxigênio dos pulmões para os tecidos PARADA RESPIRATÓRIA ✢Se houver uma intervenção precoce, é possível reverter o quadro e prevenir a parada cardíaca. ✢Do contrário, ocorrerá interrupção do funcionamento do coração enquanto bomba cardíaca, a circulação será suspensa e o quadro se agravará com parada cardiorrespiratória. CAUSAS DA PARADA RESPIRATÓRIA ✢Estado de inconsciência ✢Obstrução de vias aéreas por queda da língua na faringe posterior ✢Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) ✢Afogamento ✢Acidente vascular encefálico ✢Inalação de fumaça ✢Overdose de drogas ✢Trauma cranioencefálico OBJETIVOS DAS MANOBRAS DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (MRCP) ✢Oxigenar e circular o sangue até que seja iniciado o tratamento definitivo; ✢Retardar ao máximo a lesão cerebral; ✢Prolongar a duração da fibrilação ventricular (modalidade de PCR mais encontrada no ambiente extra-hospitalar), impedindo que ela se transforme em assistolia e permitir que a desfibrilação tenha sucesso; ✢Reverter a parada cardíaca em alguns casos de PCR por causas respiratórias OBJETIVOS DAS MANOBRAS DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (MRCP) ✢A RCP não é capaz de evitar lesão cerebral por períodos prolongados. ✢Com o tempo (minutos) a circulação cerebral obtida com as compressões torácicas vai diminuindo progressivamente até se tornar ineficaz OBJETIVOS DAS MANOBRAS DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (MRCP) ✢Durante a RCP a pressão sistólica atinge de 60 a 80mmHg, mas a pressão diastólica é muito baixa, diminuindo a perfusão de vários órgãos, entre os quais o coração. ✢As paradas por fibrilação ventricular só podem ser revertidas pela desfibrilação (tratamento definitivo). OBJETIVOS DAS MANOBRAS DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (MRCP) ✢A sobrevivência à parada cardiorrespiratória depende de uma série de intervenções fundamentais “corrente de sobrevivência” CORRENTE DE SOBREVIVÊNCIA ✢Reconhecimento imediato dos sinais ✢Acionamento precoce do serviço de emergência (acesso rápido) ✢RCP imediata ✢Chegada da equipe de atendimento (com a desfibrilação precoce) ✢Entrada rápida nohospital (Suporte Avançado de Vida – SAV) ✢Elos vitais da corrente para garantir a eficácia do processo CORRENTE DE SOBREVIVÊNCIA ✢A recuperação da circulação deve ocorrer num período inferior a 4 minutos, caso contrário poderão sobrevir alterações irreversíveis no sistema nervoso, um dos tecidos mais sensíveis à falta de oxigênio VIAS AÉREAS ✢A vítima encontrada inconsciente e irresponsiva deverá ser posicionada em decúbito dorsal sobre uma superfície dura, firme e plana, com os membros superiores estendidos ao longo do corpo. ✢A cabeça da vítima não deve ficar mais alta que os pés, para não prejudicar o fluxo sanguíneo cerebral VIAS AÉREAS ✢Nas vítimas de trauma com suspeita de lesão na coluna cervical, o movimento deve ser cuidadoso para evitar danos à medula espinhal VIAS AÉREAS ✢A ventilação pulmonar (respiração artificial) só poderá ser executada com sucesso caso as vias aéreas da vítima estejam abertas, desobstruídas VIAS AÉREAS ✢Nas vítimas inconscientes, a principal causa de obstrução é a queda da língua sobre a parede posterior da faringe. ✢Como a língua está presa à mandíbula, as manobras que tracionam a mandíbula para frente também elevam a língua ✢A manobra de abertura das vias aéreas pode ser suficiente para restabelecer a respiração e prevenir a parada cardíaca VIAS AÉREAS ✢PRINCIPAIS MANOBRAS UTILIZADAS PARA DESOBSTRUIR AS VIAS AÉREAS ○Inclinação da cabeça com elevação do queixo ○Manobra de elevação da mandíbula ○Pode ser utilizada também uma cânula orofaríngea (do tipo Guedel) para manter a permeabilidade das vias aéreas VIAS AÉREAS ✢Inclinação da cabeça e elevação do queixo manobra mais utilizada, fácil e efetiva. ○Com uma das mãos, pressionar a testa da vítima, inclinando a cabeça levemente para trás (hiperextensão do pescoço). ○Posicione os dedos da outra mão sobre o queixo, deslocando a mandíbula para cima ○Não utilizar o polegar e não aplicar pressão excessiva nas partes moles sob o queixo, que poderão obstruir as vias aéreas. ○Manter a boca da vítima aberta VIAS AÉREAS ✢Elevação do ângulo da mandíbula manobra de escolha nas vítimas com suspeita de traumatismos na coluna cervical pode ser realizada sem estender o pescoço ○Segurar com as duas mãos os ângulos das mandíbulas, uma de cada lado, e deslocar anteriormente, mantendo a cabeça fixa. ○Com os polegares, afaste os lábios inferiores ○Essa técnica deverá ser adotada apenas por profissionais de saúde treinados ○SOCORRISTAS LEIGOS NÃO DEVEM REALIZAR ESSA MANOBRA, E SIM A ELEVAÇÃO DO QUEIXO.